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TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA II 2ºBIMESTRE 2020 2

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TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA II – PROVA DO SEGUNDO BIMESTRE – 2020/2
INSTRUÇÕES: PRAZO PARA POSTAGEM DAS RESPOSTAS: 23:59 DE SÁBADO, 28 DE NOVEMBRO, NO PRÓPRIO AMBIENTE DO MOODLE, OU EM ARQUIVO ANEXO. APENAS O GABARITO! (Não precisa encaminhar o texto da prova inteira de volta). A prova é composta de 20 questões: objetivas simples (1 a 10), objetivas de marcar verdadeiro ou falso (11 a 20). Valor de cada questão: 0,4 (nas questões de V ou F, a nota é por afirmativa correta). Valor total da prova: até 8,0.
I. Nas questões de 1 a 10, assinale a única alternativa correta:
1.Conversão substancial do negócio jurídico nulo significa:
a)Reconhecimento da nulidade “de ofício” pelo juiz.
b)Confirmação expressa do negócio jurídico nulo.
c)Aproveitamento da manifestação de vontade negocial, em sentido diferente do negócio originalmente feito.
d)Perda do prazo legal para pleitear sua invalidade.
e)Suprimento do negócio jurídico nulo, se as partes expressamente o solicitarem ao juiz.
2.Sobre prescrição e decadência no Direito Brasileiro:
a)Prazos prescricionais começam a correr da celebração do negócio jurídico, porque a partir daí os direitos nele previstos podem ser exercidos.
b)Todos os direitos potestativos sujeitam-se a prazos decadenciais, em nome da segurança da relações jurídicas.
c)O juiz não pode agir de ofício para reconhecer prescrição ou decadência fixada em lei.
d)O Direito Brasileiro admite que prazos prescricionais possam ser alterados por convenção das partes em certo negócio.
e)A prescrição pode ser objeto de renúncia, pelo devedor, mas apenas depois de consumada.
3.Sobre o ato ilícito e a responsabilidade civil no Direito brasileiro, é correto afirmar:
a)Responsabilidade civil por fato da coisa é sempre subjetiva.
b)A quebra do nexo de causalidade em regra não afasta a responsabilidade civil.
c)A responsabilidade civil chamada objetiva só se aplica ao Poder Público.
d)O conceito de ato ilícito civil abrange condutas comissivas ou omissivas, dolosas ou culposas stricto sensu.
e)As chamadas excludentes de ilicitude sempre afastam o dever de indenizar.
4.Considerando os dois regimes da invalidade do negócio jurídico em nosso ordenamento, é correto afirmar:
a)Diferentemente das anulabilidades, as nulidades operam-se automaticamente, independente de reconhecimento judicial.
b)As nulidades são conceitualmente imprescritíveis, as anulabilidades convalescem com o decurso do tempo.
c)A anulação judicial de um negócio jurídico terá sempre efeitos “ex nunc”.
d)Entende-se, atualmente, que o juiz pode agir de ofício para reconhecer nulidades e anulabilidades, porque a aplicação de toda lei é de interesse público.
e)As anulabilidades dizem respeito a defeitos supervenientes do negócio jurídico, as nulidades são defeitos do negócio existentes desde sua celebração.
5.A respeito do conceito de abuso de direito é correto afirmar:
a)Sua prática só gera dever de indenizar se causar prejuízo econômico a terceiros.
b)Sua caracterização depende de prova de dolo ou culpa stricto sensu do agente.
c)Pode configurar-se tanto no universo negocial como no universo extranegocial, gerando, neste caso, responsabilidade civil aquiliana.
d)Ocorre quando alguém causa dano a terceiro agindo em estado de necessidade, afastando o dever de indenizar.
e)Somente se caracteriza, para efeitos civis, quando a conduta do agente configurar-se também como crime.
6.Na comparação entre responsabilidade civil e responsabilidade penal, é correto afirmar:
a)Todo ilícito civil caracteriza-se, também, como ilícito penal.
b)Todo ilícito penal caracteriza-se, sempre, como ilícito civil.
c)Ambas as responsabilidades geram processos distintos no Poder Judiciário, parcialmente independentes entre si.
d)O chamado ilícito administrativo é categoria de ilícito penal e sempre gera o dever de indenizar.
e)A independência da esfera civil e da penal, perante o Poder Judiciário, é absoluta, ainda que com o risco de decisões contraditórias.
7.Considerando o regime jurídico da coação no direito brasileiro vigente, responda:
a)A coação, como vício de vontade do negócio jurídico, só pode ocorrer entre as próprias partes do negócio.
b)O estado de perigo é uma das modalidades possíveis de coação, onde a ameaça feita dirige-se à vida ou à integridade física do paciente.
c)Em face da sua gravidade, tanto a coação física quanto a coação moral tornam inexistente o negócio jurídico.
d)O simples temor reverencial é insuficiente para caracterizar a coação do tipo “vis compulsiva”.
e)A caracterização da coação se faz a partir do parâmetro de comportamento médio de qualquer pessoa na sociedade.
