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Como montar uma editora EMPREENDEDORISMO Especialistas em pequenos negócios / 0800 570 0800 / sebrae.com.br Expediente Presidente do Conselho Deliberativo Robson Braga de Andrade – Presidente do CDN Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretora Técnica Heloísa Regina Guimarães de Menezes Diretor de Administração e Finanças Vinícius Lages Unidade de Capacitação Empresarial e Cultura Empreendedora Mirela Malvestiti Coordenação Luciana Rodrigues Macedo Autor Luiz Antonio Fernandes Cascão Projeto Gráfico Staff Art Marketing e Comunicação Ltda. www.staffart.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / TOKEN_HIDDEN_PAGE Sumário 11. Apresentação ........................................................................................................................................ 22. Mercado ................................................................................................................................................ 23. Localização ........................................................................................................................................... 34. Exigências Legais e Específicas ........................................................................................................... 65. Estrutura ............................................................................................................................................... 66. Pessoal ................................................................................................................................................. 77. Equipamentos ....................................................................................................................................... 78. Matéria Prima/Mercadoria ..................................................................................................................... 89. Organização do Processo Produtivo .................................................................................................... 910. Automação .......................................................................................................................................... 1011. Canais de Distribuição ........................................................................................................................ 1012. Investimento ........................................................................................................................................ 1113. Capital de Giro .................................................................................................................................... 1214. Custos ................................................................................................................................................. 1315. Diversificação/Agregação de Valor ..................................................................................................... 1316. Divulgação .......................................................................................................................................... 1417. Informações Fiscais e Tributárias ....................................................................................................... 1618. Eventos ............................................................................................................................................... 1719. Entidades em Geral ............................................................................................................................ 1920. Normas Técnicas ................................................................................................................................ 1921. Glossário ............................................................................................................................................. 1922. Dicas de Negócio ................................................................................................................................ 2023. Características .................................................................................................................................... 2124. Bibliografia .......................................................................................................................................... 2325. URL ..................................................................................................................................................... A presentação / A presentação 1. Apresentação Pequenas, médias ou grandes, as editoras trabalham com segmentos e perfis de livros específicos. Estabelecer parcerias é fundamental para o êxito do negócio. Aviso: Antes de conhecer este negócio, vale ressaltar que os tópicos a seguir não fazem parte de um Plano de Negócio e sim do perfil do ambiente no qual o empreendedor irá vislumbrar uma oportunidade de negócio como a descrita a seguir. O objetivo de todos os tópicos a seguir é desmistificar e dar uma visão geral de como um negócio se posiciona no mercado. Quais as variáveis que mais afetam este tipo de negócio? Como se comportam essas variáveis de mercado? Como levantar as informações necessárias para se tomar a iniciativa de empreender A presente idéia de negócio apresenta em seu conteúdo as informações necessárias para que um empreendedor possa abrir uma Editora de Livros. Possui em seu conteúdo informações sobre localização, tipos de segmento a ser buscado, números do setor e dicas importantes para se abrir uma editora. Almeida (2008) afirma que há “três tipos de editoras existentes em nosso país: 1) editoras grandes, que publicam os best-sellers internacionais e autores nacionais consagrados; 2) editoras médias, que publicam livros em parceria (com o próprio autor ou com instituições estatais ou privadas) e fazem pouquíssimas apostas (de bancar o custo integral de um livro); e 3) editoras pequenas, que publicam livros financiados pelo autor.” Ainda segundo Almeida, a distribuição de livros permanece em uma guerra diária de todos contra todos. Frisa ainda que as “grandes editoras compram espaços nas livrarias. A rotatividade de lançamentos é alucinante. As editoras médias precisam dar descontos elevados para conseguir que os seus livros fiquem nas lojas. Editoras pequenas só conseguem algum espaço, mínimo, se tiverem acordo com uma distribuidora, que pode até ser uma editora ou um grupo de editoras ou, ainda, apenas distribuidora.” Mesmo com esse cenário de briga por espaços e lançamentos dos livros, este mercado está em crescimento. Montar uma editora irá exigir que o empreendedor faça uma busca bem detalhada do tipo de segmento que deseja atuar, o perfil dos livros que irá publicar. Essa é um fator inicial bastante importante, pois permitirá direcionar os esforços para um público-alvo específico. Nesse tipo de negócio, o editor, nesse caso o empreendedor, deverá sugerir alterações ao autor, com vista a ajustar o livro ao mercado. Essas alterações podem passar pela editoriação do texto, ou pelo acréscimo de elementos que possam beneficiar a utilização/comercialização do mesmo pelo leitor.Deve-se ter em mente também que boa parte dos livros são comercializados em livrarias, sendo este um excelente canal de distribuição. Este documento não substitui a elaboração do plano de negócio.para elabirá-lo procure o Sebrae. