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resumo 19

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a omissão de informação às autoridades fazendárias só constitui crime contra ordem tributária se 
tiver a finalidade de suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório. 
 
 
É garantido à mulher, vítima de violência doméstica e familiar, quando necessário, o 
afastamento do local do trabalho, para preservação da integridade física e psicológica, 
a manutenção do vínculo trabalhista, por até seis meses. 
 
Do Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência 
Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência 
 
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência 
previstas nesta Lei: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. 
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que 
deferiu as medidas. 
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá 
conceder fiança. 
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis”. 
Reportar abuso 
 
Resuminho da Lei Maria da Penha - 11340/2006 
 
1- Essa lei combate os crimes cometidos contra a mulher no âmbito familiar, domiciliar e afetivo; 
 
2 - O sujeito ativo pode ser o homem ou a mulher; 
 
3 - O sujeito passivo será a mulher; 
 
4 - Para que o agente infrator seja enquadrado nessa lei é necessário que: 
 
 1 - A violência seja cometida contra a mulher. 
 ++++++++++++++++++++++++++++++++++ (mais) 
 2 - O crime envolva: 
 - violência física ou; 
 - violência psicológica ou; 
 - violência sexual ou; 
 - crime patrimonial ou; 
 - crime contra a honra. 
 +++++++++++++++++++++++++++++++++++(mais) 
 - âmbito: 
 - domiciliar (mesmo lugar, espaço): nesse caso não precisa morar na 
mesma casa, basta permanência esporádica com ou sem vínculo familiar (ex.: empregada) ou; 
 - familiar: parente sanguíneo, sogra, cunhado ou; 
 - afetivo: ex.: ex-namorada de 20 anos que não esqueci; 
 
5 - Quem julga esses crimes é a Justiça especializada no combate a violência doméstica e familiar 
contra a mulher e na sua falta a Justiça Criminal. 
 
6 - Não é competência do JECRIM (juizado especial criminal) e nem da Justiça Civil cuidar desses 
crimes. 
 
 
8 - A retratação da Ação Penal Pública Condicionada poderá ser feita pela ofendida antes do 
recebimento da denúncia e dependerá de: 
 - audiência em juízo; 
 - ouvido do MP. 
 
9 - O juiz não pode substituir a pena por : cesta básica, prestação pecuniária ou multa isolada; 
 
10 - Medidas protetivas dessa lei 11340/2006: 
- prestação de alimentos provisório; 
- suspensão de posse e restrição do porte de arma; 
- suspensão ou restrição de visitas aos dependentes; 
 
medida protetiva de urgência a ser aplicada ao agressor no caso de constatação da prática de 
violência doméstica contra a mulher, conforme o disposto na Lei Maria da Penha — Lei n.º 
11.340/2006. 
 c) 
proibição de aproximação ou contato com familiares da ofendida 
 
Diretrizes e cuidados que deverão ser adotados para a inquirição da vítima e das 
testemunhas de crimes de violência doméstica contra a mulher: 
1) Deverá ser garantia da salvaguarda (proteção) da integridade física, psíquica e 
emocional da depoente, considerada a sua condição peculiar de pessoa em situação de 
violência doméstica e familiar; 
2) Em nenhuma hipótese deverá ser permitido o contato direto da vítima (mulher), de seus 
familiares e das testemunhas com os investigados/suspeitos ou com as pessoas que 
tenham relação com eles; 
3) Não se deve permitir a “revitimização” da depoente. Para isso, deve-se evitar que a 
vítima seja sucessivas vezes ouvida sobre o mesmo fato nos âmbitos criminal, cível e 
administrativo. Também se deve evitar questionamentos sobre a sua vida privada. 
Procedimento a ser adotado para a inquirição 
Na inquirição de mulher em situação de violência doméstica ou das testemunhas deverá 
ser adotado, preferencialmente, o seguinte procedimento: 
I - a inquirição será feita em recinto especialmente projetado para esse fim, o qual conterá 
os equipamentos próprios e adequados à idade da mulher em situação de violência 
doméstica e familiar ou testemunha e ao tipo e à gravidade da violência sofrida; 
II - quando for o caso, a inquirição será intermediada por profissional especializado em 
violência doméstica e familiar designado pela autoridade judiciária ou policial; 
III - o depoimento será registrado em meio eletrônico ou magnético, devendo a 
degravação e a mídia integrar o inquérito. 
Unidades especializadas 
Os Estados e o Distrito Federal, na formulação de suas políticas e planos de atendimento à 
mulher em situação de violência doméstica e familiar, darão prioridade, no âmbito da 
Polícia Civil, à criação de Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deams), de 
Núcleos Investigativos de Feminicídio e de equipes especializadas para o atendimento e a 
investigação das violências graves contra a mulher. 
Requisição por parte dos Delegados 
A autoridade policial poderá requisitar os serviços públicos necessários à defesa da mulher 
em situação de violência doméstica e familiar e de seus dependentes. 
 
Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a 
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. 
 
É vedada penas de: - penas de cesta básica 
 - outras de prestação pecuniária 
 - pagamento isolado de multa. 
 
 
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas 
nesta Lei: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. 
sujeito ativo à homem OU mulher 
 
O indivíduo poderá responder por este delito, na qualidade de partícipe, mesmo sem ser o 
autor da violência doméstica. 
 
O sujeito passivo é o Estado. A vítima mediata ou secundária é o juiz que expediu a ordem. 
Muita atenção porque a vítima do crime do art. 24-A não é a vítima da violência doméstica. 
 
O crime é punido a título de dolo. 
 
A ação penal é pública incondicionada. 
 
§ 1º A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as 
medidas. 
 
§ 2º Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança. 
MESMO A PENA NÃO SENDO SUPERIOR A 4 ANOS (AUTORIDADE JUDICIAL) 
 
§ 3º O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis. 
Como vimos, o descumprimento de medida protetiva pode ensejar: 
• a execução da multa eventualmente imposta; e 
• a decretação da prisão preventiva do autor. 
 
E UMA Novatio legis in pejus 
 
III É direito da mulher o atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e 
prestado por servidores — preferencialmente do sexo feminino — previamente 
capacitados. 
IV A autoridade policial deverá garantir que não haja revitimização da mulher que tenha 
sofrido violência familiar, evitando sucessivas inquirições sobre sua vida privad 
 
A Lei Maria da Penha cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar, 
conferindo proteção diferenciada ao gênero tido como vulnerável quando inserido 
em situações legais específicas elencadas na Lei nº 11.340/2006. 
b) 
Embora haja decisões isoladas admitindo a aplicação da Lei Maria da Penha a favor de 
homens, pode-se dizer que a incidência da citada lei está condicionada à presença de 3 
(três)pressupostos não alternativos, quais sejam: sujeito passivo mulher; prática de 
violência física, psicológica, sexual, patrimonial ou moral; violência dolosa praticada no 
âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família, ou em qualquer relação íntima de 
afeto. 
 c) 
Para a caracterização da violência doméstica e familiar contra a mulher, não é necessário 
que a violência seja perpetrada por pessoas de sexo diverso. 
 d) 
Confirmando a discricionariedade dispensada ao trabalho investigatório da autoridade 
policial, prevê a Lei Maria da Penha que a autoridade policial deve colher todas as provas 
que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias. 
 e)As relações pessoais enunciadas na Lei em comento independem de orientação 
sexual. 
 
A Lei Maria da Penha considera violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer 
ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou 
psicológico e dano moral ou patrimonial, 
 
 
caso ocorrida no âmbito da unidade doméstica, abrange o agressor esporadicamente 
agregado ao espaço de convívio permanente entre as pessoas. 
 
APLICAM-SE A LEI MARIA DA PENHA 
 
VIOLÊNCIA PRATICADA POR: 
 
FILHO CONTRA A MÃE? SIM 
 
FILHA CONTRA A MÃE? SIM 
 
PAI CONTRA FILHA? SIM 
 
IRMÃO CONTRA IRMÃ? SIM 
 
GENRO CONTRA SOGRA? SIM 
 
NORA CONTRA SOGRA? SIM 
 
COMPANHEIRO DA MÃE (PADASTRO) CONTRA ENTEADA? SIM 
 
TIA CONTRA SOBRINHA? SIM 
 
EX-NAMORADO CONTRA EX-NAMORADA? SIM 
 
TRAVESTI (MESMO SEM CIRURGIA)? SIM 
 
HOMOSSEXUAL DO SEXO FEMININO? SIM 
 
HOMOSSEXUAL DO SEXO MASCULINO? NÃO 
 
FILHO CONTRA PAI IDOSO? NÃO, EMBORA POSSA REPOSNDER PELA LESÃO 
CORPORAL QUALIFICADA DO ART. 129, §9°, CPB. 
 
 
 Sobre as medidas protetivas de urgência em favor da mulher vítima de violência doméstica 
e familiar, 
poderá ensejar a proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra e venda, 
locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial. 
 
 
 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de propriedade 
particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes medidas, entre outras: 
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; 
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de 
propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; 
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; 
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos materiais 
decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida. 
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos incisos II e 
III d 
 
 
A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma forma de violação de direitos 
humanos. 
 
