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Gestão Estratégica de Recursos Humanos MATERIAL DE APOIO PARA A COLEGIADA ELIANE ESMERALDO. javascript:__doPostBack('wt4$wt10$wtMainContent$wtMainContent$wt3$wtDisciplinasListRecords$ctl00$wt24$wt34','') MATERIAL DE APOIO PARA A COLEGIADA A Interação entre Pessoas e Organizações A EXPRESSÃO RECURSOS HUMANOS refere-se às pessoas que participam das organizações e que nelas desempenham determinados papéis no sentido de dinamizar os recursos organizacionais, De um lado, as pessoas passam grande parte de seu tempo trabalhando em organizações e, de outro, estas requerem pessoas para suas atividades e operações da mesma forma que requerem recursos financeiros, materiais e tecnológicos. Daí a denominação Recursos Humanos para descrever as pessoas que trabalham nas organizações, Na verdade, essa velha denominação, que vem desde a Era Industrial, peca pelo reducionismo ao tratar pessoas como meros recursos organizacionais. Tratar as pessoas como recursos é simplesmente tentar coisificar, padronizar e uniformizar o seu papel nas organizações. Isso já se foi. Hoje, as pessoas deixaram de ser recursos ou ativos da organização para se transformarem em seus parceiros capazes de proporcionar a vida e o sucesso organizacional. No mundo dos negócios de hoje, a produção de bens e serviços não pode mais ser desenvolvida por pessoas que trabalham isolada e individualmente. Quanto mais industrializada é a sociedade, tanto mais ela depende de organizações para atender às suas necessidades e aspirações- Além disso, as organizações provocam um tremendo e duradouro impacto sobre as vidas e sobre a qualidade de vida das pessoas. A razão é simples: as pessoas nascem, cres- cem, vi* em, são educadas, trabalham e se divertem dentro de organizações. Sejam quais forem os seus objetivos - lucrativos, educacionais, religiosos, po- líticos, sociais, filantrópicos, econômicos etc. as organizações envolvem tentacularmente as pessoas, que se tornam mais c mais dependentes da atividade organizacional À medida que as organizações cres- cem e se multiplicam, elas requerem maior número de pessoas e maior se torna a complexidade dos re- cursos necessários à sua sobrevivência e ao seu crescimento. Apesar disso, adotaremos neste livro a de- nominação RH por se tratar de uma espécie de marca registrada. O contexto em que funciona a área de Recursos Humanos (RH) é representado pelas organizações e pelas pessoas que delas participam. As organizações são constituídas de pessoas e dependem delas para atingir seus objetivos e cumprir suas missões. Para as pessoas, as organizações constituem um meio pelo qual elas podem alcançar vários objetivos pessoais, com um mínimo custo de tempo, esforço e de conflito. Muitos dos objetivos pessoais jamais poderiam ser alcançados apenas por meio do esforço pessoal isolado. As organizações surgem exatamente para aproveitar a sinergia dos esforços de várias pessoas que trabalham coordenadamente e em conjunto. A importância na interação entre pessoas e organizações Vivemos num mundo diversificado e cada vez mais competitivo, repleto de mudanças, dificuldades e problemas, onde devemos estar em constantes adaptações. Dentre essas mudanças, a Gestão de Recursos Humanos não poderia ficar de fora, passando inclusive a ser uma das áreas de destaque nas organizações. Há algum tempo atrás as pessoas eram vistas apenas como recursos de produção, máquinas, seres que não pensavam e só produziam, sem valorização profissional. As organizações não se preocupavam com o bem estar das pessoas, com os benefícios. Isto poderia ser visivelmente percebido na era industrial. Na era da informação, as pessoas passaram a representar o capital humano, vistas como seres produtivos. Este capital pode agregar mais ou menos valores para a organização. Existem características humanas: talento, conhecimento e competências que são fundamentais para gerar o crescimento organizacional. Entretanto, todas as características humanas não valem nada se as organizações não valorizá-las e não alavancá-las, ou seja, não permitirem que as pessoas mostrem as suas características e, consequentemente, saibam aproveitá-las. O Capital Humano é um conjunto de habilidades, atitudes, competências, conhecimentos e imaginação dos colaboradores das organizações. Neste contexto, a Gestão de Pessoas deve atrair, reter, desenvolver e motivar os colaboradores. O ser humano é um ser social, que vive constantemente em contato com outros seres. Cada ser tem suas restrições e limitações que, em conjunto, para conseguir um determinado objetivo se mobilizam formando as organizações. Estes objetivos não podem ser alcançados se executados apenas por uma pessoa, devendo ser realizados, em conjunto, através da cooperação entre os seres. As organizações estão focadas nos clientes para perceber seus desejos e assim os produzem. O recurso mais importante hoje é o conhecimento, ou seja, ter o conhecimento, saber usar, aplicar e agregar valores à organização. Neste contexto, as pessoas, são consideradas a base das organizações, pois possuem conhecimentos, habilidades e competências que são responsáveis pelo sucesso ou insucesso das organizações, fazendo parte do patrimônio das organizações, dotadas de conhecimentos e habilidades que agregam valores à organização. As pessoas são constituídas por valores, crenças, desejos, motivações e necessidades individuais. Cada pessoa tem sua história e sua percepção, ou seja, sua forma de ver, perceber e agir diante as situações. Além disso, as pessoas são movidas por emoções, aptidões, conhecimentos e talentos, que em decorrência de sua atuação são acrescentados às organizações. Podemos dizer que os indivíduos recebem influências familiares e sociais, que, consequentemente, interferem no seu comportamento. Neste contexto, as organizações devem estar preparadas e atentas para seus colaboradores e, consequentemente, para suas motivações e percepções, pois eles devem ser parceiros capazes de conduzi-las para o sucesso mais para tanto as pessoas devem ser tratadas como pessoas. Em contrapartida, os colaboradores devem ter inteligência emocional para saber lidar consigo, com os outros e principalmente com as organizações onde atuam, onde os objetivos, muitas vezes, são contrários aos seus. As necessidades individuais são mutáveis e passageiras, daí cria-se um ciclo motivacional dinâmico e constante. Cada indivíduo tem suas necessidades e estas necessidades são infinitas, quanto mais satisfazemos uma necessidade, mais aparecem novas. A tecnologia e as mudanças constantes em que vive o mundo atual contribuem para que novas demandas apareçam. A relação entre pessoa X organização é o resultado do clima da organização. Podemos dizer que ele nem sempre é uniforme, variando de acordo com a situação psicológica e com a motivação de cada colaborador e como ele recebe e percebe as informações do ambiente interno. Entretanto, o equilíbrio do clima é fundamental nesta relação. Sentimentos negativos exercem impactos negativos, e consequentemente, insatisfação dos colaboradores. Já os sentimentos positivos produzem impactos positivos. Antes o Departamento de Recursos Humanos ou Departamento de Pessoal era departamento de cunho burocrático, que controlava as atividades contábeis, legal e administrativa, dentre elas: rotinas de pessoal, contratação. Hoje a Administração de Recursos Humanos ou Gestão de Recursos Humanos ou ainda Gestão de Pessoas passou a ter outra postura. As pessoas não podem mais ser vistas como custos ou como recursos descartáveis, principalmente porque as organizações não mais administram pessoas, e sim administram com as pessoas, pois elas fazem parte do processo a são vistas como patrimônio e como recursos produtivos. Os gestores deRecursos Humanos devem ser agentes de mudanças, além de valorizar o conhecimento, partindo do princípio que o aprendizado é contínuo e consequentemente agrega valor aos colaboradores e à organização. Os gestores de Recursos Humanos devem ter empatia e sensibilidade para perceber as emoções presentes nas equipes. A Administração de Recursos Humanos deve, ao mesmo tempo; alavancar a organização e estar preocupada com seus colaboradores, desenvolvendo e mantendo a qualidade de vida no trabalho de forma harmoniosa. Neste contexto, a Administração de Recursos Humanos deve ser uma área capaz de transformar as organizações em organizações cada vez melhores, buscando a valorização das pessoas para que elas aprendam a aprender e apliquem seus conhecimentos na organização, contribuindo para o sucesso organizacional. As organizações passaram a reconhecer e valorizar as pessoas, percebendo inclusive que as mesmas agregam valores e representam o Capital Intelectual, ou seja, não representam custos. Tal fato pode ser evidenciado nas organizações atuais e nos colaboradores que nelas atuam. Inclusive, percebe- se a preocupação das pessoas estarem buscando o aprendizado contínuo, através de graduação, pós-graduação e cursos especializados nas atividades que executam na empresa. Além disso, as próprias empresas têm buscado investir nos seus colaboradores, através de treinamentos e do compartilhamento do conhecimento. Entretanto, podemos ainda encontrar algumas organizações onde a forma de gestão ainda é burocrática, com características mecanísticas, fruto do modelo de gestão utilizado na Era Industrial. Contudo, organizações com estas características não terão vida longa, pois para o sucesso ou fracasso das organizações é necessário que seus colaboradores estejam comprometidos e que estejam em interação com os objetivos e valores organizacionais. Além disso, todo ser humano precisa de reconhecimento. Neste contexto, se faz necessário que as organizações estejam atentas para as mudanças que vivemos e ainda vamos viver, afinal as organizações são constituídas de pessoas e seu ambiente é dinâmico, composto de fatores internos e externos e os colaboradores das organizações precisam estar inseridos neste contexto organizacional. Por isso, mais uma vez salientamos a importância na interação entre as pessoas e as organizações. Percebe-se que os fundamentos básicos para a interação entre as pessoas e as organizações são: 1. Que as organizações percebam e compreendam que: para uma organização existir são necessárias pessoas; os colaboradores têm percepções, interesses e necessidades individuais e coletivas; Os colaboradores têm papel fundamental no resultado da organização (fracasso ou sucesso) representando inclusive o Capital Intelectual; Devem constantemente educar, planejar e integrar os colaboradores. 