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CP Iuris - CONSUMIDOR 2 - GABARITO COMENTADO

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CONSUMIDOR 2 
2000 em 02 
TEMAS: 
Práticas comerciais 
Política nacional das relações de 
consumo 
Proteção contratual 
Dano Moral nas relações de 
consumo 
Revisão. 
 
1- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos danos suportados pelo 
aluno pela realização de curso não reconhecido pelo Ministério da Educação, sobre o qual não 
lhe tenha sido dada prévia e adequada informação. 
II – Deve ser reconhecida a relação de consumo existente entre a pessoa natural, que visa a 
atender necessidades próprias, e as sociedades que prestam, de forma habitual e profissional, o 
serviço de corretagem de valores e títulos mobiliários. 
III – É abusiva a prática comercial consistente no cancelamento unilateral e automático de um 
dos trechos da passagem aérea, sob a justificativa de não ter o passageiro se apresentado para 
embarque no voo antecedente. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: A 
 
I – CORRETA - Súmula 595-STJ: As instituições de ensino superior respondem objetivamente pelos 
danos suportados pelo aluno/consumidor pela realização de curso não reconhecido pelo 
Ministério da Educação, sobre o qual não lhe tenha sido dada prévia e adequada informação. 
II – CORRETA - Deve ser reconhecida a relação de consumo existente entre a pessoa natural, que 
visa a atender necessidades próprias, e as sociedades que prestam, de forma habitual e 
profissional, o serviço de corretagem de valores e títulos mobiliários. Ex: João contratou a 
empresa “Dinheiro S.A Corretora de Valores” para que esta intermediasse operações financeiras 
no mercado de capitais. Em outras palavras, João contratou essa corretora para investir seu 
dinheiro na Bolsa de Valores. A relação entre João e a corretora é uma relação de consumo. STJ. 3ª 
Turma. REsp 1599535-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 14/3/2017 (Info 600). 
III – CORRETA - É abusiva a prática comercial consistente no cancelamento unilateral e automático 
de um dos trechos da passagem aérea, sob a justificativa de não ter o passageiro se apresentado 
para embarque no voo antecedente. STJ. 4ª Turma. REsp 1595731-RO, Rel. Min. Luis Felipe 
Salomão, julgado em 14/11/2017 (Info 618). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia> 
 
2- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – É válida cláusula prevista em contrato de prestação de serviços de cartão de crédito que 
autoriza o banco contratante a compartilhar dados dos consumidores com outras entidades 
financeiras ou mantenedoras de cadastros positivos e negativos de consumidores, mesmo que 
não seja dada opção de discordar daquele compartilhamento. 
II – Quando um hospital credenciado não prestar determinados serviços para os usuários do 
plano, este deverá informar ao consumidor, de forma clara, qual é a restrição existente e quais 
as especialidades oferecidas pela entidade que não estão cobertas, sob pena de todas elas 
estarem incluídas no credenciamento. 
III – É válida a cláusula contratual que transfere ao promitente-comprador a obrigação de pagar 
a comissão de corretagem nos contratos de promessa de compra e venda de unidade autônoma 
em regime de incorporação imobiliária, desde que previamente informado o preço total da 
aquisição da unidade autônoma, com o destaque do valor da comissão de corretagem. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: D 
I – INCORRETA - É abusiva e ilegal cláusula prevista em contrato de prestação de serviços de 
cartão de crédito que autoriza o banco contratante a compartilhar dados dos consumidores com 
outras entidades financeiras ou mantenedoras de cadastros positivos e negativos de 
consumidores, sem que seja dada opção de discordar daquele compartilhamento. STJ. 4ª 
Turma.REsp 1348532-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 10/10/2017 (Info 616). 
 
II – CORRETA - No caso em que, nas informações divulgadas por plano de saúde aos seus usuários, 
determinado hospital particular figure como instituição credenciada sem ressalvas, se o usuário 
optar pela realização de tratamento contratado e disponibilizado pelo aludido hospital, a 
operadora do plano será obrigada a custeá-lo, ainda que o serviço seja prestado em parceria com 
instituição não credenciada, cuja unidade de atendimento funcione nas dependências do hospital, 
sendo irrelevante o fato de haver, na mesma localidade, outras instituições credenciadas para o 
mesmo tipo de tratamento de saúde. Ex: João, cliente do plano de saúde, precisava fazer 
quimioterapia. Na página do plano na internet consta que o Hospital São Carlos integra a rede 
credenciada. Dentro deste hospital, no setor de oncologia, funciona o Instituto Santa Marta. 
Diante disso, ele pediu as guias de serviço para fazer a quimioterapia lá. O plano de saúde não 
autorizou alegando que o Instituto Santa Marta, apesar de funcionar dentro do Hospital São Carlos, 
é uma instituição diferente e que apenas o Hospital é credenciado. João terá direito de fazer o 
tratamento lá. Quando um hospital credenciado não prestar determinados serviços para os 
usuários do plano, este deverá informar ao consumidor, de forma clara, qual é a restrição 
existente e quais as especialidades oferecidas pela entidade que não estão cobertas, sob pena de 
todas elas estarem incluídas no credenciamento. STJ. 3ª Turma. REsp 1613644-SP, Rel. Min. 
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 20/9/2016 (Info 590). 
III – CORRETA - É válida a cláusula contratual que transfere ao promitente-comprador a obrigação 
de pagar a comissão de corretagem nos contratos de promessa de compra e venda de unidade 
autônoma em regime de incorporação imobiliária, desde que previamente informado o preço 
total da aquisição da unidade autônoma, com o destaque do valor da comissão de corretagem. STJ. 
2ª Seção. REsp 1599511-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 24/8/2016 (recurso 
repetitivo) (Info 589). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia> 
 
3- Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades 
dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses 
econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das 
relações de consumo. 
b) A informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação 
correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem 
como sobre os riscos que apresentem é um direito básico do consumidor. 
c) Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou 
segurança dos consumidores, mesmo os considerados normais e previsíveis em decorrência de 
sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações 
necessárias e adequadas a seu respeito. 
d) O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde ou 
segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou 
periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. 
 
