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- -1 ESTILO DE VIDA, SAÚDE E MEIO AMBIENTE UNIDADE 4 - EDUCAR E AVALIAR A SAÚDE DAS POPULAÇÕES Autoria: Lucianna Schmitt – Revisão técnica: Renata Bazante Rodrigues - -2 Introdução As Ações em Saúde Pública (ASP) podem atuar em diferentes setores da sociedade e com os mais diversos objetivos. ASP são intervenções e programas realizados, na maioria das vezes, pelos próprios governos, o que implica em utilização de financiamento público. Para poder planejar metas e investimentos em saúde é essencial ter uma avaliação constante das ASP para monitorar as ações em atividades, a fim de garantir bons resultados. Para se ter sucesso na implementação de uma ASP, nas ações de promoção de saúde de educação ambiental, é necessário o envolvimento da comunidade nas decisões das prioridades de saúde. A função essencial da saúde pública de “garantia” compreende as responsabilidades dos governos para criarem regulamentações em saúde que sejam claras e eficazes, para que o sistema de saúde seja de fato universal e atenda às demandas da população. As ASP também contemplam as ações que envolvem educação ambiental, pois a saúde humana depende também do cuidado com o meio ambiente e, por isso, a educação ambiental é essencial para a ASP. Além disso, a promoção do autocuidado é fundamental, e depende de serviços de saúde acessíveis para que as pessoas possam se cuidar. Bons estudos! 4.1 Avaliação de Ações em Saúde Pública A primeira função da Saúde Pública é a avaliação, ela compreende o monitoramento, diagnóstico e investigação das preocupações e riscos de saúde. O Institute of Medicine (IOM) observa que a avaliação inclui “todas as atividades envolvidas no conceito de diagnóstico de comunidade, como vigilância, identificação de necessidades, análise das causas de problemas, coleta e interpretação de dados, rastreio, monitoramento e previsão de tendências, pesquisa e avaliação de resultados” (IOM, 1988 p. 34). A avaliação ajuda na tomada de boas decisões programáticas e precisa ocorrer antes que os departamentos de saúde realizem a fase de desenvolvimento de políticas. Figura 1 - Reunião de equipe Fonte: Micolas, Mediapool, 2020. #PraCegoVer: a imagem mostra uma reunião de equipe de saúde. São quatro pessoas ao redor de uma mesa. Em - -3 #PraCegoVer: a imagem mostra uma reunião de equipe de saúde. São quatro pessoas ao redor de uma mesa. Em cima da mesa tem um notebook e papéis. Uma das pessoas segura um filme radiográfico. A avaliação em saúde pública verifica o potencial de dano de determinadas substâncias ou agentes biológicos causadores de doenças, indicadores de saúde e preocupações comunitárias relacionadas à saúde. A avaliação também é utilizada para verificar se são necessárias ações de educação e promoção de saúde em determinada comunidade ou país. Na saúde pública, também está compreendida a saúde ocupacional e ambiental, isto é, cabe ao setor saúde avaliar se existe insalubridade nos locais de trabalho ou contaminação ambiental que possa prejudicar a saúde das pessoas e dos ecossistemas afetados. Para avaliar as ações em saúde, utiliza-se dados e informações que permitam averiguar impactos à saúde anteriores, atuais ou futuros a fim de desenvolver recomendações, estudos e normas que possam eliminar ou reduzir esses impactos (ATSDR, 2005; CONLEY; VAGI; HORNEY, 2014). 4.1.1 Diferença entre avaliação e monitoramento em saúde A avaliação envolve fazer um julgamento, uma análise, sobre informações disponíveis para que se possa planejar uma ação ou projetos. A avaliação permite que a gestão em saúde seja feita com qualidade científica, isto é, baseada em dados de qualidade e que podem realmente gerar resultados (CASSIOLATO, 2010). A avaliação em saúde é um processo crítico-reflexivo sobre práticas e processos desenvolvidos no âmbito dos serviços de saúde. É um processo contínuo e sistemático cuja temporalidade é definida em função do âmbito em que ela se estabelece. A avaliação não é exclusivamente um procedimento de natureza técnica, embora essa dimensão esteja presente, devendo ser entendida como processo de negociação entre atores sociais. Deve constituir-se, portanto, em um processo de negociação e pactuação entre sujeitos que partilham corresponsabilidades. O processo de avaliação é mediado por relações de poder. Isto não deve ser ignorado por quem tem a responsabilidade de conduzi-lo, sendo fundamental reforçar a implementação de mecanismos que assegurem a participação democrática dos envolvidos. (BRASIL, 2005, p. 18) O monitoramento envolve a observação, coleta e análise constante dos dados. Quando se trata de uma ação em saúde, o monitoramento é utilizado para avaliar os passos dessa ação e seus efeitos, a fim de fazer uma comparação com os resultados esperados e verificar se é necessário mudar algum planejamento para garantir que os