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Metodologia_científica_-_Pós-Graduação-_M

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Metodologia Científica 
Aspectos gerais sobre a sistematização na ciência 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
 
 Apresentação .............................................................................................................................. 3 
 Cronograma ................................................................................................................................ 5 
Metodologia científica ................................................................................................................. 6 
A ciência.................................................................................................................................... 7 
Métodos e técnicas .................................................................................................................... 8 
Projetos científicos .................................................................................................................... 13 
Tema ........................................................................................................................................ 13 
Embasamento teórico .............................................................................................................. 14 
Formulação do problema ......................................................................................................... 15 
Geração de hipóteses ............................................................................................................... 15 
 Organização elementar de projetos científicos.......................................................................16 
1. Capa e folha de rosto...........................................................................................................17 
 2. Resumo................................................................................................................................18 
 3. Introdução...........................................................................................................................20 
4.Objetivos .............................................................................................................................. 20 
5.Justificativa .......................................................................................................................... 21 
6.Métodos e técnicas/metodologias......................................................................................... 21 
7.Cronograma .......................................................................................................................... 22 
 8.Metas....................................................................................................................................22 
9.Orçamento ............................................................................................................................ 23 
10.Referências ......................................................................................................................... 25 
Estrutura de trabalhos científicos – Parte I ............................................................................ 31 
Estrutura de trabalhos científicos – Parte II .......................................................................... 52 
 Atividades Finais.....................................................................................................................63 
 
 
 
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Apresentação 
 
Este material aborda a metodologia científica como importante mecanismo 
de padronização e normatização técnico-científica. São apresentados 
exercícios de fixação e verificação da aprendizagem ao final de cada tema. 
Trata-se de um importante suporte na produção de trabalhos científicos e 
acadêmicos, além de projetos científicos . 
 
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Ficha técnica 
 
Ementa 
Ciência e sua epistemologia; metodologia científica: estudo de métodos e técnicas; 
desenvolvimento de projetos científicos; estruturas de trabalhos científicos. 
 
Objetivo 
Sintetizar os principais aspectos relacionados à metodologia científica e o emprego de 
métodos e técnicas que permitam a produção de trabalhos científicos bem estruturados. 
 
Estruturação da apostila 
Esta apostila é composta por quatro Unidades sendo que a Unidade I trata sobre a 
epistemologia da ciência. A Unidade II discute aspectos relacionados a projetos 
científicos. Na Unidade III podem ser encontradas discussões a respeito da composição 
e estruturação de trabalhos científicos (exceto artigos científicos). E, por fim, na 
Unidade IV são descritos as estrutura de artigos científicos. No final de cada unidade é 
fornecida uma série de exercícios e materiais complementares para estudo e reflexão. 
No final deste trabalho encontra-se uma nova série de exercícios de revisão. 
 
 
 
 
 
 
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Cronograma 
Acompanhe o desenvolvimento do seu aprendizado através de um cronograma preciso. 
Tema Início Término 
Unidade I / / / / 
Unidade II / / / / 
Unidade III / / / / 
Unidade IV / / / / 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Unidade I 
Metodologia científica 
 
 A compreensão da ciência deve ser analisada mediante um caráter evolutivo. A 
capacidade de observação, um dos alicerces da ciência, só ocorreu mediante o 
desenvolvimento dos sentidos. Este processo de percepção do ambiente gera uma 
determinada impressão. Esta impressão, associada aos instintos, foram fundamentais 
para a preservação e perpetuação de várias espécies animais. No homem, entretanto, 
surgiu também a razão e a consciência as quais instigaram os seres dessa espécie a 
perguntarem o porquê das coisas, gerando o que chamamos hoje de conhecimento. A 
partir daí, surgiam muitas suposições para dar explicações aos fatos, as quais geraram 
diferentes tipos de conhecimentos. 
Muitas dessas suposições se baseavam em observações da natureza. Nascia 
assim, mesmo que de forma rústica, a filosofia. Entretanto, diante da limitação para 
explicar alguns fatos, muitas suposições possuíam teores sobrenaturais, o que deu 
origem ao pensamento teológico. A necessidade de responder às perguntas de forma 
clara e comprovar as respostas até então subjetivas, fez com que o homem começasse a 
estabelecer métodos. A severidade dos métodos permitia ainda reproduzir tais 
aplicações de forma que se obtivessem resultados similares. Nascia assim a ciência. 
 Os conhecimentos produzidos por esses diferentes campos são atualmente 
classificados em quatro tipos: conhecimento popular, conhecimento filosófico, 
conhecimento teológico ou religioso, e conhecimento científico (TRUJILLO-
FERRARI, 1974). Lakatos e Marconi (2003) sintetizam as características de cada um 
deles, conforme adaptado na Tabela 1. 
Tabela 1 Comparações entre diferentes tipos de conhecimento (Lakatos & Marconi, 2003) 
Popular Científico Filosófico Religioso (Teológico) 
Valorativo Real Valorativo Valorativo 
Reflexivo Contingente Racional Inspiracional 
Assistemático Sistemático Sistemático Sistemático 
Verificável Verificável Não verificável Não verificável 
Falível Falível Infalível Infalível 
Inexato Aproximadamente exato Exato Exato 
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Conhecimentos valorativos são aqueles que podem ser influenciáveis e ganham 
peso por qualquer que seja a variável, seja emocional, mística, ou racional.No caso 
desse caráter, a ciência é a que mais se aproxima do real. As ideias podem ser 
reflexivas, ou seja, de natureza observacional, contingente, ou seja, limitadas, racionais 
ou inspiracionais, produzidas de forma ordenada ou desordenada. Os conhecimentos 
populares e científicos admitem falibilidade enquanto os filosóficos e religiosos não, ou 
seja, estes últimos são se autodenominam como verdades absolutas. Além disso, o 
conhecimento popular admite a inexatidão, enquanto o conhecimento filosófico e 
religioso, não. O conhecimento científico, por sua vez, estabelece métodos que geram 
conhecimentos os mais próximos da exatidão possível reconhecendo probabilidades de 
desvios e assumindo esse desvio como real. 
A partir daqui nos deteremos principalmente na descrição do conhecimento 
científico, fazendo alguns aportes e associações com diferentes tipos de conhecimento. 
A ciência 
 
 
 
Todo trabalho científico é motivado por uma dúvida inicial. A partir dessa 
dúvida uma série de perguntas é elaborada, conjunto comumente denominado como 
science questions. Essas dúvidas podem ser amenizadas, como dito anteriormente, por 
suposições. Quando tais suposições são baseadas em observações sérias e dados 
confiáveis, elas são chamadas de hipóteses. Hipóteses podem ser geradas não só a partir 
de dados próprios, mas através de dados registrados por outros observadores. Para isso, 
um levantamento bibliográfico e a verificação do estado da arte de determinado assunto, 
os quais serão discutidos posteriormente, são fundamentais nas pesquisas científicas. 
 Tendo em vista que hipóteses são baseadas em observações, nota-se que até 
nesta fase os trabalhos científicos são meramente filosóficos. 
 
Ciência é a busca sistematizada das causas de determinados 
efeitos a partir do emprego de métodos e técnicas. 
"Não existe ciência sem filosofia, existe ciência que conseguiu 
embarcar sem ter a bagagem revistada". Daniel Dennett 
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 A ciência, entretanto, difere da filosofia quando emprega testes para verificar a 
confiabilidade de determinadas observações e conjuntos de dados na explicação dos 
fatos a partir das causas questionadas. Enquanto a filosofia se baseia nos sentidos para 
explicar os fatos, a ciência procura ainda aprimorar e potencializar tais sentidos a fim de 
fornecer explicações sobre os fatos. Ambas tem um compromisso com a verdade, mas 
uma se limita à certeza impositiva enquanto a outra busca as possibilidades detalhadas. 
 Além disso, um papel muito importante da ciência é o de transformar as causas. 
Isso implica que além de buscar o porquê das coisas, a ciência tenta aplicar os motivos 
descobertos em prol de outra utilidade, ou seja, efetuar transformação. Assim, dados 
observados na natureza são muitas vezes utilizados em diferentes campos 
biotecnológicos. 
 Existem dois campos fundamentais na ciência: a ciência básica, a qual se atém à 
explicação dos porquês, e a ciência aplicada que utiliza esses porquês para a aplicação e 
utilização das descobertas. 
 
Métodos e técnicas 
 
 
A palavra método, do grego methodos, significa o caminho para se chegar a um 
fim. Segundo Lakatos e Marconi (2003), “... o método é um conjunto das atividades 
sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o 
objetivo...”.É importante ressaltar aqui a diferença entre os termos método e 
metodologia. Metodologia, do grego methodos, o caminho para se chegar a um fim, e 
logos, estudo, significa o estudo dos caminhos utilizados se chegar a um fim. Essa 
ordenação a qual denominamos métodos pode ser feita principalmente por indução ou 
dedução (BASTOS & KELLER, 2002). 
 
