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Exame da pele, das mucosas e dos fâneros

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Exame da pele, das mucosas e dos fâneros
Pele 
· A pele é o maior órgão do corpo e um dos melhores indicadores de saúde geral.
· A pele ou tegumento cutâneo é constituída por três camadas:
· Epiderme camada fina e mais externa da pele; não tem vascularização;
· Derme ou córion tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos, linfáticos, receptores sensoriais;
· Tecido celular subcutâneo glândulas sudoríparas e sebáceas, vasos sanguíneos e células adiposas.
Semiotécnica
Utiliza-se a inspeção e a palpação;
· Iluminação adequada;
· Desnudamento/exposição da parte a ser examinada;
· Serão examinadas:
· Coloração;
· Continuidade/integridade;
· Umidade;
· Textura;
· Espessura;
· Temperatura;
· Elasticidade e mobilidade;
· Turgor;
· Sensibilidade;
· Lesões elementares;
Coloração
· A “cor da pele” deve ser anotada na identificação;
· Indivíduos brancos e pardos-claros: coloração levemente rosada (sangue que circula na circulação cutânea);
Pressionar o polegar contra o esterno do paciente, em condições normais, o sangue deve voltar em menos de um segundo. No choque demora mais pra voltar.
Alterações da coloração de pele
Palidez
· Atenuação ou desaparecimento da cor rósea da pele;
· Pesquisar por toda a pele;
· Cor parda ou preta: verificar as palmas das mãos e as plantas dos pés
· Tipos de palidez:
· Palidez generalizada: em toda a pele devido à diminuição das hemácias circulantes nas microcirculações.
· Ocorre por vasoconstrição generalizada, causada por estímulos neurogênicos ou hormonais;
· Redução real das hemácias: anemia.
· Palidez localizada ou segmentar: em áreas restritas, causada pela isquemia. Sempre olhar membros homólogos para ver se há diferença, ex pernas.
Vermelhidão ou eritrose 
· Exagero da coloração rósea da pele, indica aumento da quantidade de sangue na rede vascular cutânea, seja decorrente de vasodilatação ou do aumento de sangue.
· Tipos:
· Vermelhidão generalizada: pacientes febris, expostos ao sol, policitêmia, escarlatina, eritrodermia, pênfigo foliáceo. 
· Vermelhidão localizada ou segmentar: caráter rápido/ fenômeno vasomotor (ruborização do rosto, fogacho do climatério) ou duradoura.
· Eritema palmar, cirrose, acrocianose, fenômeno de Raynaud(persistente)
Figura 1. acrocianose
Figura 2. Fenômeno de Raynaud
Vermelhidão acompanha os processos inflamatórios, que são dor, calor, rubor e tumor.
Cianose
· Significa cor azulada da pele e das mucosas;
· Ocorre quando a hemoglobina reduzida está aumentada;
· Deve ser pesquisada em: 
· Ao redor dos lábios;
· Na ponta do nariz;
· Lobos das orelhas;
· Extremidades das mãos e dos pés.
· Tipos:
· Cianose generalizada: vista em toda a pele, mas predomina em algumas regiões.
· Cianose localizada ou segmentar: obstrução de uma veia que drena uma região.
· Pode ser classificada em leve, moderada e intensa.
· São quatro tipos de cianose:
· Cianose central: insaturação arterial. Ocorre nas seguintes situações:
· Diminuição da tensão do o2;
· Hipoventilação pulmonar;
· Curto-circuito(shunt) venoarterial (tetralogia de Fallot).
· Cianose nas unhas e calor nas mãos.
· Cianose periférica: perda exagerada de oxigênio.
· Estase venosa;
· Diminuição do calibre dos vasos da microcirculação;
· Cianose mista: evolve as duas anteriores
· Insuficiência cardíaca congestiva congestão pulmonar
· Cianose por alteração da hemoglobina: isso impede que o oxigênio se fixe à hemoglobina.
Icterícia
· Significa coloração amarelada na pele, mucosas visíveis e esclerótica;
· Resultante de acúmulo de bilirrubina no sangue; 
· Cuidado com pessoas que se alimentam de bastante caroteno.
· Causas comuns:
· Hepatite infecciosa;
· Hepatopatia alcoólica; 
· Hepatopatia com medicamentos;
· Leptospirose;
· Malária;
· Septicemia;
· Lesões obstrutivas extra-hepáticas: litíase biliar, câncer de cabeça de pâncreas);
· Icterícias hemolíticas. 
