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Aps de FEB 
Questionamento: 
1- Questionado na questão do Brasil iria conseguir se estabilizar 
economicamente igual se estabilizou depois da crise de 1929. (Referente a crise 
de 1983) 
2- Questionado no ponto da economia brasileira ser liberal e como ira ser sua 
recuperação; E também na questão das micros empresa durante a crise atual. 
3- Questionado no fato de um congelado de dividas internas sem afetar o ponto 
de liquidez do pais. 
4- Questionado no ponto da reforma agrícola da época, se esse fator iria afetar 
diretamente a economia. 
5- Questionado de como o nordeste poderia se torna de grande ponto, um 
grande produtor de alimento do pais. 
 
 
 
O livro de Celso Furtado (Formação econômica do Brasil) conta um pouco sobre a 
economia brasileira. E também da ocupação econômica na américa e a expansão do 
comercio europeu no pais. 
Celso furtado é um grande economista, suas entrevistas e seus livros são grandes 
obras sempre indicados quando o assunto é economia. Na reportagem feita pela TV 
cultura no ano de 1983 o assunto em pauta era referente a economia brasileira nos 
anos 80 (2 anos antes do fim da ditadura no Brasil). 
No seu livro formação econômica do brasil, ele aponta pontos que o brasil sempre teve 
destaque para a sua economia. 
A parte de criação de empresa, destaques na parte agrícola são alguns pontos que o 
pais tem como um certo destaque, e o autor aponta na escrita do livro. Podemos ver 
um ponto claro que Celso Furtado cita estás partes quando é questionado sobre o 
nordeste ser um grande produtor de alimentos do pais. 
No seu livro, Celso cita parte da colônia portuguesa no pais. Cita Percas de comercia 
português para a colônia espanhola durante este período, boa parte do ouro brasileiro 
foi para a Inglaterra por conta de vitorias políticas. 
Ele também cita parte da economia açucareira no pais. 
CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA AÇUCAREIRA 
 Favores governamentais a quem instalasse engenhos na Colônia; 
 Mão de obra nativa era inicialmente muito importante; 
 Havia certo número de assalariados nos engenhos 
 Forte concentração de renda nas mãos dos senhores de engenho; 
 Gastos administrativos de Nassau na época da colonização foram bastante altos, 
aumentando os lucros de comerciantes. 
 
Fatores que ocorreram no período colina, na área econômica portuguesa. 
 
 
FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO 
 Escravo negro veio substituir outro escravo, menos eficiente e de recrutamento mais 
incerto (indígenas); 
 Escravos eram um bem durável de consumo; 
 Quase toda a renda vinha de exportações. Os gastos, por sua vez, iam para as 
importações. Era uma economia semi-feudal; 
 Boas possibilidades de expansão (grande quantidade de terras); 
 Enfraquecimento de mercado externo certamente geraria decadência. 
 
PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A PECUÁRIA 
 Economia canavieira justificava a existência de outras atividades produtivas; 
 Extrema especialização da economia açucareira ; 
 Nova Inglaterra construía seus barcos de pesca e ganhou certo know how em 
transporte marítimo. Isso ajudou muito nas Antilhas; 
 São Vicente se especializou no complexo exploratório-militar, sendo esse um fator 
decisivo para a ocupação de áreas centrais da América do Sul; 
 Abundância de terras não permitiu mercado externo como o Antilhano com a Nova 
Inglaterra; 
 Carne era artigo de suma importância, assim como lenha e animais de tração 
(burros, jumentos, às vezes até bois); 
 Criação de gado era totalmente diferente da plantação de cana, sendo mais 
interiorizada e itinerante. Pouca gente se dedicava à pecuária, em geral. A maioria 
era de colonos com pouco acesso a capital. 
 
FORMAÇÃO DO COMPLEXO ECONÔMICO NORDESTINO 
 Crescimento essencialmente extensivo. Não havia grandes mudanças de 
produtividade; 
 Disparidade na dependência de importações de mão-de-obra e equipamentos; 
 Couro era a única fonte de renda de muitos criadores de gado; 
 Renda real no Nordeste caiu constantemente até o século XIX. A população 
continuou a crescer graças à oferta estável de alimento. 
 
CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO TERRITORIAL 
 Século XVII apresentou dificuldades políticas para a Colônia; 
 Portugueses defenderam a Amazônia durante a União Ibérica, tendo que ocupar a 
região do Maranhão após a experiência da França Equinocial. A região não tinha 
solo de massapê, como o resto do Nordeste, levando a difíceis condições de vida, 
pois a cana não poderia ser lá plantada; 
 Exportação de cravo, canela, baunilha, cacau e resinas aromáticas da região 
amazônica; 
 Região do Prata era ameaça aos criadores de gado. A Colônia do Sacramento 
fortaleceu os portugueses nesse mercado e na região em questão. 
 Encarecimento de manufaturas importadas. 
 
