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ESTUDO DE CASO PÓS-COVID-19

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ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA NA REABILITAÇÃO DE UM PACIENTE PÓS-COVID-19: UM ESTUDO DE CASO
Acadêmicas: Andressa Lemos e Suelen Feron 
Professoras supervisoras: Ana, Alessandra, Bianca
2020/2
Centro Universitário Avantis - UNIAVAN
Estágio Hospitalar
INTRODUÇÃO
O novo coronavírus, denominado de SARS-CoV-2, também conhecida por COVID-19 pertence à família dos Coronaviridae, vírus que desencadeiam infecções respiratória graves e da atual pandemia.
COSTA et al, 2020
INTRODUÇÃO
Os primeiros casos da COVID-19 no Brasil foram registrados em março de 2020, e tiveram um registro de 6,4% da taxa de mortalidade já em seus primeiros 52 dias de pandemia, resultado duas vezes maior que em outros países como o Canadá e Alemanha.
PINTO e CARVALHO 2020; COSTA et al, 2020
INTRODUÇÃO
De caráter infeccioso, sua transmissão se dá através de gotas ou aerossóis bem como pela interação de uma molécula de superfície do vírus com uma membrana celular de uma pessoa, podendo ocorrer por meio do contato pelas mucosas como o nariz, boca e os olhos. 
TRINDADE et al, 2020 
 Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os sintomas mais comuns são a febre, fadiga e a tosse seca.
OMS, 2020
Indivíduos que apresentam condições crônicas pré-existentes como a HAS, DM e complicações respiratórias como a DPOC tem uma maior possibilidade de apresentar uma forma mais grave da COVID-19, necessitando a internação nas UTI e da utilização da VM.
INTRODUÇÃO
PINTO e CARVALHO, 2020
A enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) está ligado no funcionamento do coração bem como no desenvolvimento da hipertensão e diabetes mellitus, desta forma a ECA2 também foi reconhecida como um receptor funcional do coronavírus 4, sendo incluído a SARS-CoV e SARS-CoV-2. A infecção pelo SARS-CoV-2 ocorre quando existe uma ligação da espícula proteica do vírus na ECA2, onde é fortemente expressa no pulmões e no coração.
ZHENG et al, 2020
Relatar um estudo de caso de uma paciente com diagnóstico positivo de COVID-19 atendido no serviço de fisioterapia da clínica escola do Centro Universitário Avantis - UNIAVAN.
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS
OBJETIVOS
Descrever sobre a COVID-19
Citar possíveis complicações desencadeadas pela COVID-19
Contextualizar os métodos fisioterapêuticos utilizados atualmente para o tratamento de pacientes pós-COVID-19.
OBJETIVOS ESPECIFICOS 
JUSTIFICATIVA
A fisioterapia cardiorrespiratória atua no cuidado de pacientes críticos e que necessitam de programas de reabilitação cardiovascular e respiratórios, uma vez que a fisioterapia tem como objetivo minimizar sintomas de dispneia, reduzir a dor torácica, o trabalho respiratório, melhorar a funcionalidade, a tolerância ao exercício entre outras. 
MAIN e DENEHY, 2016
MÉTODOS
Estudo de caso descritivo
Desenvolvido no Serviço de Fisioterapia da clínica escola do Centro Universitário Avantis – UNIAVAN, situado no Litoral Norte de Santa Catarina
Foram realizadas 23 sessões de tratamento entre os meses de setembro a novembro de 2020
A intervenção fisioterapêutica era realizada duas vezes na semana, com duração de aproximadamente 50 minutos cada sessão. 
MÉTODOS
O indivíduo em questão é do sexo feminino, casada, 70 anos, branca, pós-COVID-19 e apresenta HAS. Procurou o centro municipal da COVID-19 em um Hospital do Litoral Norte de Santa Catarina, apresentando como queixa principal dificuldade para respirar, a qual foi submetida a intubação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permaneceu internado por 22 dias, e 6 dias no quarto enfermaria. Quando da alta hospitalar, apresentou-se com transtorno respiratório e debilidade importante de tônus muscular. 
Inicialmente apresentou-se em regular estado geral, quadro álgico grau 6 segundo a EVA em região esternal além de sentir fraqueza nas pernas ao levantar-se e ao caminhar. 
Apresentou tosse de característica seca, persistente desde a alta hospitalar. Através da realização da escala MRC para avaliação da força muscular manual, sugere-se como diagnóstico a debilidade muscular periférica de acometimento bilateral e simétrico, de característica mais distal do que proximal.
Além da hipotonia global e debilidade dos músculos respiratórios verificado através da manovacuometria.
Distúrbio ventilatório misto verificado pela espirometria.
Limitação do fluxo expiratório obtido através do Peak Flow. 
MÉTODOS
O resultado inicial do teste de degrau foi de 40 degraus/min, e a aplicação da Escala de Estado Funcional Pós-COVID-19 (PCFS) a pontuação da paciente foi 2, resultando em limitações funcionais leve.
Na ausculta pulmonar apresentou murmúrio vesicular diminuído difusamente com presença de estertores crepitantes difusamente, sugestivo de fibrose pulmonar após infecção por COVID-19. 
MÉTODO
Como resultado, este conjunto de alterações ocasionam em uma maior dificuldade de mobilidade, deslocamento, execução das atividades físicas, execução das AVD e diminuição da qualidade de vida. 
MÉTODOS
Diante disso, devido as condições atuais, esses fatores podem implicar futuramente em problemas como quedas, independência para locomoção e dificuldade para execução de AVD. Todo este quadro também afeta o biopsicossocial, na qual a fisioterapia irá atuar para melhorar a qualidade de vida.
Com isso, estabeleceu-se o tratamento fisioterapêutico objetivando:
 