objetivos da ação sejam alcançados. Compreende-se monitoramento como parte do processo avaliativo que envolve coleta, VOCÊ SABIA? Os observatórios são iniciativas sem fins lucrativos que têm como objetivo monitorar, emitir relatórios e debater determinados temas a que se propõem. Existem observatórios sobre questões econômicas, sobre saúde, direitos humanos, entre outros. Os observatórios são, normalmente, ligados às instituições de ensino superior que vão promover. - -4 Compreende-se monitoramento como parte do processo avaliativo que envolve coleta, processamento e análise sistemática e periódica de informações e indicadores de saúde selecionados com o objetivo de observar se as atividades e ações estão sendo executadas conforme o planejado e estão tendo os resultados esperados. (BRASIL, 2005, p. 20) A avaliação de políticas públicas, a qual inclui as políticas de saúde, é um tema que tem evoluído bastante nas últimas décadas, em razão da informatização dos dados e da transparência na sua divulgação. As políticas de saúde devem ser embasadas nas manifestações de prioridades da população envolvida e nos indicadores sociais, demográficos e de saúde (CASSIOLATO, 2010; SECCHI, 2013). 4.1.2 Por que avaliar as ações em saúde pública? Ações em saúde pública, sejam elas políticas robustas (como o Sistema Único de Saúde) ou programas pontuais (como as campanhas de vacinação), visam atuar na prevenção e controle de doenças, agravos à saúde ou mortes. Para que se perceba resultado satisfatório nesses objetivos, muitas vezes as ações serão direcionadas aos comportamentos e hábitos de vida da população que podem gerar resultados desejados (TREVOR 2011).et al., As modificações que almejam ser alcançadas em saúde pública exigem tempo e compromisso de todos os setores envolvidos, por isso, o monitoramento das ações é fundamental para garantir a continuidade e sucesso das mesmas (CONLEY; VAGI; HORNEY, 2014). Como exemplo, podemos citar o comportamento de consumo de tabaco no Brasil, que levou alguns anos para mudar, mas teve importantes reduções no percentual de fumantes. Além disso, os programas em saúde atuam em diferentes realidades simultaneamente, nesse sentido, a avaliação é importante para garantir que as adaptações necessárias sejam feitas. Um programa que envolva promoção da alimentação saudável deve contemplar tanto o público que possui poder aquisitivo e se alimenta mal, quanto o público que se alimenta mal por não ter poder aquisitivo. Um país pode ter diferentes realidades sociais e comunitárias, por vezes, é necessário que uma política seja adaptada em determinada região para garantir o seu sucesso. 4.1.3 Função da garantia da saúde pública Quando uma avaliação é realizada e as necessidades de saúde e as prioridades de uma população de destino são identificadas, há duas maneiras de abordar os possíveis desafios à saúde pública. Uma maneira é o desenvolvimento de políticas voltadas à saúde, uma das funções principais da saúde pública. O IOM afirma que o desenvolvimento de políticas "é o processo pelo qual a sociedade toma decisões sobre problemas, escolhe metas e meios adequados de alcançá-las, lida com pontos de vista conflitantes sobreo que deve ser feito e aloca recursos" (IOM, 1988 p. 73). O desenvolvimento de políticas de saúde pública depende de: Informar e educar a população de interesse sobre os problemas que precisam ser enfrentados e como as pessoas podem trabalhar para combatê-los. Mobilizar os recursos e as organizações para que exista uma parceria que aborde as necessidades da comunidade. Criar políticas e regulamentações que apoiem a adoção de comportamentos saudáveis ou a capacidade de buscar e ter acesso aos cuidados. Essas políticas podem ser direcionadas a escolhas individuais, como tornar áreas públicas livres de tabaco, ou podem ser mais generalizadas, como criar padrões de imunização nacionais para crianças de até cinco anos. Porém, estabelecer uma nova política não significa, necessariamente, que os resultados de saúde serão aprimorados. E é por isso que a saúde pública tem a função de garantir que as necessidades de saúde da comunidade sejam atendidas e alcançadas com sucesso. - -5 Figura 2 - Família e saúde Fonte: venimo, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: a figura ilustra uma família no centro de várias ações de saúde. A garantia, função central da saúde pública, trata de certificar que a regulamentação legislativa e a qualidade dos serviços públicos sejam mantidas. A determinação do quão bem as atividades associadas às garantias foram implementadas está ligada à avaliação. Na função de garantia da saúde pública, os profissionais costumam: aplicar leis e regulamentos que protegem a saúde; vincular indivíduos aos serviços de saúde adequados ou fornecer cuidados quando os serviços não estiverem disponíveis; garantir uma equipe bem treinada; avaliar