PARTE TRÊS: ECONOMIA ESCRAVISTA MINEIRA NO SÉCULO XVIII 
XIII. POVOAMENTO E ARTICULAÇÃO DAS REGIÕES MERIDIONAIS 
 Crise na cana de-açúcar levou a uma maior procura por metais preciosos na 
Colônia; 
 Uso dos paulistas, que conheciam bem o interior, em procurar metais; 
 Primeira migração espontânea de Portugal para o Brasil. Gente de poucos recursos 
era atraída à Colônia; 
 Escravos nunca foram maioria da população mineira. Podiam trabalhar por contra 
própria e alcançar a liberdade (comprando-a); 
 Maior mobilidade social em relação ao Complexo Nordestino-Açucareiro; 
 Desenvolvimento da Pecuária no Sul, com feira de muares em Sorocaba-SP; 
 Sistema de transporte mais complexo (distância do litoral) –> maior mercado para 
animais de carga; 
 Interdependência com regiões mais ao Sul (São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande 
do Sul e Sacramento). 
 Base econômica entre Serra da Mantiqueira, Cuiabá e Goiás; 
 Exportação de ouro atingiu seu ápice em 1760, já experimentando declínio em 
seguida; 
 Mercado maior que na região açucareira; 
 População mais reunida em núcleos urbanos e semi-urbanos; 
 Nenhum desenvolvimento manufatureiro; 
 Portugal, baseado no ouro brasileiro, também não desenvolveu manufaturas, 
comprando-as da Inglaterra; 
 Inglaterra passou a conseguir saldar suas dívidas relacionadas a matérias primas 
no norte da Europa através da venda de produtos manufaturados; 
 Bancos Ingleses fortalecem sua posição. Também crescem as reservas monetárias, 
que seriam essenciais nas Guerras Napoleônicas. 
 
REGRESSÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO DA ÁREA DE SUBSISTÊNCIA 
 Não houve tentativas sérias de solucionar a falta de ouro, como aconteceria na 
Austrália, um século depois; 
 Fricções sociais menos graves, devido ao menor grau de dependência do trabalho 
do escravo africano; 
 Adoção do regime de subsistência na região. 
 
PARTE QUATRO: ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA O TRABALHO 
ASSALARIADO NO SÉCULO XIX 
 
O MARANHÃO E A FALSA EUFORIA DA ÉPOCA COLONIAL 
 Novas dificuldades no último quartel do Século XVIII (após a independência norte-
americana); 
 Brasil recupera alguns mercados para o açúcar; 
 Baixíssima renda per capita; 
 Maranhão e Pará isolados dos dois outros sistemas macroeconômicos; 
 Pará: sistema extrativista florestal dos jesuítas, que sofre decadência com a 
ascensão de Pombal ao poder. 
 Maranhão: alguma articulação pecuarista ao Nordeste. Único sistema de sucesso 
no final do século XVIII (algodão em substituição ao do sul dos EUA); 
 Companhia de Comércio bastante capitalizada para a região foi criada por Pombal; 
 Guerra de Independência dos EUA havia diminuído a oferta de algodão; 
 Grande produção também de arroz (Maranhão); 
 Escravos indígenas -> Escravos negros; 
 Depressão nas outras regiões coloniais; 
 Vinda da família real traz efêmero otimismo; 
 Revolução Francesa -> Transtornos nas produções tropicais de suas colônias (Ex: 
açúcar e café no Haiti) 
 Guerras Napoleônicas -> desarticulação do Império Espanhol; 
 Crescimento do uso do algodão na indústria têxtil britânica; 
 Prosperidade da pecuária até a independência. 
 XVII.PASSIVO COLONIAL, CRISE FINANCEIRA E INSTABILIDADE POLÍTICA 
 Invasões napoleônicas -> Contatos diretos com a maioria dos mercados; 
 Tratados com a Grã Bretanha em 1810 – Limitação à autonomia brasileira, posição 
reforçada com novos tratados em 1827; 
 Assunção da responsabilidade de parte da dívida externa portuguesa; 
 Classe comerciante incipiente (e principalmente lusitana) frente a agroexportadores; 
 Agroexportadores pressionam por livre mercado; 
 Britânicos não se abriram aos produtos brasileiros, concorrentes de suas Antilhas; 
 Luta com os britânicos para manutenção da escravidão. Diminuição do tráfico 
africano de escravos; 
 Redução da autoridade central, problemas econômicos na Bahia, em Pernambuco 
e Maranhão, com queda substancial da renda per capita. Tensçoes refletidas em 
rebeliões armadas de Norte a Sul; 
 Surge o café (década de 1830). Solidez financeira nas proximidades da capital, 
atuando como força agregadora; 
 Parco aparelho fiscal trouxe dificuldades para o Governo. Guerra no Uruguai 
(Província Cisplatina) trouxe mais um problema, devido às somas dispendidas; 
 Ódio urbano contra comerciantes portugueses. 
 
