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MATRIZ DO PARECER 2 Elaborado por: Stefanie Duarte Disciplina: Compliance Turma: 2 3 Cabeçalho Órgão solicitante: Empresa Carnes para a Família Assunto: A empresa Carnes para a Família passou por uma situação em que o auditor interno descobriu que a ração que alimentava o rebanho estava com a data de validade vencida. O funcionário reportou à Alta Diretoria, que procedeu com uma resposta. Iremos analisar as consequências de ambas as atitudes considerando os princípios do Compliance, assim como as ideias que permeiam o tema, a legislação vigente e o conhecimento teórico. 4 Ementa A atuação da diretoria e os princípios do compliance; análise das funções do auditor interno; compliance officer; código de ética; governança corporativa; auditor interno e compliance officer; alta diretoria e sua atuação com auditoria interna e código de ética; subordinação do auditor interno; independência do auditor interno; juízo de valor na governança corporativa. 5 Relatório O auditor interno José, da empresa Carnes para a Família, líder no mercado de distribuição de carnes do país, percebeu que a ração comprada para o rebanho estava vencida. Desta forma, foi diretamente à Alta Diretoria relatar o ocorrido, e foi informado de que haviam conhecimento sobre o fato. A Alta Diretoria justificou sua atitude devido às negociações quanto ao preço do produto, requerendo que o funcionário não tocasse mais no assunto. Ou seja, um problema grave foi identificado no início do processo de produção e o processo de contenção de riscos foi interrompido por ordem hierárquica. Faremos um estudo de acordo com as normas e princípios do Compliance, suas responsabilidades no mundo em que vivemos e suas consequências de acordo com as ações das partes envolvidas no problema. 6 Fundamentação Introdução Este trabalho tem como objetivo aplicar na prática os estudos referentes às normas de Compliance no mercado brasileiro, a fim de salientar os pontos que precisam ser melhorados, discutir os problemas e propor soluções que possam contribuir para o desenvolvimento do clima organizacional, e consequentemente, das relações humanas dentro das empresas. Os funcionários normalmente passam mais tempo dentro do ambiente de trabalho do que com suas próprias famílias ou amigos. Isso faz com que a energia mental e emocional investida nesse ecossistema seja essencial para o seu bem-estar e para a sua saúde, abrangendo todas as esferas da sua vida. Como sociedade, é importante zelarmos pelas conexões sociais e nos preocuparmos com o futuro no que tange à coletividade, levando também em conta as questões econômicas e profissionais que podem alavancar a evolução do todo. Com a ascensão da internet nos anos 90 e o boom tecnológico que trouxe o imediatismo das informações, as relações humanas também seguiram pelo mesmo caminho em todos os setores sociais, formando profissionais “mult-task” que sabem de tudo, mas são extremamente rasos na resolução de conflitos sociais e na fomentação de empatia. De muitas formas diferentes, o ataque a valores de coletividade e cooperação é articulado por meio da noção de que a liberdade é estar livre de qualquer dependência em relação aos outros, enquanto na verdade vivemos uma sujeição mais completa ao funcionamento “livre” dos mercados (CRARY, 2016, p. 124). O conceito de coletividade foi deturpado ao longo dos anos, principalmente na cultura brasileira, atingindo diretamente o que diz às questões éticas. O “jeitinho brasileiro” foi normatizado e o total controle sobre as relações foi dado de forma direta àqueles que detinham o dinheiro. Então, as empresas sucumbiram à um controle descompensado sem nenhum tipo de fiscalização, onde o mais “rico” ditava as regras. Com os movimentos sociais e a internacionalização da economia, há alguns anos a valorização da transparência e da honestidade no mercado se tornou um dos pilares mais importantes para atrair dinheiro. As normas relacionadas à proteção dos direitos humanos também se aprimoraram, e a tecnologia com suas informações instantâneas, começou servir como uma janela 24 horas de tudo o que acontece em todos os lugares. 