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Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
PLANEJAMENTO FAMILIAR 
INTRODUÇÃO 
A população de mínimas oportunidades (nível 
socioeconômico precário, baixa escolaridade), cresce 
à custa de gravidezes não planejadas. Dessa forma, 
quando bem programados e intencionados, os 
investimentos oficiais e os auxílios internacionais 
devem prover melhorias nas áreas social e 
educacional, que são certamente a melhor forma para 
a mudança do estado atual de não planejamento 
familiar. 
Observando-se, em perspectiva, a evolução do 
comportamento demográfico nos últimos anos, 
estima-se que a taxa de crescimento populacional 
decline e que, em 2050, atinja apenas níveis de 
reposição de perdas de vidas. 
Fatores socioeconômicos, religiosos e políticos 
exercem fortes influências no controle da 
natalidade. Várias falhas verificadas nos serviços de 
saúde no mundo subdesenvolvido explicam, o 
montante de gestações indesejadas e, 
subsequentemente, a quantidade irracional de 
abortamentos voluntários efetuados. 
No Brasil, as tecnologias anticoncepcionais e a 
crescente incidência de esterilização eram o foco 
principal das discussões. Embora o uso de 
anticoncepcionais hormonais orais (ACHO) ganhasse 
força descomunal, a esterilização cirúrgica passou a 
ser praticada de forma ostensiva e abusiva a partir 
da década de 1970. 
O papel do profissional de saúde na iniciação do 
planejamento familiar parece ser fundamental na 
escolha e aderência ao método adotado pelas 
mulheres. 
DIREITOS REPRODUTIVOS DA MULHER E 
ANTICONCEPÇÃO 
RECOMENDAÇÕES DA FIGO 
Princípios fundamentais: 
➢ As mulheres tendem a ser vulneráveis por 
circunstâncias sociais, culturais e 
econômicas; 
➢ O princípio da autonomia enfatiza o 
importante papel que a mulher deve adotar na 
tomada de decisões, com respeito aos 
cuidados de sua saúde; 
➢ Quando for solicitada decisão relativa a 
cuidados médicos, as mulheres deverão 
receber informações completas sobre as 
várias opções terapêuticas disponíveis, 
incluindo seus riscos e benefícios; 
➢ Quando um médico não for capaz ou não 
desejar praticar um ato por razões 
extramédicas, ou contrárias aos ditames de 
sua consciência, deverá fazer todo o possível 
para oferecer adequado encaminhamento; 
➢ Existe a necessidade de se proteger a 
confidencialidade da paciente; 
➢ Os profissionais têm a responsabilidade de 
considerar o bem-estar da mulher e sua 
satisfação psicológica; 
➢ O princípio de justiça requer que todas sejam 
tratadas com igual consideração a despeito 
de sua situação socioeconômica. 
ORIENTAÇÃO EM ANTICONCEPÇÃO 
A anticoncepção feminina é efetuada em diferentes 
fases da vida reprodutiva da mulher, contemplando 
diversas etapas de suas atividades, da menarca à 
menopausa. Para o planejamento familiar referente à 
programação do número de filhos, não se prescinde 
do auxílio de métodos anticoncepcionais, prescritos 
com contornos peculiares. 
Em virtude desse arrazoado, a orientação em 
anticoncepção deve contemplar a mulher em toda a 
menacme, protegendo seus direitos reprodutivos, e 
oferecer oportunidades de desempenhar, na 
plenitude, sua autonomia para gestar de forma 
programada. 
➢ Comunicação em duas vias; 
➢ Ajuda às usuárias para tomar decisões 
voluntárias, informadas e bem pensadas 
acerca de sua feminilidade e anticoncepção; 
➢ Ajuda à cliente para usar o método 
corretamente; 
➢ Resposta às necessidades e valores 
individuais de cada usuária. 
Os passos a serem obedecidos incluem a explanação 
do mecanismo de ação de cada método proposto, seu 
modo de uso, sua eficácia e os efeitos colaterais. 
PROCEDIMENTOS PRELIMINARES 
Para facilitar a compreensão, esses procedimentos 
são classificados em quatro categorias: 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
➢ Categoria A: estão nessa categoria as 
orientações sobre eficácia, efeitos 
colaterais, uso correto do método, sinais e 
sintomas por conta dos quais deve procurar o 
serviço de saúde, proteção contra DST e 
mudanças no padrão menstrual. 
➢ Categoria B: pertencem a essa categoria, 
medida da pressão arterial e exame das 
mamas. 
➢ Categoria C: figuram nessa categoria, exame 
pélvico (especular e toque bimanual), triagem 
para DST por testes de laboratório para 
pacientes assintomáticas e triagem para 
câncer de colo uterino. 
