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CONTESTAÇÃO AÇÃO DE COBRANÇA

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MM JUÍZO DE DIREITO DA 23º VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO. 
Nº do processo:9999999999 
 
ROBERTO, já devidamente qualificado nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA de cotas condominiais, que lhe move o CONDOMINIO EDIFICIO DAS BERMUDAS, também já devidamente qualificado, vem por seu advogado constituído (procuração anexa), com endereço profissional na rua XXX, n° XXX, bairro XXX, São Paulo, endereço eletrônico XXX@XXX. Conforme art. 287 do CPC, apresenta sua
CONTESTAÇÃO Á AÇÃO DE COBRANÇA DE COTAS CONDOMINIAIS, MOVIDO PELO CONDOMÍNIO BANDEIRANTES
	Com fulcro nos arts. 335 uts 342 c/c art. 343 do Código de Processo Civil, expondo e requerendo o que se segue:
1. RESUMO DOS FATOS
	Na Inicial a parte autor alega que não foram pagas as cotas condominiais referente ao período mensal de janeiro de 2015 até junho de 2016, sendo assim direciona a responsabilidade do debito a pessoa do requerido.
	Argumenta ainda que, a falta de pagamento na data prevista incidirá em multa de 02% além de juros de 01% ao mês.
Esse foi um breve resumo da peça vestibular.  
 
	 
2. DA TEMPESTIVIDADE
	A presente peça processual é tempestiva. O prazo para apresentação da contestação é de 15 (quinze) dias a partir da juntada do AR relativo à carta de citação, ou seja, o prazo final para a prática do ato, restando esta peça tempestiva. 
3. PRELIMINARMENTE
3.1 Da conexão (Artigo 337, VIII, NCPC):
	Inicialmente é importante mencionar neste juízo, que estamos diante de uma preliminar de conexão, hora vista, está tramitando na 10ª vara cível da comarca de São Paulo, com causa de pedir em comum com a presente ação, essa, movida por JULIO, desse modo, devemos observar a conexão prevista no artigo 55, caput do Código de Processo Civil. 
	Art. 55. Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir.
	Ainda, vislumbrando a preliminar supramencionada, é de se observar também, o conteúdo exposto no §1º do Art. 55, bem como o que expressa os Artigos 58 e 59, ambos do CPC, onde requer que apresente ação seja reunida com a ação de consignação em pagamento proposta na 10ª Vara Cível da Comarca de São Paulo, pois foi distribuída anterior mente cautelado este juízo, sendo assim reunidas para julgamento em conjunto. 
	