Gabarito: C 
 
a) Art. 4º, CDC. A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das 
necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de 
seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidadede vida, bem como a transparência e 
harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: (...) 
b) Art. 6º, CDC. São direitos básicos do consumidor: 
(...) 
 III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação 
correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem 
como sobre os riscos que apresentem; 
c) Art. 8°, CDC. Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à 
saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em 
decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar 
as informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
d) Art. 9°, CDC. O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde 
ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade ou 
periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. 
 
4- De acordo com o CDC, o consumidor tem o direito básico à informação adequada e clara 
sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, 
características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos 
que apresentem. Com relação ao princípio da informação, entende-se que ele se divide em 
categorias, dentre as quais NÃO SE INCLUI: 
a) Informação-advertência. 
b) Informação-conteúdo. 
c) Informação-preço. 
d) Informação-utilização. 
e) Informação-segurança. 
 
Gabarito: E 
A obrigação de informação é desdobrada em 4 categorias: 
• Informação-conteúdo: características intrínsecas do produto e do serviço. 
• Informação-utilização: como deve ser utilizado o produto ou serviço. 
• Informação-preço: custos, formas e condições de pagamento. 
• Informação-advertência: riscos do produto ou do serviço. 
Material completo – Direito do Consumidor – CPIURIS. 
 
5- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – É possível a limitação, por legislação internacional especial, do direito do passageiro à 
indenização por danos materiais decorrentes de extravio de bagagem. 
 
II – É abusiva a cláusula de coparticipação expressamente contratada e informada ao 
consumidor para a hipótese de internação superior a trinta dias decorrentes de transtornos 
psiquiátricos. 
III – Há solidariedade entre as sociedades consorciadas em relação às obrigações derivadas de 
relação de consumo desde que essas obrigações guardem correlação com a esfera de atividade 
do consórcio. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: C 
I – CORRETA - É possível a limitação, por legislação internacional especial, do direito do passageiro 
à indenização por danos materiais decorrentes de extravio de bagagem. STJ. 3ª Turma. REsp 
673048-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 08/05/2018 (Info 626). Nos termos do art. 
178 da Constituição da República, as normas e os tratados internacionais limitadores da 
responsabilidade das transportadoras aéreas de passageiros, especialmente as Convenções de 
Varsóvia e Montreal, têm prevalência em relação ao Código de Defesa do Consumidor. STF. 
Plenário. RE 636331/RJ, Rel. Min. Gilmar Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto Barroso, 
julgados em 25/05/2017 (repercussão geral) (Info 866). 
II – INCORRETA - Não é abusiva a cláusula de coparticipação expressamente contratada e 
informada ao consumidor para a hipótese de internação superior a 30 (trinta) dias decorrentes de 
transtornos psiquiátricos. Não há abusividade porque o objetivo dessa cobrança é manter o 
equilíbrio entre as prestações e contraprestações que envolvem a gestão dos custos dos 
contratos de planos de saúde. STJ. 2ª Seção. EAREsp 793323-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado 
em 10/10/2018 (Info 635). 
III – CORRETA - Como regra geral, as sociedades consorciadas apenas se obrigam nas condições 
previstas no respectivo contrato, respondendo cada uma por suas obrigações, sem presunção de 
solidariedade, de acordo com o disposto no art. 278, § 1º, da Lei nº 6.404/76. Essa regra, no 
entanto, não é absoluta. Há solidariedade entre as sociedades consorciadas em relação às 
obrigações derivadas de relação de consumo desde que essas obrigações guardem correlação com 
a esfera de atividade do consórcio. Existe previsão nesse sentido no art. 28, § 3º do CDC, que 
preconiza: “as sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes deste código.” STJ. 3ª Turma. REsp 1635637-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 
18/09/2018 (Info 633). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia> 
 
6- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – As entidades mantenedoras de cadastros de proteção ao crédito não devem incluir em sua 
base de dados informações coletadas dos cartórios de protestos sem a informação do prazo de 
 
vencimento da dívida, sendo responsáveis pelo controle de ambos os limites temporais 
estabelecidos em lei. 
II – O fornecedor de alimentos deve complementar a informação-conteúdo "contém glúten" 
com a informação-advertência de que o glúten é prejudicial à saúde dos consumidores com 
doença celíaca. 
III – A operadora de plano de saúde pode negar o fornecimento de tratamento prescrito pelo 
médico sob o pretexto de que a sua utilização em favor do paciente está fora das indicações 
descritas na bula/manual registrado na ANVISA (uso off-label). 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: B 
I – CORRETA - As entidades mantenedoras de cadastros de proteção ao crédito não devem incluir 
em sua base de dados informações coletadas dos cartórios de protestos sem a informação do 
prazo de vencimento da dívida, sendo responsáveis pelo controle de ambos os limites temporais 
estabelecidos no art. 43 da Lei nº 8.078/90. STJ. 3ª Turma. REsp 1630889-DF, Rel. Min. Nancy 
Andrighi, julgado em 11/09/2018 (Info 633). 
II – CORRETA - O fornecedor de alimentos deve complementar a informação-conteúdo "contém 
glúten" com a informação-advertência de que o glúten é prejudicial à saúde dos consumidores 
com doença celíaca. STJ. Corte Especial. EREsp 1515895-MS, Rel. Min. Humberto Martins, julgado 
em 20/09/2017 (Info 612). 
III – INCORRETA - A operadora de plano de saúde não pode negar o fornecimento de tratamento 
prescrito pelo médico sob o pretexto de que a sua utilização em favor do paciente está fora das 
indicações descritas na bula/manual registrado na ANVISA (uso off-label). STJ. 3ª Turma. REsp 
1721705-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 28/08/2018 (Info 632). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia> 
 
7- Assinale a alternativa INCORRETA nos termos do CDC. 
a) O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe ou 
deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou alto grau de periculosidade à saúde ou 
segurança. 
b) O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de 
consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá, imediatamente, retira-
los do mercado. 
c) São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais que estabeleçam obrigações 
consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou 
sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade. 
 
d) A harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e compatibilização 
da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico, demodo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica , sempre com base na boa-
fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores, é um dos princípios da política 
nacional de relações de consumo. 
 
