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1º Bimestre - TRJ I-Avaliação a distância Primeiro bimstre de 2020 1

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TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA I - AVALIAÇÃO DO 1º BIMESTRE DE 2020/1
O texto doutrinário de JOSÉ JAIRO GOMES (Teoria Geral do Direito Civil, Del Rey Editora, Belo Horizonte, 2009, págs. 20 a 25), postado juntamente com esses exercícios, serve como base para a análise e resposta das questões 1 a 7. As questões restantes, levam em conta a matéria abordada em nossa disciplina neste primeiro bimestre. Cada questão tem, apenas, uma alternativa correta.
1.Sobre o processo histórico da codificação do direito, é correto afirmar:
a) Quer entendida como genuína codificação, ou simples consolidação, trata-se de um modelo jurídico surgido a partir do renascimento medieval europeu, sem registros históricos anteriores.
b) O processo histórico da codificação do direito europeu surgiu para garantir privilégios à aristocracia, sendo por isso criticado por autores mais modernos.
c) Em termos filosóficos, a noção moderna de “código” como modelador da vida em sociedade tem fortes influências do iluminismo e do racionalismo, mas não consegue mais abranger todas as nuances e complexidades das relações jurídicas na sociedade atual.
d) O Código Civil Francês e o Alemão, do século XIX, não tiveram influência significativa na formação do direito civil brasileiro porque o 1º Código Civil, em nosso país, já é do século XX, produto de uma sociedade industrializada e de costumes profundamente diferentes dos da sociedade européia do século XIX.
e) A codificação do direito europeu foi um movimento pontual do século XIX, sendo um modelo jurídico gradativamente abandonado pelos países de direito romanista, principalmente após a 2º Guerra Mundial.
2.O modelo jurídico-legislativo de “Código”, embora importante na formação do direito moderno, não foi uma unanimidade entre as diferentes linhas de pensamento político e filosófico. Eram contrários ao processo de codificação:
a) O pensamento liberal-capitalista d) O direito canônico
b) A escola da exegese e) A escola histórica do direito
c) O iluminismo
3.Sobre o atual Código Civil Brasileiro é correto afirmar:
a) Regula amplamente os direitos da personalidade substituindo, no tema, a Constituição Federal de 1988.
b) Perdeu o status de lei complementar, ao lado da Constituição Federal, que o Código Beviláqua possuía, passando a ser apenas um microssistema legal.
c)Passou a ter o mesmo status da Constituição Federal, em fenômeno denominado “constitucionalização do Direito Civil”.
d)É o segundo Código Civil na história do Direito Brasileiro, aprovado em 2002, em momento no qual a própria ideia de código era questionada por parte significativa da doutrina.
e)Dada a sua extensão, consegue regular os principais aspectos da vida na sociedade atual, com pouca necessidade de legislação acessória.
4.A respeito da estrutura do atual Código Civil Brasileiro, responda:
a)A divisão do Código em Parte Geral e Parte Especial é copiada do Código Civil Francês de 1804.
b)A Parte Geral do Código Civil contém conceitos e institutos de aplicação geral a qualquer relação jurídica.
c)A divisão do Código em Parte Geral e Parte Especial é uma inovação do legislador brasileiro, em comparação aos códigos estrangeiros.
d)O Código de 2002 revogou toda a legislação esparsa existente antes de sua entrada em vigor.
e)A aprovação do Código Civil em 2002 fortalece, em termos doutrinários, a clássica divisão do Direito em Público e Privado. 
5.Para os adeptos da “descodificação” do Direito Privado compreende-se que:
a)Microssistemas legais são sempre leis complementares que explicam a Constituição e devem coexistir com o Código Civil.
b)Tal pensamento doutrinário prevaleceu em 2002 quando, no momento da aprovação do Código Civil, ele perdeu seu status constitucional, passando a ser lei ordinária.
c)Microssistemas legais são leis específicas de temas variados que devem substituir o texto único do Código Civil.
d)O Brasil deveria adotar o modelo jurídico norte-americano do “common law” no lugar do Código Civil, de origem romanista.
e)Microssistemas legais são leis que explicam o Código Civil e dependem de sua existência.