Albinismo
· Falta da síntese de melanina.
Bronzeamento de pele
· Doenças: Doença de Addison e hemocromatose distúrbios endócrinos;
Dermatografismo
· Quando a pele é atritada com um objeto, aparece uma linha vermelha que dura por 4 a 5 minutos.
Continuidade ou integridade
· Erosão, ulceração, fissura ou rágade.
Umidade
· Avaliar na inspeção e palpação (avaliação tátil).
· Possibilidades:
· Umidade normal: grau de umidade se examinar indivíduos hígidos;
· Pele seca: encontrada em pessoas idosas, dermatopias crônicas (esclerodesmia, ictiose), mixedema, avitaminose A, intoxicação por atropina, insuficiência renal crônica e desidratação.
· Umidade aumentada ou pele sudorenta: indivíduos normais, associada à febre, ansiedade, hiperidrose primária, hipertireoidismo e doenças neoplásicas. Na menopausa ~ ondas de calor;
Textura
· Trama ou disposição dos elementos do tecido
· Avaliar deslizando as polpas digitais sobre a superfície cutânea.
· Possibilidades:
· Textura normal: condições normais;
· Pele lisa ou fina: pessoas idosas, hipertireoidismo, áreas edemaciadas;
· Pele áspera: indivíduos expostos a intempéries (lavradores, pescadores, garis, foguistas) ou mixedema e dermopatias crônicas;
· Pele enrugada: pessoas idosas, emagrecimento rápido, elimina edema.
Espessura
· Para avaliar, faz-se o pinçamento de uma dobra cutânea usando o polegar e o indicador, pinçando a derme e epiderme.
· Realizar pinçamento no antebraço, tórax e abdome.
· Pode-se encontrar: 
· Pele de espessura normal: indivíduos hígidos;
· Pele atrófica: pele translúcida, permite visualização da rede venosa superficial. 
· Idosos, prematuros e dermatoses.
· Pele hipertrófica ou espessa: indivíduos que trabalham expostos ao sol.
· Esclerodermia(colagenose).
Temperatura
· Não confundir temperatura corporal com temperatura da pele.
· Palpar com o dorso das mãos ou dos dedos, comparando com o lado homólogo.
· Discrepância de até 2 graus, pode indicar distúrbios da irrigação sanguínea.
· Pode encontrar:
· Temperatura normal;
· Temperatura aumentada;
· Temperatura diminuída;
· Febre é a exteriorização cutânea do aumento corporal;
· Aumento de temperatura em áreas restritas: processos inflamatórios (calor e rubor);
· Diminuição da temperatura na pele generalizada: hipotermia corporal;
· Hipotermia localizada: redução do fluxo sanguíneo para determinada área, decorre de oclusão arterial, pode ser acompanhada de palidez.
Elasticidade e mobilidade
· Elasticidade: propriedade do tegumento cutâneo se estender quando tracionado. 
· Fazer pinçamento da pele
· Mobilidade: capacidade de se movimentar sobre os planos profundos subjacentes.
· Pousa a palma da mão sobre a superfície examinada e desliza para todos os lados.
· Do ponto de vista da elasticidade:
· Normal: indivíduos hígidos;
· Aumentada ou hiperelasticidade: aspecto de borracha, pele se distende 2 a 3 vezes mais que o normal.
· Síndrome de Ehlers-Danlos;
· Diminuída ou hipoelasticidade: pele tracionada voltar vagarosamente ao local de origem quando se faz uma prega cutânea;
· Pessoas idosas, pacientes desnutridos, abdome das multíparas e desidratação.
· Quanto à mobulidade, se observa:
· Mobilidade normal: apresenta mobilidade em relação às estruturas mais profundas;
· Mobilidade diminuída ou ausente: não consegue deslizar a pele sobre as estruturas vizinhas;
· Sede de processos cicatriciais, esclerodermia, elefantíase e infiltrações neoplásicas prox. à pele.
· Mobilidade aumentada: pele de pessoas idosas e na síndrome de Ehlers-Danlos;
Turgor
· Avalia-se pinçando com o polegar e o indicador uma prega de pele.
· Diferencia-se em:
· Turgor normal: prega se desfaz rapidamente. Indica conteúdo normal de água;
· Turgor diminuído: pele murcha e prega que se desfaz lentamente, indica desidratação.
