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QUESTÕES SOBRE FIGURAS DE LINGUAGEM 01. (COSEAC – 2016 – UFF) Entre os recursos semânticos utilizados no texto para a obtenção de diferentes efeitos de sentidos, destacam-se algumas figuras de estilo, como a metáfora, sublinhada em a) “Logo digitei o inevitável „ops errei.” b) “É o maior puxa-tapete do espaço virtual.” c) “Prefiro acreditar que é apenas dislexia digital e acidental.” d) “Expert em enrolation: quem de nós não se tornou um?” 02. (IBADE – 2016 – SEDUC-RO) Em “O apagão vai dividir as vidas, de novo, em dias e noites” há uma figura de linguagem denominada: a) metáfora. b) hipérbole. c) eufemismo. d) antítese. e) pleonasmo. Texto II Carnaval de trazer por casa Quinze dias antes já os olhos se colavam aos pés, com medo de uma queda que acabasse com o Carnaval. Subíamos e descíamos as escadas, como quem pisa algodão. [...] Nós éramos todas meninas. Tínhamos a idade que julgávamos ser eterna. Sonhávamos com os cinco dias mais prometidos do ano. A folia começava sexta-feira e só terminava terça quando as estrelas iam muito altas. Havia o cheiro das bombinhas que tinham um odor aproximado ao dos ovos podres e que se misturava com o pó do baile que se colava aos lábios. Que se ressentiam vermelhos de dor. Havia o cantor esganiçado em palco a tentar a afinação, que quase nunca conseguia: [...] Depois os bombos saíam à rua, noite fora, dia adentro. [...] E na noite que transformava o frio do inverno no calor do Carnaval, eu tinha a certeza de que aquele som dos bombos fazia parte do meu código genético. E que o Carnaval ia estar sempre presente nas ruas estreitas da minha aldeia, assim, igual a si próprio, com os carros de bois a chiar pelas ruas, homens vestidos de mulheres com pernas cheias de pelos, mulheres vestidas de bebês, o meu pai vestido de François Mitterrand e eu com a certeza de que o mundo estava todo certo naqueles cinco dias, na minha aldeia. O outro, o que via nas televisões, não era meu. (FREITAS, Eduarda. Revista Carta Capital. Disponível em: http:// www.cartacapital.com.br/sociedade/carnaval-de-trazer-porcasa/?autor=40. Acesso em set. 2016.) 03. (IBFC – 2016 – EBSERH) No início do texto, ao dizer que “já os olhos se colavam aos pés”, emprega-se uma linguagem simbólica para reforçar o sentido pretendido. Isso ocorre por meio da seguinte figura de estilo: a) ironia b) metáfora c) metonímia d) antítese e) comparação 04. (MS CONCURSOS – 2016 – Pref. de Itapema-SC) Linguagem figurada é aquela que se usa fora dos padrões normais da comunicação, com o emprego das figuras de linguagem. Figuras de linguagem são desvios das normas estritas de linguagem com fins expressivos. Exemplos: tarde tímida, a luz da inteligência, quebrar o protocolo. Diante disso, marque a opção onde temos uma metáfora: a) Papagaio em casa, eu não quero mais. b) Quem com ferro fere, com ferro será ferido. c) Quase morri de saudades! d) A Amazônia é o pulmão do mundo. 05. (CONED – 2016 – Sesc-PA) A figura de linguagem que o trecho contém: “, você é que teve um acesso de burrice, meu filho!” é a) hipérbole b) metonímia c) anacoluto d) metáfora e) aliteração 06. (INSTITUTO AOCP – 2016 – EBSERH) Em “[...] a ciência encarou os pesadelos: como algo negativo”, há quais das figuras de estilo apresentadas a seguir? a) Pleonasmo e prosopopeia. b) Sinestesia e antítese. c) Metáfora e hipérbole. d) Onomatopeia e comparação. e) Prosopopeia e comparação. 