Gabarito: B 
a) Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe 
ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou alto grau de periculosidade à saúde ou 
segurança. 
b) § 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de 
consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato 
imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios 
publicitários. 
c) Art. 51, IV. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais que estabeleçam 
obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o consumidor em desvantagem 
exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a equidade; 
d) Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das 
necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de 
seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e 
harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: 
(...) 
 III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e 
compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento econômico e 
tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a ordem econômica (art. 170, da 
Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas relações entre consumidores e 
fornecedores; 
 
8- Assinale a alternativa INCORRETA de acordo com as disposições do CDC. 
a) É direito básico do consumidor a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam 
prestações desproporcionais ou a revisão das cláusulas em razão de fatos supervenientes que 
tornem aquelas obrigações excessivamente onerosas. 
b) O consumidor tem o direito básico à efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e 
morais, individuais, coletivos e difusos. 
c) As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. 
d) Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão subsidiariamente pela reparação dos 
danos previstos nas normas de consumo. 
 
Gabarito: D 
a) art. 6º, CDC. São direitos básicos do consumidor: 
(...) 
 
V- a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou a 
revisão das cláusulas em razão de fatos supervenientes que tornem aquelas obrigações 
excessivamente onerosas. 
b) art. 6º, CDC. São direitos básicos do consumidor: 
(...) a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e 
difusos. 
c) Art. 47. As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor. 
d) Art. 7º, parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão solidariamente 
pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo. 
 
9- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença preexistente, é ilícita se não 
houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de má-fé do 
segurado. 
II – O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa de direitos difusos, 
coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes da prestação de 
serviço público. 
III – A utilização de escore de crédito, método estatístico de avaliação de risco que não constitui 
banco de dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá o direito de solicitar 
esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as fontes dos dados considerados no 
respectivo cálculo. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: A 
I – CORRETA - Súmula 609-STJ: A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença 
preexistente, é ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a 
demonstração de má-fé do segurado. 
II – CORRETA - Súmula 601-STJ: O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na defesa 
de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que decorrentes 
da prestação de serviço público. 
III – CORRETA - Súmula 550-STJ: A utilização de escore de crédito, método estatístico de avaliação 
de risco que não constitui banco de dados, dispensa o consentimento do consumidor, que terá o 
direito de solicitar esclarecimentos sobre as informações pessoais valoradas e as fontes dos dados 
considerados no respectivo cálculo. 
 
10- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
 
I – O médico deverá ser condenado a pagar indenização por danos morais ao paciente que teve 
sequelas em virtude de complicações ocorridas durante a cirurgia caso ele não tenha explicado 
ao paciente os riscos do procedimento. O dever de informar é dever de conduta decorrente da 
boa-fé objetiva e sua simples inobservância caracteriza inadimplemento contratual, fonte de 
responsabilidade civil per se. 
II – A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços de 
assistência médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva se 
ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação. 
III – É abusiva a exigência de indicação da CID (Classificação Internacional de Doenças), como 
condição de deferimento, nas requisições de exames e serviços oferecidos pelas prestadoras de 
plano de saúde, bem como para o pagamento de honorários médicos. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: B 
I – CORRETA - O médico deverá ser condenado a pagar indenização por danos morais ao paciente 
que teve sequelas em virtude de complicações ocorridas durante a cirurgia caso ele não tenha 
explicado ao paciente os riscos do procedimento. O dever de informar é dever de conduta 
decorrente da boa-fé objetiva e sua simples inobservância caracteriza inadimplemento contratual, 
fonte de responsabilidade civil per se. A indenização, nesses casos, é devida pela privação sofrida 
pelo paciente em sua autodeterminação, por lhe ter sido retirada a oportunidade de ponderar os 
riscos e vantagens de determinado tratamento que, ao final, lhe causou danos que poderiam não 
ter sido causados caso não fosse realizado o procedimento, por opção do paciente. O dever de 
informação é a obrigação que possui o médico de esclarecer o paciente sobre os riscos do 
tratamento, suas vantagens e desvantagens, as possíveis técnicas a serem empregadas, bem como 
a revelação quanto aos prognósticos e aos quadros clínico e cirúrgico, salvo quando tal informação 
possa afetá-lo psicologicamente, ocasião em que a comunicação será feita a seu representante 
legal. Para que seja cumprido o dever de informação, os esclarecimentos deverão ser prestados de 
forma individualizada em relação ao caso do paciente, não se mostrando suficiente a informação 
genérica (blanket consent). O ônus da prova quanto ao cumprimento do dever de informar e obter 
o consentimento informado do paciente é do médico ou do hospital, orientado pelo princípio da 
colaboração processual, em que cada parte deve contribuir com os elementos probatórios que 
mais facilmente lhe possam ser exigidos. STJ. 4ª Turma. REsp 1540580-DF, Rel. Min. Lázaro 
Guimarães (Desembargador Convocado do TRF 5ª Região), Rel. Acd. Min. Luis Felipe Salomão, 
julgado em 02/08/2018 (Info 632). 
II – CORRETA - Súmula 597-STJ: A cláusula contratual de plano de saúde que prevê carência para 
utilização dos serviços de assistência médica nas situações de emergênciaou de urgência é 
considerada abusiva se ultrapassado o prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação. 
III – INCORRETA - Não é abusiva a exigência de indicação da CID (Classificação Internacional de 
Doenças), como condição de deferimento, nas requisições de exames e serviços oferecidos pelas 
prestadoras de plano de saúde, bem como para o pagamento de honorários médicos. A exigência 
 
de menção da CID nas requisições de exames e demais serviços de saúde decorre do fato de que 
as operadoras de planos de saúde estão obrigadas a prestar apenas os serviços previstos no 
contrato.Logo, é importante essa informação para que os pagamentos e as requisições de exames 
não se voltem para tratamentos que ultrapassem as obrigações contratuais do plano de saúde. STJ. 
3ª Turma. REsp 1509055-RJ, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 22/8/2017 (Info 
610). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia 
 
11- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – O atraso na entrega do imóvel enseja pagamento de indenização por lucros cessantes 
durante o período de mora do promitente vendedor, sendo presumido o prejuízo do promitente 
comprador. Os lucros cessantes serão devidos ainda que não fique demonstrado que o 
promitente comprador tinha finalidade negocial na transação. 
II – É pacífica a jurisprudência do STJ no sentido de reconhecer a existência do dano moral nas 
hipóteses de recusa injustificada pela operadora de plano de saúde, em autorizar tratamento a 
que estivesse legal ou contratualmente obrigada, por configurar comportamento abusivo. 
III – O atraso na entrega do imóvel não gera direito à indenização por danos morais. O mero 
descumprimento do prazo de entrega previsto no contrato não acarreta, por si só, danos morais. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: A 
I – CORRETA - O atraso na entrega do imóvel enseja pagamento de indenização por lucros 
cessantes durante o período de mora do promitente vendedor, sendo presumido o prejuízo do 
promitente comprador. Os lucros cessantes serão devidos ainda que não fique demonstrado que o 
promitente comprador tinha finalidade negocial na transação. STJ. 2ª Seção. EREsp 1341138-SP, 
Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 09/05/2018 (Info 626). 
II – CORRETA - O plano de saúde pode estabelecer as doenças que terão cobertura, mas não o tipo 
de tratamento utilizado, sendo abusiva a negativa de cobertura do procedimento, tratamento, 
medicamento ou material considerado essencial para sua realização de acordo com o proposto 
pelo médico. STJ. 4ª Turma. AgInt no AREsp 1181628/SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 
06/03/2018. Vale ressaltar que, em caso de recusa indevida à cobertura médica, cabe o 
pagamento de reparação a título de dano moral, uma vez que agrava a situação de aflição 
psicológica e de angústia no espírito do segurado, já combalido pela própria doença. STJ. 4ª Turma. 
AgInt no REsp 1619259/GO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 06/03/2018. 
III – CORRETA - O atraso na entrega do imóvel gera direito à indenização? DANOS MORAIS: Em 
regra, não são devidos. O mero descumprimento do prazo de entrega previsto no contrato não 
acarreta, por si só, danos morais. Em situações excepcionais é possível haver a condenação em 
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danos morais, desde que devidamente comprovada a ocorrência de uma significativa e anormal 
situação que repercuta na esfera de dignidade do comprador. Ex1: atraso muito grande (2 anos); 
Ex2: teve que adiar o casamento por conta do atraso. STJ. 3ª Turma. REsp 1654843/SP, Rel. Min. 
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 27/02/2018. DANOS MATERIAIS: O atraso pode acarretar a 
condenação da construtora/imobiliária ao pagamento de: a) dano emergente (precisa ser provado 
pelo adquirente); b) lucros cessantes (são presumidos; o adquirente não precisa provar). Os lucros 
cessantes devem ser calculados como sendo o valor do aluguel do imóvel atrasado. Isso porque: • 
o adquirente está morando em um imóvel alugado, enquanto aguarda o seu; ou • o adquirente 
não está morando de aluguel mas comprou o novo imóvel para investir. Está perdendo “dinheiro” 
porque poderia estar alugando para alguém. STJ. 3ª Turma. REsp 1662322/RJ, Rel. Min. Nancy 
Andrighi, julgado em 10/10/2017. 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>. 
 
12- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – Ausente a ingestão do produto considerado impróprio para o consumo em virtude da 
presença de corpo estranho, não se configura o dano moral indenizável. 
II – A aquisição de produto de gênero alimentício contendo em seu interior corpo estranho, 
expondo o consumidor à risco concreto de lesão à sua saúde e segurança, ainda que não ocorra 
a ingestão de seu conteúdo, dá direito à compensação por dano moral, dada a ofensa ao direito 
fundamental à alimentação adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa humana. 
III – O saque indevido de numerário em conta-corrente, reconhecido e devolvido pela instituição 
financeira dias após a prática do ilícito, configura, por si só, dano moral in re ipsa. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: B 
I e II - CORRETAS - ATENÇÃO!!! Em que pese parecerem conflitantes as assertivas, o comentário 
feito ao final do julgado é essencial para compreensão do tema. Leia até o final! É importante 
saber que existem as duas posições no STJ. 
 Para ocorrer a indenização por danos morais em função do encontro de corpo estranho em 
alimento industrializado, é necessária a sua ingestão? A jurisprudência é dividida sobre o tema: • 
Ausente a ingestão do produto considerado impróprio para o consumo em virtude da presença de 
corpo estranho, não se configura o dano moral indenizável. Nesse sentido: STJ. 4ª Turma. AgRg no 
AREsp 489.030/SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/04/2015. • A aquisição de 
produto de gênero alimentício contendo em seu interior corpo estranho, expondo o consumidor à 
risco concreto de lesão à sua saúde e segurança, ainda que não ocorra a ingestão de seu conteúdo, 
dá direito à compensação por dano moral, dada a ofensa ao direito fundamental à alimentação 
adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa humana. O simples ato de “levar à boca” 
o alimento industrializado com corpo estranho gera dano moral in re ipsa, independentemente de 
 
