Aula 10 - revelação e ampliação

Prévia do material em texto

Linguagem Fotográfica
Faculdade INAP
Professor Rafael Carrieri 
Revelação e ampliação
Revelação e ampliação
- ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, revelação não é
colocar as imagens no papel, revelação é transformar a imagem latente 
do filme em negativo ou slide. Esse processo é realizado no laboratório 
utilizando químicos específicos.
- no caso da ampliação, o que é feito é “passar” a imagem do negativo ou 
slide, para o papel fotográfico. Esse processo é feito no laboratório com a 
utilização de químicos e equipamentos específicos.
Revelação e ampliação
O laboratório
- um laboratório bem equipado deve ser totalmente à prova de luz. A 
maioria dos processos é feito totalmente no escuro ou com luz vermelha 
de segurança.
- é importante que as áreas secas e úmidas do laboratório sejam bem 
divididas, de preferência do lado oposto uma da outra.
- a parte úmida é utilizada para revelar filmes e cópias em papel. É nessa 
área do laboratório que ficarão as bandejas de químicos necessários 
para revelação e ampliação.
- a parte seca é usada para o processo de ampliação das imagens. É
nessa parte do laboratório que ficará o ampliador e os papéis virgens.
Equipamentos mais comuns da bancada úmida do 
laboratório
Equipamentos mais comuns da bancada seca do laboratório
Revelação e ampliação
Revelação de filmes preto e branco
- a revelação de filmes preto e branco é mais simples do que a revelação 
de filmes coloridos, por isso estudaremos apenas esse processo mais a 
fundo. 
- esse processo é mais simples porque o filme preto e branco só tem 
uma camada para ser revelada, ao contrário do filme colorido que possui 
uma camada para cada cor.
Revelação e ampliação
Revelação de filmes preto e branco
- o primeiro passo para a revelação do filme preto e branco é colocá-lo na 
espiral. Esse processo deve ser feito em total escuridão, já que as 
imagens ainda não estão fixadas e qualquer luz deixará o filme velado.
- passar o filme para o espiral corretamente é essencial para a revelação 
correta do filme. Se alguma parte ficar dobrada ou encostando em outra, 
o filme ficará mal revelado ou manchado. Por isso é importante praticar 
no claro, de olhos fechados, com filmes inutilizados.
Revelação e ampliação
Revelação de filmes preto e branco
- com o filme no espiral e colocado dentro do tanque, já possível acender 
a luz e passar para o próximo passo, a revelação em si.
- os químicos necessários para esse processo são: revelador, interruptor 
e fixador, além da água corrente para lavar o filme no final do processo.
- a preparação dos químicos pode ser feita com pacotes prontos ou 
preparadas utilizando as fórmulas de cada químico. Devem ser seguidas 
as recomendações de temperatura para cada químico, pois o tempo 
necessário para revelar oscila de acordo com a temperatura.
Revelação e ampliação
Ação dos químicos
Revelador: o revelador irá escurecer os haletos de prata sensibilizados 
na hora do clique. Quanto mais luz eles receberam, mais escuros ele 
ficarão com a ação do químico.
Interruptor: esse químico interrompe a ação do revelador para que a 
prata pare de escurecer, além de preparar o filme para a ação do fixador.
Fixador: o fixador permite que a imagem seja fixada e que o filme não 
escureça mais em contato com a luz. É ele que permite também que os 
haletos não utilizados possam ser lavados depois do fim da revelação.
Revelação e ampliação
Revelação e ampliação
Revelação e ampliação
O processo de ampliação das cópias
- com o negativo revelado é hora de produzir as cópias em papel. Os 
papéis fotográficos, ao contrário dos filmes, não são sensíveis à luz 
vermelha. Isso permite que esse processo seja feito com a luz de
segurança ligada.
- assim como na revelação, na ampliação serão usados químicos para 
revelar, interromper e fixar. O interruptor e o fixador são os mesmos 
utilizados na revelação dos filmes. Já o revelador é específico para 
papéis fotográficos.
Revelação e ampliação
O processo de ampliação das cópias
- a escolha do papel fotográfico também é importante. Papéis diferentes 
resultarão em cópias diferentes. Existem papéis de contrastes variados: 
alto contraste, baixo contraste, e contraste normal. Também podemos 
atingir esses diferentes contrastes utilizando filtros específicos no 
ampliador. 
- O nível de contraste dos papeis fotográficos são expressos em graus, 
sendo grau 5 papéis de alto contraste, e grau 0 de baixo contraste.
Revelação e ampliação
O processo de ampliação das cópias
- o ampliador é o equipamento utilizado para projetar a imagem do 
negativo no papel fotográfico. Os principais elementos do ampliador são:
- cabeça do ampliador: é onde fica a lâmpada do ampliador, o porta 
negativos, e o vidro condensador. Quanto maior a distância da cabeça do 
ampliador para a mesa, maior o tamanho da cópia final.
- porta negativos: é o local onde colocamos o negativo que será
ampliado.
- filtro vermelho de segurança: é utilizado para fazermos os ajustes da 
projeção e do papel fotográfico, sem sensibilizá-lo, pois o papel 
fotográfico PB não é sensível à luz vermelha.
Revelação e ampliação
O processo de ampliação das cópias
- fole para o foco: assim como no momento da foto, para ampliá-la 
também é necessário fazer o foco.
- controle de altura: a altura determinará o tamanho da cópia final. 
Quanto mais distante a cabeça do ampliador e o papel, maior é a cópia 
final. Podemos conferir a altura na régua graduada impressa na coluna.
- base para o papel: é onde colocamos o papel virgem para ser 
sensibilizado.