07. (INSTITUTO AOCP – 2016 – EBSERH) Assinale a alternativa correta. a) Em “[...] E isso não é opinião de ignorantes que não frequentaram escola alguma, mas de muitos ditos ‘cultos’ e ‘inteligentes’ [...]”, as aspas em “cultos” e “inteligentes” foram utilizadas para marcar uma ironia. b) Em “[...] O que falta na abordagem sobre ética é justamente o que nos levaria a sermos éticos. [...]”, há um eufemismo, marcado pelo termo “justamente”. c) Em “[...] Ninguém é ético só porque quer parecer ético. [...]”, há hipérbole, marcada pelo termo “só”. d) Em “[...] a urgência que se tornou essencial hoje – e que por isso mesmo, por ser essencial, muitos não percebem – é tratar a ética como um trabalho da lucidez [...]”, os travessões são utilizados para marcar uma metáfora. e) Em “[...] A felicidade de que se trata é a ‘felicidade política’, ou seja, a vida justa e boa no universo público. [...]”, o termo “vida justa e boa” marca uma antítese. Disponível em:<http://saladebatepapoprofaolga.blogspot.com.br/2013/08/> . Acesso em: 31 maio 2016. 08. (COPEVE-UFAL – 2016 – UFAL) Considerando que a imagem remete à lembrança da composição musical do grupo Ultraje a Rigor, intitulada “Inútil”, identifica-se nessa imagem uma a) elipse pronominal. b) silepse de gênero. c) silepse de número. d) assonância marcada em /a/ e /o/. e) metáfora de “gente” e “inutilidade”. A cruz da estrada Castro Alves [...] Quando, à noite, o silêncio habita as matas, A sepultura fala a sós com Deus. Prende-se a voz à boca das cascatas, E as asas de ouro aos astros lá nos céus”[...] Disponível em:<http://www.casadobruxo.com.br/poesia/a/castro60.htm> . Acesso em: 15 jul. 2016. 09. (COPEVE-UFAL – 2016 – UFAL) A frase e a expressão destacadas são exemplos, respectivamente, de a) paradoxo e catacrese. b) pleonasmo e metonímia. c) pleonasmo e eufemismo. d) prosopopeia e catacrese. e) prosopopeia e eufemismo. NO DESERTO Não só os homens e os camelos. A esfinge fecha os olhos e anseia Pelo fim da tempestade de areia. WANDERLEY, Sidney. In: Vilela, Arriete et al. Artesanias da palavra. Maceió: Grafmarques, 2001, p.121. 10. (COPEVE-UFAL – 2016 – Pref. de Maceió-AL) No poema fica omitido, em nome do estilo e da dinâmica dos versos, o elemento conjuntivo final de valor aditivo, entendido no contexto geral da estrutura sintática do enunciado. Assinale a alternativa em que se apresenta esse elemento elíptico. a) Todavia. b) Ainda que. c) Mas também. d) Contanto que. e) À medida que. 11. (FGV – 2016 – COMPESA) Assinale a opção que indica o pensamento em que não ocorre uma estruturação com base numa antítese a) De nada serve ao homem conquistar a Lua, se acaba por perder a Terra. b) Modernidade é a tensão entre o efêmero e o eterno. c) Meios poderosos, mas objetivos confusos: essa é a nossa época. d) Não foi o mundo que piorou. As coberturas jornalísticas é que melhoraram muito. e) Um a um somos todos mortais. Juntos, somos eternos. 12. (FGV – 2016 – COMPESA) Assinale a opção que apresenta o pensamento que se apoia em uma estrutura diferente da antítese. a) “Muitas pessoas perdem as pequenas alegrias enquanto aguardam a grande felicidade”. b) “As coisas nunca são tão boas quanto esperamos, nem tão ruins quanto tememos”. c) “Quem vive só de esperanças morrerá de fome”. d) “O otimista diz que vivemos no melhor de todos os mundos possíveis. O pessimista teme que isso seja verdade”. e) “Felicidade é um modo de viajar, não um destino”. 