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Pós-Graduação a Distância DISCIPLINA: Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I UNIGRAN - Centro Universitário da Grande Dourados Rua Balbina de Matos, 2121 - CEP 79.824-900 - Jd. Universitário Dourados - Mato Grosso do Sul Fones: (67) 3411-4291 | 3411-4297 Os direitos de publicação desta obra são reservados ao Centro Universitário da Grande Dourados (UNIGRAN), sendo proibida a reprodução total ou parcial de acordo com a Lei 9.160/98. Os artigos de sites e revistas indicados para a leitura foram registrados como nos originais. CURSO: PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 2 CARVALHO, Leonardo Scalon de. Prevenção e Con- trole de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Ins- talações I. Leonardo Scalon de Carvalho. Dourados: UNIGRAN, 2019. 36p.: 23 cm. 1. Prevenção e Controle. 2. Equipamentos e Instalações. DIRETOR GERAL EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA DIRETORA PÓS-GRADUAÇÃO COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA COORDENAÇÃO DA PLATAFORMA DIAGRAMAÇÃO LOGÍSTICA SECRETÁRIA ACADÊMICA FINANCEIRO DEPARTAMENTO DE PROVAS Marcelo Koche mkoche@unigran.br Lourdes Maria Mendes direcaopos.ead@unigran.br Lilia Nantes lilinantes@unigran.br Adriano Câmara camara@unigran.br Welington Smaylly diagramacao2.pos@unigran.br Fransergio Sampatti logistica.ead@unigran.br Marines Viel secretaria.ead@unigran.br Andréia Felix e Samara Vilhar financeiro.ead@unigran.br samara@unigran.br Dolores Bortolanza dolores@unigran.br mailto:mkoche@unigran.br mailto:direcaopos.ead@unigran.br mailto:lilinantes@unigran.br mailto:camara@unigran.br mailto:diagramacao2.pos@unigran.br mailto:logistica.ead@unigran.br mailto:secretaria.ead@unigran.br mailto:financeiro.ead@unigran.br mailto:samara@unigran.br mailto:dolores@unigran.br 3 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 Apresentação do Docente LEONARDO SCALON DE CARVALHO, graduado em engenharia civil, especialista em geren- ciamento de obra, tecnologia e qualidade na cons- trução, docente no Centro Universidade da Grande Dourados - UNIGRAN. Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 4 Sumário Conversa Inicial ..................................................................................................................... 5 Aula 1 Introdução a Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações .............................................................................................................................. 7 Aula 2 Prevenção e Controle em Máquinas, Equipamentos e Instalações – Mecânicas ..13 Aula 3 Prevenção e Controle em Maquinas, Equipamentos e Instalações Elétricas ..........19 Aula 4 Prevenção e Controle em Máquinas, Equipamentos e Instalações na Contrução Civil, Fornos e Caldeiras e Tipos de Manutenção .........................................................25 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................35 5 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 Conversa Inicial A disciplina "Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I" tem o objetivo de transmitir ao acadêmico futuro especialista, o uso adequado de máquinas, equipamentos e instalações sempre baseados em normas legislações vigentes, onde se traz uma grande variação de temas e ferramentas de controle utilização e manutenção do mesmo. Adquirir a responsabilidade de ante a segurança de umas empresa e até mesmo a vida dos funcionários, é uma missão que exige cada vez mais um conhecimento holístico em relação a manutenção e controle dos riscos. Cada profissional deve desenvolver sua própria técnica e métodos de controle para o gerenciamento de segurança abordando e trabalhando dentro da legislação vigente, sendo está a NR-12, que estudaremos separadamente cada tópico durante nossas aulas. Desejo Bons Estudos!!!! Prof. Esp. Leonardo Scalon de Carvalho Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 6 7 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 Introdução a Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações Caros(as) Acadêmicos(as), Nesta primeira aula teremos uma introdução básica de sobre nosso assunto a ser abordado. Abor- daremos também uma prévia sobre manutenção. Bons estudos! Aula 1 Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 8 Objetivos de aprendizagem Ao término dessa aula vocês serão capazes de: • entender sobre Máquinas e equipamentos; • surgimento da manutenção; • como planejar a manutenção. Seções de estudo SEÇÃO 1 - Introdução: SEÇÃO 2 - Estudos da manutenção: SEÇÃO 1 - INTRODUÇÃO: 1) Introdução: Se adaptar a competitividade é hoje uma das condições para uma empresa sobreviver ao mercado nacional. Geridas pelo retorno financeiro e lucrativi- dade sobre os ativos das instalações industriais, o que se torna possível através do aumento da disponibili- dade para a produção e cuidados adequados dos cus- tos da manutenção. Condições estas que nos fazem pensar nos riscos, onde estes, passam quase exclusiva- mente por um retorno financeiro, tendo um caminho claramente longo entre a eminência de um risco e o retorno financeiro. Podemos considerar um risco como, qualquer ameaça podemos receber, podendo ser ainda qualquer situação que poderia causar danos para as pessoas, portanto evitar riscos é evita acidentes ou até mesmo doenças. Criar uma gestão de riscos então pode ser con- siderada como planejar, organizar e controlar os re- cursos humanos e materiais de uma empresa ou or- ganização qualquer no sentido de diminuir os efeitos dos riscos sobre o espaço desta organização ou ainda podemos citar como o conjunto de técnicas que visa reduzir os efeitos das perdas acidentais. Podemos dizer então que uma das maneiras de evitarmos riscos no ambiente de trabalho quando rela- cionados a máquinas, equipamentos e instalações seria fazermos o uso da manutenção. Segundo Branco Filho (2008), manutenção é um conjunto de medidas ou ações que permite con- servar ou restabelecer um sistema em seu estado de funcionamento. https://blog.alterdata.com.br/aprenda-a-fazer-um-cronograma-de-manutencao-de- condominio/ Ainda segundo a Norma Inglesa Bs3811, seria uma combinação de técnicas e medidas administrati- vas com a finalidade de conservar um item em seu es- tado, ou restabelecer este estado, no qual possa realizar uma determinada função. https://www.branqs.com.br/manutencao-plc#group1-3 Função empresarial, aquela que se espera con- trole constante das instalações, podendo ser um con- junto consertos e revisões necessário para o funcio- namento adequado e a garantia de conservação das instalações produtivas. Dessa maneira ao longo dos estudos, estaremos aprendendo algumas estratégias de gerenciamento de manutenção, bem como organizar, planejar e contro- le. Claro que o primeiro passo é definir a manutenção e criarmos um manual de organização da mesma. Esperamos que aproveitem os materiais e que busquem conhecimento em livros, normas e biblio- grafias confiáveis. SEÇÃO 2 - ESTUDOS DA MANUTEN- ÇÃO: 2) A organização da manutenção: https://blog.alterdata.com.br/aprenda-a-fazer-um-cronograma-de-manutencao-de-condominio/ https://blog.alterdata.com.br/aprenda-a-fazer-um-cronograma-de-manutencao-de-condominio/ 9 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 Historicamente, a manutenção como regra geral, tem apresentado uma característica marcante: utiliza de forma bastante ineficiente os seus recursos, principalmente humanos e materiais, acarretando custos elevados e crescentes (CAMPOS; BELHOT, 1994). Podemos dizer que mão de obra e máquinas apresentam grande potencial para a questão de redu- ção de custos de manutenção, o que caracterizauma grande oportunidade de ganhos imediatos, princi- palmente em épocas escassas de serviços onde há alta competitividade como no mercado atual. Então se trabalharmos a manutenção de forma correta, evitare- mos acidentes no ambiente de trabalho que são preju- diciais para as organizações, acarretando danos como afastamento do trabalhador e custos para auxilio do mesmo. Nos dias de hoje é difícil manter uma boa ma- nutenção, sem ter informações atualizadas sobre ca- dastro de equipamentos, histórico de ocorrências, programação e planejamento de atividades, utilização de mão de obra, cronogramas de paradas, emissão de ordens de serviço e controle de estoque, que auxiliam muito a programação, a execução e o controle da fun- ção manutenção ( CAMPOS; BELHOT, 1994). Informatizar recursos, ou informatizar sistemas ao longo do tempo vem fazendo surgir a necessidade de se inovar e treinar a mão de obra envolvida na ma- nutenção, propondo -se até aplicações de testes indi- viduais para adquirir e identificar as possíveis deficiên- cias existentes em termos dessa mão de obra atuante. Manutenção é o conjunto de atividades e recur- sos aplicados aos sistemas ou equipamentos, visando garantir a consecução de função, dentro de parâme- tros de disponibilidade, de qualidade, de prazos, de custos e vida útil adequado. Segundo a ABNT 1971, define manutenção como sendo o conjunto de todas as ações necessárias para que um item seja conservado ou restaurado de modo a poder permanecer de acordo com condições especificas. Essa associação também define defeito como sendo uma ocorrência no equipamento que não impede seu funcionamento, todavia, podem, curto ou longo prazo, acarretar sua indisponibilidade. E as falhas são definidas como ocorrências que impedem funcionamento do equipamento. https://cartoondealer.com/image/60781438/caveman-using-laptop.html A aplicação da manutenção seja em equipamen- tos, seja em mão de obra, é uma decisão humana, pois trata-se de uma intervenção para tratar uma falha ou evitar um risco. A falha pode significar a perda de fun- ção especifica do equipamento e também se constitui em uma perda física. Para se otimizar os recursos humanos e materiais de um ambiente de trabalho é necessário que se apli- que técnicas e metodologias capazes de auxiliarem no sistema de gestão de manutenção de equipamentos. Gerenciar uma gestão de equipamentos é necessário ações objetivas, desde o nível técnico até o gerencial. 