CONFRONTO COM O DESENVOLVIMENTO DOS EUA 
 Pressão sobre a taxa de câmbio (muitas importações); 
 Não era possível adotar a política protecionista dos EUA, pois lá já havia uma base 
econômica interna consolidada; 
 Nos EUA, a cena era dominada por pequenos agricultores e grandes comerciantes 
urbanos; 
 Alexander Hamilton (Protecionista) X Visconde de Cairu (Liberal) 
 Indústrias que não competissem com as inglesas eram fomentadas desde o período 
colonial (lembrar de Mauá); 
 Produção de ferro nos EUA para redução da dependência dos países do Báltico 
(especialmente a Suécia); 
 Consciência independente desde cedo. Construção naval local desde muito cedo 
(período colonial). Guerra de Independência só estimulou ainda mais o 
desenvolvimento dessas características; 
 Transtornos napoleônicos ajudaram ainda mais (necessidade da Grã Bretanha de 
achar novos mercados); 
 Experiência técnica + lucidez dos dirigentes (founding fathers); 
 Grandes plantações de algodão (primazia dos têxteis na primeira Revolução 
Industrial); 
 Abertura do meio-oeste, abrindo espaço para a imigração europeia massificada; 
 Balança comercial inicialmente deficitária, mas com o tempo equilibrada; 
 Dívidas de longo prazo através de bônus federais e estaduais; 
 Construção da infraestrutura e estímulo a atividades básicas. 
 
DECLÍNIO A LONGO PRAZO DO NÍVEL DE RENDA NA PRIMEIRA METADE DO 
SÉCULO XIX 
 Iniciativas siderúrgicas de Dom João VI falharam por falta de mercado consumidor 
interno; 
 Pequeno consumo em declínio, decadência do artesanato têxtil; 
 Impossibilidade de estabelecimento de cotas de importação e importação de 
maquinário; 
 Estancamento das exportações; 
 Baixa de 40% no preço das exportações. Importações da Grã Bretanha com preço 
estável. 
 Não houve aumento da taxa de urbanização. 
 
GESTAÇÃO DA ECONOMIA CAFEEIRA 
 Três quartos de século de estagnação e decadência; 
 Poucas iniciativas governamentais de alterar o rudimentar aparato administrativo; 
 Falta de expansão da mão-de-obra; 
 Não era possível desenvolvimento com base no mercado interno, faltavam capitais 
externos para promover uma economia estagnada; 
 Mercado do açúcar nada promissor (concorrência de Cuba e do açúcar de beterraba 
europeu); 
 Algodão também estagnado (EUA – com exceção do período da Guerra de 
secessão- e Índia); 
 Fumos, couros, cacau e arroz eram mercados menores; 
 Café era o produto ideal. Já havia produção local desde o início do século XVIII 
(chegou em Belém do Pará); 
 Concentração perto do RJ, beneficiada pela desagregação da economia mineira; 
 Grau de capitalização mais baixo do que o da indústria açucareiro; 
 Nova classe empresária decisiva para o futuro desenvolvimento do país. 
 Criação de um mercado razoável na capital. 
 
O PROBLEMA DA MÃO-DE-OBRA – OFERTA INTERNA POTENCIAL 
 Inelasticidade da oferta de trabalho; 
 População escrava não tinha crescimento vegetativo no Brasil. Condições de vida 
precárias; 
 Tráfico interno estimulado, especialmente saindo da região algodoeira e de 
subsistência; 
 Também vieram para as plantações alguns escravos urbanos; 
 Pensou-se em importar mão-de-obra asiática (chinesa), mas Mauá propôs a 
imigração europeia (fator racista também determinante). 
 
 O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA – A IMIGRAÇÃO EUROPEIA 
 Exemplo dos EUA; 
 Colônias iniciais não deram certo, pois os europeus não eram acostumados ao 
sistema plantation; 
 Muitos foram para os EUA pelo baixo preço das passagens e, especialmente, pela 
expansão de seu mercado; 
 Ideia de Vergueiro de ligar colonos a produtos já importantes começou a solucionar 
o problema, mas semiescravidão trouxe outros, inclusive de política externa (com 
os países de origem); 
 Governo Imperial passou a incumbir-se dos gastos de viagem dos imigrantes; 
 Regime de trabalho menos servil; 
 Crise na Itália pós-unificação ajudou na oferta; 
 Base da expansão cafeeira ao oeste paulista. 
 
O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA – TRANSUMÂNCIA AMAZÔNICA 
 Muitos nordestinos (especialmente cearenses) foram para a Amazônia; 
 Base da economia local formada por especiarias, especialmente o cacau; 
 Surgimento da borracha, ligada à crescente indústria de motores (segunda metade 
do século XIX); 
 Produção inicialmente extrativa, rápido aumento da demanda; 
 Preços altos graças à pouca oferta até a Primeira Guerra Mundial; 
 Quantidade de nordestinos trasumantes mostra alternativa à imigração europeia. 
 População continuava crescendo na região açucareira devido à boa oferta de 
alimento; 
 Mão-de-obra pouco exigente. Enorme desgaste humano nos seringais. 
 
