relatorio estagio

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Universidade Cruzeiro do Sul
Ciências Biológicas
Disciplina: Estágio Curricular Supervisionado em Biologia no Ensino Médio - Turma_01_082020
Professora: Andrea Rossi de Moraes Charquesi
1 DADOS DO ALUNO/CURSO
1. CURSO: Ciências Biológicas
2. INSTITUIÇÃO: Universidade Cruzeiro do Sul
3. NOME: Maísa Pereira de Jesus
4. RGM: 24835234
5. DISCIPLINA: Estágio Curricular Supervisionado em Biologia no Ensino Médio
6. ANO/SEMESTRE DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO: 2020/2º
7. QUANTIDADE DE HORAS REALIZADAS: 79:35:00
8. QUANTIDADE DE HORAS/AULAS: 100
2 CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
1. INSTITUIÇÃO ONDE REALIZOU O ESTÁGIO: Colégio Estadual Prefeito Pedro de Balbino
2. NÍVEIS ESCOLARES OFERTADOS: Ensino Médio
3. DEPENDÊNCIA ADMINISTRATIVA PÚBLICA: Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura DRE01
4. ENDEREÇO DA INSTITUIÇÃO: R. Sr. do Bonfim, s/n - Centro, Tomar do Geru - SE, 49280-000
5. NOME DO DIRETOR: Joaquim S. Guimarães
6. TURMAS DE REGÊNCIA: 1ºF, 1ºE, 2ºA, 2ºB, EJAEM
7. PROFESSOR REGENTE: Aberlanio Ancelmo da Silva
8. INÍCIO DO ESTÂGIO: 14/09/2020
9. TÉRMINO DO ESTÁGIO: 23/10/2020
A pesar de, devido a pandemia do Covid-19, o estágio ter ocorrido de forma remota, conheço a estrutura do colégio, pois leciono Biologia e Química nesta instituição de ensino.
Esta passou por recente reforma, estruturando as salas de aula com lousas novas e ar condicionado, ampliação da biblioteca e novos computadores no laboratório de informática. Porém não possui laboratório de Ciências, quadra, nem refeitório, é um colégio pequeno em sua área construída, mas com um espaço em terreno que possibilita uma ampliação e melhor estruturação. 
No quesito limpeza peca um pouco por falta de profissionais desta área, e falta de conscientização dos alunos que jogam restos de comida e lixo no chão, dificultado o trabalho de profissionais que já estão sobrecarregados.
3 INTRODUÇÃO
O presente relatório é fruto do Estágio Curricular Supervisionado em Biologia no Ensino Médio, realizado pela estagiária Maísa Pereira de Jesus, realizado de forma remota com vídeo aulas no aplicativo Google Meet, aulas gravadas para alunos que não conseguirem internet na hora da aula, envio de atividades e apostilas a serem impressas no colégio para alunos que não possuem internet nenhuma pegarem fisicamente, áudios e vídeos curtos no WhatsApp para alunos que só possuem internet para esse aplicativo. Este estágio foi construído por 79 horas e 35 minutos, visto que já leciono e obtive dispensa de 50% da carga horária, com as turmas 2ºA e 2ºB no turno matutino, 1ºFe 1ºE no turno vespertino, EJAEM terceira etapa no turno noturno, no Colégio Prefeito Pedro de Balbino, município de Tomar do Geru, Sergipe. 
O estagio é um momento de grande importância no processo de formação profissional. Constitui-se em um treinamento que possibilita ao aluno-professor o desenvolvimento de habilidades necessárias para que o docente desenvolva a produção de saberes para ensinar, vivenciando assim integrar as inúmeras disciplinas que compõem o currículo acadêmico, dando-lhes unidade estrutural e testando-lhes o nível de consistência e o grau de entrosamento. Além desse contato efetivo o docente deve auxiliar na formação de alunos críticos.
