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HISTÓRIA E SOCIEDADE - BRASIL texto slides

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ARTES VISUAIS, HISTÓRIA E SOCIEDADE: BRASIL
aula 1 - Arte antes do Barroco
Tema 01: Cavernas e desenhos
Datadas entre 3.000 a 10.000 anos atrás, os desenhos em pedras encontrados no Brasil sofreram muito com o tempo e com a falta de interesse pela sua preservação, que é muito recente. A maior concentração de pinturas rupestres fica no Rio Grande do Norte e no Piauí, com diferentes datações. Estes desenhos registraram temas relevantes da existência humana da época, com objetivos diversos como: magia, misticismo e o desejo de registrar a vida em grupo.
Dentre os sítios rupestres – que aqui chamamos de cavernas (devido ao lugar de difícil acesso que a maioria delas se encontram) – se destacam: Furna do Caboclo (Carnaúba dos Dantas-RN); Xique-Xique I (Seridó-RN); Toca do Salitre e a Toca da Entrada do Baixão da Vaca (Serra da Capivara-PI). As categorizações mais comuns para os desenhos encontrados nestes sítios são magia e caça, culto à fertilidade e iniciação sexual, além das divisões sociais em grupo.
Tema 02: A pintura corporal indígena
Os desenhos no corpo realizados pelas tribos indígenas são realizados com tinta natural. Esta tinta é produzida a partir de extratos de frutos e de árvores, sendo a mais comum retirada do jenipapo, de cor preta e que dura por volta de 2 semanas.
Dependendo da tribo, pode haver diferenças no tipo de tinta para adultos e crianças, no motivo da pintura (comemorações, caçadas, rituais) e seus significados. O ponto de partida para os temas das pinturas é a natureza, porém elas traduzem seus elementos figurativos em imagens geométricas e abstratas, simétricas ou assimétricas, compondo com harmonia e ritmo os padrões de repetição.
Além do jenipapo, utiliza-se o urucum (tinta vermelha), o pó de carvão sobre uma camada de suco de pau-de-leite e o calcário (tinta branca). Elas exprimem as concepções de um grupo específico perante os outros, além de ser uma maneira de se comunicarem entre si e com os espíritos relacionados à crença de cada grupo.
Tema 03: Cerâmica indígena
Hoje, no Brasil, há por volta de duzentas tribos que dominam a cerâmica como principal material de produção de estátuas, urnas funerárias, instrumentos e utensílios de uso cotidiano.
Apesar disso, nem todas as tribos utilizavam a cerâmica, como é o caso dos Xavantes. Os que mais se destacam pela utilização de cores e traços simétricos são as tribos Marajoara (Ilha do Marajó-PA) e os Kadiwéu (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).
Os desenhos, como na pintura corporal, são baseados na natureza, mas compostos de formas geométricas e abstratas. A técnica mais comum é a manual, na qual é feito um rolete de argila que é alisado com cacos de potes quebrados, e pincéis de aves para trabalhar a superfície das peças. Geralmente a cerâmica é confeccionada pelas mulheres.
Tema 04: Os viajantes holandeses em belas paisagens
Os holandeses se instalaram no nordeste do Brasil nos anos de 1630 a 1654. A colônia holandesa estabeleceu sua capital no Recife (PE), e seu governante mais conhecido foi Maurício de Nassau.
Sua fama deve-se ao incentivo às artes e às ciências, e de maneira exaustiva, ao estudo da flora. Nassau trouxe uma comitiva de botânicos e artistas que produziram diversos registros detalhados das paisagens do nordeste. Entre eles, destacaram-se Frans Post e Albert Eckhout.
Muito da numerosa produção destes artistas é livre dos preceitos católicos, pois os artistas não seguiam esta religião, o que lhes permitia explorar temas considerados profanos pelos portugueses. E isso em nada diminuía o caráter estilístico e plástico das paisagens feitas por Post, por exemplo. Deste artista destacamos a tela Engenho de açúcar, de 1660.
Tema 05: Imaginário da fauna e do indígena
A fauna fantástica retratada pelos cientistas holandeses que viveram no nordeste do Brasil também merecem destaque. Para ilustrar este imaginário, usaremos as telas Mulher Tapuia e Homem Tapuia, ambas realizadas por Albert Eckhout, em 1641.
Este par de telas traduz o caráter de registro, porém com referências das técnicas de desenho e pintura dos holandeses de escola flamenga. Em Homem Tapuia, o personagem triunfa sobre a natureza, ao pisar na jiboia e vencê-la, enquanto que uma aranha caranguejeira se aproxima de seu pé direito. Em Mulher Tapuia, a personagem retratada carrega pedaços de carne humana, o que causava horror aos europeus.
Na Prática
Realize uma pesquisa sobre os álbuns de viagens de integrantes de expedições científicas ao Brasil, como aquelas realizadas pelo governo de Maurício de Nassau, que ilustravam o imaginário europeu sobre o país.