7 Portanto, começou a ficar cada vez mais difícil conseguir dar o “jeitinho brasileiro” frente à uma plateia prejudicando outras pessoas. E o Compliance se solidificou no mercado de uma vez por todas para garantir uma cultura homogênea e justa no ambiente corporativo, com oportunidades iguais e regulamentação ética que reflita valores e evite práticas que levem à corrupção e outras imoralidades do sistema. É quase uma obrigatoriedade de humanização das corporações. Os consumidores sócio conscientes querem ser tratados como indivíduos, não como parte de uma massa. Não nos encontramos diante de um simples entendimento do mercado, mas em face de um universo de valores (...) (ORTIZ, 2000, p. 205) É importante que o funcionário se reconheça na corporação, e que a Alta Direção dê o exemplo a ser seguido. No meu entendimento sobre a matéria retratada, o que o Compliance busca evitar é que o Marx chamou de “trabalho alienado”, que talvez seja uma das fontes geradoras do princípio da quebra das normas éticas, da ruptura da moral e do distanciamento no que tange à moralidade. Se o colaborador não se reconhece no trabalho que faz e se sente sujeito e à mercê das vontades individuais de controladores que detém o poder única e exclusivamente por sua posição hierárquica/financeira, as chances de que essa ruptura aconteça são muito maiores. A professora Marilena Chauí nos envolve no conceito dessa alienação entre trabalhador e natureza de seu trabalho, quando não reconhece o seu próprio produto: O trabalho alienado é aquele no qual o produtor não pode reconhecer-se no produto de seu trabalho; porque as condições deste trabalho, suas finalidades reais e seu valor não dependem do próprio trabalhador, mas do proprietário das condições de trabalho. Como se não bastasse, o fato de que o produtor não se reconheça no seu próprio produto, não o veja como resultado de seu trabalho, faz com que o produto surja como um poder separado do produtor e como um poder que o domina e ameaça (CHAUÍ, 2008 p. 22). Portanto, é importante “fazer aquilo que se prega”. O proprietário precisa fazer parte da corporação assim como seus colaboradores, e não em um sistema hierárquico que prioriza decisões pautadas apenas pelo poder. 8 Auditoria Interna e Compliance A obrigação de José, como auditor da empresa, é fiscalizar e reunir informações de todos os processos que acontecem dentro da organização. Por exemplo, no caso da empresa Carnes para a Família, José deve documentar todas as informações nos setores de compra, financeiro e todos os outros que podem ou não serem influenciados no decorrer do processo em análise. O passo a passo do processo deve ser descrito com o máximo possível de detalhes, inclusive, a menção dos riscos e objetivos. José tem o dever de auxiliar a Atla Direção na tomada de decisões e operações, otimizando tais decisões baseadas sempre em um planejamento sólido. A situação do auditor interno no Brasil se complica a partir da ideia de que a Alta Diretoria tem o controle total para tomar quaisquer decisões, independentemente do Código de Ética ou do Princípio da Moralidade. O auditor, no caso José, está submetido à chefia como outros funcionários, então a independência descrita no cargo de auditor é diretamente ligada à cultura empresarial e à eficiência do Compliance na corporação. Para Maffei (2015, p. 20), a segurança que o auditorinterno traz ao realizar de forma satisfatória e eficiente seu trabalho está intrinsicamente ligada à junção das atribuições da atividade com esse Código de Ética: A auditoria interna é uma atividade independente e objetiva, que presta serviços de avaliação e de consultoria e tem como objetivo adicionar valor e melhorar as operações de uma organização. A auditoria auxilia a organização a alcançar seus objetivos por meio de uma abordagem sistemática e disciplinada para a avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gestão de risco, controle e governança corporativa. Os princípios a serem seguidos estão presentes na introdução ao Código de Ética da auditoria interna, que apresentamos a seguir. O Código de Ética, associado ao Manual de Práticas Profissionais, e outros relevantes pronunciamentos do IIA proporcionam orientação aos auditores internos sobre “servir aos outros”. Um Código de Ética é necessário para profissão de auditoria interna, fundamentada como está na confiança colocada em assegurar o objetivo sobre gerenciamento de risco, controle e governança corporativa. 