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Ano bissexto (Reparado)

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Ano bissexto
Chama-se ano bissexto o ano ao qual é acrescentado um dia extra, ficando ele com 366 dias, um dia a mais do que os anos normais de 365 dias, ocorrendo a cada quatro anos. Isto é feito com o objetivo de manter o calendário anual ajustado com a translação da Terra e com os eventos sazonais relacionados às estações do ano. O presente ano (2012) é bissexto. O último ano bissexto foi 2008 e o próximo será 2016.
A origem do nome bissexto advém da implantação do Calendário Juliano em 45 a.C. que se modificou evoluindo para o Calendário Gregoriano que hoje é usado em muitos países a todos os quais ocorrem os anos bissextos.
Dentro de um contexto histórico, a inclusão deste dia extra, dito dia intercalar, ocorreu e é feita em calendários ditos solares em diferentes meses e posições. No Calendário Gregoriano é acrescentado ao final do mês de Fevereiro, sendo seu 29º dia.
Hoje a expressão bissexto vez ou outra é associada ao duplo seis (66) da expressão 366, o que expressa uma coerência mnemônica popular, porém, aos estudiosos é um grande e histórico equívoco.
	· 
Motivação dos anos bissextos
Acrescenta-se um dia a mais para se corrigir a discrepância entre o ano-calendário convencional e o tempo de translação da Terra em volta do Sol tomando-se o ano trópico que utiliza o equinócio vernal (ou seja, o equinócio de primavera no hemisfério norte) como referência. A Terra demora aproximadamente 365,2422 dias solares (1 ano trópico) para dar uma volta completa ao redor do Sol, enquanto o ano-calendário comum (por convenção) tem 365 dias solares. Sobram, portanto, aproximadamente 5h48m46 (0,2422 dia) a cada ano trópico. As horas excedentes são somadas e adicionadas ao calendário na forma inteira de um dia (4 x 6h = 1 dia).
No caso do Calendário Gregoriano este dia extra é incluído no final do mês de fevereiro, que passa a ter 29 dias (ano com 366 dias) em lugar dos 28 dias de anos normais (ano de 365 dias).
Determinação dos anos bissextos
As regras para determinação do ano bissexto são distintas em três períodos:
Calendário Juliano
O Calendário Juliano vigorou inicialmente de 45 a. C. até 7 d. C.. Em 46 a. C. o ditador Júlio César, no final de seu governo, modifica radicalmente o calendário de Numa Pompílio e a partir de 45 a. C. e durante todo este período inicial de uso deste calendário, o dia extra era acrescentado após o dia 25 de Februarius e deveria ocorrer de três em três anos.
Foi neste período e em conseqüência da forma com que os romanos contavam os dias do mês que estes anos com um dia a mais ficaram conhecidos como anos bissextos. O erro da inserção de anos bissextos de a cada três anos em vez de quatro só foi detectado cerca de trinta anos mais tarde. Julga-se que este erro tenha sido corrigido pela não existência de anos bissextos entre 12 a. C. e 3 d. C., ou seja, os anos bissextos do calendário juliano foram abandonados nesse período.
Calendário Augustiano
O Calendário Augustiano vigorou de 8 d. C. até 1581. Em 8 d.C. o imperador César Augusto fez uma correção no calendário e a partir deste ano e durante todo este período até 1581 o dia extra era acrescentado após o dia 24 de Februarius e deveria ocorrer de quatro em quatro anos. Com o passar dos anos, aquela forma de contagem dos dias do mês foi mudando e em lugar de ser interpretado como um duplo dia 24 ele já passou a ser interpretado como um dia a mais que era incluído no final do mês de Fevereiro.
O senado romano homenageou o imperador trocando o nome do mês Sextilius para Augustus que passou de 30 para 31 dias, sendo retirado de Februarius que passou de 29 para 28 dias o que afetou o ponto de inclusão do dia extra.
O Calendário Augustiano ou Juliano/Augustinado é considerado muitas vezes como uma revisão pequena do Calendário Juliano, prevalecendo o entendimento de que o Calendário Juliano vigorou de 45 a. C. a 1581.
Calendário Gregoriano
Em 1582, para corrigir o atraso acumulado, o Papa Gregório XIII modificou e ajustou o calendário, que ficou conhecido como Calendário Gregoriano. Definiu-se que o ajuste deveria ser feito de forma que o equinócio de março caísse no dia 21 daquele mês, o que estava em conformidade com o primeiro Concílio de Niceia (325 d.C). Para isso o Papa Gregório encomendou estudos que permitissem corrigir os erros dos calendários passados buscando definir os ajustes de acordo com a Páscoa cristã, atrelada ao equinócio de março. Buscou também uma regra muito mais precisa para os anos bissextos.
Entre 325 e 1582 passaram-se 1257 anos. Como no sistema juliano a cada 128 anos haveria a necessidade retirar 1 dia do calendário, acumularam-se, depois de 1257 anos, aproximadamente 10 dias (9,82 dias). Portanto, em 1582, na transição entre os Calendários Juliano e Gregoriano, o dia 4 de outubro foi seguido pelo dia 15 de outubro. Os 10 dias entre eles foram retirados do calendário e não existem na sequência cronológica de contagem do tempo.[1]
Feitas as correções de calendário definiu-se a nova regra para o cálculo dos anos bissextos:
1. De 4 em 4 anos é ano bissexto.
2. De 100 em 100 anos não é ano bissexto.
3. De 400 em 400 anos é ano bissexto.
4. Prevalecem as últimas regras sobre as primeiras.[2]
Para melhor entender
· São bissextos todos os anos múltiplos de 400, p.ex: 1600, 2000, 2400, 2800...
· São bissextos todos os múltiplos de 4 e não múltiplos de 100, p.ex: 1996, 2004, 2008, 2012, 2016…
· Não são bissextos todos os demais anos.
Essa regra aproxima o ano trópico pelo valor de 365,2425 dias.
Em função da nossa longevidade média, é comum e compreensível que nos lembremos apenas da primeira regra, a de quatro em quatro anos, embora a correção dos anos bissextos seja mais complexa.
Como curiosidade, o ano de 2000 foi o segundo ano em que a terceira regra foi aplicada. Contudo, como foi ano bissexto, o ano de 1900 foi a última vez que a regra da divisão por 100 foi aplicada até os dias atuais; a próxima ocorrerá apenas em 2100.
Algoritmo de determinação
Eis um pseudocódigo que determina quando um ano é bissexto ou não:
Fazer Y=ano
Se ano módulo 100 é 0 então Y=ano/100
Se Y módulo 4 é 0 então bissexto
 Senão não_bissexto
Um outro pseudocódigo para determinar se o ano é bissexto ou não:
Inicio
 Declare ano Inteiro;
 Declare bissexto Booleano;
 Leia(ano);
 Se ano módulo 400 é 0 então bissexto=Verdade;
 Se ano módulo 4 é 0 E ano módulo 100 é diferente de 0 então bissexto=Verdade;
 Senão bissexto=Falso;
Fim
Um outro algoritmo para determinar se o ano é bissexto ou não:
Se (ano módulo 4 é 0 e (ano módulo 400 é 0 ou ano módulo 100 diferente 0))
Então
 Imprimir ← "Ano Bissexto";
Senão
 Imprimir ← "Ano não é Bissexto";
Em linguagem C:
char bissexto = 0;
if ( ( (!(ano % 4)) && (ano % 100) ) || (!(ano % 400)) )
 bissexto = 1;
Considerações astronômicas
O fundamento dos anos bissextos rege-se através da astronomia no sentido de se corrigir o início dos calendários solares com o início do ano trópico. O ano trópico da Terra ao redor do Sol é de, aproximadamente 365,242190 dias. Dessa forma a aproximação dos anos bissextos através dos Calendários Juliano e Gregoriano importam em pequenas diferenças acumuladas.
Calendário Juliano
O Calendário Juliano, implantado em 46 a. C. por Júlio César e válido a partir de 45 a. C., tinha uma regra mais simples que a atual, seriam bissextos, sem exceção, todos os anos múltiplos de três. A regra foi válida de 45 a. C. até 8 d. C. quando o imperador César Augusto viria a modificar para todos os anos múltiplos de quatro.
Dessa forma a duração média de um ano segundo o Calendário Juliano (Tj) em dias solares é:
· Tj =365 + 1/4= 365,25
O 1/4 da fórmula acima refere-se ao fato de que há 1 ano bissexto no calendário juliano a cada 4 anos. A diferença entre a duração de 1 ano trópico e Tj é dada por:
· Dj = ano trópico - Tj
· Dj = 365,242190 - 365,250000
· Dj = - 0,00781
Como a duração média do ano no calendário juliano (Tj) é maior que a duração do ano trópico, para que o ajuste entre o ano sazonal e o ano trópico se mantenha, essa diferença de 0,00781 diaacarreta a necessidade de retirarmos 1 dia do calendário anual a cada 128 anos. Portanto essa fórmula de correção do ano bissexto acaba causando, a longo prazo, atrasos nas estações do ano, o inverso do que ocorreria se nada fosse feito. Veja a conta abaixo:
· Anos para ajuste de 1 dia =1 / 0,00781= 128 anos
Apesar da existência dessa pequena diferença nada foi feito até 1582 para corrigir a ocorrência dos atrasos, que passaram a ser relevantes para o início das estações do ano.
Calendário Gregoriano
Estabeleceu-se para o calendário gregoriano que seriam bissextos todos os anos múltiplos de 4, exceto se, sendo um ano múltiplo de 100 (1600, 1700 (…)), não fosse também múltiplo de 400 (1700 por exemplo). Na prática isso significa que há 97 anos bissextos a cada 400 anos. Portanto a duração média de um ano de acordo com o calendário gregoriano (Tg) é:
· Tg = 365 + 1/4 - 1/100 + 1/400
· Tg = 365 + 97/400
· Tg = 365,2425
Então a diferença entre 1 ano trópico e Tg é:
· Dg = ano trópico - Tg
· Dg = 365,242190 - 365,242500
· Dg = - 0,00031
Ou seja, ainda há um erro mas é muito menor que o proporcionado pelas regras do calendário juliano. Nessa nova regra adotada pelo calendário gregoriano o erro de 1 dia de atraso ocorrerá só depois de mais de 3000 anos.
A origem do nome bissexto
A origem da expressão bissexto foi uma conseqüência da adoção do Calendário Juliano em 45 a.C. quando Júlio César fez várias modificações no irregular Calendário Romano de Numa Pompilio: acrescentou dois meses Unodecembris e Duodecembris ao ano deslocando assim Januarius e Februarius para o início do ano. Fixou os dias dos meses em uma sequência de 31, 30, 31, 30… de Januarius a Duodecembris (Duodecembris com 30 dias), à exceção de Februarius que ficou com 29 dias e que, a cada três anos, seria de 30 dias.
Como os romanos dividiam o mês em Kalendas, Nonos e Idos, coincidentes com fases lunares, ao passar dos Idos e próximo ao final do mês eles se expressavam em linguagem regressiva dizendo algo como: faltam 6 dias para as Kalendas de Março, faltam 5 dias para as Kalendas de Março… e também eles o faziam de forma inclusa, …faltam 4 dias, faltam 3 dias, dia anterior e dia. Nesta época era mais importante contar desta forma, pois, ela representava as fases lunares as quais eram muito mais significativas para a vida cotidiana da população.
Com esta forma de contagem, e não pela numeral seqüencial que hoje usamos, nestes anos de 366 dias o mês de Februarius teria então dois dias "Ante die VI (sextum) Kalendas Martias", sendo daí a origem da expressão "bis sextum", hoje por nós conhecidos como anos bissexto. Transposta e obedecida esta forma de contagem, hoje seria algo equivalente ao mês de Fevereiro ter dois dias 25.
Veja o exemplo, desde a sua implantação em 45 a.C. até sua alteração em 8 d.C.:
Como a contagem era inclusa, observe que não existia um 2° dia antes das Calendae. Então o dia antes das Calendae e o 2° dia antes das Calendae significavam a mesma coisa.
Na prática, fazendo um paralelo entre a forma de expressão romana e a forma de expressão atual, nos anos de 365 dias após 45 a. C. com a implantação do Calendário Juliano, o final do mês de Februarius se apresentaria da seguinte forma:
7° dia antes das Calendae de março (ante diem septimum kalendas martias) = 24 de fevereiro
6° dia antes das Calendae de março (ante diem sextum kalendas martias) = 25 de fevereiro
5° dia antes das Calendae de março (ante diem quintum kalendas martias) = 26 de fevereiro
4° dia antes das Calendae de março (ante diem quartum kalendas martias) = 27 de fevereiro
3° dia antes das Calendae de março (ante diem tertium kalendas martias) = 28 de fevereiro
o dia antes das Calendae de março (pridiem kalendas martias) = 29 de fevereiro
Calendae de março (primus kalendas martias) = 1° de março
Fazendo novamente um paralelo entre a forma de expressão romana e a forma de expressão atual, nos anos de 366 dias, quando se incluía o dia extra próximo ao final de Februarius a expressão de tempo à época ficava da seguinte forma:
7° dia antes das Calendae de março (ante diem septimum kalendas martias) = 24 de fevereiro
6° dia antes das Calendae de março (ante diem sextum kalendas martias) = 25 de fevereiro
5° dia antes das Calendae de março (ante diem sextum kalendas martias) = 26 de fevereiro
4° dia antes das Calendae de março (ante diem quintum kalendas martias) = 27 de fevereiro
3° dia antes das Calendae de março (ante diem quartum kalendas martias) = 28 de fevereiro
2° dia antes das Calendae de março (ante diem tertium kalendas martias) = 29 de fevereiro
o dia antes das Calendae de março (pridiem kalendas martias) = 30 de fevereiro
Calendae de março ( primus kalendas martias) = 1° de março
O dia era inserido após o sexto dia antes das Calendae de Março e com isto este mês tinha dois dias ante diem sextum kalendas martias, ou seja, era um ano "bis sextum". Isso também explica que o dia extra do mês de Februarius era inserido no 25° dia e não no 29°.
Após 8 d. C., com a alteração de César Augusto da regra do "bis sextum" de três em três anos para de quatro em quatro anos e após ser retirado um dia de Februarius que ficou com 28 dias, a expressão à época para o final deste mês Februarius, nos anos de 366 dias, ficava da seguinte forma:
7° dia antes das Calendae de março (ante diem septimum kalendas martias) = 23 de fevereiro
6° dia antes das Calendae de março (ante diem sextum kalendas martias) = 24 de fevereiro
5° dia antes das Calendae de março (ante diem sextum kalendas martias) = 25 de fevereiro
4° dia antes das Calendae de março (ante diem quintum kalendas martias) = 26 de fevereiro
3° dia antes das Calendae de março (ante diem quartum kalendas martias) = 27 de fevereiro
2° dia antes das Calendae de março (ante diem tertium kalendas martias) = 28 de fevereiro
o dia antes das Calendae de março (pridiem kalendas martias) = 29 de fevereiro
Calendae de março ( primus kalendas martias) = 1° de março
O que mostra que após a modificação feita por César Augusto em 8 d. C., nestes anos de 366 dias, o mês de Februarius possuía o equivalente a ter dois dias 24 em função da forma de contagem que à época era praticada pelos romanos.
O ano bissexto e outros calendários
Ao longo do tempo o Calendário Gregoriano foi sendo adotado por diferentes países que procederam a iguais ajustes e supressões de dias e que hoje, como nós, convivem com o ano "bis sextum".
Outros calendários solares seguiram regras de compensação semelhante, porém, inserindo o dia extra em meses e posições diferentes que é o caso do Calendário Persa onde ele é inserido no fim do ano.
Calendários lunares e luni-solares onde o ciclo anual é de 354 dias, semelhantemente ao que existia na época de Numa Pompilho, inserem meses intercalares ou dias extras em lugar de apenas um dia como no Calendário Gregoriano, por exemplo, no Calendário hebraico para compensar a diferença de 11 dias, se insere a cada 3 anos, após o último mês do ano, Adar, um mês intercalar de 29 dias, Adar II e ainda se complementa com um dia a mais em dois outros meses.
Os cristãos ortodoxos não seguiram a Igreja do Ocidente e permaneceram com o Calendário Juliano, melhor dizendo, permaneceram com o Calendário Juliano/Augustinado, no qual o ano bissexto é sempre de quatro em quatro anos e por isto mesmo, não corrigido, acumula atualmente uma diferença de 13 dias em relação ao Gregoriano. Que dia é hoje no calendário juliano? Hoje é dia 16 de fevereiro de 2012.
O Calendário Gregoriano ainda apresenta alguns erros que foram reduzidos em outros calendários, como exemplo o Calendário Persa reformado em 1925, adotado pelo Irã e Afeganistão, que melhor equilibra os dias dos meses com a excentricidade do movimento de translação da terra, ela é mais próxima do sol e mais lenta no outono e inverno do hemisfério sul e é mais afastada e mais rápida na primavera e verão, e que adota uma outra regra para determinar os anos que chamamos de bissexto. Nele o ano se inicia no equinócio de março (19 a 22), os seis primeiros meses são de 31 dias seguidos porcinco de 30 dias e o último é de 29 ou 30 e o ano bissexto ocorre em ciclos de 33 anos, sendo sete anos bissextos em intervalos de quatro anos seguido por um ano bissexto com um intervalo de cinco anos.
Curiosidades
· Contudo há ainda outro tipo de calendário, o Calendário da Paz, também chamado de Calendário Maia. Os Maias, como se sabe, eram extremamente avançados em astronomia, e fizeram portanto um calendário de 13 luas de 28 dias, mais um dia "extra" chamado o dia fora do tempo. Assim, são 13 x 28 dias = 364, mais um dia fora do tempo, 365 dias.
· Na década de 1920 as igrejas Ortodoxas do Leste Europeu criaram um mecanismo diferente para determinar os anos bissextos. Substituíram o "divisível por 400 é bissexto" por "os anos que divididos por 900 apresentarem resto da divisão igual a 200 ou 600 são bissextos". Isso significa que os anos de 1900, 2100, 2200, 2300, 2500, 2600, 2700, 2800 são comuns (não bissextos) e os anos 2000, 2400 e 2900 são bissextos. Isso não cria conflitos com o resto do mundo até o ano de 2800. Na prática significa que há 218 anos bissextos a cada 900 anos, o que faz a duração média do ano nesse sistema ser de 365,24222 dias (365 + 218/900), o que é mais preciso que o adotado pelo calendário gregoriano.
· O calendário gregoriano possui 970 anos bissextos a cada 4000 anos. Há estudiosos que defendem uma regra na qual ocorram 969 anos bissextos em cada 4000 anos (365,24225). A média ficaria mais próxima da duração do ano trópico que no atual modelo. A regra consiste em excluir os anos múltiplos de 4000 como sendo bissextos. Assim como o método sugerido pelas igrejas Ortodoxas do Leste Europeu esse sistema é compatível com o atual por muito tempo, ou seja, pode-se postergar até próximo do ano 4000 do calendário gregoriano para debater o assunto.
· Os anos bissextos sempre foram cercados de mitos e tradições. Uma das mais divertidas surgiu no século XIII, na Escócia. Em um ano bissexto, eram as mulheres (e não, como de costume, os homens) que tinham o direito de escolher quem desejassem para marido. E se o escolhido não concordasse com o casamento, era obrigado a pagar uma multa de respeito.
· Nos países não católicos a mudança foi feita mais tarde; a Inglaterra e suas colônias fizeram a mudança em 1752, onde o dia 2 de setembro precedeu o dia 14 de setembro e o dia de ano novo foi mudado de 25 de março para 1º de janeiro.
· Há pessoas que julgam que o ano bissexto assim se chama justamente por ser composto de 366 dias (dois seis, bissexto), ao contrário dos 365 nos demais anos. O que expressa uma coerência mnemônica popular e aos estudiosos um grande e histórico equívoco.
Calendário gregoriano
 
