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SISTEMA REPRODUTOR MACHOS BOVINOS

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MATERIAL UTILIZADO EM UM CURSO DE 
REPRODUÇÃO ANIMAL QUE A AUTOR(A) 
PARTICIPOU 
2.2 Entendendo o sistema reprodutivo de touros 
Em primeiro lugar, precisamos entender que para termos o 
desenvolvimento de um embrião, ou seja, um bezerro nascido, 
os espermatozoides devem estar plenamente desenvolvidos e o 
ejaculado não deve apresentar alterações que possam 
comprometer a viabilidade espermática. Logo, pergunto: 
- Quais os requisitos necessários para aproveitarmos todo 
potencial genético dos touros? 
Os touros também precisam atingir a puberdade assim como as 
vacas. A puberdade ocorre por volta dos 15 meses, mas 
também existem bastante variáveis envolvidas como a raça e 
manejo nutricional. Ainda, é válido lembrar que existe 
uma hierarquia que merece atenção entre os touros. Isso pode 
afetar a atividade reprodutiva dos touros jovens. Também 
precisamos respeitar um número aproximado de 25-30 vacas 
por touro quando optarmos por monta natural. Assim como as 
vacas, os touros necessitam de sombra, alimento balanceado e 
água disponível no seu piquete. Os touros deve estar livres de 
doenças, principalmente as transmissíveis através do sêmen 
como, por exemplo, a brucelose. Imaginem que se um touro 
serve 30 vacas, um touro infectado pode contaminar as 30 
vacas e, certamente, teremos resultados reprodutivos 
desastrosos neste caso. 
- O que o perímetro escrotal pode nos dizer? 
O perímetro escrotal (ilustrado na figura abaixo) nos indica 
basicamente o tamanho dos testículos. Desta forma, isso ganha 
importância quando associamos a função dos testículos de 
produzir espermatozoides ajustado à idade e ao peso do 
reprodutor. O perímetro escrotal é uma medida de 
desenvolvimento do reprodutor e deve variar entre 32-36 cm de 
acordo com a raça, idade e manejo. 
 
Avaliação do perímetro escrotal de um touro jovem medido através de fita 
métrica na porção mais larga do saco escrotal. FONTE: Imagem elaborada 
pela própria autora, 2019. 
- Como ocorre a formação dos espermatozoides? 
A espermatogênese (formação dos espermatozoides) ocorre 
nos túbulos seminíferos dos testículos e tem uma duração de 
aproximadamente 60 dias. Em função disso, recomenda-se 
fazer exame andrológico (avaliação da capacidade 
reprodutiva dos touros) com intervalos de no mínimo 60 dias. 
As espermatogônias sofrem sucessivas mitoses e, assim, 
proliferam. Os espermatócitos primários se formam a partir das 
espermatogônias e sofrem a primeira divisão meiótica (reduzem 
o número de cromossomos pela metade) - meiose I – originando 
os espermatócitos secundários, os quais sofrem a segunda 
divisão meiótica – meiose II – e dão origem aos espermátides. 
As espermátides, por sua vez, se transformam 
em espermatozoides. As células de Leydig e células de Sertoli 
estão presentes nos testículos e auxiliam neste processo de 
formação dos espermatozoides. Observe a figura abaixo 
representando a espermatogênese nos túbulos seminíferos dos 
testículos dos touros. 
 
FONTE: Imagem elaborada pela própria autora, 2018 
- Onde ocorre a formação dos espermatozoides? 
A espermatogênese ocorre nos túbulos seminíferos dos 
testículos. Quando formados, eles ocupam a luz destes túbulos 
e à medida que são produzidos, são conduzidos para os túbulos 
retos, rede testicular, ductos eferentes e seguem para 
a cabeça, corpo e cauda do epidídimo. Lembre-se, os 
espermatozoides só adquirem motilidade na cabeça e corpo 
do epidídimo. Quando ocorre a ejaculação, os 
espermatozoides armazenados na cauda do epidídimo seguem 
seu caminho pelos ductos deferentes. Observe a figura seguinte 
representando testículos suspensos no interior da bolsa 
escrotal e demonstrando o trajeto dos espermatozoides desde 
sua formação nos 1) túbulos seminíferos, 2)túbulos retos, 3) rede 
testicular, 4) ductos eferentes, pelos quais os espermatozoides 
são conduzidos do testículo ao epidídimo (5-Cabeça, 6-corpo e 
7-cauda) e seguem pelos ductos deferentes em direção 
à uretra. 
 
FONTE: Imagem elaborada pela própria autora, 2018 
- Como ocorre a produção hormonal nos testículos? 
Aqui também temos a participação do eixo hipotalâmico-pituitário-
gonadal. O Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH) produzido pelo 
hipotálamo (estrutura presente no cérebro), sinaliza para a produção de 
hormônio luteinizante (LH) e hormônio folículo estimulante (FSH) pela 
adeno-hipófise (também localizada no cérebro). O LH age sobre as Células 
de Leydig que fica no compartimento intersticial (mais distante dos 
espermatozoides) dos testículos e produz testosterona. A testosterona age 
sobre a libido dos touros (manifestação de desejo sexual), bem como 
exerce efeito sobre as características de touros adultos. Se a principal 
função do touro é cobrir maior número possível de vacas, a testosterona 
(libido) se torna crucial para determinar a aptidão reprodutiva dos 
mesmos. O FSH, por sua vez, age sobre as Células de Sertoli, que produzem 
entre outros hormônios, o estrogênio e auxilia na espermatogênese. Isso 
pode justificar seu contato direto com os espermatozoides em formação 
no compartimento adluminal dos testículos. A ponta deste eixo é o efeito 
negativo que a testosterona e o estrogênio exercem sobre o hipotálamo. 
Por isso, a produção de testosterona, por exemplo, ocorre em picos: alta 
testosterona = menor liberação de GnRH; baixa testosterona = maior 
liberação de GnRH. A produção hormonal dos touros está representada no 
esquema abaixo:

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