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Aps de FEB Questionamento: 1- Questionado na questão do Brasil iria conseguir se estabilizar economicamente igual se estabilizou depois da crise de 1929. (Referente a crise de 1983) 2- Questionado no ponto da economia brasileira ser liberal e como ira ser sua recuperação; E também na questão das micros empresa durante a crise atual. 3- Questionado no fato de um congelado de dividas internas sem afetar o ponto de liquidez do pais. 4- Questionado no ponto da reforma agrícola da época, se esse fator iria afetar diretamente a economia. 5- Questionado de como o nordeste poderia se torna de grande ponto, um grande produtor de alimento do pais. O livro de Celso Furtado (Formação econômica do Brasil) conta um pouco sobre a economia brasileira. E também da ocupação econômica na américa e a expansão do comercio europeu no pais. Celso furtado é um grande economista, suas entrevistas e seus livros são grandes obras sempre indicados quando o assunto é economia. Na reportagem feita pela TV cultura no ano de 1983 o assunto em pauta era referente a economia brasileira nos anos 80 (2 anos antes do fim da ditadura no Brasil). No seu livro formação econômica do brasil, ele aponta pontos que o brasil sempre teve destaque para a sua economia. A parte de criação de empresa, destaques na parte agrícola são alguns pontos que o pais tem como um certo destaque, e o autor aponta na escrita do livro. Podemos ver um ponto claro que Celso Furtado cita estás partes quando é questionado sobre o nordeste ser um grande produtor de alimentos do pais. No seu livro, Celso cita parte da colônia portuguesa no pais. Cita Percas de comercia português para a colônia espanhola durante este período, boa parte do ouro brasileiro foi para a Inglaterra por conta de vitorias políticas. Ele também cita parte da economia açucareira no pais. CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA AÇUCAREIRA Favores governamentais a quem instalasse engenhos na Colônia; Mão de obra nativa era inicialmente muito importante; Havia certo número de assalariados nos engenhos Forte concentração de renda nas mãos dos senhores de engenho; Gastos administrativos de Nassau na época da colonização foram bastante altos, aumentando os lucros de comerciantes. Fatores que ocorreram no período colina, na área econômica portuguesa. FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO Escravo negro veio substituir outro escravo, menos eficiente e de recrutamento mais incerto (indígenas); Escravos eram um bem durável de consumo; Quase toda a renda vinha de exportações. Os gastos, por sua vez, iam para as importações. Era uma economia semi-feudal; Boas possibilidades de expansão (grande quantidade de terras); Enfraquecimento de mercado externo certamente geraria decadência. PROJEÇÃO DA ECONOMIA AÇUCAREIRA: A PECUÁRIA Economia canavieira justificava a existência de outras atividades produtivas; Extrema especialização da economia açucareira ; Nova Inglaterra construía seus barcos de pesca e ganhou certo know how em transporte marítimo. Isso ajudou muito nas Antilhas; São Vicente se especializou no complexo exploratório-militar, sendo esse um fator decisivo para a ocupação de áreas centrais da América do Sul; Abundância de terras não permitiu mercado externo como o Antilhano com a Nova Inglaterra; Carne era artigo de suma importância, assim como lenha e animais de tração (burros, jumentos, às vezes até bois); Criação de gado era totalmente diferente da plantação de cana, sendo mais interiorizada e itinerante. Pouca gente se dedicava à pecuária, em geral. A maioria era de colonos com pouco acesso a capital. FORMAÇÃO DO COMPLEXO ECONÔMICO NORDESTINO Crescimento essencialmente extensivo. Não havia grandes mudanças de produtividade; Disparidade na dependência de importações de mão-de-obra e equipamentos; Couro era a única fonte de renda de muitos criadores de gado; Renda real no Nordeste caiu constantemente até o século XIX. A população continuou a crescer graças à oferta estável de alimento. CONTRAÇÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO TERRITORIAL Século XVII apresentou dificuldades políticas para a Colônia; Portugueses defenderam a Amazônia durante a União Ibérica, tendo que ocupar a região do Maranhão após a experiência da França Equinocial. A região não tinha solo de massapê, como o resto do Nordeste, levando a difíceis condições de vida, pois a cana não poderia ser lá plantada; Exportação de