Papa Gregório XIII.
O calendário gregoriano é um calendário de origem européia, utilizado oficialmente pela maioria dos países. Foi promulgado pelo Papa Gregório XIII [1] (1502-1585) em 24 de Fevereiro do ano 1582 em substituição do calendário juliano implantado pelo líder romano Júlio César (100 a.C.- 44 a.C.) em 46 a.C. [2].
Como convenção e por praticidade o calendário gregoriano é adotado para demarcar o ano civil no mundo inteiro, facilitando o relacionamento entre as nações. Essa unificação decorre do fato de a Europa ter, historicamente, exportado seus padrões para o resto do globo [3].
História
Christopher Clavius.
O Papa Gregório XIII reuniu um grupo especialistas para corrigir calendário juliano. O objetivo da mudança era fazer regressar o equinócio da primavera para o dia 21 de março e desfazer o erro de 10 dias existente na época. Após cinco anos de estudos, foi promulgada a bula papal Inter Gravissimas [4].
Deste grupo de estudiosos participaram Christopher Clavius[5] (1538-1612) jesuíta alemão, sábio e matemático e Luigi Giglio [6] (1510-1576) médico, filósofo, astrónomo e cronologista italiano.
A bula pontifícia também determinava regras para impressão dos calendários, com o objetivo que eles fossem mantidos íntegros e livres de falhas ou erros. Era proibido a todas as gráficas com ou sem intermediários de publicar ou imprimir, sem a autorização expressa da Santa Igreja Romana, o calendário ou o martirológio[7] em conjunto ou separadamente, ou ainda de tirar proveito de qualquer forma a partir dele, sob pena de perda de contratos e de uma multa de cem ducados de ouro a ser paga à Sé Apostólica. A não observância ainda punia o infrator a pena de excomunhão latae sententiae e a outras tristezas [8].
Oficialmente o primeiro dia deste novo calendário foi 15 de Outubro de 1582.
As mudanças
Detalhe da tumba do Papa Gregório XIII celebrando a introdução do calendário gregoriano.
· Foram omitidos dez dias do calendário juliano, deixando de existir os dias entre 5 a 14 de outubro de 1582. A bula ditava que o dia imediato à quinta-feira, 4 de outubro, fosse sexta-feira, 15 de outubro.
· Os anos seculares só são considerados bissextos se forem divisíveis por 400. Desta forma a diferença (atraso) de três dias em cada quatrocentos anos observada no calendário juliano desaparecem.
· Corrigiu-se a medição do ano solar, o ano gregoriano dura em média 365 dias, 5 horas, 49 minutos e 12 segundos, ou seja 27 segundos a mais do que o ano trópico.
Críticas
O calendário gregoriano apresenta alguns defeitos, tanto sob o ponto de vista astronômico, como no seu aspecto prático. Por exemplo, o número de dias de cada mês é irregular (28 a 31 dias), além disso a semana, adotada quase universalmente como unidade laboral de tempo, não se encontra integrada nos meses e muitas vezes fica repartida por dois meses diferentes, prejudicando a distribuição racional do trabalho e dos salários.
Outro problema é a mobilidade da data da Páscoa, que oscila entre 22 de março e 25 de abril, perturbando a duração dos trimestres escolares e de numerosas outras atividades econômicas e sociais.
Aceitação
A mudança para o calendário gregoriano deu-se ao longo de mais de três séculos. Primeiramente foi adotado por Portugal, Espanha, Itália e Polônia; e de modo sucessivo, pela maioria dos países católicos europeus. Os países onde predominava o luteranismo e o anglicanismo tardariam a adotá-lo, caso da Alemanha (Baviera, Prússia e demais províncias) (1700) e Reino Unido (Inglaterra) (1752). A adoção deste calendário pela Suécia foi tão problemática que até gerou o dia 30 de fevereiro. A China aprova-o em 1912, a Bulgária em 1916, a Rússia em 1918, a Roménia em 1919, a Grécia em 1923 e a Turquia em 1926.
Alguns povos conservam outros calendários para uso religioso inclusive com cronologia diferente da adotada pela Igreja Católica Romana. Conforme proposta feita por Dionísius Exiguus (470 - 544) monge romeno o marco inicial da cronologia cristã tem como data o ano do nascimento de Cristo.
Segundo o calendário gregoriano, hoje é 29 de fevereiro de 2012. Para esta mesma data outros calendários apontam anos diferentes, como: Ab urbe condita 2765; Calendário Babilônico 6762; Calendário bahá'í 168–169; Calendário budista 2556; Calendário hebreu 5772–5773; Calendário hindu Vikram Samvat 2068–2069; Calendário hindu Shaka Samvat 1934–1935; Calendário hindu Kali Yuga 5113–5114; Calendário Holoceno 12012; Calendário iraniano 1390–1391; Calendário Islâmico 1433–1434 entre outros.
Dias, semanas e meses
	Divisão do Calendário
	Nº
	Mês
	Dias
	1
	Janeiro
	31
	2
	Fevereiro
	28 ou 29
	3
	Março
	31
	4
	Abril
	30
	5
	Maio
	31
	6
	Junho
	30
	7
	Julho
	31
	8
	Agosto
	31
	9
	Setembro
	30
	10
	Outubro
	31
	11
	Novembro
	30
	12
	Dezembro
	31
	Nomes dos dias da semana [12]
	Nº
	