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 1 www.sebrae.com.br Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce Junior Realce A presentação / A presentação / M ercado / Localização 2. Mercado "O Brasil se apresentacomo um país com excelente potencial e ótimo mercado, em crescimento, para se montar uma Editora de livros. Tal informação é corroborada com a recente pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômica (FIPE) realizada a pedido da Câmara Brasileira de Livros (CBL) e o Sindicato Nacional de Editoras de Livros (SNEL). Segundo a pesquisa, o número de títulos publicados em primeira edição decaiu 9,03%, de 20.177 em 2006 para 18.356 no ano passado, enquanto que os exemplares produzidos subiram 37,94%, de 81.374.917 para 122.248.282. Ainda de acordo com os dados da pesquisa, somada as primeiras edições com as reedições, o número de títulos caiu de 46.025 para 45.092 (-2.03%), enquanto que os exemplares impressos subiram de 320.636.824 para 351.396.288 (9,59%). Indicando que há demanda por livros e, por conseqüência, espaço para novas editoras no mercado. Os principais segmentos que experimentaram crescimento no número de títulos foram os de livros religiosos (+27,08%) e de obras gerais (+10,82%), enquanto os científicos, técnicos e profissionais (CTP) decaíram sensivelmente (- 19,04%), os didáticos tiveram alguma redução (-6,03%), embora ainda seja o subsetor que mais editou títulos em 2007, 16.831, seguido pelas obras gerais, com 12.911, CTP, com 9.780, e religiosos, com 5.570 títulos. (DORIGATTI, 2008) Quando tratamos de montantes financeiros, faturamento, o mercado de livros possui tendência de crescimento, conforme dados apresentados pela pesquisa realizada pela FIPE. As editoras analisadas aumentaram seu faturamento em 6,41%, atingindo um valor de R$ 2,286 bilhões. O setor de livros CTP foi o único que apresentou queda de 0,68%. Os setores com crescimento mais expressivos foram os de obras religiosas, com acréscimo de 12,80%, seguido pelos didáticos, com 11,40%, e as obras gerais, com 1,67%. Em termos de arrecadação, os livros didáticos faturaram R$ 971,5 milhões, os de obras gerais, R$ 626,1 milhões, CTP, com R$ 415,7 milhões, e religiosos, com R$ 273,1 milhões. Portanto, como pode ser visto o mercado de editora de livros se apresenta como uma boa oportunidade para quem quiser montar um negócio nesse segmento. Os principais segmentos são de livros religiosos, em número de tiragem, e os livros didáticos em termos de faturamento. """" 3. Localização A localização é um aspecto determinante do sucesso do empreendimento: segundo pesquisa do SEBRAE realizada em 2005, a localização inadequada é responsável por 8% das empresas que fecharam as portas antes de completarem quatro anos de funcionamento. Especialistas no assunto avaliam que a escolha do ponto adequado responde por até 25% do sucesso do comércio. Os principais pontos a considerar são: Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 2 www.sebrae.com.br Junior Realce Junior Realce Junior Realce A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas • O preço do aluguel;• A compatibilidade entre o público local e o padrão de serviço a ser prestado: maior renda, maior sofisticação; menor renda, menor preço;• Visibilidade: se não se sabe (ou se vê) que naquela localização existe o prestador de serviço, não se vai lá atrás do serviço;• Conforto: se há necessidade de ir de carro, há que ter estacionamento; se a expectativa é de haver picos de demanda (caso típico deste prestador de serviços nos sábados, dia em que as pessoas normalmente resolvem seus assuntos pessoais), o ambiente tanto do estabelecimento quanto da vizinhança deve ser agradável; etc. Assim sendo, uma boa localização é aquela que favorece o acesso das pessoas, com o menor grau possível de dificuldade. Se o atendimento for destinado ao público em geral é importante que a loja possua boa visualização em área de grande fluxo de pessoas, próxima ao local de residência ou de trabalho do público-alvo. Para o caso de uma editora, onde a principal atividade é a de prestação de serviços de editoração de um livro, a localização tem que levar em conta esses aspectos. Assim, as principais considerações são:• O acesso fácil a empresa; • Tamanho e dimensão da prestação de serviços, que irá definir a quantidade de pessoas e a área necessária para comportar todos;• Suprimento de água confiável (ou potável);• Suprimento adequado de energia e ininterrupto;• De preferência vizinhança tranqüila. 4. Exigências Legais e Específicas O empreendedor que deseja abrir uma empresa deve procurar conhecer as legislações e os procedimentos corretos para tal fim. A legislação específica para a abertura de empresas segue as normas instituídas pelo Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), que funciona como órgão nacional destinado à supervisão, orientação, coordenação e normatização, no plano técnico; e supletiva, no plano administrativo, e as Juntas Comerciais (JC) como órgãos de execução e administração dos serviços de registro no Brasil. Em seu sitio, www.dnrc.gov.br, estão todas as normas, legislações vigentes e endereços e telefones das Juntas Comerciais em todos os Estados e no Distrito Federal. Para se tornar um empreendedor/empresário, a pessoa deve se atentar aos princípios legais vigentes no Código Civil Brasileiro de 2003, dentre os quais indica que a idade mínima para constituir uma sociedade é de 18 anos e a idade para emancipação varia dos 16 aos 18 anos, desde que não seja impedida legalmente. Abaixo é apresentado um passo-a-passo genérico para abertura de uma empresa no Brasil: 1º passo – LocalizaçãoO primeiro passo é definir a localização da empresa para que seja realizada uma consulta prévia de endereço na Administração Municipal para verificar se a atividade pretendida é compatível com a lei de zoneamento da região pretendida, inclusive sobre questões ambientais. O cliente fornece endereço e a atividadepara análise da administração. Etapa imprescindível para abertura da empresa. É interessante, no momento da consulta, verificar se o imóvel está Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 3 www.sebrae.com.br Junior Realce Junior Realce A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas regularizado, isto é, se possui HABITE-SE e se os IPTU’s estão em dias. 2º passo – escolha do tipo de Sociedade EmpresáriaConforme o novo Código Civil existem cinco tipos de sociedade que podem ser organizadas no Brasil: Sociedade em Nome Coletivo, Comandita Simples, por Ações, Anônima e Limitada, sem as últimas as mais comuns no Brasil. De todas as apresentadas, a melhor para se constituir uma empresa, de pequeno porte, é Sociedade Limitada, por possuir regramentos mais simplificados e preservar melhor os sócios. 3º passo – Nome da EmpresaToda empresa dever ter um nome. Nesse momento, o empresário escolhe o nome de sua empresa e na Junta Comercial ou no Cartório de Registro de Pessoa Jurídica de seu município efetua uma pesquisa para saber se o nome já está registrado. Essa consulta é realizada em formulário próprio obtido na hora. Há possibilidade de ser realizada pela Internet. Aproveite para verificar no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual se o nome ou marca já estão patenteados. 