cravo, canela, baunilha, cacau e resinas aromáticas da região amazônica; Região do Prata era ameaça aos criadores de gado. A Colônia do Sacramento fortaleceu os portugueses nesse mercado e na região em questão. Encarecimento de manufaturas importadas. PARTE TRÊS: ECONOMIA ESCRAVISTA MINEIRA NO SÉCULO XVIII XIII. POVOAMENTO E ARTICULAÇÃO DAS REGIÕES MERIDIONAIS Crise na cana de-açúcar levou a uma maior procura por metais preciosos na Colônia; Uso dos paulistas, que conheciam bem o interior, em procurar metais; Primeira migração espontânea de Portugal para o Brasil. Gente de poucos recursos era atraída à Colônia; Escravos nunca foram maioria da população mineira. Podiam trabalhar por contra própria e alcançar a liberdade (comprando-a); Maior mobilidade social em relação ao Complexo Nordestino-Açucareiro; Desenvolvimento da Pecuária no Sul, com feira de muares em Sorocaba-SP; Sistema de transporte mais complexo (distância do litoral) –> maior mercado para animais de carga; Interdependência com regiões mais ao Sul (São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Sacramento). Base econômica entre Serra da Mantiqueira, Cuiabá e Goiás; Exportação de ouro atingiu seu ápice em 1760, já experimentando declínio em seguida; Mercado maior que na região açucareira; População mais reunida em núcleos urbanos e semi-urbanos; Nenhum desenvolvimento manufatureiro; Portugal, baseado no ouro brasileiro, também não desenvolveu manufaturas, comprando-as da Inglaterra; Inglaterra passou a conseguir saldar suas dívidas relacionadas a matérias primas no norte da Europa através da venda de produtos manufaturados; Bancos Ingleses fortalecem sua posição. Também crescem as reservas monetárias, que seriam essenciais nas Guerras Napoleônicas. REGRESSÃO ECONÔMICA E EXPANSÃO DA ÁREA DE SUBSISTÊNCIA Não houve tentativas sérias de solucionar a falta de ouro, como aconteceria na Austrália, um século depois; Fricções sociais menos graves, devido ao menor grau de dependência do trabalho do escravo africano; Adoção do regime de subsistência na região. PARTE QUATRO: ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA O TRABALHO ASSALARIADO NO SÉCULO XIX O MARANHÃO E A FALSA EUFORIA DA ÉPOCA COLONIAL Novas dificuldades no último quartel do Século XVIII (após a independência norte- americana); Brasil recupera alguns mercados para o açúcar; Baixíssima renda per capita; Maranhão e Pará isolados dos dois outros sistemas macroeconômicos; Pará: sistema extrativista florestal dos jesuítas, que sofre decadência com a ascensão de Pombal ao poder. Maranhão: alguma articulação pecuarista ao Nordeste. Único sistema de sucesso no final do século XVIII (algodão em substituição ao do sul dos EUA); Companhia de Comércio bastante capitalizada para a região foi criada por Pombal; Guerra de Independência dos EUA havia diminuído a oferta de algodão; Grande produção também de arroz (Maranhão); Escravos indígenas -> Escravos negros; Depressão nas outras regiões coloniais; Vinda da família real traz efêmero otimismo; Revolução Francesa -> Transtornos nas produções tropicais de suas colônias (Ex: açúcar e café no Haiti) Guerras Napoleônicas -> desarticulação do Império Espanhol; Crescimento do uso do algodão na indústria têxtil britânica; Prosperidade da pecuária até a independência. XVII.PASSIVO COLONIAL, CRISE FINANCEIRA E INSTABILIDADE POLÍTICA Invasões napoleônicas -> Contatos diretos com a maioria dos mercados; Tratados com a Grã Bretanha em 1810 – Limitação à autonomia brasileira, posição reforçada com novos tratados em 1827; Assunção da responsabilidade de parte da dívida externa portuguesa; Classe comerciante incipiente (e principalmente lusitana) frente a agroexportadores; Agroexportadores pressionam por livre mercado; Britânicos não se abriram aos produtos brasileiros, concorrentes de suas Antilhas; Luta com os britânicos para manutenção da escravidão. Diminuição do tráfico africano de escravos; Redução da autoridade central, problemas econômicos na Bahia, em Pernambuco e Maranhão, com queda substancial da renda per capita. Tensçoes refletidas em rebeliões armadas de Norte a Sul; Surge o café (década de 1830). Solidez financeira nas proximidades da capital, atuando como força agregadora; Parco aparelho fiscal trouxe dificuldades para o Governo. Guerra no Uruguai (Província Cisplatina) trouxe mais um problema, devido às somas dispendidas; Ódio urbano contra comerciantes portugueses. CONFRONTO COM O DESENVOLVIMENTO DOS EUA Pressão sobre a taxa de câmbio (muitas