	Latim
	1
	segunda-feira
	Lunae dies (Dia da Lua)
	2
	terça-feira
	Martis dies (Dia de Marte)
	3
	quarta-feira
	Mercurii dies (Dia de 
Mercúrio)
	4
	quinta-feira
	Jovis dies (Dia de Júpiter)
	5
	sexta-feira
	Veneris dies (Dia de Vénus)
	6
	sábado
	Saturni dies (Dia de 
Saturno)
	7
	domingo
	Dies Dominica (Dia do 
Senhor)
Dia : é a unidade fundamental de tempo adotada pelo calendário gregoriano. Um dia é equivalente a 86 400 segundos de Tempo Atômico Internacional (TAI) [13].
Semana : é um período de 7 dias [14].
Na maioria dos países cristãos,a semana começa na segunda-feira, sendo domingoo sétimo dia de acordo com a religião cristã dominante. Embora se considere que o primeiro dia da semana é domingo, um costume que se espalhou para outros países.
Nomes dos meses[15]:
· Janeiro: Jano, deus romano das portas, passagens, inícios e fins.
· Fevereiro: Februus, deus etrusco da morte; Februarius (mensis), "Mês da purificação" em latim, parece ser uma palavra de origem sabina e o último mês do calendário romano anterior a 45 a. C.. Relacionado com a palavra "febre".
· Março: Marte, deus romano da guerra.
· Abril : É o quarto mês do calendário gregoriano e tem 30 dias. O seu nome deriva do latim Aprilis, que significa abrir, numa referência à germinação das culturas. Outra hipótese sugere que Abril seja derivado de Aprus, o nome etrusco de Vénus, deusa do amor e da paixão.
· Maio: Maia Maiestas, deusa romana.
· Junho: Juno, deusa romana, esposa do deus Júpiter.
· Julho: Júlio César, imperador romano. O mês era anteriormente chamado Quintilis, o quinto mês do calendário de Rómulo.
· Agosto: Augusto, primeiro imperador romano. O mês era anteriormente chamado Sextilis, o sexto mês do calendário de Rómulo.
· Setembro: septem, "sete" em latim; o sétimo mês do calendário de Rómulo.
· Outubro: octo, "oito" em latim; o oitavo mês do calendário de Rómulo.
· Novembro: novem, "nove" em latim; o nono mês do calendário de Rómulo.
· Dezembro: decem, "dez" em latim; o décimo mês do calendário de Rómulo.
ISO 8601
A norma ISO 8601 emitida pela Organização Internacional para Padronização (International Organization for Standardization, ISO) é utilizada para representar data e hora. Especificamente esta norma define: “Elementos de dados e formatos de intercâmbio para representação e manipulação de datas e horas”.
Calendário romano
O calendário romano data da fundação de Roma e mudou sua forma diversas vezes até a queda do Império Romano. Este artigo discute os primeiros calendários romanos também chamados de calendários pré-julianos utilizados até 46 a.C. O calendário usado após esta data foi o calendário juliano, que continuou sendo utilizado até o ano 1582 quando foi substituído pelo calendário gregoriano
Inscrição com o calendário romano, antes da reforma juliana. Observe a presença dos meses Quintilis e Sextilis, e a possibilidade de inserção de um mês intercalar.
História
O primeiro calendário romano era um calendário lunar com dez meses, começando no equinócio da Primavera, implantado, segundo a lenda, por Rômulo, o fundador de Roma aproximadamente em 753 a.C..
Neste primeiro calendário romano, o ano tinha 10 meses de 30 ou 31 dias, que totalizavam 304 dias e os demais 61 dias que coincidiam com o inverno não entravam no calendário havendo pouco interesse de acompanhamento temporal neste período do ano.
	· Martius (31 dias)
· Aprilis (30 dias)
· Maius (31 dias)
· Junius (30 dias)
· Quintilis (30 dias)
	· Sextilis (30 dias)
· September (30 dias)
· October (31 dias)
· November (30 dias)
· December (30 dias)
A primeira reforma do calendário ocorreu com Numa Pompílio por volta de 713 a.C., o segundo dos sete Reis de Roma que reduziu os meses de 30 dias para 29 dias e adicionou os meses de Januarius (29 dias) e Februarius (28 dias) no final do calendário aumentando o seu tamanho para 355 dias, transformando-o em um calendário luni-solar, mantendo os inícios dos meses coincidindo com os inícios das fases da Lua e adicionando de tempos em tempos um mês extra para completar o ano solar.
Este calendário fora baseado no calendário grego praticado em Atenas, que já era um calendário luni-solar e bem mais preciso que aquele primeiro calendário praticado em Roma e que, então, também passou a ser de 12 meses com um mês adicional para manter o ciclo anual lunar alinhado com o ciclo anual solar.
	· Martius (31 dias)
· Aprilis (29 dias)
· Maius (31 dias)
· Iunius (29 dias)
· Quintilis (31 dias)
· Sextilis (29 dias)
	· September (29 dias)
· October (31 dias)
· November (29 dias)
· December (29 dias)
· Ianuarius (29 dias)
· Februarius (28 dias)
Para manter este alinhamento de ciclos, de dois em dois anos deveria ser adicionado um mês extra de 22 ou 23 dias, Mensis Intercalaris, de nome Mercedonius ou Mercedinus, próximo ao final de Februarius logo após os dias 23 ou 24, que era terminado somente após a conclusão deste mês intercalar, resultando em uma sequencia de anos com 355, 377, 355 e 378 dias, com uma média de 366,25 dias.
A decisão de inserir o mês intercalado, e sua posição, era a responsabilidade do pontifex maximus que controlava para que o calendário não se distanciasse das efemérides anuais tornando irregular a sequência de inclusões. O sistema de alinhar o ano através destes meses intercalares falhou pelo menos duas vezes.
A primeira foi durante e após a Segunda Guerra Púnica. Isso levou a reforma da Lex Acilia em 191 a.C., sendo bem sucedida por longo período.
A segunda falha foi na metade do primeiro século a.C. e que resultou na reforma instituída por Júlio César com a implantação de um calendário solar, em substituição do calendário luni-solar de Numa Pompílio, posteriormente chamado de Calendário Juliano.
Meses
Após sua última reforma os anos tinham uma sequência regular de 355, 377, 355 e 378 dias em um ciclo de 24 anos.
	Calendário romano quando regular
	Mês
	Anos 01, 05, 09, 13, 17, 21
	Anos 02, 06, 10, 14, 18, 22
	Anos 03, 07, 11, 15, 19, 23
	Anos 04, 08, 12, 16, 20, 24
	Martius
	31
	31
	31
	31
	Aprilis
	29
	29
	29
	29
	Maius
	31
	31
	31
	31
	Junius
	29
	29
	29
	29
	Quintilis
	31
	31
	31
	31
	Sextilis
	29
	29
	29
	29
	September
	29
	29
	29
	29
	October
	31
	31
	31
	31
	November
	29
	29
	29
	29
	December
	29
	29
	29
	29
	Januarius
	29
	29
	29
	29
	Februarius
	28
	23
	28
	24
	Mercedonius
	-
	22
	-
	23
	Final de Februarius
	-
	5
	-
	4
	Total de dias
	355
	377
	355
	378
Para ajustar o erro acumulado, de 1 dia ao ano, a cada 24 anos se retirava 24 dias pela eliminação de 6 dias nas 4 últimas sequências de anos 18, 20, 22 e 24 de 377, 378, 377 e 378 dias que ficavam com respectivamente com 371, 372, 371 e 372 dias.
Divisão dos meses
Os romanos tinham nomes especiais para 3 dias específicos em cada mês. O sistema foi originalmente baseado nas fases da Lua. Após as reformas de Numa Pompílio, eles passaram a ocorrer em dias fixos.
São os dias do mês:
· Kalendae (calendas) - primeiro dia do mês, de onde a palavra calendário derivou. Os juros das dívidas eram actualizados nas calendas.
· Nonae – (nonos) dependendo do mês, podia ser o 5º ou o 7º dia; tradicionalmente o dia que correspondia à fase lunar de quarto crescente.
· Idus – (idos) dependendo do mês, podia ser o 13º ou o 15º dia; tradicionalmente o dia de lua cheia.
Nos seguintes meses os nonos ocorriam ao 5º dia e os idos ao 13º dia: Janeiro, fevereiro, abril, junho, agosto, setembro, novembro e dezembro.
Nos seguintes meses os nonos ocorriam ao 7º dia e os idos ao 15º dia: Março, maio, julho e outubro.
Os outros dias no mês não eram, normalmente, nomeados, apesar de alguns serem conhecidos pelo nome de um festival que neles ocorria. (ex. Feralia, Quirinalia).
Para identificar os outros dias contava-se regressivamente ao dias nomeados. Além disso, os romanos contavam inclusivamente, assim, por exemplo, 2 de setembro é considerado quatro dias antes de 5 de setembro, em vez de três como costumamos contar.
Setembro
O exemplo a seguir demonstra como eram denominados os dias para um setembro pré-juliano, que tinha 29 dias. Mostra como a data era descrita, a sua tradução, e como nós a dizemos actualmente.
	Kal. Sept.
	Calendas de Setembro
	1 de setembro
	a.d. IV Non. Sept.
	4 dias antes dos Nonos de Setembro
	2 de setembro
	a.d. III Non. Sept.
	3 dias antes dos Nonos de Setembro
	3 de setembro
	prid. Non. Sept
	O dia anterior aos Nonos de Setembro
	4 de setembro
	Non. Sept.
	Nonos de Setembro
	5 de setembro
	a.d. VIII Id. Sept.
	8 dias antes dos Idos de Setembro
	6 de setembro
	a.d. VII Id. Sept.
	7 dias antes dos Idos de Setembro
	7 de setembro
	a.d. III Id. Sept.
	3 dias antes dosIdos de Setembro
	11 de setembro
	prid. Id. Sept.
	O dia anterior aos Idos de Setembro
	12 de setembro
	Id. Sept.
	Idos de Setembro
	13 de setembro
	a.d. XVII Kal. Oct.
	17 dias antes das Calendas de Outubro
	14 de setembro
	a.d. XVI Kal. Oct.
	16 dias antes das Calendas de Outubro
	15 de setembro
	a.d. III Kal. Oct.
	3 dias antes das Calendas de Outubro
	28 de setembro
	prid. Kal. Oct.
	O dia anterior às Calendas de Outubro
	29 de setembro
	Kal. Oct.
	Calendas de Outubro
	1 de outubro
a.d. = ante diem = dias antes ; prid.= pridie = o dia anterior ; Kal. = calendas
Pode-se notar:
Como os dias eram contados inclusivamente e por haver um nome especial para o dia anterior ao dia com nome, não há a possibilidade de se dizer: 2 dias antes de um dia com nome.
Após os idos já não se menciona o mês de setembro, visto que se contam quantos dias faltam para a Calendas de outubro.
Quando Júlio César adicionou um dia a setembro, este foi acrescentado a seguir dos Idos, assim o dia 14 de setembro passa a significar, a.d. XVIII Kal. Oct. Esta mudança gera imprecisão na contagem dos dias atualmente, não ficando claro se uma data ocorreu no dia 23 ou 24 de setembro, por exemplo.
Semana
A República Romana, tal como os etruscos, usava uma "semana de mercado" de oito dias, marcados com as letras de A a H no calendário. Um mercado seria feito no oitavo dia. Para os romanos, que contavam inclusivamente, este seria realizado a cada "nove" dias, daí que este mercado era denominado "nundinae". Dado que a extensão do ano não era múltipla de 8 dias, a letra para o dia de mercado (conhecida como "letra nundinal") variava a cada ano. Por exemplo se num determinado ano de 355 dias a letra nundinal era A, a do ano seguinte seria F.
O ciclo do mercado era fundamental para o ritmo da vida quotidiana, e o dia de mercado era o dia em que as pessoas do campo vinham à cidade. Por esta razão, uma lei de 287 a. C. (a Lex Hortensia) proibia a realização de reuniões dos comitia (como por exemplo a realização de eleições) em dias de mercado, mas permitia a realização de actos legais. No fim da República, surgiu uma superstição de considerar nefasto um ano que começasse num dia de mercado, e os pontífices, que regulavam o calendário, tomaram medidas para o evitar.
Com o ciclo do mercado estava fixado em 8 dias nos tempos da República, A informação acerca das datas do mercado é uma das mais importantes ferramentas que temos actualmente para estabelecer a equivalência entre o calendário pré-juliano e o calendário juliano. No início do Império, o dia do mercado era mudado ocasionalmente. Os detalhes não são claros, mas uma explicação provável seria que o dia do mercado seria alterado se coincidisse no mesmo dia que o festival do Regifugium, um evento que poderia ocorrer num ano bissexto do calendário juliano. Quando isto acontecia, o dia do mercado seria movido para o dia seguinte, que era o dia bissexto.
A semana de sete dias começou a ser usada no início do período imperial, depois do calendário juliano ter entrado em vigor, aparentemente estimulada pela imigração do Parte Oriental do Império. Durante algum tempo a semana de 7 dias coexistiu com o ciclo nundinal de 8 dias e alguns fasti incluem ambos os ciclos.
Os romanos tinham uma cultura pagã e dedicavam os dias da semana aos astros conhecidos, sendo o dies Saturni dedicado ao astro e deus Saturno, que era um dia de descanso pela boa colheita realizada.