2. Que as pessoas percebam e compreendam que: As organizações têm missão, visão e objetivos gerais e específicos; Elas passam a maior parte do tempo nas organizações e que devem manter uma relação harmônica e produtiva na organização; Elas devem agregar valor à organização, sendo inclusive responsáveis pelo resultado da organização (fracasso ou sucesso). Neste contexto os fundamentos básicos estão contidos na própria relação de interação: pessoas X organizações. Desta forma, a Gestão de Recursos Humanos ganhou um papel estratégico e importante nas organizações, onde de um lado defende os interesses da organização, com estratégias voltadas para o negócio e do outro defende os interesses dos empregados, compreendendo assim os interesses individuais, organizacionais e coletivos, objetivando a interação entre as pessoas e a organização onde atuam de forma harmoniosa e estável. Percebe-se que, a Gestão de Recursos Humanos tem 03 (três) funções básicas: planejar, integrar e educar, e que através destas funções juntas a Gestão de Recursos Humanos interage constantemente com as pessoas e as organizações. UMA PEQUENA HISTÓRIA DA ÁREA DE RH Atualmente, a maior parte das empresas atribui ao setor de Recursos Humanos uma missão diferenciada, organizacional e multipolarizada. Mas ao longo da história do RH, a função desse departamento era voltada apenas para a gestão de pessoas e de equipes. Embora operacional, hoje, a função do RH é também estratégica e objetiva os melhores resultados no que se refere aos processos empresariais de RH. Isso https://www.docusign.com.br/blog/transformando-maneira-de-gerenciar-processos-empresariais-numa-rotina-sem-papel/ ocorre de forma integrada e a partir de uma consciência plena de que sem pessoas motivadas e capacitadas é praticamente impossível alcançar o sucesso. Dada a relevância do papel desse setor no universo corporativo, abordaremos um pouco sobre a história do RH, quais as funções e as principais áreas de atuação desse setor e como foi sua evolução ao longo dos anos. Acompanhe! Origem do RH A área de Recursos Humanos é relativamente nova, pois surgiu no início do século 20. Na época, seu nome foi Relações Industriais devido à força do impacto da Revolução Industrial sobre as relações que envolviam empregador e empregado. Após esse período, a área foi crescendo e agregando em si mesma diferentes desafios e responsabilidades que antes ninguém imaginava que existiriam. No entanto, mesmo na forma embrionária, mas já bem- estruturada, começou, aos poucos, a articular as expectativas e as percepções dos diversos atores econômicos e a direcionar importantes decisões. A visão do empresário, geralmente, está associada ao que esse setor pode agregar de valor ao capital financeiro, intelectual e econômico. Por sua vez, o trabalhador confere à rotina de RH a valoração que será agregada à sua carreira, assim com à sua vida e a de todos aqueles que dependem de seu trabalho. O papel do RH também serviu de interface entre o capital e o trabalho, pois, ainda que sejam faces de uma mesma moeda, são extremamente divergentes e conflitantes. Com o passar do tempo, já nos meados dos anos 1990, muitas empresas decidiram atribuir ao RH nomes diversos. Porém, ainda que os nomes fossem completamente diferentes, todas as instituições defendiam a mesma opinião: o que importa não é o nome em si, mas o sentido, a essência que dita o significado que esse setor adquire dentro das corporações. Essa percepção de valor é o diferencial que fez — e ainda faz — com que esse departamento seja um dos setores mais estratégicos e determinantes para a sustentabilidade dos negócios. Por isso, a eficiência do setor de RH é imprescindível para tornar a instituição mais sólida e competitiva. Áreas de atuação do RH Com as mudanças que influenciaram a percepção dos valores, ao órgão de Recursos Humanos passaram a ser atribuídas as funções de organização administrativa, educação, assessoramento, variados serviços, pesquisas de satisfação, controle, ação social, sustentabilidade e relações sindicais. http://https/www.docusign.com.br/blog/cinco-pontos-da-rotina-de-rh-que-a-docusign-pode-beneficiar-diretamente/ https://www.docusign.com.br/blog/mais-eficiencia-no-setor-de-rh/ https://www.docusign.com.br/on-demand-webinar/assinatura-eletr%C3%B4nica-processos-de-rh-na-era-digital https://www.docusign.com.br/blog/o-desperdicio-de-papel-e-um-problema-grave-dentro-das-empresas-sendo-responsavel-pela-maior-parte-de-lixo-que-os-escritorios-produzem/ Os sindicatos são importantes elementos de luta para que a democracia e os interesses das partes envolvidas se mantenham equilibrados. Nesse sentido, o apoio dos recursos humanos é fundamental para auxiliar na gestão em defesa dos propósitos da classe trabalhista, mas sem se contrapor aos interesses corporativos. Assim, a atuação do RH mapeia os interesses de duas áreas de atuação: a mentalização, sob o pilar da conscientização, e a instrumentação,que delineia as ações práticas em defesa dos princípios e conceitos mais relevantes. Por outro lado, a administração por objetivos proporciona que cada colaborador ou grupo controle, por si mesmo, o seu desempenho individual. Nesse contexto, o RH atua como principal elemento para incentivar o interesse de melhorar a qualidade do desempenho e, por meio da execução de suas funções, eleva o nível de autonomia de cada um. Elencamos algumas das principais atribuições do profissional de RH. Confira! Recrutamento e seleção; controle de documentos; avaliação de desempenho; direcionamento e avaliação de decisões; integração dos setores internos; análise e solução de problemas; capacitação e formação profissional; fixação das metas mais importantes; atualização e desenvolvimento pessoal; análise e descrição de todas as funções; controle e auditoria de recursos humanos; estabelecimento de políticas de remunerações e de incentivos; gerenciamento de todos os setores organizacionais busca de recursos financeiros e de atualização tecnológica; avaliação de propostas de crescimento corporativo e organizacional; investimento em novas estratégias, como a digitalização do RH a fim de facilitar as atividades; preservação da infraestrutura, higiene e noções de segurança no trabalho. Evolução do RH ao longo dos anos https://www.docusign.com.br/blog/o-impacto-da-docusign-na-rotina-do-profissional-de-rh/ https://www.docusign.com.br/blog/6-dicas-de-como-organizar-seus-documentos-de-recursos-humanos/ https://www.docusign.com.br/blog/software-de-assinatura-eletronica-6-motivos-para-voce-usar-um/ https://www.docusign.com.br/blog/loggi-exemplo-de-sucesso-na-digitalizacao-do-rh/ Em meados do século XIX, o crescimento da indústria, marcado por significativas mudanças no processo produtivo, reafirmou o capitalismo como modo de produção. Por conseguinte, o empregado perdeu o controle do processo de produção, devido à reestruturação resultante da divisão do trabalho. Essas mudanças imprimiram intensas modificações nas relações de trabalho, o que fez surgir a necessidade de remodelação dos sistemas administrativos. Foi nesse cenário de crise, desajustes e contradições que a gestão de pessoas iniciou mudanças nas estruturas organizacionais. Mesmo com o antigo nome de Departamento de Relações Industriais, a função do RH sempre foi centrada em um controle rígido de registros burocráticos e na supervisão da conduta dos trabalhadores. Nessa fase inicial, as maiores preocupações desse departamento eram focadas na eficiência e nos custos da instituição. Além disso, a ênfase não estava na condição do trabalhador, mas preconizava os processos da divisão de trabalho em relação às máquinas. Anos mais tarde, ainda nesse cenário modificado pela rápida industrialização e em condições muito precárias de trabalho, a concepção de homem defendida pelo departamento pessoal era do homo economicus, cujo trabalho era motivado exclusivamente pela recompensa salarial. Esse conceito influenciou consideravelmente as alterações no modo de produção do trabalho. Na época, diversos estudiosos e economistas propuseram reformas e incentivavam a adesão aos conceitos defendidos pela Administração Científica, cujo propósito era promover meios de aumentar a produtividade. Nesse universo de pressão por melhoria na produção, o principal problema que desafiava a gestão dos trabalhadores era a fadiga resultante da padronização das tarefas. Esse cansaço mental gerava insegurança emocional, que influenciava negativamente na produtividade do trabalhado. Nessa conjectura, o grande desafio dos gestores era adequar o homem à máquina e modificar processos com a finalidade de evitar conflitos internos, danos à saúde mental e física, fadigas e doenças crônicas em nome da produção. Mas a evolução do setor de RH também sofreu influência da teoria das relações humanas, que surgiu em 1930. Essa teoria foi o pilar de um movimento em prol da humanização da organização. A