 Reduzir o trabalho respiratório
 Aprimorar mobilidade torácica
 Promover reeducação respiratória
 Aprimorar força muscular respiratória
 Reeducar o movimento e o ritmo respiratório
 Melhorar comprimento das fibras musculares global
 Aumentar a tolerância da paciente frente as AVD
 Promover educação em saúde e orientações.
MÉTODOS
MÉTODOS
Exercícios de alongamento plástico ativo assistido de membros superiores, inferiores e pescoço
Utilizou-se de exercícios para mobilidade torácica associados a respiração diafragmática
Exercícios aeróbicos na bicicleta ergométrica em intensidade leve durante 30 minutos
Fortalecimento dos músculos inspiratórios com o Powerbreathe (PB)
Exercícios incentivando a inspiração com o respiron
Pressão positiva expiratória com o selo D`água
Exercícios respiratórios e cardiorrespiratórios
Exercícios de dissociação de cinturas
Circuito
Liberação miofascial
Exercícios de Frenkel
Exercícios respiratórios lúdicos
Exercícios de fortalecimento global
Exercícios de reeducação respiratória
Atividades de dupla tarefa e atividades lúdicas,
Exercícios de facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP)
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
A partir dos exercícios realizados em 23 encontros, foi obtido melhora significativa na obtenção do resultado do teste de degrau, obtendo 73 degraus/min, significando que houve uma melhora da agilidade e função cardiopulmonar.
Na PCFS obteve a pontuação 0, o que significa que não apresentou mais as limitações cotidianas.
Em questão a ausculta pulmonar, apresentou murmúrio vesicular preservado, com presença de estertores crepitantes bibasais. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Além disso, foi possível verificar o aprimoramento da força muscular global 
Da força muscular respiratório
Não apresentou mais distúrbios respiratórios 
Além disso, observou-se melhora significativa na redução do trabalho respiratório, tendo em vista que os exercícios respiratórios se baseiam em movimentos de membros superiores e de tronco, em associação a incursões e movimentos respiratórios, que
proporcionam uma melhora da expansibilidade torácica.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
CIELO et al, 2016
Rocha et al (2018) e Lamb (2016) afirmam que a fisioterapia respiratória auxilia no tratamento e prevenção das desordens respiratórias, como por exemplo a retenção de secreção, obstrução do fluxo aéreo, alterações da função ventilatória, redução dos sintomas respiratórios, dispneia, melhora da qualidade de vida e da atividade física.
O treinamento cardiorrespiratório, através de exercícios aeróbicos, que segundo a pesquisa de Pereira, Valverde e Horikawa (2009) um programa criado com a pratica de caminha, hidroginástica, corrida e bicicleta ergométrica em uma intensidade de leve a moderado com progressão gradual é a melhor opção para a melhora cardiorrespitatória em idosos, uma vez que causa efeitos metabólicos como a diminuição da FC no repouso, no trabalho submáximo, aumento do VO2 máx,aumento do volume sistólico, aumento da ventilação pulmonar.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
Silva et al (2016) acrescenta que o exercício resistido também gera adaptações cardiorrespiratórias, pois aponta que em uma sessão de exercícios resistidos realizado em 8mulheres idosas foi observado que a FC e o VO2 se mantiveram dentro da faixa de compatibilidade, resultando em efeitos favoráveis na sobre a capacidade cardiorrespiratória, adaptações periféricas e prováveis adaptações centrais.
A diretriz brasileira de reabilitação cardiovascular (2020) também aponta que a recomendação de exercícios físicos para pacientes hipertensos é em média 30 minutos, somando ao menos 150 minutos por semana, divididos em 5 sessões, de atividade física modera a alta intensidade, sendo recomendado unificar duas a três sessões de exercícios resistidos na semana.
A American College Of Sports Medicine (ACSM) (2009), em contrapartida afirma que o treinamento aeróbio com intensidade moderada deve começar com a prática de no mínimo 3 vezes na semana com duração de 20 minutos no mínimo com uma intensidade de 40 a 60% da FCM. Já uma intensidade vigorosa deve ser de 20 minutos somando um total semanal de 75-150 minutos e na percepção de esforço físico (Borg) a intensidade moderada deve ficar entre 5 e 6 e intensidade vigorosa em 7 e 8.
DAY 1
DAY 2
DAY 3
DAY 4
DAY 5
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
Rosa, Renosto e Meneghini (2017) ressaltam que a sua aplicação gera o ganho de funcionalidade através do relaxamento e fortalecimento de grupos musculares, onde os exercícios resistidos são gradativamente aumentados, desta forma, gerando a reeducação muscular e aumentando a ADM funcionais.
Figueiredo, Reis e Souza (2015) aponta que, o incentivo da coordenação motora geral, melhora a capacidade do cérebro para coordenar e equilibrar os movimentos, para que maneira os músculos consigam executar de forma adequada a movimentação e locomoção do indivíduo.
RESULTADOS E
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO 
O tratamento fisioterapêutico neste indivíduo foi capaz de aprimorar a mobilidade torácica, aprimorar o comprimento muscular e a propriocepção, aprimorar a força muscular global e respiratória, bem como a funcionalidade e as AVD, além de diminuir os aspectos relacionados a hipotonia.
CONCLUSÃO 
Ressaltasse também que o comprometimento e assiduidade do paciente faz toda a diferença no resultado final do tratamento, acarretando uma recuperação mais rápida e uma melhor qualidade de vida. 
ALVES, VL et al. A mensuração com o Peak Flow tem valor na avaliação de pacientes com escoliose idiopática do adolescente? Arquivos Médicos dos Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, v. 58, n. 2, p. 70-73, 2013. Disponível em: <http://arquivosmedicos.fcmsantacasasp.edu.br/index.php/AMSCSP/article/view/226>. Acesso em: 12 nov. 2020.
 
