Buscar

Unidade 4

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

- -1
ESTILO DE VIDA, SAÚDE E MEIO 
AMBIENTE
UNIDADE 4 - EDUCAR E AVALIAR A SAÚDE 
DAS POPULAÇÕES
Autoria: Lucianna Schmitt – Revisão técnica: Renata Bazante Rodrigues
- -2
Introdução
As Ações em Saúde Pública (ASP) podem atuar em diferentes setores da sociedade e com os mais diversos
objetivos. ASP são intervenções e programas realizados, na maioria das vezes, pelos próprios governos, o que
implica em utilização de financiamento público. Para poder planejar metas e investimentos em saúde é essencial
ter uma avaliação constante das ASP para monitorar as ações em atividades, a fim de garantir bons resultados.
Para se ter sucesso na implementação de uma ASP, nas ações de promoção de saúde de educação ambiental, é
necessário o envolvimento da comunidade nas decisões das prioridades de saúde. A função essencial da saúde
pública de “garantia” compreende as responsabilidades dos governos para criarem regulamentações em saúde
que sejam claras e eficazes, para que o sistema de saúde seja de fato universal e atenda às demandas da
população.
As ASP também contemplam as ações que envolvem educação ambiental, pois a saúde humana depende também
do cuidado com o meio ambiente e, por isso, a educação ambiental é essencial para a ASP. Além disso, a
promoção do autocuidado é fundamental, e depende de serviços de saúde acessíveis para que as pessoas possam
se cuidar.
Bons estudos!
4.1 Avaliação de Ações em Saúde Pública
A primeira função da Saúde Pública é a avaliação, ela compreende o monitoramento, diagnóstico e investigação
das preocupações e riscos de saúde. O Institute of Medicine (IOM) observa que a avaliação inclui “todas as
atividades envolvidas no conceito de diagnóstico de comunidade, como vigilância, identificação de necessidades,
análise das causas de problemas, coleta e interpretação de dados, rastreio, monitoramento e previsão de
tendências, pesquisa e avaliação de resultados” (IOM, 1988 p. 34). A avaliação ajuda na tomada de boas decisões
programáticas e precisa ocorrer antes que os departamentos de saúde realizem a fase de desenvolvimento de
políticas.
Figura 1 - Reunião de equipe
Fonte: Micolas, Mediapool, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra uma reunião de equipe de saúde. São quatro pessoas ao redor de uma mesa. Em
- -3
#PraCegoVer: a imagem mostra uma reunião de equipe de saúde. São quatro pessoas ao redor de uma mesa. Em
cima da mesa tem um notebook e papéis. Uma das pessoas segura um filme radiográfico.
A avaliação em saúde pública verifica o potencial de dano de determinadas substâncias ou agentes biológicos
causadores de doenças, indicadores de saúde e preocupações comunitárias relacionadas à saúde. A avaliação
também é utilizada para verificar se são necessárias ações de educação e promoção de saúde em determinada
comunidade ou país. Na saúde pública, também está compreendida a saúde ocupacional e ambiental, isto é, cabe
ao setor saúde avaliar se existe insalubridade nos locais de trabalho ou contaminação ambiental que possa
prejudicar a saúde das pessoas e dos ecossistemas afetados.
Para avaliar as ações em saúde, utiliza-se dados e informações que permitam averiguar impactos à saúde
anteriores, atuais ou futuros a fim de desenvolver recomendações, estudos e normas que possam eliminar ou
reduzir esses impactos (ATSDR, 2005; CONLEY; VAGI; HORNEY, 2014).
4.1.1 Diferença entre avaliação e monitoramento em saúde
A avaliação envolve fazer um julgamento, uma análise, sobre informações disponíveis para que se possa planejar
uma ação ou projetos. A avaliação permite que a gestão em saúde seja feita com qualidade científica, isto é,
baseada em dados de qualidade e que podem realmente gerar resultados (CASSIOLATO, 2010).
A avaliação em saúde é um processo crítico-reflexivo sobre práticas e processos desenvolvidos no
âmbito dos serviços de saúde. É um processo contínuo e sistemático cuja temporalidade é definida
em função do âmbito em que ela se estabelece. A avaliação não é exclusivamente um procedimento
de natureza técnica, embora essa dimensão esteja presente, devendo ser entendida como processo
de negociação entre atores sociais. Deve constituir-se, portanto, em um processo de negociação e
pactuação entre sujeitos que partilham corresponsabilidades. O processo de avaliação é mediado por
relações de poder. Isto não deve ser ignorado por quem tem a responsabilidade de conduzi-lo, sendo
fundamental reforçar a implementação de mecanismos que assegurem a participação democrática
dos envolvidos. (BRASIL, 2005, p. 18)
O monitoramento envolve a observação, coleta e análise constante dos dados. Quando se trata de uma ação em
saúde, o monitoramento é utilizado para avaliar os passos dessa ação e seus efeitos, a fim de fazer uma
comparação com os resultados esperados e verificar se é necessário mudar algum planejamento para garantir
que os objetivos da ação sejam alcançados.
Compreende-se monitoramento como parte do processo avaliativo que envolve coleta,
VOCÊ SABIA?
Os observatórios são iniciativas sem fins lucrativos que têm como objetivo monitorar, emitir
relatórios e debater determinados temas a que se propõem. Existem observatórios sobre
questões econômicas, sobre saúde, direitos humanos, entre outros. Os observatórios são,
normalmente, ligados às instituições de ensino superior que vão promover.
- -4
Compreende-se monitoramento como parte do processo avaliativo que envolve coleta,
processamento e análise sistemática e periódica de informações e indicadores de saúde selecionados
com o objetivo de observar se as atividades e ações estão sendo executadas conforme o planejado e
estão tendo os resultados esperados. (BRASIL, 2005, p. 20)
A avaliação de políticas públicas, a qual inclui as políticas de saúde, é um tema que tem evoluído bastante nas
últimas décadas, em razão da informatização dos dados e da transparência na sua divulgação. As políticas de
saúde devem ser embasadas nas manifestações de prioridades da população envolvida e nos indicadores sociais,
demográficos e de saúde (CASSIOLATO, 2010; SECCHI, 2013).