 
 
Ciência: perguntar, hipotetizar, testar e verificar. 
Metodologia é o estudo dos métodos. 
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 O método indutivo assume que se todas as premissas obtidas a partir de 
observações são verdadeiras, a conclusão pode ser verdadeira (SALMON, 1987). Nesse 
caso, a conclusão não está implícita nas premissas e é mais abrangente que as 
observações feitas. Lakatos e Marconi (2003) descrevem três fases do método indutivo: 
observação dos efeitos, descoberta da relação entre eles, e generalização do efeito sobre 
a relação deles. 
 A indução pode ser completa ou incompleta. Na indução completa, todos os 
elementos são utilizados, ou seja, se n é o número total de efeitos, n será analisado para 
geração da conclusão (e.g., se Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são maiores 
que Pernambuco; e Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul são os estados que 
compões o Centro-Oeste; então, todos os estados do Centro-Oeste são maiores que 
Pernambuco). Esse método aristotélico, entretanto, pode ser muito difícil ou mesmo 
impossível em determinados eventos. Por outro lado, o método de indução incompleto, 
também chamado científico, desenvolvido por Galileu e difundido por Francis Bacon e 
Fisher, consiste na seleção aleatória de um número significativo de elementos, 
denominado na estatística de amostra (e.g., se as fêmeas de cangurus, gambás e coalas 
possuem bolsa abdominal; e se cangurus, gambás e coalas são marsupiais, então todos 
os marsupiais tem bolsa abdominal). 
 Entretanto, o método indutivo incompleto pode apresentar riscos, já que depende 
sempre do número amostral. Um exemplo é citado abaixo: 
Premissa 1: maçã, melancia, mamão, laranja, amora, morango e uva têm sementes; 
verdadeira. 
Premissa 2: maçã, melancia, mamão, laranja, amora, morango e uva são frutas; 
verdadeira. 
Conclusão: toda fruta tem sementes; falsa. 
O método dedutivo descobre uma verdade a partir de uma outra verdade 
preexistente. Nesse caso, se todas as premissas são verdadeiras, a conclusão 
necessariamente será verdadeira, já que as premissas são mais abrangentes e contém, 
implicitamente, a conclusão (e.g., todas Rubiaceae apresentam estípulas interpeciolares 
soldadas; o café é uma Rubiaceae; logo, o café possui estípulas interpeciolares 
soldadas). 
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Dentro do método dedutivo existem dois tipos de argumentos condicionais 
válidos, a afirmação antecedente e a negação do consequente (LAKATOS E 
MARCONI, 2003). 
Exemplo 1: Afirmação antecedente 
Tigres acuados atacam; 
Ora, esse tigre está acuado; 
Então, esse tigre atacará. 
Exemplo 2: Negação do consequente 
Tigres acuados atacam; 
Ora, esse tigre não está acuado; 
Então, esse tigre não atacará. 
 
Outro método existente é o hipotético-dedutivo. Caracterizada por Popper 
(1977), a abordagem assume que perguntas geram hipóteses, que depois de testadas 
geram novas perguntas. Isso leva o próprio autor a fazer uma afirmação bem coerente 
de que “a ciência começa e termina com problemas” (POPPER, 1977). Tal método 
implica no conhecimento de determinado assunto, no levantamento e formulação de 
perguntas não respondidas, na geração de hipóteses, na aplicação de testes, na análise e 
discussão dos resultados, resultando então na refutação ou corroboração das hipóteses 
inicias, neste caso gerando novas teorias. 
 
 
 
 Quando falamos de técnicas, descrevemos a forma como desenvolvemos o 
método. As técnicas incluem as ferramentas utilizadas para testar nossas hipóteses. 
Enquanto o método é o caminho que trilhamos pra chegar a um resultado, a técnica 
exprime como caminharemos. Assim, as técnicas podem mudar, podem ser inventadas, 
mas o método sempre dependerá do objetivo da pesquisa (FACHIN, 2003). Embora 
não sejam diretamente especificados nos trabalhos, esses conceitos devem estar claros 
durante a realização de qualquer trabalho científico. 
 
 
Teoria é um conjunto de hipóteses testadas e corroboradas 
aceitas por um determinado grupo ou segmento científico. 
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Referências 
BASTOS, C.L. & KELLER, V. Aprendendo a aprender: introdução à metodologia 
científica. 16. ed. Petrópolis: Vozes, 2002. 104 p. 
FACHIN, O.Fundamentos de metodologia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2003. 195 p. 
LAKATOS, E.M. & MARCONI, M.A.Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São 
Paulo: Atlas, 2003. 311 p. 
POPPER, K.R. Autobiografia intelectual. São Paulo: Cultrix, 1977. 263 p. 
SALMON, W. C. Lógica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987. 142 p. 
TRUJILLO-FERRARI, A. Metodologia da ciência. 2. ed. Rio de Janeiro: Kennedy, 1974. 
242 p. 
 
Atividades 
1) O que é conhecimento? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
2) Qual a diferença entre conhecimento científico e os demais tipos de 
conhecimento? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
3) Considerando-se as diferenças entre o conhecimento científico e os demais tipos 
de conhecimento, qual a importância da ciência na construção do conhecimento? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
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4) Qual o papel da geração de hipóteses na construção de conhecimento? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
5) O que são métodos e qual a importância da metodologia no processo de 
construção de conhecimento? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
6) Define-se o método científico como um conjunto: 
a) de regras metafísicas e religiosas. 
b) de princípios não sistematizados. 
c) autoritário de preceitos e normas. 
d) de regras físicas e sociais. 
e) de procedimentos sistematizados e técnicos. 
 
Atividades complementares 
Assista ao vídeo chamado Conhecimento: 
http://www.youtube.com/watch?v=AXzfjQeEjYg 
 
 
 
 
 
http://www.youtube.com/watch?v=AXzfjQeEjYg
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Unidade II 
Projetos científicos 
 
O termo pesquisa se refere a uma busca sistematizada ou investigação. Pesquisa 
pode ainda ser definida como o conjunto de ações, propostas para encontrar a solução 
para um problema, que têm por base procedimentos científicos Cervo e Bervian (1983). 
 
 
 
 Uma pesquisa científica deve descrever passos os quais levarão à solução ou não 
de determinados problemas, às respostas para determinadas perguntas. Portanto, uma 
pesquisa de caráter científico se utilizará de métodos e técnicas apropriados para a busca 
dessas soluções. Para tanto, antes de qualquer pesquisa é indispensável o 
estabelecimento de um roteiro que compile as formas para se chegar aos resultados, 
assim, às soluções. O projeto de pesquisa é a “caixa”onde constarão todas essas ideias, 
sendo ela abstrata ou concreta. É importante ressaltar essa diferença. De um lado existe 
o projeto concreto, ou seja, o documento onde tais roteiros são descritos. De outro lado, 
existe a entidade abstrata a qual se refere à realização da pesquisa. 
A realização de um projeto de pesquisa constitui o início de qualquer trabalho 
científico. Nele devem constar os fundamentos teóricos que levaram às perguntas, os 
métodos e técnicas utilizados para responder às perguntas, as perspectivas quanto a 
possíveis resultados e o prazo para realização da pesquisa. Como norteador, o projeto 
delimitará o tempo e espaço da pesquisa. 
 
Tema 
 
 A primeira fase para a construção de um projeto é o estabelecimento de um 
tema. O tema definirá o campo científico no qual se aterá o projeto. Nenhuma das 
Pesquisa é a busca sistematizada por respostas para um 
determinado problema. 
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etapas subsequentes do projeto deverá fugir desse item cerceador. A definição de tema 
pode ser expressa através da pergunta “O que minha pesquisa abordará?”. 
 
Embasamento teórico 
 
 Após o estabelecimento do tema, uma profunda busca sobre ele deverá ser feita, 
baseado em dados contidos em literatura. Nesse ponto, deverão ser explorados os 
conhecimentos de que a ciência já dispõe sobre o tema e serão verificadas ainda quais as 
lacunas a serem preenchidas.Serão também fornecidas informações relevantes ao tema. 
 Alguns modelos de trabalhos incluem a revisão bibliográfica, ou “estado da 
arte”, dentro da introdução. Outros modelos, por sua vez, tratam o estado da arte como 
um item à parte a ser incluído depois das justificativas do projeto. Nesse caso, devem 
ser observadas as normas particulares. O que é essencialmente importante nessa 
discussão é que a revisão não seja negligenciada. 
 Um bom levantamento bibliográfico dependerá de muita leitura. Um projeto, ou 
mesmo um trabalho científico, com um bom embasamento teórico dependerá de como 
essas informações lidas serão associadas ao tema proposto. Diante do volume de leitura, 
é interessante que haja desde o início um trabalho de documentação. Muitos autores 
sugerem o fichamento. Embora acreditemos que essa parte do trabalho dependerá da 
sistematização em que o pesquisador mais se sinta à vontade, a ABNT (2002a) 
normatiza sistemas de fichamento. 
 Existem três tipos essenciais de fichamento: a ficha de referência, a ficha de 
citação e a ficha de resumo. Todas contém um título geral, um título específico e a 
referência bibliográfica de interesse, no caso da ficha de referência somente isto. Na 
ficha de citação, após as informações de referência serão ainda destacadas as citações 
mais importantes do texto. 
Segundo a ABNT (2002a) existem dois tipos de citação, a citação direta e a 
citação indireta. A citação direta é a “transcrição textual de parte da obra do autor 
consultado” e a citação indireta é “texto baseado na obra do autor consultado”. No caso 
das fichas de citação, são utilizadas citações diretas. Assim, citações diretas de até três 
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linhas devem ser contidas em aspas duplas; trechos maiores que três linhas devem ser 
apresentados destacados do texto através de fonte menor que utilizada no texto e recuo 
de 4 cm da margem esquerda. A chamada de autores se feita fora de parênteses deve ser 
feita com a inicial maiúscula, com ano e número da página citada entre parênteses. Já 
quando nomes de autores forem citados entre parênteses, todo o nome do autor deverá 
estar em maiúsculo, seguido por ano e página, todos separados por vírgulas. A 
indicação de página deverá ser feita pela abreviatura “p.”. 
Já na ficha de resumo, as citações serão substituídas por um resumo 
essencialmente informativo (veja logo abaixo os tipos de resumo). 
 