as intervenções e estratégias atuais para confirmar seu valor no aprimoramento da saúde da comunidade; conduzir pesquisas contínuas sobre novos problemas, novas soluções e inovações a fim de auxiliar os esforços de saúde pública. A função de garantia fornece as ferramentas necessárias para que o trabalho seja feito. Esse domínio cria uma estrutura para os governos e agências de saúde verificar duplamente suas intenções em relação aos resultados de saúde reais (IOM, 1988). Uma das maiores barreiras para a execução da função de garantia na saúde global é que, muitas vezes, as nações em desenvolvimento não são capazes de realizar o monitoramento e a avaliação, ações necessárias aos projetos. Isso não quer dizer que países e comunidades não enxergam o valor na realização de uma função de garantia. O problema é o fato de não ter profissionais capacitados e treinados o suficiente, orçamentos direcionados para uma análise adequada dos impactos de políticas, intervenção e pesquisa, além de cuidados de saúde inacessíveis ou insustentáveis para o uso da comunidade. É preciso que dados consistentes sobre os custos e benefícios de planos de melhoria da saúde sejam obtidos, caso contrário, o argumento pelo investimento em saúde global e planos de melhoria da saúde se torna fraco (WHO, 2007; UNICEF, 2016). - -6 Se os resultados sobre o investimento para combater condições de saúde — como má nutrição, ou doenças específicas, como tuberculose — não forem monitorados, torna-se difícil implementar mudanças. Uma redução na dinâmica de saúde entre os países poderia levar a maior desigualdade de saúde entre classes socioeconômicas e entre regiões desenvolvidas e em desenvolvimento do mundo. A função de garantia auxilia os países a desenvolverem profissionais capacitados para reagir às necessidades de saúde das comunidades, reduzindo barreiras para acessar ou arcar com cuidados de saúde, garantindo que políticas de saúde pública eficazes entrem em vigor e sejam cumpridas, avaliando o sucesso e as falhas de intervenções de saúde anteriores e pesquisando novas oportunidades para aprimorar os resultados. Os impactos dessa função podem durar por gerações (WHO, 2007; UNICEF, 2016). 4.2 Quais são as etapas de uma avaliação de ação em saúde pública? A ASP é feita em seis etapas que contemplam o envolvimento das pessoas, descrição da ASP, metodologia de avaliação, consolidação de evidências, conclusões e compartilhamento da informação produzida. 4.2.1 Etapas da avaliação de ações em saúde pública De acordo com o departamento de Saúde dos Estados Unidos (2011), as etapas são independentes e não precisam, necessariamente, acontecer nesta ordem, são elas: • Engajamento dos atores envolvidos: atores, nesse contexto, são as pessoas ou organizações envolvidas com a ASP. Essa etapa considera envolver as pessoas afetadas pela ASP, no caso a população, os profissionais de saúde, as organizações envolvidas, tais como secretarias de saúde ou serviços de saúde. O envolvimento desses atores na avaliação da ASP aumenta a credibilidade da ação e a chance de sucesso nos seus resultados. • Descrição da ASP: essa etapa diz respeito à busca por informações sobre a ASP, que são essenciais para poder avaliá-la. Essas informações são os objetivos e resultados esperados, os planos estratégicos de ação, os planos de comunicação e marketing (quando houver), e indicadores já existentes dessa ação. • Foco de Avaliação: em ações amplas, muitas vezes é necessário focar em qual parte da ASP a avaliação se destina. Por exemplo, uma Política de Atenção Básica à Saúde tem muitos objetivos e frentes de atuação, como as unidades de saúde, o gerenciamento de informações, a organização das equipes de saúde, entre outras. VOCÊ QUER VER? O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) premiou uma iniciativa de criação de grupos de caminhada para as unidades básicas de saúde. O Programa Promoção de Atividades Físicas em Unidades de Saúde foi o vencedor do Prêmio Mais Movimento. Será que na sua cidade tem alguma iniciativa semelhante? Assista ao vídeo Programa Promoção de para saber mais: Atividades Físicas em Unidades Básicas de Saúde https://www.youtube.com ./watch?v=a7Taw9gRjQw • • • https://www.youtube.com/watch?v=a7Taw9gRjQw https://www.youtube.com/watch?v=a7Taw9gRjQw - -7 Figura 3 - Avaliação de processos Fonte: Natee Meepian, Mediapool, 2020. #PraCegoVer: a imagem mostra uma pessoa analisando dados e realizando cálculos. • Consolidação das evidências: para uma avaliação ser bem conduzida é necessário buscar informações confiáveis e de fontes pertinentes ao que se está avaliando. Essa etapa contempla a definição dos dados que serão utilizados para avaliar, a necessidade de entrevistar pessoas ou não e quais pessoas devem ser entrevistadas. • Justificativa das conclusões: as conclusões avaliativas realizadas devem ter uma justificativa baseada nos dados e evidências coletados durante o processo de avaliação. Também pode ser feita uma comparação com outras ASP de mesmo objetivo, que tenham sido executadas em comunidades ou países diferentes, a fim de poder apontar possíveis soluções. • Assegurar a divulgação das informações geradas: etapa que dá publicidade à avaliação feita, isto é, torna público os resultados da avaliação para a população em geral. 