Reflita sobre as notícias encontradas: a descrição dos habitantes nativos, da fauna e da flora, realmente condizia com aquilo que os estrangeiros viam em nossas terras? E hoje, o que os estrangeiros pensam sobre nós? Pesquise na internet, em jornais, redes sociais e blogs, e crie um “álbum” da visão estrangeira sobre o Brasil atual. Você pode investir em uma encadernação criativa e mesclar textos com imagens de registro realizadas por estrangeiros.
Dica: você pode escolher um estado do Brasil e a visão de pessoas de um país específico e mostrar as relações entre eles. Então responda: será que a internet facilitou o conhecimento real do Brasil?
Finalizando
Nesta aula, estudamos os seguintes temas:
• Cavernas e desenhos: abordamos rapidamente alguns dos sítios arqueológicos mais importantes do Brasil;
• Pintura corporal indígena: abordamos este costume que permanece em algumas tribos até os dias de hoje;
• Cerâmica indígena: vimos algumas particularidades da cerâmica indígena e suas funções;
• Os viajantes holandeses em belas paisagens: o valor artístico e documental dos viajantes e da colônia holandesa no Brasil na primeira metade do século XVII;
• Imaginário da fauna e do indígena: neste tema tratamos de duas obras de Albert Eckhout: Homem Tapuia e Mulher Tapuia.
aula 2 - Arte colonial brasileira
Tema 01: Os antecedentes europeus
Não há unanimidade entre os teóricos quanto ao início do Barroco na Europa: uma parte dos estudiosos afirma estar entre o final do século XVI, a partir da arte religiosa da Contrarreforma; outra parte diz que o Barroco surgiu nas duas primeiras décadas do século XVII.
Porém todos concordam quanto às suas principais características: extravagância, assimetria, apelo emocional – e por isso uma direção à expressão dos sentidos e não à razão (o que era a práxis da arte renascentista).
O que antecede o Barroco no Brasil, era a produção artística de países europeus ocidentais de tradição católica, como a Itália e Portugal – no qual há o estilo pombalino, também conhecido como Barroco tardio português. Mas o Barroco brasileiro também tem influência do Rococó religioso lusitano, que empresta dos franceses as cores suaves e a forma da roca: a concha achatada, as linhas em espiral e as folhas de ouro, tão presentes nas nossas igrejas deste período.
Tema 02: O barroco de cada região do Brasil: particularidades
Aqui vamos enfatizar outros estados onde o Barroco esteve presente, além de Minas Gerais e Bahia.
Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, a partir de 1753, na igreja matriz de Santa Rita, as talhas já traziam formas de conchas, e o exagero de expressão de sentimentos à maneira dos detalhes do rococó e do barroco, sucessivamente. Também na antiga capital encontramos o Mestre Valentim, que adornou, por exemplo, as igrejas da Santa Cruz dos Militares, a da Ordem Terceira do Carmo e a de São Francisco de Paula que, no entanto, com o passar dos anos, sofreram modificações – maiores ou menores – como a maioria das igrejas deste período. No entanto, a Capela das Relíquias do Mosteiro de São Bento do Rio de Janeiro é considerada a mais bem conservada.
Em Pernambuco, graças às riquezas geradas pela produção açucareira, o desenho curvilíneo predominou até nos frontões, como na Igreja Matriz de Santo Antônio, em Recife.
Tema 03: As igrejas baianas
Salvador possui cerca de 80 construções que remetem ao estilo barroco. Dentre elas, destaca-se a Igreja de Nossa Senhora da Conceiçãoda Praia. Desde a construção arquitetônica até a decoração interna, podemos destacar as fortes áreas de claro e escuro, as cores quentes, os diversos personagens em uma narrativa direcionada à glorificação da Virgem e a construção com aspectos ilusionistas de elementos da igreja, como os balcões e o ponto de vista daqueles personagens.
A intenção da pintura é reforçar o discurso de exaltação da fé católica no momento de sua afirmação no território colonial. Sua última restauração, datada de 1991, realçou ainda mais as cores quentes e claros-escuros atribuídos ao artista barroco José Joaquim da Rocha. Como outras igrejas barrocas baianas, ela foi construída em pedra-sabão, material que na época era trazido de Portugal.
Tema 04: Igrejas mineiras
As primeiras igrejas barrocas mineiras eram capelas de barro e madeira construídas no caminho das áreas de mineração. Com o tempo adquiriram a arquitetura comum às igrejas brasileiras: nave, capela-mor e sacristia lateral, torres central e lateral e, na ausência destas, há vários casos de soluções singulares para a colocação do sino, como na Capela de Padre Faria, em Ouro Preto (MG).
