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Telecomunicacao_II

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Telecomunicações II 
 
 
 
Proibido reprodução deste material em parte ou no todo, 
Propriedade do CIP – Lei n.º 9.610 1
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 Acreditamos que, como nós, você lute “por um Brasil melhor” na perspectiva do desenvolvimento da 
Educação Profissional. 
 Você encontrará um material inovador que orientará o seu trabalho na realização das atividades 
propostas. Além disso, percebera por meio de recursos diversos como é fascinante o mundo da “Educação 
Profissional”. Gradativamente, dominará competências e habilidades para que seja um profissional de 
sucesso. 
 Participe de direito e de fato deste Curso de Educação a Distância, que prioriza as habilidades 
necessárias para execução de seu plano de estudo: 
• Você precisa ler todo o material de Ensino; 
• Você deve realizar toda as atividades propostas; 
• Você precisa organizar-se para estudar 
 
 Abra, leia, aproveite e acredite que “as chaves estão sendo entregues, logo as portas se abriram”. 
 Esta disposto a aceitar o convite? 
 Contamos com a sua participação para tornar este objetivo em realidade. 
 
 
 Equipe Polivalente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE 
 
“Qualidade na Arte de Ensinar” 
Telecomunicações II 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................... 1 
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 3 
 
UNIDADE I.................................................................................................................. 4 
COMUTAÇÃO............................................................................................................ 4 
CLASSIFICAÇÃO DE CENTRAIS: ........................................................................... 5 
SINALIZAÇÃO DE SAÍDA...................................................................................... 8 
TRONCOS............................................................................................................. 9 
CENTRAIS TRÂNSITO INTERURBANA........................................................................ 10 
CENTRAL TRÂNSITO INTERNACIONAL................................................................... 10 
AS PRINCIPAIS FAMÍLIAS DE EQUIPAMENTOS APLICÁVEIS E SUAS 
CARACTERÍSTICAS GERAIS ................................................................................... 11 
SISTEMA ELETROMECÂNICOS E HÍBRIDOS............................................................ 12 
CROSSBAR............................................................................................................. 12 
SISTEMAS ELETRÔNICOS ...................................................................................... 13 
INÚMERAS SÃO AS VANTAGENS DAS CENTRAIS ELETRÔNICAS:........................ 13 
 
UNIDADE II .............................................................................................................. 14 
CENTRAIS PÚBLICAS E CENTRAIS PRIVADAS........................................................ 14 
CENTRAIS PRIVADAS ........................................................................................ 14 
TIPOS DE CENTRAIS PRIVADAS ........................................................................ 14 
CENTRAIS PÚBLICAS......................................................................................... 14 
PE.......................................................................................................................... 17 
 
UNIDADE III ............................................................................................................ 19 
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO................................................................................ 19 
CABOS ÓPTICOS.................................................................................................... 20 
 
UNIDADE IV ............................................................................................................. 23 
CABEAMENTO ........................................................................................................ 23 
EDIFICAÇÃO INTELIGENTE.................................................................................... 24 
SET........................................................................................................................ 26 
SET........................................................................................................................ 26 
SEQ ....................................................................................................................... 26 
AT.......................................................................................................................... 26 
ATR ....................................................................................................................... 26 
CP.......................................................................................................................... 26 
CS.......................................................................................................................... 26 
 
UNIDADE V............................................................................................................... 29 
COMUNICAÇÕES ÓPTICAS ..................................................................................... 29 
ARQUITETURA PARA REDES ÓPTICAS ................................................................... 31 
 
GLOSSÁRIO .............................................................................................................. 33 
CONCLUSÃO................................................................ ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 
 
 
 
 
 
 
COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE 
 
“Qualidade na Arte de Ensinar” 
Telecomunicações II 
 
 
 
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TELECOMUNICAÇÃO II 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 Parabéns!!! Você concluiu com êxito o estudo do Modulo I – Telecomunicações, onde vimos: 
História das comunicações, Transdutor; Infra-Estrutura, Retificador e Bateria de Partida; Baterias, Torres de 
Transmissão; Rede Externa, As Principais peças de um Aparelho Telefônico Tipos de Rede Armários de 
Distribuição; Rede Interna, Meios de Transmissão Pupinização; Identificação e numeração da Unidade de Rede, 
Tipos de Cabos Utilizados em Rede Telefônica Aérea e Subterrânea, Linhas Coaxiais, Fibras Ópticas, Cabos 
Telefônicos – Identificação e Numeração, Caixas Subterrâneas, Tecnologia de Cabos Ópticos. 
Agora você irá iniciar o estudo do Modulo II – TELECOMUNICAÇÕES – dividimos em cinco 
unidades, onde você estará tendo contato com teorias importantes como: UNIDADE I: Comutação, Centrais 
Trânsito Interurbana, Central Trânsito Internacional, As principais Famílias de Equipamentos Aplicáveis e 
suas Características Gerais, Sistema Eletromecânicos e Híbridos Crossbar, Sistemas Eletrônicos; UNIDADE II: 
Centrais Públicas e Centrais Privadas; UNIDADE III: Técnicas de Comunicação, Cabos Ópticos; 
UNIDADE IV: Cabeamento (edificação inteligente); UNIDADE V: Comunicação Óptica (arquitetura pra redes 
ópticas). 
 Nossa linha de trabalho abre um caminho atraente e seguro pela seqüência das atividades – leitura, 
interpretação, reflexão, e pela variedade de propostas que mostram maneiras de pensar e agir, e que recriam 
situações de aprendizagem. 
 As aprendizagens teóricas são acompanhadas de sua contrapartida prática, pois se aprende melhor 
fazendo. Tais praticas são momentos de aplicação privilegiados, oportunidades por excelência, de demonstrar o 
saber adquirido. 
 Nessa perspectiva, dois objetivos principais serão perseguidos neste material. De um lado, torná-lo 
habilitado a aproveitar os frutos da aprendizagem, dessessaberes que lhe são oferecidos de muitas maneiras, 
em seu estudo, ou até pela mídia – jornais, revistas, rádio, televisão e outros - pois sabendo como foram 
construídos poderá melhor julgar o seu valor. Por outro lado, capacitando-se para construir novos saberes. Daí 
a necessidade do seu estágio para aliar a teoria à prática. 
 
 A soma de esforços para que estes módulos respondessem as suas necessidades, só foi possível mediante a 
ação conjunta da Equipe do Polivalente. 
 Nossa intenção é conduzir um dialogo para o ensino aprendizagem com vistas a conscientização, 
participação para ação do aluno sobre a realidade em que vive. 
 
 A Coordenação e Tutores/Professores irá acompanhá-lo em todo o seu percurso de estudo, onde as 
suas dúvidas serão sanadas, bastando para isso acessar o nosso site: 
www.colegiopolivalente.com.br 
 
 Equipe Polivalente 
 COLÉGIO INTEGRADO POLIVALENTE
 “Qualidade na Arte de Ensinar” 
 
Telecomunicações II 
 
 
 
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UNIDADE I 
 
COMUTAÇÃO 
 
SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE 
COMUTAÇÃO 
 
 
 INTRODUÇÃO 
 A concepção inicial do invento de BELL se 
preocupara com a transmissão de voz a distância 
(tele + fonia) e permitia que pares de telefones 
segregados se intercomunicassem. Evidentemente, 
a necessidade de comunicação da sociedade era 
muito mais ampla. Dever-se-ia dar ao telefone a 
possibilidade de selecionar um, dentre uma série 
de N aparelhos. Uma solução possível, e às vezes 
aplicada ainda hoje para intercomunicação 
doméstica, era prover cada telefone com uma 
chave seletora S. Esta seria posicionada pelo 
usuário, segundo o número do telefone desejado. 
 As centrais, no inicio da telefonia, eram de 
operação manual, isto é, o usuário informava à 
operadora (telefonista) o nome da pessoa com 
quem desejava falar. Mais tarde, os nomes foram 
substituídos por números. A telefonista, por meio 
de um par de cordões (cabos elétricos bem 
flexíveis) com plugues, interligava eletricamente os 
dois telefones. Ela estabelecia manualmente as 
ligações. Estas centrais, fisicamente, constavam de 
um console horizontal – onde se situavam os 
cordões e um painel vertical frontal – onde se 
distribuíam os jaques (tomadas) correspondentes 
aos telefones. Devido à semelhança com mesas, 
esses consoles foram, às vezes chamados de 
“mesas telefônicas”. Ver figura abaixo. 
 
 
 
 
 
 Agora imaginemos uma pequena cidade 
onde duas pessoas desejam falar entre si, 
utilizando para tanto, aparelhos telefônicos. 
Vejamos como poderíamos satisfaze-las. 
Comecemos por um arranjo como a da figura 
abaixo. 
 
 
 
 
 O som emitido pela pessoa que fala incide 
sobre a cápsula transmissora de seu telefone, que 
transforma as vibrações acústicas em vibrações 
elétricas. Estas vibrações elétricas são transmitidas 
através de um par de fios para uma outra cápsula 
montada no aparelho telefônico distante (cápsula 
receptora), que por sua vez transforma as 
vibrações elétricas em vibrações acústicas. O som 
assim produzido é percebido pelo ouvido da pessoa 
que ouve. Quando a pessoa que anteriormente 
ouvia passar a falar o mesmo acontece no sentido 
inverso. Neste exemplo rudimentar vemos que são 
necessários 4 fios para ligar os dois telefones. 
 Para reduzir de 4 fios para 2 os fios que 
ligam os dois telefones, usa-se dentro de cada 
telefone um dispositivo engenhoso chamado 
Transformador híbrido. Este transformador serve 
para dirigir os sinais emitidos pela cápsula 
transmissora “A” para um par de fios que se liga 
ao telefone “B” e também recolher do mesmo par 
de fios, os sinais emitidos por “B”, como na figura. 
Todos os aparelhos telefônicos atuais usam um 
transformador híbrido e são pois adequados para 
operação em linhas telefônicas constituídas de um 
único par de fios. 
 