4º passo – Contrato Social e Demais DocumentosAinda na Junta Comercial ou Cartório de Registro de Pessoa Jurídica, após a definição do nome da empresa, deverá ser apresentado os seguintes documentos:• Contrato Social ou Requerimento de Empresário Individual ou Estatuto, em três vias;• Cópia autenticada do RG e CPF do titular ou dos sócios;• Requerimento Padrão (Capa da Junta Comercial ou Cartório), em uma via;• FCN (Ficha de Cadastro Nacional) modelo 1 e 2, em uma via;• Pagamento de taxas através de DARF. O Contrato Social é a peça principal na constituição da empresa. Nele são identificados os objetivos da empresa, a composição societária e a forma jurídica de constituição da mesma. São apresentados as legislações, deveres e direitos dos sócios. Conforme Estatuto da Micro e Pequena Empresa (LC 123/2006), não haverá a necessidade da assinatura de um advogado nesse documento. Nos demais casos essa assinatura é obrigatória.Peça auxílio ao seu contador ou advogado. Ao final dessa etapa será emitido o Número de Identificação do Registro da Empresa (NIRE), necessário para cadastramento da empresa junto à Secretaria da Receita Federal, nosso próximo passo. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 4 www.sebrae.com.br Junior Realce A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas 5º passo – Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)Com o NIRE em mãos, o empresário deve registrar sua empresa junto à Secretaria da Receita Federal, efetuado exclusivamente pela internet através de programa específico. Os documentos exigidos, apresentados no momento do cadastramento, serão enviados por SEDEX para a Receita Federal. O número do CNPJ será disponibilizado também pela internet. É de extrema importância nessa fase que o empresário defina o porte de seu empreendimento e sua classificação, pois é nessa etapa em que a depender da atividade exercida o contribuinte poderá optar pelo sistema de tributação simplificada, o SIMPLES.Aproveite para ir a Secretaria da Receita Estadual para verificar quais os tributos sua empresa deverá pagar e efetuar o registro nesse órgão, item obrigatório para os setores do comércio, indústria e serviços de transporte intermunicipal e interestadual, bem como os serviços de comunicação e energia. A inscrição estadual é essencial para a obtenção da inscrição no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Há casos em que essa inscrição ocorre em conjunto com o CNPJ. Verifique no site da Receita Federal os órgãos que possuem convênio. 6º passo – Alvará de FuncionamentoO alvará de funcionamento, documento obtido junto à prefeitura, ou administração regional ou na Secretaria Municipal da Fazenda de cada município, é o documento final que autoriza o funcionamento da empresa. Na maioria dos casos, os documentos necessários são:• Formulário próprio da prefeitura;• Consulta prévia de endereço aprovada;• Cópia do CNPJ;• Cópia do Contrato Social;• Laudo dos órgãos de vistoria, quando necessário. A depender do tipo de atividade a ser exercida, é necessária que uma vistoria seja realizada no local. Essas vistorias são realizadas por diversos órgãos, tais como: corpo de bombeiro (obrigatória), vigilância sanitária, órgãos ambientais e outros. Veja se sua atividade é passível de licenciamento ambiental no órgão responsável em seu município. Quando o atendimento é realizado no próprio domicílio, a obtenção do alvará de funcionamento é condicionada a declaração explícita dos vizinhos de que a atividade não traz prejuízos à comunidade, autorizando o funcionamento do estabelecimento. 7º passo – Cadastramento na Previdência SocialApós realizar com sucesso as etapas anteriores, o empresário já pode iniciar o seu tão sonhado negócio. Contudo, ainda há a necessidade de realizar o cadastramento da empresa na Previdência Social e de seus sócios em até 30 dias, mesmo que não possuía nenhum funcionário. 8° passo – Aparato FiscalPara finalizar e iniciar de forma legal o negócio, o empreendedor deverá se dirigir Secretaria de Estado da Fazenda para solicitar a autorização para impressão das notas e dos livros fiscais. A ajuda do contador, nesse Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 5 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal momento, é muito importante. Pronto, seu negócio está apto a ser iniciado e com todas as necessidades cumpridas. Observações:• Não esqueça que a partir desse momento a empresa deverá cumprir outras obrigações de caráter fiscal, tributária, trabalhista, previdenciárias e empresariais;• O novo empresário deve consultar o PROCON para adequar seus produtos às especificações do Código de Defesa do Consumidor (LEI Nº 8.078 DE 11.09.1990). 5. Estrutura O empreendedor, ao iniciar seu negócio deverá prestar atenção as reais necessidades que terá para por sua empresa para funcionar. Assim, cabe mencionar inicialmente que uma editora de livros não necessita de uma grande estrutura para realizar as suas atividades, principalmente por que boa parte das etapas da produção e distribuição de livros é terceirizada. A estrutura necessária para uma editora é composta de salas para o pessoal administrativo, para o Departamento editorial, de produção, comercial, de Marketing, assim como vários outros serviços necessários ao funcionamento de uma empresa, podendo variar consoante as funções e serviços exercidos pela empresa. Tudo deve depender do volume esperado. Uma editora de pequeno porte pode funcionar dentro da casa do próprio editor, onde os sócios ou equipe terceirizada podem se reunir on-line ou mesmo em café, livrarias e demais locais, de forma a reduzir os custos. A área necessária para instalação de uma editora de pequeno porte deve ter pelo menos 50 m², com divisórias ou salas para a equipe realizar suas atividades. Salas específicas para leitura e revisão dos originais são fundamentais, contundo não precisam ser grandes. Pense também em salas, com divisórias ou estações de trabalho, para pessoal de artes gráficas e designers. Outra área é a recepção, que deve comportar ao menos uma mesa para secretária com cadeiras e sofá para espera dos clientes. Um pequeno espaço deve ser reservado para estocar os livros .Pense em ambientes onde possam ser aproveitados, quando couber, luz e ventilação natural, evitando custos desnecessários. 6. Pessoal A necessidade de pessoal, tal qual o tamanho da infraestrutura, vai depender diretamente do volume de serviços esperado pelo empreendedor. O pessoal necessário para trabalhar numa editora são em geral especialistas em diversas áreas, como os próprios editores, revisores, gráficos e designers, capistas, etc. Para uma pequena editora são necessárias poucas pessoas para gerenciar o negócio, fazer as vendas e cuidar das atividades administrativas, que nesse caso pode ser o próprio dono, mais uma pessoa para assessoramento, como uma secretária ou mesmo outro editor. Mais uma pessoa para efetuar a limpeza cotidiana do local. Se for levar em consideração um volume elevado de serviços de editoração, haverá a necessidade de um numero superior de funcionários e com qualidades técnicas especificas, podendo Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 6 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria chegar até 40 pessoas. Haverá necessidade de pessoal para cada etapa produtiva, bem como para as áreas administrativas: gerência financeira, vendas, contador, faxineiros, dentre outros já mencionados. É interessante que as pessoas tenham treinamento para uso e conservação de equipamentos, redução de desperdícios e higiene pessoal e do local de trabalho. 