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PÓS-GRADUAÇÃO DOCÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR 
 
Fabrizio Vésica 
 
 
 
 
 
Novas Tecnologias Aplicadas à Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aparecida de Goiânia - Goiás 
Abril de 2015 
1. Introdução 
No contexto atual, marcado por profundas mudanças sociais a nível global promovidas 
principalmente pelo advento das redes sociais digitais, é imprescindível repensar o modelo de 
educação bem como os currículos escolares a fim de adequá-los às necessidades e 
expectativas dos “nativos digitais” (PRENSKY, 2001 apud PESCADOR, 2010), isto é, 
daqueles indivíduos que, desde que nasceram, estão em contato com a tecnologia e dela fazem 
um uso natural, sem qualquer esforço. Trata-se de jovens multitarefa (PESCADOR, 2010) 
que aprendem fazendo e possuem habilidade para se dedicar a diversas coisas ao mesmo 
tempo, que não se enquadram mais no sistema de ensino linear que caracteriza as escolas 
monológicas (BAKHTIN, 1985 apud RAMAL, 2000), mas que se identificam com o sistema 
de aprendizagem baseado na colaboração, na construção participativa do conhecimento. 
A introdução e a aplicação das novas tecnologias na educação, seja ela presencial ou à 
distância, tornam necessário o preparo dos docentes, imigrantes digitais em sua grande 
maioria, para que possam desenvolver adequadamente seu papel de facilitadores e promotores 
do conhecimento, mesmo diante do paradoxo descrito por Andrea Cecília Ramal (2000) em 
que “aquele a ser educado é o que melhor domina os instrumentos simbólicos do poder, o 
aparato de maior prestígio: as tecnologias”. 
Neste trabalho serão apresentados exemplos de aplicação de recursos tecnológicos a serem 
adotados numa situação fictícia: um curso à distância voltado à formação de docentes com 50 
alunos e carga horaria de 32 horas. O objetivo dos recursos descritos é promover a máxima 
interatividade não apenas entre os alunos, mas também entre alunos e docente e vice-versa. 
Pressupõe-se que todos os envolvidos (alunos e docente) dispõem de computador e acesso à 
internet por meio de banda larga. 
 
2. Recurso 1: Criação de uma comunidade ou grupo extraclasse numa rede social digital 
Uma das barreiras mais perceptíveis na Educação à Distância a distância física que separa os 
envolvidos no processo ensino-aprendizagem. Buscando encurtar essa distância, as 
plataformas de EaD atuais oferecem os fóruns, espaços dedicados ao debate e à troca de ideias 
e opiniões que, quando corretamente utilizados, possibilitam e estimulam a interação. 
Esses espaços, no entanto, são criados e mediados pelo docente (professor ou tutor), que tem 
constante acesso ao conteúdo publicado pelos alunos o que, de certa forma, pode inibir a 
discussão de pontos referentes à atuação do próprio docente ou a participação de alunos que 
se sintam pouco à vontade para fazer questionamentos que ele mesmo julga irrelevantes mas 
que, de algum modo, constituem uma dúvida a ser sanada. 
Nesse sentido um dos alunos, exercendo a função de representante de classe e administrador, 
pode criar um grupo fechado numa rede social digital, como o Facebook por exemplo, ao qual 
terão acesso e participarão os alunos da turma para discutir abertamente quaisquer assuntos 
julgados interessantes para a construção colaborativa do conhecimento. Tratar-se-á de um 
grupo voltado ao esclarecimento de dúvidas, compartilhamento de ideias, troca de 
experiências, relatos de dificuldades enfrentadas, realização de atividades autônomas – 
individuais ou grupais – e até mesmo integração e convivência dos membros. 
Entende-se que esse grupo, sem a participação e/ou mediação direta do docente, dará aos 
participantes maior liberdade de expressão e promoverá interatividade entre os alunos do 
curso. 
Vale ressaltar que tal experiência vivenciada pelos alunos poderá depois ser replicada pelos 
mesmos, quando docentes, para promover a interatividade/integração de seus alunos. 
 
3. Recurso 2: Uso de sistemas de compartilhamento de arquivos nas nuvens para o 
trabalho colaborativo simultâneo 
Na EaD, a realização de trabalhos escritos em grupo é mais complexa dada a dificuldade – e 
às vezes impossibilidade – de os grupos se reunirem fisicamente para a produção de um único 
texto ou material a ser apresentado/entregue. Nessas situações não é raro que cada integrante 
do grupo se ocupe de apenas um fragmento do trabalho que, depois, será emendado aos 
demais fragmentos para construir o material final. Isso, no entanto, acaba se traduzindo num 
produto muitas vezes caracterizado por incoerências ou descontinuidade no raciocínio e/ou na 
forma, visto que não houve real colaboração dos integrantes no decorrer da produção dos 
fragmentos, os quais, de fato, só são lidos em conjunto quando um dos alunos juntar todos 
eles e enviar o material pronto para os colegas. 
Uma solução viável para este problema pode ser encontrada em sistemas de 
compartilhamento de arquivos nas nuvens, isto é, em servidores de arquivos acessíveis pela 
internet por um ou mais usuários ao mesmo tempo, como por exemplo Google Drive, Drop 
Box, Apple iCloud, Microsoft One Drive, dentre outros. 
Com o apoio desse serviço várias pessoas podem ter acesso a um mesmo arquivo 
simultaneamente, seja ele um texto, uma apresentação de slides, um vídeo, etc., o que torna 
efetivo o conceito de comunicação que, segundo Barato (2002): “[...] significa colocar em 
comum. Mais que isso: ela significa compartilhar informações, conhecimentos, saberes.”. 
Cada integrante do grupo poderá, assim, contribuir na produção do material observando 
instantaneamente o que já foi feito pelos seus colegas, prezando assim pela continuidade 
formal e conceitual do produto final. 
Se necessário, o uso de um mesmo servidor por parte de todos os alunos possibilita também a 
comparação e consequente discussão sobre os trabalhos realizados por cada grupo, 
promovendo interatividade. 
Além disso, o(s) docente(s) também poderá(ão) ter acesso ao material ainda em fase de 
produção, possibilitando ou a intervenção direta mediante correções e anotações ou o 
acompanhamento indireto enviando sugestões por e-mail aos responsáveis pela 
redação/produção do material. 
Segundo Thaísa Souza e Marcelo M. Teixeira (2013), outra grande vantagem é a 
possibilidade de os docentes disponibilizarem material didático, básico ou complementar, em 
instantes, enriquecendo assim as fontes de informações disponíveis e promovendo o 
aprofundamento dos assuntos tratados. 
 