Formulação do problema 
 
 A partir da verificação das lacunas, caberá ao pesquisador formular os 
problemas. Isso implica em fazer perguntas, as quais deverão ser respondidaspela 
pesquisa a ser realizada. 
 
Geração de hipóteses 
 
 Tendo-se as perguntas em mãos, o pesquisador deverá gerar hipóteses que 
podem explicar ou responder tais problemas. Essa fase, juntamente com o 
estabelecimento do tema, é uma das mais importantes. 
As hipóteses restringirão ainda mais a pesquisa. A partir delas, métodos e 
técnicas explícitos serão empregados para a realização. Assim, as hipóteses serão 
possíveis respostas para solucionar o problema, mas somente testes bem fundamentados 
poderão corroborar ou refutar tais hipóteses e, dessa forma, definir uma resposta mais 
objetiva ou a negar uma possível resposta. 
 As hipóteses podem ser afirmativas positivas (e.g., as águas de algumas represas 
são verdes em razão da presença de algas), afirmativas negativas (e.g., células motoras 
não executam sua função sem receber os estímulos necessários) e condicionais (e.g., 
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caso haja novo estímulo luminoso leucoplastos podem se transformar em clorosplastos e 
assumirem papel na fotossíntese). 
 
Organização elementar de projetos científicos 
 
Modelos de estruturação de projetos podem variar de instituição para instituição. 
Contudo, os elementos que os compõem são sempre os mesmos. Tais elementos podem 
ser classificados quanto à posição que ocupam em relação ao objeto concreto, isto é, o 
projeto escrito, ou a posição em relação ao corpo textual (Quadro II.1). 
Quadro II.1 Organização textual de projetos científicos 
ESTRUTURA TIPO DE ELEMENTO ELEMENTO 
PARTE EXTERNA PRÉ- TEXTUAIS Capa 
PARTE INTERNA 
PRÉ- TEXTUAIS 
Folha de rosto 
Resumo na língua vernácula 
TEXTUAIS 
Introdução 
Objetivos gerais 
Objetivos específicos 
Justificativa 
Material e métodos 
Cronograma 
Metas/resultados esperados 
Orçamento 
PÓS- TEXTUAIS 
Referências 
Anexo(s) 
 
 
 
 
 
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1) Capa e folha de rosto 
 
Geralmente, os projetos científicos contam com uma parte externa e a parte 
interna. A parte externa de um projeto é composta por um único elemento pré-textual, a 
capa. Na capa devem constar dados como instituição, título do projeto, nome do 
coordenador, e o local e a data de composição do projeto (Fig. II.1). 
 
a b 
Fig. II.1 Modelos de a) capa e b) folha de rosto de projetos científicos. 
 
Dentre os elementos internos, existem os pré-textuais, os textuais e os pós-
textuais. A folha de rosto e o resumo são os elementos pré-textuais mais comuns, mas 
não necessariamente obrigatórios. Na folha de rosto deverão constar a instituição 
principal, o título do trabalho, a equipe de trabalho, os laboratórios e institutos 
envolvidos, e o local e a data de composição do projeto (Fig. II.1). Caso não haja 
necessidade de folha de rosto, tais dados deverão ser fornecidos na capa. 
 
 
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2) Resumo 
 
O resumo é compactação da ideia central do trabalho sem prejuízo de seu 
conteúdo. Portanto, apesar de ser posicionado anteriormente ao trabalho, o resumo deve 
ser um dos últimos elementos a serem redigidos. Nele deverá constar um texto enxuto 
que expresse o trabalho sucintamente, ou seja, suas ideias principais. 
A redação do resumo de projetos deverá seguir a mesma linha dos elementos 
textuais, excetuando a descrição do cronograma. No caso de outros trabalhos científicos, 
os resumos deverão ainda contar com a apresentação de resultados e conclusão. Poder 
de síntese, evitar frases longas, organização, clareza de ideias, texto autoexplicativo, 
evitar as citações bibliográficas, são sempre recomendações, senão exigências, para a 
construção de um bom resumo (SALOMON, 2001; MEDEIROS, 2004). Outro fator 
importante é que o resumo deve ser chamativo, mostrar as ideias essenciais para atrair 
os interessados pelo assunto para a leitura do seu trabalho. 
Existem três tipos principais de resumos (ANDRADE, 2001): 
 
• Resumo informativo é aquele no qual as ideias principais de um texto 
são extraídas, mas sempre respeitando as ideias do autor; nesse tipo de 
resumo é aceitável a cópia de trechos desde que colocados entre aspas e 
com as fontes devidamente citadas. 
• Resumo crítico ou resenha é aquele onde, além das ideias do autor, são 
manifestadas também as opiniões de quem está resumindo. 
• Resumo acadêmico científico é aquele onde constam informações de um 
trabalho científico. Neste caso, vem agregado ao trabalho científico em 
sim e é realizado pelo próprio autor do texto. 
 
Este último tipo é o de maior interesse nesse momento, já que se refere a 
projetos e demais trabalhos científicos. Deve ser apresentado exclusivamente em uma 
folha. Segundo a ABNT (2003), monografias e artigos, 250 palavras; relatórios, teses e 
dissertações não devem ultrapassar 500 palavras; os resumos para publicações podem 
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variar de 150 a 300 palavras. Contudo, as normas para número de palavras e caracteres 
em periódicos científicos podem variar. 
No final dos resumos devem ser apresentadas um conjunto de palavras chave. 
Palavras chave são expressões as quais podem ser compostas por mais de uma palavra. 
Entretanto, nunca devem ser expressões longas. O número de palavras chave pode 
variar de acordo com as normas da instituição ou periódico, mas nunca é menor que 
três. 
Os sistemas de busca sempre se baseiam em palavras do título e nas palavras 
chave. Portanto, o objetivo das palavras chave é aumentar o poder de busca do trabalho 
em questão. As palavras chave devem, portanto, se referir a temas essenciais abordados 
no trabalho, mas que não devem ser expressões contidas no título do trabalho (Fig. II.2). 
 
 
Fig. II.2 Relação entre título e palavras chave 
 
 
 
 
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3) Introdução 
 
 A introdução é a primeira parte textual do projeto. Ela deverá ser clara e objetiva 
de forma que o leitor compreenda qual é o tema e o que se sabe sobre ele, e quais são as 
lacunas encontradas. Assim, a construção da introdução exigirá a exposição concisa de 
um complexo levantamento bibliográfico, da formulação dos problemas e da geração de 
hipóteses. 
 No caso de projetos científicos, as hipóteses, o objetivo geral, os objetivos 
específicos e a justificativa devem ser apresentados em itens específicos. Em alguns 
tipos de trabalhos científicos, como nos artigos científicos, esses pontos deverão ser 
incluídos no final da introdução como um texto contínuo. 
 
4) Objetivos 
 
 Os objetivos são algumas vezes confundidos com hipóteses em alguns trabalhos. 
Entretanto, há uma grande diferença entre esses dois pontos. Enquanto a hipótese é a 
possível solução para uma determinada problemática, o objetivo visa verificar se essa 
hipótese responde ou não a essas perguntas. Os objetivos também são algumas vezes 
confundidos com as metas do projeto. Entretanto, no item meta discutiremos as 
diferenças entre esses dois pontos. 
 Os objetivos são geralmente expressos 
através de dois itens: objetivo geral e objetivos 
específicos. O objetivo geral, como o próprio 
nome diz, se refere à generalidade do projeto, ou 
seja, ele é um objetivo panorâmico e se refere ao 
tema central. Já os objetivos específicos 
remetem a subtemas dentro do tema geral, 
clivando-o de forma que as partes juntas corroborarem ou não as hipóteses do trabalho. 
Embora não seja sempre a regra, objetivos começam com verbos no infinitivo. 
 
Lembre-se: os objetivos se referem à 
pesquisa e não ao projeto. O projeto é uma 
proposta de pesquisa. Evite termos como: “o 
objetivo deste projeto”. O objetivo de um 
projeto é sempre sistematizar a intenção de 
pesquisa; já o objetivo da pesquisa, 
sistematizada em um projeto, é que pode 
variar. Logo, o que deveser exposto são os 
objetivos da pesquisa. 
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5) Justificativa 
 
 Neste ponto, serão fornecidas informações sobre a relevância do projeto 
especificamente, enquanto no embasamento teórico, apresentado na introdução dos 
projetos, serão fornecidas informações sobre a relevância do tema. Na justificativa 
deverão ser explicitados o “porque” de se preencher as lacunas encontradas. 
 