CARVALHO, L. S. et al. Auto liberação miofascial x alongamento estático: efeitos sobre a flexibilidade de escolares. Revista CPAQV–Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida. Vol, v. 9, n. 2, p. 2, 2017. Disponível em: <
317402294_AUTO_LIBERACAO_MIOFASCIAL_X_ALONGAMENTO_ESTATICO_EFEITOS_SOBRE_A_FLEXIBILIDADE_DE_ESCOLARES_Self_myofascial_release_x_static_stretching_effects_on_the_flexibility_of_schools> Acesso em: 12 nov. 2020.
 
CARVALHO, T. de. et al. Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular – 2020. Arq Bras Cardiol. v. 114, n. 5, p.943-987, 2020. Disponível em: < http://publicacoes.cardiol.br/portal/abc/portugues/2020/v11405/pdf/11405022.pdf>. 12 nov. 2020.
 
CIELO, C. A. et al. Fonoterapia vocal e fisioterapia respiratória com idosos saudáveis: revisão de literatura. Rev. CEFAC. 2016, vol.18, n.2, pp.533-543. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462016000200533&lng=en&nrm=iso>. 12 nov. 2020.
 
COSTA D., S. P. A pandemia de COVID-19 e a conversão de idosos em “grupo de risco”. Cadernos De Campo (São Paulo 1991), v. 29, n. supl, p. 153-162, 2020. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/cadernosdecampo/article/view/169970/162659>. Acesso em: 26 set. 2020. 
 
COSTA, N. V. L. da. Fortalecimento muscular através do método pilates na reabilitação de pacientes pós-ave. 2015. 12f. Trabalho de (Conclusão de Curso) - Faculdade FAIPE - Pós-Graduação em Fisioterapia Neurofuncional, Manaus, 2015. Disponível em: https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/99/67-fortalecimento_muscular_AtravYs_do_MYtodo_Pilates_na_ReabilitaYYo_de_paci
entes_pYs-_AVE.pdf. Acesso em: 13 nov. 2020.
 
FARIAS, L. A. B. G. et al. O papel da atenção primária no combate ao Covid-19: impacto na saúde pública e perspectivas futuras. Rev Bras Med Fam Comunidade. Rio de Janeiro, 2020 Jan-Dez; 15(42):2455. Disponível em:<https://www.rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2455/1539&gt>. Acesso em: 26 set. 2020.
REFERÊNCIAS 
ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA CARDIORRESPIRATÓRIA NA REABILITAÇÃO DE UM PACIENTE PÓS-COVID-19: UM ESTUDO DE CASO
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