7. Equipamentos Os equipamentos necessários também variam com o tamanho do volume esperado pelo empreendedor. Como a atividade é prestação de serviços, a necessidade de equipamentos é mínima, principalmente quando parte dos serviços é terceirizada, como é o caso das gráficas. Os principais equipamentos utilizados são os computadores, impressoras, telefones, ventiladores, ar condicionado, móveis e utensílios de escritório, dentre outro. Também são utilizados softwares para editoração, diagramação, criação de gráficos e designers. As impressoras mais utilizadas são as Impressoras a jato de tinta e a laser, as Buble jet ou térmico e a Piezo-elétrico. É interessante para o editor verificar a real necessidade de compra de tal equipamento, uma vez que as gráficas que irão efetuar os serviços de impressão dos livros possuírem tais equipamentos e, ao realizarem um negócio com a editora, irão dispor de “provas” dos livros para avaliação final do Editor. 8. Matéria Prima/Mercadoria A gestão de estoques no varejo é a procura do constante equilíbrio entre a oferta e a demanda. Este equilíbrio deve ser sistematicamente aferido através de, entre outros, os seguintes três importantesindicadores de desempenho: Giro dos estoques: o giro dos estoques é um indicador do número de vezes em que o capital investido em estoques é recuperado através das vendas. Usualmente é medido em base anual e tem a característica de representar o que aconteceu no passado. Obs.: Quanto maior for a freqüência de entregas dos fornecedores, logicamente em menores lotes, maior será o índice de giro dos estoques, também chamado de índice de rotação de estoques. Cobertura dos estoques: o índice de cobertura dos estoques é a indicação do período de tempo que o estoque, em determinado momento, consegue cobrir as vendas futuras, sem que haja suprimento. Nível de serviço ao cliente: o indicador de nível de serviço ao cliente para o ambiente do varejo de pronta entrega, isto é, aquele segmento de negócio em que o cliente quer receber a mercadoria, ou serviço, imediatamente após a escolha; demonstra o número de oportunidades de venda que podem ter sido perdidas, pelo fato de não existir a mercadoria em estoque ou não se poder executar o serviço com prontidão. Portanto, o estoque dos produtos deve ser mínimo, visando gerar o menor impacto na alocação de capital de giro. O estoque mínimo deve ser calculado levando-se em conta o número de dias entre o pedido de compra e a entrega dos produtos na sede da Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 7 www.sebrae.com.br Junior Realce Junior Realce Junior Realce A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo empresa As matérias-primas utilizadas na editoração de um livro são os papéis nos quais os livros serão impressos, as tintas a serem utilizadas, o acabamento das capas, e o formato dos papéis. O papel é o componente principal no sistema de impressão. É o suporte para impressos editoriais, promocionais ou comerciais. Como existem diversos tipos de papel, são listados abaixo apenas os nomes. Caso o empreendedor deseje conhecer melhor a aplicação, vide Resposta Técnica 13508 listada na bibliografia. • Off- set• Offset telado• Polen rústic• Polen bold• Polen soft• Alta print• Pólen bold• Couchê• Couchê L1• Couchê L2• Couchê monolúcido• Couchê matte• Couchê textura• Couchê textura skin• Couchê textura panamá• Couchê cote• Duplex cote• Color cote• Pearl cote• Doblecote• Lamicote• Metalcote• Film coating• Top print• Opaline• Vergê• Color plus• Super bond• Flor post• Cartolina• Cartão grafix• Capa texto• Cartão duplex• Papel jornal• Papel kraft• Micro ondulado• Papel canson Os papéis podem ser identificados pela sua gramatura, variando normalmente de 50 a 350 gramas definindo o peso e volume final do impresso. A gramatura é fator preponderante na composição de custos do impresso, tanto na impressão, quanto na distribuição, principalmente quando via correio. Deve-se levar em conta o formato do papel e as cores dos mesmos, cada um com preços diferentes, para a realização de determinado tipo de livro, bem como as diferentes texturas existentes, lisos, texturados, calandrados, telados, etc. Outros produtos a serem considerados durante a montagem de uma obra literária são as tintas que serão usadas – corantes, pigmentadas, toner – e suas cores. 9. Organização do Processo Produtivo A editoração e publicação de livros são atividades consideradas relativamente complexas, pois nela participam diversas pessoas como os autores, outros profissionais, técnicos e intelectuais, e, em alguns casos, são necessários modernos instrumentos para a efetivação do processo de produção de um texto.Portanto, para que um livro seja criado e esteja disponível para venda deve passar por várias etapas estruturadas cuidadosamente. (EDITORA VOZES) Conforme apresentado pela Editora Vozes, as etapas seguintes são fundamentais para realização de um livro:Elaboração do original – Etapa não realizada pela Editora Chama-se comumente de "original" o texto escrito antes de ser transformado em livro impresso. Elaborado por um ou vários autores, após meses ou mesmo anos de pesquisa e desenvolvimento, o texto original pode conter, dependendo do assunto, do objetivo e do público- alvo da obra, também imagens e ilustrações diversas, igualmente criadas pelos autores ou utilizadas de terceiros em conformidade com as disposições legais. Produção gráfica e visual – Etapa realizada pela EditoraO trabalho realizado pelos autores é aprimorado e cuidadosamente aperfeiçoado, primeiramente, do ponto de vista editorial por uma equipe de especialistas em editoração e revisão, e em seguida, por diagramadores, Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 8 www.sebrae.com.br Junior Realce Junior Realce A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação designers, ilustradores e capistas, profissionais experientes que desempenham um papel importante na etapa do desenvolvimento do projeto gráfico. pré- Impressão – Etapa coordenada pela Editora Esta é a terceira etapa do processo de produção, em que o texto e as imagens diagramados são transpostos para meios apropriados de impressão, geralmente, chapas de alumínio instaladas nas máquinas impressoras. Impressão – Etapa comumente terceirizada sob supervisão da Editora A rotação dos cilindros destas máquinas coloca a chapa de alumínio em contato com a tinta e a deposita em outro cilindro, de borracha. Este cilindro em rotação, em contato com o papel, imprime milhares de folhas, cada uma delas com 32 páginas do livro, 16 em cada lado, ou outra quantidade, dependendo do formato da obra. Também as capas são impressas neste mesmo processo, comumente chamado de off-set. Encadernação – Etapa comumente terceirizada sob supervisão da Editora Na encadernação dá- se a forma final do livro. Primeiro, as folhas de papel são dobradas de modo a formarem pequenos cadernos. Em seguida, procede-se à junção dos diferentes cadernos que constituem o livro (alceamento), após o que se faz a costura e/ou colagem, de forma que todos os cadernos fiquem bem resos.Finalmente, é colada a capa: no caso de livros de capa mole, a colagem é feita na lombada, seguindo-se o corte final de aparo nos outros três lados do livro; no caso dos livros de capa dura, dá-se primeiro o aparo trilateral, para depois efetuar a colagem das primeira e última páginas (aqui designadas por 1ª e 2ª guardas) a uma capa de cartão previamente formada. Comercialização e Distribuição – Etapa realizada pela Editora Finalizada a produção, o livro é distribuído para comercialização em livrarias de todo o país, tornando-se um instrumento de cultura, de espiritualidade e de desenvolvimento humano na sociedade. 