➢ Categoria D: testes laboratoriais rotineiros 
(colesterol, glicose, enzimas hepáticas). 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE MÉDICA 
➢ Categoria 1: o método pode ser usado sem 
restrições; 
➢ Categoria 2: o método pode ser usado. As 
vantagens geralmente superam riscos 
possíveis ou comprovados. Se a mulher 
escolher esta categoria, um acompanhamento 
mais rigoroso pode ser necessário. 
➢ Categoria 3: o método não deve ser usado. Os 
riscos possíveis e comprovados superam os 
benefícios. Deve ser o método de última 
escolha. 
➢ Categoria 4: o método apresenta risco 
inaceitável. 
Nas consultas de acompanhamento, posteriores à 
instituição do método escolhido, o grau de satisfação 
e a tolerância/adaptação da paciente devem ser 
cuidadosamente inquiridos. As dúvidas e outros 
eventuais problemas devem ser solucionados. 
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS 
HORMONAIS 
TIPOS 
➢ Combinados: monofásicos, bifásicos e 
trifásicos; 
➢ Progestogênicos. 
VIA DE ADMINISTRAÇÃO 
Oral, intramuscular; vaginal, transdérmica (adesivos), 
implantes subdérmicos e sistemas intrauterinos. 
MECANISMO DE AÇÃO 
➢ Inibição da ovulação (principal mecanismo); 
➢ Muco cervical: pela ação progestogênica 
predominante, torna-se espesso e hostil aos 
espermatozoides. 
EFICÁCIA 
O motivo mais frequente da falha é o esquecimento 
nas tomadas, mesmo que seja de apenas uma pílula. 
DESCONTINUIDADE 
ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS 
São esteroides utilizados isoladamente ou em 
assoaciação, com a finalidade precípua de impedir a 
ovulação. São prescritos também para outras 
finalidades, por exemplo, nas mulheres com 
alterações do perfil androgênico, para diminuição dos 
efeitos estéticos indesejáveis, como ocorre na 
Síndrome dos ovários policísticos (SOP). 
INÍCIO DO MÉTODO 
➢ Mulheres com ciclos menstruais: inicia-se o 
procedimento nos primeiros 7 dias do ciclo. 
Para obter melhor eficácia, as pílulas de 
baixa dosagem devem ser utilizadas no 
primeiro dia da menstruação. 
➢ Após o parto: se a mulher estiver 
amamentando, deve-se aguardar 6 meses. Se 
isso não estiver ocorrendo, aguarda-se 
período de 6 semanas após o parto. 
➢ Após abortamento espontâneo ou provocado: 
preferencialmente nos primeiros dias. 
INDICAÇÕES 
Podem ser utilizadas pela maioria das mulheres, 
tenham elas filhos ou não, sejam ou não fumantes até 
35 anos. 
➢ Cólica menstrual; 
➢ Anemia ferropriva; 
➢ Irregularidades menstruais; 
➢ Doenças mamárias benignas; 
➢ Diabetes mellitus sem doença vascular, renal, 
ocular ou neurológica; 
➢ Cefaleia leve; 
➢ Varizes; 
➢ Malária; 
➢ Esquistossomose; 
➢ Doenças tireoidianas; 
➢ Doença inflamatória pélvica; 
➢ Endometriose; 
➢ Tumores ovarianos benignos; 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
➢ Antecedentes de doença inflamatória 
pélvica; 
➢ Tuberculose; 
➢ DST; 
➢ Alto risco para infecção pelo HIV; 
➢ Sorologia positiva para HIV; 
➢ Síndrome da imunodeficiência adquirida 
(Aids); 
➢ Uso de antibióticos, exceto rifampicina. 
CONTRAINDICAÇÕES 
➢ Na hipertensão arterial, a anticoncepção 
hormonal pode ser realizada desde que a 
pressão arterial não atinja nem ultrapasse 
160x100mmHg; 
➢ Fumantes após 35 anos, deve-se prescrever 
outro método, sem estrógeno; 
➢ Doença vascular, doença cardíaca isquêmica 
pregressa ou atual, emboliapulmonar, 
trombose venosa profunda ou cirurgia de 
grande porte com imobilização prolongada; 
➢ Mutações trombogênicas conhecidas; 
➢ Doença cardíaca valvar complicada por 
hipertensão pulmonar, risco de fibrilação 
atrial ou antecedente de endocardite 
bacteriana subaguda; 
➢ Câncer de mama; 
➢ Diabetes com nefropatia, retinopatia ou 
neuropatia; 
➢ Hepatites ativas, cirrose hepática 
descompensada e tumores de fígado benignos 
e malignos; 
➢ Uso de rifampicina e anticonvulsivantes; 
Puerpério e aleitamento 
➢ Outros métodos, que não os hormonais 
combinados devem ser utilizados; 
➢ Se houver necessidade do método, deve-se 
cessar o aleitamento ou instituir o método 
após 6 meses de puerpério; 
➢ Para as mulheres que não amamentam, a 
anticoncepção hormonal com progestógeno 
isolado deve ser prescrita 21 dias após o 
parto e a anticoncepção combinada, após 6 
semanas; 
➢ Após abortamentos e gravidez ectópica, 
complicados ou não, a anticoncepção pode ser 
imediatamente aplicada. 