4.1.2 Por que avaliar as ações em saúde pública?
Ações em saúde pública, sejam elas políticas robustas (como o Sistema Único de Saúde) ou programas pontuais
(como as campanhas de vacinação), visam atuar na prevenção e controle de doenças, agravos à saúde ou mortes.
Para que se perceba resultado satisfatório nesses objetivos, muitas vezes as ações serão direcionadas aos
comportamentos e hábitos de vida da população que podem gerar resultados desejados (TREVOR 2011).et al.,
As modificações que almejam ser alcançadas em saúde pública exigem tempo e compromisso de todos os setores
envolvidos, por isso, o monitoramento das ações é fundamental para garantir a continuidade e sucesso das
mesmas (CONLEY; VAGI; HORNEY, 2014). Como exemplo, podemos citar o comportamento de consumo de
tabaco no Brasil, que levou alguns anos para mudar, mas teve importantes reduções no percentual de fumantes.
Além disso, os programas em saúde atuam em diferentes realidades simultaneamente, nesse sentido, a avaliação
é importante para garantir que as adaptações necessárias sejam feitas. Um programa que envolva promoção da
alimentação saudável deve contemplar tanto o público que possui poder aquisitivo e se alimenta mal, quanto o
público que se alimenta mal por não ter poder aquisitivo. Um país pode ter diferentes realidades sociais e
comunitárias, por vezes, é necessário que uma política seja adaptada em determinada região para garantir o seu
sucesso.
4.1.3 Função da garantia da saúde pública
Quando uma avaliação é realizada e as necessidades de saúde e as prioridades de uma população de destino são
identificadas, há duas maneiras de abordar os possíveis desafios à saúde pública. Uma maneira é o
desenvolvimento de políticas voltadas à saúde, uma das funções principais da saúde pública.
O IOM afirma que o desenvolvimento de políticas "é o processo pelo qual a sociedade toma decisões sobre
problemas, escolhe metas e meios adequados de alcançá-las, lida com pontos de vista conflitantes sobreo que
deve ser feito e aloca recursos" (IOM, 1988 p. 73). O desenvolvimento de políticas de saúde pública depende de:
Informar e educar a população de interesse sobre os problemas que precisam ser enfrentados e como as pessoas
podem trabalhar para combatê-los.
Mobilizar os recursos e as organizações para que exista uma parceria que aborde as necessidades da comunidade.
Criar políticas e regulamentações que apoiem a adoção de comportamentos saudáveis ou a capacidade de buscar
e ter acesso aos cuidados.
Essas políticas podem ser direcionadas a escolhas individuais, como tornar áreas públicas livres de tabaco, ou
podem ser mais generalizadas, como criar padrões de imunização nacionais para crianças de até cinco anos.
Porém, estabelecer uma nova política não significa, necessariamente, que os resultados de saúde serão
aprimorados. E é por isso que a saúde pública tem a função de garantir que as necessidades de saúde da
comunidade sejam atendidas e alcançadas com sucesso.
- -5
Figura 2 - Família e saúde
Fonte: venimo, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: a figura ilustra uma família no centro de várias ações de saúde.
A garantia, função central da saúde pública, trata de certificar que a regulamentação legislativa e a qualidade dos
serviços públicos sejam mantidas. A determinação do quão bem as atividades associadas às garantias foram
implementadas está ligada à avaliação. Na função de garantia da saúde pública, os profissionais costumam:
aplicar leis e regulamentos que protegem a saúde;
vincular indivíduos aos serviços de saúde adequados ou fornecer cuidados quando os serviços não estiverem
disponíveis;
garantir uma equipe bem treinada;
avaliar as intervenções e estratégias atuais para confirmar seu valor no aprimoramento da saúde da
comunidade;
conduzir pesquisas contínuas sobre novos problemas, novas soluções e inovações a fim de auxiliar os esforços de
saúde pública.
A função de garantia fornece as ferramentas necessárias para que o trabalho seja feito. Esse domínio cria uma
estrutura para os governos e agências de saúde verificar duplamente suas intenções em relação aos resultados
de saúde reais (IOM, 1988).
Uma das maiores barreiras para a execução da função de garantia na saúde global é que, muitas vezes, as nações
em desenvolvimento não são capazes de realizar o monitoramento e a avaliação, ações necessárias aos projetos.
Isso não quer dizer que países e comunidades não enxergam o valor na realização de uma função de garantia. O
problema é o fato de não ter profissionais capacitados e treinados o suficiente, orçamentos direcionados para
uma análise adequada dos impactos de políticas, intervenção e pesquisa, além de cuidados de saúde inacessíveis
ou insustentáveis para o uso da comunidade. É preciso que dados consistentes sobre os custos e benefícios de
planos de melhoria da saúde sejam obtidos, caso contrário, o argumento pelo investimento em saúde global e
planos de melhoria da saúde se torna fraco (WHO, 2007; UNICEF, 2016).
- -6
Se os resultados sobre o investimento para combater condições de saúde — como má nutrição, ou doenças
específicas, como tuberculose — não forem monitorados, torna-se difícil implementar mudanças. Uma redução
na dinâmica de saúde entre os países poderia levar a maior desigualdade de saúde entre classes
socioeconômicas e entre regiões desenvolvidas e em desenvolvimento do mundo. A função de garantia auxilia os
países a desenvolverem profissionais capacitados para reagir às necessidades de saúde das comunidades,
reduzindo barreiras para acessar ou arcar com cuidados de saúde, garantindo que políticas de saúde pública
eficazes entrem em vigor e sejam cumpridas, avaliando o sucesso e as falhas de intervenções de saúde anteriores
e pesquisando novas oportunidades para aprimorar os resultados. Os impactos dessa função podem durar por
gerações (WHO, 2007; UNICEF, 2016).