Sensibilidade
· Sensibilidade dolorosa
· Hipoalgesia ou analgesia: ausência de dor ao contato com algo aquecido ou ao se ferir. Pesquisa-se com a ponta de uma agulha. Hanseníase.
· Hiperestesia: sensação contrária, dor aos toques leves. Aparece em: abdome agudo, síndrome isquêmica das extremidades inferiores e neuropatias periféricas.
· Sensibilidade tátil: receptores são corpúsculos de Meissner, Merkel e terminações dos folículos pilosos. Pesquisa-sefriccionando levemente com uma mecha de algodão;
· Sensibilidade térmica: receptores específicos são os bulbos terminais de Krause(frio) e corpúsculos de Ruffini(quentes). Pesquisar com dois tubos de ensaio.
Lesões elementares
· São modificações do tegumento cutâneo determinado por: processos inflamatórios, degenerativos, circulatórios, neoplásicos, distúrbios do metabolismo ou por defeito de formação.
· Para avaliar, utiliza-se: inspeção e palpação. Pode-se usar lupas.
· Se classificam em:
· Alterações de cor;
· Elevações edematosas;
· Formações sólidas;
· Coleções líquidas;
· Alterações da espessura;
· Perda e reparações teciduais.
Alterações de cor (mancha ou mácula)
· Área circunscrita de coloração diferente, mas sem alterações de superfície, no mesmo plano (avaliar pela palpação, com indicador, médio e anelar).
Manchas pigmentares
· Hipocrômicas e/ou acrômicas: diminuição ou ausência de melanina.
· Vitiligo, pitiríase alba, hanseníase, nevo acrômico e albinismo (duas últimas são congênitas).
Figura 3. Vitiligo
Figura 4. Pitiriase Alba
Figura 5. Nevo acrômico
· Hipercrômicas: aumento do pigmento melânico. 
· Pelagra, melasma ou cloasma, manchas hipercrônicas da estase venosacrônica dos membros inferiores, nevos pigmentados, melanose senil.
Figura 6. Melanose Senil
Figura 7. Pelagra
Figura 8. Melasma
Figura 9. Nevos pigmentados
· Pigmentação externa: substâncias aplicadas topicamente. 
· Alcatrões, antralina, nitrato de prata, permanganato de potássio.
Manchas vasculares
· Distúrbios da microcirculação da pele.
· Se diferenciam das machas hemorrágicas, pois ao serem comprimidos com dedo(digitopressão) ou lâmina de vidro(vitropressão) ou com objeto pontiagudo(puntipressão) desaparecem.
· Telangiectasias: são dilatações dos vasos terminais (arteríolas, vênulas, capilares).
· Telangiectasias venocapilares ocorrem nas pernas e coxas das pessoas do sexo feminino ou tórax de pessoas idosas.
· Aranhas vasculares se localizam no tronco e para desaparecerem, basta fazer uma puntipressão no seu centro;
· Nevos vasculares de origem congênita;
· Mancha eritematosa ou hiperêmica: decorrem da vasodilatação, tem cor róseo-avermelhada, desaparece a digitopressão ou vitropressão.
· Podem ser simples ou vir acompanhada de outras lesões, como pápula, vesícula, bolha;
· Tamanhos variados;
· Podem se fundir;
· Doenças exantemáticas (rubéola, varicela e sarampo), escarlatina, sífiles, moléstia reumática, septicemia e alergias cutâneas.
Figura 10. Mancha eritematosa
Manchas hemorrágicas
· “Sufusões hemorrágicas”
· Não desaparecem com compressão, por ser sangue extravasado.
· De acordo com a forma e tamanho se dividem em três tipos:
· Petéquias: puntiformes, com até 1 cm de diâmetro;
· Víbices: forma linear;
· Equimoses: placas maiores que 1 cm.
· A coloração das machas vai do vermelho-arroxeado ao amarelo.
· Nas grandes equimoses, tem-se:
· 48h: avermelhadas
· 48 a 96h:arroxeadas
· 5/ 6d: azuladas
· 6/8d: amareladas
· Após 9d: coloração normal da pele
· Grandes e médias equimoses são visíveis em pessoas com pele mais pigmentada.
· Causadas por traumatismos, alterações capilares(púrpura), e discrasias sanguíneas(púrpura).
· Hematoma: quando o extravasamento sanguíneo produz elevação na pele.
· Deposição pigmentar: deposição de hemossiderina, bilirrubina, pigmento carotênico, corpos estranhos e pigmentos metálicos.
Elevações edematosas
· Edema na derme ou hipoderme.