EFEITOS ADVERSOS DOS 
ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS 
Os problemas mais comuns não indicam a suspensão 
da administração: 
➢ Spotting ou sangramento irregular; 
➢ Vômitos até 1 hora após a tomada da pílula: 
tomar outra; 
➢ Diarreia ou vômitos durante um período 
superior a 24 horas: associar condom ou 
espermicidas, ou suspender atividade sexual 
até 1 semana após o término do quadro. 
Ganho de peso 
Candidíase vaginal 
A anticoncepção hormonal, simultaneamente ao uso 
de antibióticos, da gravidez e do diabetes mellitus, 
figura como fator predisponente. 
Infarto do miocárdio 
Ocorrência rara de relato de casos e está 
relacionado ao hábito de fumar. 
SINAIS DE ALERTA 
Dor intensa e persistente no abdome, no tórax ou nos 
membros; cefaleia intensa, que começa ou piora após 
uso de ACHO; perda breve da visão; fosfenas ou 
linhas em ziguezague e icterícia. 
TIPOS DE ANTICONCEPCIONAIS 
HORMONAIS ORAIS 
Pílulas combinadas 
Apresentam em sua composição estrógeno e 
progestógeno. 
Monofásicas 
Todas as pílulas (21, 22 ou 24 em cada cartela) 
apresentam a mesma composição e dose. Algumas 
cartelas contêm 28 comprimidos, e as últimas quatro 
ou sete são placebos. 
Bifásicas 
Contêm dois diferentes tipos de pílulas no que se 
refere às dosagens de seus componentes. 
Trifásicas 
Contêm três tipos de comprimidos com composição 
posológica dos dois hormônios. 
Sequenciais 
Esse tipo de anticoncepcional não é mais utilizado e 
seu uso está reservado apenas para terapia de 
reposição hormonal. Contém dois tipos de 
comprimidos: os primeiros onze contém estrógeno, 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
apenas, e os dez restantes, com estrógeno e 
progestógeno. 
ADMINISTRAÇÃO DO ANTICONCEPCIONAL 
HORMONAL ORAL 
Uso intermitente e contínuo 
São preconizados intervalos de 4 a 7 dias entre as 
cartelas. Algumas marcas substituem as pausas com 
comprimidos placebos, com o intuito de diminuir a 
frequência de falhas por esquecimento. 
ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS 
COMBINADOS 
Componentes (estrógeno natural + progestógeno 
sintético): 
➢ Cipionato de estradiol, 5mg + acetato de 
medroxiprogesterona, 25mg; 
➢ Valerato de estradiol, 5mg + enantato de 
noretisterona, 50mg. 
A administração é mensal. São mais comuns: 
alterações do ciclo menstrual, spotting, sangramento 
prolongado, amenorreia, ganho de peso, cefaleia e 
vertigem. Recomenda-se para mulheres próximas a 
menopausa (perfil lipídico e densidade mineral óssea). 
ADESIVO TRANSDÉRMICO 
Composição: etinilestradiol + norelgestromina. 
ANEL VAGINAL 
Composição: etinilestradiol + etonogestrel liberados 
de um polímero de acetato de etilenovinil de 54mm. 
Sua aplicação vaginal não provoca mudanças na 
microbiota local. A interrupção foi motivada pelo 
desconforto ou pela expulsão durante o intercurso 
sexual. 
ANTICONCEPCIONAL HORMONAL ORAL DE 
PROGESTÓGENOS 
Seu mecanismo de ação consiste no espessamento do 
muco cervical impedindo a ascensão dos 
espermatozoides, na inibição da ovulação em 50% dos 
casos e na promoção de alterações endometriais. Não 
provocam malefícios a gestações em curso. 
São muito eficazes para a lactante. Apresentam alta 
taxa de descontinuidade em razão dos seus efeitos 
secundários, como sangramentos vaginais irregulares. 
As mulheres nutrizes toleram melhor o progestógeno 
oral. 
Constituem sinais de alerta para usuárias do método: 
sangramento excessivo, cefaleia intensa que começou 
ou piorou após uso da minipílula, icterícia e 
possibilidade de gravidez. 
ANTICONCEPCIONAL HORMONAL 
INJETÁVEL TRIMESTRAL 
➢ Composição: acetato de 
medroxiprogesterona 150mg em suspensão 
microcristalina (de depósito); 
➢ Administração: intramuscular, trimestral; 
➢ Mecanismo de ação: inibição da ovulação e 
espessamento do muco cervical; 
➢ Elevada eficácia; 
➢ Efeitos secundários: alterações dos ciclos 
menstruais, aumento do peso, cefaleia, 
sensibilidade mamária, desconforto 
abdominal, alterações do humor, náusea, 
queda de cabelos, diminuição da libido e acne; 
➢ Riscos: redução da densidade mineral óssea e 
alteração do metabolismo lipídico; 
➢ Contraindicado para menores de 16 anos; 
➢ Benefícios: pode ser usado após 6 semanas de 
puerpério e diminui a incidência de gravidez 
ectópica, câncer de endométrio, doença 
inflamatória pélvica e mioma uterino. 