ideia central desse movimento aponta que os resultados obtidos nas instituições sofriam mais influência dos fatores psicológicos que das questões físicas ou ambientais. Descobriu-se, também, que o comportamento do funcionário é bastante influenciado pela sensação de pertencimento aos grupos constituídos durante a estada naquela empresa. http://www.docusign.com.br/blog/evolucao-do-setor-de-rh-moderno/ Sob essa ótica, o departamentos de pessoal viu surgir uma nova visão de homem, enquanto trabalhador: um ser social, cheio de peculiaridades, cuja produtividade passou a ser motivada pela noção de reconhecimento. Essa valorização do compartilhamento mudou o foco das tarefas para as pessoas. A influência da Administração Neoclássica A Administração Neoclássica do período pós-guerra — de 1950 até 1990 — influenciou bastante a mudança na visão e nos conceitos que delinearam a reestruturação da nova proposta de gestão de RH. Com isso, o modelo administrativo burocrático sofreu modificações segundo a teoria estruturalista: a teoria das relações humanas foi, então, substituída pela comportamental. Sob essa vertente, o foco é direcionado tanto para as pessoas como para o espaço organizacional. Essa estrutura é baseada na utilização de processos que priorizam a humanização. Assim, essa lógica contrasta com o antigo conceito de administração que sustentava normas mais rígidas e procedimentos excessivamente burocráticos. Essa fase foi estimulada pelo avanço significativo da industrialização, em resposta à precariedade dos moldes anteriores, que já se tornavam incompatíveis com a demanda da nova realidade. Nessa conjectura, surgiu o Departamentos de RH. A ele foram atribuídas funções mais específicas relacionadas ao recrutamento de pessoal: seleção, análise, treinamento e capacitação das equipes. Todas essas estratégias eram fortemente norteadas pelas teorias psicológicas que ganhavam força na época. O novo RH e o capital humano A melhoria dos processos tecnológicos e o aumento da competitividade do final dessa fase também impactou a forma de administrar o capital humano. Esse período foi marcado pelos primeiros programas focados em Planejamento Estratégico e na Qualidade dos serviços. O sucesso dessas medidas alcançou também a esfera pública. Após a década de 1990, preconizada como a Era da informação digital, houve o fortalecimento de diferentes teorias que resultaram na inovação do modelo de trabalho do RH. Começava, assim, a fase da Gestão de Pessoas, que foi associada à gestão de Talentos, que, por sua vez, tornava-se parte importante na Gestão do Capital Humano. Essas expressões eram utilizadas como sinônimo de modernidade e, a cada dia, ganhavam mais espaço e a adesão de novas corporações. O sucesso dessa mudança teve seu ápice na adesão da Gestão Pública ao modelo de https://www.docusign.com.br/blog/como-otimizar-a-gestao-de-recursos-humanos-da-sua-empresa/ https://www.docusign.com.br/blog/era-digital-quais-sao-os-impactos-nos-negocios/ administração gerencial, cuja prioridade era melhorar a qualidade dos serviços oferecidos ao cidadão. Nas últimas décadas, o mundo dinâmico, flexível, mutável e incerto elevou a Gestão de Pessoas à responsabilidade de assumir um papel de natureza diferenciada e estratégica. Funções de orientação, de avaliação e de suporte às práticas de RH foram, aos poucos, delegadas aos gestores responsáveis pela linha de frente. À Gestão de Pessoas cabe o alinhamento entre as políticas de RH e a missão institucional. A manutenção do foco central em educação continuada é essencial ao crescimento, pois o treinamento e o desenvolvimento profissional tornou-se a mola propulsora para assegurar a solidez a esse departamento. A ARH é uma especialidade que surgiu a partir do crescimento e da complexidade das tarefas organizacionais. Suas origens remontam ao início do século X X,após o forte impacto da Revolução Industrial, com a denominação Relações Industriais, como uma atividade mediadora entre as organizações e as pessoas para abrandar ou reduzir o conflito industrial entre os objetivos organizacionais e os objetivos individuais das pessoas, até então considerados incompatíveis e irreconciliáveis. Era como se as pessoas e as organizações, embora estreitamente inter-relacionadas, vivessem em compartimentos separados, com fronteiras fechadas, trincheiras abertas, requerendo um interlocutor estranho a ambas para poderem entender-se ou, pelo menos, re- duzir suas diferenças. Esse interlocutor era um órgão que recebia o nome de Relações Industriais que tentava articular o capital e o trabalho, ambos interdependentes, mas conflitantes. O conceito de Rela- ções Industriais mudou radicalmente. Com o passar do tempo, sofreu uma formidável ampliação. Por volta da década de 1950, passou a ser denominado Administração de Pessoal. Já não se tratava de ape- nas intermediar as desavenças e reduzir os conflitos, mas sobretudo administrar as pessoas de acordo com a legislação trabalhista vigente e administrar os conflitos de interesses que surgiam continuamente. Pouco mais adiante, na década de 1960, o conceito teve nova ampliação. A legislação trabalhista permaneceu inalterada e tornou-se gradativamente obsoleta, enquanto os desafios das organizações cresceram desproporcionalmente. As pessoas passaram a ser consideradas os recursos fundamentais para o sucesso organizacional Aliás, os únicos recursos vi- vos e inteligentes de que as organizações dispõem para enfrentar os desafios pela frente. O trabalhador como cliente interno Dada a importância dessa área, o RH continua passando por frequentes mudanças, atualizações e aprimoramentos de toda ordem. A maioria desses ajustes se dão de dentro para fora. Mas também ocorrem mudanças de fora do RH para dentro dele, pois a ele têm sido incorporados diversos enriquecimentos de outros profissionais. Entre as áreas que mais englobam conhecimento destacam-se marketing, economia, arquitetura, medicina, psicologia, sociologia e outras igualmente importantes. Tais mudanças objetivam um melhor ajuste da “lente” que direciona a organização para o alcance de resultados mais promissores. Tais ações visam ainda suprir as necessidades e os interesses do trabalhador, considerado, nessa conjectura, como o cliente interno. Vale que esse contexto está bastante modificado, já que há algumas décadas o trabalhador era visto meramente como mão de obra. Antes, o homem, enquanto braço forte e produtivo, servia apenas para emprestar suas mãos para o trabalho diário. Essa visão do trabalhador como mera extensão das máquinas e à disposição de um empregador qualquer em troca de salários baixíssimos foi, aos poucos, sendo desconstruída. Pois mesmo que haja alguns resquícios desse tipo de tratamento pode-se dizer que houve uma considerável evolução, e com direitos amparados legalmente. Em termos sociais, culturais e econômicos, esse avanço serviu — e ainda serve — de pilar para moldar as relações trabalhistas em diversas vertentes. Nos dias atuais, não é somente a área de RH que deve reconhecer essa realidade, já que o trabalhador representa bem mais do que isto. Todos deveriam ter uma percepção mais distinta da imagem que envolve o trabalhador. Logo, é preciso olhar para o colaborador como um ser pensante, com sonhos e expectativas. Sobretudo como o cliente interno, com disposição para oferecer sua força de trabalho em troca da conquista de um novo espaço. Em prol desse objetivo, o setor de RH teve que abandonar antigas funções e evoluir bastante. Em linhas gerais, precisou assumir um novo papel: mais pró- ativo e conforme os novos tempos. Com essa mudança, o mundo corporativo passou a considerar os indivíduos sob uma nova ótica: são vistos como seres distintos, únicos, dotados de habilidades, emoções, histórias e objetivos. Mais do que isso: o RH moderno motivou a conscientização de que o trabalhador é dotado de um entusiasmo que impulsiona seus anseios. Desse modo, ele está a espera de novas responsabilidades e de oportunidades que o torne parceiro das organizações, em prol de um crescimento mútuo. https://www.docusign.com.br/blog/evolucao-do-setor-de-rh-moderno/ Mudança no perfil profissional O perfil do profissional de Recursos Humanos da década de 1970 também foi se modificando com o tempo. Isso resultou dos impactos das mudanças socioeconômicas, políticas, culturais e tecnológicas dos últimos 30 anos. Muitas alterações ocorreram mediante a necessidade de adaptação ao mercado corporativo. Muitas empresas precisaram recorrer às técnicas de controle do tamanho do patrimônio a fim de conter despesas e aumentar a lucratividade. Tais alterações foram concomitantes com processos de reestruturação que exigiram a adoção de diferentes estratégias. Houve redução de mão de obra, busca de novos clientes, além da decisão de abandonar negócios que não estivessem relacionados com a competência. Atualmente, a maioria das empresas reconhece no setor de RH um papel organizacional estratégico e efetivamente voltado para a gestão de pessoas. Embora operacional, é necessário priorizar medidas que contribuam para o desenvolvimento das empresas. Assim, a cultura organizacional vigente está focada em princípios e valores que buscam alcançar as metas mais desafiadoras, com a finalidade de tornar a instituição mais forte e competitiva. O foco está na consciência de que, sem profissionais devidamente qualificados e motivados, é praticamente impossível manter a continuidade dos negócios. Logo, o perfil do novo profissional, seja no nível gerencial ou na direção, deverá estar alinhado a competências que envolvem a gestão de finanças e de desenvolvimento do setor. Listamos as principais atividades de competência desse setor. Confira: treinamento; planejamento; cargos e salários; relações