O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA – ELIMINAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO 
 Estabilidade estrutural. Seu fim gerou hecatombe social; 
 Não constitui per se destruição nem criação de riqueza; 
 Mudança enorme no fator organizacional. Não há mera transformação de escravos 
em assalariados; 
 Diferentes soluções no Nordeste e no Sudeste; 
 Recuperação temporária do açúcar brasileiro. Redução na procura de mão-de-obra; 
 Mais oportunidades no Sul, mas incapacidade dos ex-escravos em responder a 
estímulos econômicos; 
 Escravo vislumbraria o ócio, só trabalharia o suficiente para viver; 
 Segregação; 
 “Escravidão era um entorpecimento ao desenvolvimento econômico do país”. 
 
NÍVEL DE RENDA E RITMO DE CRESCIMENTO NA SEGUNDA METADE DO 
SÉCULO XIX 
 Alto crescimento econômico durante o período. Exportações aumentaram em 214%; 
 Açúcar e algodão tiveram menores aumentos relativos na exportação, sendo o 
Nordeste, logo, menos favorecido pelo crescimento; 
 Houve certa baixa na renda per capita nordestina; 
 Alguns setores de subsistência, como o da erva mate no Paraná, experimentaram 
crescimento vigoroso; 
 O Rio Grande do Sul deu impulso à pecuária para o mercado interno, além de 
produzir vinho e porcos, dos quais se aproveitava especialmente a banha; 
 Forte aumento populacional no Sul, também com aumento da produtividade; 
 Região do café cresceu mais que o Nordeste, mas menos que o Sul, com grandes 
movimentos demográficos internos, na direção de SP e RS; 
 Bom crescimento a renda per capita na região cafeeira (nisso melhor que o Sul); 
 Bahia – cacau surge como alternativa à cana e fumo goza de grande mercado na 
Europa; 
 Pouco crescimento populacional e na renda per capita, no entanto; 
 Amazônia – borracha teve grande importância, inclusive nacional, no final do século 
XIX (15% das exportações brasileiras); 
 Crescimento acentuado da renda per capita na região, assim como das 
importações; 
 Crescimento de renda maior que o da Europa Ocidental, mas menor que o dos EUA. 
 
O FLUXO DE RENDA NA ECONOMIA DO TRABALHO ASSALARIADO 
 Estrutura muito distintae menos estável que a escravidão; 
 Assalariados gastam boa parte de sua renda em consumo; proprietários retêm parte 
de sua renda para aumento de capital; 
 Aumento de impulso externo melhora o uso de fatores de produção internos; 
 Como salários, ainda que estáveis, eram superiores aos de outros setores da 
economia, muita gente vinha para a região; 
 Crescimento da importância relativa dos assalariados. 
 
A TENDÊNCIA AO DESEQUILÍBRIO EXTERNO 
 Impossibilidade de adaptar-se às regras do padrão-ouro; 
 Intercâmbio per capita maior que tenda monetária per capita; 
 Economia sujeita a oscilações bastante agudas; 
 Ouro como “moeda internacional”; 
 Quando procura monetária supera as exportações, passamos a ter desequilíbrio. 
Usar reservas metálicas fez-se necessário; 
 Crise em países dependentes -> queda no valor das exportações. Lenta queda nos 
preços de mercadorias importadas = crise. 
 Achava-se, erroneamente, que as finanças brasileiras funcionavam como as 
europeias. 
 
 A DEFESA DO NÍVEL DE EMPREGO E A CONCENTRAÇÃO DE RENDA 
 Elevação de salário médio refletia aumento na produtividade; 
 Para os aumentos ocorrerem, eram necessários aumentos dos investimentos em 
capital; 
 Não havia grandes pressões por aumentos nos salários, fazendo com que aumentos 
de capital concentrassem-se na renda dos proprietários; 
 Grande oferta de terras levou à produção extensiva. 
 Pouco estímulo para aumento da produtividade; 
 Flutuação dos preços: expansões e contrações na renda dos proprietários; 
 Mudanças cambiais mudam o poder aquisitivo externo da moeda nacional; 
 Socialização das perdas e concentração dos lucros do café no início do século XX; 
 Crises tinham decorrências mais graves em países dependentes; 
 Manutenção de nível de exportações = manutenção no nível de emprego. 
 