Outras mais suntuosas possuem destaque turístico por apresentarem estilo diversificado, com características do período pombalino e do rococó, como a Igreja de São Francisco de Assis, em Mariana (MG). Suas janelas foram pensadas com vistas a privilegiar a entrada de luz e fazer cintilar as talhas cobertas de folhas de ouro. O predomínio de paredes brancas e fundos suaves nas pinturas ajudam a criar este efeito, diferente das igrejas baianas, nas quais predomina a cor escura para contrastar com o ouro. A pintura é de Francisco Xavier Carneiro, que executou diversas delas em muitas igrejas mineiras.
Tema 05: Grandes Mestres
Vamos nos deter na produção dos dois mais conhecidos artistas deste período: Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho (1738-1814), por meio da coleção de obras no Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas (MG) e Manuel da Costa Ataíde, o Mestre Ataíde (1762-1830), responsável pelas pinturas no teto da Igreja de São Francisco de Assis em Ouro Preto (MG).
Mestre Ataíde foi militar, e pertenceu à terceira geração de pintores mineiros, e atuou mais quando a economia baseada na exploração do ouro já arrefecia. No entanto, nesse momento a Igreja Católica afirmava-se construindo grandes obras nesta época.
A pintura feita por Ataíde no teto da igreja supracitada em Ouro Preto é um bom exemplo de sua arte: na mistura do barroco tardio com o rococó encontramos uma composição em perspectiva, com ponto de fuga na imitação dos pilares elevando-se aos céus, os quatro cantos com doutores da Igreja e ao centro Nossa Senhora em último plano, rodeada de santos e anjos em profundidade espiral.
Na Prática
Os oratórios das igrejas mineiras são expressivos como representação do barroco brasileiro. Pesquise na internet imagens de oratórios das igrejas citadas na aula. Agora, vamos construir um oratório!
Estes são os materiais: imagem impressa e colorida de uma imagem de santidade, ou cena bíblica, de tamanho 10X15cm; folha de eucatex na cor parda; tesoura, cola e tinta relevo 3D na cor dourada.
Para fazer o oratório, siga estas instruções: recorte dois retângulos do eucatex: um no tamanho de 10x15cm e outro de 15x20cm. No primeiro, cole a imagem impressa e espere secar; no segundo, recorte o centro, como se fosse a letra U de cabeça para baixo; dê forma com a tesoura em suas laterais utilizando os motivos curvilíneos, em formato de “S”, “C” e como uma concha achatada, inspirando-se nas imagens pesquisadas. Contorne estas formas com a tinta-relevo. Enquanto espera secar, recorte 2 tiras de 4 cm de eucatex, enrole e cole nas extremidades da imagem impressa. Depois é só colar a outra parte em cima.
Finalizando
Identificar os principais traços do estilo barroco executados no Brasil é um desafio. Estamos longe de haver consenso entre os estudiosos do assunto, e a produção diversificada entre os estados brasileiros, com destaque para Minas Gerais e Bahia aproximam-se de uma produção chamada de barroca, mas com influências do estilo pombalino e do rococó.
Um dos maiores desafios aqui está na preservação e restauro do que restou deste patrimônio religioso que já foi muito deteriorado e destruído. O primeiro passo é o conhecimento: divulgar informações sobre estas igrejas, mestres e influências pode despertar o interesse em favor da recuperação e conservação de nossa memória e do patrimônio cultural e artístico brasileiro.
aula 3 - Século XIX: tentativa de alinhamento com a arte europeia
Tema 01: Missão artística francesa no Brasil
Uma das principais motivações para a vinda da Missão Francesa para o Brasil era o exílio político. Ela era composta por um grupo de intelectuais, artistas e artesãos com referências neoclássicas e desembarcou no Brasil em 1816. Entre seus integrantes estavam Jean-Baptiste Debret e Nicolas Antoine Taunay. Com isso, o barroco seria suprimido definitivamente.
Entre as ações mais pontuais desta missão, está a criação da Academia Imperial de Belas Artes, e a execução do retrato de D. João VI – um óleo sobre tela, de pequenas dimensões (60 x 42 cm), pintado por Debret e que hoje está no Museu Nacional de Belas Artes. No entanto, mesmo com a paz selada na Europa e com a coroação do príncipe-regente, a Coroa permaneceu no Brasil e, sendo assim, era necessário afirmar a autoridade e pompa do rei.
Tema 02: Viagem pitoresca através do Brasil: Johann Moritz Rugendas
Além da missão francesa, houve outras expedições científicas que exploraram o Brasil no século XIX. Com o objetivo de catalogar e registrar a fauna, flora, minérios, população e costumes, a expedição Langsdorff percorreu o Brasil entre 1824 a 1829. O cônsul-geral da Rússia no Rio de Janeiro, barão de Langsdorff, conseguiu financiamento do czar russo para organizar esta vinda de botânicos, zoólogos, astrônomos, desenhistas, gravadores, guias, caçadores e escravos. Rugendas (1802-1858) chegou com esta expedição, mas logo se desentendeu com o barão, resolvendo continuar sua expedição solitária pelo Brasil. Foi também ao México, Chile, Argentina, Peru, Uruguai e Bolívia. Produziu diversos álbuns publicados na Europa, entre eles Viagem pitoresca através do Brasil, que só foi publicado aqui em 1940, quase 100 anos depois da publicação original em francês.