9 O fundamento que endossa a existência do auditor interno em uma empresa se pauta na isenção e neutralidade para reportar os acontecimentos e fatos, se eximindo de opiniões e quaisquer interferências que possam fazer com que interpretações sejam feitas de formas não verídicas ou menos verídicas do que com a exatidão dos fatos. José deve ignorar completamente as ordens da Alta Direção, e independentemente de ser um funcionário subordinado à suas ordens, deve fazer o reporte do lote de rações vencidas à área de Compliance ou ao órgão de fiscalização a fim de evitar uma calamidade pública (para falar o mínimo). Mais uma vez citando Maffei (2015, p. 22 e ss.): A integridade dos auditores internos exige confiança, ou seja, representa a base para a confiabilidade em seu julgamento. Na emissão de uma opinião sobre a área auditada, o profissional deve agir com total isenção e reportar os fatos tais como se apresentaram, sem qualquer tipo de ênfase que distorça a real impressão que o leitor do seu relatório terá sobre o ocorrido. Pressupõe- se, portanto, que o auditor tenha feito sua avaliação e julgamento sob uma ótica estritamente profissional. As regras de conduta são as seguintes: 1. Devem realizar seus trabalhos com honestidade, diligência e responsabilidade; 2. Devem observar a lei e divulgar informações exigidas pela lei e pela profissão; 3. Não devem, quando de conhecimento, fazer parte de qualquer atividade ilegal, ou se envolver em atos que resultem em descrédito para a profissão de auditor interno ou para a organização; 4. Devem contribuir para os legítimos e éticos objetivos da organização. A empresa tem obrigação de, além de construir um ambiente de trabalho pautado no Código de Ética levando em consideração sua responsabilidade social, apoiar e sua totalidade a área de Compliance promovendo seus valores. A corporação precisa assegurar que o auditor terá mecanismos para exercer sua atuação de forma independente, ainda mais se tratando de uma companhia que envolve diretamente a saúde da população por prestar serviços relacionados à alimentação básica do cidadão. A partir do momento que a Alta Direção da empresa deturpa os princípios do Compliance, ao querer abafar a situação e tirar vantagem da situação colocando em risco o consumidor final, prejudicando os terceiros da própria empresa, entende- 10 se que função de “garantidor” foi corrompida de forma consciente, podendo ser punível de acordo com a norma vigente. José avisou sobre o risco da ração vencida, mas, levando em consideração apenas o lucro, a Alta Direção preferiu proceder com a atitude criminosa no que podemos entender como responsabilidade subjetiva segundo o art. 3º, § 2º, da Lei nº 12.846/13: Art. 3º A responsabilização da pessoa jurídica não exclui a responsabilidade individual de seus dirigentes ou administradores ou de qualquer pessoa natural, autora, coautora ou partícipe do ato ilícito. [...] § 2º Os dirigentes ou administradores somente serão responsabilizados por atos ilícitos na medida da sua culpabilidade. Ao requerer que José não tocasse mais no referido assunto, a Alta Direção entra na esfera trabalhista no que tange ao constrangimento do empregado ao impedi-lo de realizar suas funções, além de propor uma ameaça velada por se tratar de uma relação de subordinação, o que também vai diretamente contra a todos os princípios do Compliance. É preciso ter uma relação de simbiose entre auditor e diretoria, como argumenta Attie (1986, p.29): para que a função da auditoria interna encontre ressonância na empresa, é necessário que além de contar com apoio total da diretoria, também apresente a execução de um trabalho imaginativo, capaz de fornecer subsídios valiosos à administração. Esses aspectos se aplicam tanto para o auditor, que tem o dever de fornecer benefícios a sua empresa, como para a diretoria, que tem o dever de ordenar a execução de tudo aquilo traçado pela auditoria. Ainda de acordo com o mesmo autor (1998, p.49): Uma auditoria é mais bem vista como parte de uma cooperação de esforços integrados de ambos, a Administração e o auditor, para assegurar adequada demonstração financeira e proteção aos investidos. Estes esforços podem incluir um conselho antecipado dos auditores sobre perspectivas de mudanças nos sistemas e controles contábeis, nos princípios 11 contábeis para serem utilizados em transações especificas e na maior parte das decisões que finalmente afetam as demonstrações financeiras. A espontaneidade dos administradores para consultar antecipadamente sobre a escolha