6) Métodos e técnicas/metodologias 
 
 Como discutido anteriormente, há uma diferença entre métodos e técnicas, e 
metodologia (vide Unidade I). Entretanto, diferentes tipos de discussão têm gerado 
confusões na adoção deste termo. 
 No caso de trabalhos das ciências exatas e biológicas, observa-se um maior uso 
do termo “material e métodos” ou somente “métodos”. Nesse ponto, então, são descritos 
os métodos e técnicas utilizados para se realizar determinada pesquisa. Assim, qualquer 
discussão sobre os métodos e técnicas utilizados, ou seja, a eficiência, uma maior 
adequação para a proposta de trabalho, é feita muitas vezes na introdução do projeto. 
Isso implica que, neste caso, a parte metodológica é descrita na introdução. 
 No caso da maioria dos trabalhos da área de humanas, métodos e técnicas a 
serem utilizados nos trabalhos, bem como, as discussões sobre tais métodos e técnicas 
são feitos num ponto determinado metodologia.Novamente, as normas específicas para 
a área do trabalho deverão ser analisadas. O importante é que não se confunda as 
denominações dos pontos como sinônimos. 
 Nesse ponto, serão descritas a escala espacial (i.e., caracterização da área de 
estudo) e a escala temporal (i.e., o período do estudo), além dos métodos e técnicas 
utilizadas no trabalho. 
 
 
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7) Cronograma 
 
 No cronograma será definido o tempo para a realização das diferentes etapas do 
projeto. Essas etapas incluirão levantamento bibliográfico, os métodos e técnicas 
principais, e a produção do documento conclusivo. 
 
Atividades a serem desenvolvidas 
2011 
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 
Levantamento Bibliográfico 
Coleta de material biológico 
Purificação de limpeza 
Cultivo e repiques 
Desenvolvimento e teste de meios 
Apresentações em Congressos 
Testes estatísticos e análises 
Redação do trabalho 
 
 
8) Metas 
 
 Nas metas, deverão constar os resultados esperados. As metas descrevem uma 
importante parte do projeto na qual o pesquisador, depois de demonstrar o caminho a 
seguir, descreverá o possível lugar onde se que chegar e como organizará os resultados 
que possivelmente obterá. Essas metas estarão sustentadas pelos objetivos e pelos 
métodos que serão adotados. 
 
 
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9) Orçamento 
 
 Um detalhado orçamento sobre os custos do projeto também é fundamental já 
que este pode ser um fator limitante para as condições de realização do projeto. Nesse 
ponto devem ser descritos uma lista de equipamentos, materiais de consumo, serviços 
de terceiros, os quais serão indispensáveis para a realização do projeto. Deverão ser 
descritos mesmo os materiais e equipamentos necessários para a realização do projeto, 
mas já disponibilizados pelos laboratórios ou locais onde será realizada a pesquisa. É 
importante ressaltar que o montante correspondente a esses produtos deverão também 
ser informados em um campo que indique a contrapartida de cada laboratório membro 
da pesquisa. 
 
Exemplo II.1: 
Descrição do equipamento requerido Uso* 
Tempo 
para uso 
(meses) 
Qtd Und. 
Valor Unit. 
(R$) 
Valor Tot. 
(R$) 
ABI Prism310 Genetic Analyzer Perkin-
Elmer 
FL 20 1 und 90.000,00 90.000,00 
Agitador de tubos tipo vortex FL 20 1 und 869,00 869,00 
Agitador magnético com aquecimento, 
controle de rotação de 80 – 1500 rpm, 
temperatura controlada de 50 – 320 ºC, 
placa de 14 cm de diâmetro no mínimo, 
com barra magnética de 9x25 mm 
CD 36 1 und 1.100,00 1.100,00 
Autoclave 300 L CD 36 1 und 12.100,00 12.100,00 
Balança analítica digital, legibilidade 0,1 
mg (0,0001g), linearidade 0,3 mg, 
calibração automática. 
CD 36 1 und 4.201,00 4.201,00 
Balança eletrônica de precisão, milésimo 
de grama, Legibilidade 0,001 g, 
linearidade 0,002 g, campo de pesagem de 
0 a 500 g, campo de taragem de 0 a 500 g, 
tempo de estabilização 2 segundos; 
CD 36 1 und 1.999,00 1.999,00 
Banho-maria, com termostato de 50 a 180 
ºC, cuba em inox, cuba de 30x20cm. 
TX 30 1 und 1.110,00 1.110,00 
Barriletes 100 L, PVC CD, TX e 
FL 
36 2 und 612,00 1.224,00 
Bico de Bunsen, altura 140 mm, latão e 
base inox 
CD 36 1 und 70,00 70,00 
Espectrofotômetro, Digital FL 20 1 und 8.858,00 8.858,00 
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Descrição do equipamento requerido Uso* 
Tempo 
para uso 
(meses) 
Qtd Und. 
Valor Unit. 
(R$) 
Valor Tot. 
(R$) 
microprocessado; Faixa de trabalho: 200 a 
1000 nm; Largura da banda: 5nm; 
Exatidão fotométrica: +- 2nm; 
Reprodutibilidade: +- 1nm; Perda de 
radiação: menor que 0,5% à 220nm e 340 
nm; Lâmpada: Tungstênio - halogênio / 
Deutério; Transmitância: 0 - 12.0%; 
Absorbância: 0 - 2,5A; Concentração: 0 - 
1999C ( 0 - 1999F); Precisão fotométrica: 
+- 1% de T; Alimentação: 85 - 264 VAC / 
50 -60 Hz; Dimensões 465 x 175 x 365 
mm. 
Fluxo laminar horizontal Veco com Ultra 
violeta 
CD 36 1 und 15.000,00 15.000,00 
Fonte para cuba de eletroforese FL 20 1 und 1.200,00 1.200,00 
Freezer CD 36 1 und 1.000,00 1.000,00 
Micromputador ou Laptop Macintosh FL 20 1 und 5.000,00 5.000,00 
Microscópio binocular, Olympus BX 51 CD e TX 20 2 und 119.200,00 119.200,00 
Microscópio Eletrônico de varredura Jeol, 
modelo JSM-6390 
TX 36 1 und 388.000,00 388.000,00 
Microscópio Eletrônico de Transmissão 
Jeol 1200 EX 
TX 36 1 und 659.600,00 659.600,00 
Metalizador Balzers/Union FL-9496 TX 36 1 und 75.660,00 75.660,00 
Secador em ponto crítico, Marca Balzers, 
modelo CPD 020 
TX 26 1 und 40.740,00 40.740,00 
Microscópio invertido Axiovert Carl Zeiss CD 20 1 und 14.000,00 14.000,00 
Refrigerador vertical CD 36 1 und 1.500,00 1.500,00 
Termociclador Perkin-Elmer 480 FL 20 1 und 20.000,00 20.000,00 
Transiluminador UV FL 20 1 und 3.000,00 3.000,00 
Ultracentrífuga, Velocidade fixa em 6.200 
rpm (2.000 x); Capacidade para 6 
microtubos de 1,5-2,0 ml; Rotor ângulo 
fixo. 
FL 20 1 und 875,00 875,00 
Total Equipamentos 1.466.306,00 
 
Descrição do material requerido Uso* Qtd Und. 
Valor Unit. 
(R$) 
Valor 
Tot. (R$) 
Pipeta de Pasteur vidro (caixa c/ 100 unidades) CD 1 cx 49,44 49,44 
Placas de Petri de vidro CD 100 und 4,23 423.00 
Erlemeyer 500 mL CD 5 und 7,84 39,20 
Kitassato 500 mL CD 5 und 32,28 161,40 
Tubos de ensaio de vidro, 20 mL fundo abaulado, com 
tampa 
CD 300 und 1,66 498.00 
Erlrmeyer 50 mL CD 20 und 5,54 110,8 
Micropipetas 0,02 mL (p20) CD e FL 2 und 1.237,03 2.474,06 
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Descrição do material requerido Uso* Qtd Und. 
Valor Unit. 
(R$) 
Valor 
Tot. (R$) 
Micropipetas 0,2 mL (p200) CD e FL 2 und 1.237,13 2.474,26 
Micropipetas 1 mL (p1000) CD e FL 2 und 1.237,13 2.474,26 
Ponteiras 0,02 mL (pacotes com 1000 unidades) CD e FL 1 pct 232,31 232,31 
Ponteiras 0,2 mL (pacotes com 1000 unidades) CD e FL 1 pct 16,90 16,90 
Ponteiras 1 mL (pacotes com 1000 unidades) CD e FL 1 pct 31,65 31,65 
Frascos de vidro com tampa rosqueável e batoque 100 mL 
âmbar 
CD 50 und 1,38 69,00 
Frascos snapcap 100 mL âmbar CD 20 und 6,17 123,40 
Frascos snapcap 100 mL translúcido CD 50 und 6,17 308,50 
Micropipetas 0,01 mL (p10) CD e FL 2 und 1.558,66 3.117,32 
Lâmina de microscopia lisa CD e TX 20 cx7,98 79,80 
Lamínula de microscopia TX 40 cx 49,44 49,44 
Pinças CD, TX e 
FL 
10 und 4,23 423,00 
Total materiais 13.125,74 
 
Despesas gerais de coleta Uso* Qtd Und. 
Valor Unit. 
(R$) 
Valor Tot. 
(R$) 
Diárias FL 20 und 130,00 2.600,00 
Diárias motorista FL 20 und 130,00 2.600,00 
Passagens 10 und 500,00 5.000,00 
Total Despesas gerais de coleta 10.200,00 
 
 Especificação de custos Valor (R$) 
Custos com equipamentos 1.466.306,00 
Custos com materiais 13.125,74 
Custos com coleta 10.200,00 
Contrapartidas UFRJ 900.334,32 
Contrapartidas UnB 587.324,31 
Total Projeto 1.489.631,74 
Total contrapartidas 1.487.658,63 
Captação em agências de financiamento 1.973,11 
Saldo 0,00 
 
 
10) Referências 
 
 Cada obra citada deve ser devidamente referenciada. Neste caso, as normas 
podem também variar de instituição para instituição. No Brasil é comum, e 
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recomendando por alguns grupos, a adoção de normas estabelecidas pela ABNT 
(2002b), segundo a qual a referência pode se localizar no rodapé, no fim de texto ou de 
capítulo, ou em uma lista de referências. A ABNT (2002b) define ainda que: 
As referências são alinhadas somente à margem esquerda do texto e 
de forma a se identificar individualmente cada documento, em espaço 
simples e separadas entre si por espaço duplo. Quando aparecerem em 
notas de rodapé, serão alinhadas, a partir da segunda linha da mesma 
referência, abaixo da primeira letra da primeira palavra, de forma a 
destacar o expoente e sem espaço entre elas. 
 