· Lesão urticada ou urticária;
· Formações sólidas, uniformes, de forma variável (arredondadas, ovalares, irregulares).
· Podem ser frequentemente eritematosas e sempre pruriginosas. 
· Forma um edema dérmico circunscrito;
· Afecção mais frequente que causa: urticária.
Formações sólidas
Pápulas
· Elevações sólidas da pele, de até 1cm de diâmetro. São superficiais, bem delimitadas, com bordas perceptíveis.
· Podem ser: puntiformes, lenticuladas, planas ou acuminadas, isoladas ou coalescentes, da cor da pele circundante, cor rósea, castanha ou arroxeada.
· Exemplos: picada de inseto, leishmaniose, blastomicose, verruga, erupções medicamentosas, acne, hanseníase.
Tubérculos
· Elevações sólidas, circunscritas, diâmetro maior que 1cm, situadas na derme.
· Evoluem para cicatriz;
· Observa-se na sífilis, tuberculose, hanseníase, esporotricose, sarcoidose e tumores.
Nódulos, nodosidades e goma
· Localizadas na hipoderme, são mais perceptíveis pela palpação.
· Pequeno tamanho (grão de ervilha) nódulo 
· Mais volumosas nodosidades
· Nodosidades que tendem ao amolecimento e ulceração com eliminação de substâncias semissólidas gomas
· Lesões com limites imprecisos;
· Consistência elástica, firme ou mole.
· Ora estão isoladas, ora agrupadas ou coalescentes.
· Podem ser dolorosas ou não;
· Pele ao redor pode estar normal, eritematosa ou arroxeada.
· Exemplos: furúnculo, eritema nodoso, hanseníase, cistos, epiteliomas, sífilis, bouba, cisticercose.
· Exemplos de gomas: sífilis, tuberculose e micoses profundas.
Vegetações
· Sólidas, salientes, lobulares, filiformes, ou em couve-flor, de consistência mole e agrupadas em menor ou maior quantidade.
· Exemplos: verruga bouba, sífilis, leishmaniose, blastomicose, condiloma acuminado, tuberculose, granuloma venéreo, neoplasias e dermatites medicamentosas.
· Quando a camada córnea é espessa lesão endurecida nomeada verrucosidade.
· Verrugas vulgares, cromomicose.
Coleções líquidas
· Vesícula, bolha, pústula, abscesso e hematoma.
Vesícula
· Elevação circunscrita da pele que contém líquido em seu interior;
· Menor que 1 cm;
· Para diferenciar da papúla, realiza-se punção da lesão;
· Exemplo: varicela, herpes-zóster, queixas maduras, eczema e tinhas (micoses superficiais);
Bolhas
· Elevação da pele que contém líquido;
· Maior que 1cm;
· Exemplos: queimaduras, pênfigo foliáceo, piodermites e alergias medicamentosas.
· Conteúdo pode ser:
· Claro
· Turvo amarelado purulenta
· Vermelho-escuro hemorrágica
Pústula
· Conteúdo purulento;
· Exemplos: varicela, herpes-zóster, queimaduras, piodermites, acne pustulosa;
Abscessos 
· Coleções purulentas, mais ou menos proeminentes e circunscritas, proporções variáveis, flutuantes, localização dermo-hipodérmica ou subcutânea;
· Abscessos quentes acompanhados de sinais inflamatórios;
· Abscessos frios: ausência de sinais flogísticos;
· Exemplos: furunculose, hidradenite, blastomicose, abscesso tuberculoso.
Hematomas
· São formações circunscritas, com tamanhos variáveis;
· Decorrentes de derrame de sangue na pele ou tecido subjascente.
Alterações da espessura
Queratose
· Modificação difusa ou circunscrita da pele;
· Espessamento da camada córnea se torna consistente, dura e inelástica.
· Ex: calo, queratose palmar e plantar. 
· Afecções: queratose senil, queratodermia palmoplantar, ictiose.
Espessamento ou infiltração
· Aumento da consistência e espessura da pele que se mantém depressível;
· Menor evidência dos sulcos da pele e limites imprecisos;
· Hanseníase virchowiana;
Liquenificação
· Espessamento da pele com acentuação das estrias;
· Aspecto de quadriculado em rede;
· Pele circundante se torna de cor castanho-escura.
· Áreas sujeitas a coçaduras constantes ou eczemas liquenificados.