2.1) Surgimento da manutenção: Segundo Bezerra,2008 o ponto de partida para o surgimento da manutenção seria a invenção do reló- gio, o que se deu por volta do século XVI na Europa Central. Com necessidade da assistência técnica para manutenção relógios surgiram os primeiros artesões e ao longo da Revolução Industrial a manutenção evoluiu e se transformou em ciência no decorrer da Segunda guerra mundial. A partir disso surge a en- genharia de manutenção para atender as necessidades das indústrias, que emergiram principalmente na In- glaterra, Alemanha, Itália e Japão. https://cartoondealer.com/image/60781438/caveman-using-laptop.html Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 10 https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quando-inventaram-o-relogio-como- acertaram-as-horas/ Evitar com que os seus equipamentos se desgas- tem, tem forçado as empresas a buscarem melhorias continuas em suas máquinas e equipamentos, evitan- do problemas como atraso de pedidos dos seus clien- tes. Assim então é muito importante que se realize a conservação do maquinário para evitar possíveis que- bras que causariam a parada da linha de produção. Segundo Xenos (2004), o conjunto de métodos e funções gerenciais da manutenção é denominado Sistema de Gerenciamento da Manutenção. Este sis- tema é parte da Gestão da qualidade total, que atua diretamente num dos meios de produção da organi- zação. Utilizando bem os princípios do GQT, é pos- sível atingir metas de melhorias contínua praticando o Kaizen. Este processo de manutenção tornou-se muito complexo devido a grande quantidade de equipamen- tos e complexidade dos mesmos. Por isso na atuali- dade, é necessário fazer uso de algum software para realizar a correta gestão do processo de manutenção. Além disso, é necessário contratar técnicos capazes de realizar os serviços (BOLGENHAGEM; 2011). http://www.nerga.org/informacaocurso.aspx?id=314 2.2) O manual de organização da manuten- ção: A utilização dos manuais tem aumentado bas- tante com a chegada das normas de segurança e quali- dade e ainda surgiu a necessidade de registrar todos os processos de uma empresa. Seria uma forma de documentar os procedi- mentos aceitos, e neles encontramos descrito os mo- dos como as tarefas devem ser desenvolvidas, até mes- mo como devem ser escritas e registradas. Segundo Branco Filho (2008), os manuais registram a filosofia de trabalho da empresa ou de um departamento ou seção. O manual é um documento descrito dentro das organizações, de como a manutenção deve ser orga- nizada, citando qual as estratégias a ser seguidas bem como será a avaliação da mesma. Podemos classificar os manuais em: 1. Manual de treinamentos: Descreve como uma tarefa deve ser desenvolvida, dan- do atenção para o que deve ser realizado; do porque deve se realizar de tal maneira; quando e qual o local que deve ser execu- tado; quem deve executar a tarefa; seria um guia explicando o passo a passo de como executar a tarefa. 2. Manual de procedimentos: Apresenta os modos especiais que devem ser seguidos para um serviço seja executado. 3. Manual de políticas: Demostra qual a po- lítica da empresa para garantir sua perma- nência. 4. Manual técnico: destaca determinado as- sunto ou equipamento. 5. Manual organizacional: escreve sobre a organização de determinada função na em- https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quando-inventaram-o-relogio-como-acertaram-as-horas/ https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quando-inventaram-o-relogio-como-acertaram-as-horas/ http://www.nerga.org/informacaocurso.aspx?id=314 Cláudio Oviedo Realce Cláudio Oviedo Realce 11 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 presa, do funcionário dessa função e suas interações com outras seções. Todos os manuais apresentam vantagens, po- dendo ser direta ou indireta para as organizações, sen- do elas facilmente notáveis: • eliminam duplicações de esforços; • eliminam eventuais sobreposições de res- ponsabilidade na organização. • reduzem o trabalho de papel e formulários. • estabelece mecanismo padronizados de controle para o gerenciamento e redução de custos de treinamento e retreinamento. Com vantagens indiretas temos: • aumento e a melhoria da organização da manutenção. • obtenção de uma base para avaliação da ma- nutenção. • Estabelecimento de referência para orientar o gerenciamento e o pessoal da manutenção e serve como base para uma melhor inte- ração entre executantes e gerenciamento, da qual usualmente resulta maior satisfação para todos. Podemos também encontrar algumas desvanta- gens perante aos manuais, por exemplo a inibição da iniciativa dos colaboradores na introdução de melho- rias e inovações e a necessidade de revisões periódicas necessárias para que os manuais sejam efetivados. Geralmente os manuais são elaborados por ges- tores que dedicam todo seu tempo ao mesmo e com o apoio da autoridade máxima da empresa e das áreas externas envolvidas. O manual deve ser flexível para que possa ocorrer mudanças de melhoria no mesmo e ao mesmo tempo deve ser consistência para poder ser utilizado em unidades decentralizadas e ao longo do estado e país. Segundo Branco Filho (2008), dar um título claro como Manual de organização da manutenção é importante para que este não seja confundido. Por exemplo: se usar somente Manual de manutenção po- deria estar falando de um instrumento ou equipamen- to em particular e ele é para a organização, ou seja, é amplo. Oque deve conter no Manual de organização da manutenção: 1. Prefácio. 2. Apresentação, como qualquer obra – apre- sentação é importante e promove uma pri- meira integração. 3. Objetivos – descreve a que veio e o que de- seja com o manual. 4. A organização – como a manutenção deve estar organizada para atender as necessida- des do cliente. 5. As responsabilidades. 6. A documentação. 7. As estratégias e programas de gerenciamen- to. 8. Métodos de avaliação da manutenção. 9. Políticas de sobressalentes. 10. Interface com outras divisões. 11. Relatórios de atividades. 12. Interação da manutenção. 13. Programas de treinamentos. 14. Programas de melhorias. 15. Programas de contingencias. Após a elaboração deve ser distribuído aos inte- ressados e sempre sendo atualizado, sempre bom tam- bém manter editado em meio eletrônicos, uma vez que diminui - se o seu custo de elaboração, contribui com o meio ambiente através da racionalização do pa- pel e cada colaborador pode acessar via apps, podendo a critério realizar atualizações necessárias estando de acordo com a gerencia. 2.3) Planejamento e controle da manuten- ção: A manutenção como função estratégica das or- ganizações, é responsável direta pela disponibilidade dos ativos, tem importância capital nos resultados da empresa. Esses resultados serão tantos melhores quan- to mais eficaz for a gestão da manutenção (OTANI; MACHADO, 2008). Segundo dados estatísticos da Associação das Empresas Brasileiras de Manutenção (ABRAMAN, 2003), o Brasil tem custo de manutenção por faturamento bruto de 4,3% do PIB (Produto Interno Bruto) contra a média mun- dial de 4,1%, isso significa para um PIB, segundo a Fundação Getúlio Vargas, de US$ 451 bilhões – 19 bilhões são gastos em manutenção. Portanto, esta rea- lidade demonstra que as organizações devem procurar as melhorias contínuas na sua gestão da manutenção, buscando-se incessantemente os conhecimentos ino- vadores e aplicação das melhores práticas da manu- tenção já praticadas nas organizações dos países do primeiro mundo. Branco Filho (2008) apresenta algumas defini- ções importantes que são: a. estratégias – arte de aplicar os meios dispo- Cláudio Oviedo Realce Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 12 níveis com vista à consecução de objetivos específicos; b. planejamento – processo que leva ao estabe- lecimento de um conjunto coordenado de ações visando à consecução de determina- dos objetivos; c. controle – fiscalização exercida sobre ati- vidades de pessoas ou departamentos para que não se desviem de normas preestabele- cidas. Inclui atividades de correção de even- tual desvio; d. planejamento e controle de manutenção – conjunto de ações para preparar, programar, verificar o resultado da execução das tarefas de manutenção contravalores preestabeleci- dos e adotar medidas de correção de desvios para a consecução dos objetivos e missão da empresa, usando os meios disponíveis. É bom ressaltar que as empresas de menores portes empregam muitos trabalhadores que delas re- tiram seus sustentos e de toda sua família, cumprindo um importante papel social, porém a maioria desses trabalhadores não possuem um programa de manu- tenção. Segundo Branco Filho (2008), a decisão de pos- suir um órgão que execute a função PCM dependerá de vários fatores. Completando o que já foi definido, o PCM tem como função preservar o estado funcional de um equipamento ou sistema ou praticar ações que façam voltar à sua funciona- lidade quando acontece algum sinistro, a fim de que cumpra a função para a qual foi adquirido. É necessário haver sempre um responsável pela implementação do conjunto de ações que possa pre- parar, programar e verificar os resultados da realização das tarefas de manutenção. Voltando aos fatores que falamos serem necessá- rios para a função PCM, temos: a. O porte da empresa – mesmo que não seja de praxe ter PCM nas empresas de pequeno porte, Branco Filho (2008) recomenda que seja realizado por uma pessoa que possua outras