 Cada referência possui elementos essenciais e elementos complementares. 
• Elementos essenciais: São as informações indispensáveis à identificação do 
documento. Os elementos essenciais estão estritamente vinculados ao suporte 
documental e variam, portanto, conforme o tipo. Ex.: autor, título e subtítulo, 
edição, cidade, editora, ano, número de páginas, etc. 
• Elementos complementares: São as informações que, acrescentadas aos 
elementos essenciais, permitem melhor caracterizar os documentos. Ex.: data de 
acesso, etc. 
 
Os elementos essenciais e complementares são sempre retirados da obra a ser 
referenciada. Caso haja um dado faltando e esse mesmo dado for retirado de outro 
documento, tal dado pode ser fornecido entre colchetes. 
A ordem dos elementos essências e complementares deve ser padronizada. , são 
autor, título e subtítulo, edição, local, editora e ano. Elementos complementares são 
páginas, ISBN, DOI, etc. 
Regras gerais (ABNT, 2002): 
• Autores: Indica-se o nome dos autores, de modo geral, pelo 
último sobrenome, em maiúsculas, seguido dos prenomes e outros 
sobrenomes, abreviados ou não. Separam-se os nomes por ponto-
e-vírgula, seguido de espaço. Quando existirem mais de três 
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autores, indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a 
expressão “et al.”. Quando houver indicação explícita de 
responsabilidade pelo conjunto da obra, em coletâneas de vários 
autores, a entrada deve ser feita pelo nome do responsável, 
seguida da abreviação, no singular, do tipo de participação 
(organizador, compilador, editor, coordenador etc.), entre 
parênteses. As obras de responsabilidade de entidade (órgãos 
governamentais, empresas, associações, congressos, seminários 
etc.) têm entrada, de modo geral, pelo seu próprio nome, por 
extenso.Em caso de autoria desconhecida, a entrada é feita pelo 
título. O termo anônimo não deve ser usado em substituição ao 
nome do autor desconhecido. 
• Título e subtítulo: O título e o subtítulo (se for usado) devem ser 
reproduzidos tal como figuram no documento, separados por 
dois-pontos. Títulos devem sempre ser destacado do restante do 
texto. Em títulos e subtítulos demasiadamente longos, podem-se 
suprimir as últimas palavras, desde que não seja alterado o 
sentido. A supressão deve ser indicada por reticências. 
• Edição:Quando houver uma indicação de edição, esta deve ser 
transcrita, utilizando-se abreviaturas dos numerais ordinais e da 
palavra edição, ambas na forma adotada na língua do documento. 
Ex.: 5. ed. ou 5th ed. 
• Local: o nome da cidade de publicação deve ser indicado tal 
como no documento. No caso de homônimos de cidades, 
acrescenta-se o nome do estado, do país, etc. Quando houver mais 
de um local para uma só editora, indica-se o primeiro ou o mais 
destacado. Quando a cidade não aparece no documento, mas pode 
ser identificada, indica-se entre colchetes. Não sendo possível 
determinar o local, utiliza-se a expressão sine loco, abreviada, 
entre colchetes [S.l.]. 
• Editora: nome da editora deve ser indicado tal como figura no 
documento, abreviando-se os prenomes e suprimindo-se palavras 
que designam a natureza jurídica ou comercial, desde que sejam 
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dispensáveis para identificação. Quando houver duas editoras, 
indicam-se ambas, com seus respectivos locais (cidades). Se as 
editoras forem três ou mais, indica-se a primeira ou a que estiver 
em destaque. 
• Data: deve ser indicada em algarismos arábicos. Se nenhuma data 
de publicação, distribuição, copirraite, impressão etc. puder ser 
determinada, registra-se uma data aproximada entre colchetes. 
Nas referências de vários volumes de um documento, produzidos 
em um período, indicam-se as datas mais antiga e mais recente da 
publicação, separadas por hífen. 
• Páginas: pode-se registrar 
o número da última 
página, folha ou coluna de 
cada seqüência. Quando o 
documento for constituído 
de apenas um volume, indica-se o número total de páginas ou 
folhas, seguido da abreviatura p. ou f. Quando se referenciarem 
partes de publicações, indica-se as páginas inicial e final, 
precedidos da abreviatura f. ou p., ou indica-se o número do 
volume, precedido da abreviatura v. 
• Volume: quando o documento for publicado em mais de um 
volume, indica-se a quantidade de volumes, seguida da 
abreviatura v. 
Os elementos essenciais podem variar de documento para documento. 
Exemplos: 
Livro: 
FORACCHI, M. M.&MARTINS, J. S. Sociologia e Sociedade. Leituras de Introdução à 
Sociologia. São Paulo: LTC. 1978. 366p. 
Artigo científico: 
EWERS, F. W.; FISHER, J. B.; CHIU, S. T. Water transport in the liana Bauhinia 
fassoglensis (Fabaceae). Plant Physiology, [S.l.], v. 91, p. 1625-1631. 1989. 
A folha é composta de duas páginas: 
anversoe verso. Alguns trabalhos, como teses 
edissertações, são impressos apenas no 
anverso e, neste caso, indica-se f. 
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Referências 
ANDRADE, M.M. Introdução à metodologia do trabalho científico: elaboração de 
trabalhos de graduação. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001.174 p. 
SALOMON, D.V. Como fazer uma monografia. 10. ed. rev. São Paulo: M. Fontes, 2001. 
412 p. 
MEDEIROS, J.B. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos, resenhas. 6. ed. 
São Paulo: Atlas, 2004. 323 p. 
CERVO, A.L. & BERVIAN, P.A. Metodologia Científica: para uso dos estudantes 
universitários. 3. ed. São Paulo: MCCRAW-HILL do Brasil,1983. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e 
documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002 a. 
_______.NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de 
Janeiro, 2002b. 
_______. NBR 6028: informação e documentação: resumos: apresentação. Rio de 
Janeiro, 2003. 
Atividades: 
1) Em que se baseia a pesquisa científica? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
2) O que é um projeto científico? 
____________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
3) Qual o objetivo de uma revisão bibliográfica? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
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______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
4) O que são hipóteses? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
5) Quais são os principais elementos de um projeto? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
Atividades complementares: 
Assista aos filme A máquina do tempo, 2002, dirigido porSimon Wells e Gore 
Verbinski, e Uma mente brilhante, 2001, dirigido por Ron Howard. 
Sites recomendados: 
http://comunicare2009.blogspot.com.br/2009/05/como-fazer-um-resumo.html 
http://www.filologia.org.br/ixcnlf/12/15.htm 
http://www.lendo.org/como-fazer-um-resumo/ 
 
 
 
 
http://comunicare2009.blogspot.com.br/2009/05/como-fazer-um-resumo.html
http://www.filologia.org.br/ixcnlf/12/15.htm
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Unidade III 
Estrutura de trabalhos científicos – Parte I 
 
Como vimos anteriormente, um projeto científico trata de uma proposta a ser 
desenvolvida. Partes textuais como o material e os métodos, os objetivos e as metas são 
aquelas que indicam ações futuras. Tais ações, depois de realizadas, gerarão resultados 
os quais deverão ser apresentados sob a forma do que chamamos trabalho científico. 
Diferentemente do projeto, os trabalhos científicos tratarão de resultados já 
obtidos para determinados objetivos, e material e métodos definidos no passado. Dessa 
forma, o objetivo de um trabalho científico é apresentar um projeto executado e os 
resultados obtidos a partir deste. 
Os principais tipos de trabalhos científicos são relatórios, monografias, 
dissertações, teses e artigos científicos. Nesta unidade, serão tratados exclusivamente os 
três primeiros. Os artigos científicos, por sua vez, serão discutidos na Unidade III. 
 