10. Automação O tipo de automação exigida para um empreendimento simples, onde o proprietário é o único envolvido no processo, é mínimo. É interessante que o empresário possua um sistema simples de controle de caixa e um banco de dados de seus clientes. Porém, quando tratamos de uma empresa de maior porte, onde haverá mais de um funcionário e um maior número de clientes, se faz necessário um processo mais sofisticado para prover um melhor atendimento e mais controle dos processos de produção, evitando- se, assim, perdas durante essa atividade. Visto isso, a presença de equipamentos mais sofisticados e robustos são itens obrigatórios. Tal como apresentado na seção anterior, existem uma série de equipamentos exigidos e necessários para se estruturar um processo de impressão de um livro.Contudo, esses equipamentos estão de posse das gráficas e não das editoras, fazendo com que a automação não seja necessária para este segmento de negócio. Agora imprescindível é a presença de computador, móveis e utensílios diversos. Internet também é uma excelente ferramenta que pode gerar vários benefícios como permanente atualização no setor, possibilidade de agendamento de clientes quando for o caso, facilidade de busca de alternativas defornecedor e mesmo de efetivação de encomendas e – até mesmo, eventualmente – se constituir em entretenimento para clientes em espera. Entretanto, o maior benefício a ser usufruído por esta tecnologia é a facilidade de registro de receitas e despesas, permitindo ao gerente/proprietário uma visão permanentemente atualizada de seu Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 9 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento negócio, de seus compromissos futuros, de dívidas a receber, de agendamento de pagamentos, enfim, de capacidade de acompanhamento e previsão de seus negócios. O mercado dispõe de diversos sistemas em diversos níveis de sofisticação para gerenciamento de estabelecimentos como este e similares. Esses softwarespossibilitam o controle do agendamento de clientes, cadastro e histórico de serviços prestados a cada cliente, serviço de mala direta para clientes e potenciais clientes, controle de estoque de produtos, cadastro de equipamentos, gerenciamento de serviços dos empregados, controle de comissionamento, controle de contas a pagar e a receber, fornecedores, folha de pagamento, fluxo de caixa, fechamento de caixa, etc. 11. Canais de Distribuição Essa etapa de distribuição dos livros é fundamental para garantir a venda dos mesmos. Esse é um dos principais papéis que o editor e a editora devem desempenhar, pois levar o livro até os leitores não é considerada uma das tarefas mais fáceis. Os principais canais de distribuição de livros são as livrarias de todos os tamanhos e segmentos. A negociação pode ser realizada através de consignação ou de venda direta para as livrarias. Outra fonte a ser utilizada são as livrarias on-line ou empresas que comercializam livros na internet, barateando oscustos da livrarias com atendimento personalizado. Existem também as bancas de revistas, feiras e demais eventos para a distribuição dos livros. 12. Investimento Como dito anteriormente, os investimentos necessários para uma editora de pequeno porte são baixos e estão descritos abaixo.EQUIPAMENTOS QUANTIDADE VALOR UNITÁRIO VALOR TOTAL Armário 2 R$ 699,00 R$ 1.398,00 Sofás para recepção 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 Arquivo 1 R$ 499,00 R$ 499,00 Telefone 1 R$ 409,00 R$ 409,00 Microcomputador 3 R$ 2.500,00 R$ 7.500,00 Estação de trabalho com mesa e cadeira 4 R$ 1.000,00 R$ 4.000,00 Impressora jato de tinta 2 R$ 350,00 R$ 700,00 Impressora laser colorida 2 R$ 2.000,00 R$ 4.000,00 Balcão, Vitrine e Expositor 1 R$ 5.000,00 R$ 5.000,00 Softwartes e lincenças 1 R$ 10.000,00 R$ 10.000,00 Mesa digitalizadora 1 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00 Impressora Fiscal 1 R$ 1.749,00 R$ 1.749,00 TOTAL GERAL R$ Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 10 www.sebrae.com.br Junior Realce A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro 37.755,00 Por possuir uma diversidade de preço muito elevada não foi quantificado o preço do aluguel nem de construção e reforma, sendo esta uma necessidade a ser pensada de acordo com a localidade aonde será estruturada a empresa. 13. Capital de Giro Capital de giro é o montante de recursos financeiros que a empresa precisa manter para garantir fluidez dos ciclos de caixa. O capital de giro funciona com uma quantia imobilizada no caixa (inclusive banco) da empresa para suportar as oscilações de caixa. O capital de giro é regulado pelos prazos praticados pela empresa, são eles: prazos médios recebidos de fornecedores (PMF); prazos médios de estocagem (PME) e prazos médios concedidos a clientes (PMCC). Quanto maior o prazo concedido aos clientes e quanto maior o prazo de estocagem, maior será sua necessidade de capital de giro. Portanto, manter estoques mínimos regulados e saber o limite de prazo a conceder ao cliente pode melhorar muito a necessidade de imobilização de dinheiro em caixa. Se o prazo médio recebido dos fornecedores de matéria-prima, mão-de-obra, aluguel, impostos e outros forem maiores que os prazos médios de estocagem somada ao prazo médio concedido ao cliente para pagamento dos produtos, a necessidade de capital de giro será positiva, ou seja, é necessária a manutenção de dinheiro disponível para suportar as oscilações de caixa. Neste caso um aumento de vendas implica também em um aumento de encaixe em capital de giro. Para tanto, o lucro apurado da empresa deve ser ao menos parcialmente reservado para complementar esta necessidade do caixa. Se ocorrer o contrário, ou seja, os prazos recebidos dos fornecedores forem maiores que os prazos médios de estocagem e os prazos concedidos aos clientes para pagamento, a necessidade de capital de giro é negativa. Neste caso, deve-se atentar para quanto do dinheiro disponível em caixa é necessário para honrar compromissos de pagamentos futuros (fornecedores, impostos). Portanto, retiradas e imobilizações excessivas poderão fazer com que a empresa venha a ter problemas com seus pagamentos futuros. Um fluxo de caixa, com previsão de saldos futuros de caixa deve ser implantado na empresa para a gestão competente da necessidade de capital de giro. Só assim as variações nas vendas e nos prazos praticados no mercado poderão ser geridas com precisão. Conforme argumentado por Croce (2004), uma pequena editora para o lançamento de um livro com tiragem de 3 mil exemplares gasta em media em todo o processo,desde editoração até lançamento, com publicidade e propaganda, algo em torno de R$ 75.000,00. Assim, pode-se considerar que serão necessários, em termos de capital de Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 11 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos giro, um valor total de R$ 90.000 (com custos mensais de mão-de-obra e custeio do escritório), perfazendo um total geral de investimentos de R$ 127.000,00. 