· Dies Solis (Dia do Sol)
· Dies Lunae (Dia da Lua)
· Dies Martis (Dia de Marte)
· Dies Mercuri (Dia de Mercúrio)
· Dies Iovis (Dia de Júpiter)
· Dies Veneris (Dia de Vénus)
· Dies Saturni (Dia de Saturno)
Anos
Na República Romana, os anos não eram contados. Ao invés disso eles eram nomeados em homenagem aos cônsules que estavam no poder no início do ano (veja lista de cônsules da República Romana). Por exemplo, 205 a.C. foi o Ano do consulado de Públio Cornélio Cipião Africano e Públio Licínio Crasso.
Todavia, na República tardia, historiadores e sábios começaram a contar os anos pela data da fundação da cidade de Roma. Diferentes sábios usaram diferentes datas para este evento. A data mais usada hoje em dia é a calculada por Varro, 753 a.C., mas outros sistemos variaram por décadas a seguir. Datas marcadas por este método eram rotuladas ab urbe condita (que significa após a fundação da cidade, e abreviada AUC). Quando textos antigos forem lidos usando datas em AUC, deve se tomar cuidado para determinar a época usada pelo autor antes de traduzir este ano para o calendário gregoriano.
O primeiro dia do mandato consular, que era efetivamente o primeiro dia do ano, mudou inúmeras vezes durante a história romana. Foi 1 de janeiro em 153 a.C.. Anteriormente era 15 de Março. Mudanças anteriores eram um pouco mais incertas. Há boas razões para acreditar que o início do ano era em 1 de Maio pela maior parte do terceiro século antes de Cristo, até o ano de 222 a.C.. Lívio menciona consulados que começando em 1 de Julho antes deles e argumentos existem para outras datas em anos anteriores.
Convertendo datas pré-julianas
Achar uma data romana para o calendário juliano pode ter armadilhas. Até datas do início do calendário juliano podem não ser o que parecem ser. Por exemplo, consta-se que Júlio César foi assassinado nos idos de Março de 44 a.C., e é comumente convertido para 15 de Março de 44a.C.. Embora ele tenha sido de fato assassinado no 15º dia do mês Martius do calendário romano, a data equivalente no atual calendário é, provavelmente, 14 de Março de 44a.C.
Achar um dia equivalente do calendário juliano para uma data pré-juliana é ainda mais difícil. Já que temos uma lista essencialmente completa dos cônsules, não é difícil de achar um ano juliano que geralmente corresponda a um ano pré-Juliano. Mas as fontes raramente nos dizem quais anos são comuns, quais são intercalares e quanto tempo um ano intercalar durava. Assim, datas pré-Julianas podem ser muito tortuosas.
Hoje em dia existe, todavia, um número de pistas para ajudar. Primeiro: sabe-se quando o calendário juliano começou, embora existam controvérsias a respeito. Há também, fontes detalhadas sobre décadas anteriores, na maioria das vezes, em cartas e discursos de Cícero. Combinando-se estes dados com informações sobre como o calendário funcionava, em especial o ciclo nundinal, podemos converter corretamente datas romanas depois de 58 a.C.. Ainda, histórias de Lívio nos dão datas romanas exatas para dois eclipses em 190 a.C. e 168 a.C., e conhece-se, também, uns poucos sincronismos com datas em outros calendários que ajudam a ter soluções aproximadas, e às vezes exatas, para este período. Antes de 190 a.C. o alinhamento entre os calendários romano e juliano é determinado por pistas, como as datas de colheitas mencionadas nas fontes.
Combinando essas fontes de informações, é possível se estimar aproximações de equivalências julianas às datas romanas até o início da Primeira Guerra Púnica, em 264 a.C.. Porém, enquanto temos informações suficientes para tais reconstruções, o número de anos antes de 45 a.C. que se pode converter datas romanas em julianas com precisão são muito poucos, e várias reconstruções do calendário pré-juliano são possíveis.[1]
Dias da semana
Os dias da semana têm seus nomes na língua portuguesa devido à liturgia católica por iniciativa de Martinho de Dume, que denominava os dias da semana da Páscoa com dias santos em que não se deveria trabalhar, originando os nomes litúrgicos:
	Latim I
	Latim II
	Significado
	Latim litúrgico I
	Latim litúrgico II
	dies solis
	solis dies
	dia do Sol
	prima feria
	feria prima
	dies lunae
	lunae dies
	dia da Lua
	secunda feria
	feria secunda
	dies martis
	martis dies
	dia de Marte
	tertia feria
	feria tertia
	dies mercurii
	mercurii dies
	dia de Mercúrio
	quarta feria
	feria quarta
	dies iovis
	iovis dies
	dia de Júpiter
	quinta feria
	feria quinta
	dies veneris
	veneris dies
	dia de Vênus
	sexta feria
	feria sexta
	dies saturni
	saturni dies
	dia de Saturno
	septima feria
	feria septima
O Sabbatum era originadodiretamente do hebreu Shabbat, de conotação religiosa, em uma época em que os hebreus formavam um só povo e uma só cultura.
O dia Shabbat, era o dia de descanso dos israelitas que por essa razão afluíam com mais frequência a sinagoga, hoje é o sábado, último dia de seu calendário semanal, sendo este o dia de descanso para os judeus. Duarante a Reforma do Calendário Romano a cargo de Constantino I, o Grande - substitui-se o nome de "Dies Saturni" que significa "Dia de Saturno" - forma como os pagãos se referiam ao sábado - para "Sabatum" introduzindo devido a influência cristã o dia de Sábado no calendário ocidental.
A Tradição Apostólica fixa o dia de descanso dos cristãos no Domingo, em homenagem à ressurreição de Cristo.[1] Em 325 d.C., as orientações decididas no Primeiro Concílio de Niceia,confirmam a Tradição Apostólica, e durante a Reforma do Calendário Romano a cargo de Constantino I, o Grande - substitui-se o nome de Solis Dies, que significa Dia do Sol - forma como os pagãos se referiam ao Domingo - para Dominicus Dies (ou Dies Dominicum, Dies Dominica, Dies Domini), que, em português, significa Dia do Senhor, tendo evoluído para Domingo.
O dia de Domingo também conhecido como Prima Feria era o dia em que os cristãos se reuniam para fazer sua reunião de culto em memória a Ressurreição de Cristo, dia de descanso para os cristãos.
Nomes antigos
Na nomenclatura pagã, cada dia era dedicado a um astro ou a um deus que variava de acordo com a mitologia local de cada cultura e que foram conservados em outros idiomas.
Isto ocorreu durante a expansão do Império Romano. Nesta época, desde o início da era cristã até o período medieval, vigoravam no mundo ocidental as propostas do filósofo grego Aristóteles (384 – 322 a.C.) e do astrônomo egípcio Cláudio Ptolomeu (100 – 170 d.C.), mescladas com a interpretação dada pela Igreja Católica. Acreditava-se que Deus criara o Universo em movimento circular perfeito e eterno. No centro de tudo encontrava-se a Terra com seus quatro elementos: terra, ar, água e fogo. Haveria então oito esferas concêntricas, feitas de substância imutável, contendo o “éter” e sustentando os astros. Este conjunto, com centro na Terra, comporia o céu.
Uma dessas esferas conteria o Sol. Outra, a Lua. Cinco delas conteriam os planetas conhecidos na época: Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus e Saturno. A oitava esfera conteria as estrelas. A Terra era distinta dos demais astros. A sua matéria se decompõe e morre, enquanto a composição dos outros astros seria perfeita e imutável.
Portugal foi o único país do mundo que adotou os dias da semana derivados quase ipsis literis do Latim eclesiástico. Os nomes antigos dos dias da semana, dados por outros povos não foram seguidos na língua portuguesa, última das línguas romanas a se formar.
Até o século XV, no atual território português, era falado um português arcaico, usando-se nomes de origem pagã. Tais nomenclaturas não chegaram a constituir a língua portuguesa de fato. Observa-se a semelhança dessa espécie de "português arcaico" com outras línguas neolatinas:
	Português Moderno
	Português Arcaico
	Espanhol
	Italiano
	Francês
	Domingo
	Domingo
	Domingo
	Domenica
	Dimanche
	Segunda-feira
	Lues (pronuncia-se lũes)
	Lunes
	Lunedì
	Lundi
	Terça-feira
	Martes
	Martes
	Martedì
	Mardi
	Quarta-feira
	Mércores
	Miércoles
	Mercoledì
	Mercredi
	Quinta-feira
	Joves
	Jueves
	Giovedì
	Jeudi
	Sexta-feira
	Vernes
	Viernes
	Venerdì
	Vendredi
	Sábado
	Sábado
	Sábado
	Sabato
	Samedi
Em alguns idiomas, como o espanhol, a influência católica conseguiu ainda impor o sábado e o domingo e em muitos outros o Domingo passou a ser chamado dia do Senhor.
	Latim
	deus romano
	deus saxão
	ideograma chinês
	Solis dies
	Sol
	Sol
	Sol
	Lunae dies
	Lua
	Lua
	Lua
	Martis dies
	Marte
	Tyr
	Fogo
	Mercuri dies
	Mercúrio
	Odin
	Água
	Jovis dies
	Júpiter
	Thor
	Madeira
	Veneris dies
	Vênus
	Freya
	Metal
	Saturni dies
	Saturno
	Saturno
	Terra
Ordem dos dias da semana
O primeiro dia da semana é determinado hoje como uma consequência da união de dois conceitos, o da principal reunião semanal em fé das diferentes crenças e religiões e o conceito de criação do mundo que está presente e é comum a quase todas elas.
Origem do primeiro dia da semana
No início da era cristã, os cristãos primitivos por serem judeus guardavam o sábado, porém reuniam-se aos Domingos para celebrarem a Eucaristia (ação de graças) através da fração do pão em honra e memória da ressurreição de Cristo. A partir de 189 d.C., a Igreja Cristã estabeleceu uma data diferente daquela praticada pelos judeus para suas comemoração da Páscoa e dos dias santos a ela associados. Posteriormente, confirmando a Tradição Apostólica o Primeiro Concílio de Niceia, em 325 d.C., oficializou o Domingo (Domenica Dies) como dia sagrado para os cristãos.
A união da cultura judaica com a cultura cristã resultou na reserva de dois dias diferentes (Sábado e Domingo) para descanso: estes são respectivamente o último dia(Sábado) e o primeiro dia da semana (Domingo) de acordo com o calendário ocidental.
Representação científica dos dias da semana
A Organização Internacional para Padronização (ISO) estabeleceu pela norma ISO 8601 uma numeração para a representação dos dias da semana. Esta denominação numérica dos dias da semana tem a mesma sequência da representação feita em países da língua portuguesa e que, como era de se esperar, por serem correlatos em representação, atendeu à maioria dos países do mundo.
	Padronização internacional de identificação dos dias da semana
	Número do dia da semana
	1 (um)
	2 (dois)
	3 (três)
	4 (quatro)
	5 (cinco)
	6 (seis)
	7 (sete)
	Nome do dia da semana
	Domingo
	Segunda-feira
	Terça-feira
	Quarta-feira
	Quinta-feira
	Sexta-feira
	Sábado
Outros idiomas
Ver listagem de Dias da semana em outros idiomas
Há três grupos principais de denominação dos dias da semana nas diversas línguas:
· 1 - Com base na Mitologia greco-romana ou nos planetas, geralmente como o Domingo com origem em “Dia do Senhor”: 
· Línguas românicas (exceto Português)
· Línguas celtas
· As Artificiais
· Albanês
· Japonês
· Coreano
· Chinês antigo
· Tibetano
· Algumas que consideram os planetas, mas são relacionadas com divindades do Hinduísmo
· Línguas indo-europeias da Índia 
· Algumas da Indonésia
· Burmês
· Mongol
· Tailandês
· 2 - Com base na Mitologia nórdica, geralmente com o Domingo como dia do Sol e 2ª feira da Lua (a Lua também é a 2ª feira para o grupo da Mitologia Greco-Romana): 
· Línguas germânicas
· Finlandês
· Estoniano
· 3 - Com base em sequência numérica ordinal: 
· Primeiro dia da semana – Domingo 
· Português
· Hebraico
· Latim Eclesiástico
· Georgiano
· Armênio
· Vietnamita
· Islandês
· Árabe
· Malaio
· Principais da Indonésia
· Persa
· Cazaque
· Turco
· Primeiro dia da semana – 2ª feira 
· Línguas eslavas
· Línguas bálticas
· Húngaro
· Estoniano (outra versão)
· Mongol (outra versão)
· Outras denominações: 
· Suaíli – Sequencial iniciando no Sábado
· Istro Romeno – Mistura de divindades Greco-Romanas com Nórdicas;
· Basco – Denominação própria
Dias da semana em outros idiomas
Este anexo lista os dias da semana em idiomas não-lusófonos.
	· 
Domingo
	Idioma
	Nome
	Significado
	Alemão
	Sonntag
	Dia do Sol
	Holandês
	Zondag
	