 
 
 O par de fios que interliga dois aparelhos 
telefônicos constitui um “meio de transmissão”, 
isto é, o suporte sobre o qual o sinal elétrico se 
propaga. 
Telecomunicações II 
 
 
 
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 Os primeiros aparelhos telefônicos 
instalados tiveram o objetivo de ligar dois pontos 
fixos, por exemplo: 
 Duas residências; uma residência e uma 
casa comercial; uma residência e uma industria; 
comércio/industria; e assim por diante 
 
 Imaginemos agora que a pequena cidade 
que nos serve de exemplo contasse com 5 
assinantes. Se interligássemos esses assinantes 
por pares de fios de forma que qualquer deles 
pudesse falar com qualquer dos demais, teríamos 
que utilizar 10 pares de fios que cruzariam a cidade 
conforme mostrado na figura. Esses pares de fios 
constituiriam uma rede de comunicações do tipo 
malha. 
 
 
 
 
 Baseados nestes dados e com o crescente 
número de linhas, ao invés de se manter ligações 
permanentes entre aparelhos de assinantes 
verificou-se ser mais econômico constituir-se uma 
rede tipo estrela onde todas as linhas de 
assinantes chegariam a um só ponto – a Central de 
Comunicação Telefônica – e ali um telefonista, ou 
um conjunto de órgãos, faria as ligações 
solicitadas. 
 A figura mostra as ligações descritas. A 
ligação entre cada assinante e o equipamento é 
feita por um par de fios designados Linha de 
assinante. 
 
 
 
 
 
 Este equipamento é chamado de 
equipamento de comutação por efetuar comutações 
entre assinantes. Os equipamentos de comutação 
mais os dos assinantes a eles associados 
constituem uma Central Local. Assim, por 
comutação entende-se o conjunto das operações 
envolvidas na interligação de circuitos, para o 
estabelecimento de uma comunicação. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE CENTRAIS: 
 
 Podemos classificar as Centrais em dois 
tipos: Central Manual e Central Automática. 
 
 
CENTRAL TELEFÔNICA MANUAL 
 Como já falado os sistemas eram 
compostos principalmente de uma mesa Operadora 
Local composta de: Cordões, chaves, lâmpadas de 
supervisão, disco e outros formando os órgãos 
comuns. 
 Nestes sistemas as ligações entre 
assinantes eram muito lento e demorado além 
disso falta de sigilo eram constante. 
 A falta de sigilo era tanto a que se sebe a 
rede telefônica de Kansas City era servida por uma 
central manual. O Sr. ALMON B. STROWGER estava 
exasperado, pois sendo um agente funerário, via 
seus negócios declinarem porque a esposa do seu 
competidor, que era a telefonista da central, ao 
atender às famílias enlutadas e solicitada a ligar 
para a agência funerária, naturalmente conectava 
as ligações para a agência do seu marido. O Sr. 
STROWGER, então, que não era nenhum técnico, 
mas desafiado pela sobrevivência do seu negócio, 
desenvolveu e patenteou uma chave seletora 
automática (1891), que por movimentação de 
escovas na direção vertical e rotação, fazia a 
comutação para 100 posições em um banco de 
contatos em uma superfície cilíndrica. Diz-se que 
ele se inspirou no movimento dos braços das 
telefonistas na mesa telefônica. 
 
 
 
 
 comutação – substituição; permuta; troca. 
Telecomunicações II 
 
 
 
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 O invento do seletor STROWGER foi o início 
da automatização das centrais comutadoras. 
Inicialmente, foram automatizadas as centrais 
urbanas, depois as interurbanas e internacionais. 
As centrais comutadoras automáticas, até a década 
de 60, eram baseadas em seletores 
eletromecânicos e representavam obras-primas de 
inventividade e mecânica fina. 
 
 
 SURGE O DISCO 
 O uso de comutação automática impôs 
exigências ao aparelho telefônico. Na comutação 
manual, o usuários informava o número desejado à 
telefonista. Com a automação foi necessário 
desenvolver recursos para “informar” à central qual 
o número desejado. Em 1896, o disco foi 
incorporado ao telefone com esta finalidade 
 Os telefones e centrais mais modernas não 
operam com pulsos decádicos e sim, por pulsosde 
curta duração de um código multifreqüencial. 
Neste, o tempo para envio da informação numérica 
independe do valor do algarismo, sendo mais 
rápida e segura. Essa modalidade de sinalização 
denomina-se DTMF (Dual Tone Milti-frequancy). 
 O DTMF usa teclado de idêntica aparência 
externa à do teclado decádico, porém a maneira de 
 
 automatização – funcionamento de máquina ou grupos de 
máquinas atendendo a uma programação única, permitindo 
efetuar, sem intervenção humana, uma série de operações 
contábeis e estatísticas com extraordinária rapidez, muito 
superior à capacidade normal do homem. 
enviar a informação à central é completamente 
diferente e incompatível com aquelas centrais 
decádicas. Ao se adquirirem telefones com teclado, 
é necessário saber como opera a central em que 
será conectado. Hoje, já há telefone universais, 
que mediante uma pequena chave, podem ser 
condicionados a operar de uma ou outra maneira. 
 
 
CENTRAL TELEFÔNICA AUTOMÁTICA 
 Entende-se por central automática o 
conjunto de órgãos capazes de interpretar os 
algarismos enviados pelo disco e estabelecer a 
ligação entre dois assinantes da rede. Ela substitui 
com vantagens as centrais manuais, no que diz 
respeito a sigilo, velocidade em estabelecer ligação, 
menor despesa de operação, etc... sendo composta 
basicamente pela unidade de comutação e pela 
unidade de controle. 
 
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 Duas funções básicas se destacam: 
 
 FUNÇÃO DE COMUTAÇÃO – 
desempenhada por um conjunto de dispositivos 
que interligamos os assinantes e permanecem 
“operados” até o fim da conversação. Estes 
dispositivos compõem o denominado “circuito de 
conversação” interno à central. 
 
 FUNÇÃO DE CONTROLE – desempenhada 
por um conjunto de órgão “inteligentes” capazes de 
subfunções de identificação de assinantes, 
comandos diversos, supervisão das chamadas 
tarifação , etc. São “órgãos comuns”, que 
controlam um certo número simultâneo de 
chamadas. A quantidade de órgãos comuns é muito 
menor que a de linhas de assinantes. Alguns deles 
entram na quantidade de um ou dois por central. A 
quantidade específica de cada um depende não só 
do número de assinantes, mas também do tráfego 
esperado. Nas horas de pico de tráfego alguns 
desses órgãos são responsáveis pelo 
congestionamento da central. 
 Na figura acima pode notar que as 
denominações dadas aos órgãos da central 
automática podem variar de acordo com o tipo de 
cada central. 
 Na figura acima pode notar que as 
denominações dadas aos órgãos da central 
automática podem variar de acordo com o tipo de 
cada central. 
 
SINALIZAÇÃO DE ENTRADA 
 
 IDENTIFICAÇÃO 
 Quando o assinante A levanta o monofone 
do gancho, faz percorrer uma corrente continua na 
sua linha de assinante, que faz “operar” o chamado 
relé de linha desse assinante. Esse dispositivo, 
denominado “Marcador de Seleção de Linha”, 
explora as linhas de assinantes (que estão 
agrupadas em conjuntos) e seleciona aquele relé 
ativado. Nesse ponto é identificado o número de A 
e feita a ligação da central com a linha de A. 
 
LIGAÇÃO 
 Neste instante, alguns órgãos (“órgãos 
inteligentes”) se interligam com a linha de A e se 
preparam para receber do telefone A os dígitos 
discados ou teclados que indicarão o assinante B. O 
primeiro órgão inteligente a se ligar com A é o 
registrador. Este órgão envia o tom de discar (425 
Hz) para o assinante A, indicando que o assinante 
deve iniciar o processo de discagem /teclagem do 
número desejado (assinante B). 
 
 RECEPÇÃO 
 Ao enviar o tom de discar, o registrador 
está pronto a receber as informações de A. 
 Quando há demora do tom de discar, 
significa, na maioria das vezes, que há registrador 
disponível, havendo, portanto um 
congestionamento parcial na central. 
REGISTRO 
 
 tarifação – tabela de taxas; preço; registro de valor. 
 Com o tom de discar, o assinante começa a 
enviar os dígitos do número de B, acionando o 
disco telefônico ou teclas. 
 O registrador armazena esses dígitos, em 
uma memória eletromecânica e reconhece se a 
chamada é local, se é interurbana ou se é para 
serviços especiais (concessionária, bombeiros, 
polícia, etc). Esse reconhecimento se faz pelos 
primeiros dígitos: 
 
 2, 3, .........., 8 – chamada urbana – (Por 
exemplo: 273 - ......, 245 - ......., 223 - ......., etc). 
 
 9 – chamada DDD a cobrar 
 
 0 – chamada DDD interurbana (011 - ....., 
014 - ......,, 021 - ......, etc). 
 
 00 – chamada DDI internacional 
 
 1 – chamada para serviços especiais (100, 
101, 190, 137, 120, etc) 
 
 As redes telefônicas apresentam uma série 
de siglas para designar alguns serviços não 
enquadrados nos serviços especiais. Os quais são: 
 DDD – Discagem Direta a Distância, em 
que o usuário estabelece ligação interurbana dentro 
do país, diretamente até o assinante desejado (sem 
intervenção de telefonista). 
 DDI – Discagem Direta Internacional, 
estabelece ligação de um país a outro diretamente 
(sem intervenção de telefonista). 
 DDR – Discagem Direta a Ramal, em 
que o usuário estabelece diretamente ligação para 
ramal de PABX (sem a intervenção da telefonista 
do PABX). 
 DDO – Discagem Direta à Operadora, 
em que o usuário estabelece ligação para a 
operadora mais próxima à localidade do destino 
ainda não acessível por DDD. Esse operadora 
(telefonista) ou operador completa manualmente o 
trecho final da comutação. 
 DDG – Discagem Direta Gratuita, em 
que o usuário estabelece a chamada para 
determinados números, porém é debitado. Nesse 
caso, o débito irá para o assinante chamado. 
 
PROCESSAMENTO 
 O reconhecimento da chamada pelo 
registrador já é uma função “inteligente” que faz 
parte também do início da fase de processamento 
dessa chamada. O tradutor já envia ordens de 
comando a outros órgãos para o prosseguimento 
da chamada através da central. 
 
