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Resumo Microalgas em biodiesel

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Universidade Estadual do Rio Grande do Sul 
Unidade de Santa Cruz do Sul 
Disciplina Biocombustíveis: Produção e Caracterização 
Professor Dr. Marcelo Vieira Migliorini 
 
 
 
 
 
 
CATHARINE VENTURINELI DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
Resumo do artigo: " BIODIESEL DE MICROALGAS: AVANÇOS E DESAFIOS " 
 
 
 
 
 
 
Santa Cruz do Sul – RS 
2020 
 
 
 
 
 
 
RESUMO ARTIGO "BIODIESEL DE MICROALGAS: AVANÇOS E DESAFIOS" 
 
O crescente interesse em substituir energias alternativas renováveis veem tendo um crescente 
aumento mundialmente é justificável por causa de aumentos no preço do petróleo, preocupação 
com os impactos ambientais, entre outros. 
Em "Biodiesel de microalgas: avanços e desafios", segundo o autor, o artigo tem como objetivo 
abordar os principais avanços e desafios da tecnologia de produção da biomassa de microalgas 
com vistas à produção de biodiesel. 
O autor traz o histórico das iniciativas de produção de biodiesel de microalgas, mostra as 
condições de cultivo, processo de extração, caracterização e produção, as composições físico-
químicas das microalgas e os aspectos ambientais da produção do biodiesel. 
As microalgas podem ser cultivadas de três modos, autotróficos, heterotróficos e mixotróficos, 
ambos necessitam de uma fonte de energia e todos apresentam vantagens e desvantagens do 
cultivo. 
O cultivo autotrófico, as células obtêm energia da luz e o carbono do CO2 sendo através da 
fotossíntese da produção de suas biomoléculas. No cultivo heterotrófico é utilizado os 
compostos orgânicos como fonte de energia e de carbono e no cultivo mixotrófico é um 
intermediário entre eles utilizando a luz, compostos orgânicos e inorgânicos como fonte de 
energia e CO2 e compostos orgânicos como fonte de carbono. 
A produção das microalgas é feita em lagoas e tanques abertos ou em sistemas fechados, que é 
denominado de fotobiorreatores. 
Para a coleta e separação da biomassa, inicialmente é baseada nas características da microalga 
que será utilizada, no tipo de cultivo que foi utilizado e qual o propósito da utilização da 
biomassa, além do custo. Essas separações podem ser feitas através de filtração, centrifugação, 
coagulação, floculação e biofloculação, algumas vezes é necessário outros processos para 
aumentar a eficiência da etapa de extração do óleo para produção de biodiesel. 
Para a extração do óleo da biomassa tem que se utilizar o método certo para minimizar a 
extração das frações não lipídicas e maximizar as frações desejadas e a sua caracterização de 
óleos e gorduras quanto aos ácidos graxos é realizada por cromatografia a gás com detecção 
por ionização com chama. 
Na produção de biodiesel de óleo de microalgas, deve-se ter extração dos lipídeos da biomassa 
microalgal, a remoção do excesso de solvente e a produção de biodiesel por transesterificação 
catalisada, dependendo das características físico-químicas do óleo, por bases ou ácidos ou 
enzimas, usando catalisadores homogêneos ou heterogêneos, entre outros métodos. 
No aspecto ambiental, verifica-se o desempenho dos biocombustíveis com destaque para o 
balanço energético, consumo de recursos naturais não renováveis, o consumo de água, o 
impacto sobre os solos e a biodiversidade e a emissão de gases poluentes, além disso deve estar 
de acordo com as normas da ISO. 
Conclui-se, que há dificuldades ainda para a produção de biodiesel de microalgas por vários 
fatores, como o viés econômico, ambiental e ainda não há como produzir em grande escala e 
se tonar um biocombustível de mercado no momento. 
 
 
A seguir, segue três tópicos para possível melhoria na produção de biodiesel de microalgas. 
⦁ Viabilidade econômica 
Um dos pontos negativos que há na produção de biodiesel de microalgas é a questão 
econômica. O custo para a produção do biodiesel é alto por causa da escolha do lugar de cultivo, 
da microalga a ser escolhida, dos processos de produção, então deve ser feito um levantamento 
de todos esses fatores para não tenha custos desnecessários e que poderia ser evitado. 
Para melhorar esse ponto, escolheria um ambiente com alta insolação/muita luz, para que haja 
melhor fotossíntese e captura do CO2 e mesmo sendo mais caro do que um tanque aberto, faria 
o uso de um fotobiorreator para controle maior da produtividade evitando contaminações. 
⦁ Escolha da microalga 
O fator principal da produção da microalga é a escolha da biomassa a ser utilizada, ela deve ter 
uma taxa boa de crescimento, suas composições físico-químicas cabíveis para a produção do 
biodiesel e ela deve ter um maior potencial para geração de energia. 
Uma alternativa seria escolher uma espécie de microalga com alto desempenho na geração de 
energia e de CO2, com taxas boas de lipídeos e de ácidos graxos na sua composição e além 
desses dois fatores é interessante fazer um melhoramento genético para que cresça mais 
rapidamente e com as condições e resultados esperados. 
⦁ Aumentar a produção 
O biodiesel de microalgas não atingiu um parâmetro para que possa ser comercializado em 
larga escala até o momento devido as condições socioeconômicas, ambientais e a falta de 
pesquisas mais avançadas para se escolher todos os processos corretamente. 
A solução seria investir mais em pesquisas nessa área e com isso projetar para a produção em 
escala agroindustrial, colocando em pratica todos os fatores mostrados nos tópicos acima, pois 
as microalgas são biomassas fáceis para cultivo e não agride o meio ambiente como outras 
biomassas como a cana-de-açúcar que necessita grande hectares para plantação. 
Outro ponto positivo para a produção de microalgas é que elas não têm uma competividade no 
setor alimentício como a cana-de-açúcar novamente e outras biomassas. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
1. https://statenews.com/article/2013/03/msu-power-plant-to-test-biofuel-from-
algae?ct=content_open&cv=cbox_featured, acessada em Novembro de 2020. 
2. FRANCO, André Luiz Custódio et al . Biodiesel de microalgas: avanços e desafios. Quím. 
Nova, São Paulo , v. 36, n. 3, p. 437-448, 2013 . Available from 
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
40422013000300015&lng=en&nrm=iso>. access on 16 Nov. 2020. 
https://doi.org/10.1590/S0100-40422013000300015. 
3. BORGES-CAMPOS, Viviane; BARBARINO, Elisabete; LOURENCO, Sergio de 
Oliveira. Crescimento e composição química de dez espécies de microalgas marinhas em 
cultivos estanques. Cienc. Rural, Santa Maria , v. 40, n. 2, p. 309-317, fev. 2010 . Disponível 
em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
84782010000200013&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 16 nov. 2020. Epub 22-Jan-2010. 
https://doi.org/10.1590/S0103-84782010005000009. 
4. https://algaeindustrymagazine.com/profit-model-for-co-products-at-algal-biorefineries/, 
acessada em Novembro de 2020.

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