Tema 03: Academia Imperial de Belas Artes: promoção política e possibilidade de crítica
Para conhecer melhor os pressupostos da Academia Imperial de Belas Artes, precisamos falar de Manuel de Araújo Porto-Alegre: ele foi poeta, pintor, diplomata e amigo de D. Pedro II, membro fundador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, vereador da cidade do Rio de Janeiro, escritor, professor e diretor da Academia Imperial de Belas Artes.
Foi também um dos primeiros discípulos dos professores franceses. Viajou para a França e ao retornar assumiu a cadeira de Pintura Histórica na Academia Imperial de Belas Artes. Além disso, eventualmente projetava edifícios. Fundou a revista Lanterna Mágica, da qual era editor, em 1844.
Sua obra escolhida para essa aula é a primeira caricatura publicada no Brasil. Esta ilustrava o texto da revista e mostrava dois personagens: Laverno e Belchior, que criticavam a situação política do momento.
Tema 04: Escola Nacional de Belas Artes: reforma e ousadia
A transição da velha Academia Imperial para a nova Escola Nacional data de outubro de 1890. Com a então recente mudança de regime, o primeiro diretor, Rodolpho Bernardelli, tinha vários desafios. No entanto, Bernardelli recebeu a alcunha de "o iniciador da nossa vida artística" pela renovação que estava propondo com a Escola.
Na pintura, destacou-se seu irmão, Henrique Bernadelli. Este passou um tempo na Europa, e após retornar personificou a proposta do irmão diretor sobre a reforma. A obra Tarantella, de 1886, é um óleo sobre tela, tem 98 x 98 cm e está exposta no Museu Nacional de Belas Artes. Na tela, a famosa dança napolitana é ilustrada por duas moças que parecem divertir-semuito, esbanjando sensualidade, com a luz incendiando-as em primeiro plano, enquanto os músicos e outros espectadores assistem, conversam, cortejam-se uns aos outros no fundo de uma taverna.
Tema 05: Aproximações com o moderno
É notável o choque entre gerações artísticas no final do século XIX. O crescimento do Liceu de Artes e Ofícios como local alternativo ao ensino da Academia Imperial de Belas Artes e a substituição desta pela Escola Nacional de Belas Artes arrefeceu os ânimos.
Era visível o descontentamento daqueles que ansiavam por mudanças com o que ficou conhecido como arte acadêmica. Neste contexto, alguns movimentos europeus, como o Impressionismo e o Simbolismo já influenciavam os artistas brasileiros que estudaram na Europa.
Para entender a aproximação com o moderno, destacamos o artista Hélios Seelinger, que é pouco lembrado, mas foi decisivo para o desejo de modernização da pintura dentro da Escola Nacional de Belas Artes. Pelo óleo sobre tela Boemia, ele recebeu um prêmio que lhe possibilitou estudar na Europa financiado da República. Esta tela, de 103 x 190 cm, não se destacou por sua harmonia ou técnica demonstrada no pincel, mas sim pela repercussão estilística.
Na Prática
Se estivéssemos no Brasil hoje como expedição científica, o que registraríamos? Ou ainda, se fôssemos os primeiros artistas brasileiros, como gostaríamos de representar nosso país?
Escolha uma das duas perguntas para refletir, e realize esboços de um desenho que responda à questão. Depois utilize uma folha para aquarela (240 ou 300g/m²) e tinta de aquarela para realizar o registro que foi esboçado e refletido anteriormente.
Finalizando
Para finalizar, vamos revisar nossa aula.
Para demonstrar e ilustrar a importância do século XIX para o Brasil, começamos pela Missão Artística, com foco na obra "Retrato de El-Rei Dom João VI" – o que nos motivou a conhecer também o contexto político e social da Coroa que se instalou aqui. Em seguida, vimos com o álbum "Viagem pitoresca através do Brasil" um pouco mais sobre as expedições artístico-científicas que passaram pelo Brasil.
Depois, foi a vez das caricaturas de Manuel de Araújo Porto-Alegre e da Academia Imperial de Belas Artes. Estudamos que, uma vez que aqui se instaurou a República, esta academia passa a ser a Escola Nacional de Belas Artes, cujas discussões estéticas poderiam ser observadas na tela Tarantella, de Henrique Bernardelli. Por fim, nos aproximamos do moderno pela obra Boemia, de Helios Sellinger.