	Assim como a cultura é o elemento que determina a forma de viver de uma sociedade é necessário criar mecanismos para o seu funcionamento e conservação, pois as crises dos paradigmas são geradas pela incerteza de conhecimento. Assim o docente precisa estar preparado para enfrentar esse grande desafio com segurança no âmbito educacional, por tanto, o estágio funciona como uma “janela do futuro”, através do qual o aluno-professor antever seu próximo modo de viver. Deve ser uma passagem natural do “saber sobre” para o “saber como”, um momento de validação do aprendizado teórico e prático em confronto com a realidade, pois estamos em um mundo de transformações rápidas e desigualdades que parecem estagnados e sem horizonte (ALMEIDA; PIMENTA, 2014).
	O Brasil experimenta momentos de exigências para enquadrar-se em um modelo “globalizado” em uma sociedade que ainda não superou problemas básicos, como fome, desigualdade social, analfabetismo, entre muitos outros agravantes de uma forma de viver, que urge ser transformada com determinação, enfocando o aspecto educacional e especificamente o ensino de história.
Não são poucos os desafios da prática pedagógica e do estágio supervisionado, como espaço de formação que permite ao aluno – professor o desenvolvimento de habilidades necessárias para que o docente desenvolva melhor a produção de saberes para ensinar. Por isso, para ter domínio em sala de aula e ser um excelente professor é preciso se posicionar diante dos obstáculos e conduzir o ensino de forma agradável e dinâmica (ALMEIDA; PIMENTA, 2014).
	O estágio é a porta de entrada para o desenvolvimento dos saberes para ministrar aulas, porque põe em prática à teoria aprendida na faculdade.
Todo profissional ao ingressar no mercado de trabalho muitas vezes demonstra insegurança, talvez por não tiver sido preparado adequadamente para o exercício da profissão. A discussão a cerca da formação profissional de docentes requer reflexão entre os saberes adquiridos no curso de licenciatura e a realidade na escola. As mudanças na educação somente serão possíveis se houver possibilidade de formação reflexiva de professores que estimule a pesquisa e consiga fazer do aluno um parceiro de trabalho ativo, participativo e produtivo. Para isso é preciso que a escola se torne um ambiente positivo (FRANCO, 2012).
	Neste caso seria necessário educar pela pesquisa, que significa formar educadores que a utilizem no seu cotidiano como principio científico e educativo. Para isso, é preciso rever o conceito de professores, ele deve ser um profissional da pesquisa condutor do aluno no processo de observação a fim de não restringir a educação à acumulação de dados, leituras, matérias, experimentos que servem apenas para memorização dos conteúdos.
	As disciplinas de práticas pedagógicas visam à vivência adquirida no estagio supervisionado, quando discutida entre alunos e professores colaboram na formação de um sujeito critico que pode contribuir na transformação da realidade social (FRANCO, 2012).
	São tantos os desafios do estágio supervisionado junto à prática pedagógica, que o aluno-professor precisa está preparado para ser um bom profissional da educação, se posicionar de maneira correta diante dos problemas e conduzir o ensino de forma dinâmica e agradável para que consiga fazer do aluno um agente participativo desenvolvendo nele o prazer de participar. 
4 PERFIL DO PROFESSOR
	Neste estágio acompanhei apenas um professor, excelente profissional, mesmo com toda dificuldade do ensino remoto se esforça para fazer o melhor trabalho possível. Dotado de empatia, qualidade muito necessária, tendo em vista que os alunos em sua grande maioria fazem parte de uma população economicamente desfavorecida, muitos possuem acesso nenhum a internet e outros possuem acesso com alternância. Também muitos alunos são de povoados de difícil acesso, onde a conexão com a internet e sinal de celular é de qualidade ruim.
	
5 PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO PROFESSOR
	Além de realizar aulas pelo aplicativo Google Meet, o professor grava aulas para alunos que não conseguirem internet na hora da aula, envia atividades e apostilas para alunos que não possuem internet nenhuma pegarem fisicamente na escola, envia áudios e vídeos curtos no WhatsApp para alunos que só possuem internet para esse aplicativo.