4.2 Quais são as etapas de uma avaliação de ação em saúde 
pública?
A ASP é feita em seis etapas que contemplam o envolvimento das pessoas, descrição da ASP, metodologia de
avaliação, consolidação de evidências, conclusões e compartilhamento da informação produzida.
4.2.1 Etapas da avaliação de ações em saúde pública
De acordo com o departamento de Saúde dos Estados Unidos (2011), as etapas são independentes e não
precisam, necessariamente, acontecer nesta ordem, são elas:
• Engajamento dos atores envolvidos: atores, nesse contexto, são as pessoas ou organizações 
envolvidas com a ASP. Essa etapa considera envolver as pessoas afetadas pela ASP, no caso a população, 
os profissionais de saúde, as organizações envolvidas, tais como secretarias de saúde ou serviços de 
saúde. O envolvimento desses atores na avaliação da ASP aumenta a credibilidade da ação e a chance de 
sucesso nos seus resultados.
• Descrição da ASP: essa etapa diz respeito à busca por informações sobre a ASP, que são essenciais para 
poder avaliá-la. Essas informações são os objetivos e resultados esperados, os planos estratégicos de 
ação, os planos de comunicação e marketing (quando houver), e indicadores já existentes dessa ação.
• Foco de Avaliação: em ações amplas, muitas vezes é necessário focar em qual parte da ASP a avaliação 
se destina. Por exemplo, uma Política de Atenção Básica à Saúde tem muitos objetivos e frentes de 
atuação, como as unidades de saúde, o gerenciamento de informações, a organização das equipes de 
saúde, entre outras.
VOCÊ QUER VER?
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) premiou uma iniciativa de
criação de grupos de caminhada para as unidades básicas de saúde. O Programa Promoção de
Atividades Físicas em Unidades de Saúde foi o vencedor do Prêmio Mais Movimento. Será que
na sua cidade tem alguma iniciativa semelhante? Assista ao vídeo Programa Promoção de
 para saber mais: Atividades Físicas em Unidades Básicas de Saúde https://www.youtube.com
./watch?v=a7Taw9gRjQw
•
•
•
https://www.youtube.com/watch?v=a7Taw9gRjQw
https://www.youtube.com/watch?v=a7Taw9gRjQw
- -7
Figura 3 - Avaliação de processos
Fonte: Natee Meepian, Mediapool, 2020.
#PraCegoVer: a imagem mostra uma pessoa analisando dados e realizando cálculos.
• Consolidação das evidências: para uma avaliação ser bem conduzida é necessário buscar informações 
confiáveis e de fontes pertinentes ao que se está avaliando. Essa etapa contempla a definição dos dados 
que serão utilizados para avaliar, a necessidade de entrevistar pessoas ou não e quais pessoas devem ser 
entrevistadas.
• Justificativa das conclusões: as conclusões avaliativas realizadas devem ter uma justificativa baseada 
nos dados e evidências coletados durante o processo de avaliação. Também pode ser feita uma 
comparação com outras ASP de mesmo objetivo, que tenham sido executadas em comunidades ou países 
diferentes, a fim de poder apontar possíveis soluções.
• Assegurar a divulgação das informações geradas: etapa que dá publicidade à avaliação feita, isto é, 
torna público os resultados da avaliação para a população em geral.
4.2.2 Qual o papel da comunidade na avaliação da Saúde Pública?
Muitas vezes, é utilizada uma Avaliação da Saúde da Comunidade (ASC), para identificar as deficiências na saúde
de uma comunidade. A maneira de fazer isso é coletar e analisar diversas fontes de dados, relacionados a fatores
de risco, ativos da comunidade, taxas de doença e mortalidade, demografia, programação de ações de saúde e
recursos de saúde pública, entre outros fatores (ROSENBAUM, 2013; PENNEL ., 2017).et al
•
•
•
- -8
Figura 4 - Trabalho em equipe
Fonte: Jacob Lund, Mediapool, 2020.
#PraCegoVer: a figura mostra várias mãos unida, umas sobre as outras como demonstração de trabalho em
equipe.
Infelizmente, não há um conjunto consistente de diretrizes para definir quais são os recursos necessários para
realizar uma avaliação completa da comunidade. Cada resultado ou determinante de saúde tem suas próprias
medições essenciais, que devem ser incluídas na avaliação. Por exemplo, se um grupo de profissionais de saúde
quiser conduzir uma avaliaçãode saúde da comunidade para verificar o ambiente físico de uma população de
interesse, em relação a seus determinantes de saúde, a equipe precisará de dados sobre moradia, qualidade do
ar, qualidade da água, saneamento, políticas locais e a infraestrutura disponível na comunidade (ROSENBAUM,
2013; CONLEY; VAGI; HORNEY, 2014). Entretanto, se essa equipe quiser avaliar os comportamentos de saúde de
uma comunidade, serão considerados dados sobre o uso de tabaco na região, a quantidade de atividade física em
cada grupo etário, quais são os aspectos nutricionais e os horários das refeições nas casas e nas escolas, as
práticas sexuais e reprodutivas de homens e mulheres, se os membros da comunidade consomem álcool ou
usam drogas ilegais e até mesmo se as crianças são imunizadas periodicamente.
As ASC mais eficazes necessitam do envolvimento da comunidade no processo para garantir que os cidadãos da
área de interesse possam dar suas opiniões sobre preocupações de saúde. Além disso, as ASC também ajudam a
priorizar as situações, para que as áreas problemáticas sejam cobertas pela programação da saúde pública
proporcionalmente. Envolver as pessoas da comunidade em todos os aspectos da avaliação de saúde ajuda a
criar formas de avaliação mais sustentáveis e com maiores chances de sucesso no futuro.