IMPLANTE SUBDÉRMICO 
Composição: etonogestrel cristalino (68 mg). 
MECANISMO DE AÇÃO 
➢ Inibição da ovulação nos dois primeiros anos 
de uso; 
➢ Muco cervical: ocorre aumento da 
viscosidade, o que dificulta a penetração dos 
espermatozoides no canal cervical e no meio 
intrauterino; 
➢ Diminuição da espessura do endométrio 
(<4mm). 
DURAÇÃO 
3 anos. 
EFICÁCIA 
É um dos mais eficazes métodos anticoncepcionais, 
apresentando taxa zero de falhas em grandes 
estatísticas. 
Os principais motivos para a remoção do implante 
foram: desejo reprodutivo e distúrbios 
hemorrágicos, embora os sangramentos tendessem a 
diminuir com o passar dos anos. Além disso, cloasma 
e cefaleia foram outros motivos para a interrupção 
do método. 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
EFEITOS COLATERAIS 
➢ Sangramento (11%); 
➢ Amenorreia (21%); 
➢ Outros efeitos: acne, mastalgia, cefaleia, 
aumento de peso, diminuição da libido, 
tonturas, dor no local da injeção e labilidade 
emocional. 
APLICAÇÃO NO PÓS-PARTO E PÓS 
ABORTAMENTO 
Idealmente entre 21 e 28 dias ou após abortamentos 
tardios. 
DISPOSITIVO INTRAUTERINO (DIU) 
Trata-se de método largamente utilizado em todo o 
mundo. Não aumenta os riscos de infecções pélvicas 
e de infertilidade subsequente. Além disso, existem 
evidências de que há diminuição nos riscos absolutos 
de gravidez ectópica. 
MODELOS 
➢ DIU com cobre: feito com material plástico 
no modelo T (A) de cobre e no modelo 
Multiload (C); 
➢ DIU com 
progestógeno: 
modelo de 
plástico 
envolvido por 
cápsula que libera continuamente pequenas 
quantidades de levonorgestrel. 
➢ DIU não medicado: o exemplo 
mais típico é a alça de Lippes 
de plástico (B). Atualmente, 
não está disponível no 
mercado. 
 
 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
Age impedindo a fecundação por meio de mecanismo 
que inibe a progressão dos espermatozoides na 
cavidade uterina. Admite-se também a hipótese do 
impedimento da implantação do ovo na cavidade 
uterina. 
DISPOSITIVO INTRAUTERINO COM COBRE 
NOS MODELOS T E MULTILOAD 
EFICÁCIA 
O DIU T de cobre é o mais seguro entre os modelos 
que contêm cobre. 
CONTINUIDADE 
NO USO 
As causas de 
descontinuidade são 
o sangramento 
excessivo e a dor. 
EFEITOS 
COLATERAIS 
Alterações no ciclo menstrual, sangramento 
menstrual prolongado e volumoso, spotting e dores 
pélvicasem cólicas menstruais e intermenstruais. 
RISCOS 
➢ Perfuração uterina à inserção: mais comum 
após partos; 
➢ Doença inflamatória pélvica; 
➢ Lipotimias durante a inserção (efeito vagal); 
➢ Expulsão inadvertida e não percebida (raro). 
BENEFÍCIOS 
Longa duração, desnecessidade de substituição de 
DIU inerte, alta eficácia, ausência de interferência 
no desempenho sexual, reversibilidade imediata e 
ausência de interação com medicamentos. 
MODO DE USO 
 Em quadros de tabagismo; uso de medicamentos; 
incluindo as drogas anticonvulsivantes; antecedente 
pessoal de hipertensão arterial; câncer de mama e 
doença cardíaca em que se contraindica a 
anticoncepção hormonal; história de doença vascular 
(por exemplo, AVC); obesidade; lactação. 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
MOMENTO PARA A INSERÇÃO 
➢ Mulher com ciclos menstruais: em qualquer 
momento, desde que afastada a hipótese de 
gestação em curso. Durante a menstruação a 
intensidade da dor é menor. Possíveis 
desvantagens da inserção durante a 
menstruação vinculam-se à impossibilidade de 
se excluir infecção pélvica. 
➢ Após o parto: logo após a dequitação ou 
depois de um período que varia de 4 a 6 
semanas. 