O professor adotou a utilização de Temas geradores, toda semana tem um tema gerador diferente, são temas que aproximam Ciência Tecnologia e Sociedade (CTS), mostrando aos alunos que a Biologia faz parte do dia-a-dia deles.
A utilização de temas geradores é um ponto muito positivo, pois atrela ciências com temas sociais, “quem dá a palavra dá o tema, quem dá o tema dirige o pensamento, quem dirige o pensamento pode ter o poder de guiar a consciência” (BRANDÃO, 2006, p. 10).
	Não tenho nenhuma crítica negativaa fazer para este professor, que está se empenhando muito, trabalho muito mais que sua carga horária, por ter que se reinventar e utilizar tecnologias que não estava habituado.
	
6 OBSERVAÇÕES ESPECÍFICAS 
	Como já citado anteriormente, o professor trabalha o componente curricular Biologia, utilizando temas geradores. Um tema gerador muito relevante trabalhado pelo professor foi “racismo”, está utilização será especificada no item 6.1.
6.1 foco
	Os objetos do conhecimento trabalhados com esse tema gerador “racismo” foram: 
· Biologia cidadania e relações étnico-raciais; 
· Diálogos entre genética, antropologia e história.
As habilidades a serem desenvolvidas, de acordo com a BNCC (Brasil, 2018, p. 545): 
· (EM13CNT304) Analisar e debater situações controversas sobre a aplicação de conhecimentos da área de Ciências da Natureza (tais como tecnologias do DNA, tratamentos com células-tronco, produção de armamentos, formas de controle de pragas, entre outros), com base em argumentos consistentes, éticos e responsáveis, distinguindo diferentes pontos de vista; 
· (EM13CNT305) Investigar e discutir o uso indevido de conhecimentos das Ciências da Natureza na justificativa de processos de discriminação, segregação e privação de direitos individuais e coletivos para promover a equidade e o respeito à diversidade.
As Estratégias Metodológicas utilizadas foram leitura de texto, aula online pelo aplicativo Google Meet, pequenos videos gravados e enviados pelo whatsApp, atividades e apostilas físicas para alunos sem nenhum acesso a internet.
	É muito importanta trabalhar a temática”racismo” em sala de aula, dessa forma podemos formar cidadãos conscientes, que respeitam o proximo e alorizam a diversidade. A BNCC diz sobre a valorização da diversidade cultural (BNCC, 2018 p. 9):
Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 4 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 
Dessa forma, a escola deve desenvolver práticas que assegurem a abordagem desse importante tema que é o racismo.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
São tantos desafios da prática pedagógica, para ter domínio em sala de aula e ser bom professor é preciso se posicionar diante dos obstáculos ao conduzir o ensino com uma visão do papel da educação para a sociedade e do papel do educador no contexto social. 
 É essa consciência de ser um educador social que faz com que entre tantas outras práticas, as aulas tornem-se agradáveis. Sem dúvida a profissão de educar é um constante desafio, o professor tem que arranjar tempo fora do horário de aula para elaborar, planeja e pesquisar para o desenvolvimento dos saberes escolares interligados com os sociais em foco a realidade dos alunos.
É na utilização de métodos característicos de instigação que acontece a formação reflexiva quando professores que estimulam a pesquisa conseguem fazer do aluno um parceiro de trabalho ativo e participativo e este, o aluno, consegue absorver e expelir conhecimento.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Maria I.; PIMENTA, Selma G. Estágios supervisionados na formação docente. São Paulo: Cortez, 2014
BRANDÃO, C. R. O que é método Paulo Freire. São Paulo: Brasiliense, 2006.
BRASIL. Ministério da Educação. Base nacional comum curricular. Brasília, DF: MEC, 2015. em: <Disponível em:http://basenacionalcomum.mec.gov.br/documento/BNCC-APRESENTACAO.pdf >. Acesso em: 25 nov. 2020. 
FRANCO, Maria Amélia do R. S. Pedagogia e prática docente. São Paulo: Cortez, 2012.