 
 
 Relatório 
 Um relatório é a descrição das ações tomadas para a realização de um 
determinado evento e os resultados obtidos a partir dele. Tais eventos podem ser 
projetos técnico-científicos ou administrativos, viagens e visitas, etc. Assim, de forma 
geral, boa parte dos trabalhos científicos conta com uma parte de relatoria. 
 Um relatório, strictu sensu, contudo, se presta principalmente a relatar e 
descrever. Os objetivos de um relatório são, geralmente, amplos e visam dar um 
panorama de determinado evento, ou seja, o tema não é aprofundado. 
Relatórios não visam explicar os resultados de eventos, mas sim, relatá-los. 
Dessa forma, se dois tratamentos forem diferentes, um relatório informará sobre a 
ocorrência da diferença e não sobre os detalhes que explicam essa diferença. 
O objetivo de um trabalho científico é apresentar um projeto 
executado e seus resultados. 
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Monografia 
 Uma monografia é um trabalho científico dissertativo no qual um tema em 
estudo é aprofundado. Os objetivos são mais restritos e geralmente é composto por 
apenas um único e os resultados são discutidos. 
 Monografias são compostas, geralmente, por aplicações de técnicas já 
desenvolvidas ou revisões. Isso demonstra que, apesar de ter objetivos bem claros, esse 
tipo de trabalho raramente é elaborado com base em uma pesquisa original. 
 Este é o conceito mais comum no Brasil o qual tem sido aplicado principalmente 
para trabalhos de conclusão de cursos de graduação. Em outros países, entretanto, esse é 
um termo mais generalista utilizado como sinônimo de dissertação. Além disso, o termo 
pode se aplicar diferentemente também dependendo das áreas de estudos. Na 
Sistemática e Taxonomia biológica, por exemplo, o termo monografia se refere a um 
estudo detalhado de uma determinada espécie, o que em outras áreas como Fisiologia ou 
Anatomia podem ser definidas pelo termo Tratado (e.g., Tratado de Fisiologia; Tratado 
de Parasitologia, etc.). 
 
Dissertação 
 Dissertação (do latim, dissertare: discutir, argumentar, mais ação) se remetem 
ao ato de discutir determinado tema. Mais especificamente, se referem a trabalhos de 
natureza teórica e reflexiva. 
A ABNT (2011) define dissertação como: 
documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental ou 
exposição de um estudo científico retrospectivo, de tema único e bem 
delimitado em sua extensão, com o objetivo de reunir, analisar e 
interpretar informações. Deve evidenciar o conhecimento de 
literatura existente sobre o assunto e a capacidade de 
sistematização do candidato. [grifo nosso ressaltando diferenças em 
relação à definição de tese] 
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Existem três tipos básicos de dissertação: 
• Dissertação científica é baseada em um trabalho científico com discussões, 
debates, exposições e defesa de ponto de vista. 
• Dissertação expositiva é aquela em que o autor apresenta uma ideia, uma 
doutrina e expõe o que ele ou outros pensam sobre o tema ou assunto. 
Geralmente faz a amplificação da ideia central, demonstrando sua natureza, 
antecedentes, causas próximas ou remotas, consequências ou exemplos. 
• Dissertação argumentativa é aquela em que o autor quer provar a corroborar ou 
refutar determinadas ideias; pretende convencer o leitor ou ouvinte, dirigindo-se 
a ele através de argumentos, de provas evidentes, de testemunhas. 
A dissertação científica é o objeto de nossos estudos aqui. O caráter 
metodológico-científico faz com que este tipo seja considerado a parte, mesmo 
possuindo claramente características dos 
outros tipos de dissertação. 
Assim como nos outros tipos de 
trabalho científicos, o texto da dissertação é 
impessoal. Nela, parte-se de elementos gerais 
para elementos mais específicos. 
A dissertação exerce um papel didático na preparação do autor para a construção 
de uma tese. 
No Brasil, o termo dissertação tem sido utilizado para especificar o trabalho de 
conclusão do curso de mestrado. Em outros países, entretanto, a tradução literal desse 
termo se aplica a trabalhos de conclusão de curso doutorado filosófico (PhD). 
 
Tese 
 Tese (do grego, thésis: proposição) se refere a uma proposta, ou seja, algo novo, 
inédito. Mais especificamente, é um tipo de trabalho científico onde um tema mais 
Dica: Ao produzir qualquer trabalho científico 
em Português, abra mão de pronomes e de 
verbos conjugados na primeira pessoa do 
singular e evite consideravelmente a 
utilização de pronomes e verbos que 
indiquem primeira pessoa do plural. Por 
outro lado, no Inglês, o uso de pronomes e 
verbos na primeira pessoa pode ser mais 
 
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específico é abordado e proposições novas são levadas em consideração para explicação 
de determinados eventos. 
A ABNT (2011) define tese como: 
 
documento que apresenta o resultado de um trabalho experimental 
ou exposição de um estudo científico de tema único e bem 
delimitado. Deveser elaborado com base em investigação original, 
constituindo-se em real contribuição para a especialidade em 
questão. 
 
A tese, geralmente, é mais complexa que as dissertações, pois na argumentação e 
defesa de ideias novas. Enquanto a dissertação argumenta principalmente baseando-se 
nas explicações vigentes. 
No Brasil, o termo tese se aplica aos trabalhos de conclusão de curso dos 
programas de doutorado. Em outros países, entretanto, esse termo se refere ao trabalho 
de conclusão de cursos de bacharelado e mestrado. 
 
Estruturação de trabalhos científicos 
 
Assim como os projetos, os trabalhos científicos possuem partes externas e 
internas, as quais podem ser classificadas em pré-textuais, textuais e pós-textuais 
(Quadro III.1). A opcionalidade de determinados elementos podem variar do tipo de 
trabalho científico, das normas estabelecidas pela instituição ou da preferência do autor 
do trabalho. Por conta disso, não será discutida aqui a obrigatoriedade ou opcionalidade 
de alguns elementos, mas somente a descrição de cada um dos elementos. No Quadro 
III.1 a obrigatoriedade ou opcionalidade é definida pela ABNT (2011). 
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Quadro III.2 Organização textual de trabalhos científicos tipo relatórios, monografias, dissertações e teses 
(ABNT, 2011) 
ESTRUTURA TIPO DE ELEMENTO ELEMENTO OPÇAO 
PARTE EXTERNA PRÉ- TEXTUAIS 
Capa Obrigatório 
Lombada Opcional 
PARTE INTERNA 
PRÉ- TEXTUAIS 
Folha de rosto Obrigatório 
Errata Opcional 
Folha de aprovação Obrigatório 
Dedicatória(s) Opcional 
Agradecimentos Opcional 
Epígrafe Opcional 
Resumo na língua vernácula Obrigatório 
Resumo em língua estrangeira Obrigatório 
Lista de ilustrações Opcional 
Lista de tabelas Opcional 
Lista de abreviaturas e siglas Opcional 
Lista de símbolos Opcional 
Sumário Obrigatório 
TEXTUAIS 
Introdução Obrigatório 
Desenvolvimento Obrigatório 
Conclusão Obrigatório 
PÓS- TEXTUAIS 
Referências Obrigatório 
Glossário Opcional 
Apêndice(s) Opcional 
Anexo(s) Opcional 
Índice(s) Opcional 
 
 
Capa 
 
Em relatórios, monografias, dissertações e teses a capa é obrigatória. Esta, 
juntamente com a lombada é uma das partes pré-textuais externas. Na capa devem 
constar, nessa ordem: nome da instituição, seguido das respectivas repartições (e.g., 
universidade, instituto, departamento, curso de graduação ou nome do programa de pós-
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graduação); nome do autor; título, seguido de subtítulo, se houver;número do volume; 
cidade onde será apresentado o trabalho; ano do de apresentação do trabalho (Fig. III.1). 
 
 
a 
Fig. III.1 Modelo de capa 
 
Lombada 
A lombada é a parte da capa que reúne as margens internas ou dobras das folhas, 
sejam elas costuradas,grampeadas, coladas ou mantidas juntas de outra maneira;também 
chamada de dorso (ABNT, 2004). É um elemento opcional e apresenta, segundo a 
ABNT (2004), os seguintes elementos: nome(s) do(s) autor(es); título; elementos 
alfanuméricos de identificação de volume, fascículo e data, se houver (Fig III.2). 
O nome dos autores deve ser escrito no sentido da lombada. Já o título da 
lombada pode ser escrito no sentido horizontal ou descendente, ou seja, do alto para o 
pé da lombada. Caso haja elementos alfanuméricos, estes deverão ser escritos no sentido 
da lombada. 
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Fig. III.2Modelo de lombada 
 
Folha de rosto 
Dentre os elementos internos, a folha de rosto é o primeiro deles e, para 
trabalhos científicos em geral, este é um elemento obrigatório. Ela é composta pela 
parte do anverso e pela parte do verso. 
Segundo a ABNT (2011), o anverso da folha de rosto deve ser composto pelos 
seguintes elementos: nome do autor;título, seguido de subtítulo, se houver;número do 
volume; natureza (i.e., tipo do trabalho: tese, dissertação, trabalho de conclusão de curso 
e outros; e objetivo: aprovação em disciplina, grau pretendido e outros; nome da 
instituição, seguido das respectivas repartições; área de concentração); nome do 
orientador e, caso haja, do coorientador; cidade onde deve ser apresentado o 
trabalho;ano de apresentação do trabalho (Fig III.3). 
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Fig. III.3Modelo de folha de rosto 
 
No verso da folha de rosto devem constar os dados de catalogação do trabalho, 
também conhecidos como ficha catalográfica. A ficha catalográfica comumente é feita 
por um bibliotecário. 
 