atribuições, para que todos comecem a perceber a sua importância; e. A organização da empresa – em função de termos organizações com estrutura centrali- zada e outras com estrutura descentralizada, aqui recomenda-se observar o organograma da mesma, sendo que o PCM em cada tipo de empresa deverá ser tratado de maneira diferente, caso contrário, poderá ser onero- so e com resultados incertos; c. A aceitação da existência de uma seção PCM – existem empresas que os funcio- nários trabalham cada um a sua maneira, portanto, é importante mostrar-lhes que quanto melhor forem alocados os recursos, havendo planejamento das tarefas, mais efi- ciente será a empresa; d. A necessidade de melhor acompanhamen- to das atividades de manutenção e controle dos custos – o PCM permite à organização saber por meio do registro, como estão suas máquinas, como poderão estar depois de algum tempo, bem como poderão planejar mão de obra, o que somando gera informa- ções para nivelar a relação custo-benefício. https://engeteles.com.br/pcm-descomplicado/ Para evitarmos fracasso no PCM, é preciso pres- tar atenção em duplicidade de cargos e responsabilida- de, nas descrições sem clareza dos serviços realizados, na falta de qualificação e preparação do planejador. Por outro lado, terá aumento na produtividade nas execuções dos serviços quando sua equipe estiver mo- tivada, quando as tarefas forem bem descritas; quando as peças e materiais estiverem disponíveis para a exe- cução. Um bom planejamento sempre nos proporcio- na tarefas bem executadas em menos tempo, menos desgastes tanta de peças quanto de recursos humanos, por consequência maior produção, mais vendas e en- trada de capital. Curiosidades: https://engeteles.com.br/pcm-descomplicado/ http://www.crvindustrial.com/beneficios-da-manu- tencao-de-maquinas-e-equipamentos/ https://fieldcontrol.com.br/blog/processos/o-que-e- -gestao-manutencao/ https://engeteles.com.br/pcm-descomplicado/ https://engeteles.com.br/pcm-descomplicado/ http://www.crvindustrial.com/beneficios-da-manutencao-de-maquinas-e-equipamentos/ http://www.crvindustrial.com/beneficios-da-manutencao-de-maquinas-e-equipamentos/ https://fieldcontrol.com.br/blog/processos/o-que-e-gestao-manutencao/ https://fieldcontrol.com.br/blog/processos/o-que-e-gestao-manutencao/ 13 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 Prevenção e Controle em Máquinas, Equipamentos e Instalações – Mecânicas Caros(as) Acadêmicos(as), Nesta aula estudaremos como são constituí- dos as máquinas e equipamentos mecânicos e como se comportar diante a segurança dos mesmos. Bons estudos! Aula 2 Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 14 Objetivos de aprendizagem Ao término dessa aula vocês serão capazes de: • como funcionam os equipamentos mecâni- cos. • como funcionam equipamentos pneumáti- cos; • quais ferramentas utilizar para a segurança dos trabalhadores. Seções de estudo SEÇÃO 1 - Motores, bombas, veículos industriais, equipamentos de guindar e transportar, ferramentas manuais, motorizadas, pneumáticas: SEÇÃO 2 - Equipamentos de processos industriais, área de utilidades, Sistemas e equipamentos de prote- ção coletiva e individual: SEÇÃO 1 - MOTORES, BOMBAS, VE- ÍCULOS INDUSTRIAIS, EQUIPAMENTOS DE GUINDAR E TRANSPORTAR, FER- RAMENTAS MANUAIS, MOTORIZADAS, PNEUMÁTICAS: Os movimentos das máquinas são gerados atra- vés de rotações, deslizamentos e movimentos repe- titivos ou recíprocos. Os movimentos podem gerar alguns danos ou até mesmo ferimentos ao trabalha- dor, através de enroscamento, aprisionamento, esma- gamento, arrastamento, fricção, cortes, cisalhamento, perfuração, etc. Devemos levar em conta que certos tipos de máquinas e componentes específicos podem causar um ou mais tipos de danos, e também levar trabalhadores a óbito. Os principais riscos de acidentes em equipa- mentos mecânicos são: a. identificaçãodos riscos; b. eliminação ou redução dos riscos através de projetos específicos; c. uso de proteções de segurança; d. uso de práticas seguras de operação. Motores são máquinas que transformam a ener- gia mecânica em outro tipo de energia. Podendo ser classificados em dois grupos: a. De combustão interna b. Elétricos. Temos então que os motores de combustão in- terna, a transformação de energia calorifica resultante da queima do combustível realizada no interior de um órgão da máquina, o cilindro. Podendo ser a gás, óleos pesados, a gasolina, a diesel ou a álcool. Sabemos também que os motores de combustão interna são baseados nos princípios de que os gases se expandem quando sua temperatura é elevada. Quan- do controlamos essa expansão dos gases obtemos o que chamamos de pressão, que será utilizado para movimentar alguma peça da máquina, tendo assim a transformação da energia calorifica em energia mecâ- nica. Podemos observar que geralmente os motores de pequeno porte há combustam podem ser aciona- dos por uma simples cordinha, onde damos a sua par- tida, como por exemplo os motores de popa ou para bombas. Já os motores de grande porte são acionados através de manivelas ou auxilio de motor elétrico. Es- ses motores podem apresentar uma serie de riscos du- rante sua utilização, como riscos mecânicos; riscos de incêndio; riscos de intoxicação; riscos de ruído; calor. Devem-se tomar as seguintes precauções com o uso dos motores de combustão interna, que nada mais são do que regras de segurança: • instalá-los em cabine apropriada fora do ambiente de trabalho, com boa ventilação; • o sistema de saída de gases deve possuir si- lenciador, o tubo de escape deve conduzir os gases para fora do ambiente e acima das edificações e deve ser devidamente protegi- do, a fim de evitar queimaduras por eventu- al contato pelo operador; • precaver-se contra o risco de contragolpe, quando o acionamento for a manivela; • o sistema de transmissão de força deve pos- suir um conjunto de embreagens; • a partida deve ser dada sempre com o motor desengrenado; • deve-se manter perfeita manutenção peri- ódica, com regulagem correta de mistura ar-combustível, verificação do sistema de arrefecimento, lubrificação, etc. • o tanque de combustível deve ser instalado de maneira que não fique próximo à saída dos gases, fiação ou chave elétrica; • as partes girantes, que podem oferecer riscos (hélices, cremalheira e acoplamento para transmissão de força, eixos, etc.) devem ser devidamente protegidas; • deve-se fazer inspeção periódica da bateria, cuidando-se dos riscos provenientes dos produtos químicos; 15 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 • devem-se usar protetores auriculares quan- do os motores estiverem em operação. Bombas são conhecidas como máquinas hi- dráulicas capazes de realizar a movimentação de um liquido por escoamento. Tendo função de transformar o trabalho mecânico que recebe para seu funciona- mento em energia, que movimentam os líquidos na forma de pressão e cinética. É necessário que as bombas e todos os seus aces- sórios garantam um funcionamento perfeito, seja por motivos de rendimento ou de segurança. Nos casos de más vedações, fugas e vazamentos devem ser pronta- mente visualizados. As bombas devem estar instala- das em locais adequados, estes sendo amplos e bem ventilados. Aconselha-se que as tubulações de vedação e respectivas válvulas sejam colocadas em cubículos fora da sala de bombas evitando assim a ocorrência de eventuais vazamentos no local. Muitas vezes sepa- ramos os motores elétricos das bombas por meio de anteparos adequados. Aconselha-se colocar a bomba e o seu respectivo motor a uma altura mínima de 30 centímetros do piso facilitando limpeza e manutenção do mesmo. Também deve-se instalar drenos. Os vazamentos podem ocasionar quedas de pes- soas. Em qualquer circunstância, os colaboradores de- vem utilizar sapatos antiderrapantes. Não é aconselhável a utilização de bombas de alta pressão e velocidades para o deslocamento de pro- dutos de baixa viscosidade, evitando problemas e ele- tricidade estática. É indispensável o uso de aterramento de bom- bas, motores e tubulação. As áreas de operações devem permanecer sem- pre limpas de modo a facilitar a manutenção, monta- gens, reparos das bombas. Todo espaço deve ser cal- culado e dimensionado de acordo com o tamanho da bomba, facilitando assim manobras manuais com o auxílio de meios mecânicos. A alta temperatura atingida pelo fluido devido ao desprendimento do calor torna-se um risco de alta intensidade. Esse fenômeno pode ser ainda pior em lugares confinados devido pouca ventilação e muita umidade. Tendo então como medida preventiva a adequação de ventilação dos locais através de tubos. Os trabalhadores devem estar equipados de vestimentas leves e adequados ao entrarem na sala de operação, devido ao problema de sobrecarga térmi- ca existentes nestes locais; é recomendado distribuir pastilhas de cloreto de sódio ou bebida aromatizada à base de sal. Nas salas de bombeamento de petróleo bruto, por exemplo, o nível de ruído proveniente de bom- bas de grande potência é elevado. As consequências são bem conhecidas. O completo isolamento acústico dessas salas é possível, se durante a fase de projetos e execução forem previstas formas e dimensões ade- quadas para o local e o emprego de coberturas e re- vestimentos acústicos (absorventes); em locais onde os equipamentos já estão instalados, podemos recorrer à insonorização localizada dos motores com sistema de enclausuramento. Para a proteção individual dos tra- balhadores, devemos utilizar protetores auriculares. Segundo a NR 11, os equipamentos utilizados na movimentação de materiais, tais como ascensores, elevadores de carga, guindastes, monta-cargas, pontes rolantes, talhas, empilhadeiras, guinchos, esteiras- -rolantes, transportadores de diferentes tipos, serão calculados e construídos de maneira que ofereçam as