sua ingestão.Nesse sentido: STJ. 3ª Turma. REsp 1.644.405-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado 
em 09/11/2017 (Info 616). STJ. 3ª Turma.REsp 1644405-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 
09/11/2017 (Info 616). Ao observar o inteiro teor dos julgados e os casos examinados, percebe-
se a seguinte distinção: • Se o consumidor encontra o corpo estranho sem ter comido nada do 
produto: não cabe danos morais. • Se o consumidor encontra o corpo estranho após ter comido 
parte do produto: cabe danos morais, mesmo que ele não tenha ingerido o corpo estranho. Vale 
ressaltar, contudo, que essa diferenciação não consta de forma expressa nos julgados. Trata-
sede uma constatação pessoal, razão pela qual deve-se ter cautela em afirmar isso nos 
concursos públicos. Para fins de prova, é importante ficar com a redação literal das ementas, 
conforme exposto acima. 
III – INCORRETA - O saque indevido de numerário em conta-corrente, reconhecido e devolvido 
pela instituição financeira dias após a prática do ilícito, não configura, por si só, dano moral in re 
ipsa. O saque indevido em conta corrente não configura, por si só, dano moral, podendo, contudo,observadas as particularidades do caso, ficar caracterizado o respectivo dano se demonstrada a 
ocorrência de violação significativa a algum direito da personalidade do correntista. STJ. 3ª Turma. 
REsp 1573859-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 07/11/2017 (Info 615). Sobre o 
tema, vale a pena recordar: O banco deve compensar os danos morais sofridos por consumidor 
vítima de saque fraudulento que, mesmo diante de grave e evidente falha na prestação do serviço 
bancário, teve que intentar ação contra a instituição financeira com objetivo de recompor o seu 
patrimônio, após frustradas tentativas de resolver extrajudicialmente a questão. STJ. 4ª Turma. 
AgRg no AREsp 395426-DF, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, Rel. para acórdão Marco Buzzi, 
julgado em 15/10/2015 (Info 574). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>. 
 
13- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – O STJ considerou que R$ 5 mil reais era um valor adequado para a condenação por danos 
morais decorrente de inscrição indevida do consumidor em cadastro de inadimplentes, o que fez 
com que lhe fosse negado um financiamento bancário, e que não transbordava aos princípios da 
razoabilidade/proporcionalidade dos parâmetros adotados da Corte em casos análogos. 
II – O valor que seria objeto de mútuo, negado por força de inscrição indevida em cadastro de 
inadimplentes, pode ser ressarcido a título de dano emergente. 
III – A indenização por danos morais decorre da simples ausência de prévia notificação, 
circunstância que se mostra suficiente à caracterização do dano moral. Não há necessidade da 
prova do prejuízo sofrido. Trata-se de dano moral in re ipsa, no qual o prejuízo é presumido. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: C 
 
I – CORRETA - O STJ considerou que R$ 5 mil era um valor adequado para a condenação por danos 
morais decorrente de inscrição indevida do consumidor em cadastro de inadimplentes, o que fez 
com que lhe fosse negado um financiamento bancário. STJ. 3ª Turma. REsp 1369039-RS, Rel. Min. 
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 4/4/2017 (Info 602). 
II – INCORRETA - O valor que seria objeto de mútuo, negado por força de inscrição indevida em 
cadastro de inadimplentes, não pode ser ressarcido a título de dano emergente. Não há perda 
material efetiva pelo fato de ter sido negado crédito ao consumidor. Dessa forma, o ressarcimento 
por dano emergente, neste caso, seria destituído de suporte fático, consistindo a condenação, 
nessas condições, em verdadeira hipótese de enriquecimento ilícito. STJ. 3ª Turma. REsp 
1.369.039-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 4/4/2017 (Info 602). 
III – CORRETA - A indenização por danos morais decorre da simples ausência de prévia notificação, 
circunstância que se mostra suficiente à caracterização do dano moral. Não há necessidade da 
prova do prejuízo sofrido. Trata-se de dano moral in re ipsa, no qual o prejuízo é presumido. STJ. 
3ª Turma. REsp 1369039-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 4/4/2017 (Info 602). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>. 
 
14- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – A inscrição indevida comandada pelo credor em cadastro de proteção ao crédito, quando 
preexistente legítima inscrição, não enseja indenização por dano moral, ressalvado o direito ao 
cancelamento. 
II – De acordo com o STJ o simples erro no valor inscrito da dívida em órgão de proteção de 
crédito não tem o condão de causar dano moral ao devedor. 
III – Configura dano moral in re ipsa a remessa de fatura de cartão de crédito para a residência 
do consumidor com cobrança indevida. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: B 
I – CORRETA - A inscrição indevida comandada pelo credor em cadastro de proteção ao crédito, 
quando preexistente legítima inscrição, não enseja indenização por dano moral, ressalvado o 
direito ao cancelamento. A Súmula 385-STJ também é aplicada às ações voltadas contra o suposto 
credor que efetivou inscrição irregular. STJ. 2ª Seção. REsp 1386424-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso 
Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 27/4/2016 (Info 583). 
II – CORRETA - O STJ entende que o simples erro no valor inscrito da dívida em órgão de proteção 
de crédito não tem o condão de causar dano moral ao devedor, haja vista que não é o valor do 
débito que promove o dano moral ou o abalo de crédito, mas o registro indevido, que, no caso, 
não ocorreu, uma vez que a dívida existe, foi reconhecida pelo autor e comprovada, 
 
expressamente. STJ. 4ª Turma. REsp 831162/ES, Rel. Min. Jorge Scartezzini, julgado em 
03/08/2006. 
III – INCORRETA - Não configura dano moral in re ipsa a simples remessa de fatura de cartão de 
crédito para a residência do consumidor com cobrança indevida. Para configurar a existência do 
dano extrapatrimonial, é necessário que se demonstre que a operadora de cartão de crédito, além 
de ter incluído a cobrança na fatura, praticou outras condutas que configurem dano moral, como 
por exemplo: a) reiteração da cobrança indevida mesmo após o consumidor ter reclamado; b) 
inscrição do cliente em cadastro de inadimplentes; c) protesto da dívida; d) publicidade negativa 
do nome do suposto devedor; ou e) cobrança que exponha o consumidor, o submeta à ameaça, 
coação ou constrangimento. STJ. 4ª Turma. REsp 1550509-RJ, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, 
julgado em 3/3/2016 (Info 579). 
CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia>. 
 
15- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – O banco deve compensar os danos morais sofridos por consumidor vítima de saque 
fraudulento que, mesmo diante de grave e evidente falha na prestação do serviço bancário, teve 
que intentar ação contra a instituição financeira com objetivo de recompor o seu patrimônio, 
após frustradas tentativas de resolver extrajudicialmente a questão. 
II – Se a ECT não comprovar a efetiva entrega de carta registrada postada por consumidor nem 
demonstrar causa excludente de responsabilidade, há de se reconhecer o direito a reparação 
por danos morais in re ipsa, desde que o consumidor comprove minimamente a celebração do 
contrato de entrega da carta registrada. 
III – Configura dano moral coletivo in re ipsa a realização de venda casada por operadora de 
telefonia. A prática de venda casada por parte de operadora de telefonia é capaz de romper com 
os limites da tolerância. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: A 
I – CORRETA - O banco deve compensar os danos morais sofridos por consumidor vítima de saque 
fraudulento que, mesmo diante de grave e evidente falha na prestação do serviço bancário, teve 
que intentar ação contra a instituição financeira com objetivo de recompor o seu patrimônio, após 
frustradas tentativas de resolver extrajudicialmente a questão. STJ. 4ª Turma. AgRg no AREsp 
395426-DF, Rel. Min. Antonio Carlos Ferreira, Rel. para acórdão Marco Buzzi, julgado em 
15/10/2015 (Info 574). 
II – CORRETA - O extravio de correspondência registrada acarreta dano moral in re ipsa (sem 
necessidade de comprovação do prejuízo), devendo os Correios indenizar o consumidor. A 
responsabilidade civil dos Correios é objetiva (art. 37, § 6º da CF/88 e arts. 14 e 22 do CDC). Assim, 
 
se a ECT não comprovar a efetiva entregade carta registrada postada por consumidor nem 
demonstrar causa excludente de responsabilidade, há de se reconhecer o direito a reparação por 
danos morais in re ipsa, desde que o consumidor comprove minimamente a celebração do 
contrato de entrega da carta registrada. STJ. 2ª Seção. EREsp 1097266-PB, Rel. Min. Ricardo Villas 
Bôas Cueva, julgado em 10/12/2014 (Info 556). 
III – CORRETA Configura dano moral coletivo in re ipsa a realização de venda casada por 
operadora de telefonia. A prática de venda casada por parte de operadora de telefonia é capaz de 
romper com os limites da tolerância. No momento em que oferece ao consumidor produto com 
significativas vantagens — no caso, o comércio de linha telefônica com valores mais interessantes 
do que a de seus concorrentes — e de outro, impõe-lhe a obrigação de aquisição de um aparelho 
telefônico por ela comercializado, realiza prática comercial apta a causar sensação de repulsa 
coletiva a ato intolerável, tanto que encontra proibição expressa em lei. Afastar, da espécie, o 
dano moral difuso, é fazer tábula rasa da proibição elencada no art. 39, I, do CDC e, por via reflexa, 
legitimar práticas comerciais que afrontem os mais basilares direitos do consumidor. STJ. 2ª 
Turma. REsp 1397870-MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 2/12/2014 (Info 553). 
 
16- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – Segundo o STJ, configura dano moral coletivo a negativa pelo plano de saúde em fornecer 
próteses para cirurgias de angioplastia, sendo abusiva e ilegal a cláusula que excluí da cobertura 
o implante de próteses cardíacas, obrigando os consumidores a pagar um valor extra pelas 
próteses. 
II – Havendo violação a direitos transindividuais, é cabível, em tese, a condenação por dano 
moral coletivo que se caracteriza como uma categoria autônoma de dano e que não está 
relacionado necessariamente com os tradicionais atributos da pessoa humana (dor, sofrimento 
ou abalo psíquico). 
III – No caso em que companhia aérea, além de atrasar desarrazoadamente o voo de passageiro, 
deixe de atender aos apelos deste, furtando-se a fornecer tanto informações claras acerca do 
prosseguimento da viagem quanto alimentação e hospedagem, tem-se por configurado dano 
moral indenizável “in re ipsa”, independentemente da causa originária do atraso do voo. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: D 
I – INCORRETA - Em uma mesma ação coletiva, o autor pode formular pedidos relacionados com 
direitos individuais homogêneos, direitos coletivos em sentido estrito e direitos difusos. As tutelas 
pleiteadas em ações civis públicas não são necessariamente puras e estanques. Não é preciso que 
se peça, de cada vez, uma tutela referente a direito individual homogêneo, em outra ação uma de 
direitos coletivos em sentido estrito e, em outra, uma de direitos difusos, especialmente em se 
tratando de ação manejada pelo Ministério Público, que detém legitimidade ampla no processo 
coletivo. Havendo violação a direitos transindividuais, é cabível, em tese, a condenação por dano 
 
moral coletivo que se caracteriza como uma categoria autônoma de dano e que não está 
relacionado necessariamente com os tradicionais atributos da pessoa humana (dor, sofrimento ou 
abalo psíquico). No caso concreto julgado, o STJ entendeu que não cabia condenação por dano 
moral coletivo. Os usuários do Plano de Saúde “ZZZ” que precisassem de próteses para cirurgias 
de angioplastia precisavam pagar um valor extra, considerando que determinada cláusula 
excluía da cobertura o implante de próteses cardíacas. Essa cláusula é abusiva e ilegal, 
entretanto, ela não gerou danos difusos ou coletivos, mas apenas individuais homogêneos. STJ. 
4ª Turma. REsp 1293606-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/9/2014 (Info 547). 
II – CORRETA - vide julgado acima. 
III – CORRETA - No caso em que companhia aérea, além de atrasar desarrazoadamente o voo de 
passageiro, deixe de atender aos apelos deste, furtando-se a fornecer tanto informações claras 
acerca do prosseguimento da viagem (em especial, relativamente ao novo horário de embarque e 
ao motivo do atraso) quanto alimentação e hospedagem (obrigando-o a pernoitar no próprio 
aeroporto), tem-se por configurado dano moral indenizável “in re ipsa”, independentemente da 
causa originária do atraso do voo. STJ. 3ª Turma. REsp 1280372-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas 
Cueva, julgado em 7/10/2014 (Info 550). 
 