ANÁLISE 
 Os registradores comandam o fechamento 
de circuitos distintos. Se a chamada é local, deve 
tomar uma saída para circuito local (juntor local); 
se a chamada é IU, deve tomar um juntor para a 
rota da estação interurbana, etc. 
 A troca de informações entre os órgãos da 
 
 tradutor – interprete; traduzir de uma língua para outra; 
de um código para outro. 
Telecomunicações II 
 
 
 
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central deve ser muito rápida e códigos eletro-
eletrônicos são utilizados. Cada registrado está 
associado a um tradutor, que é um dispositivo que 
traduz os dígitos recebidos em outros sinais 
adequados para a troca de informações interna 
entre órgãos da central. 
 Há equipamentos que centralizam estes 
tradutores em um só tradutor, que atende a vários 
registradores. 
 Quanto mais rápida é a ação de um órgão, 
mais ligações esse órgão pode atender – daí a 
denominação de “órgãos comuns”. 
 Efetua-se assim a análise das chamadas, 
endereçando-as por caminhos internos e 
diferentes. 
 Envolvidos nesses caminhos internos, 
existem dispositivos denominados “marcadores” 
que testam e selecionam caminhos livres, antes de 
se efetuar a conexão completa de conversação. O 
fechamento dos circuitos internos, isto é, a seleção 
do caminho, se faz por dispositivos eletromecânicos 
denominados “seletores”. Estes dispositivos 
existem em várias funções dentro da central e é o 
dispositivo básico da concepção. Há vários tipos de 
seletores no desenvolver da técnica telefônica, 
como o “seletor Strowger”, para o sistema de 
comutação passo a passo, o seletor de barras 
cruzadas “crossbar”, o seletor “cross-pont” e etc. 
Os seletores ou sistemas crossbar sucederam os 
rotativos e predominaram nas décadas de 50 a 70, 
entrando em declínio comercial com o surgimento 
das centrais SPC (CPA). 
 
 
SELEÇÃO DE LINHA OU JUNTOR DE 
SAÍDA 
 Após ter sidoselecionado um caminho 
interno livre é tomado um circuito de linha para o 
assinante B, se este pertence à própria central, ou 
é tomada um juntor de saída para outro central, a 
que B pertença. Neste caso será ativado também 
um equipamento, chamado “enviador de código”. 
 
 
SELEÇÃO DE UMA LIGAÇÃO INTERNA 
 O caminho interno que foi selecionado no 
caso anterior, é, através dos “marcadores”, testado 
se há ocupação em andamento ou não e, em caso 
negativo, este caminho é reservado para a 
chamada em curso. Um comando é enviado para os 
“seletores” envolvidos neste caminho, que então 
fecham o circuito interno (circuito de comutação) 
para se alcançar o assinante B. 
 
 
SINALIZAÇÃO DE SAÍDA 
 
 Neste ponto serão ativados os órgão de 
sinalização para o equipamento distante. Há que 
distinguir dois casos: 
 
 
ASSINANTE LOCAL DA MESMA 
CENTRAL 
 Neste caso, o “circuito de linha” envia 
corrente de chamada ou corrente de toque (25 Hz), 
que aciona a campainha de B e envia de volta, para 
o assinante A, o tom de controle de chamada (425 
Hz). É interessante notar que, para a maioria dos 
equipamentos estes sinais não são simultâneos, 
isto é, quando se escuta o tom, a campainha de B 
não está tocando, e vice-versa. 
 
 
ASSINANTE LOCAL DE OUTRA 
CENTRAL 
 Neste caso, a central A deve informar à 
central B, qual o número do assinante B. 
 
 Assinante A informa, à central A, que este 
número pela ação do disco telefônico. O disco 
transmite na linha de A, pulso elétricos chamados 
décadicos, isto é, ao número 1 corresponde 1 
pulso, ao número 9 corresponde 9 pulso e ao zero, 
correspondem 10 pulsos. 
 Estes pulsos, representativos dos dígitos só 
do número de B, são armazenados e processados 
na central A deve informar à central B, o número 
do assinante B, a transmissão não se faz mais por 
pulsos decádicos. Esta sinalização é feita por pares 
de freqüências, dentre um conjunto de freqüências. 
Por isso esta sinalização é chamada de 
multifreqüencial – MFC (multifreqüencial 
compelida). Também utilizada em transmissões 
interurbanas. 
 
 
TRANSMISSÃO 
 No caso da sinalização MFC, á acionado, 
conforme visto anteriormente, o “enviador de 
código”, que troca informações com o “receptor de 
código” da central B. Esta, processa a informação 
recebida para acionar seus órgãos internos, como 
na estação A, até atingir a linha do assinante B. 
 Quando o assinante B atende, quer seja 
local ou não local, alguns órgãos comuns ainda 
envolvidos, são desativados e fecha-se finalmente 
o “circuito de conversação”. 
 Permanece nesse circuito, o órgão de 
supervisão de chamada e o órgão de tarifação. 
 
 
SINALIZAÇÃO DE SAÍDA 
 Uma Central Telefônica Local é aquela que 
atende (comuta) assinantes localizados dentro de 
sua área de ação. Tipicamente, em áreas 
urbanizadas, uma central local serve a assinantes 
dentro da área de um circulo de raio da ordem de 5 
a 6 km e centrado na própria central. 
 Para tornar possível as ligações telefônicas 
quando o serviço é automático, cada assinante 
recebe um número de identificação, como na figura 
abaixo. As centrais telefônicas recebem também 
seu número de identificação, isto é, seu prefixo, 
para diferencia-las umas das outras. 
 
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 No sentido leigo, estação telefônica é 
sinônimo de central telefônica. Tecnicamente, 
representa uma unidade equivalente a 10.000 
terminais. Isto porque, historicamente, nos 
sistemas eletromecânicos, o agrupamento máximo 
de seletores de grupo reunia equipamentos para 
atender 10 grupos de 1.000 ou 20 grupos de 500 
assinantes numerados com a mesma dezena de 
milhar. Convencionou-se, então, chamar ESTAÇÃO 
àquele conjunto de equipamentos comutadores que 
atendia 10.000 assinantes dentro do mesmo 
PREFIXO da numeração (formado pela dezena de 
milhar ou dezena e centena de milhar). O termo 
firmou-se à época dos sistemas passo a passo e 
rotativo. Foi herdado e continua em uso, embora já 
na época do crossbar e mais recente ainda, na fase 
SPC (CPA – Central Programa Armazenado), não 
haja mais equipamento segregado para cada 
10.000 assinantes. Porém, o termo continua a ser 
utilizado e hoje só tem significado para referir-se 
ao agrupamento de 10.000 assinantes com mesmo 
prefixo. Hoje, os grandes blocos comutadores nas 
áreas metropolitanas podem ter centrais com 
40.000 a 80.000 terminais, e se quisermos nos 
expressar na unidade antiga, podemos dizer que 
têm “4 a 8 estações( de 10.000)”. 
 
TRONCOS 
 
 As centrais locais possuem nos seus 
terminais LINHAS DE ASSINANTES. O tráfego, após 
ser concentrado nas centrais locais, é encaminhado 
para outras centrais (locais ou não). Os circuitos 
entre centrais denominam-se TRONCOS. Os 
troncos que partem de um estágio seletor d grupo 
para um outro seletor de grupo no destino são 
muito numerosos e sua quantidade depende da 
intensidade de tráfego que por eles irá fluir. Os 
troncos que têm a mesma origem e mesmo destino 
constituem uma ROTA. O cabo que conduz 
circuitos troncos denomina-se CABO TRONCO. 
 
 
 
 
 
CENTRAL TANDEM 
 Com o aumento do número de assinantes, 
o sistema telefônico continua crescendo. Mas da 
mesma forma que o número de assinantes em 
crescimento justifica a existência de mais centrais 
locais, chega-se a um ponto em que muitas 
centrais significam aumento demasiado do número 
de cabo troncos, de tal forma que se forma 
impraticável a interligação direta dessas centrais, 
devido aos altos custos que acarreta. 
 Para contornar estes problemas foram 
introduzidas as “centrais tandem”, ou seja, centrais 
especiais que comutam chamadas de diversas 
“centrais locais” e que se interligam também 
através de cabos troncos próprios, permitindo que 
assinantes, pertencentes a centrais locais de áreas 
relativamente distantes, se comuniquem entre si. 
 A intensidade de tráfego entre os 
assinantes de duas centrais locais pode tornar 
econômico o estabelecimento de ligações diretas 
(rotas diretas) entre elas, além daquela via 
Tandem Local que passa a ser uma alternativa, 
usada apenas quando há congestionamento dos 
enlaces diretos. As centrais com essa configuração 
de enlaces passam a formar uma rede mista 
 
 
 
 
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 Nos grandes centros, por sua vez, há a 
necessidade de várias Centrais Tendem ligadas 
entre si também por cabos troncos, comutando 
diversas Centrais Locais. 
 
 
 
 
 
 As centrais tandem desempenham funções 
auxiliares e não possuem número de identificação 
(prefixo), nem atendem assinantes diretamente, 
podem estar localizadas em um prédio comum a 
outras centrais locais. 
 
CENTRAIS TRÂNSITO 
INTERURBANA 
 
 
 
Até agora, vimos como é o sistema de 
telefonia automática urbana, isto é, dentro de uma 
mesma cidade. Passaremos a pensar em termos de 
comunicação de uma cidade para outra. 
 Imaginemos que precisamos ligar centrais 
da cidade A com as da cidade B. É óbvio que seria 
proibitivo, em termos de custos, efetuar a 
interligação via cabos individuais, de toda as 
centrais de uma cidade, com todas as centrais da 
outra. 
 Como solução, criou-se uma forma de 
comutar as chamadas das diversas centrais de uma 
cidade como as de outra, através de um central de 
comunicação chamada Central Trânsito 
Interurbana . A figura mostra como se localizam 
as Centrais Trânsito Interurbanas, na rede de 
Telefonia. 
 