A DESCENTRALIZAÇÃO REPUBLICANA E A FORMAÇÃO DE NOVOS GRUPOS DE 
PRESSÃO 
 Salário real das populações urbanas era particularmente afetado por variações 
cambiais; 
 Imposto de importação era cobrado a taxa fixa de câmbio; 
 Boa parte do ouro ia para o serviço da dívida externa, emitindo-se moeda para 
manutenção de serviços públicos básicos; 
 Muitos empréstimos externos para manutenção da taxa de câmbio; 
 Adstringência de meios de circulação na transição Império-República, devido ao 
crescimento do comércio exterior e ao fim da escravidão; 
 Aumento de divergências eao fim do período imperial: grande X pequena 
propriedade; 
 Maior demanda por serviços públicos no sul do país; 
 Revolução de 1889 prega a autonomia regional; 
 Permissão da emissão de moeda aos bancos regionais -> expansão do crédito; 
 Depreciação cambial; 
 Joaquim Murtinho, Ministro da Fazenda de Campos Salles (1898-1902) adotou base 
mais crítica em sua política econômica; 
 Deflação e aumento das exportações de borracha = equilíbrio externo; 
 Grupos industriais não gostam da depreciação cambial, pois dificulta a aquisição de 
fatores produtivos importados (aparelhos e algumas matérias-primas); 
 Tensão entre Governo Federal e Governos Estaduais nos primeiros decênios do 
século XX. 
 
PARTE QUATRO: ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA INDUSTRIAL 
NO SÉCULO XX 
XXX. A CRISE DA ECONOMIA CAFEEIRA 
 Imigração era feita basicamente através do Estado de São Paulo (descentralização); 
 Muito e fácil crédito; 
 Grande crescimento na oferta de café brasileiro (75% da produção mundial); 
 Contração artificial da oferta; 
 Queda dos preços na última década do século XIX; 
 Estoques se avolumaram; 
 Convênio de Taubaté -> valorização artificial do café; 
 -> Governo compraria excedentes; 
 -> Financiamentos de empréstimos estrangeiros; 
 -> Novo imposto; 
 -> Desencorajamento de expansão das plantações existentes; 
 Pressões de vários grupos, devido à socialização de perdas; 
 Falta de alternativas ao café – aumento da produtividade (grande vantagem 
relativa); 
 Crise Mundial derrubou de vez o valor do café (1929); 
 Desequilíbrio estrutural entre oferta e procura; 
 Pressão inflacionária; 
 Crise = fim de reservas metálicas e fuga de capitais. 
 
 OS MECANISMOS DE DEFESA E A CRISE DE 1929 
 Socialização de perdas; 
 Depreciação cambial; 
 Retenção de estoque, expansão do crédito; 
 Procura inelástica do café no mercado internacional; 
 Programa de fomento da renda nacional e manutenção do emprego; 
 Brasil superou a crise já em 1933 (EUA o fizeram apenas em 1934, parcialmente). 
 
. DESLOCAMENTO DO CENTRO DINÂMICO 
 Desequilíbrio externo -> elevação do preço de artigos importados; 
 Diminuição das importações; 
 Situação inédita: preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo 
de formação de capital; 
 Migração de capital para outros setores; 
 Indústria e agricultura superam rapidamente os efeitos da crise; 
 Atividades ligadas ao mercado interno recebiam novos investimentos, 
aproveitamento mais intenso da capacidade instalada; 
 Compra de equipamentos de segunda mão de empresas quebradas pela crise no 
exterior; 
 Crescimento da procura por bens de capital; 
 Capacidade de importação não se recuperou nos anos 30; 
 Crescimento de 50% na produção industrial entre 1929 e 1937; 
 Substituição de importações; 
 Produtores para o setor interno x exportadores. 
 
. O DESEQULÍBRIO EXTERNO E SUA PROPAGAÇÃO 
 Barateamento de produtos de produção interna; 
 Taxa cambial ganhou mais importância; 
 Valorização cambial = problemas de competitividade do setor industrial. 
 Pressão por rebaixamento da taxa cambial graças a sucessivos saldos positivos na 
balança de pagamentos; 
 Na Segunda Guerra, houve fixação da taxa cambial; 
 Capacidade produtiva e exportações em crescimento; 
 Redução de renda per capita de 10% entre 1937 e 1942; 
 Dificuldades de transporte para importação e exportação; 
 “Sobreesforço de guerra”; 
 Aumento de despesas militares, diminuição de subsídios; 
 Baixa geral da produtividade; 
 Começo da Guerra: desemprego, capacidade produtiva não utilizada em diversos 
países; 
 Inflação; 
 Favorecimento aos exportadores; 
 Preços das importações crescem com menor rapidez; 
 Revalorização da moeda brasileira. 
 
REAJUSTAMENTO DO COEFICIENTE DE IMPORTAÇÕES 
 Volta ao nível de gastos em importações de 1929; 
 Controles seletivos de importações. Intensificação do processo de industrialização 
do país; 
 Redução relativa de manufaturas acabadas de consumo, em benefício de bens de 
capital e matérias-primas; 
 Intensificação do processo de crescimento do pós-guerra; 
 Baixa relativa de preços devida ao aumento da produtividade beneficiou a 
população em geral; 
 Desvalorização cambial seria péssima para a indústria, mas boa para importadores 
e exportadores. Seria recuperado o equilíbrio oferta-procura de produtos 
importados; 
 Houve também crescimento do mercado e isso ajudou; 
 Não houve uma simples transferência do setor exportador para o setor interno; 
 Setor industrial era o maior absorvedor de divisas geradas. 
 