4.2.2 Qual o papel da comunidade na avaliação da Saúde Pública? Muitas vezes, é utilizada uma Avaliação da Saúde da Comunidade (ASC), para identificar as deficiências na saúde de uma comunidade. A maneira de fazer isso é coletar e analisar diversas fontes de dados, relacionados a fatores de risco, ativos da comunidade, taxas de doença e mortalidade, demografia, programação de ações de saúde e recursos de saúde pública, entre outros fatores (ROSENBAUM, 2013; PENNEL ., 2017).et al • • • - -8 Figura 4 - Trabalho em equipe Fonte: Jacob Lund, Mediapool, 2020. #PraCegoVer: a figura mostra várias mãos unida, umas sobre as outras como demonstração de trabalho em equipe. Infelizmente, não há um conjunto consistente de diretrizes para definir quais são os recursos necessários para realizar uma avaliação completa da comunidade. Cada resultado ou determinante de saúde tem suas próprias medições essenciais, que devem ser incluídas na avaliação. Por exemplo, se um grupo de profissionais de saúde quiser conduzir uma avaliaçãode saúde da comunidade para verificar o ambiente físico de uma população de interesse, em relação a seus determinantes de saúde, a equipe precisará de dados sobre moradia, qualidade do ar, qualidade da água, saneamento, políticas locais e a infraestrutura disponível na comunidade (ROSENBAUM, 2013; CONLEY; VAGI; HORNEY, 2014). Entretanto, se essa equipe quiser avaliar os comportamentos de saúde de uma comunidade, serão considerados dados sobre o uso de tabaco na região, a quantidade de atividade física em cada grupo etário, quais são os aspectos nutricionais e os horários das refeições nas casas e nas escolas, as práticas sexuais e reprodutivas de homens e mulheres, se os membros da comunidade consomem álcool ou usam drogas ilegais e até mesmo se as crianças são imunizadas periodicamente. As ASC mais eficazes necessitam do envolvimento da comunidade no processo para garantir que os cidadãos da área de interesse possam dar suas opiniões sobre preocupações de saúde. Além disso, as ASC também ajudam a priorizar as situações, para que as áreas problemáticas sejam cobertas pela programação da saúde pública proporcionalmente. Envolver as pessoas da comunidade em todos os aspectos da avaliação de saúde ajuda a criar formas de avaliação mais sustentáveis e com maiores chances de sucesso no futuro. Uma avaliação das necessidades de saúde da comunidade não pode ser inteiramente avaliada ou compreendida se for feita apenas uma vez. As necessidades e desafios de saúde mudam junto com a comunidade (ROSENBAUM, 2013). De acordo com os autores Conley, Vagi, Horney (2014) e Pennel (2017), uma avaliação das necessidades deet al. saúde da comunidade: • Descreve a condição de saúde da população local e permite identificar os principais fatores de risco, bem como seus causadores. • Permite detectar as ações necessárias para resolver fatores de risco e problemas de saúde. Avaliações das necessidades de saúde da comunidade são importantes porque: • Facilitam o planejamento e implementação de programas de saúde pelos profissionais de saúde. • Aplicam justiça social e geram equidade de saúde para uma população. • Garantem que o financiamento e recursos utilizados sejam aplicados de forma eficiente para a população. • Geram oportunidades de colaboração entre membros da comunidade. As etapas para realizar uma avaliação das necessidades de saúde da comunidade envolvem as ações de: • Definir o perfil das pessoas que constituem a comunidade. • • • • • • • - -9 • Definir o perfil das pessoas que constituem a comunidade. • Coletar informações relevantes sobre a saúde e as necessidades de saúde da população. • Analisar essas informações para revelar os maiores riscos à saúde. Com a ASC concluída, os profissionais de saúde pública podem: • Definir prioridades. • Planejar programas de saúde pública para cobrir as necessidades da comunidade. • Implementar as atividades/programas de saúde pública. • Avaliar as atividades/programas para verificar seu impacto sobre os resultados de saúde da comunidade. Avaliações de necessidades devem ser realizadas periodicamente para garantir que a programação de saúde pública esteja alinhada com as prioridades da comunidade. Avaliações de saúde contínuas também podem servir como ferramentas de avaliação para garantir o sucesso de uma intervenção ou indicar áreas para melhoria (CONLEY; VAGI; HORNEY, 2014; PENNEL 2017).et al. 4.3 Sistemas de saúde