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Curso Técnico em Radiologia MEIOS DE CONTRASTES RADIOLÓGICO Profª: Tamyris Marcella MEIOS DE CONTRASTE RADIOLÓGICOS aula II Meios de Contraste • Apresentam alto número atômico • Maior capacidade de absorção dos raios X. • Podem ser Naturais (ar) e Artificiais ( iodo e bário). Meios de contraste são substâncias químicas que servem para opacificar o interior de órgãos, que não são visíveis no RX simples. Características Definição: SIELOGRAFIA NEFROGRAMA UROGRAFIA EXCRETORA ESOFAGOGRAFIA Vamos lembrar que!!!! O trabalho em um serviço de diagnóstico por imagem necessita de uma equipe multiprofissional, pois envolve múltiplos saberes. Tal equipe geralmente é composta de médico especialista em radiologia, radiofarmacêutico, físico, enfermeiro, técnico em radiologia e em enfermagem. Meios de Contraste CLASSIFICAÇÃO GERAL: São classificados de acordo com sua: • I- Capacidade de absorção dos RX. • II- Composição química. • III- Capacidade de dissolução. • IV- Vias de administração. Importante Meios de Contraste - Classificação I - Capacidade de absorver radiação: • Positivos ou radiopacos(Hiperdenso): quando presentes em um órgão absorvem mais radiação que as estruturas vizinhas. • Negativos ou radiotransparentes (Hipodenso): absorvem menos radiação,permitem que os RX passem mais facilmente. MC NEGATIVO MC POSITIVO Meios de Contraste - Classificação II - COMPOSIÇÃO: IODADOS: apresentam Iodo (I) como elemento radiopaco em sua fórmula e possuem alto número atômico. NÃO IODADOS: não contêm iodo, mas utilizam substâncias como Sulfato de Bário (BaSO4) ou gadolínio em sua fórmula como substâncias radiopacas. Meios de Contraste - Classificação III- Capacidade de Dissolução. Podem ser: 1- Hidrossolúveis: dissolvem-se em água 2- Lipossolúveis: dissolvem-se em lipídios 3- Insolúveis: não se dissolvem. IV- Via de Administração: • é o caminho pelo qual uma droga é colocada em contato com o organismo. Meios de Contraste - Classificação IV – VIAS DE ADMINISTRAÇÃO: 1-Oral: Meio de contraste ingerido. 2- Parenteral: Meio de contraste ministrado por Via venosa (IV) ou Via arterial (IA). 3-Endocavitário: Meio de contraste ministrado por orifícios naturais que comunicam com o meio externo (ex: uretra, reto, útero, etc.). 4- Intracavitário: Meio de contraste é ministrado via parede da cavidade em questão (ex: fístula). VIAS DE ADMINISTRAÇÃO-ORAL SULFATO DE BÁRIO - GASTROBÁRIO • Diluir os 150 g de pó de uma embalagem em cerca de 300 ml de água. • O pó não deve ser administrado na sua forma original, isto é, sem ser preparado com água, dado o risco de inalação, irritação do esôfago ou obstrução intestinal. • A água deve ser adicionada pouco a pouco, mexendo contínua e vigorosamente,com a finalidade de obter uma suspensão homogênea de cor branca. • Após preparação a suspensão pode ser administrada pela boca. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO-ORAL SULFATO DE BÁRIO- BARIOGEL • O Bariogel Suspensão a 100% já vem diluído, numa concentração ideal para a maioria dos exames. • Apresentação em copos com 150 ml e com 200 ml. • Administrar por via oral, antes do exame radiológico, um copo ou segundo a orientação do radiologista. • Caso seja necessário, diluir com água destilada • AGITAR BEM O COPO ANTES DE INGERIR O PRODUTO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO-ORAL SULFATO DE BÁRIO - MICROPAQUE Meio de contraste baritado a 1 g/ mL sulfato de bário Estômago, duodeno e esôfago (preenchimento): • Diluir 150 mL da suspensão de Micropaque® com 300 mL de água. Concentração = 33% Intestino delgado: • Diluir 500 mL da suspensão de Micropaque® com 750 mL de água. Concentração = 40%. • Antes do uso deve-se agitar cuidadosamente o frasco. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO-ORAL VIAS DE ADMINISTRAÇÃO-ORAL CONTRASTES IODADOS • Abdômen superior : • Administrar 1000ml de MC Iodado diluído. • Diluição de 40ml de iodo ( 30mg) em 1litro de água • Concentração de 4% • O volume total deve ser fracionado em 5 copos de 200ml oferecido a cada 10 minutos • Após último copo inicia-se procedimento • O tempo total de preparo para o exame leva em média 4 minutos VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL CONTRASTES IODADOS • Se o meio de contraste é injetado em uma veia, a qual se distende facilmente,as sensações são inexistentes ou de fraca intensidade. • Se o meio de contraste é injetado em uma artéria,que é de difícil distensão ,estas sensações são de forte intensidade VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL PROTOCOLOS PARA ADMINISTRAÇÃO • Punção com assepsia • Traumatizar o mínimo possível • Evitar punções consecutivas pois causam desconforto, ansiedade e dor que podem desencadear reações tipo vasomotora com graves conseqüências • Butterfly (cateter com asas) 19 e 21 com injeção lenta • No caso do Jelco usar de 20 e 22 • Máxima tolerabilidade 1ml/seg VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Punção Venosa • Antes de retirar o conteúdo de qualquer frasco , é importante a confirmação do conteúdo do mesmo e da data da validade. • O ar tem de ser removido da seringa antes de se retirar o conteúdo do frasco. • Os agentes iodados podem ser administrados em injeção ou em infusão (gotejamento). VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Punção Venosa VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL • Para injeção de bólus de 50 a 100 ml de solução do contraste em adultos, um escalpe tamanho 18 ou 20 deve ser preferido. • Para pacientes pediátricos, uma agulha menor, tamanho 23 ou 25, é preferida. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Injeção Intravenosa Fornece rápida introdução do contraste no sistema vascular. • A velocidade de administração da injeção é controlada: 1. Pelo diâmetro da agulha ou do equipo de conexão 2. Pelo volume de contraste injetado 3. Pela viscosidade do contraste 4. Pela estabilidade da veia 5. Pela força aplicada à seringa durante a injeção VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL Infusão Intravenosa • Permite que um maior volume do contraste seja administrado por um maior período de tempo. • É usada mais comumente quando um cateter venoso já se encontra instalado. • O contraste se encontra em uma bolsa ou recipiente próprio para infusão intravenosa, que é invertido e conectado à linha de infusão. • A taxa de infusão, pode ser lenta, ou rápida, dependendo da necessidade do exame, a mesma é controlada por um dispositivo manual controlador de infusão. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA- Injeção do Meio de Contraste • Injeção Mecânica 1.(Bomba Injetora) • Injeção contínua 1.Velocidade programada 2.Adequada via de acesso VIAS DE ADMINISTRAÇÃO PARENTERAL • Veia antecubital calibrosa • Gelco 20 – 22 G • Monitorização no início da injeção • NÃO usar veia já cateterizada há mais de 24 horas JELCO ÊMBOLO DA BOMBA MC IODADO ALGODÃO CONTRASTE IODADO SERINGA MC BARITADOSONDA GAROTE FASE DE AQUISIÇÃO VOL. por mlTEMPO DO DELAY Técnica de Injeção - TC Helicoidal do Abdome Tempo de intervalo para a aquisição das imagens: • Fase arterial: 25 seg. após o início da injeção • Fase portal: 60 seg. • Fase de equilíbrio: 3 minutos • Fase de retardo: 10 - 15 minutos VIAS DE ADMINISTRAÇÃO INTRACAVITÁRIA • Meio de contraste é ministrado via parede da cavidade questão.Exemplo uma Fístula MAS O QUE É MESMO UMA FÍSTULA???? VIAS DE ADMINISTRAÇÃO INTRACAVITÁRIA • Uma Fístula é uma comunicação entre um órgão e o meio externo ou entre dois órgãos internos. • Pode ocorrer devido a uma lesão congênita ou por um agente patológico. • Tem como característica permitir a passagem de substâncias ou de secreções. VIAS DE ADMINISTRAÇÃO INTRACAVITÁRIA- Fístula BÁRIO Meios de Contraste Sulfato de Bário • É o contrastepositivo ou radiopaco mais comum e de extrema insolubilidade. • O sulfato de bário nunca se dissolve na água. • É uma substância salina inerte que em contato com a água forma uma solução coloidal. Meios de Contraste Sulfato de Bário Tipos: • Bário Ralo - assume a consistência de um milk- shake ralo,preparado na proporção de 1:4 sendo indicado para estudo do TGI. • Bário Denso – assume a consistência de um cereal cozido,preparado na proporção de 4:1 sendo mais difícil de engolir indicado para o estudo do esôfago porque desce lentamente e tende a aderir a esta mucosa. Meios de Contraste Sulfato de Bário Contra Indicações: • Por ser um composto insolúvel, o sulfato de bário é contra indicado se houver qualquer chance de que possa escapar para a cavidade peritoneal. • Isso pode ocorrer através de vísceras perfuradas, ou no ato cirúrgico se este suceder após o procedimento radiológico. Meios de Contraste Sulfato de Bário • O Bário é eliminado normalmente depois de ser absorvido pelo intestino grosso. Como o Bário pode se tornar endurecido e dificultar assim a evacuação é aconselhável aumentar a ingestão de líquidos ou se não contra indicado oferecer um laxante . IMPORTANTE • O sulfato de Bário não pode, sob nenhuma circunstância, ser INJETADO na corrente sanguínea, pois o mesmo não é diluído no plasma sanguíneo. O BÁRIO É INSOLUVÉL!!!! Meios de Contraste Ar e outros Gases • São MC Negativos e Radiotransparentes. • O Ar no estudo do TGI é ingerido junto com o Bário através de furos no canudo dado ao paciente. • No caso do Enema é injetado via retal logo após administração do Bário. Meios de Contraste Ar e outros Gases • O outro gás utilizado é o Dióxido de Carbono obtido quando o paciente ingere cristais de Citrato de Cálcio e Citrato de Magnésio que no estômago formam uma grande bolha de gás. Meios de Contraste Duplo Contraste Consiste no emprego de MC radiopacos e radiotransparentes ao mesmo tempo. • Radiopacos sulfato de Bário • Radiotransparentes o Ar ou Dióxido de Carbono • Técnica amplamente empregada numa SEED, Esofagografia , Enema com Duplo Contraste. IODO IODO • O iodo (do grego iodés, cor violeta) é um elemento químico de símbolo I , de número atômico 53 (53 prótons e 53 elétrons) e de massa atómica 126,9. • À temperatura ambiente, o iodo encontra-se no estado sólido. • É um não metal, do grupo dos halogênios (7A) da classificação periódica dos elementos. • É o menos reativo e o menos eletronegativo de todos os elementos do seu grupo. • É um oligoelemento, empregado principalmente na medicina, fotografia e como corante. • Foi descoberto na França pelo químico Bernard Courtois em 1811 a partir de algas marinhas. IODO • O grupos dos Halogênios é a única das famílias formadas unicamente por não-metais. A palavra provém do grego e significa formador de sais. • Fluor (F), Cloro (Cl), Bromo (Br), Iodo (I), Astato (At) e Ununséptio (Uus). Fundamental lembrar!!! • Osmolalidade concentração total de soluto por quilograma de água (mOsm/kg H2O) • Osmolaridade concentração total de soluto por litro de solução a determinada temperatura (mOsm/L), respectivamente. • O termo osmolaridade o habitualmente utilizado na clínica. Meios de Contraste IODADOS • Existem vários elementos químicos muito mais radiopacos do que o iodo, porém até agora,nenhum outro provou poder ser injetado com tanta segurança. • O teor de iodo é sinônimo do poder contrastante em uma solução. Critérios de avaliação dos Contraste Iodados • Toxicidade:capacidade de uma substância provocar danos. • Concentração: deve ter concentração de iodo compatível com área de interesse. Critérios de avaliação dos Contraste Iodados • Tonicidade: é a atividade osmótica duma solução quando comparada com outra, se relaciona com a pressão Osmótica: 1.Substâncias Hipotônicas 2.Substâncias Hipertônicas 3.Substâncias Isotônicas Os contraste radiológicos que possuem maior Tonicidade são considerados Hipertônicos Critérios de avaliação dos Contraste Iodados Menor viscosidade Maior facilidade de injeção Eliminação mais rápida Viscosidade Maior viscosidade Menor facilidade de injeção Eliminação mais lenta Meios de Contraste IODADOS O Iodo é um Contraste positivo radiopaco indicado para: • Estudos Vasculares • Trato Urinário • Trato Digestivo • Aparelho Genital Meios de Contraste IODADOS Qual a finalidade do uso dos Meios de Contrastes Iodados? Proporcionar a mais alta radiopacidade causando o menor dano possível utilizando para tanto a menor osmolalidade possível. Classificação dos Meios de Contraste Iodados • Iônicos = alta osmalaridade • Não-Iônicos = baixa osmolaridade • Isosmolares Importante Ionicidade : Capacidade de uma substância se dissociar quando em solução produzindo partículas osmóticamente ativas e eletricamente carregadas Cátions(+) / Ânions(-) Tipos de Contraste Iodados - Iônicos Iônico Íon = Átomo com excesso ou falta de carga elétrica. Ânion Carga elétrica negativa (-) ANEL BENZÊNICO / IODO Cátion Carga elétrica positiva (+) Bases: Sódio, Meglumina COOH I I I R1 R2 COOH ( acido carboxilico) - solubilidade aquosa I ( Iodo)- componente que produz contraste R1 e R2 - redução da toxicidade. Ácido triiodobenzeno Representação da Molécula de Iodo: Cátion = ( Sódio ou Meglumina) = Iônico Ânion = ( Hipronilamina)=Não-IônicoSUBSTITUIÇÃO Vale lembrar que... • As designações R1 e R2 são usadas para indicar a existência de cadeias laterais, que podem ser constituídas por átomos de carbono ou por átomos de outros elementos. Representação da Molécula de Iodo Monômeros: • Possuem apenas um anel benzênico na sua constituição molecular Dímeros: • Possuem dois anéis benzênicos na sua constituição molecular Dependendo da substituição realizada no grupamento ácido o MC é classificado como Iônico ou Não-Iônico independente de ser um Monômero ou um Dímero Substituição do grupamento Carboxila por um Sódio: • Diminui a viscosidade • Pode provocar náusea ou vômitos • Diminui a Diurese • Boa opacificação urográfica Substituição do grupamento Carboxila por um Meglumina: • Melhora a solubilidade • Aumenta a viscosidade • Bem tolerado • Pouca influência na BHE • Poucos efeitos vasculares • Forte poder diurético • Pobre opacificação Urográfica Representação da Molécula de Iodo Tipos de Contraste Iodados - Iônicos • Os cátions usados são as bases de sódio e/ou meglumina. 1. São contrastes com osmolaridade muito superior a do plasma (de 6 a 8 vezes). 2. Estão associados à maior risco de efeitos adversos. Quando em solução aquosa pode se dissociar em um cátion ou um ânion. A parte elétrica negativa é a que contém o iodo, o elemento contrastante (radiopaco), responsável pela opacificação. Tipos de Contraste Iodados - Não Iônicos • MC modernos cuja molécula não se desassocia em íons quando em solução aquosa. • Possuem osmolaridade menor que os Iônicos, porém, ainda são 2 a 3 vezes mais osmolares que o plasma. • As reações adversas são bem mais raras. Não-Iônico = Não tem carga elétrica Tipos de Contraste Iodados - Isosmolares • São contrastes com osmolaridade igual ao do plasma e, teoricamente, com menor risco de reações adversas. • Pouquíssima dor e sensação mínima de calor,mesmo em exames arteriais. • Melhor tolerância renal, com mínimos efeitos sobre os parâmetros renais em relação aos demais meios de contraste. Contrastes Iodados COMPOSTOS DE ALTA OSMOLARIDADE: • Amidotrizoato Urografina • Iodamida Uromiron • Ioxitalamato Telebrix COMPOSTOS DE MÉDIA OSMOLARIDADE: • Iomeprol Iomeron • Iopamidol Iopamiron • Ioversol Optiray Atividade em sala • Faça um resumo com suas palavras das diferençasprincipais entre os meios de contraste utilizados na radiologia? SALA DE AULA Para • 1) Defina e Classifique Contraste Radiológicos? • 2) Quais as características principais do Sulfato de Bário? • 3) Como podemos Classificar os contrastes Iodados e qual a diferença básica entre eles? • 4) Quais são os critérios de avaliação dos MC Iodados? • 5) Como podemos obter o gás carbônico em um exame de duplo contraste? • 6) o que é Duplo contraste? • 7) Quais são as diferenças entre os MC de IODO e BARIO? • 8) Com relação a tabela periodica descreva as caracteristicas do IODO; • 9) qual a importancia do iodo na vitalidade do ser vivo? Tenham uma Boa Noiteeee!!!
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