 OS DOIS LADOS DO PROCESSO INFLACIONÁRIO 
 Aumento da eficácia marginal das inversões nas indústrias; 
 Declínio do crescimento à partir de 1953; 
 Inflação neutra -> sem efeitos reais; 
 Guerra da Coreia -> pressão inflacionária; 
 Mecanismo de ampliação dos desequilíbrios provenientes do exterior – setor 
primário. 
 
PERSPECTIVA DOS PRÓXIMOS DECÊNIOS 
 Transferência do centro dinâmico para o mercado interno (acerto parcial); 
 Modificação do papel do comércio exterior (acerto); 
 Argentina: grande crescimento entre 1900 e 1929 continuaria (errou feio); 
 Sul torna-se um mercado mais importante para o Nordeste que o exterior (acerto 
parcial); 
 Fluxo de mão-de-obra do lugar menos produtivo (Nordeste) para o mais produtivo 
(Sudeste) (acertou na mosca); 
 Monocultura prejudica a produtividade do Nordeste (sim, a variação ajudouno 
crescimento da produtividade da região); 
 População brasileira em 2000 seria de 225 milhões (errou, devido à diminuição do 
número de filhos por mulher, principalmente). 
 
Fichamento & Quadro-síntese, por PGDerolle | Referência bibliográfica: MOTA, 
Lourenço Dantas. Introdução ao Brasil: um Banquete no Trópico. 
Tese: com os conceitos inovadores de centro-periferia, de subdesenvolvimento, de 
trocas desiguais entre produção de matérias-primas versus manufaturas no comércio 
internacional – contra a posição teórica dominante, das vantagens da especialização 
provocada pelo comércio internacional livre -, de formação de uma estrutura dual na 
periferia, obstáculos ao desenvolvimento, e reiteração do subdesenvolvimento, 
constituem a base sobre a qual se assenta o trabalho de Celso Furtado. A influência de 
Karl Marx, o fundador do marxismo, é patente em Celso Furtado e no seu livro, embora 
também sem citação. A junção não justaposta, não mecânica, não simplista entre teoria 
e história é mais importante contribuição silenciosa de Marx na obra de Furtado. 
Recentemente, este tem ressaltado essa dívida. Mas, sem dúvida, a contribuição mais 
marcante é a de John Maynard Keynes, o economista inglês que revolucionou a teoria 
econômica neste século, com sua obra ‘A teoria geral do emprego, do juro e da moeda’. 
A história econômica realizada por Furtado é, de certa forma, uma releitura keynesiana 
da história brasileira. A teoria de Keynes ajudou Furtado a deslindar, por exemplo, a 
autonomia do Estado brasileiro para realizar as ações intervencionistas a partir da 
Revolução de 30, bem como ampliar o alcance das transformações econômicas do ciclo 
do café que ajudaram na criação do mercado interno, diferenciando-o dos anteriores 
ciclos da história econômica nacional: é a teoria keynesiana da demanda como núcleo 
do processo econômico capitalista que possibilita essa operação interpretativa. 
Estrutura e conteúdo A pretensão do livro é abranger toda a formação nacional, sua 
economia, sua sociedade, suas regiões, suas diversas formas de Estado, de governo e 
de regimes políticos. Furtado parte do núcleo colonial exitoso, a região produtora de 
açúcar, correspondente, hoje, ao Nordeste, explicando como essa forma uma periferia 
próxima e outra remota, a primeira em seu entorno nos sertões do Nordeste e a segunda 
a partir de Piratininga, hoje São Paulo, estendendo-se até o Rio Grande do Sul. Como 
sistemas autônomos, sem relação com a zona do açúcar, formam-se as economias e 
sociedades do Maranhão e mais remotamente da Amazônia, inicialmente estados 
separados da colônia brasileira. O núcleo do ouro, em torno da capitania de Minas 
Gerais, é o elemento fundamental de articulação entre a região do açúcar e a periferia 
remota de Piratininga. 
 