De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um sistema de saúde é o conjunto de ações e serviços que visam à promoção, manutenção ou restauração da saúde. De uma forma geral, a OMS estabelece que um sistema de saúde deve contar com: hospital geral e especializado, organização de regiões de referência a serem atendidas por cada hospital, serviços de atenção primária à saúde, serviços ambulatoriais, serviço de urgência e emergência e serviços de cuidados de longo prazo para pacientes acamados (WHO, 2009). Os departamentos de saúde pública, como componentes do sistema de saúde, fornecem diversos tipos de serviços de saúde diretos a fim de prevenir e controlar doenças que ameaçam a saúde pública. O sistema de saúde pode estar na linha de frente quando se trata de identificar novas apresentações de doenças clínicas, que podem sinalizar uma epidemia. Por exemplo, um paciente em busca de cuidados médicos para uma tosse ou febre pode indicar uma nova variedade de gripe surgindo na comunidade, como foi o caso da pandemia do COVID-19, alertada meses antes de iniciar os surtos locais na China. 4.3.1 Sistemas de saúde nos diferentes tipos de países Comumente, a organização de um sistema de saúde nacional depende do nível de rendimento do país. Os sistemas de saúde são organizados em três níveis de cuidados: primário, secundário e terciário. Em países de alta renda, os níveis de cuidado são baseados na diferença de complexidades de situação e enfermidade. O fornecimento de um cuidado primário ocorre no consultório médico, onde o profissional de saúde provê cuidados diretos ao paciente. Essa interação costuma acontecer perto de casa. Se assistência adicional for necessária, como uma cirurgia ou um tratamento específico da doença, cuidados secundários podem ser fornecidos em um hospital ou ambulatório. Os hospitais ficam em áreas mais urbanas. Se um tratamento ainda mais específico for necessário, cuidados terciários poderão ser obtidos em hospitais especializados. Esses hospitais especializados costumam estar localizados em cidades maiores (CIAPONI ., 2017; WIYSONGE .,et al et al 2017). No entanto, em países de renda baixa a média, os níveis de cuidados no sistema de saúde estão relacionados à geografia e ao tamanho da população. As organizações de saúde nessas regiões lidam com o despreparo de funcionários do sistema de saúde, recursos inadequados, baixo financiamento, baixa qualidade das instalações e insuficiente ou ultrapassada tecnologia médica. Nesses países, um centro de cuidados primários pode atender um número excessivo de pessoas, recrutando funcionários do setor da saúde despreparados pela falta de recursos. O cuidado secundário reserva-se aos hospitais de distritos, já o cuidado terciário talvez seja obtido somente em um hospital nacional. Enquanto a organização e o financiamento do sistema de saúde nacional diferem com base na renda e nas políticas do país, a possibilidade de acesso a todos os níveis de saúde que o paciente necessita pode variar significativamente de acordo com os recursos da família. Isso significa que, • • • • • • • - -10 paciente necessita pode variar significativamente de acordo com os recursos da família. Isso significa que, mesmo em países com renda maior, as populações menos beneficiadas podem não obter a mesma qualidade de atendimento (CIAPONI ., 2017; WIYSONGE ., 2017).et al et al A falta de tecnologias aplicadas à saúde costuma ser verificada em diversos países, em determinadas regiões com o menor acesso à inovação, isto implica maiores necessidades médicas. Essa relação inversa reforça a divisão da saúde entre países de alta e baixa renda. Estima-se que, em países em desenvolvimento, 40% do equipamento médico disponível não funciona em contraste absoluto com países desenvolvidos, em que menos de 1% das tecnologias da saúde não funcionam (LEWIS ., 2012).et al Para diversos países, principalmente nas áreas rurais, eletricidade estável é um grande problema. Sem eletricidade, um hospital não pode operar equipamentos médicos básicos, como geladeiras e freezers para armazenar medicamentos, amostras de pacientes para diagnóstico ou vacinas, e os médicos não podem realizar exame de ultrassom, usar incubadoras, microscópios, raio x e esterilizar equipamentos de procedimento, como fórceps e bisturi. Resíduos hospitalares devem ser destruídos corretamente para garantir a segurança, mas em diversos hospitais em países de baixa renda, o descarte adequado não ocorre, o que leva a problemas de contaminação e exposição a perigos biológicos em potencial a funcionários e pacientes. Soluções inovadoras paraesses problemas continuam sendo criadas por meio do uso de materiais de baixo custo. Por exemplo, alguns países em desenvolvimento estão transformando fontes de energia renovável para fornecer eletricidade a hospitais e equipamentos médicos (CIAPONNI ., 2017; WIYSONGE ., 2017).et