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Os farmacêuticos são profissionais da saúde de tradição milenar, sucessores dos boticários e apotecários. São os responsáveis por toda a cadeia produtiva do medicamento, desde a produção industrial até o paciente consumidor final, assegurando assim o uso seguro, racional e efetivo dos medicamentos. A nova lei reitera a obrigatoriedade da presença permanente do farmacêutico nas farmácias de qualquer natureza, conforme já determinava a Lei nº 5.991/73. Mas, com uma novidade: a partir de agora, apenas o farmacêutico poderá exercer, nestes estabelecimentos, a responsabilidade técnica. O Conselho Federal de Farmácia, com fundamento no artigo 6º, alínea “g”, da Lei n.º 3.820, de 11 de novembro de 1960, considerando a necessidade de regular a aplicação de penalidades por procedimento administrativo, definidas no artigo 30 da Lei n.º 3.820/60, RESOLVE: Art. 11 - São infrações éticas e disciplinares: V. afastar-se de suas atividades profissionais por motivo de doença, férias, congressos, cursos de aperfeiçoamento ou atividades inerentes no exercício profissional, quando não houver outro farmacêutico que o substitua, sem comunicar ao Conselho Regional de Farmácia da jurisdição; Pena - advertência com emprego da palavra “censura”. Art. 12 - O farmacêutico deve comunicar ao Conselho Regional de Farmácia, por escrito, o afastamento de suas atividades profissionais das quais detém responsabilidade técnica, quando não houver outro farmacêutico que, legalmente, o substitua. § 1º – A comunicação ao Conselho Regional de Farmácia deverá ocorrer no prazo máximo de 5 (cinco) dias após o afastamento, quando este ocorrer por motivo de doença, acidente pessoal, óbito familiar, ou outro, a ser avaliado pelo CRF. § 2º - Quando o afastamento for motivado por doença, o farmacêutico ou seu procurador deverá apresentar à empresa ou instituição documento datado e assinado, justificando sua ausência, a ser comprovada por atestado, no prazo de 5 (cinco) dias. § 3º – Quando o afastamento ocorrer por motivo de férias, congressos, cursos de aperfeiçoamento, atividades administrativas ou outras atividades, a comunicação ao Conselho Regional de Farmácia deverá ocorrer com antecedência mínima de 1 (um) dia. Título IV das Infrações e Sanções Disciplinares Art. 20 – As sanções disciplinares consistem em: I. De advertência ou censura; II. De multa de (um) salário-mínimo a 3 (três) salários-mínimos regionais; III. De suspensão de 3 (três) meses a um ano; IV. De eliminação. Caso não haja comunicação com o conselho as medidas cabíveis é notificar o farmacêutico responsável e autuar o estabelecimento. Onde a notificação é específica ao profissional farmacêutico por não está presente no estabelecimento, porém com prazo de 5 (cinco) dias poder recorrer e justificar o motivo da sua ausência. Já no caso da autuação, se refere exclusivamente ao estabelecimento/proprietário, por não está cumprindo as normas exigidas, como por exemplo: Certidão de Regularidade, Alvará Sanitário, Licença de funcionamento, dentre outros, mas também com prazo de 5 (cinco) dias para recorrer e justificar a sua infração. O princípio da bioética que foi infringido foi o da beneficência. É o princípio segundo o qual qualquer tratamento de saúde deve ter em vista fazer o maior bem possível e evitar todo e qualquer mal. Os profissionais de saúde devem ter em vista o bem-estar do cliente. Se houver situação em que haja procedimentos conflitantes, isto é, se algum dano for inevitável deve-se ter em vista o maior bem possível naquela situação. Um exemplo bem típico é de situações em que será inevitável a amputação de um membro para que se garanta a sobrevivência. Todos os riscos e benefícios devem ser esclarecidos ao cliente, ou ao responsável para que ele consinta na realização do procedimento. O princípio da beneficência implica no cuidado ao agir. Toda ação humana, e em especial aquela que envolve riscos a outrem, não pode prescindir do dever de cuidado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - http://www.cff.org.br/sistemas/geral/revista/pdf/76/08-codigodeetica.pdf - www.cff.org.br/noticia.php?id=2129 - https://www.crfms.org.br/noticias/crf-ms-informa/1981-crf-ms-esclarece-diferenca-entre-auto-de-infracao-e-notificacao - https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/principios-bioeticos/32418
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