- lente com diafragma: assim como a câmera fotográfica, as lentes dos 
ampliadores também têm um diafragma. A abertura maior é usada para 
fazermos o foco, ainda com o filtro de segurança; as aberturas menores 
são usadas na hora de sensibilizar o papel fotográfico.
Revelação e ampliação
O processo de ampliação das cópias
- o primeiro passo para produzirmos cópias é colocar o negativo no 
ampliador. O lado brilhante deve ficar para cima e o negativo deve entrar
com a imagem invertida, pois a luz do ampliador inverterá a imagem na 
projeção.
- para acendermos a luz é necessário colocar o filtro vermelho em frente 
à lente para não velar o papel. Com o filtro colocado no lugar certo 
podemos ligar a luz do ampliador. 
- para o ajuste do foco abrimos o diafragma da lente no máximo, dessa 
maneira enxergamos melhor a imagem. Para expor o papel é necessário 
fechar o diafragma pelo menos dois pontos. Com o diafragma aberto fica 
difícil controlarmos o tempo de exposição.
Revelação e ampliação
O processo de ampliação das cópias
- uma maneira de testarmos a melhor exposição para nossa cópia é
produzirmos tiras de teste. Para isso pegamos uma tira de papel 
fotográfico e expomos o papel em diferentes tempos. Depois, 
comparamos qual tempo de exposição ficou melhor. 
- Se todo o negativo estiver com a mesma densidade, podemos usar o 
mesmo tempo e diafragma para todas as cópias.
Revelação e ampliação
O processo de ampliação das cópias
- depois de expor o papel fotográfico à luz colocamos na bandeja de 
revelação. O revelador vai escurecer as partes onde o papel recebeu luz.
- Quando a cópia estiver com o contraste desejado passamos para a 
bandeja do interruptor. Esse químico inibirá a ação do revelador para 
fixarmos a imagem. 
- O próximo passo é a bandeja do fixador. É importante deixarmos a 
imagem pelo menos quatro minutos nesse químico, do contrário, a foto 
irá amarelar com o passar do tempo.
- a última etapa é colocar o papel em água corrente para lavar o que 
restou dos químicos. Depois bastar deixar secar em um varal ou 
colocarmos em uma secadora de papéis.
Revelação e ampliação
Efeitos em laboratório
Existem alguns efeitos possíveis de serem feitos em laboratório 
durante a exposição do papel, ou mesmo depois da foto pronta. Alguns 
desses efeitos são utilizados hoje em programas de tratamento de
imagem, como o Photoshop.
Revelação e ampliação
Efeitosem laboratório
Máscaras (burn e dodge)
Temos algumas ferramentas que auxiliam na hora de ampliar 
uma foto, como as máscaras, que podem servir tanto para queimar 
quanto para branquear determinada área do papel. 
Essas máscaras são feitas com cartolina preta recortadas de 
acordo com a necessidade.
Revelação e ampliação
Máscaras para queimar
Revelação e ampliação
Máscaras para queimar
Podemos usar tanto as mãos, quanto máscaras para queimar determinadas 
áreas da fotografia. Devemos movimentar sempre as mãos afim de obter 
gradação suave entre as áreas diferentemente expostas. A área onde a luz 
passa ficará mais escura que o restante da fotografia.
Máscaras para queimar
Revelação e ampliação
Máscaras para mascarar (bloquear a luz)
Revelação e ampliação
Máscaras para mascarar (bloquear a luz)
Podemos usar as máscaras também para proteger determinadas áreas da 
foto de receber luz. Dessa maneira à área tampada ficará mais clara que o 
restante da foto. Nessa técnica também devemos movimentar as mãos o 
tempo todo para conseguir uma gradação suave entre as áreas 
diferentemente expostas.
Máscaras para mascarar (bloquear a luz)
Na foto da direita o fundo foi bloqueado para ficar mais claro e realçar os 
jarros em primeiro plano.
Efeitos em laboratório
Tonalização ou viragem
A tonalização é aplicada em uma cópia já
revelada e fixada. A prata do papel é
substituída por outro metal pesado, alterando 
a cor da foto. Esse processo também é
chamado de viragem, e é com ele que 
conseguimos o efeito sépia, por exemplo.
Efeitos em laboratório
Solarização
A Solarização é feita ligando a 
luz do laboratório na bandeja 
de revelação deixando a luz 
acesa por mais ou menos um 
segundo. A imagem fica 
parcialmente nublada, 
principalmente nas áreas mais 
claras. O resultado é
imprevisível e difícil de ser 
repetido.
Efeitos em laboratório
Tingimento
O tingimento é feito colorindo a 
cópia com materiais 
específicos, geralmente óleos 
e tinturas. O mais comum é
pintarmos algumas partes e 
deixarmos outras em preto e 
branco.
Efeitos em laboratório
Dobras e distorções
Dobrar o papel fotográfico 
durante a exposição cria 
distorções parecidas com 
espelhos de parque de 
diversões.
Efeitos em laboratório
Telas de textura
Podemos também colocar 
algumas telas de distorções ou 
vidros texturizados para 
conseguirmos alguns efeitos 
nas fotos. 
Efeitos em laboratório
Negativos arranhados propositalmente
- Podemos também riscar os negativos com agulhas e alfinetes, 
desenhando direto na película. Esse feito pode ficar interessante, mas 
o lado ruim é que estragamos o negativo original.
Efeitos em laboratório
Negativos arranhados propositalmente
Efeitos em laboratório
Negativos arranhados propositalmente
Efeitos em laboratório
Negativos arranhados propositalmente
Efeitos em laboratório
Negativos arranhados propositalmente
Efeitos em laboratório
Filme Polaroid arranhado
Fotografia de 
http://www.flickr.com/photos/lesleysilvia/ 
Efeitos em laboratório
Filme Polaroid arranhado
Fotografia de 
http://www.flickr.com/photos/lesleysilvia/