	Inglês
	Sunday
	
	Japonês
	日曜日 / Nichiyōbi
	
	Sueco
	Söndag
	
	Dinamarquês
	Søndag
	
	Catalão
	Diumenge
	Dia do Senhor
	Dousha
	Daina
	
	Espanhol
	Domingo
	
	Esperanto
	Dimanĉo
	
	Francês
	Dimanche
	
	Galego
	Domingo
	
	Italiano
	Doménica
	
	Estónio
	Pühapäev
	
	Polaco
	Niedziela
	
	Euskera
	Igandea
	
Segunda
	Idioma
	Nome
	Significado
	Dousha
	Yuuna
	Dia da coragem
	Espanhol
	Lunes
	Dia da Lua
	Esperanto
	Lundo
	Dia da Lua
	Catalão
	Dilluns
	Dia da Lua
	Alemão
	Montag
	Dia da Lua
	Inglês
	Monday
	Dia da Lua
	Dinamarquês
	Mandag
	Dia da Lua
	Norueguês
	Mandag
	Dia da Lua
	Sueco
	Måndag
	Dia da Lua
	Francês
	Lundi
	Dia da Lua
	Galego
	Luns
	Dia da Lua
	Italiano
	Lunedi
	Dia da Lua
	Japonês
	月曜日 (Getsuyôbi)
	Dia da Lua
	Chinês
	星期一 (xīng qī yī)
	Um dasemana
	Euskera
	Astelehen
	Primeiro da semana
	Latim clásico
	Dies lunae
	Dia da Lua
Terça
	Idioma
	Nome
	Significado
	Alemão
	Dienstag
	Dia de Tyr
	Dinamarquês
	Tirsdag
	Dia de Tyr
	Dousha
	Maruna
	Dia de Marte
	Espanhol
	Martes
	Dia de Marte
	Esperanto
	Mardo
	Dia de Marte
	Catalão
	Dimarts
	Dia de Marte
	Francês
	Mardi
	Dia de Marte
	Italiano
	Martedi
	Dia de Marte
	Inglês
	Tuesday
	Dia de Tyr
	Japonês
	火曜日 (Kayôbi)
	Dia do Fogo
	Chinês
	星期二 (xīng qī èr)
	Dois da semana
	Euskera
	Astearte
	Entresemana
	Latim clássico
	Dies Martis
	Dia de Marte
Quarta
	Idioma
	Nome
	Significado
	Alemão
	Mittwoch
	Média semana
	Espanhol
	Miércoles
	Dia de Mercúrio
	Catalão
	Dimecres
	Dia de Mercúrio
	Dousha
	Miekonna
	Dia de Mercúrio
	Esperanto
	Merkredo
	Dia de Mercúrio
	Francês
	Mercredi
	Dia de Mercúrio
	Galego
	Mércores
	Dia de Mercúrio
	Italiano
	Mercoledì
	Dia de Mercúrio
	Inglês
	Wednesday
	Dia de Woden
	Sueco
	Onsdag
	Dia de Odin
	Holandês
	Woensdag
	Dia de Woden
	Dinamarquês
	Onsdag
	Dia de Odin
	Japonês
	水曜日 (Suiyôbi)
	Dia da Água
	Chinês
	??? (x?ng q? s?n)
	Três da semana
	Basco
	Asteazken
	Último da semana
	Latim clássico
	Dies Mercurii
	Dia de Mercúrio
Quinta
	Idioma
	Nome
	Significado
	Alemão
	Donnerstag
	Dia do trovão
	Dousha
	Jedina
	Dia de Júpiter
	Espanhol
	Jueves
	Dia de Júpiter
	Esperanto
	Ĵaŭdo
	Dia de Júpiter
	Italiano
	Giovedì
	Dia de Júpiter
	Francês
	Jeudi
	Dia de Júpiter
	Catalão
	Dijous
	Dia de Júpiter
	Inglês
	Thursday
	Dia de Thor
	Dinamarquês
	Torsdag
	Dia de Thor
	Holandês
	Donderdag
	Dia de Thor
	Sueco
	Torsdag
	Dia de Thor
	Euskera
	Osteguna
	Dia de Urtzi
	Japonês
	木曜日 / Mokuyôbi
	Dia da Árvore
Sexta
	Idioma
	Nome
	Significado
	Alemão
	Freitag
	Dia de Freyja
	Sueco
	Fredag
	