das melhores práticas evidencia a integridade dos mesmos e a validade dos pontos de vista do auditor contribui para a qualidade da escolha. Na melhor das hipóteses, a prática de auditoria é antes preventiva do que corretiva, servindo como um controle acessório que ajuda a evitar conflitos potenciais de interesses que possam concretizar-se. O compliance é um dos pilares da governança corporativa, juntamente com a confiança e transparência (disclosure); a equidade (fairness); sintetizada na lealdade dos administradores para com os interesses da companhia; e a prestação de contas (accountability), relacionada à exposição pública das contas aos interessados no negócio, bem como a responsabilização dos gestores e subordinados por qualquer ato praticado. Quando bem implementado e disseminado, o compliance promove: i) redução de riscos com passivos judiciais; ii) neutralização de riscos de sanções administrativas ou judiciais, como multas e autuações; iii) maior segurança jurídica nas relações comerciais com clientes, parceiros, fornecedores e stakeholders; iv) conquista de maior credibilidade e bom relacionamento com os órgãos de fiscalização; v) proteção e melhoria da imagem institucional da empresa junto ao mercado, investidores e acionistas; e, vi) aumento da competitividade e lucratividade do negócio. Portanto, era obrigação da Alta Diretoria seguir as orientações do auditor interno quanto ao problema encontrado, já que a administração da empresa é essencial para a eficácia do programa, e segundo Código de Compliance Corporativo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Direito e Ética Empresarial (IBDEE) em seus artigos 1º a 3º: Artigo 1º. A integridade no âmbito empresarial é um compromisso fundamental de todos os colaboradores da 12 empresa, diretos e indiretos, e em especial da alta administração. Artigo 2º. O Compliance é uma função indispensável nas empresas, independentemente do seu porte e do seu segmento, e visa assegurar que o exercício das suas atividades se dê de forma sustentável, em estrita conformidade com o ordenamentojurídico e as normas aplicáveis, bem como em consonância com elevados padrões éticos e responsabilidade social. Artigo 3º. A função do Compliance no âmbito empresarial se presta a auxiliar a alta administração, os demais órgãos corporativos e a organização em geral em prol dos objetivos indicados no art. 2º, acima, de modo que cada integrante da organização se torne um agente promotor do Compliance, em quaisquer que sejam as suas atribuições. Portanto, além de observarmos todos os princípios que atuam na construção de um programa de Compliance, também é preciso se atentar às normas vigentes para uma boa governança corporativa. Diferenças entre as funções de Auditor e Compliance Officer O complicance officer tem o dever de “de avaliar os riscos compliance e de criar controles internos com o objetivo de evitar ou diminuí-los de sua responsabilização penal”. (SAAVEDRA, 2011b, p. 11). Com total comprometimento de todas as áreas da empresa, o complicance officer deve ter total independência para avaliar riscos e tomar decisões, além de acesso direto à Alta Direção. Seus principais objetivos, dentro do programa de Compliance, são: prevenção, detecção e informação. É encargo do compliance officer fiscalizar se os procedimentos de controles internos estão em conformidade com a lei, com as regras emanadas de órgãos reguladores e com as normas internas da própria empresa, com o objetivo de investigar e prevenir delitos relacionados, por exemplo, à lavagem de dinheiro, corrupção e outras fraudes. (CARDOSO, 2015, p. 55). Já o auditor interno tem a função de convencer a alta administração e seus executivos que pode auxiliá-los na melhoria de seus negócios, identificando áreas problemáticas e sugerindo correção, para obter destes o apoio necessário ao desenvolvimento de prestação de serviço a toda empresa. (ATTIE, 1987, p.26) 13 Ou seja, os papéis não se misturam na organização, mas se completam. Enquanto o auditor participa diariamente de todos os processos da empresa tendo acesso à áreas que muitas vezes o compliance officer tem com menos facilidade, e é subordinado à Administração, a figurura do "head" officer chega para estabelecer parâmetros e conduzir a cultura empresarial de uma forma mais macro. 