 
RESUMO: 
 
- A violência contra mulher constitui uma violação de Direitos Humanos; 
 
- A violência doméstica independe de coabitação (Súmula 600, STJ: Para configuração da violência 
doméstica e familiar prevista no artigo 5º da Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha, não se exige a 
coabitação entre autor e vítima); 
 
- a violência consiste em lesão que cause morte, lesão física, psicológica, sexual, patrimonial, moral 
(calúnia, difamação e injúria); 
 
- A lei não admite a prestação isolada de multa, não admite pagamento de cesta básica; 
 
- ATENÇÃO, modificação recente, trouxe o crime de desobediência das medidas protetivas de 
urgência, que não admite fiança pelo Delegado; 
 
- a ação é em regra pública incondicionada (STF ADC 19 e ADI 4424), exceto nos casos de crime 
de ameaça e nos crimes de estupro; há discussão se a contravenção de vias fato (21 LCP) 
dependeria de representação, já que ameaça prescinde; há discussão ainda se o estupro com resultado 
morte dependeria de Representação - neste caso, o entendimento que tem prevalecido é o de que 
depende de REPRESENTAÇÃO, embora seja um crime complexo que reúne a liberdade sexual + a 
vida, exceção: vítima menor de 18 anos ou vulnerável 
 
Configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão que, 
baseada no gênero, lhe cause sofrimento físico e que ocorra 
em relação íntima de afeto, independentemente da coabitação dos envolvidos. 
 
Elaborei um resuminho com alguns aspectos importantes sobre a Lei Maria da Penha: 
 
1. O Descumprimento injustificado de medida protetiva imposta judicialmente com base na 
Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006) não configura delito de desobediência disposto no 
artigo 330 do Código Penal. 
 
2. Súmula 542, STJ: a ação penal relativa ao crime de lesão corporal – qualquer lesão 
corporal - resultante de violência doméstica contra a mulher é pública incondicionada. 
 
3. Súmula 536, STJ: nos delitos que envolvem a Lei Maria da Penha não é possível 
aplicar suspensão condicional do processo e transação penal. 
 
4. Súmula 589-STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes 
ou contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. 
 
5. Súmula 588-STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com 
violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena 
privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
 
6. STJ afirma que boletim de ocorrência basta para ação com base na lei Maria 
da Penha > O registro de ocorrência perante autoridade policial serve para demonstrar a 
vontade da vítima de violência doméstica em dar seguimento à ação penal contra o 
agressor, conforme dispõe a lei Maria da Penha. (HC 101.742) 
 
7. Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a 
mulher,independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no9.099/95. 
 
8. Sujeito passivo é sempre a MULHER. Porém, o sujeito ativo pode ser tanto o homem 
quanto a mulher. 
 
9. Aplica-se a lei Maria da Penha nas relações homoafetivas entre mulheres. 
 
10. É vedada a substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. 
 
11. Lei 13.505/2017 acrescenta dispositivos à Lei Maria da Penha: ler a letra da lei, sempre 
!!! 
 
 12. Súmula 600-STJ - Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no 
artigo 5º da Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha, não se exige a coabitação entre 
autor e vítima. 
 
13 - O aumento de pena do § 9º do art. 129 do CP, alterado pela Lei n. 11.340/2006 – 
lei maria da penha - aplica-se às lesões corporais cometidas contra homem no 
âmbito das relações domésticas(...)Contudo, os institutos peculiares da citada lei só se 
aplicam quando a vítima for mulher. 
 
RHC 27.622-RJ, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 7/8/2012. 
 
14. Não são todos os crimes praticados contra a mulher no âmbito das relações 
domésticas que são de Ação Penal Pública Incondicionada. Deve-se observar a ação penal 
relativa aos crimes previstos no CP. 
 
- lesões corporais > qualquer uma > pública incondicionada. 
- ameaça / estupro + 18 anos > pública condicionada !!! 
 
15. Aplica-se a lei maria da penha nas agressões entre irmãos; mãe e filha; pai e filha e 
filha contra mãe, ainda que fora do ambiente doméstico. Reiterando: sujeito ativo, 
qualquer pessoa, independentemente do sexo, porém, sujeito passivo é SEMPRE a mulher. 
 
16. A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma forma de violação de 
direitos humanos. 
Reportar abuso 
 
 Lei Maria da Penha - são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, dentre 
outras: 
 a) 
A violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, 
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, 
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.II. Se o homicídio é cometido contra mulher por razões da condição de sexo feminino 
será considerado crime qualificado tendo a sua pena prevista como de reclusão com o 
seu mínimo em doze e o seu máximo em trinta anos. 
 