importações); Não era possível adotar a política protecionista dos EUA, pois lá já havia uma base econômica interna consolidada; Nos EUA, a cena era dominada por pequenos agricultores e grandes comerciantes urbanos; Alexander Hamilton (Protecionista) X Visconde de Cairu (Liberal) Indústrias que não competissem com as inglesas eram fomentadas desde o período colonial (lembrar de Mauá); Produção de ferro nos EUA para redução da dependência dos países do Báltico (especialmente a Suécia); Consciência independente desde cedo. Construção naval local desde muito cedo (período colonial). Guerra de Independência só estimulou ainda mais o desenvolvimento dessas características; Transtornos napoleônicos ajudaram ainda mais (necessidade da Grã Bretanha de achar novos mercados); Experiência técnica + lucidez dos dirigentes (founding fathers); Grandes plantações de algodão (primazia dos têxteis na primeira Revolução Industrial); Abertura do meio-oeste, abrindo espaço para a imigração europeia massificada; Balança comercial inicialmente deficitária, mas com o tempo equilibrada; Dívidas de longo prazo através de bônus federais e estaduais; Construção da infraestrutura e estímulo a atividades básicas. DECLÍNIO A LONGO PRAZO DO NÍVEL DE RENDA NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XIX Iniciativas siderúrgicas de Dom João VI falharam por falta de mercado consumidor interno; Pequeno consumo em declínio, decadência do artesanato têxtil; Impossibilidade de estabelecimento de cotas de importação e importação de maquinário; Estancamento das exportações; Baixa de 40% no preço das exportações. Importações da Grã Bretanha com preço estável. Não houve aumento da taxa de urbanização. GESTAÇÃO DA ECONOMIA CAFEEIRA Três quartos de século de estagnação e decadência; Poucas iniciativas governamentais de alterar o rudimentar aparato administrativo; Falta de expansão da mão-de-obra; Não era possível desenvolvimento com base no mercado interno, faltavam capitais externos para promover uma economia estagnada; Mercado do açúcar nada promissor (concorrência de Cuba e do açúcar de beterraba europeu); Algodão também estagnado (EUA – com exceção do período da Guerra de secessão- e Índia); Fumos, couros, cacau e arroz eram mercados menores; Café era o produto ideal. Já havia produção local desde o início do século XVIII (chegou em Belém do Pará); Concentração perto do RJ, beneficiada pela desagregação da economia mineira; Grau de capitalização mais baixo do que o da indústria açucareiro; Nova classe empresária decisiva para o futuro desenvolvimento do país. Criação de um mercado razoável na capital. O PROBLEMA DA MÃO-DE-OBRA – OFERTA INTERNA POTENCIAL Inelasticidade da oferta de trabalho; População escrava não tinha crescimento vegetativo no Brasil. Condições de vida precárias; Tráfico interno estimulado, especialmente saindo da região algodoeira e de subsistência; Também vieram para as plantações alguns escravos urbanos; Pensou-se em importar mão-de-obra asiática (chinesa), mas Mauá propôs a imigração europeia (fator racista também determinante). O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA – A IMIGRAÇÃO EUROPEIA Exemplo dos EUA; Colônias iniciais não deram certo, pois os europeus não eram acostumados ao sistema plantation; Muitos foram para os EUA pelo baixo preço das passagens e, especialmente, pela expansão de seu mercado; Ideia de Vergueiro de ligar colonos a produtos já importantes começou a solucionar o problema, mas semiescravidão trouxe outros, inclusive de política externa (com os países de origem); Governo Imperial passou a incumbir-se dos gastos de viagem dos imigrantes; Regime de trabalho menos servil; Crise na Itália pós-unificação ajudou na oferta; Base da expansão cafeeira ao oeste paulista. O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA – TRANSUMÂNCIA AMAZÔNICA Muitos nordestinos (especialmente cearenses) foram para a Amazônia; Base da economia local formada por especiarias, especialmente o cacau; Surgimento da borracha, ligada à crescente indústria de motores (segunda metade do século XIX); Produção inicialmente extrativa, rápido aumento da demanda; Preços altos graças à pouca oferta até a Primeira Guerra Mundial; Quantidade de nordestinos trasumantes mostra alternativa à imigração europeia. População continuava crescendo na região açucareira devido à boa oferta de alimento; Mão-de-obra pouco exigente. Enorme desgaste humano nos seringais. O PROBLEMA DA MÃO DE OBRA – ELIMINAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO Estabilidade estrutural. Seu fim gerou hecatombe social; Não constitui per se destruição nem criação de riqueza; Mudança enorme no fator organizacional. Não há mera transformação de escravos em assalariados; Diferentes soluções no Nordeste e no Sudeste; Recuperação temporária do açúcar brasileiro. Redução na procura de mão-de-obra; Mais oportunidades no Sul, mas incapacidade dos ex-escravos em responder a estímulos econômicos; Escravo vislumbraria o ócio, só trabalharia o suficiente para viver; Segregação; “Escravidão era um entorpecimento ao desenvolvimento econômico do país”. NÍVEL DE RENDA E RITMO DE CRESCIMENTO NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX Alto crescimento econômico durante o período. Exportações aumentaram em 214%; Açúcar e algodão tiveram menores aumentos relativos na exportação, sendo o Nordeste, logo, menos favorecido pelo crescimento; Houve certa baixa na renda per capita nordestina; Alguns setores de subsistência, como o da erva mate no Paraná, experimentaram crescimento vigoroso; O Rio Grande do Sul deu impulso à pecuária para o mercado interno, além de produzir vinho e porcos, dos quais se aproveitava especialmente a banha; Forte aumento populacional no Sul, também com aumento da produtividade; Região do café cresceu mais que o Nordeste, mas menos que o Sul, com grandes movimentos demográficos internos, na direção de SP e RS; Bom crescimento a renda per capita na região cafeeira (nisso melhor que o Sul); Bahia – cacau surge como alternativa à cana e fumo goza de grande mercado na Europa; Pouco crescimento populacional e na renda per capita, no entanto; Amazônia – borracha teve grande importância, inclusive nacional, no final do século XIX (15% das exportações brasileiras); Crescimento acentuado da renda per capita na região, assim como das importações; Crescimento de renda maior que o da Europa Ocidental, mas menor que o dos EUA. O FLUXO DE RENDA NA ECONOMIA DO TRABALHO ASSALARIADO Estrutura muito distintae menos estável que a escravidão; Assalariados gastam boa parte de sua renda em consumo; proprietários retêm parte de sua renda para aumento de capital; Aumento de impulso externo melhora o uso de fatores de produção internos; Como salários, ainda que estáveis, eram superiores aos de outros setores da economia, muita gente vinha para a região; Crescimento da importância relativa dos assalariados. A TENDÊNCIA AO DESEQUILÍBRIO EXTERNO Impossibilidade de adaptar-se às regras do padrão-ouro; Intercâmbio per capita maior que tenda monetária per capita; Economia sujeita a oscilações bastante agudas; Ouro como “moeda internacional”; Quando procura monetária supera as exportações, passamos a ter desequilíbrio. Usar reservas metálicas fez-se necessário; Crise em países dependentes -> queda no valor das exportações. Lenta queda nos preços de mercadorias importadas = crise. Achava-se, erroneamente, que as finanças brasileiras funcionavam como as europeias. A DEFESA DO NÍVEL DE EMPREGO E A CONCENTRAÇÃO DE RENDA Elevação de salário médio refletia aumento na produtividade; Para os aumentos ocorrerem, eram necessários aumentos dos investimentos em capital; Não havia grandes pressões por aumentos nos salários, fazendo com que aumentos de capital concentrassem-se na renda dos proprietários; Grande oferta de terras levou à produção extensiva. Pouco estímulo para aumento da produtividade; Flutuação dos preços: expansões e contrações na renda dos proprietários; Mudanças cambiais mudam o poder aquisitivo externo da moeda nacional; Socialização das perdas e concentração dos lucros do café no início do século XX; Crises tinham decorrências mais graves em países dependentes; Manutenção de nível de exportações = manutenção no nível de emprego. A DESCENTRALIZAÇÃO REPUBLICANA E A FORMAÇÃO DE NOVOS GRUPOS DE PRESSÃO Salário real das populações urbanas era particularmente afetado por variações cambiais; Imposto de importação era cobrado a taxa fixa de câmbio; Boa parte do ouro ia para o serviço da dívida externa, emitindo-se moeda para manutenção de serviços públicos básicos; Muitos empréstimos externos para manutenção da taxa de câmbio; Adstringência de meios de circulação na transição Império-República, devido ao crescimento do comércio exterior e ao fim da escravidão; Aumento de divergências eao fim do período imperial: grande X pequena propriedade; Maior demanda por serviços públicos no sul do país; Revolução de 1889 prega a autonomia regional; Permissão da