al et al 4.3.2 Componentes fundamentais para um bom funcionamento de um sistema de saúde De acordo com a OMS, um sistema de saúde com um bom funcionamento consegue responder de forma equilibrada às necessidades e expectativas da população por meio de ações como: • Melhorar dos níveis de saúde dos indivíduos, famílias e comunidades. • Proteger a população de ameaças à saúde. • Proteger as pessoas das consequências econômicas, que geram má condição de saúde. • Prover cuidados em saúde centrados nas pessoas e de forma equitativa. • Possibilitar que as pessoas participem das decisões que afetam a sua saúde e o sistema de saúde em que são atendidas (KEY, 2010). VOCÊ O CONHECE? Os Ministérios da Saúde e da Educação promovem recursos abertos e gratuitos de formação profissional para os profissionais da saúde. Em um país tão grande como o nosso, as plataformas de aprendizado facilitam a qualificação dos profissionais do SUS e garantem o desenvolvimento técnico das equipes que atuam junto à população. A principal plataforma de cursos é a plataforma AROUCA do UNASUS, que oferece recursos educacionais que os profissionais de saúde podem utilizar no seu dia a dia com os pacientes. Os cursos são abertos a todas as pessoas, mesmo que não formadas. Confira em: https://www.unasus.gov.br/cursos ./sobre • • • • • https://www.unasus.gov.br/cursos/sobre https://www.unasus.gov.br/cursos/sobre - -11 4.3.3 Sustentabilidade e bom funcionamento dos sistemas de saúde De acordo com a OMS, em suas diretrizes para um bom funcionamento de saúde, existem elementos chave para que os sistemas de saúde possam se sustentar e funcionar bem (KEY, 2010). Veja quais são. • Liderança e governança Assegurar que as autoridades assumam a responsabilidade por dirigirem o sistema de saúde e enfrentem futuros problemas de saúde pública. Formas transparentes e acessíveis de formular as ASP baseadas nos parâmetros de saúde e com a participação comunitária. Mecanismos que responsabilizem os parceiros dos governos no seu papel no sistema de saúde, por exemplo, instituições filantrópicas e parcerias público-privadas. • Sistemas de Informação em Saúde Uma boa governança só é possível com informações de qualidade sobre os desafios em saúde a serem enfrentados. É necessário ter pesquisas que envolvam entrevistas domiciliares, visitas aos locais onde as pessoas moram, vigilância epidemiológica, entre outros. Além disso, é importante ter financiamento de sistemas de informação, plano de monitoramento de saúde e estratégias para tornar essas informações acessíveis a todos a fim de fomentar estudos e pesquisas. No Brasil, temos como exemplo o sistema DATASUS que contém os registros de atendimentos do SUS. • Financiamento do Sistema de Saúde O financiamento pode ser uma ferramenta essencial para melhorar a saúde e reduzir as iniquidades. A cobertura universal do sistema de saúde a todas as pessoas é eficaz em promover a melhoria da saúde da população como um todo. Para que o financiamento seja eficaz, é necessário ter regulamentações claras sobre a alocação de recursos e transparência de prestação de contas. • Recursos Humanos para a Saúde A força de trabalho em saúde é fundamental para poder atender às expectativas de saúde e alcançar os melhores resultados possíveis. Para isso, é necessário ter quantidade e diversidade suficiente de profissionais, remuneração que motive os trabalhadores, mecanismos que permitam que os setores públicos e privados de saúde cooperem entre si. • Produtos e tecnologia de saúde essenciais O acesso universal à saúde depende fortemente de medicamentos, vacinas e tecnologias de saúde a valores acessíveis às nações. Economicamente, os medicamentos representam o segundo maior custo nos orçamentos de saúde. • Prestação de Serviços Os sistemas de saúde têm sua eficiência proporcional aos serviços prestados. É necessário que tenham serviços de atenção primária divididos por regiões geográficas de referência e uma rede de atenção à saúde composta por um rol de serviços em todos os níveis de atenção à saúde. • Outros componentes-chave Sistema regulatório e fiscalizador de medicamentos e procedimentos de saúde, lista nacional de medicamentos essenciais, sistema de distribuição que assegure a chegada de insumos a todas as partes do país, monitoramento de preços e orientações para a prescrição racional e uso de medicamentos. • • • • • • • - -12 4.3.4 Conhecendo os sistemas de saúde de alguns países Os sistemas de saúde são diferentes em cada país, alguns são de acesso gratuito para a população e financiados somente com os impostos. Outros são mistos, isso é, a população paga um percentual sobre o valor de determinados serviços, e outros são gratuitos no momento de uso, pois são financiados com os impostos. O sistema de saúde do Reino Unido é o National Health System (NHS), Sistema Nacional de Saúde em português, ele é