Uma avaliação das necessidades de saúde da comunidade não pode ser inteiramente avaliada ou compreendida
se for feita apenas uma vez. As necessidades e desafios de saúde mudam junto com a comunidade (ROSENBAUM,
2013).
De acordo com os autores Conley, Vagi, Horney (2014) e Pennel (2017), uma avaliação das necessidades deet al. 
saúde da comunidade:
• Descreve a condição de saúde da população local e permite identificar os principais fatores de risco, bem 
como seus causadores.
• Permite detectar as ações necessárias para resolver fatores de risco e problemas de saúde.
Avaliações das necessidades de saúde da comunidade são importantes porque:
• Facilitam o planejamento e implementação de programas de saúde pelos profissionais de saúde.
• Aplicam justiça social e geram equidade de saúde para uma população.
• Garantem que o financiamento e recursos utilizados sejam aplicados de forma eficiente para a população.
• Geram oportunidades de colaboração entre membros da comunidade.
As etapas para realizar uma avaliação das necessidades de saúde da comunidade envolvem as ações de:
• Definir o perfil das pessoas que constituem a comunidade.
•
•
•
•
•
•
•
- -9
• Definir o perfil das pessoas que constituem a comunidade.
• Coletar informações relevantes sobre a saúde e as necessidades de saúde da população.
• Analisar essas informações para revelar os maiores riscos à saúde.
Com a ASC concluída, os profissionais de saúde pública podem:
• Definir prioridades.
• Planejar programas de saúde pública para cobrir as necessidades da comunidade.
• Implementar as atividades/programas de saúde pública.
• Avaliar as atividades/programas para verificar seu impacto sobre os resultados de saúde da 
comunidade.
Avaliações de necessidades devem ser realizadas periodicamente para garantir que a programação de saúde
pública esteja alinhada com as prioridades da comunidade. Avaliações de saúde contínuas também podem servir
como ferramentas de avaliação para garantir o sucesso de uma intervenção ou indicar áreas para melhoria
(CONLEY; VAGI; HORNEY, 2014; PENNEL 2017).et al. 
4.3 Sistemas de saúde
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um sistema de saúde é o conjunto de ações e serviços
que visam à promoção, manutenção ou restauração da saúde. De uma forma geral, a OMS estabelece que um
sistema de saúde deve contar com: hospital geral e especializado, organização de regiões de referência a serem
atendidas por cada hospital, serviços de atenção primária à saúde, serviços ambulatoriais, serviço de urgência e
emergência e serviços de cuidados de longo prazo para pacientes acamados (WHO, 2009).
Os departamentos de saúde pública, como componentes do sistema de saúde, fornecem diversos tipos de
serviços de saúde diretos a fim de prevenir e controlar doenças que ameaçam a saúde pública. O sistema de
saúde pode estar na linha de frente quando se trata de identificar novas apresentações de doenças clínicas, que
podem sinalizar uma epidemia. Por exemplo, um paciente em busca de cuidados médicos para uma tosse ou
febre pode indicar uma nova variedade de gripe surgindo na comunidade, como foi o caso da pandemia do
COVID-19, alertada meses antes de iniciar os surtos locais na China.
4.3.1 Sistemas de saúde nos diferentes tipos de países
Comumente, a organização de um sistema de saúde nacional depende do nível de rendimento do país. Os
sistemas de saúde são organizados em três níveis de cuidados: primário, secundário e terciário. Em países de
alta renda, os níveis de cuidado são baseados na diferença de complexidades de situação e enfermidade. O
fornecimento de um cuidado primário ocorre no consultório médico, onde o profissional de saúde provê
cuidados diretos ao paciente. Essa interação costuma acontecer perto de casa. Se assistência adicional for
necessária, como uma cirurgia ou um tratamento específico da doença, cuidados secundários podem ser
fornecidos em um hospital ou ambulatório. Os hospitais ficam em áreas mais urbanas. Se um tratamento ainda
mais específico for necessário, cuidados terciários poderão ser obtidos em hospitais especializados. Esses
hospitais especializados costumam estar localizados em cidades maiores (CIAPONI ., 2017; WIYSONGE .,et al et al
2017).
No entanto, em países de renda baixa a média, os níveis de cuidados no sistema de saúde estão relacionados à
geografia e ao tamanho da população. As organizações de saúde nessas regiões lidam com o despreparo de
funcionários do sistema de saúde, recursos inadequados, baixo financiamento, baixa qualidade das instalações e
insuficiente ou ultrapassada tecnologia médica. Nesses países, um centro de cuidados primários pode atender
um número excessivo de pessoas, recrutando funcionários do setor da saúde despreparados pela falta de
recursos. O cuidado secundário reserva-se aos hospitais de distritos, já o cuidado terciário talvez seja obtido
somente em um hospital nacional. Enquanto a organização e o financiamento do sistema de saúde nacional
diferem com base na renda e nas políticas do país, a possibilidade de acesso a todos os níveis de saúde que o
paciente necessita pode variar significativamente de acordo com os recursos da família. Isso significa que,
•
•
•
•
•
•
•
- -10
paciente necessita pode variar significativamente de acordo com os recursos da família. Isso significa que,
mesmo em países com renda maior, as populações menos beneficiadas podem não obter a mesma qualidade de
atendimento (CIAPONI ., 2017; WIYSONGE ., 2017).et al et al
A falta de tecnologias aplicadas à saúde costuma ser verificada em diversos países, em determinadas regiões com
o menor acesso à inovação, isto implica maiores necessidades médicas. Essa relação inversa reforça a divisão da
saúde entre países de alta e baixa renda. Estima-se que, em países em desenvolvimento, 40% do equipamento
médico disponível não funciona em contraste absoluto com países desenvolvidos, em que menos de 1% das
tecnologias da saúde não funcionam (LEWIS ., 2012).et al
Para diversos países, principalmente nas áreas rurais, eletricidade estável é um grande problema. Sem
eletricidade, um hospital não pode operar equipamentos médicos básicos, como geladeiras e freezers para
armazenar medicamentos, amostras de pacientes para diagnóstico ou vacinas, e os médicos não podem realizar
exame de ultrassom, usar incubadoras, microscópios, raio x e esterilizar equipamentos de procedimento, como
fórceps e bisturi. Resíduos hospitalares devem ser destruídos corretamente para garantir a segurança, mas em
diversos hospitais em países de baixa renda, o descarte adequado não ocorre, o que leva a problemas de
contaminação e exposição a perigos biológicos em potencial a funcionários e pacientes. Soluções inovadoras
paraesses problemas continuam sendo criadas por meio do uso de materiais de baixo custo. Por exemplo, alguns
países em desenvolvimento estão transformando fontes de energia renovável para fornecer eletricidade a
hospitais e equipamentos médicos (CIAPONNI ., 2017; WIYSONGE ., 2017).et al et al
4.3.2 Componentes fundamentais para um bom funcionamento de um 
sistema de saúde
De acordo com a OMS, um sistema de saúde com um bom funcionamento consegue responder de forma
equilibrada às necessidades e expectativas da população por meio de ações como:
• Melhorar dos níveis de saúde dos indivíduos, famílias e comunidades.