	Dinamarquês
	Fredag
	
	Holandês
	Vrijdag
	
	Inglês
	Friday
	
	Euskera
	Ostirala
	Campo de Urtzi
	Catalão
	Divendres
	Dia de Vênus
	Dousha
	Frina
	
	Espanhol
	Viernes
	
	Esperanto
	Vendredo
	
	Francês
	Vendredi
	
	Italiano
	Venerdì
	
	Galego
	Venres
	
	Japonês
	金曜日 / Kin'yôbi
	Dia do Ouro
Sábado
	Idioma
	Nome
	Significado
	Espanhol
	Sábado
	Dia do shabbath; Repouso
	Italiano
	Sabato
	Dia do shabbath; Repouso
	Esperanto
	Sabato
	Dia do shabbath; Repouso
	Dousha
	Shabato
	Dia do shabbath; Repouso
	Catalão
	dissabte
	Dia do shabbath; Repouso
	Francês
	Samedi
	Dia do shabbath; Repouso
	Alemão
	Samstag
	Dia do shabbath; Repouso
	Hebreu
	שבת (Shabbath)
	Repouso
	Japonês
	土曜日 (Doyôbi)
	Dia da Terra
	Latim
	Dies Saturni
	Saturno (deus da agricultura)
	Inglês
	Saturday
	Dia de Saturno
	Holandês
	Zaterdag
	Dia de Saturno
	Sueco
	Lördag
	Dia do banho
	Dinamarquês
	Lørdag
	Dia do banho
	Euskera
	Larunbata
	