Esclerose
· Aumento da consistência da pele, mais firme e aderente aos planos profundos;
· Difícil de ser pregueada entre os dedos;
· Ex: esclerodermia;
Edema
· Acúmulo de líquido no espaço intersticial;
· Pele lisa e brilhante;
Atrofias
· Adelgaçamento da pele, a qual se torna fina, lisa, translúcida e pregueada
· Podem ser:
· Fisiológicas atrofia senil
· Por agentes mecânicos ou físicos estrias atróficas, radiodermite.
· Estrias: são linhas de atrofia de cor acinzentada ou róseo-avermelhada. Observadas em pele mecanicamente forçada, como em mulheres grávidas ou pessoas com a parede abdominal distendida (ascite, obesidade);
Perdas e reparações teciduais
· Lesões oriundas da eliminação ou destruição dos tecidos cutâneos.
Escamas
· Lâminas epidérmicas secas que tendem a se despender da superfície cutânea.
· Podem ter os seguintes aspectos:
· Furfuráceas farelo
· Laminares/foliáceas tiras
· Ex: caspas, ptiríaseversicolor, psoríase e queimadura por raios solares se acompanham por descamação.
Erosão ou exulceração
· Desaparecimento da parte mais superficial da pele.
· Atinge apenas a epiderme;
· Pode ser traumática escoriação
· Pode ser não traumática secundárias à ruptura de vesícula, bolhas e pústulas.
· Não deixam cicatrizes.
Úlcera ou ulceração
· Perda delimitada das estruturas que constituem a pele, chega a atingir a derme;
· Tal fato diferencia da escoriação;
· Deixa cicatrizes;
· Exemplo: úlcera crônica, lesões malignas da pele, leishmaniose.
Fissuras ou rágades
· Perda de substância linear, superficial ou profunda;
· Não são causadas por instrumentos cortantes;
· Comprometem a epiderme e a derme, situando-se no fundo de dobras cutâneas ou ao redor de orifícios naturais;
Crosta
· Formação proveniente do ressecamento de secreção serosa, sanguínea, purulenta ou mista que recobre uma área cutânea previamente lesada.
· Pode ser facilmente removida, ou não (quando está aderida sobre os tecidos).
· Ex: impetigo, pênfigo foliáceo, eczemas.
Escara 
· Resultado de traumatismos ou lesões cutâneas que evoluam para a cura.
· É a reposição de tecido destruído pela proliferação do tecido fibroso circunjascente;
· Tamanhos e formas variados;
· Róseo-claras, avermelhadas, pigmentação mais escura;
· Podem ser deprimidas ou exuberantes (cicatriz hipertrófica e queloide);
· Queloide: formação fibrosa, rica em colágeno, saliente, firme, róseo-avermelhada, bordas nítidas, ramificações curtas.
· Espontâneo ou secundário à agressão da pele (cirúrgico, queimaduras e feriementos).
Observações:
· A pele senil (do idoso) observa-se a diminuição da elasticidade, do turgor, da espessura, das glândulas sudoríparas e sebáceas decorrentes do envelhecimento e de fatores ambientais;
· Os raios ultravioletas provocam zonas de hipo e hiperpigmentação.
· Frequentes também: telangiectasias, equimoses, melanoses.
Fotossensibilidade e fotodermatoses
· O especto fotobiológico é responsável pela melanogênese, percepção visual, síntese de vitamina D3.
· Reações de fotossensibilidade: interações luz-pele. 
· Principais alterações
· Eritema: ocorre 4 a 8h após a exposição solar, tem seu pico em 12 a 14h. Vai desaparecer gradativamente. Esses fenômenos se devem à ação das prostaglandinas, liberação de histamina e substâncias eritrogênicas. A capacidade de desenvolver eritema tem relação também com a pigmentação melânica da pele.
· Pigmentação: a pig. Intrínseca é geneticamente determinada, imutável e dá cor à pele; pig. Facultativa decorre dos raios solares, conhecida como bronzeamento. 
· Bronzeamento imediato: melanização- oxidação da melanina existente;
· Bronzeamento tardio: 2 a 3d após a irradiação, decorrente da melanogênese.
· A pele pode, também, se tornar espessa. Há hiperplasia das camadas da epiderme.
Dermatoses fotoinduzidas
Dermatoses agudas
Queimadura solar
· Lesão solar aguda: resposta inflamatória aguda e transitória da pele;
· Se desenvolve após a exposição à radiação ultravioleta (luz solar ou fontes artificiais).