• Proteger a população de ameaças à saúde.
• Proteger as pessoas das consequências econômicas, que geram má condição de saúde.
• Prover cuidados em saúde centrados nas pessoas e de forma equitativa.
• Possibilitar que as pessoas participem das decisões que afetam a sua saúde e o sistema de saúde em que 
são atendidas (KEY, 2010).
VOCÊ O CONHECE?
Os Ministérios da Saúde e da Educação promovem recursos abertos e gratuitos de formação
profissional para os profissionais da saúde. Em um país tão grande como o nosso, as
plataformas de aprendizado facilitam a qualificação dos profissionais do SUS e garantem o
desenvolvimento técnico das equipes que atuam junto à população. A principal plataforma de
cursos é a plataforma AROUCA do UNASUS, que oferece recursos educacionais que os
profissionais de saúde podem utilizar no seu dia a dia com os pacientes. Os cursos são abertos
a todas as pessoas, mesmo que não formadas. Confira em: https://www.unasus.gov.br/cursos
./sobre
•
•
•
•
•
https://www.unasus.gov.br/cursos/sobre
https://www.unasus.gov.br/cursos/sobre
- -11
4.3.3 Sustentabilidade e bom funcionamento dos sistemas de saúde
De acordo com a OMS, em suas diretrizes para um bom funcionamento de saúde, existem elementos chave para
que os sistemas de saúde possam se sustentar e funcionar bem (KEY, 2010). Veja quais são.
• Liderança e governança
Assegurar que as autoridades assumam a responsabilidade por dirigirem o sistema de saúde e
enfrentem futuros problemas de saúde pública. Formas transparentes e acessíveis de formular as ASP
baseadas nos parâmetros de saúde e com a participação comunitária. Mecanismos que responsabilizem
os parceiros dos governos no seu papel no sistema de saúde, por exemplo, instituições filantrópicas e
parcerias público-privadas.
• Sistemas de Informação em Saúde
Uma boa governança só é possível com informações de qualidade sobre os desafios em saúde a serem
enfrentados. É necessário ter pesquisas que envolvam entrevistas domiciliares, visitas aos locais onde as
pessoas moram, vigilância epidemiológica, entre outros. Além disso, é importante ter financiamento de
sistemas de informação, plano de monitoramento de saúde e estratégias para tornar essas informações
acessíveis a todos a fim de fomentar estudos e pesquisas. No Brasil, temos como exemplo o sistema
DATASUS que contém os registros de atendimentos do SUS.
• Financiamento do Sistema de Saúde
O financiamento pode ser uma ferramenta essencial para melhorar a saúde e reduzir as iniquidades. A
cobertura universal do sistema de saúde a todas as pessoas é eficaz em promover a melhoria da saúde da
população como um todo. Para que o financiamento seja eficaz, é necessário ter regulamentações claras
sobre a alocação de recursos e transparência de prestação de contas.
• Recursos Humanos para a Saúde
A força de trabalho em saúde é fundamental para poder atender às expectativas de saúde e alcançar os
melhores resultados possíveis. Para isso, é necessário ter quantidade e diversidade suficiente de
profissionais, remuneração que motive os trabalhadores, mecanismos que permitam que os setores
públicos e privados de saúde cooperem entre si.
• Produtos e tecnologia de saúde essenciais
O acesso universal à saúde depende fortemente de medicamentos, vacinas e tecnologias de saúde a
valores acessíveis às nações. Economicamente, os medicamentos representam o segundo maior custo
nos orçamentos de saúde.
• Prestação de Serviços
Os sistemas de saúde têm sua eficiência proporcional aos serviços prestados. É necessário que tenham
serviços de atenção primária divididos por regiões geográficas de referência e uma rede de atenção à
saúde composta por um rol de serviços em todos os níveis de atenção à saúde.
• Outros componentes-chave
Sistema regulatório e fiscalizador de medicamentos e procedimentos de saúde, lista nacional de
medicamentos essenciais, sistema de distribuição que assegure a chegada de insumos a todas as partes
do país, monitoramento de preços e orientações para a prescrição racional e uso de medicamentos.