trabalhistas; recrutamento e seleção; administração de pessoal; análise de competências; desenvolvimento gerencial; avaliação de desempenho. Hoje, áreas de RH estão mais ligadas à remuneração e à busca de benefícios que acompanhem o alto grau de volatilidade do mercado. Outra mudança sensível foi em relação à popularização dos recursos digitais. Quando os produtos e serviços começaram a ser lançados com maior rapidez https://www.docusign.com.br/blog/automacao-de-processos-como-tecnologia-pode-ajudar-sua-empresa/ no mercado, as instituições se aproveitaram da popularização da internet para treinar e capacitar suas equipes. Em seguida, veio a era da inteligência emocional, que exigiu do RH a percepção de que também precisavam trabalhar o comportamento aliado à capacidade técnica. Isso foi fundamental ao desenvolvimento emocional e à melhoria da produtividade. O conceito de competência O termo competência é utilizado desde a idade média. Inicialmente, essa concepção estava restrita à linguagem usada no setor jurídico. Assim, esse conceito era atrelado a ações da corte e aos indivíduos considerados “competentes” para a realização a um julgamento. Posteriormente, o termo passou a ser usado também para qualificar pessoas capazes de executar trabalhos com alto grau de excelência. Percebe-se, então, que o termo competência, amplamente utilizado pelas organizações contemporâneas, não é nada recente. Especialistas afirmam que essa definição existe desde a época de Taylor, quando se estimulava a necessidade de as empresas contratarem “trabalhadores mais eficientes”. O princípio taylorista que apregoava a seleção e o treinamento de pessoas dava ênfase ao aperfeiçoamento das habilidades técnicas mais necessárias à qualificação profissional, sobretudo aquelas que eram especificamente direcionadas à motivação e ao desempenho das equipes. Entretanto, coma eclosão de movimentos que reivindicavam mudanças para melhoria nas condições no ambiente de trabalho, as corporações passaram a ver as relações trabalhistas de outra forma. Desse modo, outros aspectos mais relevantes — e de maior complexidade — foram colocados em pauta, principalmente fatores inerentes às dimensões socioeconômicas e questões comportamentais. A noção de competência na atualidade Na atualidade, a noção de competência adquire significados cada vez mais amplos, já que ela não se restringe apenas às fronteiras do ambiente de trabalho. Em diversas áreas, esse termo é utilizado para determinar ou avaliar atributos e habilidades pessoais. Nesse contexto, diversos são os elementos que compõem a natureza da competência. Há, pois, uma tendência convergente e que compreende as dimensões psicológica, profissional e individual, principalmente. https://www.docusign.com.br/blog/tecnologia-sua-maior-aliada-no-setor-juridico/ Isso demonstra que o conceito de competência não está limitado à execução de tarefas de um de cargo ou função, mas torna-se mais abrangente ao inferir caracteres próprios de quem possui tal virtude. Esferas de excelência no setor de Recursos Humanos Para que a empresa moderna tenha uma gestão de RH apta para enfrentar os desafios da atualidade, é necessário observar, no mínimo, cinco esferas de excelência. Veja quais são! Excelência na liderança Ter uma boa liderança é um dos aspectos fundamentais ao sucesso de qualquer organização. Se o profissional de RH não tiver características condizentes com a função, as atividades desse setor certamente serão comprometidas. Como vimos, competência e credibilidade são essenciais ao sucesso da gestão de RH. Excelência nas transações Um bom líder precisa pensar em estratégias que assegurem resultados mais promissores. A gestão deve aprender a delegar funções e, com isso, dedicar-se a tarefas mais importantes e que estejam em acordo com a missão da empresa. Pensar estrategicamente e otimizar o tempo pode ser um importante diferencial para obter êxito nas transações. Além disso, ainda pode dinamizar os processos que exigem decisões mais assertivas. Excelência nas soluções Especialistas afirmam que a tendência de mercado é que as decisões sejam tomadas por um grupo constituídos por profissionais generalistas. Nesse sentido, os gestores precisam ser mais atuantes em RH e conhecedores das estratégias que sinalizem soluções mais eficazes. Excelência em talentos O setor de RH que mantém uma visão diferenciada é aquele que lapida — e sabe explorar — o capital intelectual disponível. Para tanto, é preciso enxergar os talentos que se destacam, sobretudo aqueles que garantem e que continuarão garantindo o diferencial da empresa. Igualmente importante é oferecer-lhes oportunidades de desenvolver suas ideias, e inclusive garantir-lhes um suporte adequad,o a fim de mantê-los constantemente motivados. Excelência nos resultados Como vimos, a ação do RH tem um grande impacto nos negócios da empresa. Esse setor pode ser comparado à mola propulsora que recruta, capacita, seleciona e integra as equipes conforme as necessidades da instituição. Contextualmente, à essa área cabe a responsabilidade de assumir um papel determinante para o alcance das metas organizacionais. Assim como os outros setores, o departamento de Recursos Humanos também vende ideias, investe em novas estratégias e fomenta soluções. Percebe-se, por fim, que o homem — enquanto trabalhador — segue atuante em qualquer cenário que equilibre a equação do trabalho, da produtividade e da inovação. E o controle exercido pelo RH é fundamental à estabilidade desse processo. Nessa equação, há a busca incessante por um denominador comum em que a competência, o talento e a criatividade compõem a tríade essencial ao fortalecimento da imagem da instituição. Quantos aos gestores, é necessário integrar as equipes de trabalho e apostar nas inovações tecnológicas para otimizar processos e flexibilizar resultados mais promissores. Uma das opções é o uso da assinatura eletrônica para gerenciar, assinar e gerir todos os documentos da área de RH, abandonando o uso de papel, cortando custos com arquivamento e garantindo que todos os processos estarão concluídos com as assinaturas de forma correta. O CONTEXTO DA ÁREA DE RH O contexto da área de RH é, ao mesmo tempo, dinâmico e mutável A primeira característica desse contexto é a complexidade. A maneira como as pessoas e organizações estão vinculadas para realizar a tarefa organizacional varia enormemente. Algumas organizações caracterizam-se pela visão democrática e aberta na maneira de tratar as pessoas, enquanto outras ainda se mostram paradas no tempo e no espaço adotando políticas ultrapassadas e retrógradas. A segunda característica é a mudança. O mundo está passando por grandes mudanças e transformações nos aspectos econômicos, sociais, tecnológicos, culturais, legais e demográficos. E essas mudanças e transformações ocorrem de modo cada vez mais veloz e imprevisível. A velocidade da mudança, cada vez maior, não é nem de longe acompanha- da pelas organizações, pois estas tardam a incorporar as mudanças que ocorrem a seu redor em seu comportamento e em sua estrutura organizacional. O problema é que muitas organizações não têm a menor noção de que o mundo mudou e se esquece- ram de mudar. Esta primeira parte do livro tratará da convivência mútua e da interação entre pessoas e organizações. CONCEITO DE ORGANIZAÇÃO https://www.docusign.com.br/blog/4-motivos-para-voce-armazenar-seus-documentos-na-nuvem/ https://go.docusign.com/trial/productshot-brasil-hphero/?Channel=DDCUS000017037994&cName=Blog&ECID=16088&LS=LATAM_Dem_Both_Blog%20-%20Free%20Trial_2018-11&elqCampaignId=16088&utm_campaign=LATAM_Dem_Both_Blog%20-%20Free%20Trial_2018-11 O termo organização apresenta duas referências básicas. Por um lado, a palavra organização é utilizada para se referir à ação ou resultado de organizar ou organizar-se. Por outro lado, designa-se com o termo de organização àquele sistema desenhado para atingir satisfatoriamente determinados objetivos ou metas, no entanto, estes sistemas podem, a sua vez, estar formados por outros subsistemas relacionados que cumprem funções específicas. Ou seja, em outras palavras, uma organização será qualquer grupo social formado por pessoas, com uma série de tarefas e uma administração, que interagem no marco de uma estrutura sistêmica com a meta de cumprir certos objetivos propostos. O traço essencial de qualquer tipo de organização que se deve observar para que exista e depois subsista, é a de que as pessoas que a integram se comuniquem e estejam de acordo em atuar de forma coordenada no lucro dos objetivos propostos que os levem a cumprir efetiva e satisfatoriamente com sua missão. No entanto, para ajudar esta coordenação e comunicação, as organizações quase sempre funcionam através de normas que servirão na consecução de propósitos. Entre as várias características que distinguem uma organização podemos contar: conjunto de pessoas com recursos, objetivos atribuídos, normas e ordem hierárquica estabelecidas, satisfação de necessidades, produção ou venda de bens ou serviços, transmissão de cultura, geração de trabalho, criação, conservação e transmissão de conhecimento, entre outras. Por outro lado, as organizações podem ser classificadas de acordo com os seguintes critérios: por sua finalidade (com fim lucrativo e sem fim lucrativo), por sua estrutura (formais e informais), por seu tamanho (pequena, média, grande, micro empresa), por sua localização (multinacional, regional, nacional), por seu tipo de produção (bens ou serviços), pelo tipo de propriedade (privada, pública ou mista), pelo grau de integração que apresenta (totalmente integrada ou parcialmente integrada) e por sua atitude frente às mudanças(rígida ou flexível). Os dois tipos mais comuns de organização que se dão em quase