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FRATURA DO COMPLEXO ZIGOMÁTICO Referência: Trauma bucomaxilofacial, Fonseca, 4º edição Tatyane Ferreira 1- Exame clínico -Analisar clinicamente a existência de fratura do complexo zigomático; - Analisar o zigoma por inspeção e palpação; * inspeção é realizada a partir das vistas frontal, laterais, superior e inferior. Deve-se notar simetria, níveis pupilares, presença de edema orbital, equimose subconjuntival e projeção anterior e lateral dos corpos zigomáticos. O método mais útil para avaliar a posição do corpo do zigoma é a partir da vista superior. *Passo a passo da inspeção: O paciente pode ser colocado em uma posição de decúbito ou reclinado em uma cadeira. O cirurgião inspeciona a partir de uma posição superior, avaliando a maneira como o corpo zigomático se projeta anterior e lateralmente ao rebordo supraorbital, comparando um lado com o outro. O cirurgião deve colocar o seu dedo indicador abaixo das margens infraorbitais, ao longo dos corpos zigomáticos, pressionando o tecido edematoso para palpar e reduzir o efeito visual de edema simultaneamente ao realizar este exame. A visão superior é também útil para avaliar uma possível depressão do arco zigomático. Não se deve esquecer de realizar um exame intraoral, pois as fraturas zigomáticas são muitas vezes acompanhadas por equimoses no sulco vestibular superior e fraturas dentoalveolares superiores. * Passo a passo palpação: um lado deve ser comparado com o outro. Os rebordos orbitais são palpados em primeiro lugar. O cirurgião palpa o rebordo infraorbital com o dedo indicador, movendo o dedo sistematicamente de lado a lado ao longo da borda. Os rebordos orbitais laterais são palpados com o dedo indicador e o polegar. Um deve também utilizar o dedo indicador ao longo da face interna da borda orbital lateral. - Determinar o estado neurológico (primeiramente analisar o estado visual do olho). 2- Sinais e Sintomas a- Equimose e edema periorbital: edema e sangramento nas pálpebras e áreas periorbitais sãos os sinal mais comuns na fratura da borda orbital. A equimose pode esta na pálpebra inferior e na área infraorbital ou no entorno da borda orbital. b- Aplainamento da proeminência malar: sinal característico e marcante da lesão zigomática. c- Aplainamento sobre o arco zigomático d- Dor e- Equimose do sulco vestibular maxilar f- Deformidade no pilar zigomático da maxila g- Deformidade da margem orbital h- Trismo: possíveis explicações é que é derivado do espasmo muscular secundário a invasão pelos fragmentos deslocados, especialmente no músculo temporal. Um achado associado é o desvio da mandíbula para o lado fraturado. i- Anomalia de sensibilidade nervosa: hipoestesia do nervo infraorbital sendo mais comuns nas fraturas que estão deslocadas. j- Epistaxe: ocorre quando a mucosa sinusal é rompida gerando hemorragia dentro do seio. k- Equimosa subconjuntival l- Crepitação do enfisema: Fratura atravessando a parede do seio maxilar com ruptura da mucosa de revestimento permite que o ar escape para dentro do tecido mole facial, pelo fato de a pressão no interior do seio ser maior do que a do interior do tecido O enfisema desaparece espontaneamente em 2 a 4 dias sem tratamento. Um fator significativo do enfisema é o potencial de infecção que ocorre por meio da comunicação entre o seio e o tecido mole. m- Deslocamento da rima palpebral: Como o septo orbital está ligado ao rebordo infraorbital, o deslocamento inferior ou posterior da borda orbital inferior provoca depressão da pálpebra inferior, dando-lhe uma aparência encurtada. n- Níveis pupilares desiguais: Posicionamento da pupila do lado afetado a um nível inferior ao do lado normal. o- Diplopia: Visão embaçada, dupla. Pode ser: monocular, quando há embaçamento de um olho como outro fechado ou binocular quando o embaçamento ocorre apenas quando o paciente olha através de ambos os olhos. p- Enoftalmia: aumento de volume orbital caracterizado por acentuação do sulco da pálpebra superior e estreitamento da fissura palpebral. 3- Exame radiográfico A tomografia computadorizada bidimensional é atualmente considerada a melhor de avaliação radiográfica das lesões do esqueleto facial. As tridimensionais não oferecem informações adicionais além das presentes na bidimensionais, mas é útil para compreender o deslocamento e padrões de fratura. 4- Tratamento das fraturas do complexo zigomatomaxilar Passos no tratamentos cirúrgico de uma fratura zigomatomaxilar complexa 1- Antibióticos profiláticos 2- Anestesia 3- Exame clinico e teste de ducção forçada 4- Proteção do globo 5- Preparação antisséptica 6- Redução da fratura 7- Avaliação da redução 8- Determinação da necessidade de fixação 9- Aplicação do dispositivo de fixação 10- Reconstrução orbital interna 11- Avaliação do motilidade ocular 12- Enxerto ósseo em defeitos osseos extraorbitais 13- Ressuspensão dos tecidos moles 14- Exames oculares pos-cirurgicos 15- Imagens pos-operatórias
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