3.2 Da incorreção do valor da causa (art., 337, III)
	O autor atribui o valor da causa na quantia de R$ 1.100, 00 (um mil e cem reais) 
Porém esse valor está em desacordo com o caso relatado e o que está previamente estipulado no art. 292, inciso I do CPC.
	Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
	I - Na ação de cobrança de dívida, a soma monetariamente corrigida do principal, dos juros de mora vencidos e de outras penalidades, se houver, até a data de propositura da ação;
	Diante disso então, como já afirmado anteriormente, foi atribuído como valor da causa a quantia de R$ 1.100, 00 (um mil e cem reais). Entretanto, como afirmado no dispositivo legal deve ocorrer a soma do principal, juntamente de juros. 
	Antes de calcularmos o valor a ser corrigido é importante levar em consideração a prescrição dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril do ano de 2015, sendo assim devemos considerar que o valor mensal de cada taxa era de, R$ 1.100, 00 (um mil e cem reais), e que é cobrado um período de maio de 2015 a junho de 2016, totalizando então 14 meses em atrasos e que, segundo abordado pelo réu, que após a data de vencimento, era aplicado a multa de 02% além de juros de 01% ao mês. 
	Visto isso, o montante pleiteado pela parte autora deveria ser de R$ 26.766,40 (vinte e sete mil, trezentos e cinquenta e um, reais e vinte e nove centavos) conforme detalhado em planilha anexa. 	
	Devendo o juiz decidir a respeito, impondo a complementação das custas, nos termos do art. 337, III c/c art. 292, § 3º todos do CPC. 
	Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
III - incorreção do valor da causa.
	Art. 293. O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a complementação das custas.
3.3 Da ilegitimidade passiva (Art. 337, XI, CPC)
	Embora o requerido já tenha sido proprietário do imóvel em questão, no período pleiteado pela parte autora sobre a cobrança de taxas, não era mais o réu o proprietário do imóvel. 
	Visto que o então imóvel foi alienado no mês de novembro do ano de 2014, tendo como novo proprietário Júlio, ao qual já tem judicialmente ação para quitar tais parcelas em atraso.
O seguinte artigo do Código Civil de 2002 ampara sobre tal responsabilidade. 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
	Já no código de processo civil, está previsto os seguintes dispositivos no que abordam sobre a responsabilidade passiva. 
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual
Art. 339. Quando alegar sua ilegitimidade, incumbe ao réu indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação.
	Dessa forma então, a legitimidade passiva não seria de Roberto, visto que não tinha mais responsabilidade sobre o período em questão, pois eram débitos posteriores a sua época de proprietário. Sendo então responsabilidade passiva de Júlio.
4. DO MERITO
	As alegações da parte autora que indicam o réu como responsável passiva do imóvel não procedem, pois quando o apartamento foi alienado em novembro de 2014, não se existia debito algum referente ao condomínio. Dito isso, é importante ressaltar que mesmo se houvessem dividas, as mesmas deveriam ser direcionadas ao seu novo proprietário (JULIO), mediante texto expresso no artigo 1345, CC.
	Art. 1.345. O adquirente de unidade responde pelos débitos do alienante, em relação ao condomínio, inclusive multas e juros moratórios.
	As dívidas condominiais têm natureza "propter rem" e acompanham o imóvel. Dessa forma, o atual proprietário é responsável por todas as verbas devidas, mesmo que anteriores à data da aquisição do bem, tudo de acordo com o artigo 1325 do código civil 2002 e Jurisprudência TJ - DF:
Art. 1315. O condômino é obrigado, na proporção de sua parte, a concorrer para as despesas de conservação ou divisão da coisa, e a suportar os ônus a que estiver sujeita.
Parágrafo único. Presumem-se iguais as partes ideais dos condôminos.
EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE LOCAÇÃO. COBRANÇA DE TAXAS CONDOMINIAIS PELO LOCADOR. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO DE PAGAMENTO. EMENDA. À INICIAL. INÉRCIA. ILEGITIMIDADE DA COBRANÇA. INDEFERIMENTO DA INICIAL. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO MÉRITO. SENTENÇA MANTIDA.
 1. Tratando-se de obrigação? propter rem?, o proprietário do imóvel é quem responde pelo pagamento das tarifas condominiais cobradas pelo condomínio edilício, credor originário. 
2. Não sendo comprovado o pagamento das taxas condominiais pelo proprietário/locador, não há possibilidade de manejar ação de execução em desfavor do locatário, sem comprovar o preenchimento do requisito previsto no art. 346, inciso III, do CC. 
3. O atendimento da exigência somente após a sentença impede o aproveitamento dos atos do processo. 
4. Apelação desprovida.
(TJ-DF 07055666120178070020 DF 0705566-61.2017.8.07.0020, Relator: JOSAPHÁ FRANCISCO DOS SANTOS, Data de Julgamento: 18/07/2018, 5ª Turma Cível, Data de Publicação: Publicado no DJE: 01/08/2018. Pág.: Sem Página Cadastrada.)
	O réu alega que não deve o referido valor das cotas condominiais peticionado pelo autor, visto que o imóvel da lide em questão foi vendido ao Senhor JÚLIO em novembro de 2014 conforme escritura pública acostada aos autos e registrada no cartório, sendo assim tudo dentro da mais estrita legalidade, o senhor JÚLIO, IMITIDO na posse do mesmo,passando a residir em sua nova residência.
	Visto os fatos mencionados a cima, é importante ressaltar, que no caso em tela, existe questão prejudicial a ser verificada (prescrição)
4.1 DA PREJUDICIAL DO MÉRITO
	Expor a respeito das prejudiciais de mérito, tais como, prescrição e decadência, já que as mesmas não estão no rol de preliminares previsto no art. 337 do CPC.	
Decadência e Prescrição – Art. 487, II NCPC 
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: II - Decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
	Os créditos referentes às cotas condominiais encontram-se em parte, prescrito. Discute-se nestes autos a cobrança de cotas condominiais por parte do réu, matéria especificamente tratada no Código Civil (CC, art. 206, § 5.º, I).
	Afirma-se na inicial que o réu teria se validado dos serviços do condomínio por ser morador nos meses de janeiro de 2015 e junho de 2016.
	Nos termos do dispositivo já mencionado da legislação civil, o prazo prescricional em hipóteses como a presente é de 5 (cinco) anos – desse modo, levando em consideração a data de distribuição da petição inicial que deu origem a este processo, devemos considerar apenas 8 (oito) meses do ano de 2015 e os 6 (seis) meses do ano de 2016, totalizando 14 (quatorze) meses.
6. DOS PEDIDOS
Isto posto, requer a V. Exa:
1. O acolhimento da preliminar de conexão com remessa ao juízo prevento da 10ª Vara Cível da comarca de São Paulo;
2. O acolhimento da preliminar de peremptória, extinguindo-se o processo sem resolução do mérito nos termos do Art. 485, NCPC;
3. Vencidas as preliminares e a prejudicial, que no mérito seja julgado improcedente o pedido autoral;
4. A condenação do autor ao pagamento das custas e honorários de advogado, estes a serem fixados em 20% sobre o valor da causa;
5. A condenação do autor por litigância de má-fé, nos termos do Art 80, incisos I, II, III e VI do NCPC.
 
7. DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial documental superveniente, testemunhal, pericial e depoimento pessoal do autor.
PEDE DEFERIMENTO.
Aracaju, 19 de abril de 2021. 
Assinatura
Nome do Advogado XXXX
OAB/(UF) XXXXX
Anexo;
Planilha de cálculo, correção do valor da causa.

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