8.O parágrafo único do art. 202 do Código Civil, ao referir-se a duas situações em que a prescrição interrompida retoma seu curso, quer significar que:
a)o prazo começa a contar por inteiro, de novo, somente no primeiro caso.
b)o prazo começa a contar por inteiro, de novo, somente no segundo caso.
c)o prazo sempre recomeça a contar, por inteiro, ao final de qualquer processo para satisfazer o direito do credor.
d)o ato interruptivo pontual, a que não se segue uma demanda, implicará na retomada do prazo a partir da mesma data.
e)no segundo caso, a prescrição só fluirá pelo tempo que falta, descontado o tempo que já transcorreu.
9.Sobre a lesão como vício do consentimento:
a)Sua configuração torna o negócio jurídico anulável, por aplicação da cláusula “rebus sic standibus”.
b)É vício que pressupõe a desigualdade econômica das partes e não depende da intenção de prejudicar a parte mais fraca.
c)Trata-se de conceito surgido no direito moderno, a partir do século XIX, com a preocupação jurídica de proteção ao consumidor.
d)É uma das modalidades possíveis de coação, que torna o negócio jurídico inexistente.
e)É o nome que se dá à situação onde há prejuízo econômico para uma das partes do negócio, por fato superveniente, autorizando sua revisão ou resolução.
10.Leia com atenção o texto abaixo:
“A responsabilidade contratual resulta de ilícito contratual (não-cumprimento ou cumprimento defeituoso de obrigação preexistente), e a extracontratual, aquiliana ou delitual, resulta de ilícito extracontratual (violação de deveres gerais de abstenção pertinente aos direitos absolutos). A primeira decorre da violação de direitos subjetivos relativos, com a infração de um dever especial, enquanto a aquiliana nasce da ofensa a direitos subjetivos absolutos, com a infração de um dever geral de observância. A expressão responsabilidade contratual é, porém, abrangente, porque também compreende a infração de obrigações não decorrentes de contrato, como as nascidas de declaração unilateral de vontade ou da própria lei” (FRANCISCO AMARAL, Direito Civil – Introdução, Renovar, 5º ed., pág. 565).
Analise as 5 afirmativas formuladas e, a seguir, assinale a única alternativa correta:
I – A responsabilidade civil extracontratual é sempre subjetiva; a contratual pode ser objetiva ou subjetiva.
II – Em ambas as responsabilidades referidas no texto, é necessário demonstrar o nexo causal para definir o dever de indenizar.
III – O conceito doutrinário atual de dano não exige sempre a diminuição patrimonial da vítima.
IV – A responsabilidade civil por fato de terceiro e por fato da coisa não exige, necessariamente, prova de culpa em sentido lato.
V – A responsabilidade civil aquiliana é dependente de prévia condenação criminal do agente.
a) Estão corretas as afirmativas I, II e V. 
b) Estão corretas as afirmativas II, III e IV.
c) Estão corretas apenas as afirmativas II e IV.
d) Estão corretas apenas as afirmativas III e V.
e) Estão corretas apenas as afirmativas I e III.
II. Nas questões 11 a 20, abaixo, assinale (V) para verdadeiro, ou (F) para falso, em cada uma das afirmativas feitas:
11.A respeito da simulação, responda:
( F) A simulação por interposta pessoa e exemplo de simulação absoluta.
(V) Parte da doutrina entende que uma reserva mental, quando bilateral, equipara-se à simulação.
(V) A simulação, quando praticada por apenas uma das partes do negócio,equipara-se ao dolo, vício de vontade, porque é indução da outra a erro.
(V) A parte final do art. 167, caput, pode ser entendida como uma referência às simulações relativas e inocentes.
12.A respeito da fraude contra credores no direito vigente, responda:
(V)Embora sejam conceitos facilmente utilizáveis combinadamente entre si, a fraude contra credores não pressupõe necessariamente um simulação.
(F)A fraude contra credores só se caracteriza em negócios jurídicos gratuitos praticados pelo devedor insolvente.
(V)A ação pauliana deve ser necessariamente proposta contra o devedor insolvente e a pessoa que com ele celebrou o negócio jurídico fraudulento.
(F) O atual Código de Processo Civil chama o instituto de fraude à execução, tornando desnecessária a ação pauliana.
13.Com base no art. 172 do Código Civil, responda:
(V) Confirmação do negócio jurídico é ato unilateral da parte que poderia, em juízo, pleitear a sua anulação. 
(F) A confirmação, embora sem forma exigida em lei, precisa necessariamente ser expressa, não admitindo a forma tácita.
(V) Confirmação do negócio jurídico anulável é a sua repetição. É feita por ambas as partes porque só cabe nos negócios jurídicos bilaterais.