•
•
•
•
•
•
•
- -12
4.3.4 Conhecendo os sistemas de saúde de alguns países
Os sistemas de saúde são diferentes em cada país, alguns são de acesso gratuito para a população e financiados
somente com os impostos. Outros são mistos, isso é, a população paga um percentual sobre o valor de
determinados serviços, e outros são gratuitos no momento de uso, pois são financiados com os impostos. O
sistema de saúde do Reino Unido é o National Health System (NHS), Sistema Nacional de Saúde em português,
ele é gratuito para a população e financiado com os impostos. O modelo do SUS é baseado nesse sistema, que
surgiu em 1948, ou seja, 40 anos antes do SUS. O sistema NHS possui os centros médicos que são semelhantes às
unidades básicas de saúde (UBS) do Brasil, os centros de consultas e hospitais. No Reino Unido os planos de
saúde privados são poucos e têm baixa cobertura de serviços, diferentemente do Brasil. Alguns serviços do
sistema são pagos diretamente pela população como os remédios e odontologia; no Brasil esses serviços são
cobertos pelo SUS. No Canadá, o sistema é totalmente gratuito para todos os residentes. Os moradores possuem
assistência média por médicos da especialidade de saúde da família, conforme a sua região de moradia, a partir
do atendimento com esse profissional as pessoas são direcionadas para os demais serviços de saúde, caso seja
necessário.
Na Austrália, existe o sistema Medicare que é universal e gratuito aos cidadãos australianos residentes e pessoas
com visto temporário, esse sistema fornece atendimentos em todos os níveis de atenção e uma boa parte dos
medicamentos, contudo alguns serviços não são cobertos pelo sistema: ambulância e remoção de paciente,
odontologia e fisioterapia. Na França, o sistema de saúde é financiado mediante pagamento de uma taxa que é
obrigatória para todos os moradores que trabalham no país. As pessoas que estão sem emprego ou em situação
de vulnerabilidade podem utilizar o sistema mesmo que não paguem a taxa obrigatória. A cobertura da maioria
dos serviços é gratuita, mas alguns cobram uma parte do valor ao cidadão (SIMERS, 2016).
CASO
Em torno de 1 bilhão de pessoas no mundo são fumantes. No Brasil, as doenças relacionadas
ao tabagismo custam em torno de 57 bilhões de reais. Para cada 1 real arrecadado em imposto
pela venda de cigarros, é gasto 8 reais no sistema de saúde com as doenças derivadas dele
(INCA, 2020). O Brasil é referência no controle do tabaco, iniciou suas políticas no assunto
ainda em 1960 e, em 1985, criou o primeiro Grupo Assessor para Controle do Tabagismo no
Brasil. A medida de controle do uso de tabaco de maior sucesso na política brasileira foi a
criação de espaços livres de tabaco, que contou com uma grande campanha de educação e
conscientização da população, além de medidas punitivas aos estabelecimentos que
permitissem o fumo dentro dos espaços e áreas fechados. O Brasil também proibiu a
propaganda de empresas do setor e o patrocínio delas a eventos. O aumento da taxação de
imposto sobre esses tipos de produtos foi uma ação que desestimulou muitos a iniciarem o uso
de tabagismo e ao mesmo tempo permitiu maior arrecadação de dinheiro para o governo.
Como efeito colateral da taxação do cigarro, o governo previu o aumento no contrabando de
mercadoria ilegal à base de tabaco, então, concomitante a essas ações, o Brasil combate
extensivamenteo contrabando de cigarros ilegais. Com todas essas ações, o Brasil conseguiu
reduzir a prevalência de fumantes de 35%, em 1993, para 15% da população, em 2013
(PORTES ., 2018).et al
- -13
4.4 Promoção de saúde
Atualmente, falar sobre promoção da saúde é mais importante do que falar sobre os problemas de saúde. O
mundo enfrenta uma tripla carga de doenças, que se dá na coexistência das doenças infecciosas, as deficiências
nutricionais e as doenças não transmissíveis.
O avanço das tecnologias, a rápida urbanização das cidades, a facilidade nas viagens internacionais, e a agilidade
do comércio global aumentam a vulnerabilidade das pessoas para uma piora em sua saúde em razão do
sedentarismo, alimentação de baixa qualidade nutricional e outros fatores de risco que aumentam as chances
para Doenças e Agravos à Saúde não Transmissíveis (DANT), como diabetes, hipertensão e câncer (KUMAR;
PREETHA, 2012).
4.4.1 Ações de promoção de saúde
As ações de promoção de saúde devem abordar diversas intervenções e frentes de atuação. Toda a população
pode ser dividida em quatro grupos, para poder realizar ações de promoção de saúde: população saudável,
população com fatores de risco, população com sintomas e população adoecida. De forma que será possível fazer
ações de prevenção para a população saudável e com fator de risco, e ações de recuperação de saúde para os que
já apresentam sintomas ou estão adoecidos.
Quadro 1 - Modelo Conceitual de abordagens para a promoção de saúde da população
Fonte: Elaborado pela autora, baseado em KUMAR; PREETHA, 2012
#PraCegoVer: o quadro anterior apresenta a estrutura de abordagens em promoção de saúde, conforme grupo
populacional.
A promoção da saúde da população adulta é mais direcionada para a redução das DANTS por meio de ações
como:
• Aumentar os espaços livres de tabaco e inserir programas antitabagismo.
• Aumentar do acesso à alimentação saudável e atividade física.
• Promover mudanças de estilo de vida por meio de programas de autocuidado.
• Promover a saúde reprodutiva das mulheres.
• Promover serviços clínicos focados na promoção de saúde.
• Promover a saúde bucal e a fluoração da água.
• Promover a qualidade do sono.
•
•
•
•
•
•
•
- -14
4.4.2 Promoção da educação ambiental e autocuidado
Como forma de promoção de saúde a OMS propôs a criação de diferentes ambientes promotores de saúde, tais
como escolas e locais de trabalho (KUMAR; PREETHA, 2012).
• Escolas Promotoras de Saúde
Programas de saúde escolar são os que apresentam melhor custo-benefício de promoção de saúde, pois
influenciam a construção de hábitos saudáveis dos jovens. Além disso, as iniciativas realizadas na escola
beneficiam toda a comunidade. O primeiro passo para a escola ser promotora de saúde é ter um
ambiente saudável, com água potável, alimentação escolar e higiene.