14 Considerações finais A situação econômica do Brasil é delicada, e taxas como o desemprego não batiam números tão altos desde 2012, por exemplo. É complicado pensar na situação do funcionário que é subordinado à uma Alta Direção que toma decisões que não seguem um padrão moral, e no dever deste cidadão em dar o próximo passo em direção à ética correndo o risco de perder o seu emprego. No caso do problema apresentado, na minha opinião, José deveria ignorar as ordens dadas pelos seus superiores e denunciar a situação, já que um rebanho contaminado com ração estragada por causar problemas sanitários graves à população. A questão não especifica se a empresa tem uma política eficiente ou não de Compliance, que garantiria ao funcionário a proteção de sua integridade e do seu emprego no caso da denúncia continuada. Por mais que muitas grandes empresas do mercado sustentem a bandeira e promovam iniciativas de Compliance, nem sempre os programas funcionam de fato. O Marketing dessas iniciativas por vezes é muito mais efetivo do que as aplicações dos Códigos de Ética, e a Alta Direção pode ter um papel velado na movimentação da cultura empresarial. Então, cabem tanto às normas internas das empresas quanto às leis que integram questões referentes ao Compliance, como a Lei 12.846/13, a LGPD, a CLT e etc terem um papel mais rígido e mais ativo na fiscalização interna das corporações. Além da fiscalização é preciso o investimento na educação do funcionário desde cedo, para que a cultura seja absorvida de forma a criar um relacionamento sólido e duradouro entre as partes, trazendo benefícios a ambas as partes. A independência do compliance officer é maior do que a independência do auditor interno, já que este não se sujeita a nenhum tipo de “subordinação”. Mas na prática, é preciso escolher “soldados” para agirem e ficarem de olho dentro da empresa no dia a dia, o que pode criar um clima de desconfiança e dificuldades para chegar aos problemas, ainda mais se as questões partirem de altos cargos. Em suma, o Brasil ainda é embrionário quando se trata de Compliance, não apenas na formação de profissionais capacitados para implementar os programas de forma eficaz, mas na educação dos prestadores de serviço para entenderem como funciona um código de ética e um ambiente de trabalho neutro e saudável, deixando de lado muitas vezes comportamentos culturais enraizados que muitas vezes não são percebidos conscientemente pelo indivíduo. Uma educação multidisciplinar, composta por professores, psicólogos, sociólogos, operadores do Direito, dentre outros, ajudariam a formar profissionais mais 15 completos e mais capazes de identificarem não apenas problemas direcionados às governanças e corporações, mas aos seres humanos que formam essas instituições. Entender o ser humano e o comportamento do indivíduo diante dos estímulos do meio é uma das chaves para educar e auxiliar o coletivo de forma mais assertiva; premissa essa que o Marketing já identificou há alguns anos e segue evoluindo melhor que outras áreas de uma mesma empresa. Mais do que prever riscos, é preciso entender de onde os riscos vem e o porquê de os riscos estarem ali, e isso só pode ser feito através da realização de práticas que acabam se tornando invisíveis no dia a dia. O Compliance é uma observação de comportamento, de estudo de progresso e de “humanização” da governança. 16 Referências bibliográficas ATTIE, William.Auditoria Interna.São Paulo:Atlas,1986. ______.Auditoria Interna.São Paulo:Atlas,1987. BAUMAN, Zygmunt. Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. BENEDETTI, Carla Rahal. Criminal Compliance. Instrumento de Prevenção Criminal Corporativa e Transferência de Responsabilidade Penal. São Paulo: Quartier Latin, 2014. CARDOSO, Débora Motta. Criminal compliance na perspectiva da lei de lavagem de dinheiro. São Paulo: LiberARS, 2015. CHAUÍ, Marilena. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 2008. CRARY, Jonathan. 24/7 Capitalismo tardio e os fins do sono. São Paulo: UBU Editora, 2016. IBDEE. Código de Compliance Corporativo: Guia de melhores práticas de compliance no âmbito empresarial. 2017. Disponível em: <http://ibdee.org.br/wp- content/uploads/2017/05/IBDEE-2017-Guia- Compliance-digital.pdf>. Acesso em 01 de dezembro de 2020. MARX, Karl. O Capital. Vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. ORTIZ, Renato. Mundialização e Cultura. São Paulo: Brasiliense, 2000.
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