Esperamos ter contribuído com seus estudos sobre a arte brasileira do século XIX!
aula 4 - Arte moderna no Brasil
Tema 01: A importância de uma arte nacional: Vicente do Rego Monteiro
Iniciamos a aula tomando como ponto de partida uma exposição realizada no Rio de Janeiro em 1921, na qual a crítica associou o nome do pernambucano Vicente do Rego Monteiro ao impulso modernista.
Esta associação aconteceu pelo tema desta exposição: "lendas indígenas" e a forma de abordá-lo. Vicente do Rego, porém, não tinha como referência as tendências vanguardistas, mas sim a busca do nacionalismo, o que faz com que seu trabalho seja considerado pelo poeta Ronald de Carvalho "uma arte verdadeiramente brasileira".
No entanto, depois de um tempo de estudos em Paris, o artista voltou convencido da necessidade de uma busca pelo "primitivo" – o que o aproxima do movimento modernista do início do século XX. No entanto, uma obra sua como Atirador de arcos não é essencialmente moderna, pois ela representa elementos marajoaras de uma maneira quase arqueológica e não se vincula a nenhuma corrente vanguardista europeia modernista.
Tema 02: O ápice modernista em São Paulo
A “Semana de Arte Moderna”, ocorrida em fevereiro de 1922 no Teatro Municipal, em São Paulo, é considerada o momento mais marcante do Modernismo. Contou com a participação de intelectuais e artistas como Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Plínio Salgado, Heitor Villa-Lobos, Victor Brecheret, entre outros.
Destacamos aqui a participação de Victor Brecheret para compreendermos a produção artística e cultural paulista neste evento. Brecheret estudou na Europa e lá se encantou pela obra escultória de Auguste Rodin e Constantin Brancusi. Em nossas terras, criou obras que foram marcos do Modernismo e posteriormente se tornaram também importantes pontos turísticos, como a obra Monumento às Bandeiras, encomendada no ano de 1921, porém inaugurada somente em 1954 junto com o Parque do Ibirapuera.
Tema 03: O ápice modernista no Rio de Janeiro?
Falar de Modernismo no Rio de Janeiro pode parecer contraditório, pois tradicionalmente consideramos São Paulo e a Semana de 22 como o momento de início do modernismo. Contudo, desde 1870, artistas como Vicente do Rego Monteiro e Hélios Seelinger se aproximavam das correntes modernistas europeias e se preocupavam com a criação de uma linguagem nacional, conectada com o que havia de mais inovador em termos de produção artística na Europa.
Não podemos esquecer que na primeira década do século XX, o Rio de Janeiro continuava sendo um espaço profícuo para a produção artística, com vários embates entre os acadêmicos mais conservadores e os artistas que já anunciavam o modernismo. A revista ilustrada Fon-Fon, por exemplo, valorizava as novas formas de comunicação de vanguarda como o cinema e a fotografia experimentais, além da poesia.
Tema 04: Oswaldo Goeldi
Carlos Zílio, em 1981, já chamava Oswaldo Goeldi de "o outro do modernismo". Realmente, a obra do gravurista, ilustrador e boêmio é diferente, particular, singular e, acima de tudo, moderna.
A questão de "ser moderno" que dá título a esta aula, direciona-se especialmente à vida de Goeldi. Filho de um suíço com uma brasileira, Goeldi foi embora com os pais para a Suíça aos 6 anos de idade, regressando 22 anos depois. Ele saiu do Brasil diversas vezes, mas sempre retornava.
Sua obra, entretanto, é especialmente vinculada a temáticas brasileiras, e só a sua vivência nas ruas e nos subúrbios poderia explicar a intensidade deste trabalho. Apesar de não afirmar sua ligação com qualquer vertente vanguardista europeia, o seu trabalho em gravura revela uma forte identificação com o Expressionismo, com linhas fortes e angulosas e a prevalência de áreas escuras.
Tema 05: Ecos modernistas no Paraná
O principal eco modernista no Paraná é o movimento Paranista, especialmente nas décadas de 1920-1930. O objetivo era construir uma identidade artística singular para o estado, que há pouco mais de 60 anos deixara de ser província de São Paulo.
Seguindo a tendência modernista em todo o país, o Paraná buscava alinhar as premissas nacionais com suas particularidades regionais. Romário Martins, intelectual, escritor, historiador e literato foi um expoente neste sentido. Forjou, inclusive, uma história mítica, na qual ecoava a noção de paraíso com perfeita rede fluvial, clima, flora e fauna produtivas sustentadas pela erva-mate e a possibilidade de extração de madeira, principalmente o pinho. Até hoje, o pinheiro e o pinhão são símbolos paranaenses.
Lange de Morretes e João Turin, por exemplo, fizeram pinhas estilizadas para compor a imagem do movimento paranista.