Errata 
 
 A errata é uma parte opcional e se refere à indicação de possíveis erros ao longo 
do documento já impresso, bem como sua correção. Ela pode ser apresentada sob a 
forma de um papel avulso ou encartado, mas sempre exclusiva em uma folha. 
 A ABNT (2011) não estabelece normas senão para a posição da errata ao longo 
do texto, caso tal elemento seja necessário. Entretanto, esta norma provê um exemplo o 
qual recomendamos ser seguido. Em tal exemplo, a página recebe o título de 
“ERRATA”, seguida pela referência da obra. Posteriormente são listados os erros de 
escrita indicados pelo número da folha e a respectiva linha onde podem ser encontrados, 
e a forma correta. 
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Folha de aprovação 
 
 A folha de aprovação é outro dos elementos pré-textuais obrigatórios. Deve ser 
inserida imediatamente após a folha de rosto ou depois da errata, caso esta exista. Na 
folha de aprovação devem constar dados como: 
- pelo nome do autor do trabalho; 
- título do trabalho e subtítulo (se houver) 
- natureza (tipo do trabalho, objetivo, nome da instituição a que é submetido, área de 
concentração) 
- data de aprovação 
- nome, titulação e assinatura dos componentes da banca examinadora e instituições a 
que pertencem. 
A data de aprovação e as assinaturas dos membros componentes da banca 
examinadora devem ser colocadas após a aprovação do trabalho. 
 
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Fig. III.4 Modelos de folha de aprovação 
 
Dedicatória 
 
 Este elemento é opcional. Não existem normas para a dedicatória, a não ser a 
posição, a qual deve ser logo após a folha de aprovação. Há, contudo, recomendações 
que se referem à aparência da dedicatória, a fim de se evitar o clichesismo. 
 Nesse elemento, não deve constar título. O autor 
pode então dedicar o trabalho às pessoas a que achar 
necessário. Deve-se evitar dedicar a um grande número de 
pessoas e fazer dedicatórias demasiadamente longas. O 
autor não deve confundir dedicatória com 
agradecimentos. 
 
 
 
Dica: Quer um trabalho científico 
apresentável? Evite exageros nos elementos 
opcionais. Trabalhos científicos não são lidos 
por qualquer um e, a bem da verdade, as 
pessoas interessadas sempre saltam para as 
partes que os interessa: o trabalho em si. 
Deixe os elementos opcionais agradáveis 
para leitura. Textos longos são cansativos. 
Dedicatórias e agradecimentos mais curtos 
incentivam à leitura. 
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Agradecimentos 
 
Os agradecimentos constituem outro elemento pré-textual opcional. Evite 
parágrafos longos. Resuma o máximo possível e evite ultrapassar mais do que duas 
páginas. 
 
 
Epígrafe 
 
Trata-se de um elemento opcional que deverá vir logo após os agradecimentos, e 
sem título na página. A epígrafe pode ser uma frase ou um trecho em verso ou prosa 
relacionado ou não ao texto 
Apesar de ser opcional, a epígrafe deve obedecer a normas de citação adotadas 
ao longo do texto. Segundo a ABNT (2002a), as citações diretas (i.e., trechos transcritos 
literalmente) com até três linhas devem ser estar contidas entre aspas duplas (aspas 
simples são utilizadas para indicar uma citaçãona citação) e obedecer formatação geral 
do documento. Para citações com mais de três linhas, o trecho deve ser destacado 
através de recuo de 4 cm da margem esquerda, com a letra um pouco menor do que a do 
texto normal e sem aspas. Em ambos os casos, o nome do autor, se citado entre 
parênteses, deverá ser escrito todo em letras maiúsculas, e ano, sendo estes dois itens 
separados por vírgula e espaço. Caso o nome do autor seja indicado fora de parênteses, 
somente as iniciais do nome deverão estar em maiúscula e o ano, obrigatoriamente, 
deverá constar entre parênteses. 
 
Resumo na língua vernácula e resumo em língua estrangeira 
 
 As recomendações para resumo já foram discutidas na unidade anterior 
(Unidade II). Ressalta-se novamente que, segundo ABNT (2003a) o número de palavras 
Dica: Indique sua relação com as pessoas. É 
interessante para os leitores conhecer a sua relação 
com aqueles aos quais você agradece. Ex. Aos meus 
pais, Ana e Carlos, ....; Ao Philip, ao Junior e à 
Christina, meus irmãos, ...: etc. 
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para trabalhos científicos, excetuando-se os artigos, devem conter de 150 a 500 
palavras. Além disso, no final do resumo devem ser fornecidas também as palavras 
chave. 
 Em alguns casos, o resumo em língua estrangeira deve ser precedido pela versão 
do título também em língua estrangeira. Estas normas, contudo, não são definidas pela 
ABNT, mas sim por normas de algumas instituições. 
 
Lista de ilustrações 
 
 Este é mais um elemento pré-textual 
opcional. Nele deverão constar as ilustrações 
apresentadas ordenadamente ao longo do texto 
de acordo com o rótulo, travessão, título da 
ilustração e página onde se encontra (ABNT, 
2011). 
 
Exemplo III. 
Figura 1 – Mapa da região Centro-Oeste brasileira 5 
Figura 2 – Imagem de satélite do Rio Araguaia junto ao Estado de Goiás 22 
 
Lista de tabelas 
 
A lista de tabelas é opcional. Deverão ser 
especificadas as tabelas, apresentadas 
ordenadamente ao longo do texto, de acordo 
com o rótulo, travessão, título da tabela e página 
onde se encontra (ABNT, 2011). 
Dica: Lembre-se: título não tem ponto. Sinais 
como “:” ou “,” podem ser utilizados no decorrer 
do título. O sinal “?” pode ser utilizado para 
títulos em forma de pergunta. Contudo, 
recomenda-se que títulos em forma de 
perguntas devem ser evitados. 
Dica: Em títulos de ilustrações e tabelas feitas 
pelo autor não devem constar os termos que 
esteja no rótulo (e.g., Figura 1 – Figura mostrando 
mapa...). Reserve esses termos, em último caso, 
para ilustrações ou tabelas de outros autores 
(e.g., Figura 1 – Ilustração original de Encyonema 
prostratum Kütz. fornecida por Kützing (1833). 
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Exemplo III. 
Tabela 1 – Caracterização de pontos amostrais peixes cartilaginosos e respectivas 
coordenadas geográficas ao longo da zona costeira do Estado do Rio Grande do Norte 4 
 
Lista de abreviaturas e siglas 
 
Este elemento pré-textual opcional consiste da apresentação das siglas e abreviaturas em 
ordem alfabética e seus respectivos nomes por extenso. Neste caso, não é necessário 
relacionar as páginas em que foram citadas. 
Exemplo III. 
INCT Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia 
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
BGBM Botanischer Garten und Botanisches Museum 
INPA Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia 
Fique ligado: Qual a diferença entre abreviação, abreviatura e sigla? 
• A abreviação do vocábulo é conhecida também como forma 
reduzida da palavra e compreende na redução da palavra até um 
limite, de modo que não haja prejuízo ao entendimento (e.g., moto - 
motoclicleta, pneu - pneumático, foto - fotografia, etc). 
 
• Abreviatura é a representação de uma palavra através de suas 
sílabas (geralmente iniciais) ou de letras (e.g., m – metro; kg – 
quilograma; a.C. – antes de Cristo, etc). 
 
• A sigla é muito comum, principalmente em textos científicos e os 
jornalísticos em geral (e.g., CEP - Código de Endereçamento 
Postal; TCU – Tribunal de Contas da União; CINB – Código 
Internacional de Nomenclatura Botânica, etc). 
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Lista de símbolos 
 
 Este é o último elemento pré-texto opcional. Segundo a ABNT (2011) a lista de 
símbolos deve ser organizada de acordo com a ordem apresentada no texto, e os 
respectivos significados. 
 
Sumário 
 
O sumário é o último elemento pré-textual e é obrigatório em relatórios, 
monografias dissertações e teses.Deve estar posicionado imediatamente antes da 
introdução do trabalho. Segundo a ABNT (2003b), o sumário é a “enumeração das 
principais divisões, seções e outras partes de um documento, na mesma ordem em que a 
matéria nele se sucede”. Nele constarão os principais itens de forma em que o texto foi 
organizado e sua localização ao longo do texto. 
O sumário deverá ser organizado da seguinte forma: 
- a palavra “sumário” deverá ser o título da página e deverá estar centralizada, 
utilizando a mesma fonte e tamanho de fonte utilizados no texto; a palavra pode ser 
escrita toda maiúscula ou somente a primeira letra maiúscula, entretanto, deve 
concordar com a forma de escrita das seções primárias, ou seja, as principais 
subdivisões do texto. 
- a subordinação dos itens no sumário deve estar tipograficamente de acordo com aquela 
apresentada no texto; 
- os elementos pré-textuais não devem constar no sumário; 
- os indicativos devem ser alinhados à esquerda (Quadro III.2); 
- os títulos e subtítulos (caso haja) devem suceder os indicativos de seção e ser 
alinhados pela margem do título mais extenso; 
- nomes de autores, se houver, devem suceder os títulos e subtítulos (se houver); 
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- a paginação deve ser indicada: pelo número da primeira página, pelo número da 
página inicial e final separadas por hífen, ou pelo número das páginas em que o texto se 
distribui. 
 