 A exemplo: Um assinante, ao fazer uma 
chamada interurbana, atinge sua central local, que 
o comuta para a central interurbana que serve a 
sua localidade. Esta, por sua vez, comuta a 
chamada para o meio de transmissão que a 
interliga com a central interurbana que serve a 
localidade de destino. Esta última, novamente 
comuta a chamada para a central local final que 
por sua vez, efetua a comutação para o assinante 
chamado. O caminho que a chamada percorre, 
pode ser acompanhadona figura anterior, que por 
sua vez podendo passar, ainda, por estação 
tandem. 
 Para tornar mais clara as interligações na 
rede externa distinguimos central Tandem e 
Trânsito, reservando, para esta última, um papel 
nas ligações interurbanas. 
 Tecnicamente, porem, não há forte 
distinção entre tandem e trânsito. Há quem 
apenas diga trânsito local, trânsito regional ou 
trânsito interurbana. 
 Algumas centrais locais podem sofrer 
ampliação de equipamentos e funcionam também 
como trânsito. 
 Portanto, uma central puramente trânsito 
só tem juntores de entrada e saída para conexão 
com a rede externa urbana ou interurbana. Possui 
naturalmente os órgãos de conexão (comutação) e 
órgãos comuns de roteamento das chamadas. 
 
CENTRAL TRÂNSITO 
INTERNACIONAL 
 
 É uma central de trânsito que possibilita o 
trânsito automático (DDI) entre países. 
 As empresas Pólo possuem centrais de 
trânsito que interligam cidades dentro de sua área 
de atuação. A Embratel possui centrais trânsito 
em todas as capitais do pais, o que permite a 
comunicação nacional pelo sistema DDD. Assim, as 
chamadas interestaduais são efetuadas pela 
Embratel. 
 Da mesma forma que, os meios de 
transmissão interestaduais, pertencem às 
Empresas Pólo e os meios interestaduais 
 
 interurbano – ligações telefônicas entre duas cidades. 
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pertencem à Embratel. Estes meios, são em sua 
maioria, sistemas de microondas, sobre os quais 
estudaremos mais para frente. 
As ligações telefônicas entre países 
seguem o mesmo processo, através de Centrais 
Trânsito Internacional, que podem ser manuais ou 
automáticas. Um país pode ter uma ou mais 
centrais internacionais. Geralmente dispõe de 
centrais de trânsito internacional, para ligações 
com países que disponham de centrais automáticas 
internacionais e mesas telefônicas internacionais 
para os países que operem em método manual. 
 O Centro Telefônico internacional do Brasil, 
isto é, do Sistema Nacional de 
Telecomunicações, está situado no Rio de Janeiro 
e pertence à Embratel. É composto de uma Central 
Trânsito Internacional e de mesas internacionais, 
operadas por telefonistas intérpretes. 
 A transmissão para o exterior é feita via 
satélite, via cabo submarino ou via microondas. 
 
 
SISTEMA PRIVADO DE COMUTAÇÃO 
 Chamamos de sistema ou centrais privados 
aquelas destinadas ao serviço da comunidade 
empresarial em atividades de comércio, industria, 
serviços e profissões liberais e agora atualmente 
muito usado em residências de grande porte. 
 Conforme a dimensão e a atividade, 
podemos ter desde pequenos “Key systems” até 
uma rede corporativa integrada. Assim, os 
equipamentos destinados às comunicações 
empresariais variam bastante em dimensão, 
configuração e nível de facilidade e devem ser 
selecionados em função da atividade. 
 
AS PRINCIPAIS FAMÍLIAS DE 
EQUIPAMENTOS APLICÁVEIS E 
SUAS CARACTERÍSTICAS GERAIS 
 
KEY SYSTEM (KS) 
 O Ks caracteriza-se por não exigir uma 
operadora. Foi concebido originalmente para 
pequena quantidade de ramais, e os próprios 
usuários fazem as manobras para atender ou 
originar chamadas. Os KS clássicos são sistemas 
descentralizados para aplicação na faixa de 
pequenas capacidades, ou seja, de 8 a 10 ramais 
utilizava entre 2 e 3 linhas troncos de entrada. Com 
essa configuração, o KS tem grande aceitação no 
mercado de pequenos escritórios e consultórios. A 
aceitação do KS foi de tal ordem que seus 
fabricantes passaram a equipa-lo com maior 
quantidade de ramais e troncos. Surgi, então os KS 
de 12 à 15 ramais que incorporam maior 
quantidade de chaves, botões e lâmpadas, 
tornando-se mais complicada sua operação. Com 
isso, os KS passou a ter papel de operadora, 
havendo então a necessidade de uma 
recepcionista/telefonista passando atender a 
transferir as ligações. 
 Os KS digitais atingem capacidade que 
anteriormente eram atendidas por pequenos 
 
 corporação – conjunto de pessoas sujeitas à mesma regra 
ou estatutos. Associação, sociedade. 
PABX. Uma capacidade típica muito usada é o de 
48 ramais e 16 troncos. 
PBX 
 A sigla PBX corresponde a Private Branch 
Exchange ou central particular tributária da central 
pública. O PBX pode ser manual ou automático. Na 
sua versão manual, recebe o nome de PMBX ou 
PBX como é mais conhecido. 
 Funcionalidade: Antigamente quando o 
PBX era de comutação manual, havia a 
necessidade de uma telefonista para auxiliar nesta 
operação, onde as mesas usava-se “cordão ou 
chaves” onde a telefonista recebia as chamadas 
externa e completava a ligação aos ramais e vice-
versa nas ligações de saídas internas. 
 Quando o PBX é do sistema automático e 
dependendo do tipo de equipamento pode se usar a 
telefonista ou não. Neste caso pode-se programar o 
PBX para receber discando diretamente ao ramal 
internos. 
 Um comutador automático assume 
simultaneamente na função do PBX para as 
comunicações internas surgindo o PABX, uma 
fusão do PBX e PAX. 
 
 
PABX (Private Automatic Branch 
Exchange) 
 Além das funções básicas de interligar 
ramais, encaminhar chamadas externas para o 
ramal e dar acesso à rede pública, o PABX 
incorpora funções específicas de sua aplicação aos 
negócios. Possui facilidades de consulta, diferentes 
categorias de ramais, transferência, chamadas em 
espera, captura de ligações, etc. 
 Geralmente, o trafego do PABX para a 
rede pública é feito automaticamente, isto é, não 
passa pela telefonista. Há casos em que isto não é 
permitido por normas das empresas ou garantia da 
cobrança (hotéis), quando o equipamento não 
dispõe da facilidade de bilhetagem das chamadas 
dos quartos. No primeiro caso, o ramal disca (ou 
tecla) um algarismo como prefixo de acesso (zero 
ou nove) e o PABX acessa um tronco urbano, cujo 
tom de discar é ouvido pelo ramal. O usuário disca 
diretamente o número da rede pública. No 
segundo, caso, a telefonista é a única que pode 
acessar e teclar para a rede pública e depois 
transferir a ligação ao ramal, que ouvirá o tom de 
controle de chamada, e prosseguir com o processo. 
 
 
ACESSO DA REDE PÚBLICA AO PABX 
 O assinante individual da rede pública tem 
um número também individual. Quando se trata de 
assinante de negócio, ele tem vários troncos 
urbanos ligados ao seu equipamento, Cada tronco 
tem sua identidade na central urbana e deve ser 
ignorada pelo público. A este somente se divulga 
um número coletivo associado ao negócio, 
denominado NUMERO – CHAVE. Deve-se discar 
sempre o número – chave, pois a função PBX na 
central urbana executa sua tradução para um dos 
números individuais que formam o grupo PBX. 
Assim, ao receber o número – chave, a central 
local pública o identifica como tal e faz uma busca 
no seu grupo de troncos, escolhendo um deles 
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dentre os livres. Ao discar o número – chave, o 
assinante chamador tem a chance de completar a 
ligação por qualquer um dos troncos do grupo que 
estiver livre no momento. Por isso, os troncos 
individuais não devem ter seus números 
divulgados. Nas centrais eletromecânicas, os 
terminais que faziam parte de um grupo PBX, 
devem ser seqüenciados. Nas centrais controladas 
por marcador, o processo simplificou-se. Os 
números dos terminais não necessitavam mais ser 
seguidos, porém deveriam pertencer a uma mesma 
milhar. Nas centrais CPA, deixou de existir 
qualquer restrição. Os terminais podem ser 
escolhidos dentro dos estágios de assinantes 
controlados pelo processador. 
 O tráfego nos troncos PABX é muito alto e 
sobrecarrega bastante o estágio de linha da 
central. Para maior equilíbrio de tráfego neste 
estágio e menor custo, adota-se, nos grandes 
centros a solução de conectar os troncos de/para 
PABX diretamente no estágio seletorde grupo. Há 
um seletor de grupo dedicado somente aos PAB’s. 
 Os PMBX’s estão desaparecendo e sendo 
substituídos pelos PABX’s com DDR. 
 
 
DISCAGEM DIRETA A RAMAL (DDR) 
 No DDR, os ramais têm numeração 
integrada ao plano de numeração da rede pública. 
Geralmente atribui-se ao PABX com DDR uma dou 
várias milhares, uma centena ou várias centenas 
de numeração da central pública. A comutação até 
o ramal é feita parte na central pública e parte no 
PABX. Para isto é necessário que a entrada do 
DDR no PABX tenha sinalização compatível com a 
da central pública, por exemplo, a sinalização MFC. 
 Os algarismos finais do número (milhar, 
centenas, dezenas e unidade ou centena, dezena e 
unidade, dependendo da quantidade de ramais) são 
enviadas ao PABX par dirigir o encaminhamento 
até o ramal desejado. 
 A empresa com DDR deve divulgar seu 
catálogo interno aos clientes e fornecedores, 
informando o número DDR das seções e pessoas, 
assim como incluí-los nos cartões de visita. Além 
dos números DDR individuais, há ainda 
necessidade do número geral atendido pela 
telefonista, pois há sempre casos de pessoas que 
procuram a empresa pela primeira vez guiadas por 
anúncios e precisam ser atendidas pela telefonista 
para encaminhamento ao departamento correto. 
 
 
PABX DIGITAL 
 A automação das funções no escritório 
pode ser implantada mais racionalmente pelo 
PABX. Todos os locais do escritório ou empresa 
são servidos por ramais de PABX para a 
comunicação telefônica. Por que não para essa rede 
local onipresente para propiciar a comunicação de 
dados? Essa necessidade impeliu o PABX para a 
digitalização e o PABX moderno comuta “bit 
streams” de 64 kbits/s e compartilha voz e dados 
nos ramais, constituindo o núcleo de uma rede 
local incorporando funções de ISDN. Junto aos 
telefones, ele comuta também equipamento 
terminais de dados. 
 
