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Farmacologia adrenérgica

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Larissa Primo - Farmacologia 
AGONISTAS DOS RECEPTORES ❖
Devido ao importante papel desempenhado pelos receptores adrenérgicos na mediação do tônus vascular, do 
tônus do músculo liso e da contratilidade cardíaca, os agonistas e antagonistas seletivos desses receptores 
constituem a base da terapia para a hipertensão, a asma e o infarto do miocárdio. 
Agonistas Alfa-Adrenérgicos ➢
Os agonistas adrenérgicos alfa1-seletivos aumentam a resistência vascular periférica e, portanto, 
mantêm ou elevam a pressão arterial. Esses fármacos também podem causar bradicardia sinusal através 
da ativação de respostas vagais reflexas. Os agonistas alfa1 de administração sistêmica, como a metoxamina, têm 
aplicação clínica limitada; entretanto, são algumas vezes utilizados no tratamento do choque. Diversos agonistas 
alfa1 de administração tópica, como a fenilefrina, a oximetazolina e a tetraidrazolina, são utilizados nos 
medicamentos de venda livre Afrin® e Visine® (e outros) para produzir contração do músculo liso vascular 
no alívio sintomático da congestão nasal e hiperemia oftálmica. Infelizmente, o uso desses medicamentos 
é freqüentemente acompanhado de hipersensibilidade de rebote e retorno dos sintomas. A fenilefrina também é 
administrada por via intravenosa no tratamento do choque. A clonidina é o agonista alfa2 mais bem 
caracterizado. Esse fármaco é comumente prescrito para tratamento da hipertensão. A clonidina também é 
utilizada como agente simpaticolítico no tratamento dos sintomas associados à abstinência de drogas. Os 
efeitos colaterais consistem em bradicardia causada pela redução da atividade simpática e aumento da 
atividade vagal, bem como boca seca e sedação. A alfa-metildopa é um precursor (pró-fármaco) do agonista 
alfa2, alfa-metilnorepinefrina. As enzimas endógenas catalisam o metabolismo da metildopa a metilnorepinefrina, e 
a alfa-metilnorepinefrina é então liberada pela terminação nervosa adrenérgica, onde pode atuar no nível pré-
sináptico como agonista alfa2. Essa ação resulta em diminuição da descarga simpática do SNC e conseqüente 
redução da pressão arterial em pacientes hipertensos. Como o uso da alfa-metildopa pode estar associado à 
ocorrência rara de hepatotoxicidade e anemia hemolítica autoimune, esse fármaco não constitui um agente de 
primeira linha no tratamento da hipertensão. Entretanto, como demonstrou ser mais segura do que outros agentes 
anti-hipertensivos em mulheres grávidas, a alfa-metildopa constitui freqüentemente o fármaco de escolha no 
tratamento da hipertensão durante a gravidez.
Agonistas Beta-Adrenérgicos ➢
A estimulação dos receptores Beta1-adrenérgicos provoca aumento da freqüência cardíaca e da força de 
contração, resultando em aumento do débito cardíaco, enquanto a estimulação dos receptores beta2-
adrenérgicos causa relaxamento do músculo liso vascular, brônquico e gastrintestinal. O isoproterenol
é um agonista Beta não-seletivo, que pode ser utilizado para aliviar a broncoconstrição. Esse fármaco diminui 
a resistência vascular periférica e a pressão arterial diastólica (efeito beta2), enquanto a pressão arterial 
sistêmica permanece inalterada ou ligeiramente elevada (efeito beta1). Como o isoproterenol é um agente 
inotrópico positivo (que aumenta a contratilidade cardíaca) e cronotrópico (que aumenta a freqüência cardíaca), 
ocorre aumento do débito cardíaco. O isoproterenol provoca menos hiperglicemia do que a epinefrina, visto 
que ele estimula a ativação beta-adrenérgica da secreção de insulina. Como o isoproterenol é um ativador não-
seletivo dos receptores beta1- e beta2-adrenérgicos, e o seu uso para alívio da broncoconstrição na asma é 
freqüentemente acompanhado de efeitos colaterais cardíacos indesejáveis, o uso desse fármaco foi suplantado, em 
grande parte, por agonistas beta2-seletivos mais novos (ver adiante). A dobutamina tem sido classicamente 
descrita como agonista beta1-seletivo. Entretanto, sabe-se, hoje em dia, que o efeito global da dobutamina depende 