necessárias garantias de resistência e segurança e con- servados em perfeitas condições de trabalho. Toda ferramenta a ser utilizada deve ser apro- priada ao uso a que se destinam e devem estar em per- feito estado de conservação sendo proibido a utiliza- ção das que não atendem as exigências. Dentre as ferramentas motorizadas temos roça- deiras, motosserras, bi trituradores e um dos cuidados básicos ao utilizá-las é evitar o contato com superfícies de aparelhos aterrados tais como canos, radiadores, fo- gões e geladeiras. O risco de choque aumenta se o seu corpo for ligado à terra. Não expor motorizadas à chuva ou con- dições molhadas, visto que o risco de choque elétrico aumenta se entrar água na ferramenta motorizada. As ferramentas pneumáticas são aquelas que são movidas a ar comprimido, incluindo amortecedores, moedores, pistolas de pregos e de grampos, britadei- ras, brocas, pistolas de rebite, lixadeiras, chaves e pica- deiras automáticas. Sabemos que todas ferramentas pneumáticas utilizam compressores de ar. Devemos utilizar man- gueiras e acessórios adequados conectando uma fer- ramenta pneumática ao seu compressor. Mangueiras essas que devem resistir aos desgastes e falhas devido constantes flexões, usadas apenas para reduzir o risco de acidentes. Os Epi`s de segurança devem sempre serem uti- lizados em situações adequados em quanto estiverem operando as ferramentas pneumáticas. Sempre bom manter os equipamentos limpos e em perfeito estado para operação, equipamentos pneumáticos devem ser operados apenas por pessoas treinadas e portadoras de certificados. Seguem-se algumas medidas necessárias à pre- Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 16 venção de acidentes: Arrumar cuidadosamente as ferramentas em painéis apropriados, sem acumular sobre a bancada, nem espalhadas pelo chão. Vistoriar regularmente as ferramentas, antes do início do trabalho; escolher e usar as adequadas e encaminhá-laspara manutenção, sempre que necessário. Transportá-las em local ade- quado e tomar cuidados especiais com aquelas pon- tiagudas; As ferramentas deverão ter cabos corretos, com encaixes justos, de tamanho apropriado e livre de las- cas, mantidas afiadas aquelas necessárias, pois quando as lâminas estão gastas (rombudas), requerem pressão excessiva e “marteladas” para funcionarem; movimen- te a lâmina, sempre, em direção oposta ao corpo hu- mano; A chave de fenda é, das ferramentas manuais caseiras ou de oficina, a que mais se apresenta como causas de acidentes, devido à sua manutenção inade- quada; na sua afiação, por exemplo, deve-se usar uma lima, ao invés do rebolo de esmeril; Compressores Compressores são equipamentos utilizados para aumentar a pressão de um fluido no estado gasoso. Existem três tipos de compressores: Roots, para- fuso duplo e centrífugo. A principal diferença está em como eles jogam o ar para dentro do coletor de admis- são do motor. Os compressores Roots e de parafuso duplo utilizam tipos diferentes de lóbulos entrelaça- dos, e o compressor centrífugo utiliza um rotor para aspirar o ar. Embora todos esses modelos forneçam ar sob pressão, eles diferem consideravelmente com relação à sua eficiência. Dentre as recomendações para seu uso correto e prevenção de acidentes estão a não ultrapassagem da pressão máxima indicada e não alteração da regula- gem da válvula de segurança. Soldagem e corte Este tipo de serviço só pode ser executado por pessoas treinadas e portadores de certificados. Quan- do executado serviços com materiais como zinco e chumbo recomenda-se que o local possua ventilação com exaustores. O manuseio dos serviços com eletrodos deve utilizar isolamento adequados à corrente utilizada, evitando o risco de choques no operador. As mangueiras devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas na saída do cilindro e chegada do maçarico. É proibida a presença de subs- tâncias inflamáveis e/ou explosivas próximo às garra- fas de O2 (oxigênio). Os equipamentos de soldagem elétrica devem ser aterrados. Os fios condutores dos equipamentos, as pinças ou os alicates de soldagem devem ser mantidos longe de locais com óleo, graxa ou umidade, e devem ser deixados em descanso sobre superfícies isolantes (NR 18). SEÇÃO 2 - EQUIPAMENTOS DE PRO- CESSOS INDUSTRIAIS, ÁREA DE UTILI- DADES, SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO COLETIVA E INDIVIDU- AL: Os materiais utilizados para produção devem ser demarcados em áreas especificas de armazenamen- to, corretamente com faixas indicadas, com cores con- forme especificações das normas oficiais. Toda área de operação deve ser adequada ao seu tipo, devendo prevenir acidentes e doenças relaciona- das ao trabalho. Devemos considerar a distância mínima entre as máquinas, em conformidades com suas característi- cas perante a norma, garantindo a segurança dos cola- boradores durante o trabalho. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas e equipamentos e das áreas de circulação devem: a. ser mantidos limpos e livres de objetos, fer- ramentas e quaisquer materiais que ofere- çam riscos de acidentes; b. ter características de modo a prevenir riscos provenientes de graxas, óleos e outras subs- tâncias e materiais que os tornem escorre- gadios; e, c. ser nivelados e resistentes às cargas a que es- tão sujeitos. As ferramentas utilizadas no processo produtivo devem ser organizadas e armazenadas ou dispostas em locais específicos para essa finalidade. As máquinas estacionárias devem possuir me- didas preventivas quanto à sua estabilidade, de modo que não basculem e não se desloquem intempestiva- mente por vibrações, choques, forças externas previ- síveis, forças dinâmicas internas ou qualquer outro motivo acidental. Projeto de proteção de máquinas 17 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 Todos os equipamentos possuem partes moveis que podem apresentar riscos de lesões, onde devem dispor de proteções que impeça o contato do traba- lhador. Proteção fixa – que é mantida em sua posição permanentemente, por meio de solda ou fixadores, tornando sua remoção ou abertura impossível, sem ouso de ferramentas; Proteção distante – que não cobre completa- mente a zona de perigo, mas que impede ou reduz o acesso, em razão de suas dimensões e sua distância à zona de perigo, como grades de proteção; Proteção móvel – que é geralmente vinculada à estrutura da máquina ou elemento de fixação adjacen- te, por meios mecânicos (basculante ou deslizante) e pode ser aberta sem o auxílio de ferramentas; Proteção acionada por energia – uma proteção móvel, acionada por uma fonte de energia, como a elétrica; Proteção com autofechamento – uma proteção móvel, que retorna à sua posição fechada por meio de gravidade, mola, etc.; Proteção de comando – que é associada a um dispositivo de intertravamento, com ou sem bloqueio, de tal forma que as funções perigosas da máquina, co- bertas por essa proteção, não podem operar, até que a proteção seja fechada; Proteção ajustável – que pode ser fixa ou mó- vel, mas totalmente ajustável ou que incorpora parte ajustável. Cor, sinalização rotulagem Segundo a NR – 26 - Sinalização de Segurança, as cores na segurança têm como função, a prevenção de Acidentes; identificar os equipamentos de seguran- ça; delimitando áreas; identificação de Tubulações de líquidos e gases advertindo contra riscos; identificar e advertir acerca dos riscos existentes. As cores devem ser em número reduzido e cada uma tem uma função (vide NR 26). Elas são: vermelho; amarelo; branco; preto; azul; verde; laranja; púrpura; lilás; cinza; alumí- nio; marrom. A armazenagem de produtos perigosos deve se- guir a sinalização de normas internacionais. Manutenção mecânica e engenharia de segu- rança É necessário: Tomar as devidas providências, mediante as ir- regularidades do equipamento, levantadas pelo Anexo I – Formulário de Avaliação de Máquinas e Equipa- mentos – NR 12; Efetuar o bloqueio e sinalização da máquina quando da execução de serviços de manutenção com o cartão “Equipamentos em Manutenção – Não Acio- ne” fixado em local adequado; Liberar máquinas e equipamentos para opera- ção somente na condição de não oferecer riscos; Recolocar e reativar as proteções eventualmente removidas para realização de serviços de manutenção; Certificar-se, após a retirada do cartão pelo fun- cionário da manutenção, que a máquina oferece con- dições seguras de uso; Elaborar e cumprir cronograma de manutenção preventiva para todas as máquinas; Solicitar avaliação dos Técnicos de Segurança em máquinas novas, transferidas ou reformadas para o processo produtivo; Efetuar projetos, aquisições ou reformas de má- quinas/equipamentos, considerando e definindo os dispositivos de proteção necessários para a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, normas vigentes e demais itens desta norma; Solicitar assessoria do setor de Segurança Indus- trial, quando do projeto de aquisição, construção ou reforma de máquinas; Exigir, quando da aquisição de máquinas, que o fabricante forneça todas as informações inerentes à operação segura do equipamento. Normas Regulamentadoras Dentre todas as normas voltadas para prevenção Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 18 e controle em máquinas, equipamentos e instalações mecânicas, devemos atentar principalmente para as seguintes: NR 06 – Equipamentos de proteção indi- vidual. NR 09 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. NR 11 – Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de Materiais. NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamen- tos. NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho de Construção. NR 26 – Sinalização de Segurança. Minhas anotações 19 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 Prevenção e Controle em Máquinas, Equipamentos e Instalações