6.Sobre aspectos conceituais e históricos do Direito Brasileiro é correto afirmar:
a)Os costumes e as tradições morais não influenciam de modo marcante o direito civil brasileiro porque ele é, fundamentalmente, romanista.
b)O processo histórico da codificação, peculiar aos países ibéricos, foi significativo na formação do nosso Direito, mas não é mais o modelo adotado por causa dos microssistemas jurídicos.
c)O fenômeno da constitucionalização do direito civil foi marcante no período do regime militar, mas deixou de ter importância significativa com o advento da Constituição de 1988.
d)O Código Civil vigente é o terceiro da nossa história. O primeiro foi o Código Teixeira de Freitas e o segundo o Código Beviláqua.
e)A estrutura do atual Código Civil Brasileiro é copiada do BGB Alemão de 1896, um texto normativo que influenciou decisivamente todo o direito moderno.
7.Leia com atenção o texto abaixo e, com base na sua correta compreensão e na história do Direito Civil Brasileiro, responda:
“Quando do (seu) estudo e elaboração, no início do século, novas idéias eram destiladas pelas correntes políticas e filosóficas, preponderando as de índole socialista. Entrementes, historia Orlando Gomes, “Beviláqua assumiu, de modo nítido e firme, posição categórica contra as inovações de fundo social que se infiltravam, desde então, na legislação dos povos mais adiantados. Estava convencido de que as novas formações não possuíam substantividade, não se lhes devendo injetar seiva, para que se não processasse uma intervenção funesta na economia da vida social. Conhecia, portanto, o movimento incipiente de revisão do direito privado, mas as condições sociais do País, seu atraso econômico e a distribuição de sua riqueza, não ensejavam sua assimilação. Por mais esclarecido que fosse seu pensamento de professor de legislação comparada, não seria possível superar as limitações do meio.” (...) As tentativas de reforma e de um novo Código não demoraram a surgir, primeiramente buscando reunir o direito das obrigações em um diploma específico. (...) Em 1975, foi submetido ao Congresso Nacional o projeto de um novo Código Civil, remetido pelo então Presidente da República Costa e Silva, que levou o nº 634, com profundas inovações e introdução de novos assuntos, surgidos alguns desde antes da entrada em vigor do Código de 1916. (...) A longa tramitação foi fruto de intensos debates travados nas duas Casas do Congresso Nacional, com mais de mil emendas na Câmara dos Deputados, e de quatrocentas no Senado. A Constituição Federal de 1988 também influiu na demora, entendendo-se, por coerência, oportunizar a maturação dos novos princípios introduzidos, especialmente em matéria de direito de família.” (ARNALDO RIZZARDO, Parte Geral do Código Civil, 6º ed., Forense, 2008, págs. 31 e 32).
a)O processo de redemocratização do país e a elaboração de uma nova Constituição explicam, em parte, a demorada tramitação, de quase trinta anos, do atual Código Civil no Congresso Nacional.
b)O viés ideológico socialista adotado por Clóvis Beviláqua no Código de 1916, fez com que o regime militar, instaurado no país em 1964, o revogasse, encaminhando um projeto de novo código ao Congresso Nacional.
c)Uma das principais críticas feitas ao Código Civil Brasileiro vigente é a de que foi aprovado às pressas, pelo Congresso Nacional, obrigando a uma contínua reciclagem do seu conteúdo para adequá-lo à Constituição Federal, em processo denominado “constitucionalização do direito civil”.
d)O atual Código Civil Brasileiro, imposto ao país pelo regime militar, precisou ser profundamente alterado em seu conteúdo após o advento da Constituição de 1988.
e)O Código Civil de 1916, também chamado de “Código Beviláqua”, sofreu forte influência de linha de pensamento doutrinário contrário à codificação do direito civil, daí ser considerado, desde sua origem, fragmentado e incompleto.