dos efeitos diferenciais dos dois estereoisômeros contidos na mistura racêmica. A dobutamina possui efeitos 
inotrópicos mais proeminentes do que cronotrópicos, resultando em aumento da contratilidade e do débito 
cardíaco. A dobutamina é utilizada clinicamente no tratamento agudo da insuficiência cardíaca. Os 
agonistas beta2-seletivos mostram-se valiosos no tratamento da asma, visto que a estimulação dos 
receptores beta1-adrenérgicos no coração por agonistas beta não-seletivos provoca efeitos colaterais cardíacos 
desconfortáveis (e, em certas ocasiões, perigosos). Os dispositivos de liberação de fármacos facilitaram ainda mais 
a estimulação seletiva dos receptores beta2-adrenérgicos no tecido-alvo. Por exemplo, o uso de inaladores com 
aerossóis permite a liberação da dose nas vias aéreas distais, onde o fármaco é mais necessário. A liberação do 
fármaco nos pulmões também diminui a quantidade liberada sistemicamente, limitando, assim, a ativação dos 
receptores beta1 cardíacos e receptores beta2 do músculo esquelético. Os efeitos mais importantes desses 
agentes consistem em relaxamento do músculo liso brônquico e diminuição da resistência das vias 
aéreas. Entretanto, os agonistas beta2-seletivos não são totalmente específicos para os receptores beta2, e os 
efeitos adversos podem consistir em tremor do músculo esquelético (através de estimulação beta2) e taquicardia 
(através de estimulação beta1). O metaproterenol é o protótipo dos agonistas beta2-seletivos. Esse fármaco é 
utilizado no tratamento da doença obstrutiva das vias aéreas e broncoespasmo agudo. A terbutalina e o 
salbutamol são dois outros agentes dessa classe que possuem eficácia e duração de ação semelhantes. O 
salmeterol é um agonista beta2 de ação longa, cujos efeitos duram cerca de 12 horas.
Farmacologia adrenérgica 
 Página 1 de Prova 3 
salmeterol é um agonista beta2 de ação longa, cujos efeitos duram cerca de 12 horas.
ANTAGONISTAS DOS RECEPTORES ❖
Devido ao amplo espectro de estados mórbidos que respondem à modulação da atividade dos receptores 
adrenérgicos, os antagonistas dos receptores alfa- e beta-adrenérgicos estão entre os medicamentos mais 
amplamente utilizados na prática clínica.
Antagonistas Alfa-Adrenérgicos ➢
Os antagonistas alfa-adrenérgicos bloqueiam a ligação das catecolaminas endógenas aos receptores alfa1-
e alfa2-adrenérgicos. Esses agentes causam vasodilatação, redução da pressão arterial e diminuição da 
resistência periférica. O reflexo barorreceptor procura habitualmente compensar a queda da pressão arterial, 
resultando em aumentos reflexos da freqüência cardíaca e do débito cardíaco. A fenoxibenzamina bloqueia 
irreversivelmente tanto os receptores alfa1 quanto alfa2. O bloqueio dos receptores alfa1 resulta em diminuição 
progressiva da resistência periférica. Esse efeito leva, por sua vez, a um aumento do débito cardíaco através 
de estimulação nervosa simpática reflexa. O bloqueio dos auto-receptores alfa2 permite a liberação de maior 
quantidade de norepinefrina pelos neurônios noradrenérgicos, e verifica-se o desenvolvimento de taquicardia 
em conseqüência do aumento da estimulação dos receptores alfa1. Além disso, a fenoxibenzamina inibe a 
captação de catecolaminas tanto nas terminações nervosas adrenérgicas quanto nos tecidos extraneuronais. Em 
virtude de seus numerosos efeitos diretos e indiretos sobre o sistema nervoso simpático, a fenoxibenzamina é 
geralmente utilizada apenas na conduta pré-operatória do feocromocitoma. A fentolamina é um 
antagonista dos receptores alfa-adrenérgicos não-seletivo e reversível. Esse fármaco também pode ser utilizado na 
conduta pré-operatória do feocromocitoma. O prazosin possui uma afinidade 1.000 vezes maior pelos 
receptores alfa1 do que pelos receptores alfa2. O bloqueio seletivo dos receptores alfa1 exercido pelo 
prazosin nas arteríolas e nas veias resulta em diminuição da resistência vascular periférica e dilatação dos vasos 
venosos(de capacitância). Este último efeito diminui o retorno venoso ao coração. Devido a essa redução da pré-
carga cardíaca, o prazosin tem pouca tendência a aumentar o débito cardíaco e a freqüência cardíaca. 