todas as comunidades são as organizações civis, que são aqueles agrupamentos cidadãos criadas para cobrir alguma necessidade social, como os partidos políticos, as ONGs, sindicatos, clubes, entre outras. E as organizações governamentais, que são aquelas criadas pelo estado para desenvolver algum tipo de tarefa social e que estão dirigidas pelo governo em função e financiadas através de fundos públicos. A vida das pessoas constitui uma infinidade de interações com outras pessoas e com organizações. O ser humano é eminentemente social e interativo. Não vive isoladamente, mas em constante convívio e relacionamento com os semelhantes. Devido a suas limitações individuais, os seres humanos são obrigados a cooperarem uns com os outros, formando organizações alcançar https://queconceito.com.br/administracao https://queconceito.com.br/caracteristicas certos objetivos que a ação individual isolada não conseguiria alcançar. A organização á um sistema de atividades conscientemente coordenadas de duas ou mais pessoas. A cooperação entre elas é essencial para a existência da organização, Uma organização somente existe quando; há pessoas capazes de se comunicarem e que estão dispostas a participar e a contribuir com ação conjunta, a fim de alcançarem um objetivo comum, A disposição de contribuir com ação significa a intenção ou tendência para sacrificar o controle da própria conduta em benefício da coordenação, Essa disposição de participar e de contribuir para a organização varia de indivíduo para indivíduo e até nele mesmo com o passar do tempo. A FORÇA DAS ORGANIZAÇÕES Antigamente, as empresas eram estruturadas como pirâmides: trabalhadores na base, de baixo para cima, linhas sucessivas de chefes e gerentes. Cada linha tinha mais autoridade do que a que lhe ficava abaixo. Quase ninguém se incomodava com essa organização e a velha pirâmide era sólida, impressionante e sem expectativa de mudança. Atualmente essa pirâmide vem sendo quebrada e a solução encontrada é a formação de equipes, capazes de se tornarem flexíveis, de começar a aproveitar às oportunidades e estar sempre aberto às novas ideias. Assim o desenvolvimento de uma equipe produtiva exige uma visão em comum para concordar com as decisões pessoais. Cada equipe é formada por um motivo. Todos os membros precisam conhecer e entender o propósito e os objetivos em comum. As organizações permitem satisfazer diferentes tipos de necessidade dos indivíduos: emocionais, espirituais, intelectuais, econômicas etc. No fundo, as organizações existem para cumprir objetivos que os indivíduos isoladamente não podem alcançar em face das suas limitações individuais. Assim, as organizações s são formadas por pessoas para sobreporem suas limitações individuais. Com as organizações, a limitação final para alcançar muitos objetivos humanos não é mais a capacidade intelectual ou de força, mas a habilidade de trabalhar eficazmente em conjunto. A Complexidade das Organizações Há uma enorme variedade de organizações: empresas industriais, empresas comerciais, organizações de serviços (bancos, hospitais, universidades, trânsito etc.), organizações militares, públicas (repartições) etc, podem estar voltadas tanto para a produção de bens ou produtos (artigos de consumo, má- quinas e equipamentos etc.) como para a produção ou prestação de serviços {atividades especializadas como manuseio de dinheiro, medicina, divulgação ou conhecimento, planejamento e controle do tráfego etc.). Assim, existem organizações industriais, econômicas, comerciais, religiosas, militares, edu- cacionais, sociais, políticas etc. A influência das organizações sobre a vida das pessoas é fundamental; a maneira como elas vivem, compram, trabalham, se alimentam, se vestem, seus sistemas de valores, expectativas e convicções são profundamente influenciados pelas organizações. E vice-versa; também as organizações são influenciadas pelos modos de pensar, sentir e agir das pessoas. Vivemos em uma época de múltiplas e radicais transformações que ocorrem em um ritmo sem precedentes, desafiando nossa capacidade de reação. Turbulência, crise e caos são as palavras da moda. Em um mundo on- line, tempo e espaço se encurtam, o local e o global se misturam, núcleo e periferia se confundem. Assistimos atônitos às coberturas em "tempo real" da queda do Muro de Berlim, da Guerra do Golfo, das crises russa e asiática, dos escândalos na Casa Branca, entre tantos outros acontecimentos que direta ou indiretamente afetarão nossa economia, trabalho, nosso equilíbrio físico e psíquico. Atônitos e, por vezes, admirados. É comum falarmos em crise e decadência para estigmatizarmos mudanças com as quais não concordamos ou que não compreendemos bem. O que para uns se afigura como incerteza e crise, para outros representará um campo aberto de riscos e oportunidades. Isto porque, toda leitura do real pressupõe uma visão de mundo fundamentadora. Ações distintas derivarão de leituras distintas. Trata-se de um princípio holográfico, aplicável no contínuo que vai da micro-dimensão individual à macro-dimensão social. As organizações, sistemas sócio-técnicos inseridos dentro desse contínuo, não escapam à regra. Aquelas mais dispertas, ora visando a excelência, ora a sobrevivência, irão buscar sua reestruturação competitiva partindo, antes de tudo, da revisão mais profunda de seus paradigmas gerenciais. A sociedade moderna é uma sociedade de organizações. As organizações são sistemas extremamente complexos. Elas se revelam compostas de atividades humanas em diversos níveis de análise, Personalidades, pequenos grupos, intergrupos, normas, valores, atitudes, tudo isso existe sob um padrão complexo e multidimensional. Contudo, essa complexidade constitui a base de compreensão dos fenômenos organizacionais, dificultando também a vida do administrador, medida que as organizações são bem sucedidas, elas tendem a crescer. Seu crescimento se faz pelo aumento do número de pessoas e de recursos. Para que esse volume de pessoas possa ser administrado, há um acréscimo do número de níveis hierárquicos. À medida que o número de níveis hierárquicos aumenta, ocorre um gradativo distanciamento entre as pessoas - e seus objetivos pessoais - e a cúpula da organização - e seus objetivos organizacionais. Quase sempre esse distanciamento conduz a um conflito entre os objetivos individuais dos participantes e os objetivos organizacionais da cúpula. As organizações constituem uma das mais admiráveis instituições sociais que a criatividade e a engenhosidade humana já construíram. As organizações de hoje são diferentes das de ontem e, provavelmente, amanhã e no futuro distante apresentarão diferenças ainda maiores. Não existem duas organizações semelhantes; as organizações podem as- sumir diferentes tamanhos e estruturas organizacionais. Existem organizações dos mais diversos ramos de atividade e utilizando diferentes tecnologias para produzir bens ou serviços dos mais variados tipos e que são vendidos e distribuídos de maneiras diferentes para os mais diversos tipos de mercados a fim de serem utilizados pelos mais diversos clientes. Ademais, as organizações operam em diferentes ambientes, sofrendo as mais variadas coações e contingências, que se modificam no tempo e no espaço e reagem a elas através de estratégias para alcançar resultados diferentes. Tudo isso faz com que as organizações - além da sua enorme diversidade - apresentem uma incrível complexidade. CARACTERÍSTICAS DAS ORGANIZAÇÕES COMPLEXAS As grandes organizações são chamadas organizações complexas pelo fato de possuírem as seguintes características: Complexidade* As organizações são distintas dos grupos e sociedades em termos de complexidade estrutural. A complexidade estrutural refere-se àdiferenciação horizontal e vertical, À medida que ocorre divisão do trabalho, aumenta a complexidade horizontal da organização. À medida que novos níveis verticais surgem com a hierarquia para melhor controle e regulação, aumenta a complexidade vertical. Assim, muitos autores referem-se a organizações altas (com muitos níveis hierárquicos) e organizações chatas (com poucos). Enquanto, nos pequenos grupos, os membros se relacionam face a face, as grandes organizações dependem de níveis intermediários para coordenar e integrar as atividades das pessoas, A interação passa a ser indireta. Anonimato. A ênfase é colocada sobre as tarefas - ou operações e não sobre as pessoas, O importante é que a operação seja executada, não importa por quem. Rotinas padronizadas para operar procedimentos e canais de comunicação. Apesar da atmosfera impessoal, as organizações apresentam a tendência de desenvolver grupos informais face a face dentro delas Estruturas personalizadas não oficiais, Constituem a organização informal que funciona em paralelo com a estrutura forma). Tendência à especialização e à proliferação de funções, que tende a separar as linhas de autoridade formal daquelas de competência profissionais ou técnica. Tamanho. O porte é um elemento final e intrínseco às grandes organizações, pois decorre do número de participantes e de órgãos que formam sua estrutura organizacional. AS ORGANIZAÇÕES COMO SISTEMAS SOCIAIS Na moderna sociedade em que vivemos, quase todo o processo produtivo é realizado através das organizações, Assim, a sociedade moderna e industrializada se caracteriza por ser uma sociedade composta de organizações. O homem moderno passa a maior parte de seu tempo em organizações, das quais de- pende para nascer, viver, aprender, trabalhar, ganhar seu salário, curar suas doenças, obter todos os produtos e serviços de que necessita etc. Dentro de uma abordagem mais ampla, as organizações são unidades sociais (ou agrupamentos hu- manos) intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. Isso