 
SISTEMA ELETROMECÂNICOS E 
HÍBRIDOS 
 
PASSO-A-PASSO 
 O primeiro sistema automático foi baseado 
na invenção de STROWGER e concretizado na 
primeira central automática do mundo, instalada 
em La Porte, Indiana, em 1892. O disco introduzido 
em 1896, permitiu uma simplificação do sistema, 
bem como a redução da quantidade de condutores 
de entre o telefone e a central para um simples par 
de condutores. 
 A movimentação dos setores é feita pelos 
pulsos de corrente contínua gerados pelo disco. O 
sistema compõe-se de estágios de seletores, 
comutados um após o outro, daí o nome de 
sistema passo a passo. 
 
 
ROTATIVO 
 Na década de 20, foram desenvolvidos os 
sistemas rotativos, com duas características 
inovadoras principais: 
 
 
COMANDO INDIRETO 
 Pelo qual os algarismos do disco não 
movimentam mais, diretamente, os seletores, mas 
são recebidos e memorizados em um órgão 
denominado REGISTRADOR. Este sim, comanda 
os estágios seletores. 
 
 
A FONTE MOTORA DOS SELETORES 
ESTÁ FORA DELES 
 Possui uma fonte comum externa que, por 
um sistema de eixos horizontais e verticais, supre 
aos seletores e energia cinética quando necessitam 
movimentar-se. 
 O registrador somente assiste à chamada 
até o seu estabelecimento, quando se desconecta e 
permanece à disposição de novas chamadas. Tem 
analogia funcional com a telefonista dos sistemas 
manuais: pede o número, recebe-o memoriza-o, 
para depois completar a ligação até o assinante B e 
retirar-se do circuito. 
 Os sistemas rotativos predominaram nas 
décadas de 1920 – 1950 e foram suplantados pelo 
aparecimento dos sistemas CROSSBAR. 
 
CROSSBAR 
 
 A introdução do Seletor Crossabr ou barras 
cruzadas tem por dispositivos comutador que, por 
acionamento de duas barras dispostas 
ortogonalmente , fechada contatos elétricos nos 
pontos de cruzamento. Criando então o método de 
interconexão de seletores de pequena capacidade 
unitária para formar estágios comutadores de 
 
 analogia – pontos de semelhança entre coisas diferentes. 
 acionamento – por em ação acionar, colocar para 
funcionar. 
 ortogonalmente – que forma ângulos retos; cruzados. 
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grande capacidade. Esse método denominado 
INTERCONEÇÃO POR ENLACES (link 
interconnection). A estes aplicavam os enlaces na 
interligação de réles telefônicos para ampliar o 
número de saídas do estágio. Todavia esses 
equipamentos eram de custo muito elevado e 
pouco competitivo e não foi adiante. Logo adiante 
associado a este sistema o seletor CROSSBAR à 
interconexão por enlace um novo órgão de controle 
comum, o MARCADOR. 
 Os sistemas CROSSBAR sucederam os 
rotativos e predominaram de 50 a 70, entrando em 
declínio comercial com o surgimento das centrais 
SPC (CPA). 
 
SISTEMAS ELETRÔNICOS 
 
 A capacidade de os sistemas 
eletromecânicos acompanharem o aumento de 
volume de tráfego telefônico começa a ser limitada 
nos grandes centros, pela baixa velocidade de 
comutação desses sistemas. Como resultado, 
pesquisas e esforços vêm sendo desenvolvidos, há 
bastante tempo, no sentido de obter um sistema de 
comutação eletrônica confiável. 
 A evolução da técnica de fabricação de 
computadores e a diminuição dos custos de 
elementos eletrônicos semi condutores, tais como 
transistores e outros possibilitou que as centrais 
telefônicas pudessem se tornar cada vez mais 
“eletrônicas”. 
 De início surgiu a central semi-eletrônica 
em que a unidade de controle foi tornada 
inteiramente eletrônica, ficando mecânica apenas a 
parte de seleção. 
 Essa unidade de controle foi possível ser 
programada com mais facilidade e com mais 
recursos para realizar as antigas funções da 
eletromecânica e desempenhar novas funções. 
Essas centrais foram denominadas de Centrais 
Controladas por Programa Armazenado (CPA) onde 
a unidade de controle é constituída por um 
computador, cuja programação é armazenada em 
memória, que podem ser alteradas mediante 
instruções que o técnico fornece através de 
periféricos apropriados (máquinas teleimpressoras, 
terminais de vídeo, etc). 
 Com a evolução da eletrônica, a parte 
mecânica dos seletores foi também construída de 
forma inteiramente eletrônica, surgindo então a 
central eletrônica CPA. 
 
INÚMERAS SÃO AS VANTAGENS DAS 
CENTRAIS ELETRÔNICAS: 
 
 Destacam-se as facilidades de operação e 
manutenção. Não havendo partes mecânicas não 
há praticamente manutenção. O tamanho dessas 
centrais é bem menor, assim como o consumo de 
energia. 
 Com a fabricação em massa, o custo de 
terminal telefônico será também muito menor. 
 A oferta de serviços diversificados ao 
usuário é também muito maior, possibilitando 
rechamada automática em caso de ocupado, 
transferência de chamadas, serviços de 
despertador automático, etc. 
 O sistema de comutação eletrônica, 
desenvolvidos até agora, diferem bastante 
daquelas eletromecânicos. Em vez de 
simplesmente substituir réles e seletores, dos 
sistemas tradicionais, por transistores ou outros 
circuitos, novos conceitos foram elaborados. 
 Existem duas possibilidades para se 
construir uma central de comutação automática 
eletrônica. 
• Sistema à divisão de espaço; 
• Sistema à divisão de tempo. 
 
O sistema à divisão de espaço utiliza 
substancialmente a filosofia das centrais telefônicas 
convencionais, nas quais cada par de assinantes 
em conversação dispõe, temporariamente, de um 
caminho físico contínuo que permanece durante 
toda a conversação. Neste sistema, ligações 
simultâneas são estabelecidas, através de 
caminhos fisicamente separados, ou seja, de 
circuitos espacialmente separados, (veja figura). 
 
 
No sistema à divisão de tempo, uma via de 
conversação é comum a diversas chamadas que 
estejam se processando. Como mostra a figura 
abaixo: 
 
 
 
 Em cada conversação um sinal não é 
transmitido por completo. 
 
De cada sinal são retirados impulsos 
distanciados no tempo, que são injetados na via de 
conversação, numa determinada ordem e 
misturados com impulsos análogos de outras 
conversações.Assim, transmite-se um sinal 
acústico de maneira não completa, mas por 
“amostragem” de impulsos colhidos, a intervalos de 
tempo suficientemente próximos. Com elementos 
adequados, o sinal pode ser fielmente reconstruído 
na chegada. 
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A velocidade de leitura deve ser compatível 
com o sinal a transmitir. 
UNIDADE II 
 
CENTRAIS PÚBLICAS E CENTRAIS 
PRIVADAS 
 
CENTRAIS PRIVADAS 
 
As centrais privadas são utilizadas nas 
industrias, empresas e outros setores nos quais há 
a necessidade de alto tráfego de comunicação de 
voz e seu gerenciamento. 
As empresas hoje necessitam de uma rede 
unificada de voz e dados simultâneos, que seja 
parte integrante de uma infra-estrutura maior com 
solução de acesso com qualquer ponto externo, 
conectando-se de várias maneiras, além das linhas 
convencionais. 
 
TIPOS DE CONEXÃO: 
• Entroncamento Digital – Permite a 
utilização do entroncamento E-1 (pleno ou 
fracionado), com a facilidade de serviço tipo 
DDR (Discagem Direta a Ramal) e 
identificação do número chamador, com 
qualidade nas ligações mais rápidas, nítidas, 
confiáveis e seguras. 
 
• RDSI, permite a utilização de acesso BRI ou 
PRI de até 30 canais. 
 
• Tié-Line Analógico ou Digital – Facilidade 
de interligação do equipamento com outros 
sistemas (KS – Key System ou PABX), 
através de sinalização E&M ou E-1, 
formando uma rede privada. 
O Tié-Line também permite uma melhor 
performance em redes corporativas que 
utilizam soluções com roteadores do tipo 
Voz sobre IP, Voz sobre Frame Relay. 
 
• Dedicada, conexão tradicional a 2 fios de 
cobre. 
 
TIPOS DE CENTRAIS PRIVADAS 
 
• KS = Key System 
• PBX = Private Branch Exchange 
• PABX = Private Automatic Branch Exchange 
(Central Privada de Comutação Telefônica) 
• Epabx – Electronic Private Automatic Branch 
Exchange 
 
NOVAS FACILIDADES 
A convergência de voz, dados e imagens 
está trazendo uma nova dinâmica no mundo dos 
negócios. Cada vez mais indispensáveis nas 
empresas, as redes IP, que podem trabalhar 
combinado a comutação tradicional tipo TDM, redes 
híbridas, comutação IP-TDM ou puramente IP. 
Estes equipamentos são modulares com 
arquitetura distribuída, beneficiando seu 
dimensionamento, flexibilidade, confiabilidade e 
 
 privado – que não é público; particular; exclusivo, próprio. 
sistema descentralizado nas dependências da 
empresa. 
CENTRAIS PÚBLICAS 
 
 As centrais públicas são classificadas de 
acordo com a abrangência e os tipos de ligações 
que efetuam. 
Classe Tipo de Ligação 
Internacional Interligação entre países 
Classe I Trânsito internacional 
Classe II Transito interurbana 
Classe III Tandem interurbana, entre 
centrais interurbanas 
Classe IV Tandem local, entre centrais 
locais 
Central Local Onde chegam as linhas de 
assinantes 
 
 A denominação Central Tandem está sendo 
mudada para Central de Trânsito, conforme 
recomendação da Anatel/Telebrás, porém 
permanece no jargão do sistema. 
 As centrais telefônicas têm como função 
principais: a gerencia, a distribuição, a 
concentração, a interligação e a tarifação das 
chamadas geradas pelos assinantes. 
 