 
 
Quadro III.2. Indicativos se seções (ABNT, 2003c) 
Seção primária Seção secundária Seção terciaria Seção quaternária 
1 1.1 1.1.1 1.1.1.1 
2 2.1 2.1.1 2.1.1.1 
3 3.1 3.1.1 3.1.1.1 
4 4.1 4.1.1 4.1.1.1 
5 5.1 5.1.1 5.1.1.1 
6 6.1 6.1.1 6.1.1.1 
7 7.1 7.1.1 7.1.1.1 
8 8.1 8.1.1 8.1.1.1 
9 9.1 9.1.1 9.1.1.1 
 
 
 
 
Seção: Parte em que se divide o texto de um documento, que contém as 
matérias consideradas afins na exposição ordenada do assunto. 
 
Seção primária: Principal divisão do texto de um documento. 
 
Seção secundária, terciária, quaternária, quinária: Divisão do texto de 
uma seção primária, secundária, terciária,quaternária, respectivamente. 
(ABNT, 2003c) 
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Introdução 
 
 Assim como no projeto, a introdução é o primeiro elemento textual do trabalho 
científico. Ela é a formulação clara e simples do tema da investigação; é a apresentação 
sintética da questão, importância dos métodos (metodologia) e rápida referência a 
trabalhos anteriores realizados sobre o mesmo 
assunto. 
 No caso de projetos científicos, as 
hipóteses, o objetivo geral, os objetivos 
específicos e a justificativa devem ser 
apresentados em itens específicos. Em alguns 
tipos de trabalhos científicos, entretanto, como 
nos artigos científicos, esses pontos deverão ser 
incluídos no final da introdução como um texto contínuo. 
 
Objetivos 
 
 Os comentários feitos sobre esse mesmo item na Unidade II são válidos aqui 
também. A única ressalva é que, em projetos científicos o pesquisador descreve quais 
serão os objetivos da pesquisa, enquanto que na descrição dos objetivos do trabalho 
científico em si, o objetivo já foi proposto. Note que a orientação de refere ao tempo. 
Assim, enquanto em um projeto osobjetivos “serão”, no trabalho, os objetivos 
“foram”. 
 
 
 
 
 
Dica: Uma boa introdução deve abordar as expressões 
chave dos objetivos. Ex. Se o objetivo for “descrever as 
relações tróficas entre comunidades planctônicas em 
ambientes riberinos”, a introdução deverá abordar temas 
como relações tróficas, comunidades planctônicas, 
comunidades planctônicas em ambientes riberinos, 
relações tróficas em comunidades planctônicas; a partir daí 
o pesquisador deverá demonstrar algum tema que falte ser 
estudado (o qual ele pesquisará) e a importância de se 
compreender essa lacuna. 
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Desenvolvimento 
 No desenvolvimento do trabalho deverão ser fornecidas informações sobre o 
material e os métodos, os quais incluem a delimitação da área amostras e 
caracterização de técnicas adotadas, os resultados e a discussão. 
 Quando o trabalho utiliza-se de técnicas novas é importante que haja uma 
discussão metodológica, ou seja, a importância ou o porquê de se utilizar tais técnicas. 
Em algumas áreas da ciência, essas últimas justificativas são descritas na introdução. 
 Nos resultados devem ser descritos somente os resultados obtidos. Explicações 
para o porquê de tais resultados devem ser direcionadas à discussão. Nos resultados é 
comum a utilização de gráficos, tabelas, quadros e ilustrações. Entretanto, o pesquisador 
deve se lembrar sempre de que esse tipo de material deve ser fornecido para ajudar na 
compreensão dos resultados e não só para embelezar o trabalho. Esses materiais devem 
ser autoexplicativos, mas os seus conteúdos deverão ser discursados ao longo dos 
resultados. Todo e qualquer material de acréscimo (i.e., figuras, tabelas) deverão ser 
ligados ao texto. 
 Na discussão serão dadas explicações dos resultados. Essas explicações devem 
ser fornecidas baseadas no conjunto de dados obtidos e em dados de literatura. No meio 
científico, não há lugar para especulações ou achismos sem qualquer fundamento. 
Quando uma suposta explicação não pode ser comprovada por próprios resultados, mas 
existem resultados em literatura que poderiam se assemelhar aos resultados obtidos, 
então, o pesquisador passa a gerar uma nova dúvida e, portanto, uma nova hipótese. 
 
Conclusão 
 A conclusão deve utilizar os resultados do trabalho para tentar responder às 
hipóteses inicias e atender aos objetivos. Assim, a conclusão corroborará ou refutará a 
hipótese inicial. A conclusão deverá destacar sinteticamente o que levou a corroborar ou 
refutar a hipótese inicial. No final de uma conclusão, deverão ser apresentadas as novas 
hipóteses geradas a partir do trabalho e destacar o que chamamos de perspectivas 
futuras, ou seja, sugestões de trabalhos que deverão ser feitos no futuro para se 
compreender melhor sobre o tema. 
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Referências 
 As referências constituem o primeiro elemento pós-textual e o último elemento 
obrigatório de trabalhos científicos, assim como de projetos científicos. Suas normas 
variam de instituição para instituição. Algumas instituições brasileiras adotam a NBR 
6023 (ABNT, 2002b) e as principais exigências podem ser revistas na Unidade II. 
 
Glossário 
 O glossário é uma lista de palavras ou expressões técnicas utilizadas no texto 
acompanhadas das respectivas definições.É um elemento pós-textual opcional. A única 
recomendação, segundo a ABNT (2011) é que seja tais palavras sejam dispostas em 
ordem alfabética. 
 
Apêndice 
Apêndice é texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar 
sua argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do 
trabalho. É um elemento pós-textual opcional. 
 
Anexo 
Anexo é um texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de 
fundamentação, comprovação e ilustração. É um elemento pós-textual opcional. 
 
Índice 
 O índice é uma lista de palavras ou frases, 
ordenadas segundo determinado critério, que localiza e 
remete para as informações contidas no texto. É um 
elemento pós-textual opcional. 
 
Atente-se para a diferença entre 
apêndice e anexo. Apêndice é de 
autoria do pesquisador, enquanto 
anexos não. 
Note que existe diferença entre índice 
e sumário. O sumário está relacionado 
a indicações da localização das seções 
adotadas na organização do texto. O 
índice se refere à palavras. Muitos 
livros misturam esses conceitos. Fique 
atento! 
Biblioteca online – sem valor comercial. Proibida a venda e a reprodução. 
 
Referências 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e 
documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, 2002 a. 
_______. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de 
Janeiro, 2002b. 
_______. NBR 6028: informação e documentação: resumos: apresentação. Rio de 
Janeiro, 2003a. 
_______. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de 
Janeiro, 2003b. 
_______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de 
um documento escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003c. 
_______. NBR 12225: informação e documentação: lombada: apresentação. Rio de 
Janeiro, 2004. 
_______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: 
apresentação. Rio de Janeiro, 2011. 
 
Atividades: 
1) Dentre as opções abaixo, marque aquelas que são considerados trabalhos 
científicos: 
a) ( ) artigos científicos 
b) ( ) projeto 
c) ( ) coletas de campo 
d) ( ) teses e dissertações 
e) ( ) testes estatísticos 
f) ( ) análises de dados 
g) ( ) relatórios 
h) ( ) livros 
2) O objetivo de um trabalho científico é: 
a) ( ) divulgar os resultados de uma pesquisa para o meio científico 
b) ( ) demonstrar a importância de um dado grupo de cientistas em um 
determinado campo científico 
c) ( ) finalizar um projeto de pesquisa 
d) ( ) descrever os caminhos a se seguir para uma pesquisa a ser realizada 
Biblioteca online – sem valor comercial. Proibida a venda e a reprodução. 
 
3) Quais são os elementos obrigatórios e os elementos opcionais de um trabalho 
científico? 
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________ 
4) Elabore a capa e a folha de rosto para uma dissertação de mestrado. Para isso 
você poderá criar os nomes do autor, o título do trabalho, o nome do orientador, 
o local e a data a serem apresentado. 
5) Sobre as dissertações, é verdadeiro afirmar que: 
a) ( ) dissertações científicas são trabalhos científicos que relatam os resultados 
de uma pesquisa científica sem se preocupar em discuti-las. 
b) ( ) em dissertações expositivas o autor expõe ideias, mesmo que essas não 
sejam exatamente científicas. 
c) ( ) a dissertação argumentativa não tem a intenção de convencer o leitor, 
mas simplesmente expor ideias do próprio autor e de outros autores. 
d) ( ) dissertações são trabalhos apresentados na conclusão de curso de 
mestrado como um dos requisitos para a obtenção do título de mestre. 
6) Relacione os tipos de elemento a seguir com os itens abaixo: ( 1 ) Elementos 
pré-textuais, ( 2 ) Elementos textuais, ( 3 ) Elementos pós-textuais. 
( ) Capa 
( ) Referências 
( ) Índice(s) 
( ) Glossário 
( ) Lombada 
( ) Conclusão 
( ) Folha de aprovação 
( ) Anexo(s) 
( ) Agradecimentos 
( ) Introdução 
( ) Resumo na língua vernácula 
( ) Folha de rosto 
( ) Sumário 
( ) Lista de abreviaturas e siglas 
( ) Lista de símbolos 
( ) Lista de tabelas 
( ) Dedicatória(s) 
( ) Resumo em língua estrangeira 
( ) Lista de ilustrações 
( ) Errata 
( ) Apêndice(s) 
( ) Desenvolvimento 
( ) Epígrafe 
 
 
 
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