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Tatyane Ferreira Odontologia OSTEONECROSE Conforme diz Castro et al. (2017), a osteonecrose é uma patologia decorrente da diminuição da densidade óssea e consequentemente da perda do suprimento vascular. Na odontologia, a osteonecrose traz consequências clínicas e biológicas de modo que a observação do dentista ao paciente é necessária. Conquanto que, o mesmo necessita ser informado desde sua condição bucal até seu estado sistêmico, podendo estes ter relação direta. Em um estudo feito no ano de 2008, 82 pacientes foram analisados fazendo uso de bisfosfonatos, em que 78 desenvolveram osteonecrose. Foi observado que 94,9% recebeu medicação endovenosa para tratamento de condições malignas, 3,8% por osteoporose e 1,3% para tratamento da patologia de Paget. Desses pacientes, 46,2% desenvolveram osteonecrose de maxilares espontaneamente, já os outros (53,8%) tiveram osteonecrose após uma intervenção cirúrgica. Dos pacientes com câncer que realizava quimioterapia, 10% eram diabéticos e 11%, fumantes regulares. Portanto, os autores concluíram que pacientes com desordens malignas recebendo BPs endovenosos, e/ou com história de quimioterapia, radioterapia ou uso corrente de esteroides, possuem um elevado risco para desenvolvimento de necrose. Relataram ainda que, uma vez identificado um paciente de alto risco, esse deve passar por uma rigorosa avaliação odontológica a fim de que se previna a realização de procedimentos invasivos após início da terapia com BPs (IZQUIERDO; OLIVEIRA; WEBER, 2011). Tatyane Ferreira Odontologia Aliás, Martins et al. (2009) afirma, também, que o cirurgião-dentista deve identificar os pacientes que estão em tratamento com bifosfonatos realizando um exame clínico rigoroso. Contudo, vale salientar que qualquer indivíduo pode desenvolver patologias orais, sofrer algum traumatismo dento alveolar, ou passar por traumas crônicos ocasionados por próteses dentárias, que podem servir como um estímulo para o desenvolvimento da osteonecrose. Aos pacientes que se encontram com osteonecrose induzida por bifosfonatos apresentam um desafio no tratamento para tanto para os oncologistas quanto para os CD. Sendo assim, é de extrema importância à realização de medidas preventivas a essa patologia. Indivíduos que começaram a utilizar esse medicamento devem ser avaliados clinicamente e radiograficamente, além de analisar a saúde oral e realizar, antes do medicamento, procedimentos invasivos (DUPLAT; COSTA; FALCÃO, 2012). A primeira ação deve ser paliativa, seguida por uma resolução espontânea ou debridamento cirúrgico visando o controle e a limitação da progressão da doença (DUPLAT; COSTA; FALCÃO, 2012). Segundo AZEVEDO (2012) Indivíduos no estágio 1, doentes que apresentam lesões ósseas assintomáticas, beneficiam de tratamento conservador apenas com cuidados locais de higiene e bochechos com soluções antissépticas, como clorexidina a 0,12%. Contudo, aqueles que se encontram no estágio 2, pacientes com lesões de osteonecrose dos maxilares sintomáticas, devem receber tratamento com analgésicos para controlar a dor e bochechos de antissépticos orais combinados com antibioticoterapia sistêmica. E por último, os pacientes no estágio 3, doentes que se apresentam com lesões de osteonecrose acompanhadas por outras complicações locais, é indicado o tratamento preconizado para o estagio anterior com Tatyane Ferreira Odontologia desbridamento adicional da lesão óssea. Educar o paciente para que haja a preservação de sua qualidade de vida, controlando a infecção secundária, a dor, prevenindo a extensão da lesão, deve ser também prioridade para os dentistas no tratamento de pacientes com osteonecrose (AZEVEDO, 2012). REFERÊNCIAS AZEVEDO, Helder Nascimento de. Avaliação do uso de bisfosfonatos em idosos estabelecendo um protocolo de prevenção odontológico à osteonecrose. 2012. 74 f. Monografia (Especialização) - Curso de Odontologia, Universidade São Francisco, Bragança Paulista, 2012. Disponível em: <http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2414.pdf> . Acesso em: 16 abr. 2017, 22:24:16. CASTRO, João Victor Paes et al. Osteonecrose em pacientes em tratamento Haart e impacto na odontologia. Brazilian Journal Of Surgery And Clinical Research, [S.l.], p. 1-5. dez. / fev. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rbr/v52n2/v52n2a10.pdf>. Acesso em: 26 abr. 2017, 20:24:16. DUPLAT, Candice; COSTA, Denis; FALCÃO, Antônio. Osteonecrose em maxilares induzida por bisfosfonatos: farmacologia e condutas clínicas. Revista Saúde. Com, [S.l.], v.8, n.2, p.69-78, 2012. Disponível em: <http://www.uesb.br/revista/rsc/ojs/index.php/rsc/article/view/173>. Acesso em: 28 abr. 2017, 09:44:27. IZQUIERDO, Cristina; OLIVEIRA, Marília; WEBER, João. Terapêutica com bisfosfonatos: implicações no paciente odontológico – revisão de literatura. RFO UPF, Passo Fundo, v. 16, n. 3, p. 347-352, set./dez. 2011. Disponível em: <http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1413- 40122011000300021&script=sci_arttext&tlng=pt>. Acesso em: 21 abr. 2017, 22:51:27. MARTINS, Marco et al. Osteonecrose dos maxilares associada ao uso de bisfosfonatos: importante complicação do tratamento oncológico.Res. Bras. http://lyceumonline.usf.edu.br/salavirtual/documentos/2414.pdf%3e http://www.scielo.br/pdf/rbr/v52n2/v52n2a10.pdf http://www.uesb.br/revista/rsc/ojs/index.php/rsc/article/view/173 http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1413-40122011000300021&script=sci_arttext&tlng=pt http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1413-40122011000300021&script=sci_arttext&tlng=pt Tatyane Ferreira Odontologia Hematol. Hemoter., v.31, n.1, p.41-46, 2009.<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516- 84842009000100013&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 26 abr. 2017, 11:28:17. http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842009000100013&script=sci_abstract&tlng=pt http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-84842009000100013&script=sci_abstract&tlng=pt
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