Elétricas Caros(as) Acadêmicos(as), Nestaaula estudaremos como são constituí- dos as máquinas e equipamentos elétricas e como se comportar diante a segurança dos mesmos. Bons estudos! Aula 3 Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 20 Objetivos de aprendizagem Ao término dessa aula vocês serão capazes de: • como funcionam os equipamentos elétri- cos. • norma regulamentadora; • quais ferramentas utilizar para a segurança dos trabalhadores. Seções de estudo SEÇÃO 1 - Prevenção e controle em máquinas, equi- pamentos e instalações – elétricas. SEÇÃO 2 - Medidas e equipamentos de proteção. SEÇÃO 1 - PREVENÇÃO E CONTRO- LE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – ELÉTRICAS. Cabines de transformações, aterramentos elétri- cos e para-raios. Choque elétrico é a transição de uma corrente através do corpo humano, que é utilizado como con- dutor. Podendo causar danos como sustos, queimadu- ras, parada cardíacas ou até mesmo o óbito de pessoas. Os efeitos causados pelo choque são associados a tensão, então o certo a se afirmar que depende da intensidade da corrente elétrica que atravessa o corpo de pessoa e também o caminho a ser percorrido pela corrente. Podemos afirmar então que quanto maior a tensão, maior a chance da pessoa sofrer danos físicos. Sabemos que o aumento de uma corrente é proporcio- nal ao da tensão, e o inverso em relação a resistência elétrica. No brasil, tensões menores que 50v em corren- tes alternadas e 120v em corrente continuas são con- sideradas inofensivas. Tensões maiores que 50 V e me- nores que 1000 V em corrente alternada e entre 120 V e 1500 V em corrente contínua são chamadas de bai- xa tensão (BT), enquanto tensões de valores iguais ou maiores a 1000 V em corrente alternada e 1500 V em corrente contínua são chamadas de alta tensão (AT). Assim, pessoas que sofrem um choque elétrico em AT têm uma probabilidade maior de morrer ou fi- car com sequelas graves do que uma pessoa que sofreu um choque em BT. Interrompa imediatamente o contato da vítima com a corrente elétrica: • desligue o interruptor ou chave elétrica; • afaste o fio ou condutor elétrico com um material não condutor bem seco, pedaço de pau, cabo de vassoura, pano grosso; • puxe a vítima pelo pé ou pela mão, se não estiver com trauma de coluna ou TCE, sem lhe a tocar a pele, usando material não con- dutor. • observação.: pise no chão seco, se não esti- ver com botas de borracha. Aplique os procedimentos de Suporte Básico de Vida. Inicie a respiração de socorro, no caso de parada respiratória ou cardíaca. Após certificar-se da normalização da respiração e dos batimentos cardíacos mantenha-se alerta, para reiniciar o socorro, se a vítima continuar inconsciente. Imobilize os locais da fratura se houver. Proteja as áreas de queimadura. Controle o estado de choque. Transporte a vítima para o hospital, o quanto antes, mantendo a respiração e massagem cardíaca se necessário. Ao atender uma vítima de choque elétrico é necessário cuidar para não ficar na mesma situação: deve-se desligar a energia elétrica antes, ou usar algu- ma forma de isolamento elétrico, como algo feito de borracha, por exemplo. Estando a vítima fora de uma área eletrificada, observa-se se existe algum objeto obstruindo a passa- gem do ar pela boca ou nariz (próteses dentárias, ali- mentos, etc) que devem imediatamente ser retirados. Verifique se a vítima está respirando e procure ajuda médica o mais rápido possível. As queimaduras elétricas geralmente são mais graves do que aparentam, mesmo aquelas em que o paciente procura ajuda especializada pessoalmente. O corpo, no choque elétrico, serve como con- dutor da energia e ao mesmo tempo de resistência elé- trica, causando os danos ao organismo. Diferentes graus de lesões externas visíveis po- dem cursar com rabdomiólise, uma necrose muscular profunda causada pela passagem da corrente elétrica. A rabdomiólise libera das células musculares uma proteína chamada mioglobina, que entra na cir- culação sanguínea. A mioglobina deposita-se nos glomérulos renais (porção do rim responsável pela filtração do sangue e produção da urina), obstruindo a passagem do sangue e causando insuficiência renal aguda. Se a urina for de cor escura deve-se pensar em 21 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 mioglobinúria (saída da proteína mioglobina pela uri- na), que denota a gravidade da lesão interna. O médico deverá instalar uma linha venosa para hidratação em um membro (perna, braço) não atingi- do (não é recomendável utilizar o membro atingido até que se tenha uma avaliação completa da lesão). É recomendável a passagem de uma sonda vesi- cal para monitorar a urina, ao mesmo tempo que ela é estimulada pela hidratação venosa agressiva com soro fisiológico visando proteger o rim, mantendo uma diurese de pelo menos 100 ml por hora. Manutenção Elétrica Preventiva A manutenção preventiva tem como objetivo reduzir ao máximo as probabilidades de falha nos sis- temas elétricos da empresa. É um tipo de intervenção planejada, na qual os profissionais fazem uma inspeção geral, os ajustes ne- cessários, promovem a conservação de máquinas e ins- talações elétricas, corrigem possíveis problemas, antes que eles provoquem danos mais extensos e paradas na produção. Vantagens da manutenção elétrica preventiva Economia de tempo e recursos A implantação de um programa eficaz de ma- nutenção elétrica preventiva inclui o agendamento de inspeções de rotina e diagnóstico de equipamentos, garantindo que os sistemas elétricos da indústria se- jam constantemente avaliados. Assim, problemas mais simples e aparente- mente irrelevantes são detectados com antecedência, evitando trocas de peças de reposição caras e paradas inesperadas nas linhas de produção. Segurança no ambiente de trabalho Com a manutenção em dia, as empresas con- seguem diminuir o risco de incêndios nas instalações elétricas, choques em fios desencapados ou por conta- to indireto, além de curto-circuito em motores e equi- pamentos de potência, proporcionando um ambiente de trabalho bem mais seguro para seus colaboradores. Maior confiabilidade dos sistemas elétricos A manutenção elétrica preventiva é a melhor forma de elevar a confiabilidade dos equipamentos e sistemas elétricos de uma indústria. Além disso, todas as intervenções necessárias para inspeção e correções são previamente agendadas e não interferem na pro- dutividade da empresa. Essa ação reduz bastante a possibilidade de fa- lhas e interrupções, já que as inconformidades detec- tadas são corrigidas antes de provocarem problemas maiores e contribuem para que não ocorram atrasos nas entregas dos produtos, garantindo a confiabilida- de de sua entrega dentro do prazo acordado com o cliente. Segurança Patrimonial Quando a indústria adota um programa de ma- nutenção com foco na prevenção, contribui significa- tivamente para a redução de problemas em instalações elétricas, transformadores, linhas de produção, moto- res, entre outros equipamentos que podem sofrer com sobreaquecimento, o que pode provocar incêndios. Além da avaria dos próprios equipamentos afe- tados, o fogo pode destruir completamente o local de trabalho, trazendo enormes prejuízos para a indústria e seus colaboradores. Portanto, investir em um programa preventivo de manutenção é a garantia de manter não só a segu- rança patrimonial como também dos funcionários da empresa. Conheça outros tipos de Manutenção Elétrica Manutenção Elétrica Preditiva É o tipo de manutenção que determina as con- dições de funcionamento dos sistemas elétricos, de acordo com o levantamento de dados sobre o desgaste e as condições de operação das máquinas/equipamen- tos. A manutenção preditiva pode ser equiparada a uma inspeção detalhada, para acompanhar as reais condições dos sistemas elétricos da empresa, que tem os principais objetivos: • Reduzir o risco de falhas; • Impedir a extensão de problemas detecta- dos durante ainspeção; • Aumentar a vida útil de equipamentos e componentes; • Elevar o grau de desempenho das máquinas e linhas de produção; • Analisar e predizer a necessidade de manu- tenção de máquinas e peças. Manutenção Elétrica Corretiva A manutenção corretiva só é acionada quando o defeito já aconteceu, exigindo a substituição de com- ponentes e equipamentos que levaram à falha ou pane no sistema elétrico da empresa. Nesse caso, todos os reparos necessários são exe- cutados sem nenhum planejamento prévio e em cará- ter emergencial. Os custos com o conserto de equipa- Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 22 mentos, substituição de peças e com horas extras da equipe de manutenção são mais altos. Além disso, as intervenções de emergência pro- vocam a parada de uma linha de produção ou de um escritório, implicando em perdas e atraso na entrega de produtos, provocando prejuízos. Prevenir é a melhor opção Portanto, percebe-se que a manutenção elétrica preventiva é, de longe, a modalidade mais indicada para as indústrias, pois evita surpresas desagradáveis, possíveis acidentes e custos extras para as empresas com reparos emergenciais. SEÇÃO 2 - MEDIDAS E EQUIPAMEN- TOS DE PROTEÇÃO. Em todos os serviços a serem executados é obri- gatório a utilização de equipamentos de proteção, tan- to coletivos como os individuais. Sempre bom priorizar as medidas de proteção coletivas, como exemplos temos isolação das partes vi- vas, obstáculos, barreiras, sinalização, sistemas de sec- cionamentos automáticos e bloqueio de religamento automático. A execução de aterramentos elétricos deve ser executada conforme previsto na legislação, caso não aja atender normas internacionais. Quando as proteções individuais não atender ao local onde está sendo realizada manutenção ou traba- lhos com equipamentos elétricos devem ser utilizados equipamentos de proteção individuais