 As centrais telefônicas tiveram uma 
evolução tecnológica considerável, nos últimos 
anos, como se pode ver: 
• Inicialmente, e até a década de 60, a 
comutação era eletromecânica com as 
funções lógicas de comando e controle, 
além da conexão, executadas por 
dispositivos eletromecânicos. 
• A comutação semi-eletrônica, na qual as 
funções lógicas de comando e controle são 
executadas por dispositivos eletrônicos e a 
conexão é eletromecânica, surgida no início 
da década de 70. 
• A década de 80 presenciou o surgimento da 
comutação eletrônica, na qual as funções 
lógicas de comando, controle e conexão são 
executadas por dispositivos eletrônicos. 
Essas centrais empregam computadores 
para a gestão de processos e são 
conhecidas como CPA = Centrais de 
Programa Armazenado. 
 
CONCENTRADORES 
 Um concentrador conecta grande 
quantidade de linhas de assinantes a um 
determinado número de enlace. 
 O concentrador pode ser comandado pelo 
processador central principal, por meio de sinais 
enviados no próprio enlace PCM. Podem prover 
facilidades de ligações entre seus assinantes, que 
permanecem ativas mesmo no caso de falha no 
enlace PCM. 
 A saída do concentrador é um sinal TDM de 
primeira ordem com 30 canais. 
 
SINALIZAÇÃO NA REDE TELEFÔNICA 
 A sinalização de linha ocorre entre juntores 
de centrais distintas e não é percebida pelos 
assinantes. 
 Os sinais podem ser classificados em: 
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 OCUPAÇÃO – O sinal de ocupação é 
emitido pelo juntor de saída de onde provém a 
chamada para a central que a enviará para o 
assinante chamado, com o objetivo de acionai o 
juntos de entrada desta central. 
 
 ATENDIMENTO – O sinal de atendimento 
é gerado pelo juntor de entrada (da central para 
onde foi enviado o sinal de ocupação), para o 
juntor de saída, indicando ao chamador o momento 
em que o assinante chamado atende a ligação. 
 
 DESLIGA PARA TRÁS – O sinal de desliga 
para trás também é gerado pelo mesmo juntor 
indicando que o assinante chamado colocou o fone 
no gancho, decádicos ou por sinais 
multifreqüenciais. A sinalização multifreqüencial, 
ainda utilizada no País está cedendo lugar para a 
sinalização de canal comum. Não se deve confundir 
esta sinalização com a sinalização a partir do 
aparelho telefônico, onde ainda predomina no 
Brasil a sinalização por pulsos decádicos era 
utilizada nas centrais passo-a-passo. Os sinais 
emitidos eram apenas para frente. 
 
 A sinalização por sinais multifrequenciais 
pode ser do tipo MF (multifrequencial) ou MFC 
(multifrequencial compelida). A sinalização do tipo 
MF só emite sinais para frente. A MFC emite sinais 
para frente e para trás. Este tipo de sinalização é 
adotada no sistema Telebrás/Anatel. A sinalização 
MFC foi desenvolvida na Europa e possui muitas 
variantes. No Brasil é adotada a variante SC. Esta 
seção trata apenas da sinalização MFC. 
 
SINALIZAÇÃO MFC 
 A sinalização de registro nas centrais atuais 
pode ser mostrada por meio de comandos de 
software das mesmas. Isto é muito útil para 
acompanhar problemas de encaminhamento e 
congestionamento, pois na sinalização MFC cada 
sinal enviado completa o registrador de destino a 
emitir um sinal de volta, caso contrário a ligação é 
interrompida. Por isso se utiliza o nome de 
sinalização compelida. 
 Na sinalização MFC, são utilizadas 12 
freqüências, sendo 6 utilizadas pelos sinais para 
frente e 6 pelos sinais para trás. Os sinais para 
frente utilizam as seguintes freqüências: 1380 Hz, 
1500 Hz, 1620 Hz, 1740 Hz, 1860 Hz e 1980 Hz. 
Os sinais para trás utilizam freqüências mais 
baixas: 540 Hz, 660 Hz, 780 Hz, 900 Hz, 1020 Hz e 
1140 Hz. Os sinais MFC são formados por 
combinações de duas freqüências dentre cada bloco 
de seis. O envio de um sinal para frente produz o 
envio de sinal para trás. 
 
CLASSIFICAÇÃO 
 Os sinais MFC são divididos em quatro 
grupos, sendo dois para frente e dois para sinais 
para trás. 
 Os sinais para frente podem ser: 
• Grupo I – Sinais referentes a informações 
numéricas e de seleção 
• Grupo II – Sinais referentes a categoria do 
assinante originador da chamada. 
 
OS SINAIS PARA TRÁS TAMBÉM SE 
DIVIDEM EM DOIS GRUPOS: 
• Grupo A – Sinais referentes a solicitação de 
informações à central anterior, para o 
estabelecimento da conexão; 
• Grupo B – Sinais referentes ao estado da 
linha do assinante chamado. 
 
 
ESTRUTURA DE UMA CENTRAL 
TEMPORAL 
As centrais telefônicas digitais diferem das 
redes de computadores, basicamente, na técnica 
de comutação utilizada, como será visto nos 
próximos capítulos. As centrais utilizam a 
comutação de circuitos o que torna a fase deestabelecimento da ligação a parte mais importante 
e complexa do processo. As conexões permanecem 
por toda a duração da chamada. Tendo em vista 
que a central telefônica funciona com uma rede em 
estrela, não existem problemas de roteamento 
interno e o congestionamento eventual ocorre na 
própria central. 
Veja o desenho: 
 
 
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 Figura – 1: Estrutura de uma central temporal – CPA-T 
 
 
 A central telefônica é composta de três 
estruturas básica: o processador central, o 
conjunto de programas e a estrutura de comutação 
digital. O processador central realiza a gerencia de 
todas as operações da central. O controle é feito 
em dois níveis. 
 
1. O nível de controle regional encarrega-se 
das tarefas mais simples, especificas ou de 
grande freqüência; 
 
2. O nível de controle central encarrega-se 
das tarefas mais complexas ou eventuais. 
 
O processador central também fornece 
dados para supervisão e aceita comandos externos 
para operação e manutenção, apoiando-se em dois 
tipos de arquivos. 
 
1. Arquivo semipermanente, no qual residem 
dados de vida longa, como programas de 
atuação a serem carregados no sistema. 
2. Arquivo temporário, no qual estão os 
dados de vida curta, como dados de 
chamadas e de ocupação de circuitos. 
 
A Figura 1 ilustra a estrutura de uma 
central temporal CPA-T, enquanto a Figura 2 
apresenta as técnicas de separação em espaço e 
tempo que serão discutidas nas próximas seções. 
 
 
 
Figura – 2: Técnica de separação em espaço e tempo 
 
 
 Estrutura de voz, sinalização e sincronismo independentes; 
 Redundância ativa nas funções de comutação, sinalização e distribuição de sincronismo; 
 Sincronismo mestre/escravo; 
 Alto grau de modularidade e expansão; 
 Alta capacidade para absorção tecnológicas; e 
 Bilhetagem 
 
 
A central possui capacidade para 32.000 
assinantes, 3.600 Erl de tráfego comutado, 
680.000 chamadas por hora, 5.460 rotas, 31.200 
juntores e 1.024 processadores. Em termos de 
encaminhamento de chamadas há cinco planos de 
encaminhamento, marcação de origem, 
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interceptação automática, encaminhamento para 
máquina anunciadora centralizada e conexão 
semipermanente. 
 Os seguintes serviços suplementares são 
oferecidos: Discagem abreviada, Linha direta (Hot 
Line), Linha executiva, Restrição de chamadas 
originadas, Controle de registro pelo assinante, 
Transferência automática em caso de não 
responde, Não perturbe, Prioridade, Registro 
detalhado de chamadas originadas, Chamada 
registradas, Despertador automático, Chamada em 
espera, Consulta, Conferencia e Identificação do 
assinante chamador (BINA). 
 
 
REDES DE TRANSMISSÃO 
 O meio de transmissão (link ou canal) 
constitui em uma interligação entre duas entidades 
por onde fluem as informações na forma de voz, 
dados e ou imagem. 
 
 Existem basicamente 3 tipo de meios de 
transmissão atualmente considerados, como segue: 
• Cabos metálicos; 
• Cabos ópticos; 
• Wireless (transmissão sem fios). 
 
Dependendo do tipo de sua aplicação, os 
cabos metálicos e ópticos são fabricados com capa 
externa em material dielétrico a saber: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÓDIGO TIPO APLICAÇÃO 
PE Polietileno Ambiente externo 
EXPANCEL Material Celular 
XPE Polietileno 
Irradiado 
Ambiente externo 
XLPE Polietileno 
Reticulado 
Ambiente externo 
EPR Borracha 
Etileno 
Propileno 
Ambiente externo 
PP Polipropileno Ambiente externo 
APL Alumínio 
Polietilizado 
Ambiente externo 
PVC Cloreto de 
Polivinila 
Ambiente interno 
 
 O isolamento dos cabos metálicos podem 
ser do tipo: papel, PVC ou Expancel. 
 
 
CABOS METÁLICOS 
 Tipos de Cabos Metálicos. 
 Os cabos metálicos mais comuns utilizados 
no sistema de transmissão são: 
• Cabo coaxial = núcleo em fio de cobre ou 
fio de cobre estanhado ou fia de aço 
cobreado. 
• Cabo par trançado = formado por fios 
sólidos isolados, trançados e identificados 
por cores padronizados, de 1 par até 25 
pares, e/ou grupo de 25 pares. 
• Cabo de telefonia / cabo de 
comunicação = formado por fios sólidos, 
não trançados e identificados por cores 
padronizados, de 1 par até 25 pares, e/ou 
grupos de 25 pares. 
 