IV. Qualifica-se o furto se a subtração for de semovente domesticável de produção, ainda 
que abatido ou dividido em partes no local da subtração. 
 
 
CRIME PRÓPRIO = Art. 302 - Dar o médico (e não outro profissional), no exercício 
da sua profissão, atestado falso: 
Reportar abuso 
 
Considerando a Lei Maria da Penha e o entendimento dos tribunais superiores acerca de 
crimes contra a mulher, assinale a opção correta. 
Em caso de violência contra mulher, para que se aplique a Lei Maria da Penha, deverá ser 
demonstrada a situação de vulnerabilidade ou hipossuficiência da vítima, sob a perspectiva de 
gênero. 
 
 
 
Para os efeitos dessa Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação 
ou omissão baseada no gênero que lhe cause lesão, sofrimento físico sexual ou psicológico em 
qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, 
independentemente de coabitação. 
 
 
 
Acerca dos crimes em espécie previstos no CP e na legislação especial, assinale a opção 
correta: 
 a) 
Segundo entendimento do STJ em relação ao crime de peculato, configura bis in idem a aplicação 
da circunstância agravante de ter o crime sido praticado com violação inerente a cargo. 
 
 
RESUMO: 
- É vedada a aplicação da agravante genérica "ter sido o crime praticado com abuso de poder ou 
violação inerente ao cargo" quando tratar-se de crime de peculato, por caracterizar o Bis in idem 
- STJ. 
 
- O agente que falsifica (Art. 297 / Art. 298, CPB) e depois faz uso do documento falso (Art 304 
CPB), responde apenas pela falsificação, sendo o crime posterior absorvido, pós-fato impunível 
- STJ. 
 
- A violência praticada contra a mulher no âmbito da Lei Maria da Penha abrange a física (vis 
corporalis), psicológica (vis compulsiva), sexual, moral, patrimonial. 
 
 
 
 
configura violência doméstica e familiar contra a mulher qualquer ação ou omissão baseada no 
gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou 
patrimonial, independentemente da orientação sexual da ofendida. 
 
 
constitui medida protetiva de urgência prevista na Lei n° 11.340/2006 − Lei Maria da Penha 
 a) 
a prestação de alimentos provisórios. 
 b) 
a proibição de contato com a ofendida. 
 c) 
o afastamento dos familiares da ofendida, com fixação de limite mínimo de distância. 
 d) 
a suspensão de visitas aos dependentes menores. 
 
 
 
DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA: 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
I – encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de 
proteção ou de atendimento; 
II – determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, 
após afastamento do agressor; 
III – determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a 
bens, guarda dos filhos e alimentos; 
IV – determinar a separação de corpos. 
Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de 
propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes 
medidas, entre outras: 
I – restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; 
II – proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e 
locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; 
III – suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; 
IV – prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos 
materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida. 
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos 
incisos II e III deste artigo. 
 
 
 
A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência doméstica 
contra a mulher é pública incondicionada. 
 
 
A mulher pode ser sujeito ativo de crime praticado no contexto de violência doméstica e familiar. 
 
Considerando-se servidora pública em situação de violência doméstica, para preservar sua 
integridade física e psicológica, o juiz assegurará a ela: 
acesso prioritário à remoção quando integrante da Administração direta ou indireta. 
 
 
Em caso de violência doméstica e familiar contra a mulher, 
 d) 
a Lei Maria da Penha permite a decretação da prisão preventiva de ofício pelo juiz no 
curso do inquérito policial. 
 e) 
Dentre as medidas protetivas de urgência à ofendida, poderá o juiz, quando necessário, 
sem prejuízo de outras medidas, determinar a separação de corpos. 
 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de 
atendimento; 
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após 
afastamento do agressor; 
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda 
dos filhos e alimentos; 
IV - determinar a separação de corpos. 
 
LEI 11.340/06 
 
A - Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 
1995. 
 
B - Art. 24. Para a proteção patrimonial dos bens da sociedade conjugal ou daqueles de 
propriedade particular da mulher, o juiz poderá determinar, liminarmente, as seguintes 
medidas, entre outras: 
 
I - restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor à ofendida; 
II - proibição temporária para a celebração de atos e contratos de compra, venda e 
locação de propriedade em comum, salvo expressa autorização judicial; 
III - suspensão das procurações conferidas pela ofendida ao agressor; 
IV - prestação de caução provisória, mediante depósito judicial, por perdas e danos 
materiais decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a ofendida. 
 
Parágrafo único. Deverá o juiz oficiar ao cartório competente para os fins previstos nos 
incisos II e III deste artigo. 
 
C - Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a 
substituição de pena que implique o pagamento isolado de multa. 
 