➢ Após abortamento: imediatamente, caso não 
se constate infecção. 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
CONTROLE 
➢ Posicionamento na cavidade uterina: 
ultrassonografia; 
➢ Comprimento dos fios: recomenda-se deixar 
de 2 a 3cm. Pelo autoexame (toque vaginal), a 
mulher pode verificar o comprimento dos 
fios. 
REMOÇÃO 
Dentre as causas pode haver: programação de 
gravidez efeitos colaterais como dor e sangramento, 
falha (risco de infecção grave na gravidez com DIU), 
doença inflamatória pélvica, perfuração do útero, 
deslocamento do dispositivo, prazo expirado e 
menopausa. 
Os sinais de alerta são: ausência de menstruação, fios 
com deslocamento, dores pélvicas não habituais e 
febre. 
DISPOSITIVO INTRAUTERINO COM 
PROGESTÓGENO (LEVONORGESTREL) 
Usado como anticoncepcional no tratamento de ciclos 
hipermenorrágicos, na terapia hormonal, na 
endometriose e na miomatose uterina. 
CARACTERÍSTICAS 
Dispositivo tem forma de T, com 32mm de 
comprimento, com haste revestida com cilindro de 
polidimetilsiloxano de 19mm de extensão, contendo 
52mg de levonogestrel. É radiopaco. 
MECANISMO ANTICONCEPCIONAL 
➢ Efeitos do muco cervical: aumenta a 
viscosidade e diminui a quantidade, 
dificultando a migração espermática; 
➢ Efeitos endometriais: atrofia o endométrio 1 
mês após a inserção e provoca intensa reação 
decidual. O endométrio torna-se insensível à 
ação estrogênica (diminuição dos receptores 
estrogênicos); 
➢ Inibição da ovulação; 
➢ Outros efeitos: efeitos uterovasculares, 
inibição da motilidade espermática e reação 
de corpo estranho. 
EFICÁCIA 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
➢ Spottings ou manchas nos 2 a 3 meses 
iniciais; 
➢ Amenorreia: 20% em 1 ano e 50% em 5 anos; 
➢ Efeitos hormonais: mastodínia e acne; 
➢ Outros efeitos: dor abdominal, dor lombar, 
cefaleia, depressão, náuseas e edema. 
DESEMPENHO CLÍNICO 
Pode ser utilizado em várias situações em que há 
contraindicações ao uso de anticoncepcionais 
hormonais. 
CRITÉRIO DE ELEGIBILIDADE 
MOMENTO DE INSERÇÃO NO PÓS-PARTO E 
PÓS ABORTAMENTO 
➢ Logo após a dequitação durante o 
aleitamento; 
➢ 6 a 8 semanas após o parto; 
➢ Imediatamente após abortamento, se não 
houver infecção. 
DURAÇÃO/SUBSTITUIÇÃO 
5 anos, período após o qual deverá ser substituído ou 
retirado. 
MÉTODOS DE BARREIRA 
CONDOM OU PRESERVATIVO 
Método anticoncepcional de larga aceitação mundial. 
Grande vantagem sobre outros métodos é a proteção 
contra DST: HIV. Para esse fim, é usado como 
método complementar de quaisquer outros métodos. 
CARACTERÍSTICAS 
Condom masculino 
Denominado também camisinha ou 
preservativo, é uma capa 
membranosa fina de látex ou de 
plástico que se ajusta ao pênis 
ereto, constituindo uma barreira 
física que isola a vagina do material 
ejaculado. A maioria é lubrificada 
com silicone líquido ou com lubrificantes aquosos. 
Condom feminino 
É uma bolsa membranosa fina de 
plástico, de forma cilíndrica, que 
se adapta à vagina e serve de 
proteção do colo uterino, da vagina 
e da genitália externa. É 
constituído pela bolsa com dois 
anéis nas extremidades: um menor 
(fechado) que deve ser ajustado ao colo uterino e 
outro maior que se adapta a genitália externa. É 
lubrificado e, como o condom masculino, tem a função 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
protetora, isolando o trato genital inferior feminino 
do contato com o sêmen. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Como método de barreira, além da proteção contra a 
ocorrência de gravidez, serve também para a 
proteção contra as DST’s e o HIV. 
EFICÁCIA 
RISCOS 
Além das falhas, a rotura e o deslocamento do 
condom ocorrem em cerca de 5%. 
BENEFÍCIOS 
Diminuição das doenças inflamatórias pélvicas. 
Previnem a gestação ectópica e oferecem a 
oportunidade de anticoncepção ocasional, sem a 
necessidade de continuidade do método. 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
É o que oferece mínima restrição ao seu uso, como 
alergia grave ao látex. 
ORIENTAÇÃO DO CASAL 
Discorrer sobre a eficácia, orientar sobre o uso 
correto do método, orientar a conduta quando há a 
rotura do condom e comentar sobre a proteção 
contra as DST. 