Na Prática
Pesquise sobre revistas ilustradas na década de 1950. Pesquise inclusive se na sua cidade elas circulavam nesta década.
Em seguida, que tal criar uma capa para uma revista dessa época? Escolha um tema que esteja em discussão no momento: pode ser algo de cunho social, artístico, político, literário ou econômico. Escolha um nome bem interessante para a revista. Com o auxílio de revistas antigas, encontre imagens que tenham relação com a temática escolhida. É possível até mesmo escolher várias imagens e fazer uma sobreposição delas na montagem da capa. Recorte e cole as imagens em papel sulfite 180g/m². O nome deve ser colocado no topo. Você pode brincar com a periodicidade dela, colorir, desenhar o nome ou construí-lo com recortes ou montagens.
O que vale é o recado que você vai transmitir com esta capa, para que o futuro leitor compreenda qual é o temae o seu posicionamento: crítico, irônico ou elogioso, por exemplo.
Finalizando
Nesta aula, abordamos a primeira metade do século XX por meio de alguns artistas específicos e a relação deles com o sentimento de moderno. Neste "ser moderno", circula a angústia progressista e o acompanhamento/embate com as vanguardas europeias.
Começamos por Vicente do Rego Monteiro, o artista pernambucano que sentia a necessidade de falar das lendas indígenas, entendendo-as como o mais primitivo e essencial da arte brasileira. Em seguida, estudamos as questões específicas de São Paulo, incluindo a semana de 22. Por outro lado, vimos o que os cariocas buscaram em termos de identidade. Dentre os cariocas, além da revista Fon-Fon, um artista era diferente: Oswaldo Goeldi. Por último, estudamos o movimento paranista que se referenciou nas questões modernistas, e também João Turin e Lange de Morretes com suas pinhas e pinhões estilizados.
aula 5 - Rumo às abstrações
Tema 01: No Rio de Janeiro: contexto político e sensibilidade artística
Com o fim da 2ª Guerra Mundial, a Europa devastada e novos regimes de governo em ascensão, o rádio e o jornal serviam também à manipulação das massas – inclusive no Brasil, onde os governantes se utilizaram destes meios para incutir o sentimento de progresso no povo brasileiro. A intenção era abrir o país às indústrias estrangeiras, motivando o consumo dos produtos mais inovadores.
Desta maneira, os cartazes de propaganda refletiam o progresso econômico e social buscados pela população em ascensão intelectual. Todavia, o modernismo presente até então na arte nacional, associado às origens do Brasil e a uma arte ainda figurativa dos anos 1920, já não expressava mais o novo sentimento progressista da sociedade carioca.
Tema 02: São Paulo e a urbanização
Até o final da década de 1930, o Rio de Janeiro ainda era o grande polo político e econômico do Brasil. Por outro lado, os anos 1940 e 1950 em São Paulo foram de urbanização acelerada. A atenção voltada aos modernos e o interesse dos imigrantes pela cidade foi transformando-a em outro importante polo brasileiro – o que favoreceu o seu desenvolvimento, deixando para trás a alcunha de província.
Na arte podemos destacar a criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP), em 1947, pelo entusiasta da arte e da comunicação Assis Chateubriand, e também o Museu de Arte Moderna (MAM), em 1948, que trataremos a seguir. Por meio doações e graças aos contatos de Chateaubriand e Pietro Bardi (primeiro administrador do museu), o MASP formou um acervo de enorme valor artístico, com peças não somente de arte brasileira, mas sobretudo de arte europeia e moderna. Com isso, o museu agitou de vez a vida cultural de São Paulo no final dos anos 1940.
Tema 03: A criação dos Museus de Arte Moderna em São Paulo e no Rio de Janeiro
Após a Segunda Guerra Mundial, um grupo de intelectuais cariocas percebeu que a assimilação das correntes modernas de vanguarda, a diversificação de equipamentos culturais e a aquisição cada vez maior de obras de arte por parte do Estado indicavam a necessidade de um espaço dedicado a promover encontros da arte com o público.
Assim, e pelo empenho do empresário e colecionador de arte Raymundo Ottoni de Castro Maya, foi inaugurado, em 1948, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM-RJ), palco de diversos acontecimentos que fomentaram a arte abstrata e performática dos anos 1950 e 1960.
O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) foi criado no mesmo ano com o intuito de preservar a arte moderna produzida em São Paulo, bem como ser um receptor das novas experiências artísticas. Com a coleção de Ciccilo Matarazzo, o museu abriu em 1948 e fechou em 1963, quando este colecionador transferiu seu acervo ao MAC-USP. O MAM-SP foi reinaugurado em 1969.
Tema 04: Instituição de novos paradigmas - a Bienal de 1951
A 1ª Bienal de São Paulo, ocorrida em 1951, foi fruto da promoção da arte e da sociedade intelectual paulistana, que queria se inserir de uma vez por todas no cenário internacional.