emissão de moeda aos bancos regionais -> expansão do crédito; Depreciação cambial; Joaquim Murtinho, Ministro da Fazenda de Campos Salles (1898-1902) adotou base mais crítica em sua política econômica; Deflação e aumento das exportações de borracha = equilíbrio externo; Grupos industriais não gostam da depreciação cambial, pois dificulta a aquisição de fatores produtivos importados (aparelhos e algumas matérias-primas); Tensão entre Governo Federal e Governos Estaduais nos primeiros decênios do século XX. PARTE QUATRO: ECONOMIA DE TRANSIÇÃO PARA UM SISTEMA INDUSTRIAL NO SÉCULO XX XXX. A CRISE DA ECONOMIA CAFEEIRA Imigração era feita basicamente através do Estado de São Paulo (descentralização); Muito e fácil crédito; Grande crescimento na oferta de café brasileiro (75% da produção mundial); Contração artificial da oferta; Queda dos preços na última década do século XIX; Estoques se avolumaram; Convênio de Taubaté -> valorização artificial do café; -> Governo compraria excedentes; -> Financiamentos de empréstimos estrangeiros; -> Novo imposto; -> Desencorajamento de expansão das plantações existentes; Pressões de vários grupos, devido à socialização de perdas; Falta de alternativas ao café – aumento da produtividade (grande vantagem relativa); Crise Mundial derrubou de vez o valor do café (1929); Desequilíbrio estrutural entre oferta e procura; Pressão inflacionária; Crise = fim de reservas metálicas e fuga de capitais. OS MECANISMOS DE DEFESA E A CRISE DE 1929 Socialização de perdas; Depreciação cambial; Retenção de estoque, expansão do crédito; Procura inelástica do café no mercado internacional; Programa de fomento da renda nacional e manutenção do emprego; Brasil superou a crise já em 1933 (EUA o fizeram apenas em 1934, parcialmente). . DESLOCAMENTO DO CENTRO DINÂMICO Desequilíbrio externo -> elevação do preço de artigos importados; Diminuição das importações; Situação inédita: preponderância do setor ligado ao mercado interno no processo de formação de capital; Migração de capital para outros setores; Indústria e agricultura superam rapidamente os efeitos da crise; Atividades ligadas ao mercado interno recebiam novos investimentos, aproveitamento mais intenso da capacidade instalada; Compra de equipamentos de segunda mão de empresas quebradas pela crise no exterior; Crescimento da procura por bens de capital; Capacidade de importação não se recuperou nos anos 30; Crescimento de 50% na produção industrial entre 1929 e 1937; Substituição de importações; Produtores para o setor interno x exportadores. . O DESEQULÍBRIO EXTERNO E SUA PROPAGAÇÃO Barateamento de produtos de produção interna; Taxa cambial ganhou mais importância; Valorização cambial = problemas de competitividade do setor industrial. Pressão por rebaixamento da taxa cambial graças a sucessivos saldos positivos na balança de pagamentos; Na Segunda Guerra, houve fixação da taxa cambial; Capacidade produtiva e exportações em crescimento; Redução de renda per capita de 10% entre 1937 e 1942; Dificuldades de transporte para importação e exportação; “Sobreesforço de guerra”; Aumento de despesas militares, diminuição de subsídios; Baixa geral da produtividade; Começo da Guerra: desemprego, capacidade produtiva não utilizada em diversos países; Inflação; Favorecimento aos exportadores; Preços das importações crescem com menor rapidez; Revalorização da moeda brasileira. REAJUSTAMENTO DO COEFICIENTE DE IMPORTAÇÕES Volta ao nível de gastos em importações de 1929; Controles seletivos de importações. Intensificação do processo de industrialização do país; Redução relativa de manufaturas acabadas de consumo, em benefício de bens de capital e matérias-primas; Intensificação do processo de crescimento do pós-guerra; Baixa relativa de preços devida ao aumento da produtividade beneficiou a população em geral; Desvalorização cambial seria péssima para a indústria, mas boa para importadores e exportadores. Seria recuperado o equilíbrio oferta-procura de produtos importados; Houve também crescimento do mercado e isso ajudou; Não houve uma simples transferência do setor exportador para o setor interno; Setor industrial era o maior absorvedor de divisas geradas. OS DOIS LADOS DO PROCESSO INFLACIONÁRIO Aumento da eficácia marginal das inversões nas indústrias; Declínio do crescimento à partir de 1953; Inflação neutra -> sem efeitos reais; Guerra da Coreia -> pressão inflacionária; Mecanismo de ampliação dos desequilíbrios provenientes do exterior – setor primário. PERSPECTIVA