Calendário romano
O calendário romano data da fundação de Roma e mudou sua forma diversas vezes até a queda do Império Romano. Este artigo discute os primeiros calendários romanos também chamados de calendários pré-julianos utilizados até 46 a.C. O calendário usado após esta data foi o calendário juliano, que continuou sendo utilizado até o ano 1582 quando foi substituído pelo calendário gregoriano
Inscrição com o calendário romano, antes da reforma juliana. Observe a presença dos meses Quintilis e Sextilis, e a possibilidade de inserção de um mês intercalar.
História
O primeiro calendário romano era um calendário lunar com dez meses, começando no equinócio da Primavera, implantado, segundo a lenda, por Rômulo, o fundador de Roma aproximadamente em 753 a.C..
Neste primeiro calendário romano, o ano tinha 10 meses de 30 ou 31 dias, que totalizavam 304 dias e os demais 61 dias que coincidiam com o inverno não entravam no calendário havendo pouco interesse de acompanhamento temporal neste período do ano.
	· Martius (31 dias)
· Aprilis (30 dias)
· Maius (31 dias)
· Junius (30 dias)
· Quintilis (30 dias)
	· Sextilis (30 dias)
· September (30 dias)
· October (31 dias)
· November (30 dias)
· December (30 dias)
A primeira reforma do calendário ocorreu com Numa Pompílio por volta de 713 a.C., o segundo dos sete Reis de Roma que reduziu os meses de 30 dias para 29 dias e adicionou os meses de Januarius (29 dias) e Februarius (28 dias) no final do calendário aumentando o seu tamanho para 355 dias, transformando-o em um calendário luni-solar, mantendo os inícios dos meses coincidindo com os inícios das fases da Lua e adicionando de tempos em tempos um mês extra para completar o ano solar.
Este calendário fora baseado no calendário grego praticado em Atenas, que já era um calendário luni-solar e bem mais preciso que aquele primeiro calendário praticado em Roma e que, então, também passou a ser de 12 meses com um mês adicional para manter o ciclo anual lunar alinhado com o ciclo anual solar.
	· Martius (31 dias)
· Aprilis (29 dias)
· Maius (31 dias)
· Iunius (29 dias)
· Quintilis (31 dias)
· Sextilis (29 dias)
	· September (29 dias)
· October (31 dias)
· November (29 dias)
· December (29 dias)
· Ianuarius (29 dias)
· Februarius (28 dias)
Para manter este alinhamento de ciclos, de dois em dois anos deveria ser adicionado um mês extra de 22 ou 23 dias, Mensis Intercalaris, de nome Mercedonius ou Mercedinus, próximo ao final de Februarius logo após os dias 23 ou 24, que era terminado somente após a conclusão deste mês intercalar, resultando em uma sequencia de anos com 355, 377, 355 e 378 dias, com uma média de 366,25 dias.
A decisão de inserir o mês intercalado, e sua posição, era a responsabilidade do pontifex maximus que controlava para que o calendário não se distanciasse das efemérides anuais tornando irregular a sequência de inclusões. O sistema de alinhar o ano através destes meses intercalares falhou pelo menos duas vezes.
A primeira foi durante e após a Segunda Guerra Púnica. Isso levou a reforma da Lex Acilia em 191 a.C., sendo bem sucedida por longo período.
A segunda falha foi na metade do primeiro século a.C. e que resultou na reforma instituída por Júlio César com a implantação de um calendário solar, em substituição do calendário luni-solar de Numa Pompílio, posteriormente chamado de Calendário Juliano.
Meses
Após sua última reforma os anos tinham uma sequência regular de 355, 377, 355 e 378 dias em um ciclo de 24 anos.
	Calendário romano quando regular
	Mês
	Anos 01, 05, 09, 13, 17, 21
	Anos 02, 06, 10, 14, 18, 22
	Anos 03, 07, 11, 15, 19, 23
	Anos 04, 08, 12, 16, 20, 24
	Martius
	31
	31
	31
	31
	Aprilis
	29
	29
	29
	29
	Maius
	31
	31
	31
	31
	Junius
	29
	29
	29
	29
	Quintilis
	31
	31
	31
	31
	Sextilis
	29
	29
	29
	29
	September
	29
	29
	29
	29
	October
	31
	31
	31
	31
	November
	29
	29
	29
	29
	December
	29
	29
	29
	29
	Januarius
	29
	29
	29
	29
	Februarius
	28
	23
	28
	24
	Mercedonius
	-
	22
	-
	23
	Final de Februarius
	-
	5
	-
	4
	Total de dias
	355
	377
	355
	378
Para ajustar o erro acumulado, de 1 dia ao ano, a cada 24 anos se retirava 24 dias pela eliminação de 6 dias nas 4 últimas sequências de anos 18, 20, 22 e 24 de 377, 378, 377 e 378 dias que ficavam com respectivamente com 371, 372, 371 e 372 dias.
Divisão dos meses
Os romanos tinham nomes especiais para 3 dias específicos em cada mês. O sistema foi originalmente baseado nas fases da Lua. Após as reformas de Numa Pompílio, eles passaram a ocorrer em dias fixos.
São os dias do mês:
· Kalendae (calendas) - primeiro dia do mês, de onde a palavra calendário derivou. Os juros das dívidas eram actualizados nas calendas.
· Nonae – (nonos) dependendo do mês, podia ser o 5º ou o 7º dia; tradicionalmente o dia que correspondia à fase lunar de quarto crescente.
· Idus – (idos) dependendo do mês, podia ser o 13º ou o 15º dia; tradicionalmente o dia de lua cheia.
Nos seguintes meses os nonos ocorriam ao 5º dia e os idos ao 13º dia: Janeiro, fevereiro, abril, junho, agosto, setembro, novembro e dezembro.
Nos seguintes meses os nonos ocorriam ao 7º dia e os idos ao 15º dia: Março, maio, julho e outubro.
Os outros dias no mês não eram, normalmente, nomeados, apesar de alguns serem conhecidos pelo nome de um festival que neles ocorria. (ex. Feralia, Quirinalia).
Paraidentificar os outros dias contava-se regressivamente ao dias nomeados. Além disso, os romanos contavam inclusivamente, assim, por exemplo, 2 de setembro é considerado quatro dias antes de 5 de setembro, em vez de três como costumamos contar.
Setembro
O exemplo a seguir demonstra como eram denominados os dias para um setembro pré-juliano, que tinha 29 dias. Mostra como a data era descrita, a sua tradução, e como nós a dizemos actualmente.
	Kal. Sept.
	Calendas de Setembro
	1 de setembro
	a.d. IV Non. Sept.
	4 dias antes dos Nonos de Setembro
	2 de setembro
	a.d. III Non. Sept.
	3 dias antes dos Nonos de Setembro
	3 de setembro
	prid. Non. Sept
	O dia anterior aos Nonos de Setembro
	4 de setembro
	Non. Sept.
	Nonos de Setembro
	5 de setembro
	a.d. VIII Id. Sept.
	8 dias antes dos Idos de Setembro
	6 de setembro
	a.d. VII Id. Sept.
	7 dias antes dos Idos de Setembro
	7 de setembro
	a.d. III Id. Sept.
	3 dias antes dos Idos de Setembro
	11 de setembro
	prid. Id. Sept.
	O dia anterior aos Idos de Setembro
	12 de setembro
	Id. Sept.
	Idos de Setembro
	13 de setembro
	a.d. XVII Kal. Oct.
	17 dias antes das Calendas de Outubro
	14 de setembro
	a.d. XVI Kal. Oct.
	16 dias antes das Calendas de Outubro
	15 de setembro
	a.d. III Kal. Oct.
	3 dias antes das Calendas de Outubro
	28 de setembro
	prid. Kal. Oct.
	O dia anterior às Calendas de Outubro
	29 de setembro
	Kal. Oct.
	Calendas de Outubro
	1 de outubro
a.d. = ante diem = dias antes ; prid.= pridie = o dia anterior ; Kal. = calendas
Pode-se notar:
Como os dias eram contados inclusivamente e por haver um nome especial para o dia anterior ao dia com nome, não há a possibilidade de se dizer: 2 dias antes de um dia com nome.
Após os idos já não se menciona o mês de setembro, visto que se contam quantos dias faltam para a Calendas de outubro.
Quando Júlio César adicionou um dia a setembro, este foi acrescentado a seguir dos Idos, assim o dia 14 de setembro passa a significar, a.d. XVIII Kal. Oct. Esta mudança gera imprecisão na contagem dos dias atualmente, não ficando claro se uma data ocorreu no dia 23 ou 24 de setembro, por exemplo.
Semana
A República Romana, tal como os etruscos, usava uma "semana de mercado" de oito dias, marcados com as letras de A a H no calendário. Um mercado seria feito no oitavo dia. Para os romanos, que contavam inclusivamente, este seria realizado a cada "nove" dias, daí que este mercado era denominado "nundinae". Dado que a extensão do ano não era múltipla de 8 dias, a letra para o dia de mercado (conhecida como "letra nundinal") variava a cada ano. Por exemplo se num determinado ano de 355 dias a letra nundinal era A, a do ano seguinte seria F.
O ciclo do mercado era fundamental para o ritmo da vida quotidiana, e o dia de mercado era o dia em que as pessoas do campo vinham à cidade. Por esta razão, uma lei de 287 a. C. (a Lex Hortensia) proibia a realização de reuniões dos comitia (como por exemplo a realização de eleições) em dias de mercado, mas permitia a realização de actos legais. No fim da República, surgiu uma superstição de considerar nefasto um ano que começasse num dia de mercado, e os pontífices, que regulavam o calendário, tomaram medidas para o evitar.
Com o ciclo do mercado estava fixado em 8 dias nos tempos da República, A informação acerca das datas do mercado é uma das mais importantes ferramentas que temos actualmente para estabelecer a equivalência entre o calendário pré-juliano e o calendário juliano. No início do Império, o dia do mercado era mudado ocasionalmente. Os detalhes não são claros, mas uma explicação provável seria que o dia do mercado seria alterado se coincidisse no mesmo dia que o festival do Regifugium, um evento que poderia ocorrer num ano bissexto do calendário juliano. Quando isto acontecia, o dia do mercado seria movido para o dia seguinte, que era o dia bissexto.
A semana de sete dias começou a ser usada no início do período imperial, depois do calendário juliano ter entrado em vigor, aparentemente estimulada pela imigração do Parte Oriental do Império. Durante algum tempo a semana de 7 dias coexistiu com o ciclo nundinal de 8 dias e alguns fasti incluem ambos os ciclos.
Os romanos tinham uma cultura pagã e dedicavam os dias da semana aos astros conhecidos, sendo o dies Saturni dedicado ao astro e deus Saturno, que era um dia de descanso pela boa colheita realizada.
· Dies Solis (Dia do Sol)
· Dies Lunae (Dia da Lua)
· Dies Martis (Dia de Marte)
· Dies Mercuri (Dia de Mercúrio)
· Dies Iovis (Dia de Júpiter)
· Dies Veneris (Dia de Vénus)
· Dies Saturni (Dia de Saturno)
Anos
Na República Romana, os anos não eram contados. Ao invés disso eles eram nomeados em homenagem aos cônsules que estavam no poder no início do ano (veja lista de cônsules da República Romana). Por exemplo, 205 a.C. foi o Ano do consulado de Públio Cornélio Cipião Africano e Públio Licínio Crasso.
Todavia, na República tardia, historiadores e sábios começaram a contar os anos pela data da fundação da cidade de Roma. Diferentes sábios usaram diferentes datas para este evento. A data mais usada hoje em dia é a calculada por Varro, 753 a.C., mas outros sistemos variaram por décadas a seguir. Datas marcadas por este método eram rotuladas ab urbe condita (que significa após a fundação da cidade, e abreviada AUC). Quando textos antigos forem lidos usando datas em AUC, deve se tomar cuidado para determinar a época usada pelo autor antes de traduzir este ano para o calendário gregoriano.
O primeiro dia do mandato consular, que era efetivamente o primeiro dia do ano, mudou inúmeras vezes durante a história romana. Foi 1 de janeiro em 153 a.C.. Anteriormente era 15 de Março. Mudanças anteriores eram um pouco mais incertas. Há boas razões para acreditar que o início do ano era em 1 de Maio pela maior parte do terceiro século antes de Cristo, até o ano de 222 a.C.. Lívio menciona consulados que começando em 1 de Julho antes deles e argumentos existem para outras datas em anos anteriores.
Convertendo datas pré-julianas
Achar uma data romana para o calendário juliano pode ter armadilhas. Até datas do início do calendário juliano podem não ser o que parecem ser. Por exemplo, consta-se que Júlio César foi assassinado nos idos de Março de 44 a.C., e é comumente convertido para 15 de Março de 44a.C.. Embora ele tenha sido de fato assassinado no 15º dia do mês Martius do calendário romano, a data equivalente no atual calendário é, provavelmente, 14 de Março de 44a.C.
Achar um dia equivalente do calendário juliano para uma data pré-juliana é ainda mais difícil. Já que temos uma lista essencialmente completa dos cônsules, não é difícil de achar um ano juliano que geralmente corresponda a um ano pré-Juliano. Mas as fontes raramente nos dizem quais anos são comuns, quais são intercalares e quanto tempo um ano intercalar durava. Assim, datas pré-Julianas podem ser muito tortuosas.
Hoje em dia existe, todavia, um número de pistas para ajudar. Primeiro: sabe-se quando o calendário juliano começou, embora existam controvérsias a respeito. Há também, fontes detalhadas sobre décadas anteriores, na maioria das vezes, em cartas e discursos de Cícero. Combinando-se estes dados com informações sobre como o calendário funcionava, em especial o ciclo nundinal, podemos converter corretamente datas romanas depois de 58 a.C.. Ainda, histórias de Lívio nos dão datas romanas exatas para dois eclipses em 190 a.C. e 168 a.C., e conhece-se, também, uns poucos sincronismos com datas em outros calendários que ajudam a ter soluções aproximadas, e às vezes exatas, para este período. Antes de 190 a.C. o alinhamento entre os calendários romano e juliano é determinado por pistas, como as datas de colheitas mencionadas nas fontes.
Combinando essas fontes de informações, é possível se estimar aproximações de equivalências julianas às datas romanas até o início da Primeira Guerra Púnica, em 264 a.C.. Porém, enquanto temos informações suficientes para tais reconstruções, o número de anos antes de 45 a.C. que se pode converter datas romanas em julianas comprecisão são muito poucos, e várias reconstruções do calendário pré-juliano são possíveis.[1]
Calendário
Representação pictória do Calendário asteca
Calendário é um sistema para contagem e agrupamento de dias que visa atender, principalmente, às necessidades civis e religiosas de uma cultura. A palavra deriva do latim calendarium ou livro de registro, que por sua vez derivou de calendae, que indicava o primeiro dia de um mês romano. As unidades principais de agrupamento são o mês e o ano.
A palavra calendário é usada também para descrever o aparato físico (geralmente de papel) para o uso do sistema (por exemplo, calendário de mesa), e também um conjunto particular de eventos planejados.
Conceitos
A unidade básica para a contagem do tempo é o dia, que corresponde ao período de tempo entre dois eventos equivalentes sucessivos: por exemplo, o intervalo de tempo entre duas ocorrências do nascer do Sol, que corresponde, em média (dia solar médio), a 24 horas.
O mês lunar corresponde ao período de tempo entre duas lunações, cujo valor aproximado é de 29,5 dias.
O ano solar é o período de tempo decorrido para completar um ciclo de estações (primavera, verão, outono e inverno). O ano solar médio tem a duração de aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 47 segundos (365,2422 dias). Também é conhecido como ano trópico. A cada quatro anos, as horas extra acumuladas são reunidas no dia 29 de Fevereiro, formando o ano bissexto, ou seja, o ano com 366 dias.