13. (AOCP – 2016 – Sercomtel S.A) No trecho “É inevitável que a gente cometa equívocos quando a vida vira um tango.”, a expressão em destaque evidencia que o autor do texto utilizou qual figura de linguagem? a) Paradoxo. b) Personificação. c) Figurativa. d) Hipérbole.e) Metáfora. 14. (FUNRIO -2016 – IF-PA) “Sobre o verde berço da floresta / Onde brota fauna e flora tão vibrante, / Nasceste tu, minha Belém, / Entre o leve alento dos igarapés / E agrados de rios afluentes.” (Eduardo Neves, “Hino de Belém”) Nesses versos iniciais do hino da cidade de Belém, encontramos a seguinte figura de linguagem a) antítese. b) apóstrofe. c) eufemismo. d) hipérbole. e) ironia. 15. (AOCP – 2016 – Sercomtel S.A) No período “Se você chegou ao último parágrafo deste texto, você é uma aberração estatística.”, na oração em destaque, o autor utilizou qual figura de linguagem? a) Anáfora. b) Metonímia. c) Metáfora. d) Catacrese. e) Perífrase. 16. (Quadrix – 2016 – CRO-PR) A respeito da linguagem da tirinha, assinale a alternativa correta. a) A expressão “strip tease”, presente no último quadrinho, cria um problema de coerência por se tratar de um termo técnico. b) A reação da menina, no último quadrinho, deve-se ao fato de que sua mãe utiliza uma linguagem muito técnica para explicar a queda dos dentes de leite. c) A palavra “negócio”, presente no primeiro quadrinho, cria um problema de coerência por se tratar de uma gíria típica de médicos. d) A palavra “poing”, presente no primeiro quadrinho, é uma interjeição que indica a frustração da menina diante do fato de que seus dentes cairão. e) A palavra “poing”, presente no primeiro quadrinho, é uma onomatopeia que representa a queda dos dentes de leite. 17. (FUNRIO -2016 – IF-PA) “Quero um poema ainda não pensado, / que inquiete as marés de silêncio da palavra ainda não escrita nem pronunciada, / que vergue o ferruginoso canto do oceano / e reviva a ruína que são as poças d’água. / Quero um poema para vingar minha insônia.” (Olga Savary, “Insônia”) Nesses versos finais do poema, encontramos as seguintes figuras de linguagem: a) silepse e zeugma b) eufemismo e ironia. c) prosopopeia e metáfora. d) aliteração e polissíndeto. e) anástrofe e aposiopese. 18. (Jota Consultoria – 2016 - Pref. de Jambeiro-SP) Voo sem asas; estou cego e guio; E no que valho mais menos mereço. Calo e dou vozes, falo e emudeço, Nada me contradiz, e eu aporfio. (Camões) No segundo verso da estrofe acima, há: a) Pleonasmo. b) Catacrese. c) Metáfora. d) Anacoluto. e) Antítese. 19. (FEPESE – 2016 – Pref. de Florianópolis-SC) Analise as frases abaixo: 1. ”Calções negros corriam, pulavam durante o jogo.” 2. A mulher conquistou o seu lugar! 3. Todo cais é uma saudade de pedra. 4. Os microfones foram implacáveis com os novos artistas. Assinale a alternativa que corresponde correta e sequencialmente às figuras de linguagem apresentadas: a) metáfora, metonímia, metáfora, metonímia b) metonímia, metonímia, metáfora, metáfora c) metonímia, metonímia, metáfora, metonímia d) metonímia, metáfora, metonímia, metáfora e) metáfora, metáfora, metonímia, metáfora 20. Leia os versos a seguir. “Se você gritasse, Se você gemesse, Se você tocasse...” Carlos Drummond de Andrade Que figura de linguagem está presente nesses versos? a) Metáfora b) Polissíndeto c) Elipse d) Pleonasmo e) Anáfora 21. (IBCF – 2016 – Câmara de Franca-SP) Leia a citação abaixo e assinale a figura de linguagem/ figura de estilo. “O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.” a) Metonímia