 
Nota: 
 O cabo telefônico CT-APL, tem o 
isolamento dos fios em papel e este identificado 
pelas seguintes cores; natural, vermelho, azul e 
verde. 
 O cabo telefônico CTP-APL, tem o 
isolamento dos fios em material plástico 
identificado em 10 cores padronizadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 A formação de grupo de 25 pares segue o padrão abaixo: 
 
 
 
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO 
 O sistema de comunicação consiste em 
transmitir uma informação de uma entidade para 
outra. 
 Esta informação que pode ser em forma de 
sinal analógico ou digital, depende do sistema ser 
basicamente de voz, imagem ou dados. 
 Nos sistemas analógicos, o desempenho é 
medido pela relação sinal – ruído (SNR = Signal to 
Noise Ratio), enquanto que nos sistemas digitais a 
distorção é expressa em taxas de erro de bit (BER 
= Bit Error Rate). 
 Desta forma, quanto maior o valor de SNR, 
melhor o desempenho do sistema analógico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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UNIDADE III 
 
TÉCNICAS DE COMUNICAÇÃO 
 
 
 Uma fonte de informação analógica produz 
sinais definidos contínuos em função do tempo. 
 Uma fonte de informação digital é um trem 
de pulsos de amplitude definido. 
 
 
TÉCNICAS DE MODULAÇÃO 
 É um processo onde modifica o formato da 
informação elétrica com o objetivo de transmitir 
com a menor potência e distorção possível e com 
mecanismos fáceis de recuperação da informação 
original. 
 
 Os sinais analógicos podem ser modulados 
por: 
• ASK = amplitude Shift keying 
• PSK = phase shift keying 
• WSK = width shift keying 
 
Os sinais digitais podem ser modulados 
por: 
• PAM = pulse amplitude modulations 
• PCM = pulse code modulations 
• PWM = pulse width modulation 
• PPM = pulse position modulation 
• DM = delay modulation. 
 
No campo das telecomunicações, o tipo de 
modulação de pulso mais utilizado é o PCM. 
 
TECNOLOGIA ISDN (RDSI) 
 
ISDN = Integrated Services Digital Network 
RDSI = Rede Digital de Serviços Integrados 
 
 É um serviço de dados digitais de alta 
velocidade oferecido pela maioria das empresas de 
telefonia. 
 Originalmente introduzido nos Estados 
Unidos no inicio dos anos 80. 
 
 Trata-se basicamente da evolução das 
aplicações de telefonia que oferecem conectividade 
digital desde a central telefônica até o equipamento 
dos assinantes, por meio de um conjunto de 
interface com necessidade e objetivos diversos. 
 Permite aplicações como: videoconferência, 
fax de alta resolução, correio eletrônico (e-mail), 
internet, telemetria, etc., multiplexando sinais 
digitais como dados, voz e imagem e transmitindo 
em uma única linha telefônica. 
 A evolução técnica de conversão analógico 
– digital aumentou a transmissão de voz e facilitou 
a introdução de comunicação de dados em altas 
velocidades. 
 A velocidade de transmissão especificada 
pela CCITT (Consultative Commitee for 
International Telephone and Telegraph), hoje 
denomionada ITU-T (International 
Telecommunications Union of United Nations) são 
definidos em dois tipos de interfaces: 
 
 BRI = Basic Rate Interface (2B + D) 
 PRI = Primary Rate Interface (23B + D ou 
30B + D) 
 
 Onde, 
 
 B = canal de transmissão de 64 kbps; 
 D = canal de controle e sinalização. 
 
 ISDN com interface BRI é utilizada entre 
sites pequenos, por ser mais barata, combinando 
circuitos de voz e dados em uma rede padrão a 2 
fios. 
 Consiste em 2canais de 64 kbps e um 
canal “D” de 16 kbps para sinalização do sistema 
de comunicação de telecomunicações para iniciar 
uma chamada. 
 ISDN com interface PRI é utilizada para 
empresas, suprindo todas as necessidades de 
telecomunicações podendo ser implementada como 
uma rede de pacotes ou células (utilizando o ATM – 
Asynchronous Transfer Mode, como protocolo de 
transmissão). 
 Esta classe de serviço, oferece como 
padrão americano (USA), 23 canais de transmissão 
de 64 kbps e 1 canal de sinalização a 64 kbps 
totalizando 1,544 Mbps (canal TI); ou como padrão 
europeu de 30 canais de transmissão a 64 kbps e 
um canal de sinalização a 64 kbps totalizando cerca 
de 2 Mbps igual ao nosso canal transmissão a 64 
kbps e um canal de sinalização a 64 hbps e um 
canal de sinalização a 64 kbps totalizando cerca de 
2 Mbps igual ao nosso canal E-1. 
 Neste caso utiliza-se a rede digital a 4 fios. 
 
 
 Aplicações típicas de canal E-1: 
• Acesso a redes das operadoras locais de 
Frame Relay ou redes de telefonia comutada 
para voz e fax; 
• Combinação de voz e dados; 
• Envio de dados que exigem maior largura 
de banda, tais como CAD/CAM, imagens 
CAT-scan e outras imagens gráficas com 
arquivos grandes. 
 
TECNOLOGIA XDSL 
 
 DSL = Digital Subscriber Line 
 
 xDSL, um termo que compreende uma 
grande variedade de opções de serviços de linha de 
assinante, para transmissão de sinais digitiais na 
ordem de dezenas de kbps utilizando-se o MODEM 
(Modulador/Demodulador). 
 Permite aos assinantes acessar serviços de 
dados mais rápidos que os modem analógicos de 
56 kbps, bem como utilizar o mesmo cabo 
telefônico que dentra na casa do assinante. 
 Quase toda linha telefônica podem 
transmitir até 1 MHz. O serviço de canal de voz 
utiliza apenas 3,3 kHz, deixando uma grande parte 
da banda sem uso. 
 O xDSL faz uso dessa faixa desperdiçada 
transmitindo dados de alta velocidade na faixa não 
utilizada. 
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 O serviço xDSL pode suportar transmissões 
de alta velocidade em cima de uma linha telefônica 
local, limitadas a uma distância, pois vários fatores 
tais como diafonia excessiva, bitola do fio, 
condições físicas d linha e problemas de circuitos 
tais como indutores de carga ou a conexão de 
extensões podem conspirar contra a eficiência, ou 
até mesmo impedir o uso dos serviços xDSL. 
 
Velocidade Bitola Diâmetro 
do fio 
Distância 
1,5 ou 2 
Mbps 
24 AWG 0,50mm 5,5 km 
1,5 ou 2 
Mbps 
26 AWG 0,40 mm 4,6 km 
6,1 Mbps 24 AWG 0,50 mm 3,7 km 
6,1 Mbps 26 AWG 0,40 mm 2,7 km 
 
 
CATEGORIAS XDSL 
 
Categoria Taxa de Transmissão Máxima 
 Upstream Downstream 
ADSL 1 Mbps 8 Mbps 
HDSL 1,544/2,048 Mbps 1,544/2,048 Mbps 
RDSL 784 Mbps 4 Mbps 
SDSL 2 Mbps 2 Mbps 
VDSL 1,5 Mbps 52 Mbps 
 
ADSL = Asymmetrical Digital Subscriber Line 
HDSL = Hight bit rate Digital Subscriber Line 
RDSL = Rate adaptive Digital Subscriber Line 
SDSL = Symmetric Digital Subscriber Line 
VDSL = Very high bit rate Digital Subscriber Line 
 
 A categoria ADSL oferecida pela maioria 
das operadoras de telecomunicações permite ao 
assinante receber ou realizar uma chamada 
telefônica ao mesmo tempo em que acessa a 
Internet. 
 Para que ocorra isto, utiliza-se a técnica 
conhecida como FDM (Frequency Division 
Multiplexing) onde o canal no sentido do 
computador do usuário / rede (upstream é de 16 
Kbps até 640 Kbps, e o canal no sentido 
rede/computador do usuário (downstream) é de 
1,5 Kbps até 6,1 Mbps; e para o canal de voz é de 
0 a 4 KHz. 
 Aplicações típicas para ADSL, temos 
Internet de alta velocidade, vídeo, jogos 
interativos, personal shopping, programas 
educacionais, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
CABOS ÓPTICOS 
 
 O cabo de fibra óptica traz inúmeras 
vantagens em relação aos meios físicos metálicos e 
também sobre comunicação por microondas e 
satélites. 
 Descrevemos abaixo as principais 
vantagens: 
 
 
 
1. IMUNIDADE À INTERFERÊNCIA 
ELETROMAGNÉTICA 
 Os materiais que compõe a fibra óptica são 
totalmente dielétrico, ou seja, totalmente imune a 
qualquer interferência eletromagnética de qualquer 
intensidade. 
 Proporcionam ótimo isolamento elétrico e 
evita os problemas com aterramento do cabo e dos 
equipamentos. 
 Como não trafega corrente no interior da 
fibra óptica, não há problemas como curto-circuito, 
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faíscamento e choques elétricos, sendo mais 
indicados também para ambientes onde existem 
riscos de explosão devido a presença de gases 
inflamáveis. 
 
 2. DIMENSÕES REDUZIDAS 
 As fibras ópticas apresentam dimensões 
bastante reduzidas (125 micras) e, mesmo com os 
revestimentos necessários para sua proteção 
(revestimento primário em acrilato = 245 micras, e 
revestimento secundário em plástico = 900 
micras), e também no seu peso final, podendo 
chegar a 20 vezes menor em tamanho e peso que 
um cabo metálico com a mesma capacidade de 
transmissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3. SEGURANÇA 
 Como utilizam o sinal de luz para 
transmissão, isto traz grande dificuldade para 
aqueles que queiram “grampear” os sinais pois, 
para isto será necessário equipamentos sofisticados 
capazes de captar e decifrar sinais luminosos. 
 
 4. MAIORES DISTÂNCIAS ATENDIDAS 
 Como as perdas na comunicação são muito 
pequenas, tem proporcionado soluções em trechos 
longos sem necessidade de repetidores, que 
dependendo do tipo de fibra óptica podem alcançar 
distancias de até 250 km, distância esta 5 vezes 
superior a um enlace de microondas (50 km). 
 
 5. MAIOR CAPACIDADE DE 
TRANSMISSÃO 
 Proporciona capacidade de transmissão, 
cerca de 10.000 vezes maiores que os sistemas 
convencionais de microondas. 
 Através de técnicas de multiplexação pode-
se agregar vários usuários e/ou serviços em uma 
única fibra óptica. 
 