significa que as organizações são construídas de maneira planejada e elaboradas para atingir determinados objetivos. Elas também são reconstruídas, isto é, reestruturadas e redefinidas, na medida em que os objetivos são atingidos ou que se descobrem meios. AS ORGANIZAÇÕES GOMO SISTEMAS ABERTOS As organizações constituem sistemas abertos. Sistema um conjunto de elementos dinamicamente relacionados que desenvolvem uma atividade para atingir determinado objetivo ou propósito. Todo sistema opera sobre matéria, energia ou informação obtidas do ambiente que constituem os insumos ou entradas (inputs) de recursos necessários para que o sistema possa operar. Esses recursos são processados pelas diversas partes do sistema (subsistemas) e transforma- dos em saídas ou resultados {outputs) para serem de- volvidos ao ambiente. Mas, além de recursos, as organizações precisam de competências. Hamel e Prahalad argumentam que a habilidade crítica da gestão no futuro será identificar, cultivar e explorar as competências essenciais que fazem o crescimento possível. Isso está provocando mudanças organizacionais, como a desunião e venda de clientes entre outros. A ideia de tratar a organização como um sistema aberto não é nova, Herbert Spencer afirmava que “um organismo social assemelha-se a um organismo individual em traços essenciais como: No crescimento. No fato de tornar-se mais complexo à medida que cresce, No fato de que, tornando-se mais complexo, suas partes exigem uma crescente interdependência mútua. Porque sua vida tem imensa extensão compara- da com a vida de suas unidades componentes. Porque em ambos os casos há crescente integração acompanhada por crescente heterogeneidade. A organização constitui um modelo genérico de sistema aberto, O sistema aberto está em contínua interação com seu ambiente e adquire um estudo firme ou um equilíbrio dinâmico, enquanto retiver sua capacidade de transformação de energia ou trabalho. A sobrevivência do sistema jamais seria possível sem esse contínuo fluxo de entrada, transformação e fluxo de saída. A ABORDAGEM SOCIOTÉCNICA A abordagem sócio técnica focaliza a organização ou uma parte dela como uma combinação de tecnologia (exigências de tarefa, ambiente físico, equipamento disponível) e, ao mesmo tempo, um sistema sociais (um sistema de relações entre aqueles que realizam a tarefa). Os sistemas tecnológico e social acham- se em interação mútua e reciproca, e um influencia o outro. A natureza da tarefa influencia (e não determina) a natureza da organização das pessoas, e as características psicossociais das pessoas influenciam (e não determinam) a forma com que determinado posto de trabalho será executado. O fundamento dessa abordagem reside no fato de que qualquer sistema de produção requer tanto uma organização tecnológica (equipamentos e arranjos de processos), como uma organização de trabalho (envolvendo pessoas que desempenham as tarefas necessárias). As demandas tecnológicas condicionam e limitam a espécie de organização de trabalho possível, porém a organização de trabalho apresenta propriedades sociais e psicológicas próprias, mas independentes da tecnologia. Os participantes das organizações As organizações existem porque as pessoas têm objetivos que somente podem ser atingidos me- diante a atividade organizada. À medida que cres- cem, as organizações desenvolvem seus próprios objetivos que vão se tornando independentes e mesmo diferentes dos objetivos das pessoas que as formaram. Tradicionalmente, reconheciam-se como participantes das organizações apenas seus proprietários, administradores e empregados, ou seja, apenas seus participantes internos. Modernamente, concebe-se a organização como um processo estruturado em que diferentes parceiros interagem para alcançar objetivos. OS STAKEHOLDERS Muitos autores preferem falar em stakehoíders em vez de parceiros da organização para ampliar ainda mais o conceito de organização. A organização é um sistema que congrega vários grupos de stakehol-ders com os quais estabelece suas relações. Stakeholders são as pessoas e grupos capazes de influenciar ou serem influenciados pelos resultados alcançados e que possuam reivindicações a respeito do desempenho da empresa. São os públicos que têm algum interesse na empresa, ou seja, pessoas ou organizações que participam direta ou indireta- mente do sucesso do negócio. Os stakehoíders contribuem de alguma forma para o negócio e esperam retornos dessa contribuição, São os acionistas, clientes, funcionários, fornecedores, agências reguladoras, sindicatos etc. A organização deve ter ideias claras sobre o que os vários stakehoíders esperam dela, a fim de atender de modo equilibrado a todos os diferentes interesses envolvidos. Missão organizacional é a declaração do propósito e do alcance da empresa em termos de produto e de mercado, A missão define o pape! da organização dentro da sociedade em que está envolvida e significa sua razão de ser e de existir. A missão da organização é definida em termos de satisfazer a alguma necessidade do ambiente externo e não em termos de oferecer um simples produto ou serviço.24 A missão está associada com o negócio da organização. Como lembra Drtxcker, a pergunta sobre qual é o negócio da organização é tão raramente feita - pelo menos de maneira clara e direta - e tão raramente os executivos dedicam estudo e reflexão adequados sobre o assunto que talvez seja essa a mais importante causa do fracasso dos negócios.25 A missão constitui uma maneira de traduzir o sistema de valores em termos de crenças ou áreas básicas de atuação da organização. Em geral, a missão está alinhada com os seguintes aspectos: Qual é a razão de ser da organização Qual ê o papel da organização na sociedade, Qual é anatureza do negócio da organização. Quais os tipos de atividades em que a organização deve concentrar seus esforços no futuro. Diferenças individuais são as várias formas em que os indivíduos se distinguem uns dos outros, sejam nos aspectos físicos, psíquicos, intelectuais, emocionais ou sociais. O conceito de relacionamento pessoal se estende por uma variedade de comportamentos e atitudes que determinam o seu grau de convívio em sociedade. Quanto maior a sua capacidade de expor e respeitar as opiniões de terceiros maior serão as suas habilidades de relacionamento interpessoal, isso é muito importante na sociedade atual tanto na esfera profissional como na pessoal. Muitas pessoas assumem determinadas posturas nos relacionamentos em geral como instrumento de posicionamento, ou seja, a pessoa pode assumir posturas comportamentais passivas ou agressivas, tudo isso relacionado ao seu suposto papel naquele contexto social. Os principais conceitos de relacionamento pessoal são: relacionamento interpessoal profissional, pessoal, e mais recentemente o virtual, que consiste no comportamento que o indivíduo assume no mundo virtual. Agir de uma maneira não significa que as demais posturas não sejam assumidas, tudo isso irá depender do objetivo do indivíduo no contexto social. Podemos afirmar que boa parte da população deveria ser esclarecida sobre o conceito de relacionamentos interpessoais, uma vez que isso agrega muito valor às decisões da pessoa, que passa a agir de maneira mais ponderada e racional, deixando de lado escolhas meramente instintivas que de modo geral prejudicam muito no trabalho eventualmente na vida pessoal. A dimensão interpessoal não pode ser ignorada e, notadamente, de acordo com Dutra (2004), o processo de valorização das pessoas deve ser mediado pelas recompensas (incentivos) por elas recebidas, como a contrapartida de seu trabalho para a organização; entendida como atendimento às expectativas e necessidades dessas pessoas. No mundo contemporâneo, a dimensão interpessoal é: visível e marcante em todas as organizações, as relações interpessoais são tão importantes quanto a qualificação individual para as tarefas, os processos de mudanças e as maneiras como os indivíduos e grupos interagem e negociam significados para a construção de novas dinâmicas organizacionais. O convívio pessoal sempre foi um desafio para a humanidade e, durante algum tempo, passou sem ser notado devido a algumas condutas relacionadas à individualidade, à centralização do poder e à valorização dos produtos em vez das pessoas. Porém, com o aumento da facilidade de acesso à informação e com o sensível aumento da escolaridade da população, temos a formação de cidadãos exigentes e críticos. Desta forma, passou-se a valorizar a qualidade de produtos e serviços e, posteriormente, as pessoas que os produzem. As instituições perceberam que o sucesso de sua filosofia está no fator humano, ou seja, em seu interior. Para que ocorra efetivo desenvolvimento organizacional, deve-se buscar, além do aprimoramento estritamente técnico, desenvolver a competência pessoal e interpessoal, não é mais possível negar a necessidade de investir no ser humano. Ao adotar tal postura, a organização estará visando ao melhor relacionamento entre os membros que a compõem, com o intuito de melhorar a qualidade de vida no trabalho com consequentes reflexos na vida do indivíduo. Mas, estaremos realmente condenados a sofrer com os outros? Ou podemos ter esperanças de alcançar uma convivência razoavelmente satisfatória e produtiva? Como trabalhar bem com outros? Como entender os outros e fazer-se entender? Por que os outros não conseguem ver o que eu vejo, como eu vejo, por que não percebem a clareza de minhas intenções e ações? Por que os outros interpretam erroneamente meus atos e palavras e complicam tudo? Por que não podemos ser objetivos no trabalho e deixar problemas pessoais fora? Vamos ser práticos, e deixar as emoções e sentimentos de lado. Quem já não pensou assim, alguma, vez, em algum