D - Art. 22. § 3º Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá 
o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial. 
 
E - Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida 
 
Art. 23. Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas: 
 
I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de 
proteção ou de atendimento; 
II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, 
após afastamento do agressor; 
III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a 
bens, guarda dos filhos e alimentos; 
IV - determinar a separação de corpos. 
 
 
 
Os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher que vierem a ser criados poderão 
contar com uma equipe de atendimento multidisciplinar, a ser integrada por profissionais 
especializados nas áreas psicossocial, jurídica e de saúde 
 
 
 
Para preservar a integridade física e psicológica da mulher em situação de violência doméstica, o 
juiz poderá assegurar, quando necessário, o afastamento da mulher do local de trabalho, por até 
seis meses. 
 
 
Violência Doméstica contra a mulher, pode ser: 
 
- Física; 
- Psicológica; 
- Moral; 
- Patrimonial. 
 
Sujeitos Ativos e Passivos da Lei Maria da Penha: 
 
- Homem contra Mulher;- Mulher contra Mulher; 
 
- Mãe contra Filha. 
 
Entretanto, não aplica-se a lei maria da penha na relação homoafetiva entre Homens, visto 
que o sujeito passivo da Lei Maria da Penha é sempre a Mulher. Vale resaltar que, o que 
pode acontecer é ser aplicado alguma das medidas protetivas da referida lei nestas 
relações. 
Reportar abuso 
 
Tendo em vista que a violência doméstica contra a mulher ainda é um problema social grave no 
Brasil, apesar da sua redução com o advento da Lei Maria da Penha, assinale a opção correta 
com relação aos crimes advindos da prática de violência contra a mulher no âmbito doméstico e 
familiar. 
 a) 
O feminicídio, homicídio praticado contra a mulher em razão do seu sexo, consiste na violência 
doméstica e familiar ou no menosprezo ou discriminação à condição de mulher, com hipóteses de 
aumento de pena por circunstâncias fáticas específicas. 
Feminicídio (Homicídio qualificado) 
 ART. 121 § 2° Se o homicídio é cometido: 
VI - contra a mulher por razões da condição de sexo feminino: 
§ 2o-A Considera-se que há razões de condição de sexo feminino quando o crime envolve: 
I - violência doméstica e familiar; 
II - menosprezo ou discriminação à condição de mulher. 
§ 7o A pena do feminicídio é aumentada de 1/3 até a metade se o crime for praticado: 
I - durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto; 
II - contra pessoa menor de 14 anos, maior de 60 anos ou com deficiência; 
III - na presença de descendente ou de ascendente da vítima. 
 
 
 
Atenção 
 
Feminicídio X femicídio 
Existe diferença entre feminicídio e femicídio? 
• Femicídio significa praticar homicídio contra mulher (matar mulher); 
• Feminicídio significa praticar homicídio contra mulher por “razões da condição de sexo 
feminino” (por razões de gênero). 
 
A nova Lei trata sobre FEMINICÍDIO, ou seja, pune mais gravemente aquele que mata 
mulher por “razões da condição de sexo feminino” (por razões de gênero). Não basta a 
vítima ser mulher. 
 
 
Na interpretação da Lei nº 11.340/2006, serão considerados os fins sociais a que 
ela se destina e, especialmente, as condições peculiares das mulheres em situação 
de: 
 c) 
Violência doméstica e familiar. 
A Lei nº 11.340/2006, ao tratar das formas de violência contra a mulher, entre 
outras, determina que a violência física é entendida como qualquer conduta que 
ofenda: 
 b) 
Sua integridade ou saúde corporal. 
Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde 
corporal; 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e 
diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise 
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, 
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, 
insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro 
meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação; 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou 
a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; 
que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de 
usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à 
prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o 
exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, 
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, 
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades; 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou 
injúria. 
 
Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro da 
ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, 
sem prejuízo de outros previstos no Código de Processo Penal: 
I. ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se 
apresentada. 
II. determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar 
outros exames periciais necessários. 
 
DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL 
 
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a 
mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, 
as providências legais cabíveis. 
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida 
protetiva de urgência deferida. 
 
 
Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o 
registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes 
procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: 
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se 
apresentada; 
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas 
circunstâncias; 
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o 
pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência; 
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar 
outros exames periciais necessários; 
V - ouvir o agressor e as testemunhas; 
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes 
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências 
policiais contra ele; 
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público. 
 
§ 1o O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter: 
I - qualificação da ofendida e do agressor; 
II - nome e idade dos dependentes; 
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida. 
 