Com um cartaz de divulgação com motivos geométricos, e premiando o artista suíço Max Bill – de corrente construtivista – esta Bienal foi um divisor de águas na assimilação e propagação da linguagem abstrata no Brasil. Artistas como Ivan Serpa, Waldemar Cordeiro e Geraldo de Barros serão influenciados pela corrente abstrata informal.
A Exposição Nacional de Arte Concreta em 1956 foi também um exemplo da força e do impacto da Bienal no país. Posteriormente, em 1962, Ciccilo Matarazzo cria a Fundação Bienal, desvinculando a Bienal Internacional de São Paulo do MAM-SP, que a promovia. Logo em seguida, em 1963, Matarazzo se desligaria por completo do museu (incentivando o seu fechamento), retirando o seu acervo dali e doando-o ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Tema 05: Os abstratos
Agora conheceremos dois grupos: o primeiro, Grupo Ruptura de São Paulo, que nasce da influência das correntes abstratas informais e do impacto da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, e era formado por artistas que viviam em São Paulo. Participaram do grupo: Waldemar Cordeiro, Lothar Charoux, Geraldo de Barros, Luiz Sacilotto, Kasmer Féjer, Anatol Wladyslaw e Leopoldo Haar. Estes artistas afirmavam que a arte era expressão da pura forma, da repetição de padrões geométricos calculados, nas quais não havia mais espaço para a expressão humana e, portanto, encaravam a arte como objeto.
Já no Rio de Janeiro, os abstratos mais conhecidos são os do Grupo Frente, formado pelos artistas Ivan Serpa, Lygia Clark, Lygia Pape, Aluísio Carvão e Décio Vieira. A 1ª exposição ocorreu em 1954, no Instituto Brasil-Estados Unidos; para a 2ª mostra, em 1955, unem-se ao grupo Franz Weissmann, Hélio Oiticica, Abraham Palatnik, João José da Silva Costa e Eric Baruch.
Na Prática
Com formas orgânicas e cores vibrantes, Tarsila do Amaral, apesar de não ter participado da Semana de 22, é uma das artistas mais conhecidas, principalmente a sua fase antropofágica. Pesquise no Catálogo Raisonné da artista disponível online as obras do período proposto.
Depois, em uma base rígida, como um papelão, cartolina de alta gramatura ou similar, construa com massa de modelar em diversas cores, uma releitura de alguma das obras de Tarsila. É mais interessante observar em diversas obras os volumes e formas que a artista constrói, e se inspirar neles para reconstruir estas formas de seu trabalho em alto relevo. Você pode investir em cores.
Fotografe o trabalho de maneira que o enquadramento seja cuidadoso e o mais preciso possível, com uma luz que favoreça a visão de volume da massa de modelar. O trabalho final não é a construção em massa de modelar, mas sim a fotografia bem realizada que realce as cores e os volumes trabalhados.
Finalizando
Nesta aula contextualizamos as décadas de 1940 e 1950 com base na noção de desenvolvimento tecnológico e político que influenciou o meio artístico. Vimos esta influência sobre os artistas no contexto do Rio de Janeiro por meio das propagandas impressas e divulgadas na época – momento em que o Rio ainda colhia os frutos de ser um polo econômico e social desenvolvimentista.
Estudamos que, nesta época, São Paulo deixava de ser uma província para ser conhecida como "a locomotiva do Brasil". Como um desdobramento das análises anteriores, estudamos a criação dos Museus de Arte Moderna, em São Paulo e no Rio de Janeiro, cada um com suas peculiaridades. Na sequência, vimos a importância das bienais no abstracionismo nacional e os grupos de artistas Ruptura e Frente.
aula 6 - Arte contemporânea brasileira
,Tema 01: Novas linguagens e novas tecnologias: o vídeo e o MAC-USP
Ao longo do século XX, outras linguagens artísticas foram sendo incorporadas às tradicionais, na medida em que as tecnologias utilizadas foram se aprimorando. Da fotografia aos meios impressos (como a fotocópia), além do vídeo – principalmente com a popularização da câmera Super-8, influenciada pela primeira câmera de filmagem comercial e portátil, a Cine Kodak Eight, de 1932.
Em meados dos anos1960, a Super-8, de baixo custo e fácil manipulação caiu nas graças dos artistas norte-americanos, e logo alcançou também os brasileiros, como Hélio Oiticica, que realiza o "quase-cinema" com o cineasta Neville D'Almeida.
Assim como este equipamento se incorporou no trabalho de Oiticica, a produção artística contemporânea também é influenciada pelo surgimento de novos aparelhos e pelo acesso dos artistas aos diferentes tipos de tecnologia.