14. Custos São todos os gastos realizados na produção e que serão incorporados posteriormente no preço dos produtos ou serviços prestados, como: aluguel, água, luz, salários, honorários profissionais, despesas de vendas, matéria-prima e insumos consumidos no processo de produção. O cuidado na administração e redução de todos os custos envolvidos na compra, produção e venda de produtos ou serviços que compõem o negócio, indica que o empreendedor poderá ter sucesso ou insucesso, na medida em que encarar como ponto fundamental a redução de desperdícios, a compra pelo melhor preço e o controle de todas as despesas internas. Quanto menores os custos, maior a chance de ganhar no resultado final do negócio. É importante notar que, quanto menores forem os custos, menor também será a necessidade de disponibilidade de capital de giro, liberando recursos para novos investimentos produtivos ou aumentando a lucratividade do empreendimento. Os custos típicos deste tipo de empreendimento devem ser estimados considerando, pelo menos, os itens abaixo, quando houver: DESCRIÇÂO PEQUENA EMPRESA Salários, comissões e encargos R$ 45.600,00 Tributos, impostos, contribuições e taxas R$ 6.000,00 Aluguel, taxa de condomínio, segurança R$ 21.600,00 Água, Luz, Telefone e acesso a internet R$ 5.400,00 Limpeza, higiene, manutenção R$ 3.600,00 Assessoria contábil R$ 11.400,00 Propaganda e Publicidade da empresa R$ 13.200,00 Aquisição de matéria-prima e insumos R$ 6.600,00 Juros e amortização de financiamentos R$ 6.000,00 TOTAL R$ 119.400,00 Obs.: Valores anuais de referência para uma editora de pequeno porte. Para este segmento de negócio, editora de livros,é extremamente complicado estimar tais valores. Os valores de receita também são difíceis de estimar. O valor negociado entre o escritor e a editora varia entre 15% a 25% do total faturado com as vendas. Uma parte do faturamento é destinada ao distribuidor, como por exemplo, uma livraria de grande porte. Contudo, a literatura sugere que os custos representem aproximadamente 75% da receita total apurada em um pequeno negócio de editora. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 12 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação 15. Diversificação/Agregação de Valor A diversificação nesse tipo de negócio deve ser considerada de forma bastante cautelosa, pois cada editora possui um nicho de mercado, um tipo de perfil de público e de segmento de leitura. A definição do segmento é considerado pelos especialistas fator importante para a consolidação da empresa e do editor. Quando tratamos de pequenas editoras, dado um segmento já definido, a diversificação pode ocorrer em relação ao tamanho da tiragem e o perfil dos livros. Sãoótimas idéias a elaboração de pocket-books ou livros de bolsos, que possuem baixa tiragem e custo bastante reduzido. Conforme apresentado pelo portal Parceiros do Livro, “a diversificação da oferta de livros, a especialização cada vez maior do público leitor e o surgimento de nichos no mercado editorial inviabilizaram as grandes tiragens. Agora, as pequenas tiragens estão tomando conta do mercado independente, proporcionando a autores iniciantes a chance de publicar seu livro a um baixo custo, mas com as mesmas inovações tecnológicas utilizadas para tiragens maiores”. As tiragens consideradas pequenas costumam variar de 250 a 1 000 exemplares. É uma proposta que contempla tanto autores, que têm um orçamento menor para os gastos com publicação, quanto leitores, que se beneficiam com a diminuição no preço final do livro. Neste tópico foram apresentadas apenas algumas opções de diversificação/agregação de valor para o negócio de Editora. Vale ressaltar que sempre é possível propor melhorias e novidades, para isso é indicado observar hábitos, ouvir as pessoas e criar novos produtos e novos serviços, com o objetivo de ampliar os níveis de satisfação dos clientes. 16. Divulgação A propaganda é um importante instrumento para tornar a empresa e seus serviços conhecidos pelos clientes potenciais. A divulgação é parte principal e considerada estratégica para a publicação e o lançamento de um livro. É nesse momento em que são realizadas as apostas do editor no produto que estará lançando. O objetivo da propaganda de um livro é construir uma imagem positiva frente aos clientes e tornar conhecido o seu conteúdo. A mídia mais adequada é aquela que tem linguagem adequada ao público-alvo, se enquadra no orçamento do empresário e tem maior penetração e credibilidade junto ao cliente. Poderão ser usados todos os canais de propaganda, de acordo com o porte do empreendimento e a capacidade de investimento do empreendedor. Um pequeno estabelecimento poderá utilizar-se de panfletos a serem distribuídos de forma dirigida, em locais de grande circulação de pessoas (próximos ao estabelecimento), ou no bairro onde está localizado. Outro ponto estratégico é a negociação de espaços nas livrarias, que comumente são reservados pelas editoras para divulgar suas novas publicações. Na medida do interesse e das possibilidades, poderão ser utilizados anúncios em jornais de bairro, jornais de grande circulação, rádio, revistas, outdoor e internet. Lembre-se há um profissional de extrema importância: o responsável pelo lançamento e divulgação da obra. Esse profissional Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 13 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias muitas vezes é o próprio editor, se empresa pequena, ou existe um departamento em grandes editoras. Esse profissional, além de organizar um evento para lançamento do livro, vai também enviar convites, providenciar material promocional, enfim, tudo para que o livro - e seu autor - sejam objeto de atenção por quem realmente importa: o leitor! A noite de autógrafos é um momento único, em que o autor apresenta ao público a sua obra. E não é hora de se preocupar com o vinho ou com o estacionamento. Toda a montagem da infra-estrutura do evento fica por conta das parcerias formadas para a realização do livro. Principalmente com seus canais de distribuição. 17. Informações Fiscais e Tributárias O segmento de EDITORA, assim entendido pela CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 5811-5/00 como a atividade de edição de livros (literários, didáticos, infantis), dicionários, atlas, enciclopédias, etc., poderá optar pelo SIMPLES Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) para micro empresa, R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) para empresa de pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na Lei. Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES Nacional (http://www8.receita.f azenda.gov.br/SimplesNacional/): • IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica); • CSLL (contribuição social sobre o lucro); • PIS (programa de integração social); • COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social); • ICMS (imposto sobre circulação de mercadorias e serviços); • ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza); • INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal). Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES Nacional, para esse ramo de atividade, variam de 4% a 17,42%, dependendo da receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação da alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada devem ser proporcionais ao número Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 14 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias de meses de atividade no período. Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS. Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII (http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.htm). Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em valores fixos mensais conforme abaixo: I) Sem empregado • 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária do empreendedor; • R$ 1,00 mensais de ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias; e/ou • R$ 5,00 a título de ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza. II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário seja de um salário mínimo ou piso da categoria) O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes percentuais: • Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração; • Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado. Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL. Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional sempre Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 15 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias. Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das Leis Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN - Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011. 18. Eventos 6º SALÃO DO LIVRO DE TOCANTINSDe 18 á 28 de março 2010Local a definirPalmas /TOTel: 11 3337-7878hilda@rpsfeiras.com.br SALÃO INTERNACIONAL DO LIVRO DE FOZ DO IGUAÇUDe 06 à 16 de MaioInformações: (45) 9991-9874feiradolivro@institutofe iradolivro.com.br 21ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULOde 12 a 22 de agosto de 2010Anhembi – SPantonio.alves@reedalcantara.com .brSalão do Livro de Presidente Prudente15 à 24 de outubro de 2010IBC – Centro de EventosPresidente Prudente – SPcontato@spoladoreeventos.com.br 9ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DO CEARÁDe 9 á 18 de abril 2010Centro de Convenções do Ceará Edson Queiroz – Fortaleza /CETe: 11 3337- 7878hilda@rpsfeiras.com.br V FEIRA NACIONAL DO LIVRO DE POÇOS DE CALDAS E 4º FLIPOÇOSDe 24 de abril á 02 de maio de 2010Local: Complexo Cultural da UrcaMaiores Informações: (35) 3697-1551www.feiradolivropocosdecaldas .com.br 4ª BIENAL DO LIVRO SÃO JOSÉ DO RIO PRETO30 de abril a 09 de maio de 2010bienaldolivro@cf-internation al.com.brwww.rhamam.com.br/bienaldolivro SALÃO DO LIVRO DE GUARULHOSDe 7 a 16 de maio de 2010Parque Cecap – Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 16 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral Guarulhos /SPTEl: 11 3333-7878hilda@rpsfeiras.com.br 6ª BIENAL DO LIVRO DE CAMPOS DOS GOYTACAZESDe 28 de maio a 6 de junho de 2010Local a definirCampos dos Goytacazes /RJTe: 11 3333- 7878hilda@rpsfeiras.com.br 8º SALÃO DO LIVRO DE IMPERATRIZDe 28 de agosto a 5 de setembro de 2010Centro de Convenções de Imperatriz /MATel: 11 3333- 7878hilda@rpsfeiras.com.br 1º SALÃO INTERNACIONAL DO LIVRO DA PARAÍBADe 3 á 12 de setembro de 2010Fundação Espaço Cultural José Lins do RegoJoão Pessoa /PBTel: 11 3333- 7878hilda@rpsfeiras.com.br 19. Entidades em Geral 20.1 Fornecedores Os principais custos são referentes aos de impressão. Assim, segue abaixo o endereço da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (ABIGRAF), que possui informações e contatos de diversas gráficas no Brasil.Av Dr. Cardoso de Melo, 1750 - 6º andar - Vila Olímpia - CEP: 04548-902 - São Paulo - SP - Fone: (11) 3164-3193 / 3045-6825 20.2 Outras Entidades ABDL – ASSOC. BRAS. DE DIFUSÃO DO LIVROPresidente Sr. Luis Antonio TorelliR. Marques de Itu, 408 – 7º Andar Cj 7101223-000 São PauloSite: www.abdl.org.br ABDR – ASSOC. BRASILEIRA DE DIREITOS REPROGRÁFICOSSR. ENOCH BRUDERR. R. IBIJAÚ, 331 – CJ. 8104522-020 SÃO PAULO – SPSite: www.abdr.org. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 17 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral br ABEU- ASSOC. BRAS. DE ED. UNIVERSITÁRIASSR. VALTER KUCHENBECKERAV. FAGUNDES FILHO, 77 – SL.2404304-010 SÃO PAULO – SPSite: www.abeu.org.br ABL – ASSOC. BRASILEIRA DO LIVROSR. ADENILSON JARBAS CABRALAV. 13 DE MAIO, 23 - 16ºANDAR SL. 1619/162020031-000 RIO DE JANEIRO – RJ ABRELIVROS – ASSOC. BRASILEIRA. EDITORES DE LIVROSSR. JOÃO ARINO R. DOS SANTOSRUA TURIASSU, 143 – CJ. 101/10205005-001 SÃO PAULO – SPSite: www.abrelivros.org.br AEL – ASSOCIAÇÃO ESTADUAL DE LIVRARIA DO RIO DE JANEIROSR. ANTONIO CARLOS DE CARVALHOAV. RIO BRANCO, 185 – SL. 21420045-900 RIO DE JANEIRO – RJ CBL – CÂMARA BRASILEIRA DO LIVROSRA. ROSELY BOSCHINIRUA CRISTIANO VIANA, 9105411-000 SÃO PAULO – SPSite: www.cbl.org.br CÂMARA RIO GRANDENSE DO LIVROSr. João CarneiroPraça Osvaldo Cruz 15 cj 170890030-160 Porto Alegre /RSSite: www.camaradolivro.com.br LIBRERenata Borges (Presidente Gestão 2007 - 2009)Rua Girassol, 12805433-000 - SPaulo - SPSite: www.libre.org.br SINDILIVROS – SIND. DO COMÉRCIO VAREJISTA DE LIVROS DO ESTADO DO CEARÁSr. Sérgio Braga BarbosaPraça Capistrano de Abreu s/n Palácio do Comércio60030-170 Fortaleza /CEe-mail: sindilivrosce@yahoo.com.br SNEL- SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROSSR. PAULO ROCCOR. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 18 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / DA AJUDA, 35 – 18.º ANDAR20040-000 RIO DE JANEIRO - RJSite: www.snel.org.br SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO AS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE SPEN – Quadra 515, Bloco C, loja 32. C. CEP: 70770-900 – Brasília - DF Fone: (61) 3348-7299 / 3348-7206. Fax: (61) 3347-4120 Site: www.sebrae.com.br 20. Normas Técnicas • NBR 10526:1988: Editoração de traduções• NBR ISO 2108:2006: Informação e documentação - Número Padrão Internacional de Livro (ISBN)• NBR 6021: Publicação periódica científica impressão – Apresentação• NBR 6022: Artigo em publicação periódica científica impressa • NBR 6023: Referências – Elaboração • NBR 6024: Numeração progressiva das seções de um documento Escrito – Apresentação• NBR 6025: Revisão de originais e provas • NBR 6027: Sumário – Apresentação• NBR 6028: Resumos• NBR 6029: Livros e folhetos – Apresentação• NBR 10520: Citações em documentos – Apresentação• NBR 10719: Apresentações de relatórios técnico- científicos • NBR 12676: Métodos para análise de documentos – Determinação de seus assuntos e seleção de termos de indexação • NBR 14724: Trabalhos Acadêmicos - Apresentação 21. Glossário Os conceitos abaixo selecionados foram retirados do Dicionário Aurélio.Capista = [De capa1 (7) + -ista.] Substantivo de dois gêneros. 