§ 2o A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1o o boletim de 
ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida. 
§ 3o Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos 
por hospitais e postos de saúde. 
Reportar abuso 
 
Configura violência doméstica e familiar contra a mulher, atraindo, portanto, a competência 
do juízo especializado na matéria, qualquer ação ou omissão que lhe cause morte, lesão, 
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial, quando: 
baseada no gênero, em qualquer relação intima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha 
convivido com a ofendida, independentemente de coabitação ou da orientação sexual. 
 
 
Mulher que foi vítima de lesões corporais perpetradas por seu marido, firmou 
representação perante a autoridade policial e requereu medidas protetivas 
previstas na Lei 11.340/06. O Juiz, na análise das medidas protetivas requeridas, 
poderá determinar, 
Afastamento da ofendida do lar conjugal. 
 c) 
Prestação de caução provisória, mediante depósito judicial. 
 d) 
Proibição temporária de celebração de atos e contratos de compra, venda e locação de 
propriedade em comum. 
 
Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher são inaplicáveis as normas 
tutelares despenalizadoras da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais. 
 
Reconhecendo sua repercussão geral, em matéria penal, afirma o Supremo Tribunal, 
 a) 
Que é inadmissível a decretação da extinção da punibilidade pela pena em perspectiva.b) 
Que é típica a conduta de quem diante da autoridade policial se atribui falsa identidade, não 
se achando a conduta autorizada pelo direito constitucional ao silêncio. 
 
 d) 
Que os crimes de lesão corporal praticados contra a mulher no âmbito doméstico e familiar 
são de ação penal pública incondicionada. 
 
) 
A violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde 
corporal. 
 
 
a autoridade policial, no atendimento de mulher em situação de violência doméstica e 
familiar, deverá fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou 
local seguro, quando houver risco de vida, bem como informar à ofendida os serviços 
disponíveis. 
Dois artigos muito importantes na Lei Maria da Penha: 
 
Art. 16 Requisitos para renúncia à representação: 
- Perante o juiz; 
- Em audiência especialmente designada para tal finalidade; 
- Antes do recebimento da denúncia; 
- Ouvido o MP. 
 
Art. 17 É vedada na LMP: 
- A aplicação de pena de cesta básica ou outras de prestação pecuniária; 
- Substituição de pena que implique em pagamento isolado de multa; 
- Não se aplica lei 9.099 (suspensão condicional do processo); 
- É vedado à ofendida entregar intimação ou notificação ao agressor. 
Reportar abuso 
 
Visando preservar a integridade física e psicológica da mulher vítima de violência doméstica, o 
juiz pode assegurar, em consonância com a Lei Maria da Penha, Lei n° 11.340/2006, a 
manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o afastamento da vítima de seu local de 
trabalho, por até: 
 e) 
6 meses. 
As medidas protetivas de urgência à mulher vítima de violência doméstica, de acordo 
com a Lei Maria da Penha, poderão ser concedidas: 
 a) 
de imediato. 
 
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos 
termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou 
separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras: 
 
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão 
competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003; 
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; 
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais: 
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo 
de distância entre estes e o agressor; 
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de 
comunicação; 
c) freqüentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e 
psicológica da ofendida; 
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de 
atendimento multidisciplinar ou serviço similar; 
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 
§ 1o As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na 
legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, 
devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público. 
Reportar abuso 
 
sobre a espécie de violência que a Lei Federal nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria 
da Penha) indica, em termos expressos e precisos, como qualquer conduta contra a mulher 
que lhe cause dano emocional e diminuição da autoestima, que lhe prejudique e perturbe o 
pleno desenvolvimento, que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, 
crenças e decisões, mediante ameaça. 
 a) 
Violência psicológica 
 
 
DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR 
 
CONTRA A MULHER 
 
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras: 
 
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou 
saúde corporal; 
 
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause 
dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o 
pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, 
humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição 
contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito 
de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à 
autodeterminação; [GABARITO] 
 
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a 
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, 
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a 
sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao 
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno 
ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos; 
 
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, 
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, 
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os 
destinados a satisfazer suas necessidades; 
 
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação 
ou injúria. 
Reportar abuso 
situação de violência doméstica e familiar. 
 a) 
A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar será prestada de forma 
articulada e conforme os princípios e as diretrizes previstos na Lei Orgânica da Assistência 
Social, no Sistema Único de Saúde, no Sistema Único de Segurança Pública, entre outras 
normas e políticas públicas de proteção, e emergencialmente quando for o caso 
 
c) 
O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua 
integridade física e psicológica, acesso prioritário à remoção quando servidora pública, 
integrante da administração direta ou indireta 
 d) 
O juiz assegurará à mulher em situação de violência doméstica e familiar, para preservar sua 
integridade física e psicológica manutenção do vínculo trabalhista, quando necessário o 
afastamento do local de trabalho, por até seis meses 
 e) 
A assistência à mulher em situação de violência doméstica e familiar compreenderá o acesso 
aos benefícios decorrentes do desenvolvimento científco e tecnológico, incluindo os serviços 
de contracepção de emergência, a proflaxia das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) 
e da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) e outros procedimentos médicos 
necessários e cabíveis nos casos de violência sexual 
 