4. Recurso 3: Videoconferências coletivas 
A grande maioria dos cursos à distância acontece em ambientes virtuais nos quais são 
previstas webconferências que, de fato, tomam o lugar das aulas características do ensino 
presencial. Nessas webconferências o docente (professor/tutor) pode ser visto ao mesmo 
tempo por todos os alunos e realiza exposição verbal de conteúdo, muitas vezes com o apoio 
de slides projetados na medida em que o conteúdo é apresentado. Os alunos participantes 
podem fazer perguntas e observações via chat escrita ou, em raros casos, por comunicação 
vocal, no entanto as webconferências se resumem essencialmente a vídeo aulas interativas, 
nas quais a interação direta entre os alunos não é o objetivo principal. 
No entanto, a construção de uma rede social sólida em que se preze o capital social e a 
construção de uma inteligência coletiva que beneficie a própria rede social, não pode 
prescindir de momentos de convivência em que se compartilhem ideias, interesses comuns, 
perfis, conhecimentos prévios, experiências. 
Já se falou anteriormente da importância das redes sociais digitais para promover essa 
integração/interação, no entanto vale observar a suma importância de um contato pseudo 
presencial, em que os membros do grupo, neste caso os alunos e o docente do curso, possam 
se conhecer visualmente, se ouvir, se perceber reciprocamente enquanto seres humanos, uma 
vez que o contato indireto, escrito em postagens ou comentários,prescinde muitas vezes de 
freios inibitórios e resulta em pronunciamentos que, muito provavelmente, jamais seriam 
feitos num contato direto com a outra pessoa. 
A tecnologia atual nos disponibiliza softwares que, aliados à conexão à internet, permitem 
realizar videoconferências em grupo onde todos os participantes veem e ouvem os demais, 
tornando possível realizar debates, bate-papos e trocas de experiências em tempo real, como é 
o caso, por exemplo, do Skype e do Wiggle. 
Esse recurso poderia ser aplicado, por exemplo, no início do curso para a realização de 
dinâmicas de interação onde os alunos e o docente se apresentem e falem de seus interesses e 
suas expectativas para com o curso. 
Outras videoconferências poderiam ser agendadas no decorrer do curso, dividindo a turma em 
grupos menores de até 6 alunos, para a realização de debates inerentes determinados assuntos 
que estejam sendo tratados naquele momento, prevendo a participação dos alunos e também 
do docente exercendo a importante função de mediador nos debates. 
 
5. Conclusão 
Na Educação a Distância a interatividade alunos-alunos e alunos-docente reveste um papel de 
suma importância na construção do conhecimento. Os recursos propostos neste texto abordam 
aspectos relevantes tanto na realização de tarefas quanto no compartilhamento de 
experiências, conhecimentos, expectativas, etc. e podem ser ferramentas valiosas no processo 
de ensino-aprendizagem na modalidade não presencial, em que a distância física é vista, em 
muitos casos, como uma barreira a ser superada. Entretanto, além das opções apresentadas e 
exemplificadas, existe um leque diversificado de recursos tecnológicos – e muitos ainda estão 
por vir – que podem tornar a experiência de aprendizagem on line enriquecedora e eficaz. 
 
 
Referências 
SOUZA, T.; TEIXEIRA, M. M. A Nuvem da Educação Online. Revista Temática, ano IX, n. 
05, Maio/2013. Disponível em: 
http://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/tematica/article/viewFile/21885/12043. Acesso em 23 
abr. 2015 
 
PESCADOR C. M. Tecnologias Digitais e Ações de Aprendizagem dos Nativos Digitais. In: 
CINFE – CONGRESSO NACIONAL DE FILOSOFIA E EDUCAÇÃO, 5, 2010, Caxias do 
Sul (RS). 
 
RAMAL, A. C. Ler e escrever na cultura digital. Revista Pátio, ano 4, n. 14, agosto-outubro 
2000, p. 21-24. Disponível em: 
http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/literatura/0003.html. Acesso em 22 abr. 2015 
 
BARATO, J. Escritos sobre Tecnologia Educacional. São Paulo: SENAC, 2002.

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