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Eletrolipoforese: Tratamento Estético

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ELETROLIPÓLISE
INSTRUTORA:CIBERE A S SILVA
No início da década de 80, na França, um grupo de médicos começou a utilizar, em medicina estética, e acupuntura, correntes polarizadas ou mistas, para tratamento da adiposidade, celulite fibrótica ou nodular (Silva, 1997).
Antigamente na eletroterapia clássica existiam somente tratamentos para a obesidade a base de corrente galvânica aplicada com grandes eletrodos superficiais sobre a área, e, a grande novidade dos métodos atuais consiste tanto na forma de aplicar a corrente, como em seu mecanismo biofísico de atuação. Hoje em dia, é realizado o tratamento da celulite e da obesidade mediante correntes que são aplicadas com agulhas, introduzidas nas áreas de tratamento (Zaragoza & Rodrigo, 1995).
INTRODUÇÃO
Caracteriza-se pela aplicação de uma corrente especifica de baixa frequência (ao redor de 25 Hz) que atua diretamente a nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados produzindo lipolise e favorecendo sua posterior eliminação.
Em seu início, a eletrolipólise se aplicava por meio de eletrodos em forma de finíssimas agulhas diretamente implantadas no panículo adiposo, realizada apenas por equipe médica (Soriano et al.,2000). Segundo Guirro & Guirro (2002), a indústria de equipamentos da área de estética criou aeletrolipólise com placas transcutâneas na tentativa de ampliar o mercado de venda.
CONCEITO
A eletrolipoforese terapêutica atua a nível do tecido adiposo, produzindo sua destruição e eliminação. O campo elétrico que se origina entre os eletrodos, provoca a nível local, uma serie de modificações fisiológicas que são responsáveis pelo fenômeno da eletrolipólise (Soriano et al., 2000).
De acordo com os relatos de alguns autores, os principais efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipólise são: 
PROPRIEDADES
Em virtude do efeito Joule, a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza um trabalho que produz calor ao atravessar o mesmo. O aumento de temperatura que é produzida na eletrolipoforese, não atinge tecidos orgânicos, visto que se trata de uma corrente com uma intensidade muito pequena, porém suficiente para contribuir para instalação de uma vasodilatação com aumento de fluxo sanguíneo local. Desta forma é estimulado o metabolismo celular local, facilitando a queima de calorias e melhorando o trofismo celular (Soriano et al., 2000).
Efeito Joule
O ligeiro aumento de temperatura que se instala no local (efeito Joule) contribui em parte para a instauração de uma vasodilatação, pois a corrente atua com estímulo direto nas inervações promovendo uma ativação da microcirculação. Foi demonstrado que a freqüência de 25 Hz é mais eficaz para tratar alterações circulatórias e congestivas (Silva, 1995; Soriano et al., 2000).
Efeito de estímulo circulatório
O tecido adiposo representa a principal reserva energética do organismo. Longe de um simples reservatório, o adipócito possui uma intensa atividade metabólica: forma triglicerídeos (liposíntese) e os armazena, decompondo-os (lipólise) segundo a demanda do organismo. A mobilização das gorduras de reserva, ou seja a lipólise, se realiza graças a uma enzima hormonio-dependente a triglicerideolipase (Guyton & Hall, 2002; Soriano et al., 2000).
Esta enzima desintegra os triglicerídeos em ácidos graxos e uma molécula de glicerol. Os ácidos graxos assim produzidos são em grande parte, expulsos da célula a menos que estejam em um local com excesso de glicose, e que voltam a formar triglicerídeos; ao contrário, o glicerol liberado, não pode ser usado novamente e é captado pelo fígado que o metaboliza em glicose (Soriano e col., 2000).
Efeito neuro-hormonal
Guyton (1996), relata que cada adipócito contém grandes quantidades da enzima digestiva de gordura, em sua forma inativa, a lipase. Alguns hormônios, em especial o cortisol, do córtex suprarenal, e a epinefrina, da medula supra-renal, podem ativar a lipase.
O sistema neuro-hormonal influi sobre a lipólise: a estimulação do sistema simpático a ativa, enquanto a estimulação parassimpática diminui. (Junqueira & Carneiro, 1999; Soriano et al., 2000).
O Sistema Nervoso Simpático atua por mediação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina): a ativação destas últimas se efetua por itermédio do AMP cíclico, que estimula certas proteinquinases, o que determina a ativação de lipase tissular (Soriano et al.,2000).
Quando se utiliza uma corrente especifica de baixa frequência durante a eletrolipoforese, produz se uma estimulação da sistema simpático, e como consequência ocorre a liberação de catecolaminas com aumento do AMP cíclico intradipocitário, e aumento da hidrólise dos triglicerídeos. Trabalhos realizados com esta técnica demonstram a presença de quantidades significativas de glicerol na urina, horas subsequentes ao tratamento (sabe-se que em condições basais o glicerol não é detectado na urina). Este fato indica ativação da lipólise que se produz (Parienti, 2001; Soriano et al., 2000; Silva, 1995).
Em conjunto, e como consequência de todos os efeito mencionados, se induz um aumento do catabolismo local, que se traduz clinicamente em uma redução do panículo adiposo, desde a primeira sessão (Soriano et al., 2000).
A microestimulação elétrica ativa as fibras do tecido conjuntivo subcutâneo, que favorecem a drenagem linfática e sanguínea, provocando uma melhora da qualidade e aspecto da pele (Soriano et al., 2000). Corroborando, Silva (1995) explicita que o estímulo circulatório produzido pela corrente elétrica, tem grande importância na drenagem da área.
Segundo Pinto (1996), a aplicação dessas finas agulhas, ligadas a uma corrente de baixa intensidade, cria um campo elétrico entre elas, ocorrendo uma modificação no meio intersticial, favorecendo as trocas metabólicas e ainda, a lipólise.
AÇÃO
 Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), existe muita discussão sobre qual o mecanismo de ação destas correntes aplicadas na eletrolipoforese; ainda que os resultados clínicos são em geral concordantes e muito positivos, há pouca experimentação básica que permita definir claramente a sua forma de atuação. De todos os modos há, ao menos, dois efeitos claramente envolvidos:
O estímulo circulatório que produz toda corrente contínua, seja interrompida ou não, e que
tem grande importância na drenagem da área.
O estímulo da lipólise, diretamente ou indiretamente pela excitação das terminações nervosas simpáticas e liberação de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) que atuam sobre os receptores beta do adipócito e estimulam a triglicerideolipase, potencializando a lipólise dos triglicerídeos em glicerol e ácidos graxos. Estudos histopatológicos vem demonstrando o efeito deste tipo de tratamento sobre os adipócitos (diminuição no tamanho, alterações na forma e mudanças estruturais) que indicam a existência de uma base orgânica par os efeitos clínicos constatados (Zaragoza & Rodrigo, 1995). Guirro & Guirro (2002) relatam que os efeitos das correntes no organismo estão bem catalogados, porém os textos que descrevem os tratamentos são pouco científicos, e seus reais efeitos devem ser melhor investigados.
Para Parienti (2001), é necessário que o paciente sinta sensação de picadas que chegam ao limite do desagradável. Durante a sessão e preciso aumentar progressivamente a intensidade da corrente durante o processo de acomodação.
As sessões podem ser semanais, com um mínimo de 6, podendo alcançar até 10, devendo-se levar em conta que os efeitos se prolongam durante umas semanas a mais, sendo que para julgar os resultados se espera até 45 dias após o fim do tratamento (Zaragoza & Rodrigo, 1995). Parienti (2001), sugere uma aplicação por semana, e segundo o autor, os resultados tornam-se mais significativos após a 3ª sessão.
Em nossa pratica clinica verificamos que pode-se realizar 2 sessões por semana.
Nesta modalidade os eletrodos são ligados a placas de silicone condutivo, colocadas aos pares, com distanciamento de 5 a 6 cm entre elas, com um gel condutivoentre a pele e as placas. São recomendadas 2 a 3 sessões por semana, com o total de 20 a 30 sessões.
 