que atendem o disposto na NR-6. As roupas ou vestimentas como conhecidas de- vem ser adequadas ao trabalho a ser executado, deven- do suprir a inflamabilidade e influencias eletromag- néticas. É proibido a utilização de objetos pessoais no trabalho com instalações elétricas. Legislação e normas relativas. Encontramos na NR 10, os requisitos e condi- ções mínimas objetivando a implementação de me- didas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalações elé- tricas e serviços com eletricidade. Dentre elas temos medidas de controle, medidas de proteção coletiva, medidas de proteção individual, segurança em proje- tos, segurança na construção, montagem, operação e manutenção. A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) dispõe várias outras normas, dentre elas: • NBR IEC 61643-1 - Dispositivos de pro- teção contra surtos em baixa tensão - Parte 1: Dispositivos de proteção conectados a sistemas de distribuição de energia de baixa tensão - Requisitos de desempenho e méto- dos de ensaio; • NBR 60335-2-76 - Aparelhos eletrodomés- ticos e aparelhos elétricos similares - Segu- rança - Parte 2-76: Requisitos específicos para eletrificadores de cerca. As normas estão classificadas para condutores, proteção simples e de sistemas, para instalações elétri- cas de baixa e alta tensão, iluminação, equipamentos e segurança. Sugere-se uma vista ao link abaixo onde todas elas estão disponíveis de maneira simples e con- cisa. http://www.miomega.com.br/miomega/html/ normas/nbr/ NR 10 – SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E SERVIÇOS EM ELETRICIDADE A NR 10 dispõe sobre as diretrizes básicas para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos, destinados a garantir a segurança e a saú- de dos trabalhadores que direta ou indiretamente in- http://www.miomega.com.br/miomega/html/normas/nbr/ http://www.miomega.com.br/miomega/html/normas/nbr/ 23 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 terajam em instalações elétricas e serviços com eletri- cidade nas fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elé- tricas, e quaisquer trabalhos realizados nas suas proxi- midades. Tem foco na gestão de segurança e saúde em instalações e serviços com energia elétrica e nas res- ponsabilidades dos envolvidos no processo desde a produção até ao consumo. Dentre os principais avanços e impactos da Nova NR-10, temos: • Ampliação no campo de aplicação da Nor- ma; • Integração das medidas de segurança e saú- de; • Complementação com Normas técnicas oficiais; • Documentação das instalações elétricas; • Critérios de aplicabilidade da Norma; • Qualificação, habilitação, capacitação, trei- namento e autorização dos trabalhadores; • Procedimentos com instruções de seguran- ça; • Direito de recusa; • Responsabilidades solidárias; • Aplicação do instituto de embargo e inter- dição pelo MTE (AMÂNCIO, 2006). A nova NR-10 publicada no DOU de 08 de dezembro de 2004, altera a NR-10 aprovada pela Por- taria nº 3214/78, promovendo sua atualização frente às necessidades provocadas pelas mudanças introduzi- das no setor elétrico e nas atividades com eletricidade, especialmente quanto à nova organização do trabalho, à introdução de novas tecnologias e materiais, à glo- balização e, principalmente, pela responsabilidade do Ministério do Trabalho e Emprego em promover a re- dução de acidentes envolvendo esse agente de elevado risco – ENERGIA ELÉTRICA Minhas anotações Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 24 Minhas anotações 25 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 Prevenção e Controle em Máquinas, Equipamentos e Instalações na Contrução Civil, Fornos e Caldeiras e Tipos de Manutenção Caros(as) Acadêmicos(as), Nesta aula estudaremos como são constituí- dos as máquinas e equipamentos na construção ci- vil, além de manutenção e instalações em caldeiras. Também abordaremos os tipos de manutenção a ser utilizado. Bons estudos! Aula 4 Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 26 Objetivos de aprendizagem Ao término dessa aula vocês serão capazes de: • sistema de segurança de equipamentos na construção civil. • manutenção e instalações de caldeiras; • tipos de manutenção. Seções de estudo SEÇÃO 1 - Prevenção e controle em máquinas, equi- pamentos e instalações – na construção civil e instala- ções e seguranças em fornos e caldeiras. SEÇÃO 2 - Tipos de manutenção. SEÇÃO 1 - PREVENÇÃO E CONTRO- LE EM MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS E INSTALAÇÕES – NA CONSTRUÇÃO CI- VIL E INSTALAÇÕES E SEGURANÇAS EM FORNOS E CALDEIRAS. Consideram-se atividades da Indústria da Cons- trução as constantes do Quadro I letra “F” da NR-04. Toda obra ao seu início deve constar o aviso ou comunicação prévia ao órgão competente de seguran- ça do trabalho da região. Treinamentos Admissional (18.28.1 e 18.28.2 e alíneas)- para todos os trabalhadores. • Carga horária mínima de 6 horas; • Antes do trabalhador iniciar suas atividades; • Ministrado dentro do horário de trabalho. Operadores (betoneira, serra circular, serra po- licorte, maquita, corte de bloco, martelete, etc.). • Deve receber treinamento específico. Operadores de guincho de coluna, elevadores tracionados a cabo (passageiros, materiais ou misto) e cremalheira. • Deve ter ensino fundamental completo e receber qualificação e treinamento espe- cífico no equipamento, com carga horária mínima de 16 horas (18.14.2.1), com atu- alização anual de 4 horas. Port. 296/2011 – respeitar o direito adquirido (18.14.2.1.1) Operadores de grua (carga horária definida pelo fabricante) Amarrador/Sinaleiro (8horas) • Deve ser qualificado de acordo com o item 18.37.5 e alíneas e treinado com carga horá- ria mínima definida pelo fabricante (Anexo III- plano de cargas para gruas). Eletricistas e ajudantes deeletricista. • Deve ser qualificado (10.8.1) com treina- mento estabelecido no Anexo II da • NR-10- Curso Básico- carga horária de 40 horas. O empregador deverá emitir um certificado de treinamento formalizado: • NOME DO TRABALHADOR – FUN- ÇÃO – CARGA HORÁRIA - PERÍODO PROFISSIONAL - LISTA DE PRESEN- ÇA – ESCAVAÇÕES, FUNDAÇÕES E DESMON- TES DE ROCHAS • Garantir a estabilidade de taludes das esca- vações com profundidade superior a 1,25m (18.6.5) durante a execução das contenções definitivas; obrigatório o uso de escada para saída de emergência(18.6.7); • Taludes com altura superior a 1,75m devem ter estabilidade garantida (18.6.9); • Levar em consideração as seguintes caracte- rísticas do solo para garantir a estabilidade: tipo de solo, ângulo de atrito, coesão, umi- dade, possíveis sobrecargas, altura e inclina- ção do talude, etc; • Os serviços de escavação, fundação e des- monte de rocha devem ser acompanhados por responsável técnico legalmente habi- litado (18.6.3), no caso o engenheiro res- ponsável técnico pela execução da obra ou especialista em geotécnica ou o Blaster (des- monte de rocha); • Os acessos de trabalhadores, veículos e equipamentos às áreas de escavação devem ter sinalização de advertência permanente (18.6.12). • Escavações de tubulões a céu aberto e aber- tura de base: • Estudo geotécnico obrigatório para profun- didade superior a 3,0m (18.6.23.1); • Encamisamento fica a critério do enge- nheiro especializado em fundações ou solo 27 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 (18.6.21); • Equipamento de descida e subida de ma- teriais e trabalhadores deve ser dotado de sistema de segurança com travamento (18.6.22); • Aplicar :NR-33 , item 18.20 da NR-18, NR-35; • Segurança de escavação a céu aberto (NBR- 9061/85, da ABNT). RISCOS COMUNS Pode ocasionar ruptura/colapso ou desprendi- mento de solo e fragmentos de rochas devido a: • Operação de máquinas; • Sobrecargas nas bordas dos taludes; • Execução de talude inadequado; • Aumento da umidade do solo; • Falta de estabelecimento de fluxo, sinaliza- ção e isolamento físico (cerquites) de veícu- los, máquinas, equipamentos e trânsito de trabalhadores; • Vibrações na obra e adjacências; • Realização de escavações abaixo do lençol freático; • Realização de trabalhos de escavações sob condições meteorológicas adversas; • Interferência de cabos elétricos, cabos de telefone e de redes de água potável e de sis- tema de esgoto; • Obstrução de vias públicas; • Recalque e bombeamento de lençóis freá- ticos; • Falta de espaço suficiente para a operação e movimentação de máquinas. MEDIDAS DE PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS DE ALTURA • Instalar proteção coletiva contra queda (18.13.1); • Aberturas no piso (18.13.2); • Aberturas no ponto de entrada e saída de materiais (18.13.2.1); • Aberturas nos vãos de acesso ás caixas do elevador definitivo com fechamento(veda- ção) até uma altura de 1,20m (18.13.3); • Periferia protegida antes da concretagem da laje (18.13.4) - • Guarda-corpos e rodapés (18.13.5 e alíne- as): rodapés = 0,20m > travessão intermediário= 0,70m > travessão superior = 1,20m > tela entre os vãos – resistência • Plataforma Principal de Proteção (18.13.6), com dimensões mínimas de 2,50m de pro- jeção horizontal e complemento de 0,80m de extensão, com inclinação de 45°, na pri- meira laje (18.13.6.1); ou Instalação na pri- meira laje do corpo recuado (18.13.10); • Plataforma Secundária de Proteção de 3 em 3 lajes (18.13.7), com dimensões mí- nimas de 1,40m de projeção horizontal e complemento de 0,80m de extensão a 45° (18.13.7.1); • Plataformas Terciárias – 2 em 2 lajes abaixo da Plataforma Principal – 2,20m de pro- jeção horizontal e 0,80m a 45° (18.13.8) . Redes de segurança, como medida alterna- tiva ao uso de plataformas secundárias de proteção (18.13.21.1). As aberturas, em caso de serem utilizadas para o transporte vertical de materiais e equipamentos, de- vem ser protegidas por guarda-corpo fixo, no ponto de entrada e saída de material, e por sistema de fecha- mento do tipo cancela ou similar. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores de- vem ter fechamento provisório de, no mínimo, 1,20m (um metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente e seguramente fixado à estrutu- ra, até a colocação definitiva das portas. AS INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS NÃO DEVEM SER PRECÁRIAS, DEVEM SER PROJE- TADAS PARA SUA FINALIDADE Execução e manutenção por trabalhador quali- ficado (18.21.1); • Partes vivas(energizadas) expostas dotadas de proteção (18.21.3); • ircuitos elétricos devem ser protegidos con- tra impactos mecânicos, umidade e agentes corrosivos (18.21.6); • Estruturas e carcaças dos equipamentos de- vem ser aterradas eletricamente (18.21.16); • Quadro geral de distribuição de energia mantido trancado e com identificação dos circuitos (18.21.18); • Máquinas e equipamentos somente ligados por intermédio do conjunto plugue e toma- da (18.21.20). • Dimensionamento dos andaimes por pro- Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 28 fissional legalmente habilitado (18.15.1); • Projetos dos andaimes do tipo fachadeiro, suspensos e em balanço devem ser acompa- nhados pela ART (18.15.1.1); • Somente empresas regularmente inscritas no CREA (18.15.2.1); • Montagens e desmontagens: trabalhadores qualificados e receber treinamento específi- co (18.15.2.7 “a”), portar crachá de identifi- cação e qualificação (18.15.2.7 “d”); • Piso de trabalho forração completa e fixação especificada (18.15.3); • Andaimes dispor de sistema guarda corpo e rodapé (18.15.6); • O acesso dos andaimes deve ser feito de ma- neira segura (18.15.9); • Os andaimes fachadeiros devem dispor de tela de material que apresente resistência mecânica condizente com os trabalhos e que impeça a queda de objetos (18.15.25); SERVIÇOS EM TELHADOS E COBERTU- RAS • 18.18.1 Para trabalho em telhados e co- berturas devem ser utilizados dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado e que permitam a movimentação segura dos trabalhadores. • Obrigatória instalação do cabo-guia para fixação do cinto de segurança com 2 tala- bartes (18.18.1.1); • Sinalização e isolamento físico sem a área de trabalho (18.18.2); • Emissão de Ordem de Serviço ou Permissão para o Trabalho (18.18.5). • Acesso seguro – escadas (18.12) 18.4.1 Os canteiros de obras devem dispor de: a. instalações sanitárias; b. vestiário; c. alojamento; d. local de refeições; e. cozinha, quando houver preparo de refei- ções; f. lavanderia; g. área de lazer; h. ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais traba- lhadores. Devem conter: • Higienização permanente; • Armários individuais; • Bancos; • Iluminação e ventilação adequadas; • Portas que impeça o devassamento – vestiá- rios, sanitários e chuveiros; • Escoamento de água utilizada no piso – chuveiros; • Local para colocação de toalha e sabonete; • Papel higiênico; • Instalações mais apropriadas às condições femininas; • Assentos e mesas em número suficientes • Refeitório para atender os usuários por tur- nos; • Bancadas para servir alimentação em núme- ro suficiente • Fornecer água por bebedouro 18.4.2.11.2 O local para refeições deve: a. ter paredes que permitam o isolamento du- rante as refeições; b. ter piso de concreto, cimentado ou de outro material lavável; c. ter cobertura que proteja das intempéries; d. ter capacidade para garantir o atendimen- to de todos os trabalhadores no horário das refeições; e. ter ventilação e iluminação natural e/ou ar- tificial; f. ter lavatório instalado em suas proximida- des ou no seu interior; g. ter mesas com tampos lisos e laváveis; h. ter assentos em número suficiente para atender aos usuários; i. ter depósito, com tampa, para detritos; j. não estar situado em subsolos ou porões das edificações; k. não ter comunicação direta com as instala- çõessanitárias; l. ter pé-direito mínimo de 2,80m ou res- peitando-se o que determina o Códigode Obras do Município, da obra. 18.4.2.11.3 Independentemente do número de trabalhadores e da existência ou não de cozinha, em todo canteiro de: local exclusivo para o aquecimento de refeições, dotado de equipamento adequado e seguro para o aquecimento. 18.4.2.11.3.1 É proibido preparar, aquecer e tomar refeições fora dos locais estabelecidos neste su- bitem. 29 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVI- DUAL 18.23.1 A empresa é obrigada a fornecer aos trabalhadores, gratuitamente, EPI adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e funcionamento, consoante as disposições contidas na NR 6 - Equipa- mento de Proteção Individual - EPI. 18.23.2 O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser utilizado em serviços de eletricidade e em situações em que funcione como limitador de movimentação. 18.23.3 O cinto de segurança tipo paraquedista deve ser utilizado em atividades a mais de 2,00m (dois metros) de altura do piso, nas quais haja risco de que- da do trabalhador. 18.23.3.1 O cinto de segurança deve ser dotado de dispositivo trava-quedas e estar ligado a cabo de segurança independente da estrutura do andaime. (in- cluído pela Portaria SSST n.º 63, de 28 de dezembro de 1998) 18.23.4 Os cintos de segurança tipo abdominal e tipo paraquedista devem possuir argolas e mosque- tões de aço forjado, ilhoses de material não-ferroso e fivela de aço forjado ou material de resistência e dura- bilidade equivalentes. PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS EM CALDEIRAS, VASOS DE PRESSÃO, FOR- NOS Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia, ex- cetuando-se os refervedores e equipamentos similares utilizados em unidades de processo. Para efeito da NR-12, considera-se “Profissional Habilitado” aquele que tem competência legal para o exercício da profissão de engenheiro nas atividades referentes a projeto de construção, acompanhamento operação e manutenção, inspeção e supervisão de ins- peção de caldeiras e vasos de pressão, em conformida- de com a regulamentação profissional vigente no País. TIPOS DE CALDEIRAS Atualmente, podemos classificar as caldeiras em dois tipos básicos: • flamotubulares, onde os gases de combustão circulam por dentro de tubos, vaporizando a água que fica por fora dos mesmos; • aquatubulares, onde os gases circulam por fora dos tubos, e a vaporização da água se dá dentro dos mesmos. Constituem-se da grande maioria das caldeiras, utilizada para pequenas capacidades de produção de vapor (da ordem de até 10 ton/h) e baixas pressões (até 10 bar), chegando algumas vezes a 15 ou 20 bar. As caldeiras flamotubulares horizontais consti- tuem-se de um vaso de pressão cilíndrico horizontal, com dois tampos planos (os espelhos) onde estão afi- xados os tubos e a fornalha. Caldeiras modernas tem diversos passes de gases, sendo mais comum uma for- nalha e dois passes de gases (figura .6) A saída da fornalha é chamada câmara de rever- são e pode ser revestida completamente de refratários ou constituída de paredes metálicas molhadas. Câmara de reversão molhada produz melhores rendimentos térmicos pela diminuição de perdas de calor ao ambiente, porém são mais complicadas cons- trutivamente e consequentemente mais caras. As fornalhas das caldeiras flamo tubulares de- vem ser dimensionadas para que a combustão ocorra completamente no seu interior, para não haver rever- são de chama que vá atingir diretamente os espelhos, diminuindo a vida útil da caldeira. A fornalha tam- bém se constitui de um corpo cilíndrico e está com- pletamente imersa em água. Pela sua própria concep- ção, caldeiras flamo tubulares modernas só queimam combustíveis líquidos ou gasosos, devido a dificuldade de se instalar grelhas para combustíveis sólidos. Algu- mas caldeiras flamo tubulares de pequena capacidade queimam combustíveis sólidos através de adaptação de grelhas na fornalha, porém são limitadas ao tama- nho necessário da área de grelha. Para queima de combustíveis sólidos em caldei- ras de pequena capacidade utiliza-se as caldeiras mis- tas, que serão tratadas mais adiante. Desde as primeiras caldeiras do século 17, até os modelos atuais, as caldeiras flamo tubulares passaram por sucessivos desenvolvimentos até a atual concep- ção de uma fornalha e mais dois passes de gases de combustão. A grande aceitação deste tipo para peque- nas capacidades está associada principalmente no seu baixo custo de construção, em comparação com uma aquatubular de mesma capacidade. Por outro lado, o grande volume de água que acondiciona limita, por questões de segurança, as pressões de trabalho e a qua- lidade do vapor na condição de vapor saturado. A fi- gura 7 mostra uma caldeira flamo tubular moderna, com câmara de reversão molhada e fornalha corruga- da. A água acumulada no corpo da caldeira pode Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 30 funcionar como um pulmão de vapor, respondendo a súbitas flutuações de demanda com pouca queda de pressão da rede de vapor, sendo adequada, portanto, para aplicações onde o consumo é variável. A eficiência térmica destas caldeiras está na faixa de 80 a 90%, sendo dificil se atingir maiores valores pela dificuldade de se acrescentar equipamentos adi- cionais de recuperação de calor. • Caldeiras aquatubulares: As caldeiras aquatubulares têm a produção de vapor dentro de tubos que interligam 2 ou mais reser- vatórios cilíndricos horizontais, conforme demonstra- do na figura 8: • o tubulão superior, onde se dá a separação da fase líquida e do vapor; • o tubulão inferior, onde é feita a decantação e purga dos sólidos em suspensão. Os tubos podem ser retos ou curvados. As pri- meiras caldeiras aquatubulares utilizavam tubos retos, solução hoje completamente abandonada, apesar de algumas vantagens, como a facilidade de limpeza in- terna dos tubos. A caldeira de tubos curvados, interligando os