(V) A doutrina trata da perda do prazo para propor ação anulatória como convalescimento do negócio jurídico anulável ou como confirmação legal dele.
14.Analise com atenção o texto abaixo e, a seguir, responda:
“O fundamento ético da doutrina está na caracterização da injustiça intrínseca, que encontra os seus extremos definidores em face da diminuição de um patrimônio pelo fato do titular de outro patrimônio. Ante uma perda econômica, pergunta-se qual dos dois patrimônios deve responder, se o da vítima ou o do causador do prejuízo. E, na resposta à indagação, deve o direito inclinar-se em favor daquela, porque dos dois é quem não tem o poder de evitá-lo, enquanto o segundo estava em condições de retirar um proveito, sacar uma utilidade ou auferir um benefício da atividade que originou o prejuízo. O fundamento da teoria é mais humano do que o da culpa, e mais profundamente ligado ao sentimento de solidariedade social.” (CAIO MÁRIO DA SILVA PEREIRA. Instituições de Direito Civil, vol. I, Forense, 22º Ed. pág. 663).
(F) A noção de responsabilidade civil objetiva, fundada no risco, não pode ser aplicada como fundamento da indenização por danos morais.
(V) O autor está comentando o art.186 do Código Civil, que não exige mais prova de culpa para existir o dever de indenizar.
(V) No atual sistema jurídico brasileiro, coexistem a responsabilidade civil subjetiva e a responsabilidade civil objetiva.
(V) O autor está tratando da responsabilidade civil objetiva, que não exige prova de culpa para surgir o dever de indenizar.
15.Levando em conta as disposições do Código Civil sobre a invalidade do negócio jurídico, é correto afirmar:
(F)A invalidade do instrumento estende-se ao negócio jurídico nele contido quando tal instrumento for essencial ao ato.
(F)O cumprimento voluntário de um negócio jurídico defeituoso, é considerado como confirmação tácita dele, tanto em caso de nulidade quanto em caso de anulabilidade.
(F)Tanto as nulidades quanto as anulabilidades, quando caracterizadas, atingem sempre o negócio jurídico por inteiro.
(V) A anulação de um negócio jurídico em favor de um dos devedores solidários aproveita aos demais.
16.Sobre a compreensão atual da fraude contra credores:
(F) O conceito de insolvência só se caracteriza quando o devedor, por não ter mais bens, não consegue pagar suas dívidas.
(V) A alienação onerosa de um bem, pelo devedor insolvente, não caracteriza fraude contra credores se houver prova do pagamento do preço justo, pelo adquirente.
(V) O elemento subjetivo, denominado de “consilium fraudis”, deve ser sempre robustamente provado para que seja acolhida a ação pauliana.
(F) A ação pauliana só pode ser proposta por credores que, na origem do seu direito, se caracterizam como quirografários.
17.Sobre a simulação:
(V) Como vício social, a simulação exige a presença de dois ou mais simuladores mancomunados entre si.
(V) Na simulação absoluta não existe o negócio jurídico dissimulado.
(F) Simulação é falsificação de assinaturas ou de informações, feita por uma das partes do negócio jurídico para iludir a outra.
(V) A simulação absoluta é nula; a relativa é meramente anulável.
18.Com base na correta compreensão do art. 163 do Código Civil, responda:
(F) O acolhimento da ação pauliana, neste caso, importa na anulação do crédito de quem se mancomunou com o devedor insolvente.
(V) Não é caso de ação pauliana porque não há “retorno do bem” fraudulentamente alienado ao patrimônio do devedor.
(V) O consilium fraudis é presumido, mas o devedor afasta a procedência da pauliana provando-se solvente.
(V) O credor beneficiado com a instituição da garantia deixa de ser quirografário, e nisto consiste a fraude contra os demais.
19.Com base no art. 166 do Código Civil é verdadeiro afirmar:
(V) A indeterminação do objeto que torna nulo o negócio é apenas a absoluta, não a relativa.
(V) A nulidade de negócio celebrado por absolutamente incapaz precisa ser reconhecida nos quatro anos seguintes ao da sua maioridade.
(V) Parte da doutrina entende que o inciso III é uma referência indireta à simulação maliciosa.
(V) Todas as hipóteses de nulidade estão sempre expressamente mencionadas na lei.
20.Sobre a prova dos fatos jurídicos:
(V) Todas as presunções legais são absolutas, as judiciais são iuris tantum.
(F) Em face dos negócios jurídicos para os quais a lei prevê determinada forma, não se pode produzir outro tipo de prova.
(V) Documentos são chamados de públicos quando elaborados e/ou assinados por escrivães ou tabeliães, gozando de fé pública; particulares são todos os demais.
(V) Pessoas portadoras de deficiência física ou mental não podem ser testemunhas.

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