Em ambas as modalidades, após a aplicação é recomendada a proteção solar, devido a sensibilização causada pela aplicação.
Método sem agulhas:
A principal indicação da eletrolipólise está no tratamento da obesidade localizada e celulite.
Parienti (2001) indica a eletrolipoforese nas complicações de "placas onduladas" após a lipoaspiração e a ptose abdominal e das nádegas.
Segundo Zaragoza & Rodrigo (1995), podemos utilizar a eletrolipoforese para diminuição do perímetro em abdome, coxa e quadril. Há também, discreta, porém não espetacular, perda de peso,
melhora circulatória local e melhora da troficidade da pele da área tratada. Os autores mencionam também o uso da eletrolipoforese na lipodistrofias localizadas.
INDICAÇÕES
Segundo Soriano et al. (2000), não existe nenhuma região do corpo onde o método está contra indicado, sempre e quando a indicação seja correta.
Silva (1995), Parienti (2001) e Soriano et al. (2000), narram algumas contra-indicações da eletrolipoforese:
• Transtornos cardíacos (alteração do ritmo e da condução; insuficiência cardíaca) e portadores
de marca-passo e cardiopatias congestivas;
• Pinos ou placas no corpo, em áreas onde a corrente elétrica será aplicada;
• Gravidez em qualquer idade gestacional;
• Paciente renais crônicos (insuficiência renal)
• Trombose venosa profunda
• Utilização de medicamentos, como anticoagulantes;
• Neoplasias;
• Alterações dermatológicas na área a tratar (Dermatites, dermatoses, feridas, inflamações,
eczemas, etc.)
• Epilepsia
CONTRA-INDICAÇÕES
1. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos, Recursos e
Patologias. 2002 . Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada. pp. 380
2. GUYTON, A. C. 1996 - Fisiologia Humana - Ed Guanabara Koogan – RJ.
3. GUYTON, A .C. & HALL, J.E. – 2002 - Tratado de Fisiologia Médica – Ed. Guanabara Koogan - 10°
Edição – RJ.
4. JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J.1999 – Histologia Básica – Ed. Guanabara Koogan. 9ª Ed. pp. 169-17.
5. NAOUM, P. C.- 1999- Eletroforese – Técnicas E Diagnósticos. Ed. Santos - São Paulo, 154 pp.
6. PARIENTI, I. J. 2001. Medicina Estética. Ed. Andrei. pp. 58-68 
7. PINTO, E. B. S; ERAZO, P. J; MUNIZ, A. C. Superficial liposuction body contouring. Clinics in Plast.
1996. Surg., 23:4. Apud. GUIRRO, E. C. O. & GUIRRO, R. R. J. Fisioterapia Dermato - Funcional – Fundamentos,
Recursos e Patologias. 2002. Ed Manole - 3ª Ed. Revisada e ampliada.
8. SILVA, M.T. Eletroterapia em Estética Corporal. 1995. Ed. Robe – 1° Edição - São Paulo – pp. 59-64.
9. SORIANO, M. C. D., PÉREZ, S. C., BAQUÉS, M. I. C. - Electroestética Professional Aplicada - Teoria y Práctica para la Utilización de Corrientes en Estética - Sorisa - Espanha - 2000. pp. 120-123
10. ZARAGOZA, J.R. & RODRIGO, P. Electroestética. 1995 . Ed. Nueva Estética – 1° Edição - Espanha –pp. 61-67.
REFERÊNCIAS

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