balões, proporcionam arranjo e projeto de câmaras de combustão completamente fechada por paredes de água, com capacidades praticamente ilimitadas. Dada a maior complexidade construtiva em relação às cal- deiras flamotubulares, as aquatubulares são preferidas somente para maiores capacidades de produção de va- por e pressão, exatamente onde o custo de fabricação do outro tipo começa a aumentar desproporcionada- mente. Em relação ao modo de transferência de calor no interior de caldeira existem normalmente duas sec- ções: • a secção de radiação, onde a troca de calor se dá por radiação direta da chama aos tu- bos de água, os quais geralmente delimitam a câmara de combustão. • a secção de convecção, onde a troca de ca- lor se dá por convecção forçada, dos gases quentes que saíram da câmara de combus- tão atravessando um banco de tubos de água. Não há limite físico para capacidades. Encon- tram-se hoje caldeiras que produzem até 750 t/h de vapor com pressões de até 3450 atm. Componentes principais de caldeiras Caldeiras flamotubulares são geralmente equi- pamentos montados em base única e poucos acessó- rios além dos necessários são acrescentados. Grandes geradores de vapor podem possuir mais componentes além dos que já foram citados. Os principais componentes são: a. cinzeiro: em caldeiras de combustíveis só- lidos, é o local onde se depositam as cinzas ou pequenos pedaços de combustível não queimado. b. fornalha com grelha ou queimadores de óleo ou gás. c. seção de irradiação: são as paredes da câma- ra de combustão revestidas internamente por tubos de água. d. seção de convecção: feixe de tubos de água, recebendo calor por convecção forçada; pode ter um ou mais passagens de gases. e. superaquecedor: trocador de calor que aquecendo o vapor saturado transforma-o em vapor superaquecido. f. economizador: trocadorde calor que atra- vés do calor sensível dos gases de combus- tão saindo da caldeira aquecem a água de alimentação. g. pré-aquecedor de ar: trocador de calor que aquece o ar de combustão também trocando calor com os gases de exaustão da caldeira. h. exaustor: faz a exaustão dos gases de com- bustão, fornecendo energia para vencer as perdas de carga devido a circulação dos ga- ses. i. chaminé: lança os gases de combustão ao meio ambiente, geralmente a uma altura suficiente para dispersão dos mesmos. A caldeira pode ainda ter equipamentos de lim- peza dos gases, tais como filtros, ciclones ou precipi- tadores eletrostáticos para captação de material parti- culado ou ainda lavadores de gases para captação de gases ácidos: SOx, NOx, etc... Superaquecedores: Vapor saturado é extraído do tubulão superior e entra em um trocador de calor instalado dentro da própria caldeira. Os superaquecedores podem ser de natureza apenas convectiva, ou seja, recebe calor so- mente por convecção térmica, ou de irradiação, e nes- te caso, estão localizados dentro da própria câmara de combustão, ou na saída desta, de maneira que receba calor por radiação da chama ou da grelha. A tempe- ratura de superaquecimento varia com a carga da cal- 31 PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA NO TRABALHO | UNIGRAN • 2019 deira, já que a troca de calor não é acompanhada de mudança de fase como na vaporização. A troca de calor dentro do superaquecedor é função da velocidade do vapor dentro dos tubos e da velocidade dos gases na zona de convecção. A figura 17 mostra o comportamento da temperatura de su- peraquecimento do vapor conforme a carga da caldei- ra e o tipo de trocador. Equipamentos de convecção aumentam a temperatura de superaquecimento com o aumento da carga da caldeira, pois os coeficientes de troca de calor tendem a aumentar com as maiores velocidades dos gases e também do vapor dentro dos tubos. Super aquecedores de irradiação tem a tempe- ratura de saída diminuída com o aumento da produ- ção de vapor. A irradiação de calor varia pouco com a carga de produção de vapor. Em baixa carga a velo- cidade do vapor é mais baixa e consequentemente os coeficientes de transferência de calor também. Para manter a temperatura de saída do super aquecedor constante, projetaram-se unidades mistas com secções de radiação e convecção. O controle fino da temperatura de superaqueci- mento pode ser feito de diversas maneiras: • Controle da taxa de radiação, através do controle da posição angular dos queimado- res de óleo ou gás, direcionando a chama radiante ao superaquecedor, ou controle da capacidade de combustão dos queimadores mais próximos ao superaquecedor. • desvio de gases passando pelo superaquece- dor, através de uma válvula de desvio regu- lável automaticamente. • utilização de dessuperaquecedor (ou atem- perador), na saída do superquecedor, o qual através da injeção direta de água líquida controla a temperatura de saída do vapor superaquecido. Neste caso o superquecedor tem que ser projetado para temperatura de saída maior que o necessário, a fim de per- mitir margem de controle. A temperatura de saída do atemperador é então controlada pela vazão de água injetada. Um esquema do atemperador é mostrado na figura 18. O atemperador é atualmente o método mais utilizado, pois proporciona ótimo controle e rápida resposta com a variação da carga, e independe do tipo de superaquecedor, seja de radiação, de convecção ou misto. Variações nos detalhes construtivos de supera- quecedores são diversas, e se referem ao número de passes de vapor, tipo de suporte do equipamento den- tro da caldeira, uso de superfícies aletadas na zona de convecção, etc. SEÇÃO 2 - TIPOS DE MANUTENÇÃO Manutenção Podemos considerar manutenção preventiva toda ação feita para controlar e monitorar, no intuito de impedir falhas no desempenho de equipamentos e máquinas, aumentando assim a confiabilidade dos equipamentos a operarem sempre próximos as condi- ções de que saíram das fabricas. Segundo Branco Filho (2008), as equipes de manutenção surgiram no início do século XX, quan- do nas proximidades da Primeira guerra mundial as fabricas passaram a ter necessidades de se empenha- rem em um programa de produção mínimo. As equipes de manutenção eram forcadas pela administração a corrigir rapidamente os defeitos e efe- tuarem a manutenção evitando ocorrências das falhas nos equipamentos mais importantes. Entre 1950 a 1960, com a necessidade de ga- rantir o funcionamento de uma máquina, houve o surgimento de um órgão, ou melhor uma equipe especializada, onde essas executavam estudos sobre a confiabilidade dos equipamentos e quais medidas a se tomar para que fosse mais confiável. Com o surgimento da informática passou-se a desenvolver processos mais sofisticados para controle e analise dos equipamentos, podendo então utilizar formulas complexas determinando os períodos mis econômicos para a execução da manutenção. Com o passar dos anos as medidas corretivas fo- ram perdendo espaço cada vez mais para as medidas preventivas. Isso devido a tendência da globalização e da canibalização do profissionalismo, que não dei- xa espaço ao sistema de produção operado por falhas frequentes. Hoje em dia são levadas as considerações de confiabilidade dos equipamentos e suas facilidades de manutenção. Segundo Fortes (2010), ao decorrer do tem- po, a manutenção vem mudando substancialmente, talvez mais que outras atividades que envolvem o ge- renciamento. Podemos observar o incremento dessas mudanças através de números e do ritmo da evolução das instalações e equipamentos, com projetos cada vez mais complexos a serem mantidos. Observe o esquema abaixo: Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações I 32 Manutenção corretiva: A manutenção corretiva é definida como sen- do qualquer manutenção realizada com o objetivo de restaurar as condições iniciais e ideais de operação de máquinas e equipamentos, eliminando as fontes de fa- lhas que possam existir. Dependendo do contexto, a manutenção corretiva pode ocorrer em duas situações distintas: devido a uma avaria inesperada e não plane- jada que tenha ocorrido, como por exemplo a quebra de um redutor ou, em segundo caso, devido ao rela- to de problema identificado através de um programa de monitoramento das condições do equipamento, como por exemplo a intervenção após a detecção da vibração do motor. Manutenção Corretiva Planejada x Não Plane- jada Quando uma avaria ocorre, a manutenção cor- retiva pode ou não ser planejada. Vou explicar me- lhor: algumas empresas que possuem implantado a manutenção autônoma e a planejada, possuem rotinas de atividades de inspeção, manutenção preditiva ou mesmo um sistema de relatos de falhas pelos opera- dores. Nestes casos, quando detectado um problema antecipadamente, a manutenção corretiva (de forma a corrigir as falhas) pode ser planejada a fim de não comprometer o cronograma de produção. Por outro lado, o colapso de um equipamento devido à falta de manutenção ou a quebra devido a manutenção pre- ventiva malfeita, ocasiona em manutenção corretiva não planejada que muitas vezes precisa ser executada imediatamente. Esta sim é a manutenção mais cara que existe na indústria e o motivo é óbvio: se você pre- cisa produzir e a sua máquina quebra, você está com um problema que na indústria chamamos de lucro cessante. Simplesmente você tinha uma programação que não será cumprida e até que o equipamento seja consertado, a empresa esta- rá perdendo dinheiro e dei- xando de lucrar. As manutenções re- alizadas sob condições de monitoramento ou as que foram detectadas e identi- ficadas as causas raízes an- tecipadamente, podem ser planejadas e executadas em horários diferentes dos ho- rários estabelecidos para a produção, não interferindo nas entregas e preservando a lucratividade da empresa, diferentemente do que ocorre quando o equipamento quebra repentinamen-
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