Tema 02: Desmaterialização e conceitualismo
O termo desmaterialização foi cunhado pela crítica de arte norte-americana Lucy Lippard em seu livro Seis anos: a desmaterialização do objeto de arte, de 1966 a 1972. Nesse, a autora chamou de arte desmaterializada a arte conceitual, arte de informação ou arte da ideia – termos ainda vagos no início dos anos 1970. As novas tecnologias – como o uso do computador, objetos e impressos – se associam ao fazer artístico, e a instalação é uma linguagem de apresentação da obra que parece aos artistas a mais apropriada para produzir obras de cunho informativo, político e impactante. No Brasil, o seu livro influenciou artistas como Cildo Meirelles, Waltercio Caldas e Mira Schendel em obras como Desvio para o vermelho, Convite ao Raciocínio e a série Toquinho, respectivamente.
Tema 03: Neoconcretismo
Do Grupo frente deriva-se a nova vertente da arte brasileira chamada de Neoconcretismo. O Manifesto Neoconcreto apresentado na ocasião da 1ª Exposição de Arte Neoconcreta, no Rio de Janeiro em 1959, foi assinado pelos artistas Amilcar de Castro, Ferreira Gullar, Franz Weissmann, Lygia Pape, Lygia Clark, Reynaldo Jardim e Theon Spanudis.
No manifesto, os artistas afirmar o caráter sensível da arte neoconcreta, se distanciando de qualquer objetividade, de qualquer relação com a máquina ou com o mecânico. Os artistas conduzem o espectador a uma experiência completa com a obra na medida em que aquela demanda a participação deste e procuram "exprimir a complexa realidade do homem".
Outros artistas se juntaram ao grupo, como Hélio Oiticica, Aluísio Carvão, Hércules Barsotti e Willys de Castro.
Tema 04: Arte e engajamento
Artistas como Nelson Leirner, Carlos Fajardo, Wesley Duke Lee, Geraldo de Barros, José Resende, Marcello Nitsche, Carmela Gross, Antonio Dias, Rubens Gerchman, Pedro Escostesguy, Regina Silveira, Carlos Vergara e Artur Barrio são alguns exemplos dos que trabalharam ou continuam trabalhando com temáticas políticas e sociais, como a violência – tanto aquela dos anos da ditadura brasileira quanto a da violência urbana que presenciamos nas ruas das cidades brasileiras.
A artista Regina Silveira, por exemplo, realizou a série de serigrafias Middles Class & Co, em 1971-1972, que aponta para a separação social igualitária ou desigual, assim como para a própria dilaceração do indivíduo diante da sociedade em que está inserido. Em 2015, Silveira apresentou a exposição Crash! no Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba (PR), apresentando diversas obras com a temática de armas e objetos que denotam o contexto de violência da atualidade.
Tema 05: Grafite e a relação social com a cidade
No Brasil, o grafite se popularizou a partir dos anos 1980 juntamente com a cultura do hip-hop. Como cultura urbana, a intenção dos artistas que trabalham com o grafite é expressar-se por meio de versos de músicas ou nos muros e paredes da cidade, abordando questões individuais ou coletivas – como racismo, preconceito cultural, desigualdade social – fazendo destes espaços de convivência galerias a céu aberto e de expressão.
Com o tempo, o grafite vem se desvinculando da cultura hip-hop na medida em que se insere em um circuito artístico também novo chamado de “arte pública”. Meios oficiais como museus, governos municipais e estaduais e empresas privadas que incentivam a cultura ajudam a popularizar o trabalho de artistas como o da dupla Os Gêmeos, de São Paulo, já reconhecidos internacionalmente.
Na Prática
Por meio do conceito de desmaterialização da arte trabalhado nesta aula, com exemplos de artistas brasileiros como Cildo Meireles e Waltercio Caldas, realize a seguinte atividade:
Como arte do processo ou arte da ideia, realize uma instalação composta com até 5 objetos do cotidiano ou do mercado, ou seja, se aproprie de objetos já existentes.
A proposta é que o trabalho consista não somente na composição destes objetos, mas, principalmente na ideia a ser transmitida com o trabalho. Podemos partir de diversos temas atuais e polêmicos para que prevaleça uma informação crítica a partir da instalação.
Fotografe o trabalho em diversos ângulos para o registro.
Finalizando
Nesta aula, em vez de fechar a disciplina, deixaremos ela em aberto, justamente porque vivemos a arte contemporânea diariamente. Ao se pensarmos na produção atual, entendemos que os artistas das décadas de 1960 e 1970 foram fundamentais.
Nas décadas de 1980 e 1990 enfatizamos o grafite, uma arte pública em ascensão. Hoje temos o engajamento político, mas sem rejeitar o conceito de beleza já clássico da história da arte. A produção contemporânea modifica a forma de diversas maneiras e busca um significado para a apreciação estética que se relacione com a vida – e a ligação entre arte e vida está definitivamente estabelecida.

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