DOS PRÓXIMOS DECÊNIOS Transferência do centro dinâmico para o mercado interno (acerto parcial); Modificação do papel do comércio exterior (acerto); Argentina: grande crescimento entre 1900 e 1929 continuaria (errou feio); Sul torna-se um mercado mais importante para o Nordeste que o exterior (acerto parcial); Fluxo de mão-de-obra do lugar menos produtivo (Nordeste) para o mais produtivo (Sudeste) (acertou na mosca); Monocultura prejudica a produtividade do Nordeste (sim, a variação ajudouno crescimento da produtividade da região); População brasileira em 2000 seria de 225 milhões (errou, devido à diminuição do número de filhos por mulher, principalmente). Fichamento & Quadro-síntese, por PGDerolle | Referência bibliográfica: MOTA, Lourenço Dantas. Introdução ao Brasil: um Banquete no Trópico. Tese: com os conceitos inovadores de centro-periferia, de subdesenvolvimento, de trocas desiguais entre produção de matérias-primas versus manufaturas no comércio internacional – contra a posição teórica dominante, das vantagens da especialização provocada pelo comércio internacional livre -, de formação de uma estrutura dual na periferia, obstáculos ao desenvolvimento, e reiteração do subdesenvolvimento, constituem a base sobre a qual se assenta o trabalho de Celso Furtado. A influência de Karl Marx, o fundador do marxismo, é patente em Celso Furtado e no seu livro, embora também sem citação. A junção não justaposta, não mecânica, não simplista entre teoria e história é mais importante contribuição silenciosa de Marx na obra de Furtado. Recentemente, este tem ressaltado essa dívida. Mas, sem dúvida, a contribuição mais marcante é a de John Maynard Keynes, o economista inglês que revolucionou a teoria econômica neste século, com sua obra ‘A teoria geral do emprego, do juro e da moeda’. A história econômica realizada por Furtado é, de certa forma, uma releitura keynesiana da história brasileira. A teoria de Keynes ajudou Furtado a deslindar, por exemplo, a autonomia do Estado brasileiro para realizar as ações intervencionistas a partir da Revolução de 30, bem como ampliar o alcance das transformações econômicas do ciclo do café que ajudaram na criação do mercado interno, diferenciando-o dos anteriores ciclos da história econômica nacional: é a teoria keynesiana da demanda como núcleo do processo econômico capitalista que possibilita essa operação interpretativa. Estrutura e conteúdo A pretensão do livro é abranger toda a formação nacional, sua economia, sua sociedade, suas regiões, suas diversas formas de Estado, de governo e de regimes políticos. Furtado parte do núcleo colonial exitoso, a região produtora de açúcar, correspondente, hoje, ao Nordeste, explicando como essa forma uma periferia próxima e outra remota, a primeira em seu entorno nos sertões do Nordeste e a segunda a partir de Piratininga, hoje São Paulo, estendendo-se até o Rio Grande do Sul. Como sistemas autônomos, sem relação com a zona do açúcar, formam-se as economias e sociedades do Maranhão e mais remotamente da Amazônia, inicialmente estados separados da colônia brasileira. O núcleo do ouro, em torno da capitania de Minas Gerais, é o elemento fundamental de articulação entre a região do açúcar e a periferia remota de Piratininga. Capítulo Descrição Capítulo 1 Criação da colônia como um empreendimento típico da expansão comercial mercantilista da Europa ocidental. A forma de monopólio da metrópole sobre a colônia, típica, por outro lado, do próprio mercantilismo, isto é, exclusividade das transações do novo território com a potência descobridora e colonizadora, não aparece como um atributo do caráter português, mas ao contrário, deriva de uma estratégia que buscou não repetir o fracasso da colonização espanhola na América (extração de metais), assim, Portugal opta pela exploração agrícola. Faz comparação entre as colônias de povoamento e as de produção: i. Colônias de produção são exitosas no começo, devido a sucessos comerciais, mas há impedimentos que atrapalham o futuro, como a estrutura escravista, muito concentrada em termos de propriedade da terra e das rendas produzidas; ii. Colônias de povoamento: são abertas para a imigração europeia, fundando-se em estruturas sociais mais maleáveis, como acesso mais fácil à terra, dando lugar à pequena propriedade. Portugal faz acordo com Inglaterra (Tratado de Methuen), com o que a economia luso- brasileira se transforma em dependência da Inglaterra já que à mesma foram concedido privilégios comerciais