1.Artista que desenha e/ou projeta capas para livros.Editora = [Fem. de editor.] Substantivo feminino. Organização que edita.Editorar = [De editor +-ar2.] Verbo transitivo direto. Editar. 22. Dicas de Negócio Qualquer atividade da vida social ou pessoal, quanto melhor planejada melhor será executada. Assim, também em qualquer negócio, o tempo que se gasta antes de começar é dinheiro que se deixa de perder: os problemas, prováveis ou meramente possíveis, já foram pensados e a solução equacionada antes que ele vire perda. Entretanto, de nada vale planejar se não for para cumprir o planejamento. Muito importante: isto não significa um engessamento das ações. Significa, sim, não fugir do eixo, muito embora ao longo do processo algumas das coisas que se planejou tenham Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 19 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / que ser revistas e/ou adaptadas. Ou seja, o planejamento é um instrumento dinâmico, mas o foco não deve ser perdido. Um caso típico desta flexibilidade é a freqüente aparição de gastos imprevistos nos 100 primeiros dias da empresa. Isto ocorre com freqüência quando existe excesso de otimismo no cálculo das possibilidades da empresa, sacrificando o capital de giro. A recomendação é sempre considerar uma hipótese menos otimista, evitando surpresas desagradáveis. Outro cuidado relevante é com o foco da empresa: é fundamental evitar a tentação de improvisar para agregar valor: acaba fazendo muitas coisas e mal feitas.Sempre seguir planejamento e simulações. Avaliar permanentemente a receptividade da clientela à venda de produtos. Lembrar que comércio requer registro de empresa diferenciado de prestação deserviços;Investir na qualidade global de atendimento ao cliente, ou seja: qualidade do serviço, ambiente agradável, profissionais atenciosos, respeitosos e interessados pelo cliente, além de comodidades adicionais com respeito a estacionamento, facilidade de agendamento de horário, cumprimento de horário ou prazos, etc; Procurar fidelizar a clientela com ações de pós-venda, como: remessa de cartões de aniversário, comunicação de novos serviços e novos produtos ofertados, etc; O empreendedor deve estar sintonizado com a evolução do setor, pois esse é um negócio que requer inovação e adaptação constantes, em face das novastendências que surgem dia-a-dia; Além das dicas acima, de caráter geral, abaixo são apresentadas algumas dicas que devem ser levadas em consideração pelo empreendedor ao pensar em abrir uma editora (SBRT – 1036): Riscos O panorama atual é positivo, mas existem alguns riscos que podem comprometer o sucesso do empreendimento. A questão da falta do hábito de leitura, a dificuldade inicial de criação de uma estratégia eficiente de vendas, o pouco consumo de livros no Brasil.Produção Uma editora de porte pequeno pode trabalhar com o lançamento de 2 a 3 títulos por mês, salientando a importância do trabalho de marketing e divulgação. O mercado consumidor tem de ser informado sobre os lançamentos da editora. Assim, é necessária a parceria com distribuidores e livrarias e a participação em eventos onde haja a presença de escolas, universidades, tais como Feiras do Livro, Congressos e outras oportunidades culturais. 23. Características O empreendedor envolvido com atividades ligadas a este setor precisa adequar-se a um perfil fortemente comprometido com a evolução acelerada de um ramo altamente disputado por concorrentes nem sempre fáceis de serem vencidos. Algumas características desejáveis ao empresário desse ramo são:• Ser bom comunicador, simpático, atencioso com os clientes;• Gostar e conhecer bem o ramo de negócio;• Pesquisar e observar permanentemente o segmento de mercado onde está competindo, promovendo ajustes e adaptações no negócio;• Ter atitude e iniciativa para promover as mudanças necessárias;• Saber administrar todas as áreas internas da empresa;• Saber negociar, vender benefícios e manter clientes satisfeitos;• Ter visão clara de onde quer chegar;• Planejar e acompanhar o desempenho da empresa;• Ser persistente e não desistir dos seus objetivos;• Manter o foco definido para a atividade empresarial;• Assumir somente riscos calculados;• Estar sempre disposto a Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 20 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / inovar e promover mudanças;• Ter grande capacidade para perceber novas oportunidades e agir rapidamente para aproveitá- las;• Ter habilidade para liderar sua equipe de profissionais; • Imaginação criativa;• Sentido artístico e estético;• Sentido de pormenor e precisão;• Boa coordenação visual/motora;• Boa presença – apresentação – higiene pessoal. 24. Bibliografia ALMEIDA, R. N. O mercado editorial brasileiro. Portal Literal. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em:http://portalliteral. terra.com.br/artigos/o-mercado-editorial-no-brasil>. Acessado em: 21 de fevereiro 2010. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS (ABIMAQ). Máquinas e Equipamentos para Gráficas e Impressões. Disponível em: http://www.abimaq.org.br>. Acesso em: 18 Jan. 2010. BRASIL. Código Civil Brasileiro, 2003. BRASIL. Lei Complementar 123/2006 – Estatuto da Micro e Pequena Empresa. Disponível em: CROCE, B. Opções para ganhar com a literatura. Oportunidades de negócio. SEBRAE. Santa Catarina, 2004. Disponível em:http://www.sebrae- sc.com.br/novos_destaques/oportunidade/default.asp?materia=8397>. Acessado em 21 de fevereiro 2010. DEPARTAMENTO NACIONAL DE REGISTRO DE COMÉRCIO – DNRC. Serviços- Código Civil/2002. Disponível em:http://www.dnrc.gov.br>. Acessado em: 17 Jan. 2010. DORIGATTI, B. Menos títulos, mas exemplares, mais dinheiro. Portal Literal. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em:http://portalliteral.terra.com.br/artigos/menos-titulos-mais- exempl ares-mais-dinheiro>. Acessado em: 21 de fevereiro 2010. Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 21 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / EDITORA VOZES. Como os livros são produzidos. Disponível em:http://www.editoravozes.com.br /publica.htm>. Acessado em: 19 de fevereiro de 2010. INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE INTELECTUAL (INPI). Disponível em: http://www.inpi.org.br>. Acessado em:17 Jan. 2010. PAULANI, L. M. et all. 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Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 22 www.sebrae.com.br A presentação / A presentação / M ercado / Localização / Exigências Legais e Específicas / Estrutura / Pessoal / Equipam entos / M atéria Prim a/M ercadoria / O rganização do Processo Produtivo / A utom ação / C anais de D istribuição / Investim ento / C apital de G iro / C ustos / D iversificação/A gregação de Valor / D ivulgação / Inform ações Fiscais e Tributárias / Eventos / Entidades em G eral / N orm as Técnicas / Disponível em: http://www.sbrt.ibict.br/upl oad/sbrt1036.pdf>. Acesso em: 18 Jan. 2010 SERVIÇO BRASILEIRO DE RESPOSTAS TÉCNICAS (BRT). Resposta Técnica 13508. Disponível em: http://www.sbrt.ibict.br/up load/sbrt13508.pdf>. Acesso em: 18 Jan. 2010 25. URL http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/ideias/Como-montar-uma-editora Ideias de Negócios | www.sebrae.com.br 23 www.sebrae.com.br
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