 6. SISTEMA DE TELEFONIA E DE 
COMUNICAÇÃO DE DADOS 
 As primeiras aplicações da fibra óptica 
foram para aumentar a capacidade das redes 
telefônicas, interligando linhas-tronco que exigem 
uma grande capacidade de tráfego. E da redução 
de custos dos sistemas ópticos foi se estendendo 
em outras áreas de telefonia, como a interligação 
de centrais telefônicas interurbanas, internacionais 
e intercontinentais, melhorando sensivelmente a 
qualidade de comunicação em geral. 
 O ambiente de redes de comunicação de 
dados foi outra área onde as fibras ópticas tiveram 
uma boa aceitação. 
 Tipos de redes: 
• SONET = Synchronous Optical Network 
• HFC = rede Híbrida Fibra – Coaxial 
• FTTC = Fiber To The Curb, rede de acesso. 
 
Tipos de anel óptico: 
• FDDI = Fiber Distributed Data Interface, 
• FTTD = Fiber To The Desk, fibra óptica até a 
mesa do usuário, 
• FITL = Fiber In The Loop, 
• FTTH = Fiber To The Home, fibra óptica até 
a residência do usuário 
 
Os sistemas de comunicação caminham no 
sentido de unificar as mídias (voz, dados e 
imagens) sendo transmitidos por um único meio 
físico, com grande capacidade e manter uma 
velocidade em tempo real para que a mesma possa 
ser viável. 
 
TECNOLOGIA DE REDE HFC 
Estas redes empregam sistemas de 
transmissão analógicos para transporte de serviços 
analógicos digitais, utilizando fibra óptica para 
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distribuir os sinais analogicamente a partir do CDI 
(Centro de Distribuição e Inserção) para um nó da 
rede. Neste nó ocorre a conversão do sinal óptico 
para sinal elétrico para distribuição em cabos 
coaxiais para os assinantes. 
Cada nó serve até aproximadamente 2.000 
assinantes, dependendo dos serviços que está 
sendo oferecido e os níveis de utilização dos 
assinantes de um mesmo nó. 
 
 
TECNOLOGIA DE REDE FTTC 
Nesta configuração, utiliza fibra óptica para 
distribuir serviços digitais para um nó que atende 
tipicamente de 8 a 50 assinantes. Este nó, 
denominado ONU (OpticalNetwork Unit) é 
responsável pela conversão eletro-óptica (sinais 
upstream) e opto-elétrica (sinais downstream), e 
se localiza no máximo a 300 metros do assinante 
mais distante em sua área de abrangência. Deste 
nó instalado na calçada (daí o nome “curb”), os 
sinais digitais são distribuídos para os assinantes 
por meio de fio de cobre de par trançado ou cabo 
coaxial. 
 
 
WIRELESS 
Transmissão sem fios 
A solução wireless são ideais para 
instalações onde o cabeamento normal passa a ser 
um fator crítico. 
A conexão fica livre de interferências 
físicas, porem ainda apresenta custo elevado de 
implantação bem como delicada relação 
custo/velocidade de transmissão. 
Normalmente são utilizadas tecnologias de 
luz (lazer ou infravermelho) ou de rádio freqüência. 
LASER INFRAVERMELHO 
É uma tecnologia mais nova que oferece 
conexão sem fio com velocidade compatível com o 
cabo de fibra óptica. 
A transmissão a laser é em geral confiável, 
proporcionando precisão de transmissão de 99,9%. 
Os enlaces a laser permite a transmissão de 
sinais na distância da ordem de 150 a 500 metros. 
Também não é adequado para áreas propensas a 
neblinas. 
 
RADIO FREQÜÊNCIA (SPREAD 
SPECTRUM) 
 
O sistema de transmissão em radio 
freqüência fornece uma transmissão robusta e sem 
erros. 
Normalmente operam no sistema CDMA 
(Code Division Multiple Access) e totalmente 
digital. 
 
 
 infravermelho – diz-se das radiações de grande 
comprimento de onda, não visível no espectro e que têm a 
propriedade de produzir elevação de temperatura. 
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UNIDADE IV 
 
CABEAMENTO 
 
 Na importância e necessidade atual no 
mundo dos negócios, ocasiona flexibilidade e 
mudanças sistemáticas no lay-out físico dentro das 
empresas, principalmente nas instalações das 
fiações que representam um verdadeiro sistema 
nervoso com alto grau de confiabilidade, economia 
e evolutivo. 
 A introdução de novas normas relacionadas 
às novas tecnologias com acesso a altas 
velocidades de informações, leva os usuários a 
fazer uma escolha criteriosa nas técnicas e 
soluções do sistema de cabeamento a ser instalado 
e que este sistema tenha uma vida útil de média a 
longo prazo. 
 Lembrando que qualquer usuário que 
decida não considerar as recomendações da norma, 
se expõe à riscos e se confronta com a 
problemática da longevidade da solução 
implementada. 
 
 
PRECABEAMENTO 
 Nos edifícios comerciais e dentro das 
empresas, é cada vez maior a quantidade de 
equipamentos de informática e de 
telecomunicações, objetivando estabelecer um 
canal de comunicação entre os equipamentos e 
transferência de informações tanto interna como 
externamente. 
 Para atender esta necessidade, é 
necessário dispor de um sistema de cabeamento 
dimensionado para interconectar os equipamentos, 
seja de transmissão de dados, voz ou imagem, que 
se adapte aos diversos acessórios e marcas 
 Portanto precabear um edifício, consiste 
em instalar, em todos os pontos deste, uma rede 
de infra-estrutura com condutores suficiente 
quanto a qualidade, quantidade e flexibilidade de 
disposição. 
 Uma vez realizado o precabeamento, você 
poderá, sem ter que faze-lo novamente: 
• instalar novos cabos, 
• conectar qualquer terminal, 
• uniformizar, simplificar, sistematizar os 
modos de cabeamento. 
 
Para isso, o precabeamento deverá 
atender os pré-requisitos a seguir: 
• Sistemático: existência de tomadas em 
todos os pontos do edifício a ser equipado, 
para permitir a ativação de postos de 
trabalho ou seu remanejamento, sem a 
necessidade de se reinstalar novos cabos e 
conectores. 
• Reconfigurável: permitir alterações no 
sistema sem modificações estruturais no 
cabeamento. 
• Homogêneo: as tomadas e os cabos que 
alimentam, devem ser idênticas em todo o 
edifício. 
 
O precabeamento, por suas regras de 
constituição, proporciona um funcionamento 
flexível e permanente, possibilitando seu fácil 
aproveitamento. 
A reconfiguração das redes, a adaptação 
das tomadas aos novos postos de trabalho, etc., 
são realizados de forma praticamente instantânea. 
 Implicitamente, quando se fala de 
precabeamento de edifícios, pensa-se 
essencialmente em cabeamento de baixa corrente. 
 Na realidade, deve-se planejar a rede 
elétrica (alta corrente) e a rede de telefonia e de 
informática em conjunto, de maneira a integrá-las 
corretamente e evitar possíveis interferências. 
 É necessário considerar o precabeamento 
como uma inovação, assim evitando transtorno e 
demora na instalação, além de minimizar custos de 
implantação às novas tecnologias. 
 
 
CABEAMENTO ESTRUTURADO 
 Para evitar que uma edificação possua 
várias fiações independentes para cada tipo de 
aplicações, por exemplo: PABX, KS, fax, interfone, 
sistema de alarme e prevenção de incêndio, 
sistema de segurança, de automação, circuito 
interno de TV (CFTV), rede de computadores, 
outros sistemas de voz, dados e imagem, foi 
padronizado um sistema de cabeamento único, 
chamado de cabeamento estruturado que 
atendesse, sozinho, a todas estas finalidades. 
 
 COMO FUNCIONA 
 O cabeamento estruturado é constituído 
basicamente de um quadro de distribuição, similar 
ao quadro de distribuição de energia elétrica, de 
onde partem fiações que alimentam o maior 
número possível de tomadas de parede, 
distribuídas em toda a edificação. 
 Estas tomadas, definidas como pontos de 
telecomunicação (PT), são de aplicação de serviço 
genérico, isto é, nelas poderão ser conectados 
qualquer equipamento desejado (telefone, 
computador, câmera de vídeo, alarme, sensor, 
etc). 
 A este mesmo quadro de distribuição estão 
conectados a central de PABX ou KS, o servidor de 
rede, o computador de grande porte, a central 
pública de telefone, a central de alarme e incêndio 
e etc, de tal forma que com uma simples manobra 
de cabos no quadro de distribuição, a função de 
qualquer tomada do prédio será imediatamente 
ativada, desativada ou alterada, como por 
exemplo, de ponto de telefone para o ponto de 
computador, e etc. 
 
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 VANTAGEM 
 Antes da existência do cabeamento, 
quando se queria instalar computadores, telefones, 
câmeras de vídeo, sensores de automação, e etc, 
era necessário construir um cabeamento específico 
para cada aplicação. 
 Toda vez que aumentava o número de 
equipamentos ou mudava o local de trabalho, havia 
a necessidade de contratar empresas ou 
profissionais especializados para instalar novos 
cabos e preparar a infra-estrutura para receber os 
equipamentos. 
 No caso de mudança de lay-out era 
necessário instalar novos pontos e, normalmente, 
perdia-se toda a infra-estrutura e fiação anterior. 
 
 
TIPO DE EDIFICAÇÃO 
 Toda edificação comercial deverá possuir 
cabeamento estruturado para não ficar obsoleta. 
Seja uma loja, escritório, industria, hotel, galpão, 
clínica médica odontologia, prédio de qualquer tipo 
de empresa, enfim, desde até mesmo uma 
residência a um moderno prédio inteligente. 
 No caso de edificações antigas, deverá ser 
avaliado uma nova infra-estrutura para receber as 
novas fiações. 
 
 
EDIFICAÇÃO INTELIGENTE 
 Em todos os setores de atividade, 
empresas, industrias, clínicas médicas e 
odontológicas, hospitais, hotéis e estabelecimentos 
públicos recorrem cada vez mais a informatização e 
às técnicas de telecomunicação. 
 A informática e suas técnicas estão 
globalmente bem estruturadas e utilizadas. 
 Porém, um elemento de vital importância, 
o cabeamento, não tem sido objeto de tanta 
atenção, apesar de representar um custo da ordem 
de 1% a 3% do valor da construção de um edifício 
e/ou dos equipamentos instalados. 
 Por trás da expressão “Edificação 
Inteligente”, cada vez mais encontrada no mercado 
imobiliário, há que se reconhecer que é mais uma 
expressão

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