e diplomáticos com a colônia brasileira. O novo ciclo do ouro financiará a submissão de Portugal à Inglaterra. A independência brasileira será negociada nesse quadro. Capítulo 2 ‘Economia escravista de agricultura tropical’. Furtado avança além de seus predecessores na história econômica da colônia e da nação, ao conceder especial atenção ao que ele chamará ‘complexo econômico nordestino’. Para o êxito da empresa agrícola, contribuirá a experiência portuguesa de produção do açúcar nos Açores, a presença do financiamento holandês para a fundação de engenhos e a solução encontrada para o problema da mão de obra que, na quase impossibilidade da migração a partir do próprio Portugal e de outros lugares da Europa, terminará sendo o negro escravo trazido da África. O fluxo monetário interno é fraquíssimo, mas o direcionamento para fora dos resultados da exploração açucareira é fortíssimo. Do lucro, os proprietários tirarão seu próprio consumo, na sua maior parte constituído de mercadorias importadas da metrópole. Animais de tiro fazem-se necessários para o transporte do açúcar, o que dá lugar à criação da periferia em torno da região açucareira, que se projeta, assim, para os sertões do Nordeste, penetrando no Ceará, Piauí e altos sertões da Bahia. A economia pecuária era complementar e dependente, não concorrente. ‘Complexo econômico nordestino’: um setor exportador de alta lucratividade e elevadíssima concentração da propriedade e das rendas, sustentado sobre o trabalho escravo, em articulação com um setor de subsistência de baixa produtividade e baixos lucros. É esse complexo, que Furtado chamou de dual (força e fraqueza), que marcará definitivamente o Nordeste até nossos dias. A SUDENE é baseada na teoria do ‘complexo econômico nordestino’. Capítulo 3 Deslocamento do centro dinâmico colonial para a região aurífera, que teve Minas Gerais como epicentro. Ciclo do ouro: a influência desse deslocamento na estruturação das economias meridionais do Brasil. A influência desse deslocamento estende-se até o mais remoto sul: ficará explícita a ligação entre produção de charque no Rio Grande do Sul, a produção de mulas para o transporte, seu itinerário pela então comarca do Paraná, criando economias de manutenção e trânsito da mercadoria transportadora, com a região do ouro. Furtado faz derivar da regressão econômica do ouro, assentando as bases do que será denominado como o hinterland mineiro e do centro-oeste. O ouro promoverá um fenômeno demográfico da maior importância, com migração espontânea de Portugal, pela primeira vez da história da colônia, e deslocamentos das reservas de escravos da região açucareira em decadência. Será uma atividade de baixa capitalização, isto é, pouquíssima exigência de máquinas, instrumentos e processos mais exigentes, com alta lucratividade. O ciclo do ouro foi muito rápido, durou em torno de 50 anos. Deu lugar a uma sociedade menos rica que a gestada no engenho de açúcar do Nordeste, mas com a riqueza menos concentrada, devido às características da exploração e ao lugar do homem livre nela. A emergência do ouro no Brasil financiou a dependência portuguesa na sua relação comercial com os ingleses. Em seu declínio, a Inconfidência Mineira é um doloroso episódio do declínio e não do auge do clico aurífero. Capítulos 4, 5 e 6 Breve explosão da economia do Maranhão, no vazio da produção mundial de algodão, provocados pelas guerras de independência das treze colônias inglesas contra a Inglaterra, no fim do século XVIII, como parte do fim da época colonial. O Maranhão solucionará o problema da mão de obra também pelo escravismo dos negros africanos, em tal escala e intensidade que fez de São Luís, sua capital, a cidade mais negra do Brasil, que muitos pensam ser Salvador. A economia maranhense somente voltará a conhecer umenorme e rápido auge econômico na segunda metade do século XIX, de novo como resultado da queda da produção de algodão provocado pela Guerra de Secessão nos EUA já independentes. A expansão do café é imediatamente ligada às formas do trabalho escravo, à sua incapacidade de oferta, ao crescimento do custo do trabalho escravo, pelo incremento do custo social do controle frente à crescente rebelião dos escravos. Furtado concede toda centralidade à geração de renda que a economia cafeicultora propiciava, a qual, como forma de resolução da questão do trabalho, elaborava uma divisão social do trabalho mais rica e mais diversificada do que haviam sido as anteriores economias