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EXMO SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 6ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO DE JANEIRO/RJ Autos nº XXXXXXXXX Requerente: Condomínio do Edifício Bandeirantes Requerido: Roberto Santos Roberto, devidamente qualificado nos autos da ação de cobrança, supra mencionado, que lhe move Condomínio do Edifício Bandeirantes, igualmente qualificado, por seu procurador, que esta subscreve, instrumento de mandato anexo, vem à presença de Vossa Excelência, apresentar sua: CONTESTAÇÃO I – SÍNTESE DO PEDIDO INAUGURAL Afirma ser o requerido legítimo proprietário de uma das unidades do condomínio em questão (apto. 206) e que o mesmo não vem honrando com o pagamento dos rateios das despesas condominiais. Aduz que os débitos englobam os meses de agosto de 2014 a junho de 2015. Apresenta cálculo do quantum devido, acrescido de multa de 2%, juros mensais de 1% seguidos da atualização monetária e incidência de honorários advocatícios no importe de 10% e custas judiciais. Por fim, busca a condenação do requerido no pagamento dos débitos apresentados, bem como os que por ventura surgirem ao longo do processamento do feito, acrescidos de despesas e custas judiciais bem como honorários de sucumbência no importe de 20% sobre valor do débito. Expondo e requerendo o que segue: II - DAS PRELIMINARES A base legal para a defesa processual tem a sua fundamentação legal nos seus artigos, 301,VII, 301, X e 267,VI todos do Código de Processo Civil. III – Da conexão Verifica – se na ação proposta a preliminar descrita no art.301 XII do código de processo civil, onde o Senhor Tibúrcio, atual proprietário do imóvel em que se cobra as cotas condominiais, ingressou com AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO DE PAGAMENTOS com intuito de quitação das parcelas das cotas condominiais vencidas, perante à 18ª Vara Cível da comarca de São Paulo / SP, a 10ª Vara Cível será preventa, tendo em vista que este proferiu o primeiro despacho positivo, assim sendo não resta, portanto, dúvidas de que ocorre em ambas as medidas, a identidade do objeto, caracterizando a conexão, conforme previsto nos artigos 103, 105 e 106, todos do CPC: "ART. 103. Reputam-se conexas duas ou mais ações, quando lhes for comum o objeto ou a causa de pedir." ART.105. Havendo conexão ou continência, o juiz, de ofício ou a requerimento de qualquer das partes, pode ordenar a reunião de ações propostas em separado, a fim de que sejam decididas simultaneamente. ART. 106. “Correndo em separado ações conexas perante juízes que têm a mesma competência territorial, considera-se prevento aquele que despachou em primeiro lugar.” IV - Da Ilegitimidade Passiva (Artigo 337, XI, NCPC): Verifica-se que o réu não pode figurar no polo passivo deste processo, uma vez que não participa da relação processual deduzida no processo, haja vista que o imóvel objeto da cobrança das cotas condominiais foi alienado pelo mesmo antes da cobrança das referidas cotas (conforme artigo 17, NCPC). O imóvel foi alienado em junho de 2012 e as cotas são de agosto de 2012 a junho de 2013, portanto o réu é parte ilegitima. Assim o processo deverá ser extinto sem resolução de mérito, conforme artigo 485, VI, NCPC V - DO MÉRITO Não procedem as alegações da parte autora, pois quando o apartamento foi alienado em junho de 2012, não existiam débitos condominiais. E ainda que houvessem, conforme artigo 1345, CC, a obrigação dos pagamentos seria do novo proprietário (Tibúrcio). Esta é uma obrigação Propter Rem, que significa ser aquela que segue a coisa, e portanto o novo proprietário assume toda responsabilidade. Esta alienação era de conhecimento do Condomínio, portanto houve litigância de má-fé fez pedido contrário a texto legal e alterando as verdades dos fatos (conforme artigo 80, I e II, NCPC). VI - DO PEDIDO Ante ao exposto, requer: a) A concessão da preliminar dilatória de CONEXÃO remetendo o processo para a 10ª Vara Cível da comarca da cidade de São Paulo; b) Em não sendo escolhida a primeira preliminar, que seja ACATADA a preliminar PEREMPTÓRIA DE CARÊNCIA DE AÇÃO POR ILEGITIMIDADE PASSIVA, extinguindo o processo sem resolução do mérito; c) Que seja indeferido os pedidos autorais; d) A condenação do autor no pagamento dos ônus sucumbências VII - DAS PROVAS Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial. documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor. Nestes Termos, Pede Deferimento. Rio de Janeiro/ RJ Advogado