momento ou situação? Pessoas convivem e trabalham com pessoas e portam-se como pessoas, isto, é, reagem às outras pessoas com as quais entram em contato: comunicam-se, simpatizam e sentem atrações, antipatizam e sentem aversões, aproximam-se, afastam-se, entram em conflito, competem, colaboram, desenvolvem afeto. GESTÃO ESTRATÉGICA DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES Com a evolução das realidades socioeconômica e tecnológica da humanidade, que culminou na Era da Comunicação e do Conhecimento, as proposições trabalhistas mudaram sensivelmente de foco, assim como a gestão estratégica de pessoas nas organizações. Isso pode ser pensado tal como apresentado na Teoria da Pirâmide de Maslow. O envelhecimento da população — comprovado pela queda nas taxas de natalidade e pelo aumento da expectativa de vida — faz com que existam muito mais profissionais já experientes no mercado, que não buscam mais apenas uma segurança no trabalho. Eles buscam oportunidades que trabalhem sua autoestima, proporcionem confiança e pelas quais possam conquistar o respeito dos outros por meio de seus próprios feitos. Nesse aspecto, a gestão estratégica de pessoas é fundamental, pois tem como objetivo entender os colaboradores de uma empresa e alinhar os interesses deles com os da própria organização. Ou seja, sem essa gestão estratégica de pessoas nas organizações, as empresas podem sofrer muito com as fugas de talentos. Se a sua empresa ainda não tem uma estratégia para a gestão estratégica de pessoas nas organizações, elaboramos este artigo para que você entenda o que é e como implantá-la. Se a gestão estratégica de pessoas já é uma realidade no dia a dia de sua organização, confira se as ações adotadas estão entre as boas práticas do mercado. Boa leitura! O que é gestão estratégica de pessoas nas organizações? A teoria da Pirâmide de Maslow, que citamos na introdução deste artigo, afirma que o ser humano tem diferentes necessidades pessoais a serem realizadas. Tais necessidades mudam de acordo com o desenvolvimento humano individual e com as circunstâncias proporcionadas pela sociedade. No início da carreira profissional ou em períodos de crise, por exemplo, as pessoas tendem a suprir a necessidade de segurança no emprego. Já em momentos de prosperidade econômica ou de desenvolvimento profissional consolidado, a necessidade das pessoas passa a ser a de estima e realização pessoal. Como os colaboradores de uma empresa são seres humanos sujeitos a emoções — e à variação de suas necessidades, como mostra Maslow —, é preciso que os gestores tenham a capacidade e o cuidado de alinhar as necessidades e os interesses dos profissionais com as metas da organização. A troca de componentes dos recursos humanos de uma empresa não é fácil como a de um equipamento e tende a ser onerosa para a organização. Assim, a gestão estratégica de pessoas deve perceber essas nuances e entender a importância do feedback, por exemplo. Afinal, da mesma forma que um colaborador pode ser impactado por um feedback negativo, um retorno positivo é capaz de gerar satisfação e contentamento nos indivíduos da equipe, principalmente quando eles se sentem envolvidos nas atividades. Atualmente, a gestão estratégica de pessoas está se consolidando nas empresas, que estão migrando do modelo funcional — já ultrapassado — para o modelo sistêmico, em que cada setor tem um papel importante durante o processo de produção ou do crescimento do negócio. Ou seja, esse modelo está deixando de ser um diferencial competitivo para se tornar uma prática essencial na superação de mercados de concorrência acirrada e das diversas crises que afetam os mercados mundiais. Quer saber, então, de quem é a responsabilidade de manter esse indispensável equilíbrio de interesses nas organizações, buscando entender os colaboradorese o contexto no qual eles estão inseridos, assim como canalizar a satisfação dos envolvidos para o crescimento da empresa? Qual é o papel do líder na gestão estratégica de pessoas nas organizações? A responsabilidade do líder na gestão estratégica de pessoas é grande e exige, além de muito conhecimento, o chamado jogo de cintura. Apenas por essa afirmação, já podemos entender que a liderança empresarial não corresponde apenas a cargos de gerência ou chefia. De fato, os líderes passaram a ser os principais responsáveis pelo sucesso ou fracasso das organizações. Isso porque é o papel da gestão motivar as suas equipes, tornando-as engajadas e comprometidas com o desenvolvimento de suas atividades e a superação das metas estabelecidas pelas empresas. Assim, de um bom gestor de equipes são exigidas capacidades que superam as competências de um bom gestor ou chefe — são necessárias diversas características tanto técnicas como humanas. O líder precisa entender os processos que sua equipe executa, mas também deve ter o tato de conhecer, ouvir e buscar compreender seus liderados. Dentre as características básicas de um responsável por equipes, podemos destacar a capacidade de motivar e reconhecer os esforços dos colaboradores envolvidos, transmitir suas ideias de forma clara e de modo a influenciar as pessoas e ser capaz de transformar grupos de profissionais em verdadeiras equipes. A atuação estratégica da área de gestão de pessoas implica o desenvolvimento de atividades múltiplas e mais complexas, que têm como ênfase contribuir para agregar valor à empresa e não somente dar apoio às demais áreas. Trata-se de uma atuação que deve estar voltada para médio e longo prazos, e não somente na busca de respostas e resultados pouco consistentes. Algumas das atividades passam a ser percebidas pelos gestores das diversas unidades da organização como parte do seu trabalho que, se realizado corretamente, permitirá à empresa atingir seus objetivos estratégicos com maior efetividade. Esta nova forma de atuação deve ser sistêmica, integradora e estar voltada ao atendimento das seguintes premissas: uma nova visão integrada do colaborador, do trabalho e da empresa e uma estrutura organizacional plana, enxuta, de poucos níveis hierárquicos; atendimento dos usuários interno e externo e, se possível, “encantá- los” e sintonia com o ritmo e a natureza das mudanças ambientais; uma visão voltada para o futuro e para o destino da empresa e das pessoas e a criação e agregação de valor às pessoas, à empresa e ao cliente; a busca de uma administração participativa e baseada em equipes e a busca de agilidade, flexibilidade, dinamismo e pro atividade. o compromisso com a qualidade e com a excelência dos serviços e a busca da inovação e da criatividade. Além disso, é preciso reconhecer a necessidade e o momento de recompensar as pessoas, saber delegar as tarefas e estimular desafios, elaborar planos de desenvolvimento e capacitação de cada um de sua equipe e transformar conflitos em fonte de aprendizado para todos. CAPITAL INTELECTUAL. O mundo corporativo não interage somente com o mercado, relaciona-se também com o campo teórico de suas grandes e pequenas áreas de atuação. Com isso, novas denominações e descobertas surgem a fim de explicar ou definir diretrizes, norteando o caminho do setor organizacional e visando a uma constante evolução do mesmo. Capital Intelectual é uma dessas noções absorvidas pelo mercado que fazem parte de uma visão mais ampla acerca das organizações. Portanto, dada a importância de um conhecimento integral para se buscar o constante aperfeiçoamento, é necessário saber o que é esse conceito e de que forma ele influencia no desempenho organizacional. O que é o Capital Intelectual? A cultura da empresa, os procedimentos utilizados, bem como o histórico de desempenho da mesma ao longo do tempo são elementos que constituem o capital intelectual. Da mesma forma, a superação de desafios e as soluções de problemas também integram esse conceito. Uma organização possui uma identidade, algo que seja um diferencial no mercado, por exemplo, a excelência em um determinado serviço prestado, ou o pioneirismo na área, inovação, relação com o cliente, entre outros. Toda a riqueza gerada por ela vai depender do resultado da interação das diferentes instâncias que compõem esse capital intelectual. Uma questão central nesse contexto é o recurso humano que a organização possui. Pesquisas científicas apontam que a competitividade é determinada na sua maior parte pela qualificação profissional dos colaboradores, somada a uma diversidade intelectual e a valorização dos mesmos. Isso ocorre porque tanto a estrutura – que representa principalmente as informações e procedimentos – quanto a relação com o cliente dependem do capital humano da organização. Isto é, das pessoas que ali trabalham. Qual a sua importância? O valor de mercado é relacionado diretamente ao Capital Intelectual, sendo um dos pilares que definirão se esse capital possui ou não grandeza frente ao contexto organizacional. Sendo assim, a geração de riquezas, bem como a permanência de uma empresa no mercado dependem intimamente do quanto esses fatores resultam numa equação de sucesso. Por exemplo, não se pode investir nas melhores tecnologias sem contar com pessoas preparadas a lidar com elas. Quando se busca alta performance, existe a necessidade de maior investimento em recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento. Medir o valor de uma organização dando ênfase ao espaço físico e à infraestrutura é fazer uma análise incompleta e inconsistente, pois o que dará o retorno e a possibilidade de manutenção da mesma é, justamente, o efeito que ela traz na vida das pessoas, das instituições e seu impacto no mercado. Para criar capital intelectual nas organizações, é necessário que todo dirigente reconheça que o mesmo é importante. O desafio está em descobrir o que ele é e como