CONDUTA NA ROTURA DO CONDOM 
➢ Introduzir espermicida intravaginal, se 
disponível; 
➢ Lavar o pênis e a vagina com água e sabão, 
para a proteção contra DST/HIV; 
➢ Anticoncepção de emergência. 
DIAFRAGMA 
É um método de barreira de uso vaginal. Tem a forma 
de um capuz côncavo que deve ser adaptado ao colo 
do útero. Usa-se conjuntamente com geleia 
espermicida. 
TIPOS 
De acordo com o círculo metálico de sustentação, 
podem ser de três tipos: 
➢ Borda plana: de látex, fina e 
elástica. Disponível nos 
tamanhos de 55 a 95mm. 
➢ Borda enrolada: de látex, firme 
e pouco elástica. Disponível nos 
tamanhos de 50 a 105mm. 
➢ Borda em arco: a borda é muito mais firme, 
com pouca elasticidade. Disponível nos 
tamanhos de 55 a 95mm. 
EFICÁCIA 
EFEITOS COLATERAIS 
➢ Infecções do trato urinário; 
➢ Dor pélvica e retenção urinária; 
➢ Irritação genital provocada pelo espermicida. 
DIFICULDADES NO MANEJO 
➢ A introdução do diafragma implica a 
introdução de dedos na vagina, procedimento 
que muitas vezes é constrangedor para as 
mulheres; 
➢ Pode interromper o coito quando não for 
inserido previamente ao início do ato sexual; 
➢ Requer o uso de geleia espermicida; 
➢ Pode haver dificuldades na retirada; 
➢ Necessidade de mudança no tamanho, 
geralmente após partos. 
RISCOS E BENEFÍCIOS 
Maior risco de infecção do trato urinário e alergia ao 
látex ou ao espermicida. Não há contraindicações 
prévias, contribui para a proteção contra DST; pode 
ser utilizado durante o aleitamento e o seu uso pode 
ser interrompido a qualquer momento. 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
ORIENTAÇÃO PARA O USO 
São essenciais e obrigatórios o exame pélvico e a 
orientação sobre a eficácia, o uso correto do método, 
o que fazer quando houver desconforto e sobre a 
proteção contra as DST. 
INTRODUÇÃO DO DIAFRAGMA 
Deve-se colocar 15 mL de geleia espermicida na parte 
côncava do dispositivo. Com a parte convexa voltada 
para baixo, pressionando-se as bordas do círculo, 
introduz-se o diafragma na vagina, o mais profundo 
possível. O colo pode ser percebido através 
de toque digital na parte convexa do 
diafragma, conferindo o bom posicionamento 
do dispositivo. 
REMOÇÃO 
Deve ser feita após um mínimo de 6 horas do 
coito. Não deve permanecer por mais de 24 
horas no interior da vagina. Após a remoção, o 
diafragma deve ser lavado com água e sabão.Para 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
maior durabilidade, depois de secá-lo é necessário 
acondicioná-lo em ambiente limpo, seco e escuro. 
ESPERMICIDA 
Como componentes, apresenta o espermicida químico 
e uma base inerte que promove a aderência do 
espermicida junto ao colo uterino. 
CARACTERÍSTICAS 
➢ Espermicidas: nonoxinol-9 (o mais comum), 
menfegol e cloreto de benzalcônio; 
➢ Base inerte: creme, geleia, espuma, 
supositório, comprimido ou filme. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Provocam a morte dos espermatozoides ou dificultam 
a migração destes até as tubas uterinas. 
EFICÁCIA 
EFEITOS INDESEJÁVEIS 
➢ O espermicida pode causar úlceras, erosões 
genitais, prurido e queimaduras; 
➢ Reação alérgica ao produto; 
➢ Lubrificação excessiva pode causar 
desconforto; 
➢ Comprimidos efervescentes também causam 
desconforto pela sensação térmica (aumento 
de temperatura). 
RISCOS E BENEFÍCIOS 
Efeitos colaterais, como alergia ao produto e 
irritações locais por uso muito frequente. Facilidade 
de uso, raras contraindicações, proteção de algumas 
DST e ausência de efeitos sistêmicos; 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
PROCEDIMENTOS PARA A INDICAÇÃO DO 
MÉTODO 
Orientação sobre eficácia, uso correto do método e 
conduta quando apresentar desconforto e proteção 
contra as DST’s. 
MÉTODOS COMPORTAMENTAIS 
Para a aplicação do método, é preciso que a mulher 
tenha dados corretos sobre o seu período fértil 
(início e final) e de abstinência. A participação, 
evidentemente, deve ser de ambos os cônjuges. 
TIPOS 
➢ Calendário ou tabela (método de Ogino-
Knaus): considera-se a data provável da 
ovulação 14 dias antes do início da 
menstruação seguinte. O período fértil é 
estimado acrescentando-se 3 dias antes e 
após a data estimada da ovulação; 
➢ Muco cervical (método de Billings): baseado 
no conceito de que o muco se toma de máxima 
afiladura no dia da ovulação, quando ocorre 
pico na produção de estrógeno; 
➢ Temperatura corporal basal: a ação da 
progesterona provoca aumento da 
temperatura corporal; 
➢ Sintotérmico: consiste no uso dos três 
métodos anteriormente descritos. 