8.No universodo Direito Privado, existem normas cogentes e normas supletivas. A respeito delas é correto afirmar:
a)As normas cogentes do Código Civil são aquelas que repetem preceitos existentes na Constituição Federal, lei hierarquicamente superior ao qual o Código Civil deve subordinar-se.
b)Normas supletivas são aquelas que incidem na relação jurídica privada apenas se os indivíduos não convencionarem em sentido contrário, dizendo-se, por isso, que são normas derrogáveis por vontade das partes.
c)O Código Civil de 2002 é inteiramente composto por normas imperativas, porque são de ordem pública; diferentemente do Código Civil de 1916 que era composto por normas imperativas e dispositivas.
d)Normas supletivas de direito privado são aquelas que limitam o exercício de direitos da personalidade.
e)Normas cogentes são apenas aquelas que obrigam os indivíduos ao cumprimento de suas obrigações, por exemplo, o pagamento de dívidas.
9.Sobre o início da personalidade da pessoa natural é correto afirmar:
a)Nascituro e embrião humano são conceitos equivalentes.
b)O Direito Brasileiro adota, integralmente, a teoria concepcionista.
c)Nascituro que não vem a nascer com vida, não chega a ser titular de direitos materiais.
d)Qualquer direito da pessoa só é juridicamente protegido a partir do nascimento com vida.
e)O Direito Brasileiro veda, expressamente, o uso de embriões humanos excedentários para fins de terapia e pesquisa.
10.Sobre o direito ao nome é correto afirmar:
a)Não pode ser considerado direito da personalidade porque é mutável no curso da vida.
b)É o principal elemento de individualização da pessoa no meio social, embora possa sofrer modificações, permanentes ou transitórias.
c)No Direito Brasileiro as possibilidades de alteração dizem respeito sempre ao prenome, nunca ao patronímico.
d)Por ser direito da personalidade, não se presta a uso econômico algum.
e)Pode ser modificado por simples pedido ao oficial do Registro Civil onde assentado o nascimento.
11.O conceito de honra, como direito fundamental da pessoa, compreende uma perspectiva subjetiva e outra objetiva. A respeito do tema é correto afirmar:
a)A honra subjetiva não gera repercussão jurídica se, em face de sua violação, não for protegida preventivamente.
b)Em qualquer uma das acepções não gera reparação pecuniária por danos morais, porque não pode ser convertida em preço.
c)Em qualquer uma das acepções pode ser objeto de renúncia, se o titular não a defende.
d)Não é suscetível de proteção jurídica após a morte do titular.
e)A honra em sentido objetivo diz respeito à credibilidade e respeitabilidade do indivíduo em seu meio social.
12.Sobre as incapacidades de exercício no Direito Brasileiro vigente é correto afirmar:
a)O discernimento e o grau de maturidade dos menores é avaliado subjetivamente pelo juiz em cada caso concreto no qual se discuta a validade dos atos.
b)No sistema vigente, os índios, em qualquer circunstância, não podem mais ser considerados incapazes.
c)Enfermos e deficientes mentais não são mais considerados incapazes, embora, excepcionalmente, possam ter nomeados para si um curador.
d)Todos os incapazes estão sujeitos a processo formal de interdição.
e)A enumeração legal das incapacidades é meramente ilustrativa porque há outros casos, como a senilidade e a cegueira, não expressamente previstos em lei.
13.Sobre a prodigalidade como causa de incapacidade é correto afirmar:
a)É fundamento de anulação de negócios jurídicos para quem está insolvente.
b)Modo de proteger direitos sucessórios dos herdeiros de quem gasta excessivamente.
c)Jamais gera interdição do pródigo pois não se trata, tecnicamente, de enfermidade mental.
d)É desvio comportamental de personalidade de quem não tem controle sobre os próprios gastos, dilapidando o seu patrimônio.
e)Conforme a gravidade do comportamento temerário, pode ser caso de incapacidade absoluta ou relativa.
14.Com base no Código Civil em vigor, sobre o fim da personalidade da pessoa, pode-se afirmar:
a)O processo de ausência jamais irá levar a uma presunção de morte do ausente.
b)Só existe morte presumida, no Direito Brasileiro, ao final de um processo de ausência.
c)A prova da morte em razão do assento de óbito não exige, em regra, intervenção judicial.
d)A sentença declaratória de ausência presume a morte do ausente.
e)A comoriência é uma das situações de morte presumida em nosso ordenamento.