gratuito para a população e financiado com os impostos. O modelo do SUS é baseado nesse sistema, que surgiu em 1948, ou seja, 40 anos antes do SUS. O sistema NHS possui os centros médicos que são semelhantes às unidades básicas de saúde (UBS) do Brasil, os centros de consultas e hospitais. No Reino Unido os planos de saúde privados são poucos e têm baixa cobertura de serviços, diferentemente do Brasil. Alguns serviços do sistema são pagos diretamente pela população como os remédios e odontologia; no Brasil esses serviços são cobertos pelo SUS. No Canadá, o sistema é totalmente gratuito para todos os residentes. Os moradores possuem assistência média por médicos da especialidade de saúde da família, conforme a sua região de moradia, a partir do atendimento com esse profissional as pessoas são direcionadas para os demais serviços de saúde, caso seja necessário. Na Austrália, existe o sistema Medicare que é universal e gratuito aos cidadãos australianos residentes e pessoas com visto temporário, esse sistema fornece atendimentos em todos os níveis de atenção e uma boa parte dos medicamentos, contudo alguns serviços não são cobertos pelo sistema: ambulância e remoção de paciente, odontologia e fisioterapia. Na França, o sistema de saúde é financiado mediante pagamento de uma taxa que é obrigatória para todos os moradores que trabalham no país. As pessoas que estão sem emprego ou em situação de vulnerabilidade podem utilizar o sistema mesmo que não paguem a taxa obrigatória. A cobertura da maioria dos serviços é gratuita, mas alguns cobram uma parte do valor ao cidadão (SIMERS, 2016). CASO Em torno de 1 bilhão de pessoas no mundo são fumantes. No Brasil, as doenças relacionadas ao tabagismo custam em torno de 57 bilhões de reais. Para cada 1 real arrecadado em imposto pela venda de cigarros, é gasto 8 reais no sistema de saúde com as doenças derivadas dele (INCA, 2020). O Brasil é referência no controle do tabaco, iniciou suas políticas no assunto ainda em 1960 e, em 1985, criou o primeiro Grupo Assessor para Controle do Tabagismo no Brasil. A medida de controle do uso de tabaco de maior sucesso na política brasileira foi a criação de espaços livres de tabaco, que contou com uma grande campanha de educação e conscientização da população, além de medidas punitivas aos estabelecimentos que permitissem o fumo dentro dos espaços e áreas fechados. O Brasil também proibiu a propaganda de empresas do setor e o patrocínio delas a eventos. O aumento da taxação de imposto sobre esses tipos de produtos foi uma ação que desestimulou muitos a iniciarem o uso de tabagismo e ao mesmo tempo permitiu maior arrecadação de dinheiro para o governo. Como efeito colateral da taxação do cigarro, o governo previu o aumento no contrabando de mercadoria ilegal à base de tabaco, então, concomitante a essas ações, o Brasil combate extensivamenteo contrabando de cigarros ilegais. Com todas essas ações, o Brasil conseguiu reduzir a prevalência de fumantes de 35%, em 1993, para 15% da população, em 2013 (PORTES ., 2018).et al - -13 4.4 Promoção de saúde Atualmente, falar sobre promoção da saúde é mais importante do que falar sobre os problemas de saúde. O mundo enfrenta uma tripla carga de doenças, que se dá na coexistência das doenças infecciosas, as deficiências nutricionais e as doenças não transmissíveis. O avanço das tecnologias, a rápida urbanização das cidades, a facilidade nas viagens internacionais, e a agilidade do comércio global aumentam a vulnerabilidade das pessoas para uma piora em sua saúde em razão do sedentarismo, alimentação de baixa qualidade nutricional e outros fatores de risco que aumentam as chances para Doenças e Agravos à Saúde não Transmissíveis (DANT), como diabetes, hipertensão e câncer (KUMAR; PREETHA, 2012). 4.4.1 Ações de promoção de saúde As ações de promoção de saúde devem abordar diversas intervenções e frentes de atuação. Toda a população pode ser dividida em quatro grupos, para poder realizar ações de promoção de saúde: população saudável, população com fatores de risco, população com sintomas e população adoecida. De forma que será possível fazer ações de prevenção para a população saudável e com fator de risco, e ações de recuperação de saúde para os que já apresentam sintomas ou estão adoecidos. Quadro 1 - Modelo Conceitual de abordagens para a promoção de saúde da população Fonte: Elaborado pela autora, baseado em KUMAR; PREETHA, 2012 #PraCegoVer: o quadro anterior apresenta a estrutura de abordagens em promoção de saúde, conforme grupo populacional. A promoção da saúde da população adulta é mais direcionada para a redução das DANTS por meio de ações como: • Aumentar os espaços livres de tabaco e inserir programas antitabagismo. • Aumentar do acesso à alimentação saudável e atividade física. • Promover mudanças de estilo de vida por meio de programas de autocuidado. • Promover