EFICÁCIA 
MODO DE USO 
Embora seja pouco usado, em situações especiais 
pode se ajustar melhor ao casal, por exemplo: 
hipertensão arterial, trombose venosa profunda, 
cefaleia grave, miomatose uterina, hepatite viral e 
malária com lesão hepática. 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
O critério mais importante é a disposição que o casal 
apresenta para adesão. 
USO DO MÉTODO NO PÓS-PARTO E PÓS-
ABORTAMENTO 
A dificuldade consiste na impossibilidade de se 
conhecer o período fértil, especialmente durante o 
aleitamento. 
PROCEDIMENTOS PARA O INÍCIO DO 
MÉTODO 
As instruções a respeito de cada método são 
essenciais e obrigatórias, por exemplo: dos sinais e 
sintomas da fertilidade, da importância da 
colaboração e aderência do parceiro, da proteção 
contra as DST’s (inexistente nesse método) e da 
eficácia. 
MÉTODO DE LACTAÇÃO OU AMENORREIA 
Tem como princípio a amenorreia e a anovulação 
acarretadas pelo aleitamento e é indicado para os 
primeiros 6 meses após o parto. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Consiste na anovulação e amenorreia por inibição 
hipotalâmica da produção de gonadotrofinas pelos 
altos níveis de prolactina. A produção de esteroides 
sexuais torna-se muito baixa em vigência de 
aleitamento exclusivo. 
EFICÁCIA 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
CONTINUIDADE NO USO 
O método é de baixa credibilidade. 
RISCOS E BENEFÍCIOS 
Não existem riscos. Os benefícios estão relacionados 
àqueles do aleitamento per se, além da anticoncepção 
conferida. 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE 
As orientações se aplicam à duração do método e à 
sua eficácia. Assim, 6 meses após o parto e com o 
retorno das menstruações, essas contraindicações 
podem ser consideradas os principais fatores 
limitantes ao uso do método. 
ANTICONCEPÇÃO NA ADOLESCÊNCIA 
Investimentos na educação sexual, incluindo 
orientação quanto aos hábitos saudáveis, a 
anticoncepção e a profilaxia de DST, são 
extremamente importantes. 
ESCOLHA DO MÉTODO 
ANTICONCEPCIONAL 
Deve ser levado em conta a eficácia, acessibilidade, 
efeitos colaterais, facilidade no uso e taxas de 
aderência ao método (continuidade). 
Entre todos os métodos, os ACHO parecem ser de 
melhor aplicabilidade para esse grupo de mulheres. A 
associação do uso do método de barreira (condom) é 
necessária para a prevenção das DST’s. A educação 
sexual recebida, o grau de conhecimento sobre o HIV 
e sua transmissão e o uso do condom na iniciação 
sexual estão intimamente vinculados ao uso 
consistente de preservativos. 
ANTICONCEPÇÃO EMERGENCIAL 
É a terapia utilizada para a prevenção de gestações 
não planejadas após intercurso sexual não protegido. 
O método não apresenta contraindicações, exceto se 
existir uma gestação em curso, embora não haja 
descrições de danos tanto matemos quanto fetais 
com o uso dos métodos preconizados. 
MÉTODO 
LEVONORGESTREL 
Esse método é utilizado isoladamente, em duas 
tomadas com intervalo de 12 horas. Preconiza-se que 
o medicamento seja utilizado até 72 horas após o 
intercurso sexual não protegido. 
MÉTODO DE YUZPE (ETINILESTRADIOL 
100UG + LEVONORGESTREL 0,5MG) 
Nesse método, são administrados dois comprimidos 
com intervalo de 12 horas. Sua desvantagem é a 
ocorrência de náuseas e vômitos, que podem ser 
reduzidos com o uso de antieméticos. 
IMPLANTE DE ETONOGESTREL OU DE 
LEVONORGESTREL 
Tal método, evidentemente, pode ser preconizado 
para as mulheres que optarem por esse tipo de 
anticoncepção de longo prazo. 
ANEL VAGINAL 
Ao interferir no processo de crescimento folicular 
observado com seu uso o anel vaginal contendo 
etinilestradiol (15 µg) e etonogestrel (150 µg) é 
sugerido como forma de anticoncepção emergencial, 
com a vantagem da continuidade da ação 
anticoncepcional em períodos subsequentes. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Tanto o progestógeno isolado quanto o combinado 
inibem ou retardam a ovulação. Alguns estudos 
demonstraram a hostilidade endometrial à 
implantação do ovo após a administração dos 
hormônios. 