 
No âmbito de aplicação da referida lei, as medidas protetivas de urgência poderão ser concedidas 
independentemente de audiência das partes e de manifestação do Ministério Público, o qual deverá ser 
prontamente comunicado. 
Do Crime de Descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência 
Art. 24-A. Descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência previstas nesta 
Lei: 
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 2 (dois) anos. 
§ 1o A configuração do crime independe da competência civil ou criminal do juiz que deferiu as 
medidas. 
§ 2o Na hipótese de prisão em flagrante, apenas a autoridade judicial poderá conceder fiança. 
§ 3o O disposto neste artigo não exclui a aplicação de outras sanções cabíveis.” 
 
 
Segundo a Lei nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, “a política pública que visa 
a coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto 
articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações 
não governamentais”. As instituições educacionais podem contribuir de maneira mais direta 
com a seguinte diretriz dessa política pública: 
 d) 
A promoção de estudos, pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva 
de gênero e de raça ou etnia, concernentes ao fenômeno da violência doméstica e familiarcontra 
a mulher. 
 
 
II. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica a autoridade policial deverá 
garantir à vítima proteção policial quando necessário, bem como fornecer transporte para a 
ofendida para abrigo ou local seguro. 
 
 e) 
As formas de violência doméstica e familiar contra a mulher incluem violência física, 
psicológica, sexual e patrimonial, que podem envolver condutas por parte do sujeito 
ativo tipificadas como crime ou não. 
 
 
a representação por medidas protetivas de urgência deverá seguir a juízo em expediente 
apartado, no prazo de 48 horas. 
 
Observações importantes sobre a Lei Maria da Penha: 
 
1. NÃO há prazo de 24h na Lei Maria da Penha, pois lá os prazos são de 48h OU há o 
termo PRAZO LEGAL, os quais são determinados pelas autoridades (juiz, MP, delegado); 
2. Sum. 536, STJ: Não se aplica à Lei Maria da penha as normas tutelares 
despenalizadoras da Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais, nem sursis processual ou 
transação penal; 
3. NOVO!! Sum. 600, STJ: Para configuração da violência doméstica e familiar prevista no 
artigo 5º da Lei 11.340/2006, Lei Maria da Penha, não se exige a coabitação entre 
autor e vítima. (ATENÇÃO, o convívio em algum momento é necessário!) 
4. NOVO!! Sum. 589-STJ: É inaplicável o princípio da insignificância nos crimes ou 
contravenções penais praticados contra a mulher no âmbito das relações domésticas. 
5. NOVO!! SUM. 588-STJ: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com 
violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição da pena 
privativa de liberdade por restritiva de direitos. 
6. Informativo 804 STF: Não é possível a substituição de PPL por PRD ao condenado 
pela prática do crime de lesão corporal praticado em ambiente doméstico; 
7. A única hipótese em que o advogado NÃO será necessário em todos os atos 
processuais, é nas MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA, pois nesse caso, 
é uma FACULDADE do juiz! (Arts. 27 e 19) 
8. ATENÇÃO!!! DESCUMPRIR as medidas de urgências impostas pelo juiz passou a ser 
crime (Art. 24-A). Antigamente, não configurava o delito de constrangimento ilegal, 
somente prisão preventiva, no entanto, agora há previsão legal criminalizando tal conduta. 
A prisão preventiva continua a ser APLICÁVEL; 
9. NÃO se aplica a escusa absolutória do art. 181, I CP (furto em desfavor do cônjuge na 
constância do casamento), pois seria o caso de analogia in malam partem, na medida em 
que a LMP só resguarda o patrimônio da mulher, o que afronta o P. isonomia. 
10. A manutenção do vínculo trabalhista pode ser deferida pelo por até 6 MESES; 
11. De acordo com a Súmula 542, STJ, falou em agressão FÍSICA a ação é 
pública INCONDICIONADA; 
12. Em relações homoafetivas, aplica-se a Lei Maria da Penha se a agredida/vítima for 
MULHER; 
13. "onde se lê crimes, leia-se, em verdade, infração penal, o que permite abranger a 
contravenção penal. Ilustrando, se vias de fato (art. 21, Lei de Contravenções Penais) 
forem cometidas contra a mulher, no âmbito doméstico, cuida-se de contravenção penal 
não sujeita à Lei 9.099/95, pois esse é o escopo da Lei 11.340/2006."(Nucci, 2014); 
14. O sujeito ativo pode ser homem ou mulher, desde que o sujeito passivo seja MULHER. 
(Art. 5º, parágrafo único); 
15. LFG e Renato Brasileiro entendem que NÃO se aplica Maria da Penha à Travestis ou 
transexuais. Berenice Dias entende que SIM, se aplica; 
16. As formas de violência contra a mulher NÃO contém rol taxativo; 
 