a saúde reprodutiva das mulheres. • Promover serviços clínicos focados na promoção de saúde. • Promover a saúde bucal e a fluoração da água. • Promover a qualidade do sono. • • • • • • • - -14 4.4.2 Promoção da educação ambiental e autocuidado Como forma de promoção de saúde a OMS propôs a criação de diferentes ambientes promotores de saúde, tais como escolas e locais de trabalho (KUMAR; PREETHA, 2012). • Escolas Promotoras de Saúde Programas de saúde escolar são os que apresentam melhor custo-benefício de promoção de saúde, pois influenciam a construção de hábitos saudáveis dos jovens. Além disso, as iniciativas realizadas na escola beneficiam toda a comunidade. O primeiro passo para a escola ser promotora de saúde é ter um ambiente saudável, com água potável, alimentação escolar e higiene. • Ambientes de Trabalho Saudáveis Estima-se que em torno de dois milhões de pessoas morram anualmente em decorrência de acidentes de trabalho e 160 milhões adoeçam em decorrência do trabalho. Um ambiente de trabalho saudável envolve treinamento dos colaboradores para práticas saudáveis e de segurança do trabalho. Isso resulta em melhor qualidade de vida dos colaboradores e ganhos financeiros para a empresa (KUMAR e PREETHA, 2012; FERREIRA, 2012). VOCÊ QUER LER? O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) lançou, em 2016, o projeto Escolas Ativas que faz parte de uma sequência de instruções sobre como promover o desenvolvimento humano nos países. A PNUD coloca a escola como centro de desenvolvimento da comunidade, com potencial de melhorar as habilidades dos membros mais jovens. A Secretaria Estadual de Educação de Maceió colocou na prática o Projeto Escolas Ativas e teve resultados muito interessantes sobre o desenvolvimento dos jovens. No primeiro capítulo do livro Caderno de Desenvolvimento Humano sobre Escolas Ativas em , você pode compreender melhor o papel que as escolasMaceió: tornando escolas mais ativas tem na promoção da saúde. Que tal propor uma dessas ações em uma escola da sua cidade? Acesse-o em: https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/IDH/WEB%20EA% .20MACEIO_baixa.pdf • • https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/IDH/WEB%20EA%20MACEIO_baixa.pdf https://www.undp.org/content/dam/brazil/docs/IDH/WEB%20EA%20MACEIO_baixa.pdf - -15 Figura 5 - A criança no processo de saúde Fonte: fizkes, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: foto de uma criança com estetoscópio examinando um bicho de pelúcia. • Promoção de saúde ambiental É o processo de empregar a abordagem de promoção de saúde para avaliar, corrigir, controlar e prevenir os fatores envolvidos com a saúde ambiental que tenham potencial de causar danos à saúde das pessoas ou reduzir a qualidade de vida das gerações atuais ou futuras (HOWZE; BALDWIN; KEGLER, 2012). • Autocuidado É a habilidade dos indivíduos, família e comunidade de promoverem a saúde, prevenirem doenças, manterem a saúde e lidarem com a doença sem necessitar de um cuidador de saúde (NARASIMHAN, 2019; DINIZ, 2013). O autocuidado envolve as habilidades de poder medicar-se quando necessário, prover cuidados a pessoas dependentes, procurar por serviços de saúde quando necessário, além dos serviços de promoção de saúde, cuidados paliativos e reabilitação. • • - -16 Figura 6 - Autocuidado nas doenças crônicas Fonte: Montri Thipsorn, Shutterstock, 2020. #PraCegoVer: foto mostra um teste de medição de glicose que o próprio paciente realiza em si. Esse conceito parte da premissa de que os indivíduos possuem naturalmente o comportamento de tentar reverter problemas de saúde, e são agentes ativos em cuidar de si próprios. É, portanto, um compromisso da pessoa com a sua própria saúde. O autocuidado é fundamental no tratamento e prognóstico das DANTs. Conclusão Você pôde aprender sobre os sistemas de saúde e sobre como realizar uma ação e uma avaliação de ações em saúde. Esse conhecimento é fundamental para que as ações em saúde sejam eficazes e permitam uma melhoria constante do sistema de saúde conforme as necessidades da população. Nesta unidade, você teve a oportunidade de: • analisar como as ações de saúde pública podem ser avaliadas e garantidas; • conhecer formas de realizar a promoção de saúde; • analisar a melhor abordagem de promoção de saúde conforme o público alvo; • estabelecer a relação entre a educação e promoção em saúde com o meio ambiente e o autocuidado. Bibliografia BRASIL. : caminhos da institucionalização. Brasília: Ministério da Saúde,Avaliação na atenção básica em saúde 2005. CASSIOLATO, M. M.; GUERESI, S. : roteiro para formular programas e organizarComo elaborar modelo lógico avaliação. Brasília: Ipea, 2010. CIAPPONI, A. . Delivery arrangements for health systems in low-income countries: an overview of systematicet al reviews. , n. 9, 2017. 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