PÍLULA ABORTIVA 
MIFEPRISTONA (RU-486) 
AUTONOMIA DE FARMACÉUTICOS NA 
PRESCRIÇÃO DE ANTICONCEPÇÃO 
EMERGENCIAL 
MÉTODOS CIRÚRGICOS 
LAQUEADURA TUBÁRIA 
É o método mais prevalente no mundo. Idade, 
paridade, crença religiosa e educação são fatores que 
exercem fortes influências sobre os métodos 
cirúrgicos de anticoncepção. 
EFICÁCIA E FALHAS 
As falhas são excepcionais e estão relacionadas com 
a técnica cirúrgica. 1/3 desses casos é de gestação 
ectópica. A obtenção de um termo de consentimento 
livre e esclarecido é um dos passos muito 
importantes. 
EFEITOS SECUNDÁRIOS 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
Distúrbios menstruais após esterilização tubária são 
possibilidades hipotéticas e raras; diminuição no 
risco de câncer de ovário. 
ARREPENDIMENTO 
Ocorre com frequência maior em mulheres operadas 
antes dos 30 anos, solteiras ou em união conjugal 
recente, com história de perda de um filho após a 
laqueadura, com acesso limitado a outros métodos ou 
quando o procedimento é realizado durante ou logo 
após o parto. 
PROLE IDEAL E LAQUEADURA 
O número ideal de filhos a partir do qual a laqueadura 
poderia ser efetuada com pequeno risco de 
arrependimento é variável segundo muitos 
parâmetros socioculturais e econômicos. 
REVERSIBILIDADE 
TÉCNICA DE REALIZAÇÃO DA 
LAQUEADURA TUBÁRIA 
Quanto às vias de acesso, as técnicas mais utilizadas 
são: laparotomia (utilizada com maior frequência), 
minilaparotomia, laparoscopia e culdotomia 
(colpoceliotomia).A técnica de acesso às tubas por via minilaparotômica 
é indicada tanto para a laqueadura de intervalo 
quanto para a puerperal. 
No puerpério imediato, após parto vaginal, com 
complementação da anestesia realizada para o parto, 
a incisão deve ser periumbilical, a qual atende aos 
critérios estéticos, além de prover maior conforto à 
paciente. 
Na laqueadura de intervalo, a incisão pode ser 
transversa e suprapúbica, efetuada sob anestesia de 
condução. Sendo a via laparoscópica preferida. 
A culdotomia apresenta indicação de exceção, 
considerando-se as dificuldades técnicas, e também 
por ser uma via de acesso aos órgãos abdominais de 
uso raríssimo. 
QUANTO AO PERÍODO 
➢ Gravídico-puerperal: quando a laqueadura é 
realizada no ciclo gravídico-puerperal, 
incluindo o pós-abortamento. 
➢ De intervalo. 
QUANTO AO TIPO DE INTERVENÇÃO 
SOBRE AS TUBAS UTERINAS 
“LAQUEADURA” QUÍMICA 
A injeção transcervical de hidroclorito de quinacrina 
na dosagem de 216mg em forma de 6 pellets, na 
primeira fase do ciclo menstrual, é complementada 
por uma segunda dose administrada após 4 semanas. 
Considera se o método válido após 3 meses da 
segunda dose. 
OBSTRUÇÃO TUBÁRIA POR MICRO-HASTES 
(ESSURE) 
A oclusão tubária pode ser realizada 
em ambulatório, por via 
histeroscópica, com utilização de um 
microdispositivo inserido diretamente 
nas tubas, sem incisões ou 
necessidade de anestesia. 
SALPINGECTOMIA PARCIAL 
Consiste na exérese parcial ou na inutilização 
segmentar das tubas. 
➢ A técnica de salpingectomia parcial mais 
popular é a de Pomeroy. 
➢ A técnica de Madlener é mais simples e 
consiste na apreensão da tuba e ligadura com 
fio não absorvível. Não se secciona a alça 
formada sobre o local da ligadura. 
Ciclo Gravídico e Puerperal Mayra Cleres de Souza, UFR 
➢ Na técnica de Irving, faz-se dupla ligadura 
com secção de um segmento de tuba, 
resultando em duas extremidades. 
➢ A técnica de Ushida é muito trabalhosa e 
consiste na dissecção da tuba. na região 
ístmica, com injeção de soro fisiológico entre 
os folhetos da mesossalpinge. 
ANÉIS E GRAMPOS 
 
 
 
 
ELETROFULGURAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS 
O planejamento familiar é definido como um conjunto 
de ações de regulação da fecundidade centrado na 
garantia dos direitos a todos, na livre constituição da 
prole pelo casal ou pela mulher ou homem 
isoladamente. É dever do Estado assegurar o livre 
exercido do planejamento familiar. 
REFERÊNCIAS 
 Zugaib, Obstetrícia; 3º edição, 2016, capítulo 
28.

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