Por conseguinte, não ocorre tipicamente taquicardia reflexa. Em certas ocasiões, o prazosin é utilizado 
como agente anti-hipertensivo. Como os pacientes podem sofrer acentuada hipotensão postural e síncope com a 
primeira dose, esta dose é geralmente prescrita em pequenas quantidades ao deitar (para assegurar que o paciente 
permaneça em decúbito). Outros agentes dessa classe incluem o terazosin e o doxazosin; esses fármacos 
apresentam meia-vida mais longa do que o prazosin, permitindo o uso de doses menos freqüentes. Como os 
receptores alfa1-adrenérgicos medeiam a contração do músculo liso tanto genitourinário quanto vascular, os 
antagonistas alfa1 possuem notável aplicação clínica no tratamento sintomático da hiperplasia 
prostática benigna (HPB). 
Antagonistas Beta-Adrenérgicos ➢
Os antagonistas beta-adrenérgicos bloqueiam as ações cronotrópicas e inotrópicas positivas das 
catecolaminas endógenas nos receptores beta1, resultando em diminuição da freqüência cardíaca e 
da contratilidade do miocárdio. Esses fármacos reduzem a pressão arterial nos pacientes hipertensos, porém 
carecem de efeito nos indivíduos normotensos. O uso a longo prazo de bloqueadores dos receptores beta-
adrenérgicos provoca uma queda da resistência vascular periférica, embora o mecanismo desse efeito permaneça 
incerto. Tanto a diminuição da resistência vascular periférica quanto a redução do débito cardíaco 
contribuem para o efeito anti-hipertensivo desses fármacos. Os antagonistas dos receptores Beta-
adrenérgicos não-seletivos também bloqueiam os receptores beta2 no músculo liso brônquico, podendo causar 
broncoconstrição potencialmente fatal em pacientes com asma ou com doença pulmonar 
obstrutiva crônica. Além disso, o bloqueio não-seletivo dos receptores beta pode mascarar os 
sintomas de hipoglicemia em pacientes diabéticos. Por essas razões, foram desenvolvidos inibidores 
seletivos dos receptores beta1-adrenérgicos. Os antagonistas farmacológicos dos receptores beta-adrenérgicos 
podem ser divididos em antagonistas beta não-seletivos, antagonistas beta e alfa1 não-seletivos, agonistas parciais e 
antagonistas beta1-seletivos. O propranolol, o nadolol e o timolol interagem igualmente com os receptores 
beta1 e beta2 e não bloqueiam os receptores alfa. Esses agentes são utilizados no tratamento da hipertensão 
e da angina. O propranolol é extremamente lipofílico; na presença de níveis plasmáticos terapêuticos, a 
concentração alcançada no SNC é alta o suficiente para resultar em sedação e diminuição da libido. Utiliza-se 
uma formulação ocular de timolol no tratamento do glaucoma. O labetalol e o carvedilol bloqueiam os 
receptores alfa1, beta1 e beta2. O bloqueio dos receptores alfa1 resulta em vasodilatação, enquanto o 
bloqueio beta1 impede um aumento simpático reflexo da freqüência cardíaca; ambos os efeitos 
contribuem para uma redução da pressão arterial. Tanto o labetalol quanto o carvedilol são prescritos 
para o tratamento da hipertensão. O pindolol é um agonista parcial nos receptores beta1 e beta2. O fármaco 
bloqueia a ação da norepinefrina endógena nos receptores beta1 e mostra-se útil no tratamento da 
hipertensão. Como agonista parcial, o pindolol também provoca estimulação parcial dos receptores beta1, 
resultando em menor redução global da freqüência cardíaca em repouso e da pressão arterial em comparação com 
aquela produzida por antagonistas beta puros. Por conseguinte, o pindolol pode ser preferível para 
pacientes hipertensos que apresentam bradicardia ou diminuição da reserva cardíaca. O acebutolol
é um agonista parcial nos receptores beta1-adrenérgicos; todavia, não exerce nenhum efeito nos receptores beta2. 
