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Documento 27 1 (1) (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO GERALDO DI BIASI 
FUNDAÇÃO EDUCACIONAL ROSEMAR PIMENTEL 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segurança e ergonomia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANTONIO LACERDA VENTURA 
2018101346 
VOLTA REDONDA RJ-2020 
 
 
 
 
 
Piper Alpha foi uma plataforma-petrolífera no mar do norte na Escócia, era dirigida 
pela corporação “Ocidental Petroleum”. Inicialmente atuava somente como uma 
plataforma de petróleo que começou sua produção em 1976, mas depois foi 
adicionada a produção de gás. Devido a uma má organização das relações entre os 
serviços, falta de planejamento e de mecanismos para o trabalho, a Piper Alpha teve 
um colapso em 6 de julho de 1988. 
Uma explosão e os incêndios resultantes de petróleo e gás destruíram o Piper Alpha 
em 6 de julho de 1988, matando 167 pessoas, incluindo dois tripulantes de um navio 
de resgate; apenas 61 trabalhadores conseguiram escapar e sobreviveram, trinta 
corpos nunca foram recuperados, o total de perdas seguradas foi de cerca de 1,7 
bilhão de libras; tornando-se uma das mais caras catástrofes causadas pelo homem 
de todos os tempos. Na época do desastre, a plataforma respondia por 
aproximadamente dez por cento da produção de petróleo e gás do Mar do Norte, e o 
acidente é o pior desastre petrolífero marítimo em termos de vidas perdidas e impacto 
na indústria. 
Começou com o vazamento de hidrocarbonetos leves na área de bombas. De acordo 
com as investigações, os trabalhadores realizaram uma manutenção na bomba na 
unidade de produção de gás, eles removeram a válvula de alívio da linha de descarga 
da bomba, porém não completaram o serviço naquele turno; a informação da 
manutenção deste equipamento crítico não foi adequadamente comunicada para o 
turno seguinte. 
Quando a bomba primária, que estava em funcionamento saiu de operação, os 
trabalhadores acionaram a bomba reserva, porém desconheciam que a válvula de 
alívio dessa bomba estava em manutenção, ao colocar a bomba reserva em serviço 
quase que imediatamente, o condensado de gás natural foi liberado, produzindo uma 
nuvem de gás inflamável que ao encontrar uma fonte de ignição iniciou o desastre. 
Quando se iniciou a primeira explosão, a bomba em manutenção foi colocada em 
funcionamento ocorrendo a liberação de gás combustível que encontra uma fonte de 
ignição. Na segunda, houve o rompimento do rise da plataforma tartan que bombeava 
gás para a plataforma Piper Alpha, mesmo após a primeira explosão. Esta segunda 
explosão atinge a sala de controle deixando-a inativa. Após 30 minutos da segunda 
explosão o rise de gás da Manifold compression Platform é rompido seguindo-se de 
uma nova explosão. Após a terceira explosão houve outro rompimento do rise da 
plataforma Claymore, que continuava bombeando gás para Piper Alpha mesmo após 
as explosões anteriores e assim destruindo completamente o convés. 
A investigação identificou uma sequência de falhas relacionadas com projeto tais 
como: a falta de resposta à emergência, formação e capacitação da equipe de 
emergência. Com o objetivo de proporcionar um processo de aprendizado abrangente 
e sistêmico, foram destacadas algumas dessas falhas e feita uma correlação com os 
20 elementos do Sistema de Gestão baseado em Risco (CCPS). Os elementos são 
agrupados em quatro pilares a citar: Compromisso com a Segurança de Processo, 
Entendimento dos Riscos e Perigos, Gestão de Risco e Aprender com a Experiência. 
Analisando o documentário sobre o acidente da Piper alpha, percebemos a sucessão 
de falhas que desencadearão o fim da plataforma, entre eles estão: a falta de 
cumprimento dos procedimentos que são prioridade em qualquer empresa, 
principalmente de grau 4; falta de atenção e comprometimento da supervisão e da 
operação. 
Quando verificamos a sala de operação chamada sala de rádio, nota-se que embora 
os operadores até tenha em sua disposição o mobiliário que atendia a parte 
ergonômica, existia uma sucessão de falhas na disposição de equipamentos de 
segurança, como: botões de acionamento de segurança e alarmes, o operador tem 
que se deslocar sendo que o correto seria ter estes dispositivos a sua frente e de fácil 
acesso. O que aprendemos com o acidente da Piper alpha? É necessário que as 
corporações tenham um plano eficiente e que haja treinamentos periódicos de fuga, 
que os acessos e rotas de fuga sejam de conhecimento de todos os ocupantes; 
diferente do que aconteceu no refeitório da Piper alpha. 
Cerca de 15 anos após ao acidente na Piper alpha, tivemos na plataforma P-36 da 
Petrobras, um acidente de grandes proporções que levaram ao colapso da 
plataforma. Na madrugada do dia 15 de março de 2001 ocorreram três explosões em 
uma das colunas da plataforma, sendo a primeira às 0h22m e a segunda às 0h39m, 
não foi declarado informações sobre o horário da terceira explosão. Segundo a 
Petrobras, 175 pessoas estavam no local no momento do acidente, destas 11 
morreram e eram integrantes da equipe de emergência da plataforma. Depois das 
explosões, a plataforma inclinou-se em 16 graus, devido ao bombeamento de água 
do mar para o seu interior, o suficiente para permitir o alagamento, que levou ao seu 
https://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_mar%C3%A7o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Petrobras
naufrágio. Conclui-se que estamos sujeitos a passar por acidentes semelhantes de 
grau maior ou menor a todos os momentos nas industrias ou em canteiro de obras, 
aprender com estes acidentes pode nos preparar para futuros riscos e até eliminar 
acidentes fatais.

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