aumentá-lo. Um trabalho recente examina o conceito de maneira simples, mensurável e útil. Entende-se que o capital intelectual se resume em: competência e comprometimento Muitas vezes, ocorrem situações em que a organização não é capaz de compreender os pontos que impedem seu crescimento. Investe-se na parte estrutural apenas, acreditando no resultado quantitativo, e se tem pouca ou nenhuma mudança. O que se deixa de lado, nesse caso, é o pensamento de que a eficiência se conquista através da realização dos objetivos que a empresa se propõe a fazer, o que depende, principalmente, da qualidade que seus serviços são prestados, uma vez que é especialmente importante a forma pela qual se busca alcançar suas metas. É no ambiente de trabalho que passamos grande parte do nosso tempo. Por isso, os vínculos corporativos entre colaboradores e empresa devem ser saudáveis e equilibrados. Essa é uma relação de troca, em que a empresa precisa dos trabalhadores para desenvolver seu negócio e os funcionários são recompensados, financeiramente, mas não só dessa forma, pelo trabalho realizado. O processo de treinamento e desenvolvimento ajuda a construir essa troca e a desenvolver habilidades interessantes para ambos os lados. Chiavenato 2014, ver os processos de desenvolvimento de pessoas envolvem as atividades de treinamento, desenvolvimento de pessoas e desenvolvimento organizacional representam os investimentos efetuados nas pessoas pela organização. Nas organizações, as pessoas se destacam por ser o único elemento vivo e inteligente, pelo seu caráter eminentemente dinâmico e pelo seu incrível potencial de desenvolvimento. Para o autor as pessoas têm enorme capacidade para: aprender novas habilidades, captar informações e adquirir novos conhecimentos, modificar atitudes e comportamentos, desenvolver conceitos e abstrações e alavancar competências.Os colaboradores de uma organização são os recursos que uma empresa tem para realizar seu propósito e para atingir as metas determinadas. O treinamento dos colaboradores é uma forma de assegurar que isso aconteça. A motivação e a produtividade podem ser estimuladas pela educação corporativa e essa é uma poderosas ferramenta que o setor de Recursos Humanos de uma empresa tem nas mãos. Existem muitas formas de levar conhecimento e desenvolver habilidades profissionais e pessoais dos colaboradores: palestras, workshops, cursos, treinamentos, educação a distância, jogos corporativos… Independente do formato que melhor se encaixa em cada empresa, os benefícios são muitos. Benefícios do T&D Treinamento é o processo educacional focado no curto prazo e aplicado de maneira sistemática e organizada através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e competências em função de objetivos definidos. O treinamento envolve, o desenvolvimento da organização e não das pessoas, atitudes diante de aspectos da organização da tarefa e do ambiente, a transmissão de conhecimentos específicos relativos ao trabalho, desenvolvimento de habilidades e competências. O processo de treinamento e desenvolvimento de profissionais traz vantagens para a empresa e para os próprios colaboradores. Entre algumas, vale destacar: Desenvolvimento acelerado de competências profissionais, de acordo com cada cargo e função ocupada; Estímulo de competição saudável entre os colaboradores. Principalmente se pensarmos que todos recebem os mesmos recursos e são providos do mesmo conhecimento para desempenhar seus trabalhos; Aumento da motivação; Melhora nos níveis de produtividade; Facilidade nas relações interpessoais e comunicação; Clima organizacional mais saudável; Fica mais simples manter os colaboradores alinhados com a cultura organizacional e cientes das expectativas da empresa; Possibilidade de preparar colaboradores para assumir posições de liderança; Os objetivos gerais da empresa são atingidos de forma mais rápida e assertiva; Redução do turnover; Retenção dos talentos da empresa. Muitas organizações estão caminhando gradativamente do T& D para a educação corporativa em uma migração paulatina e definitiva, A diferença está em que o T&D, pela sua própria natureza e configuração, é quase sempre local tópico, just in time, reativo, micro orientado, agregador. A educação corporativa apresenta a vantagem de ser, holística, sistêmica, proativa e sinérgica. O desenvolvimento de profissionais é uma ferramenta que impacta o presente, melhorando o dia a dia de trabalho, mas também impacta o futuro, com construção de carreira de profissionais preparados para assumir novos desafios e responsabilidades. GESTÃO POR COMPETÊNCIA Gestão por Competências é um sistema da área de Gestão de Recursos Humanos desenvolvido no sentido de identificar e gerir perfis profissionais que proporcionem um maior retorno a um negócio, identificando os pontos de excelência e as oportunidades de melhoria, suprindo lacunas e agregando conhecimento. Um modelo de gestão de competência sempre terá um viés conceitual e deverá ser de difícil mensuração, mas na medida em que o processo de identificação dos perfis for avançando, melhor será conduzir o gerenciamento. A Gestão por Competências representa uma alternativa aos modelos gerenciais tradicionalmente utilizados pelas organizações. Propõe-se a orientar esforços para planejar, captar, desenvolver e avaliar, nos diferentes níveis da organização (individual, grupal e organizacional) as competências necessárias para alcançar seus objetivos. A proposta deste modelo de gestão é compreender quais são as competências organizacionais críticas para o sucesso organizacional, desdobrá-las em termos de competências profissionais e desenvolvê-las junto ao quadro de funcionários internos. Trata-se de uma metodologia de gestão moderna, focada nos negócios, no mercado e no desenvolvimento profissional permanente. Gestão de pessoas por competências é um sistema para gerenciar os diferentes tipos de competências dos profissionais da organização, a fim de auxiliar a empresa a alcançar seus objetivos estratégicos. Hoje os colaboradores que mais se destacam são aqueles que conseguem contribuir com a organização através de ideias e inovação. A gestão de pessoas por competências inclui, apenas https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_Recursos_Humanos https://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_Recursos_Humanos treinar e desenvolver pessoas, selecionar talentos com competências, fazer avaliação das competências e criar sistemas de recompensa para profissionais que se destacarem no sistema de gestão de competências. A gestão por competências direciona sua ação prioritariamente para o gerenciamento da lacuna (gap) de competências eventualmente existente na organização ou equipe, procurando eliminá-lo ou minimizá-lo. A ideia é aproximar ao máximo as competências existentes na organização daquelas necessárias para a atingir os objetivos organizacionais. Sob essa perspectiva, minimizar eventuais lacunas de competências significa orientar e estimular os profissionais a eliminar as incompatibilidades entre o que eles são capazes de fazer (competências atuais) e o que a organização espera que eles façam (competências necessárias). A gestão por competência procura substituir o tradicional levantamento de necessidades de treinamento por uma visão das necessidades do negócio e como as pessoas poderão aportar valor à empresa. Todo funcionário precisa possuir um conjunto de competências básicas para desenvolver suas atividades na empresa, com isso, competências básicas é vista a forma de, conhecimentos e habilidades, atitudes e interesses, traços e valor, característica pessoal. Plano de desenvolvimento por competências. Baseado no resultado da Avaliação por Competências será criado um Plano de Desenvolvimento para os colaboradores, cujo objetivo será aperfeiçoar e potencializar o perfil individual de cada colaborador. Desde o processo de recrutamento e seleção do candidato, é necessário observar seu potencial de desenvolvimento a longo prazo na organização. Nessa perspectiva, o profissional conhece amplamente a estratégia, a cultura e clima organizacional e se sente inserido neste ambiente, como parte importante dele. A partir deste reconhecimento da função, o profissional consegue planejar sua carreira, através da gestão e aprimoramento das competências que já possui e do desenvolvimento de novas habilidades que ele enxergue como necessárias. Para tal, é necessário, primeiramente, que os gestores de Recursos Humanos tracem uma meta que contemple as necessidades individuais do profissional e as da empresa, em que cabe ao setor de RH proporcionar um ambiente favorável, criando um contexto de suporte ao funcionário que, a partir deste contexto, poderá traçar as metas mútuas. Depois, o profissional estará apto a identificar as oportunidades e os requisitos de carreira, nas quais ele poderá conhecer as necessidades necessárias versus as necessidades que já possui e, a partir daí, trabalhar com foco nas habilidades que deseja desenvolver. O próximo passo será o aporte para a implementação de programas de desenvolvimento que forneçam os recursos para o aprimoramento dos profissionais, sejam estes programas de treinamentos, aconselhamento de carreira, feedback de desenvolvimento e orientações. A última etapa consiste na mensuração do potencial do funcionário, na qual o setor de Recursos Humanos poderá utilizar-se de planos de avaliação, elaborar inventários de talentos e, assim, construir planos de sucessão. OBJETIVOS INDIVIDUAIS E OBJETIVOS ORGANIZACIONAIS Gestão de pessoas — objetivos organizacionais e individuais Ao pensar em uma gestão de pessoas com objetivos organizacionais e individuais sendo levados em consideração,
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