 Página 2 de Prova 3 
é um agonista parcial nos receptores beta1-adrenérgicos; todavia, não exerce nenhum efeito nos receptores beta2. 
Esse agente também é utilizado no tratamento da hipertensão. 
ESTUDO DIRIGIDO ❖
Comente a biossíntese, armazenamento e liberação de catecolaminas citando as drogas que interferem 
nestes processos. 
1.
As catecolaminas são derivadas da tirosina. A tirosina é sintetizada no citoplasma e convertida em dopamina. 
A síntese de Epinefrina/Adrenalina ocorre nas células cromafínicas da medula suprarrenal. Já a síntese de 
Noraepinefrina/Noradrenalina ocorre nos neurônios simpáticos. A tirosina é transportada para dentro dos 
neurônios por meio de um transportador de aminoácidos aromáticos. Lá, a tirosina é hidroxilada através da 
tirosina hidroxilase e se transforma em DOPA. A DOPA através a dopa descarboxilase se transforma em 
dopamina. A dopamina pela ação da dopamina-Beta-hidroxilase se transforma em noraepinefrina. Nos 
tecidos que produzem epinefrina, dependendo dos níveis de cortisol, a noraepinefrina é convertida pela 
feniletanolamina-n-metiltransferase (PMNT) em EPINEFRINA. A dopamina é transportada em vesículas 
sinápticas pelo TVMA (Transporte vesicular de monoaminas). Nos neurônios adrenérgicos ocorre a 
conversão de dopamina em noraepinefrina. A noraepinefrina permanece nesses neurônios até ser liberada. 
Nas células da medula suprarrenal, a noraepinefrina retorna ao citosol onde a PMNT converte-a em 
epinefrina. A seguir, esta é transportada para o seu armazenamento. A liberação ocorre a partir de um 
potencial de ação que despolariza a membrana abrindo os canais de cálcio, permitindo a entrada de cálcio 
que vai se ligar a vesícula e incitar a exocitose dessas vesículas sinápticas que possuem as catecolaminas. 
OBS: A noraepinefrina sofre rápida difusão das terminações nervosas e regula localmente as respostas dos 
tecidos-alvo por meio da ativação de receptores adrenérgicos. 
As drogas utilizadas para interferir neste processo são:
Inibidores da síntese (alfa-metiltirosina): Inibe a tirosina hidroxilase atuando na primeira fase de 
conversão e sendo assim uma enzima limitadora de velocidade no processo de síntese.
▪
Inibidores do armazenamento: A reserpina se liga ao TVMA inibindo irreversivelmente, resultando em 
vesículas que perdem a capacidade de concentrar e armazenar noraepinefrina e dopamina; a tiramina 
quando tem muita na vesícula causa o deslocamento agudo da noraepinefrina vesicular e liberação maciça da 
noraepinefrina das terminações nervosas. 
▪
Inibidores da recaptação: A cocaína e antidepressivos tricíclicos eliminam essencialmente o transporte 
de catecolaminas. Promove a vasoconstricção por inibir a recaptação de noraepinefrina. 
▪
Inibidores do metabolismo das catecolaminas: Impedem a desaminação secundária das catecolaminas.▪
Classifique os receptores adrenérgicos, localizando-os nos diversos órgaos e citando sua ação quando 
estimulados.
2.
 Página 3 de Prova 3 
estimulados.
Os receptores adrenérgicos são seletivos para noraepinefrina e epinefrina.
Alfa 1 - Alfa1a, Alfa1 b e Alfa1 d▪
Músculo liso vascular: aumenta a concentração de cálcio intracelular, promovendo uma maior contração 
muscular, devido ao aumento da interação actina-miosina. 
-
Músculo liso Trato genitourinário-
Próstata-
Coração-
Fígado-
Expressos: 
Alfa 2 - Alfa2 a, Alfa2 b, Alfa2 c▪
OBS: São importantes para mediar o aumento da resistência vascular periférica, o que pode elevar a pressão 
arterial e redistribuir o fluxo sanguíneo. 
Inibição da insulina no pâncreas▪
Indução da liberação de glucagon do pâncreas.▪
contração dos esfíncteres no trato gastrointestinal.▪
feedback negativo nas sinapses neuronais (inicia a recaptação de norepinefrina)▪
Expressos: 
 Página 4 de Prova 3 
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Insulina
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/P%C3%A2ncreas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Glucagon

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