· Não atingem estruturas profundas (3º grau). 
· Na queimadura de primeiro grau
· Eritema e edema nas áreas expostas;
· Desconforto relativo
· Prurido
· Dor e hiperestesias
· Cefaleia
· Mal-estar
· Queimadura de segundo grau
· Formação de bolhas;
· Queimadura exagerada em pessoas que estão usando medicamentos fototóxicos;
· O LES pode gerar esse tipo de eritema;
· Sintomas gerais
· Hiperidrose
· Queimaduras solares com formação de bolhas na juventude fator de risco para desenvolvimento de melanoma cutâneo
Fototoxidade
· Hipersensibilidade cutânea à radiação não ionizante, sem particapação do sistema imunológico.
· Essas reações surgem ao primeiro contato do indivíduo com uma substância fotossensibilizante, existentes em vários produtos de uso cotidiano, tais como medicamentos (farmacogênica), plantas (fitofotodermatite), inseticidas, cosméticos, roupas, conservantes de alimentos.
· O quadro clínico das reações fototóxicas caracteriza-se por prurido, sensação de queimadura e eritema imediato 
· 2 a 6 h, o eritema já é bastante acentuado e acompanha-se de edema; 
· 12 a 24 h após podem surgir vesículas e bolhas regressão dessas lesões com tendência à instalação de hiperpigmentação residual, persistente. 
· As lesões estão restritas às áreas irradiadas.
Fotoalergia 
· Mecanismos biológicos em que a radiação luminosa exerce papel desencadeante do processo;
· A reatividade da pele, de caráter imunoalérgico, é relacionada a antígenos formados pela interação da luz com substâncias químicas ou proteínas teciduais.
Idiopática ou de causa desconhecida
· Erupção polimorfa à luz é uma afecção relacionada com exposição à luz solar e que acomete mais frequentemente mulheres jovens.
· O prurido, que é constante, pode ser o primeiro sintoma. Posteriormente, surge erupção eritematopapulosa de tamanho variável, às vezes vesículas, e, mais tarde, liquenificação.
Dermatoses crônicas
Dermato-heliose (“fotoenvelhecimento”)
· Alterações cutâneas resultante da ação crônica de radiações não ionizantes de efeitos cumulativos em função de décadas de exposição.
· Seu aparecimento é tanto mais frequente quanto mais clara for a pele. 
· O quadro mais comum é o da elastose solar, na qual a pele se apresenta espessada, atrófica, coriácea (aspecto de couro), amarelada, apergaminhada, com a superfície sulcada.
Dermatite actínica crônica
· Prurido;
· Idosos;
· Lesões eritematosas e infiltradas, estritamente limitadas às superfícies expostas à luz, mas que poupam as dobras da pele protegidas da luz;
Lentigo solar
· mácula escura, irregularmente pigmentada
· lesão benigna
Queratose solar
· queratose actínica ou senil, caracterizase
· por apresentar lesões queratósicas, rugosas, com escamas amarelas ou acastanhadas, finas, aderentes, secas, podendo apresentar discreto eritema. 
· Ocorre no dorso das mãos, face, antebraços, pescoço e colo, orelha externa, couro cabeludo, em indivíduos calvos, ou seja, nas áreas expostas.
· A queratose solar é considerada lesão pré-cancerígena.
Câncer de pele
	Carcionoma basocelular
	Carcionoma espinocelular
	Melanoma
	neoplasia maligna cutânea
	mais agressivo
que o basocelular, tanto localmente, quanto na capacidade de metastatizar.
	mais grave neoplasia maligna da pele
	mais frequente
	2º mais frequente
	
	agressiva apenas localmente
	
	
	pápula ou nódulo liso, translúcido, brilhante (aspecto perláceo), com telangiectasias na superfície.
Os nódulos podem ulcerar, originando as formas nóduloulcerativas. O carcinoma basocelular vegetante é uma lesão verrucosa, por vezes ulcerada.
	lesão hiperqueratósica, em placa ou nodular, crescente, com escamas aderentes, eritema variável e,
algumas vezes, acastanhadas. Existem as variedades vegetante.
	
	Exposição solar crônica
	Exposição solar crônica;
Verrucosa está vinculada à infecção pelo HPV (papilomavírus humano).
	vários fatores etiológicos sejam relacionados
com o melanoma (genético, hormonal, ocupacional, trauma mecânico), a radiação ultravioleta, em longas exposições, seria
o fator mais importante no seu desencadeamento.

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