b) Metáfora c) Paradoxo d) Onomatopeia PROFECIA Cada gesto de ódio cada gesto de prepotência cada gesto para amordaçar a verdade cada gesto para amparar a mentira cada gesto que suprime outro gesto cada gesto - indigesto - voltará implacável como um «boomerang» E ninguém escapará a essa lei. 22. (COPEVE-UFMS – 2016 – UFMS) Entre as marcas de expressividade da linguagem literária adotada no poema, a repetição do segmento “Cada gesto”, no início de seis primeiros versos, configura um exemplo de: a) Ironia. b) Perífrase. c) Hipérbato. d) Paradoxo. e) Anáfora. 23. (IBADE – 2016 – Pref. de Rio Branco-AC) Em “às vezes, faço maldades. Mas não faço por mal.” e “Alegria na entrada. Tristeza ao sair.” tem-se, respectivamente, as seguintes figuras de linguagem: a) antítese e antítese. b) metáfora e anacoluto. c) paradoxo e antítese. d) metonímia e gradação. e) hipérbole e sinestesia. 24. (Pref. De Fortaleza-CE – 2016 – Pref. de Fortaleza-CE) Em “A nudez não perdoa, ainda que ela seja despedaçada, domada e vestida” (linha 17), é explícita a antítese entre as palavras: a) despedaçada e domada. b) vestida e domada. c) nudez e vestida. d) nudez e domada. Texto I Descaso com saneamento deixa rios em estado de alerta A crise hídrica transformou a paisagem urbana em muitas cidades paulistas. Casas passaram a contar com cisternas e caixas-d’água azuis se multiplicaram por telhados, lajes e até em garagens. Em regiões mais nobres, jardins e portarias de prédios ganharam placas que alertam sobre a utilização de água de reúso. As pessoas mudaram seu comportamento, economizaram e cobraram soluções. As discussões sobre a gestão da água, nos mais diversos aspectos, saíram dos setores tradicionais e técnicos e ganharam espaço no cotidiano. Porém, vieram as chuvas, as enchentes e os rios urbanos voltaram a ficar tomados por lixo, mascarando, de certa forma, o enorme volume de esgoto que muitos desses corpos de água recebem diariamente. É como se não precisássemos de cada gota de água desses rios urbanos e como se a água limpa que consumimos em nossas casas, em um passe de mágica, voltasse a existir em tamanha abundância, nos proporcionando o luxo de continuar a poluir centenas de córregos e milhares de riachos nas nossas cidades. Para completar, todo esse descaso decorrente da falta de saneamento se reverte em contaminação e em graves doenças de veiculação hídrica. Dados do monitoramento da qualidade da água – que realizamos em rios, córregos e lagos de onze Estados brasileiros e do Distrito Federal – revelaram que 36,3% dos pontos de coleta analisados apresentam qualidade ruim ou péssima. Apenas 13 pontos foram avaliados com qualidade de água boa (4,5%) e os outros 59,2% estão em situação regular, o que significa um estado de alerta. Nenhum dos pontos analisados foi avaliado como ótimo. Divulgamos esse grave retrato no Dia Mundial da Água (22 de março), com base nas análises realizadas entre março de 2015 e fevereiro de 2016, em 289 pontos de coleta distribuídos em 76 municípios. (MANTOVANI, Mário; RIBEIRO, Malu. UOL Notícias, abril/2016.) 25. (FGV – 2016 – Pref. de Paulínia-SC) Em termos de linguagem figurada, o fato de a divulgação do texto ter sido feita no Dia Mundial da Água funciona como a) metáfora. b) pleonasmo. c) eufemismo. d) ironia. e) hipérbole. GABARITO: 01.B 02.D 03.B 04.D 05.D 06.E 07.A 08.C 09.D 10.C 11.C 12.E 13.E 14.B 15.C 16.E 17.C 18.E 19.C 20.E 21.C 22.E 23.C 24.C 25.D