do açúcar e do ouro fundadas no trabalho escravo. A influência de Keynes é elaborada por Celso Furtado dando centralidade à demanda, seja a do trabalho, seja aquela propiciada pelo fluxo de renda gerado pela economia cafeicultora. Construção do dual-estruturalismo cepalino-furtadiano: a economia do café será o fundamento do setor moderno, enquanto as economias de subsistência de Minas e do Nordeste, e o resto da economia açucareira também em regressão, funcionarão como o setor arcaico ou atrasado. A articulação da economia nacional entre setor moderno e setor atrasado impedia ao primeiro a internalização de um setor de produção de bens de capital. São as bases teórico-históricas para a emergência do padrão de relações centro-periferia e a constituição do subdesenvolvimento como formação histórica singular, e não uma fase do desenvolvimento capitalista primitivo em direção à maturidade. O abalo da estrutura colonial e a estagnação econômica de longo prazo, desde o fim do ciclo do ouro, deram lugar, na interpretação de Celso Furtado, às chamadas revoltas regionais, que explodem do Pará ao Rio Grande do Sul, sendo esta, provavelmente, a mais socialmente ancorada, nas classes da então província sulista. Há outras interpretações de caráter liberal de verdadeiras revoluções. Para Furtado, o esmagamento das revoluções regionais preservou a unidade nacional, grande trunfo para uma economia moderna. O específico da expansão do café e da nova economia por ela instaurada, em direção ao trabalho assalariado, será a forma pela qual é resolvido o problema da mão de obra. Disto decorrerá a existência de uma economia monetária, cujo pagamento dar-se-á por moedas. Disto decorrerá a formação de um fluxo de renda, isto é, de remunerações de proprietários e trabalhadores. A migração europeia substitui os escravos africanos. A Itália será a principal fonte, dado o processo de unificação do Estado tardio em relação a outras nações europeias. Mercado interno mais diversificado. A liquidação do trabalho escravo é determinada, em última instância, pela dinâmica da economia do café. ‘Política de valorização’. Com uma demanda que dependia do exterior, a economia nacional não podia controlar, autonomamente, suas próprias necessidades de dinheiro externo – ouro e divisas – e interno, a moeda nacional. Essa tendência levou a outra: a de uma quase permanente tensão para elevação dos preços internos, ou ao descompasso entre a oferta real de bens externos, importados, e o total da procura interna, também real, posto que se haviam feito pagamentos a proprietários e trabalhadores por uma produção que podia não ser vendida; a circulação monetária interna, expandida para pagar os chamados fatores da produção, não retraía imediatamente quando uma crise externa aparecia. Esta será a chamada teoria estrutural da inflação, uma fatura teórica da Cepal e, entre nós, de Celso Furtado, que iluminará as opções de política econômica e política monetária no Brasil durante décadas. Capítulo 7 Frente aos problemas de retração da demanda externa, seja pela redução das quantidades, seja pela redução dos preços internacionais, as classes dominantes do café e suas expressões políticas começaram a realizar o que passou a ser chamado de ‘política de valorização’, isto é, a defesa da produção e dos preços, o que levou à armazenagem de café, permanecendo o pagamento aos produtores e trabalhadores. Defendeu-se o emprego interno, ou seja, defender a renda. Esse ‘nó górdio’ é cortado pela Grande Depressão de 1929, que, de uma vez, derruba demanda e preços e promove uma fuga de capitais estrangeiros do Brasil para os centros internacionais, sobretudo para os EUA. Queimam-se os estoques de café no Brasil e Getúlio Vargas faz uma correção de rumos nas políticas econômicas, que segue rumo à transformação em direção à industrialização. Podemos reparar de certa forma, que Celso furtado explica de certa maneira a economia brasileira com o resto da economia mundial. Também podemos observar que a economia brasileira sempre passou por certas crises financeira; Resultados de grandes projetos malsucedidos da colônia, estas partes são observadas até o ano de 1929. Período Aonde a economia passou por uma certa ¨revolução¨ Também conhecida com grande depressão. Pedro Miguel dos Santos Custodio RA: 21332560 Gabrielle Marangoni da Paixão RA:21217632 Maria Beatriz Silva Araujo RA:21264137 Mauro Bueno Nascimento Junior Ra:21306577
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