Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Lesão de furca Reabsorção óssea e perda de inserção no espaço inter radicular resultante da doença periodontal relacionada a placa. Area de difícil diagnostico, difícil de raspar, são áreas retentivas e existem diversas opções de tratamento, sendo necessário o correto diagnostico. Muito difícil o paciente conseguir higienizar. Nomenclatura: 1. Complexo radicular: tronco radicular e cones radiculares. 2. Tronco: distância entre a JCE até a área de furca. 3. Cones radiculares: raízes, porções em que se dividem 4. Furca: área localizada entre os cones 5. Fornix: teto da furca. Furca: 1. Área que facilita a deposição de microrganismos – retenção 2. Área de difícil acesso para a raspagem e higienização 3. Fator predisponente anatômico 4. Reabsorção óssea tanto vertical quanto horizontal Lesão de furca favorável: as cristas ósseas estão em um nível acima da lesão da furca. Secção em ampulheta: o fio dental nunca consegue limpar a área da concavidade. Quando há furca de pré molar exposta, normalmente o dente está perdido porque a furca é muito profunda e perdeu muito osso. Numa área de projeção de esmalte, o esmalte está projetado numa área onde deveria ter cemento e não há fibras de sharpey, facilitando o aparecimento da lesão de furca. Além disso, serve como área de retenção de alimentos. Projeções são mais comuns nos molares inferiores. Melhor passar uma broca e remover se tiver lesão de furca. Pérolas são mais comuns nos terceiros molares superiores. 90% das lesões de furca estão associadas a projeção de esmaltes. Etiologia das lesões de furca: 1. Doença periodontal 2. Margens de restaurações defeituosas 3. Projeções cervicais e perolas de esmalte 4. Variações nos formatos das raízes 5. Anatomia dentaria 6. Tronco radicular 7. Caries 8. Iatrogênicas A classe 2 terá uma variedade de tratamento porque ela pode ser de diversos tamanhos. Meio de diagnostico: sonda milimetada, sonda de narbs, radiografias. Tunelização é um tratamento que não se usa mais. Diagnostico diferencial com lesão endodôntica: ver a vitalidade do dente. se for endodôntica, o tratamento endodôntico precede o periodontal, sendo que o defeito cura em torno de 2 meses. Diagnostico diferencial com trauma oclusal: o dente terá mobilidade, não sera possível sondar a furca, sintomatologia dolorosa. O ajuste oclusal precede o tratamento periodontal. Tratamentos: Grau 1: 1. Raspagem e alisamento radicular 2. Remoção dos fatores locais 3. Odontoplastia da furca -> reduzir o componente horizontal do defeito, ampliando a entrada da furca. Risco de hiperestesia dentinária. sequencia cirúrgica: elevação do retalho total -> debridamento do defeito -> raspagem e alisamento radicular -> odontoplsia, removendo parte da porção da raiz alargando a entrada da furca -> recontorno da crista óssea -> posicionamento do retalho no nível da crista alveolar, cobrindo a entrada da furca -> sutura. Grau II: 1. Plastia na área da furca 2. Hemissecção e ressecção vestibular 3. Tunelização 4. Regeneração tecidual guiada 5. Extração Hemissecção: seccionamento do processo radicular e manutenção de todas as raízes. Ressecção: secção ou remoção de uma ou duas raízes. Amputação radicular: remoção da raiz mantendo a porção coronária. Amputação radicular + coronária: remoção da porção radicular e da coroa. Essas técnicas de ressecções são indicadas nos casos de perda óssea grave onde não há como se realizar técnicas regenerativas, quando há defeito de furca combinado com proximidade das raízes, quando é um dente pilar de prótese com uma raiz condenada e quando é uma recessão impossível de cobrir. Contra indicações de técnicas de resseção: quando há uma perda óssea muito grave com relação coroa raiz desfavorável, quando as raízes são grudadas e não dá pra separar, canal sem possibilidade de tratamento endodôntico, raiz remanescente não serve como pilar protético e não é capaz de suportar forças oclusais normais e paciente não é cooperador com higiene. Fatores a serem observados: comprimento do tronco radicular, fusionamento das raízes, forma das raízes e suporte remanescentes. Sequência do tratamento: endodôntico (mais conservador possível), restaurações e tratamento periodontal (com osteotomia, preparo das raízes deixando 3mm de raiz para formação das distancias biológicas, e retalho posicionado na altura da crista. Prognostico: é bom, falhas principalmente causadas por carie. Podem acontecer fraturas ou complicações endodônticas. Poucas são perdidas por doença periodontal. RAI: precisa ficar 1 mm de distância entre as raízes, que é mais ou menos o diâmetro de uma cureta periodontal. Técnicas regenerativas: tem bom prognostico para grau II, devem ser consideradas antes de técnicas ressectivas. Combinações de terapias dão melhor resultados (membrana, enxertos ósseos, materiais biológicos). Fatores sistêmicos e locais devem ser considerados e a terapia de suporte pós cirúrgico é essencial. Mediadores miomimeticos: biooss. Grau III: 1. Ressecção radicular 2. Tunelização: para grau II profundo e grau III. Indicado para molares inferiores com tronco curto e raízes divergentes. Expoe a furca com cirurgia e a mantem, fazendo instruções de higiene. 3. Extração Desvantagens: poucos molares tem a coroa própria para isso; difícil de higienizar; aparecimento de caries; tecido mole ocupa a área da furca.
Compartilhar