Capítulo Descrição 
Capítulo 1 
Criação da colônia como um empreendimento típico da expansão 
comercial mercantilista da Europa ocidental. A forma de monopólio 
da metrópole sobre a colônia, típica, por outro lado, do próprio 
mercantilismo, isto é, exclusividade das transações do novo território 
com a potência descobridora e colonizadora, não aparece como um 
atributo do caráter português, mas ao contrário, deriva de uma 
estratégia que buscou não repetir o fracasso da colonização espanhola 
na América (extração de metais), assim, Portugal opta pela 
exploração agrícola. Faz comparação entre as colônias de 
povoamento e as de produção: i. Colônias de produção são exitosas 
no começo, devido a sucessos comerciais, mas há impedimentos que 
atrapalham o futuro, como a estrutura escravista, muito concentrada 
em termos de propriedade da terra e das rendas produzidas; ii. 
Colônias de povoamento: são abertas para a imigração europeia, 
fundando-se em estruturas sociais mais maleáveis, como acesso mais 
fácil à terra, dando lugar à pequena propriedade. Portugal faz acordo 
com Inglaterra (Tratado de Methuen), com o que a economia luso-
brasileira se transforma em dependência da Inglaterra já que à mesma 
foram concedido privilégios comerciais e diplomáticos com a colônia 
brasileira. O novo ciclo do ouro financiará a submissão de Portugal à 
Inglaterra. A independência brasileira será negociada nesse quadro. 
Capítulo 2 
‘Economia escravista de agricultura tropical’. Furtado avança além de 
seus predecessores na história econômica da colônia e da nação, ao 
conceder especial atenção ao que ele chamará ‘complexo econômico 
nordestino’. Para o êxito da empresa agrícola, contribuirá a 
experiência portuguesa de produção do açúcar nos Açores, a presença 
do financiamento holandês para a fundação de engenhos e a solução 
encontrada para o problema da mão de obra que, na quase 
impossibilidade da migração a partir do próprio Portugal e de outros 
lugares da Europa, terminará sendo o negro escravo trazido da África. 
O fluxo monetário interno é fraquíssimo, mas o direcionamento para 
fora dos resultados da exploração açucareira é fortíssimo. Do lucro, 
os proprietários tirarão seu próprio consumo, na sua maior parte 
constituído de mercadorias importadas da metrópole. Animais de tiro 
fazem-se necessários para o transporte do açúcar, o que dá lugar à 
criação da periferia em torno da região açucareira, que se projeta, 
assim, para os sertões do Nordeste, penetrando no Ceará, Piauí e altos 
sertões da Bahia. A economia pecuária era complementar e 
dependente, não concorrente. ‘Complexo econômico nordestino’: um 
setor exportador de alta lucratividade e elevadíssima concentração da 
propriedade e das rendas, sustentado sobre o trabalho escravo, em 
articulação com um setor de subsistência de baixa produtividade e 
baixos lucros. É esse complexo, que Furtado chamou de dual (força e 
fraqueza), que marcará definitivamente o Nordeste até nossos dias. A 
SUDENE é baseada na teoria do ‘complexo econômico nordestino’. 
Capítulo 3 
Deslocamento do centro dinâmico colonial para a região aurífera, que 
teve Minas Gerais como epicentro. Ciclo do ouro: a influência desse 
deslocamento na estruturação das economias meridionais do Brasil. A 
influência desse deslocamento estende-se até o mais remoto sul: 
ficará explícita a ligação entre produção de charque no Rio Grande do 
Sul, a produção de mulas para o transporte, seu itinerário pela então 
comarca do Paraná, criando economias de manutenção e trânsito da 
mercadoria transportadora, com a região do ouro. Furtado faz derivar 
da regressão econômica do ouro, assentando as bases do que será 
denominado como o hinterland mineiro e do centro-oeste. O ouro 
promoverá um fenômeno demográfico da maior importância, com 
migração espontânea de Portugal, pela primeira vez da história da 
colônia, e deslocamentos das reservas de escravos da região 
açucareira em decadência. Será uma atividade de baixa capitalização, 
isto é, pouquíssima exigência de máquinas, instrumentos e processos 
mais exigentes, com alta lucratividade. O ciclo do ouro foi muito 
rápido, durou em torno de 50 anos. Deu lugar a uma sociedade menos 
rica que a gestada no engenho de açúcar do Nordeste, mas com a 
riqueza menos concentrada, devido às características da exploração e 
ao lugar do homem livre nela. A emergência do ouro no Brasil 
financiou a dependência portuguesa na sua relação comercial com os 
ingleses. Em seu declínio, a Inconfidência Mineira é um doloroso 
episódio do declínio e não do auge do clico aurífero. 
Capítulos 4, 
5 e 6 
Breve explosão da economia do Maranhão, no vazio da produção 
mundial de algodão, provocados pelas guerras de independência das 
treze colônias inglesas contra a Inglaterra, no fim do século XVIII, 
como parte do fim da época colonial. O Maranhão solucionará o 
problema da mão de obra também pelo escravismo dos negros 
africanos, em tal escala e intensidade que fez de São Luís, sua capital, 
a cidade mais negra do Brasil, que muitos pensam ser Salvador. A 
economia maranhense somente voltará a conhecer umenorme e 
rápido auge econômico na segunda metade do século XIX, de novo 