15.A respeito dos direitos da personalidade e de sua proteção é correto afirmar:
a)O uso econômico do nome e da imagem é exceção à característica da inalienabilidade de tais direitos.
b)Indenização pode danos morais é acumulável com indenização por danos materiais.
c)Não é possível protegerem-se direitos da personalidade após a morte do seu titular.
d)A sua caracterização como absolutos significa que não podem ser limitados nem por lei, nem por vontade das partes.
e)São originários do Direito Romano que já reconhecia a todo ser humano seus direitos “naturais”.
16.Sobre emancipação é correto afirmar:
a)É instituto jurídico que antecipa os efeitos da maioridade civil, apenas por ato formal dos pais.
b)Adolescente que é pai, ou que é mãe, é considerado emancipado por lei.
c)Nome que se dá à sentença do juiz que levanta (suspende) a interdição do incapaz.
d)É instituto jurídico que antecipa os efeitos da maioridade, apenas para os atos da vida civil, não para o direito penal ou administrativo.
e)Mecanismo jurídico cuja aplicação depende, sempre, de decisão judicial.
17.O art. 2º do Código Civil dispõe: “A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.” Com base na correta compreensão da matéria, à luz da compreensão doutrinária predominante, responda:
 a)Decisão do Supremo Tribunal Federal, de 2008, definiu que devem ser estendidos ao embrião humano todos os direitos da personalidade reconhecidos ao nascituro.
b)Sob a perspectiva da ética médica, no Brasil, não se admite o uso de técnicas de reprodução assistida com material genético alheio, que não dos genitores que querem ter o filho.
c)A titularidade de direitos patrimoniais se dá a partir da maioridade civil, embora se possa proteger preventivamente tais direitos desde o nascimento com vida.
d)A compreensão doutrinária predominante sobre o tema, hoje, é um meio termo entre a teoria natalista e a teoria concepcionista.
e)O Direito Brasileiro, com fundamento em princípios cristãos, veda a manipulação científica de material genético humano.
18.A Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), introduziu importantes modificações no Código Civil, no capítulo relativo às incapacidades. A partir dessa alteração legislativa é correto afirmar:
a)Com o advento da nova lei, deficientes físicos deixaram de ser considerados incapazes, e enfermos mentais passaram a ser considerados, apenas, relativamente incapazes.
b)A dependência química a uma substância ilícita é suficiente para gerar a situação de incapacidade relativa.
c)Nos termos literais do Código Civil, apenas os incisos II, III e IV, do artigo 4º, estão sujeitos a processo de interdição.
d)Em relação a enfermos e deficientes mentais, a nova lei cria a figura jurídica de “tomada de decisão apoiada”, referindo-se à atividade do curador depois da interdição.
e)Por se referir apenas às situações mais graves, a interdição judicial de uma pessoa será sempre definitiva, por toda a sua vida.
19.Sobre os direitos da personalidade e suas características pode-se afirmar:
a)Dizer-se que são absolutos significa que são oponíveis erga omnes, exercidos pelo titular perante toda a sociedade e até perante o Estado.
b)Não podem sofrer limitações pela lei, apenas por vontade própria do titular.
c)Quando a lei autoriza o uso econômico de alguns deles, passam a ser alienáveis.
d)A sua proteção é possível a partir do nascimento com vida e termina com a morte do titular.
e)Danos morais dizem respeito à retratação pública do ofensor ou ao direito de resposta, mas não a valores em dinheiro, porque direitos da personalidadenão tem preço.
20.Sobre a incapacidade decorrente da menoridade, de acordo com o Código Civil, é correto afirmar:
a)A incapacidade relativa dos menores depende de uma análise subjetiva do juiz, sobre a maturidade e o discernimento de cada um.
b)Toda emancipação exige decisão judicial.
c)A maioridade civil exige, além da idade cronológica de dezoito anos, a independência financeira para caracterizar-se.
d)Crianças e adolescentes em situação irregular, sem representação ou assistência de pais ou tutores, são considerados pela lei como emancipados.
e)Menor relativamente incapaz já pratica atos da vida civil mas, salvo algumas exceções expressas na lei, precisará ser assistido pelos pais ou tutor.

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