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DIREITO CIVIL LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO “Mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião e disso os loucos sabem só os loucos sabem” Só os loucos sabem - Charlie Brown Jr. ROBERTA QUEIROZ LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO Decreto-Lei 4.657/42 trata da disposição das normas introdutórias – 30 artigos Tem status de lei ordinária Lei 12.376/2010 - Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro MERA ADEQUAÇÃO FORMAL ORIGEM NO DIREITO FRANCÊS Código Napoleônico / 1804 Indagação: Como pode uma lei de 1942 chamar-se Lei de Introdução ao Código Civil se o próprio CC revogado é de 1916? • Projeto de Teixeira de Freitas em 1858, com a consolidação das leis civis e um título preliminar. • Projeto de Código Civil de Coelho Rodrigues em 1890, com a redação de uma lei preliminar. • Projeto ao Código Civil, de Clóvis Bevilaqua, em 1916 e as disposições gerais tornaram-se uma lei de introdução. É um conjunto de regras e princípios que visam regular aspectos referentes a interpretação, aplicação, vigência, revogação, direito transitório e direito internacional privado. “Trata-se de legislação anexa ao Código Civil, mas autônoma, dele não fazendo parte. Embora se destine a facilitar a sua aplicação, tem caráter universal, aplicando-se a todos os ramos do direito.” Carlos Roberto Gonçalves “Trata-se de um conjunto de normas sobre normas.” Wilson de Souza Campos Batalha NORMA DE SOBREDIREITO; NORMAS DE APOIO; LEX LEGUM UM CÓDIGO DE NORMAS AUTÔNOMO CESPE: A LINDB é considerada uma lex legum, ou seja, uma norma de sobredireito. A LINDB trata dos seguintes assuntos: • Vigência das leis sob o aspecto temporal (início e tempo de obrigatoriedade) • Vigência das leis sob o aspecto espacial (territorialidade) • Garantia da eficácia da ordem jurídica (não se admite a ignorância de lei vigente) • Critérios de interpretação das normas (hermenêutica) • Fontes e integração das normas (quando houver lacunas na lei) • Direito intertemporal • Direito internacional (competência judiciária brasileira, prova de fatos ocorridos no estrangeiro, eficácia de tratados e convenções assinadas pelo Brasil, execução de sentença proferida no exterior, atos praticados pelas autoridades consulares brasileiras no exterior, etc.). OBS: Estudo do decreto deve ser feito conjuntamente com a lei complementar 95/98. OBS: A LINDB é direcionada a todos os ramos do direito, salvo naquilo que for regulado de forma diferente na legislação específica. Exemplo: A analogia, os costumes e os princípios gerais do direito aos casos omissos (art. 4º) aplica-se a todo o ordenamento jurídico, exceto ao direito penal e ao direito tributário, que contêm normas específicas a esse respeito. No direito penal admite a analogia somente in bonam partem. O Código Tributário Nacional admite a analogia como critério de hermenêutica, com a ressalva de que não poderá resultar na exigência de tributo não previsto em lei (art. 108, § 1º). “As leis também têm um ciclo vital: nascem, aplicam-se e permanecem em vigor até serem revogadas. Esses momentos correspondem à determinação do início de sua vigência, à continuidade de sua vigência e à cessação de sua vigência” Caio Mário da Silva Pereira VIGÊNCIA As leis são regidas, basicamente, por dois princípios fundamentais: A) Princípio da Obrigatoriedade das Leis – uma vez em vigor, a lei torna-se obrigatória para todos os seus destinatários. (art. 3° da LINDB). Tal dispositivo visa garantir a estabilidade e a eficácia do sistema jurídico que ficaria comprometido se fosse admitida a alegação de ignorância de lei em vigor. O erro de direito (que seria a alegação de desconhecimento da lei) só pode ser invocado em raríssimas ocasiões e quando não houver o objetivo de furtar-se o agente ao cumprimento da lei. OBS: para a LINDB o desconhecimento da lei não pode ser alegado; na análise do direito civil admite-se o “error” em situações especialíssimas (art. 139, III). B) Princípio da Continuidade das Leis– a partir de sua vigência, a lei tem eficácia contínua, até que outra a revogue (embora possam existir “leis temporárias”, art. 2º da LINDB). O desuso ou o decurso de tempo, não fazem com que a lei perca sua eficácia. CESPE: A proibição de desconhecimento da lei imposta pela LINDB é absoluta. CESPE: Consoante a LINDB, há uma presunção absoluta de que todos conhecem as leis brasileiras.
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