como resultado da queda da produção de algodão provocado pela 
Guerra de Secessão nos EUA já independentes. A expansão do café é 
imediatamente ligada às formas do trabalho escravo, à sua 
incapacidade de oferta, ao crescimento do custo do trabalho escravo, 
pelo incremento do custo social do controle frente à crescente 
rebelião dos escravos. Furtado concede toda centralidade à geração de 
renda que a economia cafeicultora propiciava, a qual, como forma de 
resolução da questão do trabalho, elaborava uma divisão social do 
trabalho mais rica e mais diversificada do que haviam sido as 
anteriores economias do açúcar e do ouro fundadas no trabalho 
escravo. A influência de Keynes é elaborada por Celso Furtado dando 
centralidade à demanda, seja a do trabalho, seja aquela propiciada 
pelo fluxo de renda gerado pela economia cafeicultora. Construção do 
dual-estruturalismo cepalino-furtadiano: a economia do café será o 
fundamento do setor moderno, enquanto as economias de subsistência 
de Minas e do Nordeste, e o resto da economia açucareira também em 
regressão, funcionarão como o setor arcaico ou atrasado. A 
articulação da economia nacional entre setor moderno e setor atrasado 
impedia ao primeiro a internalização de um setor de produção de bens 
de capital. São as bases teórico-históricas para a emergência do 
padrão de relações centro-periferia e a constituição do 
subdesenvolvimento como formação histórica singular, e não uma 
fase do desenvolvimento capitalista primitivo em direção à 
maturidade. O abalo da estrutura colonial e a estagnação econômica 
de longo prazo, desde o fim do ciclo do ouro, deram lugar, na 
interpretação de Celso Furtado, às chamadas revoltas regionais, que 
explodem do Pará ao Rio Grande do Sul, sendo esta, provavelmente, 
a mais socialmente ancorada, nas classes da então província sulista. 
Há outras interpretações de caráter liberal de verdadeiras revoluções. 
Para Furtado, o esmagamento das revoluções regionais preservou a 
unidade nacional, grande trunfo para uma economia moderna. O 
específico da expansão do café e da nova economia por ela 
instaurada, em direção ao trabalho assalariado, será a forma pela qual 
é resolvido o problema da mão de obra. Disto decorrerá a existência 
de uma economia monetária, cujo pagamento dar-se-á por moedas. 
Disto decorrerá a formação de um fluxo de renda, isto é, de 
remunerações de proprietários e trabalhadores. A migração europeia 
substitui os escravos africanos. A Itália será a principal fonte, dado o 
processo de unificação do Estado tardio em relação a outras nações 
europeias. Mercado interno mais diversificado. A liquidação do 
trabalho escravo é determinada, em última instância, pela dinâmica da 
economia do café. ‘Política de valorização’. Com uma demanda que 
dependia do exterior, a economia nacional não podia controlar, 
autonomamente, suas próprias necessidades de dinheiro externo – 
ouro e divisas – e interno, a moeda nacional. Essa tendência levou a 
outra: a de uma quase permanente tensão para elevação dos preços 
internos, ou ao descompasso entre a oferta real de bens externos, 
importados, e o total da procura interna, também real, posto que se 
haviam feito pagamentos a proprietários e trabalhadores por uma 
produção que podia não ser vendida; a circulação monetária interna, 
expandida para pagar os chamados fatores da produção, não retraía 
imediatamente quando uma crise externa aparecia. Esta será a 
chamada teoria estrutural da inflação, uma fatura teórica da Cepal e, 
entre nós, de Celso Furtado, que iluminará as opções de política 
econômica e política monetária no Brasil durante décadas. 
Capítulo 7 
Frente aos problemas de retração da demanda externa, seja pela 
redução das quantidades, seja pela redução dos preços internacionais, 
as classes dominantes do café e suas expressões políticas começaram 
a realizar o que passou a ser chamado de ‘política de valorização’, 
isto é, a defesa da produção e dos preços, o que levou à armazenagem 
de café, permanecendo o pagamento aos produtores e trabalhadores. 
Defendeu-se o emprego interno, ou seja, defender a renda. Esse ‘nó 
górdio’ é cortado pela Grande Depressão de 1929, que, de uma vez, 
derruba demanda e preços e promove uma fuga de capitais 
estrangeiros do Brasil para os centros internacionais, sobretudo para 
os EUA. Queimam-se os estoques de café no Brasil e Getúlio Vargas 
faz uma correção de rumos nas políticas econômicas, que segue rumo 
à transformação em direção à industrialização. 
 
 
Podemos reparar de certa forma, que Celso furtado explica de certa maneira a 
economia brasileira com o resto da economia mundial. Também podemos observar 
que a economia brasileira sempre passou por certas crises financeira; Resultados de 
grandes projetos malsucedidos da colônia, estas partes são observadas até o ano de 
1929. Período Aonde a economia passou por uma certa ¨revolução¨ Também 
conhecida com grande depressão. 
Pedro Miguel dos Santos Custodio RA: 21332560 
Gabrielle Marangoni da Paixão RA:21217632 
 Maria Beatriz Silva Araujo RA:21264137 
 Mauro Bueno Nascimento Junior Ra:21306577

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