• Ambientes de Trabalho Saudáveis
Estima-se que em torno de dois milhões de pessoas morram anualmente em decorrência de acidentes de
trabalho e 160 milhões adoeçam em decorrência do trabalho. Um ambiente de trabalho saudável envolve
treinamento dos colaboradores para práticas saudáveis e de segurança do trabalho. Isso resulta em
melhor qualidade de vida dos colaboradores e ganhos financeiros para a empresa (KUMAR e PREETHA,
2012; FERREIRA, 2012). 
VOCÊ QUER LER?
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou, em 2016, o projeto
Escolas Ativas que faz parte de uma sequência de instruções sobre como promover o
desenvolvimento humano nos países. A PNUD coloca a escola como centro de desenvolvimento
da comunidade, com potencial de melhorar as habilidades dos membros mais jovens. A
Secretaria Estadual de Educação de Maceió colocou na prática o Projeto Escolas Ativas e teve
resultados muito interessantes sobre o desenvolvimento dos jovens.
No primeiro capítulo do livro Caderno de Desenvolvimento Humano sobre Escolas Ativas em
, você pode compreender melhor o papel que as escolasMaceió: tornando escolas mais ativas
tem na promoção da saúde. Que tal propor uma dessas ações em uma escola da sua cidade?
Acesse-o em: https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/IDH/WEB%20EA%
.20MACEIO_baixa.pdf
•
•
https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/IDH/WEB%20EA%20MACEIO_baixa.pdf
https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/IDH/WEB%20EA%20MACEIO_baixa.pdf
- -15
Figura 5 - A criança no processo de saúde
Fonte: fizkes, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: foto de uma criança com estetoscópio examinando um bicho de pelúcia.
• Promoção de saúde ambiental
É o processo de empregar a abordagem de promoção de saúde para avaliar, corrigir, controlar e prevenir
os fatores envolvidos com a saúde ambiental que tenham potencial de causar danos à saúde das pessoas
ou reduzir a qualidade de vida das gerações atuais ou futuras (HOWZE; BALDWIN; KEGLER, 2012).
• Autocuidado
É a habilidade dos indivíduos, família e comunidade de promoverem a saúde, prevenirem doenças,
manterem a saúde e lidarem com a doença sem necessitar de um cuidador de saúde (NARASIMHAN,
2019; DINIZ, 2013).
O autocuidado envolve as habilidades de poder medicar-se quando necessário, prover cuidados a
pessoas dependentes, procurar por serviços de saúde quando necessário, além dos serviços de
promoção de saúde, cuidados paliativos e reabilitação.
•
•
- -16
Figura 6 - Autocuidado nas doenças crônicas
Fonte: Montri Thipsorn, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: foto mostra um teste de medição de glicose que o próprio paciente realiza em si.
Esse conceito parte da premissa de que os indivíduos possuem naturalmente o comportamento de tentar
reverter problemas de saúde, e são agentes ativos em cuidar de si próprios. É, portanto, um compromisso da
pessoa com a sua própria saúde. O autocuidado é fundamental no tratamento e prognóstico das DANTs.
Conclusão
Você pôde aprender sobre os sistemas de saúde e sobre como realizar uma ação e uma avaliação de ações em
saúde. Esse conhecimento é fundamental para que as ações em saúde sejam eficazes e permitam uma melhoria
constante do sistema de saúde conforme as necessidades da população.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• analisar como as ações de saúde pública podem ser avaliadas e garantidas;
• conhecer formas de realizar a promoção de saúde;
• analisar a melhor abordagem de promoção de saúde conforme o público alvo;
• estabelecer a relação entre a educação e promoção em saúde com o meio ambiente e o autocuidado.
Bibliografia
BRASIL. : caminhos da institucionalização. Brasília: Ministério da Saúde,Avaliação na atenção básica em saúde
2005.
CASSIOLATO, M. M.; GUERESI, S. : roteiro para formular programas e organizarComo elaborar modelo lógico
avaliação. Brasília: Ipea, 2010.
CIAPPONI, A. . Delivery arrangements for health systems in low-income countries: an overview of systematicet al
reviews. , n. 9, 2017. DOI: 10.1002/14651858.Cochrane Database of Systematic Reviews
CADERNO de Desenvolvimento Humano sobre Escolas Ativas em Maceió: tornando escolas mais ativas. Brasília:
PNUD: SEMED: MEC, 2019.
CONHEÇA o "SUS" de outros cinco países. , [ ], 2016. Disponível em: SIMERS s. l. http://www.simers.org.br/noticia
•
•
•
•
http://www.simers.org.br/noticia/conheca-o-sus-de-outros-cinco-paises
- -17
CONHEÇA o "SUS" de outros cinco países. , [ ], 2016. Disponível em: SIMERS s. l. http://www.simers.org.br/noticia
. Acesso em: 29 jun. 2020./conheca-o-sus-de-outros-cinco-paises
CONLEY, A. M; VAGI. S; HORNEY, J. A. Use of the community assessment for public health emergency response to
conduct community health assessments for public health accreditation. , v. 20, n. 5, J Public Health Manag Pract.
p. 490-497, 2014.
CUSTOS atribuíveis ao tabagismo. , [ ], 2020. Disponível em: Instituto Nacional do Câncer s. l. https://www.inca.
. Acesso em: 29gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/custos-atribuiveis-ao-tabagismo
jun. 2020.
DINIZ, D. P. (Coord). : saúde e trabalho. 2. ed. Barueri: Manole, 2013. ISBN: 978-85-Guia de qualidade de vida
204-3728-5
FERREIRA, M. C; MENDONÇA, H. . São Paulo:Casa do Psicólogo, 2012. ISBN: 978-Saúde e bem-estar no trabalho
85-8040-029-8.
HOWZE, E. H.; BALDWIN, G. T.; KEGLER, M. C. Environmental Health Promotion: bridging traditional
environmental health and health promotion. , v. 31, n. 4, p. 429–440, 2012.Health Education & Behavior
INSTITUTE OF MEDICINE. . Washington (DC): National Academies Press, 1988.The Future of Public Health
ISBN-10: 0-309-03830-8ISBN-10: 0-309-03831-6.