Os calendários antigos baseavam-se em meses lunares (calendários lunares) ou no ano solar (calendário solar) para contagem do tempo.
Calendário hindu
Etimologia
Antes de Júlio César criar, com a ajuda do astrônomo Sosígenes, o calendário dito juliano, os romanos tinham meses lunares, que começavam em cada lua nova. No primeiro dia da lua nova, chamado dia das calendas (“calendae”), um dos pontífices convocava o povo no Capitólio para informar as celebrações religiosas daquele mês. O pontífice mencionava um por um os dias que transcorreriam até as nonas, repetindo em voz alta a palavra “calo”, eu chamo.
A partir do calendário juliano, que não era lunar, as nonas foram o quinto dia nos meses de trinta dias e o sétimo nos meses de trinta e um. De “calendae”, os romanos criaram o adjetivo “calendarius”, relativo às calendas, e o substantivo “calendarium”, com o qual designavam o livro de contas diárias e, mais tarde, o registro de todos os dias do ano.
Em nossa língua portuguesa, até o século XIII, a palavra calendas era empregada, no entanto, para denominar o primeiro dia de cada mês e calendário a lista dos dias do ano com suas correspondentes festividades religiosas. O calendário dos gregos não tinha calendas, e assim os romanos conceberam a expressão “Ad calendas graecas”, para as calendas gregas, para referir-se a algo que não iria ocorrer nunca.
Classificações
Calendários em uso na Terra são freqüentemente os lunares, solares, luni-solares ou arbitrários. Um calendário lunar é sincronizado com o movimento da Lua; um exemplo disso é o calendário islâmico. Um calendário solar é sincronizado com o movimento do Sol; um exemplo é o calendário persa. Um calendário luni-solar é sincronizado com ambos os movimentos do Sol e da Lua; um exemplo é o calendário hebraico. Um calendário arbitrário não é sincronizado nem com o Sol nem com a Lua. Um exemplo disso é o calendário juliano usado por astrônomos. Há alguns calendários que parecem ser sincronizados com o movimento de Vênus, como o calendário egípcio; a sincronização com Vênus parece ocorrer principalmente em civilizações próximas ao equador.
Praticamente todos os sistemas de calendário utilizam uma unidade coloquialmente chamada de ano, que se aproxima do ano tropical da Terra, ou seja, o tempo que leva um completo ciclo de estações, visando facilitar o planejamento de atividades agrícolas. Muitos calendários também usam uma unidade de tempo chamada mês baseado nas fases da Lua no céu; um calendário lunar é aquele no qual os dias são numerados dentro de cada ciclo de fases da Lua. Como o comprimento do mês lunar não se encaixa em um divisor exato dentro do ano tropical, um calendário puramente lunar rapidamente se perde dentro das estações. Os calendários lunares compensam isso adicionando um mês extra quando necessário para realinhar os meses com as estações.
Atual
No ocidente, o calendário juliano baseado em anos foi o adotado. Ele numera os dias dentro dos meses, que são mais longos que o ciclo lunar, por isso não é conveniente para seguir as fases da Lua, mas faz um trabalho melhor seguindo as estações. Infelizmente, o ano tropical da Terra não é um múltiplo exato dos dias (é de aproximadamente 365,2422 dias), então lentamente cai fora de sincronia com as estações. Por essa razão, o calendário gregoriano foi adotado mais tarde na maior parte do ocidente. Por usar um sistema flexível de ano bissexto, pode ser ajustado para fechar com as estações como desejado.
Completude
Calendários podem definir outras unidades de tempo, como a semana, para o propósito de planejar atividades regulares que não se encaixam facilmente com meses ou anos. Calendários podem ser completos ou incompletos. Calendários completos oferecem um modo de nomear cada dia consecutivo, enquanto calendários incompletos não. O primeiro calendário romano - que não tinha nenhum modo de designar os dias dos meses de inverno que não fosse agrupar todos juntos como "inverno" - é um exemplo de um calendário incompleto, enquanto o calendário gregoriano é um exemplo de calendário completo.
Finalidade
Calendários podem ser pragmáticos, teóricos ou mistos. Um calendário pragmático é o que é baseado na observação; um exemplo é o calendário religioso islâmico. Um calendário teórico é aquele que é baseado em um conjunto estrito de regras; um exemplo é o calendário hebraico. Um calendário misto combina ambos. Calendários mistos normalmente começam como calendários teóricos, mas são ajustados pragmaticamente quando algum tipo de assincronia se torna aparente; a mudança do calendário juliano para o calendário gregoriano é um exemplo, e o próprio calendário gregoriano pode ter que receber algum ajuste próximo ao ano 4000 (como foi proposto por G. Romme para o calendário revolucionário francês revisado). Houve algumas propostas para a reforma do calendário, como o calendário mundial ou calendário perpétuo. As Nações Unidas consideraram a adoção de um calendário reformado por um tempo nos anos 50, mas essas propostas perderam muito de sua popularidade.
O calendário gregoriano, como um exemplo final, é completo, solar e misto.
Calendários lunares
Nem todos os calendários usam o ano solar como uma unidade. Um calendário lunar é aquele em que os dias são numerados dentro de cada ciclo das fases da lua. Como o comprimento do mês lunar não é nem mesmo uma fração do comprimento do ano trópico, um calendário puramente lunar rapidamente desalinha-se das estações do ano, que não variam muito perto da linha do Equador. Permanece constante, no entanto, em relação a outros fenômenos, especialmente as marés. Um exemplo é o calendário islâmico. Alexander Marshack, em uma obra controversa,[1] acreditava que as marcas em um bastão de osso (cerca de 25.000 a.C.) representavam um calendário lunar. Outros ossos marcados também podem representar calendários lunares.[2] Da mesma forma, Michael Rappenglueck acredita que as marcas de uma pintura rupestre de 15 mil anos de idade representam um calendário lunar.[3]
Calendários fiscais
Um calendário fiscal (como um calendário 4-4-5) fixa para cada mês um determinado número de semanas, para facilitar as comparações de mês para mês e de ano para ano. Janeiro sempre tem exatamente 4 semanas (de domingo a sábado), fevereiro tem quatro semanas, março tem cinco semanas etc. Note-se que este calendário vai precisar adicionar uma 53ª semana a cada 5 ou 6 anos, que pode ser adicionada a dezembro ou pode não ser, dependendo de como a organização utiliza essas datas. Existe um modo padrão internacional para fazer isso (a semana ISO). A semanaISO começa na segunda-feira e termina no domingo. A semana 1 é sempre a semana que contém 4 de janeiro no calendário gregoriano.
Calendários fiscais também são usados pelas empresas. Neste caso o ano fiscal é apenas um conjunto qualquer de 12 meses. Este conjunto de 12 meses pode começar e terminar em qualquer ponto do calendário gregoriano. É o uso mais comum dos calendários fiscais.
Curiosidades
Embora não houvesse comunicações e nem os povos antigos conhecessem outros modelos mais precisos para a contagem do tempo, foram os calendários mais simples como a lunação e os sete dias da semana que permitiram aos historiadores refazer em tempo real todos os eventos históricos.
Medidas de Tempo
A medida do tempo se baseia no movimento de rotação da Terra, que provoca a rotação aparente da esfera celeste. 
· Dia Sideral: é o intervalo de tempo decorrido entre duas passagens sucessivas do ponto (cruzamento do equador e eclíptica, onde está o Sol próximo de 21 de março) pelo meridiano do lugar. 
Tempo Solar
O tempo solar toma como referência o Sol. 
· Dia Solar: é o intervalo de tempo decorrido entre duas passagens sucessivas do Sol pelo meridiano do lugar. É 3m56s mais longo do que o dia sideral. Essa diferença é devida ao movimento de translação da Terra em torno do Sol, de aproximadamente 1 grau (4 minutos) por dia (360°/ano=0,986°/dia). Como a órbita da Terra em torno do Sol é elíptica, a velocidade de translação da Terra em torno do Sol não é constante, causando uma variação diária de 1° 6' (4m27s) em dezembro, e 53' (3m35s) em junho. 
Tempo solar verdadeiro: é o ângulo horário (ângulo medido sobre o equador, desde o meridiano local até o meridiano do astro) do centro do Sol. 
Tempo solar médio: é o ângulo horário do centro do sol médio. O sol médio é um sol fictício, que se move ao longo do Equador celeste (ao passo que o Sol verdadeiro se move ao longo da Eclíptica), com velocidade angular constante, de modo que os dias solares médios são iguais entre si (ao passo que os dias solares verdadeiros não são iguais entre si porque o movimento do Sol na eclíptica não tem velocidade angular constante). Mas o movimento do Sol na eclíptica é anualmente periódico, assim o ano solar médio é igual ao ano solar verdadeiro. 
Equação do Tempo: é a diferença entre o Tempo Solar Verdadeiro e o Tempo Solar Médio. Seu maior valor positivo é cerca de 16 minutos e seu maior valor negativo é cerca de 14 minutos. Esta é a diferença entre o meio dia verdadeiro (passagem meridiana do Sol), e o meio dia do Sol médio. Quando se faz a determinação da longitude de um local pela medida da passagem meridiana do Sol, se não corrigirmos a hora local do centro do meridiano pela equação do tempo, poderemos introduzir um erro de até 4 graus na longitude. 
Tempo civil (Tc): é o tempo solar médio acrescido de 12 hr, isto é, usa como origem do dia o instante em que o sol médio passa pelo meridiano inferior do lugar. A razão da instituição do tempo civil é não mudar a data durante as horas de maior atividade da humanidade nos ramos financeiros, comerciais e industriais, o que acarretaria inúmeros problemas de ordem prática. 
Tempo universal (TU): é o tempo civil de Greenwich, na Inglaterra, definido como ponto zero de longitude geográfica na Conferência Internacional Meridiana, realizada em Washington em outubro de 1884. Lá está o Royal Observatory, Greenwich. 
Note que os tempos acima são locais, dependendo do ângulo horário do Sol, verdadeiro ou médio. Se medirmos diretamente o tempo solar, este vai provavelmente ser diferente daquele que o relógio marca, pois não usamos o tempo local na nossa vida diária, mas o tempo do fuso horário mais próximo. 
Fusos Horários
De acordo com a definição de tempo civil, lugares de longitudes diferentes têm horas diferentes, porque têm meridianos diferentes. Inicialmente, cada nação tinha a sua hora, que era a hora do seu meridiano principal. Por exemplo, a Inglaterra tinha a hora do meridiano que passava por Greenwich, a França tinha a hora do meridiano que passava por Paris. 
Como as diferença de longitudes entre os meridianos escolhidos não eram horas e minutos exatos, as mudança de horas de um país para outro implicavam cálculos incômodos, o que não era prático. Para evitar isso adotou-se o convênio internacional dos fusos horários. 
Cada fuso compreende (= 1 h). Fuso zero é aquele cujo meridiano central passa por Greenwich. Os fusos variam de 0h a +12h para leste de Greenwich e de 0h a -12h para oeste de Greenwich. Todos os lugares de um determinado fuso têm a hora do meridiano central do fuso. 
Hora legal: é a hora civil do meridiano central do fuso. 
Fusos no Brasil: o Brasil abrange três fusos (Lei 11 662 de 24.04.2008): 
· -2h: arquipélago de Fernando de Noronha e outras ilhas distantes; 
· -3h: estados do litoral, Amapá, Minas, Goiás, Tocantins e Pará (a leste do Rio Xingu) 
· -4h: Amazonas, Mato Grosso do Norte, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima, Pará (a oeste do Rio Xingu) e Acre. 
Tempo Atômico Internacional: desde 1967, quando um segundo foi definido como 9 192 631 770 vezes o período da luz emitida pelo isótopo 133 do Césio, no nível fundamental, passando do nível hiperfino F=4 para F=3, se usa o TAI, dado por uma média de vários relógios atômicos muito precisos. Hoje em dia se usa a transição maser do hidrogênio, ainda mais precisa. O TAI varia menos de 1 segundo em 3 milhões de anos. Mas existem objetos astronômicos ainda mais precisos, como a estrela anã branca G117-B15A, cujo período de pulsação ótica varia menos de 1 segundo em 10 milhões de anos, e pulsares em rádio, ainda mais precisos. 
Calendário
Desde a Antiguidade foram encontradas dificuldades para a criação de um calendário, pois o ano (duração da revolução aparente do Sol em torno da Terra) não é um múltiplo exato da duração do dia ou da duração do mês. Os Babilonios, Egípcios, Gregos e Maias já tinham determinado essa diferença. 
É importante distinguir dois tipos de anos: 
Ano sideral: é o período de revolução da Terra em torno do Sol com relação às estrelas. Seu comprimento é de 365,2564 dias solares médios, ou 365d 6h 9m 10s. 
Ano tropical: é o período de revolução da Terra em torno do Sol com relação ao Equinócio Vernal, isto é, com relação ao início da estações. Seu comprimento é 365,2422 dias solares médios, ou 365d 5h 48m 46s. Devido ao movimento de precessão da Terra, o ano tropical é levemente menor do que o ano sideral. O calendário se baseia no ano tropical. 
Os egípcios, cujos trabalhos no calendário remontam a 4 milênios antes de Cristo, utilizaram inicialmente um ano de 360 dias começando com a enchente anual do Nilo, que acontecia quando a estrela Sírius, a mais brilhante estrela do céu, nascia logo antes do nascer do Sol. Mais tarde, quando o desvio na posição do Sol se tornou notável, 5 dias foram adicionados. Mas ainda havia um lento deslocamento, que somava 1 dia a cada 4 anos. Então os egípcios deduziram que o comprimento do ano era de 365,25 dias. Já no ano 238 a.C., o rei (faraó) Ptolomeu III, o Euergetes, que reinou o Egito de 246 a 222 a.C., ordenou que um dia extra fosse adicionado ao calendário a cada 4 anos, como no ano bissexto atual. 
Nosso calendário atual está baseado no antigo calendário romano, que era lunar. Como o período sinódico da Lua é de 29,5 dias, um mês tinha 29 dias e o outro 30 dias, o que totalizava 354 dias. Então a cada três anos era introduzido um mês a mais para completar os 365,25 dias por ano em média. Os anos no calendário romano eram chamados de a.u.c. (ab urbe condita), a partir da fundação da cidade de Roma. Neste sistema, o dia 11 de janeiro de 2000 marcou o ano novo do 2753 a.u.c. A maneira de introduzir o 13o mês se tornou muito irregular, de forma que no ano 46 a.C. Júlio César (Gaius Julius Cæsar, 102-44 a.C.), orientado pelo astrônomo alexandrino Sosígenes (90-? a.C.), reformou o calendário, introduzindo o Calendário Juliano, de doze meses, no qual a cada três anos de 365 dias seguia outro de 366 dias (ano bissexto). Assim, o ano juliano tem em média

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