 
 
No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei 
n° 11.340, de 2006, é correto afirmar como procedimento a ser adotado pela autoridade 
policial, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal: 
 
Determinar que se proceda o exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros 
exames periciais necessários. 
 
 b) 
O Superior Tribunal de Justiça entende que não há a necessidade de coabitação para a aplicação 
da lei, bastando que se configure relação íntima de afeto entre agressor e vítima para atrair o rigor 
maior da lei. 
 
 
Nos termos da Lei Maria da Penha, assinale a assertiva correta quanto as medidas 
protetivas de urgência a serem aplicas de imediato ao agressor, quando constatada a 
prática de violência doméstica e familiar contra a mulher: 
Prestação de alimentos provisionais ou provisórios. 
 
 
Qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento 
físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 
 
 d) 
Violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional 
e diminuição da autoestima. 
 
A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-
se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes: 
 a) 
O destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos 
direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica 
e familiar contra a mulher. 
 
No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, 
a autoridade policial deverá, entre outras providências: 
 a) 
Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, 
quando houver risco de vida. 
 
 
Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, 
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei nº 9.099/1995. 
 
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos 
casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário: 
I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de 
assistência social e de segurança, entre outros 
Reportar abuso 
DA ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
 
Art. 25. O Ministério Público intervirá, quando não for parte, nas causas cíveis e criminais 
decorrentes da violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
Art. 26. Caberá ao Ministério Público, sem prejuízo de outras atribuições, nos casos 
de violência doméstica e familiar contra a mulher, quando necessário: 
 
I - requisitar força policial e serviços públicos de saúde, de educação, de 
assistência social e de segurança, entre outros; 
II - fiscalizar os estabelecimentos públicos e particulares de atendimento à mulher em 
situação de violência doméstica e familiar, e adotar, de imediato, as medidas 
administrativas ou judiciais cabíveis no tocante a quaisquer irregularidades constatadas; 
III - cadastrar os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher. 
 
 
A Lei Maria da Penha assegura às mulheres as condições para o exercício efetivo dos 
seguintes direitos: 
 a) 
Direito à vida, à segurança, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, à moradia, ao acesso à 
justiça, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à 
convivência familiar e comunitária. 
 
 
 
 
No que tange a Lei Maria da Penha, é correto afirmar que: 
 a) 
A ofendida deverá ser notificada dos atos processuais relativos ao agressor, especialmente dos 
pertinentes ao ingresso e à saída da prisão, sem prejuízo da intimação do advogado constituído 
ou do defensor público. 
 
 
A lei nº 11.340 de 07/08/2006 (Lei Maria da Penha) tem por intuito criar mecanismos para 
prevenir, punir e erradicar a Violência contra a Mulher e estabelece medidas de assistência 
e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar. Podemos citar como 
uma das medidas integradas de proteção: 
 a) 
A promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a 
perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à freqüência 
da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, aserem 
unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas. 
 
DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO 
 
Art. 8o A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher 
far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes: 
 
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria 
Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e 
habitação; 
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com 
a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à 
freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de 
dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das 
medidas adotadas; 
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e 
da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a 
violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1o, no 
inciso IV do art. 3o e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal; 
IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular 
nas Delegacias de Atendimento à Mulher; 
V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência 
doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e 
a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres; 
VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de 
promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-
governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da 
violência doméstica e familiar contra a mulher; 
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo 
de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso 
I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia; 
VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito 
respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia; 
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos 
relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da 
violência doméstica e familiar contra a mulher. 
Reportar abuso 
 
 b) 
Garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério 
Público e ao Poder Judiciário. 
 c) 
Encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal. 
 d) 
Fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, 
quando houver risco de vida. 
 
 são medidas protetivas de urgência que obrigam o agressor, 
 b) 
Afastamento do local de convivência com a ofendida. 
 c) 
Proibição de contato com familiares da ofendida. 
 d) 
Prestação de alimentos provisórios.

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