KEY components of a well functioning health system. . 2010. Disponível em: WHO https://www.who.int
. Acesso em: 29 jun. 2020./healthsystems/EN_HSSkeycomponents.pdf
KUMAR, S.; PREETHA, G. Health promotion: an effective tool for global health. . v. 37,Indian J Community Med
n. 1, p. 5-12, 2012.
LEWIS, T. . E-health in low- and middle-income countries: findings from the Center for Health Marketet al
Innovations. , v. 90, n. 5, p. 332-340, 2012.Bull World Health Organ
NARASIMHAN, M.; KAPILA, M. Implications of self-care for health service provision. ,Bull World Health Organ
2019. Disponível em: . Acesso em: 29 jun. 2020.https://www.who.int/bulletin/volumes/97/2/18-228890/en/
PENNEL, C. L. . Common and Critical Components Among Community Health Assessment and Communityet al
Health Improvement Planning Models. , v. 23, p. S14-S21,Journal of Public Health Management and Practice
jul./ago. 2017.
PORTES, L. H. . A Política de Controle do Tabaco no Brasil: um balanço de 30 anos. et al Ciência & Saúde Coletiva
, Rio de Janeiro, v. 23, n. 6, p. 1837-1848, jun. 2018. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1413-
. Acesso em: 25 jun. 2020.81232018236.05202018
PUBLIC health Assessment: Guidance Manual. , Atlanta, 2005. Disponível em: ATSDR https://www.atsdr.cdc.gov
. Acesso em: 29 jun. 2020./hac/phamanual/pdfs/phagm_final1-27-05.pdf
PROGRAMA Promoção de Atividades Físicas em Unidades Básicas de Saúde [ .], 2017. 1 vídeo (3 min).S. l.: s. n
Publicado pelo canal PNUDBrasil. Disponível em: . Acessohttps://www.youtube.com/watch?v=a7Taw9gRjQw
em: 29 jun. 2020.
ROSENBAUM, J. D. Principles to Consider for the Implementation of a Community Health Needs
. Department of Health Policy. 2013. Disponível em: Assessment Process https://nnphi.org/wp-content/uploads
. Acesso em: 29/2015/08/PrinciplesToConsiderForTheImplementationOfACHNAProcess_GWU_20130604.pdf
jun. 2020.
SECCHI, L. : conceitos, esquemas de análise, casos práticos. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning,Políticas públicas
2013.
TREVOR, L. . : a self-study guide. Atlanta:et al Introduction to program evaluation for public health programs
Centers for Disease Control and Prevention, 2011.
UNICEF. . New York: UNICEF, 2016. Disponível em: The UNICEF Health Systems Strengthening Approach
 . Acesso em: 29 jun. 2020.https://www.unicef.org/media/60296/file
WHO. : first global patient safety challenge clean care is safer care.Guidelines on Hand Hygiene in Health Care
Geneva: WHO, 2009. Disponível em: . Acesso em: 29 jun.https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK144006/
2020.
WHO. : strengthening health systems to improve health outcomes. Geneva: WHO, 2007.Everybody business
http://www.simers.org.br/noticia/conheca-o-sus-de-outros-cinco-paises
http://www.simers.org.br/noticia/conheca-o-sus-de-outros-cinco-paises
https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/custos-atribuiveis-ao-tabagismo
https://www.inca.gov.br/observatorio-da-politica-nacional-de-controle-do-tabaco/custos-atribuiveis-ao-tabagismo
https://www.who.int/healthsystems/EN_HSSkeycomponents.pdf
https://www.who.int/healthsystems/EN_HSSkeycomponents.pdf
https://www.who.int/bulletin/volumes/97/2/18-228890/en/
https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.05202018
https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.05202018
https://www.atsdr.cdc.gov/hac/phamanual/pdfs/phagm_final1-27-05.pdf
https://www.atsdr.cdc.gov/hac/phamanual/pdfs/phagm_final1-27-05.pdf
https://www.youtube.com/watch?v=a7Taw9gRjQw
https://nnphi.org/wp-content/uploads/2015/08/PrinciplesToConsiderForTheImplementationOfACHNAProcess_GWU_20130604.pdf
https://nnphi.org/wp-content/uploads/2015/08/PrinciplesToConsiderForTheImplementationOfACHNAProcess_GWU_20130604.pdf
https://www.unicef.org/media/60296/file
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK144006/
	Introdução
	4.1 Avaliação de Ações em Saúde Pública
	4.1.1 Diferença entre avaliação e monitoramento em saúde
	4.1.2 Por que avaliar as ações em saúde pública?
	4.1.3 Função da garantia da saúde pública
	4.2 Quais são as etapas de uma avaliação de ação em saúde pública?
	4.2.1 Etapas da avaliação de ações em saúde pública
	4.2.2 Qual o papel da comunidade na avaliação da Saúde Pública?
	4.3 Sistemas de saúde
	4.3.1 Sistemas de saúde nos diferentes tipos de países
	4.3.2 Componentes fundamentais para um bom funcionamento de um sistema de saúde
	4.3.3 Sustentabilidade e bom funcionamento dos sistemas de saúde
	Liderança e governança
	Sistemas de Informação em Saúde
	Financiamento do Sistema de Saúde
	Recursos Humanos para a Saúde
	Produtos e tecnologia de saúde essenciais
	Prestação de Serviços
	Outros componentes-chave
	4.3.4 Conhecendo os sistemas de saúde de alguns países
	4.4 Promoção de saúde
	4.4.1 Ações de promoção de saúde
	4.4.2 Promoção da educação ambiental e autocuidado
	Escolas Promotoras de Saúde
	Ambientes de Trabalho Saudáveis
	Promoção de saúde ambiental
	Autocuidado
	Conclusão
	Bibliografia

Continue navegando