17- De acordo com o entendimento do STJ, NÃO é hipótese de dano moral in re ipsa: 
a) O extravio de correspondência registrada 
b) A ingestão do produto com presença de corpo estranho. 
c) A ausência de prévia notificação à inscrição em cadastro de proteção ao crédito. 
d) A realização de venda casada por operadora de telefonia. 
e) O erro no valor inscrito da dívida em órgão de proteção de crédito. 
 
Gabarito: E 
a) O extravio de correspondência registrada acarreta dano moral in re ipsa (sem necessidade de 
comprovação do prejuízo), devendo os Correios indenizar o consumidor. A responsabilidade civil 
dos Correios é objetiva (art. 37, § 6º da CF/88 e arts. 14 e 22 do CDC). Assim, se a ECT não 
comprovar a efetiva entrega de carta registrada postada por consumidor nem demonstrar causa 
excludente de responsabilidade, há de se reconhecer o direito a reparação por danos morais in re 
ipsa, desde que o consumidor comprove minimamente a celebração do contrato de entrega da 
carta registrada. STJ. 2ª Seção. EREsp 1097266-PB, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 
10/12/2014 (Info 556). 
b) Para ocorrer a indenização por danos morais em função do encontro de corpo estranho em 
alimento industrializado, é necessária a sua ingestão? A jurisprudência é dividida sobre o tema: • 
Ausente a ingestão do produto considerado impróprio para o consumo em virtude da presença de 
corpo estranho, não se configura o dano moral indenizável. Nesse sentido: STJ. 4ª Turma. AgRg no 
AREsp 489.030/SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 16/04/2015. • A aquisição de 
produto de gênero alimentício contendo em seu interior corpo estranho, expondo o consumidor à 
risco concreto de lesão à sua saúde e segurança, ainda que não ocorra a ingestão de seu conteúdo, 
dá direito à compensação por dano moral, dada a ofensa ao direito fundamental à alimentação 
adequada, corolário do princípio da dignidade da pessoa humana. O simples ato de “levar à boca” 
o alimento industrializado com corpo estranho gera dano moral in re ipsa, independentemente de 
sua ingestão.Nesse sentido: STJ. 3ª Turma. REsp 1.644.405-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado 
 
em 09/11/2017 (Info 616). STJ. 3ª Turma.REsp 1644405-RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 
09/11/2017 (Info 616). Ao observar o inteiro teor dos julgados e os casos examinados, percebe-
se a seguinte distinção: • Se o consumidor encontra o corpo estranho sem ter comido nada do 
produto: não cabe danos morais. • Se o consumidor encontra o corpo estranho após ter comido 
parte do produto: cabe danos morais, mesmo que ele não tenha ingerido o corpo estranho. Vale 
ressaltar, contudo, que essa diferenciação não consta de forma expressa nos julgados. Trata-
sede uma constatação pessoal, razão pela qual deve-se ter cautela em afirmar isso nos 
concursos públicos. Para fins de prova, é importante ficar com a redação literal das ementas, 
conforme exposto acima. 
c) A indenização por danos morais decorre da simples ausência de prévia notificação, circunstância 
que se mostra suficiente à caracterização do dano moral. Não há necessidade da prova do prejuízo 
sofrido. Trata-se de dano moral in re ipsa, no qual o prejuízo é presumido. STJ. 3ª Turma. REsp 
1369039-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 4/4/2017 (Info 602). 
d) Configura dano moral coletivo in re ipsa a realização de venda casada por operadora de 
telefonia. A práticade venda casada por parte de operadora de telefonia é capaz de romper com 
os limites da tolerância. No momento em que oferece ao consumidor produto com significativas 
vantagens — no caso, o comércio de linha telefônica com valores mais interessantes do que a de 
seus concorrentes — e de outro, impõe-lhe a obrigação de aquisição de um aparelho telefônico 
por ela comercializado, realiza prática comercial apta a causar sensação de repulsa coletiva a ato 
intolerável, tanto que encontra proibição expressa em lei. Afastar, da espécie, o dano moral difuso, 
é fazer tábula rasa da proibição elencada no art. 39, I, do CDC e, por via reflexa, legitimar práticas 
comerciais que afrontem os mais basilares direitos do consumidor. STJ. 2ª Turma. REsp 1397870-
MG, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 2/12/2014 (Info 553). 
e) O STJ entende que o simples erro no valor inscrito da dívida em órgão de proteção de crédito 
não tem o condão de causar dano moral ao devedor, haja vista que não é o valor do débito que 
promove o dano moral ou o abalo de crédito, mas o registro indevido, que, no caso, não ocorreu, 
uma vez que a dívida existe, foi reconhecida pelo autor e comprovada, expressamente. STJ. 4ª 
Turma. REsp 831162/ES, Rel. Min. Jorge Scartezzini, julgado em 03/08/2006. 
 
18- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – O banco pode ser condenado a pagar reparação por dano moral coletivo, em ação civil 
pública, pelo fato de oferecer, em sua agência, atendimento inadequado aos consumidores 
idosos, deficientes físicos e com dificuldade de locomoção. No caso concreto, o atendimento 
desses clientes era realizado somente no segundo andar da agência bancária, cujo acesso se 
dava por três lances de escada. 
II – É cabível dano moral quando o consumidor de veículo automotor zero quilômetro necessita 
retornar à concessionária por diversas vezes para reparar defeitos apresentados no veículo 
adquirido. 
III – A relutância da instituição financeira em utilizar o método Braille nos contratos bancários 
de adesão firmados com pessoas portadoras de deficiência visual representa tratamento 
manifestamente discriminatório e tem o condão de afrontar a dignidade deste grupo de pessoas 
gerando danos morais coletivos. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: A 
I – CORRETA - O banco pode ser condenado a pagar reparação por dano moral coletivo, em ação 
civil pública, pelo fato de oferecer, em sua agência, atendimento inadequado aos consumidores 
idosos, deficientes físicos e com dificuldade de locomoção. No caso concreto, o atendimento 
desses clientes era realizado somente no segundo andar da agência bancária, cujo acesso se dava 
por três lances de escada. STJ. 3ª Turma. REsp 1221756-RJ, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 
2/2/2012. 
II – CORRETA - É cabível dano moral quando o consumidor de veículo automotor zero quilômetro 
necessita retornar à concessionária por diversas vezes para reparar defeitos apresentados no 
veículo adquirido. STJ. 3ª Turma. REsp 1443268-DF, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 3/6/2014 
(Info 544). 
III – CORRETA - As instituições financeiras devem confeccionar em Braille os contratos de adesão 
que são assinados para contratação de seus serviços a fim de que os clientes com deficiência 
visual possam ter conhecimento, por meio próprio, das cláusulas contratuais ali contidas. Os 
bancos devem também enviar os extratos mensais impressos em linguagem Braille para os 
clientes com deficiência visual. Além disso, tais instituições devem desenvolver cartilha para seus 
empregados com normas de conduta para atendimentos ao deficiente visual. A relutância da 
instituição financeira em utilizar o método Braille nos contratos bancários de adesão firmados com 
pessoas portadoras de deficiência visual representa tratamento manifestamente discriminatório e 
tem o condão de afrontar a dignidade deste grupo de pessoas gerando danos morais coletivos. STJ. 
3ª Turma. REsp 1315822-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 24/3/2015 (Info 559). 
 
19- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – Não existindo anotação irregular nos órgãos de proteção ao crédito, a mera cobrança 
indevida de serviços ao consumidor não gera danos morais presumidos. 
II – A ação de indenização por danos morais decorrente da inscrição indevida em cadastro de 
inadimplentes se sujeita ao prazo quinquenal do art. 27 do CDC. 
III – O dano moral coletivo é aferível in re ipsa, ou seja, sua configuração decorre da mera 
constatação da prática de conduta ilícita que, de maneira injusta e intolerável, viole direitos de 
conteúdo extrapatrimonial da coletividade, revelando-se despicienda a demonstração de 
prejuízos concretos ou de efetivo abalo moral. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
 
Gabarito: C 
I – CORRETA – Jurisprudência em Teses do STJ - EDIÇÃO N. 74: DIREITO DO CONSUMIDOR III - 7) 
Não existindo anotação irregular nos órgãos de proteção ao crédito, a mera cobrança indevida de 
serviços ao consumidor não gera danos morais presumidos. 
Disponível em: 
http://www.stj.jus.br/SCON/jt/toc.jsp?edicao=EDI%C7%C3O%20N.%2074:%20DIREITO%20DO%20
CONSUMIDOR%20III 
II – INCORRETA - Jurisprudência em Teses do STJ - EDIÇÃO N. 74: DIREITO DO CONSUMIDOR III - 8) 
A ação de indenização por danos morais decorrente da inscrição indevida em cadastro de 
inadimplentes não se sujeita ao prazo quinquenal do art. 27 do CDC, mas ao prazo de 3 (três) 
anos, conforme previsto no art. 206, § 3º, V, do CC/2002. 
Disponível em: 
http://www.stj.jus.br/SCON/jt/toc.jsp?edicao=EDI%C7%C3O%20N.%2074:%20DIREITO%20DO%20
CONSUMIDOR%20III 
III – CORRETA - Inicialmente, registre-se que o dano moral coletivo é aferível in re ipsa, ou seja, sua 
configuração decorre da mera constatação da prática de conduta ilícita que, de maneira injusta e 
intolerável, viole direitos de conteúdo extrapatrimonial da coletividade, revelando-se despicienda 
a demonstração de prejuízos concretos ou de efetivo abalo moral. A análise da configuração do 
dano moral coletivo, na espécie, não reside na identificação de seus telespectadores, mas sim nos 
prejuízos causados a toda sociedade, em virtude da vulnerabilização de crianças e adolescentes, 
notadamente daqueles que tiveram sua origem biológica devassada e tratada de forma jocosa, de 
modo a, potencialmente, torná-los alvos de humilhações e chacotas pontuais ou, ainda, da 
execrável violência conhecida por bullying. A citada conduta odiosa, que repercute de forma mais 
contundente e nociva na psique de crianças e adolescentes, apresenta tamanha relevância, que, 
atualmente, é objeto da Lei 13.185/2015. No caso dos autos, verifica-se que o quadro do 
programa televisivo analisado, ao expor a identidade (imagens e nomes) dos "genitores" das 
crianças e adolescentes, tornou-os vulneráveis a toda sorte de discriminações, ferindo o comando 
constitucional que impõe a todos (família, sociedade e Estado) o dever de lhes assegurar, com 
absoluta prioridade, o direito à dignidade e ao respeito e de lhes colocar a salvo de toda forma de 
discriminação, violência, crueldade ou opressão (art. 227 da Constituição da República de 1988). 
No mesmo sentido, os artigos 17 e 18 do ECA consagram a inviolabilidade da integridade física, 
psíquica e moral das crianças e dos adolescentes, inibindo qualquer tratamento vexatório ou 
constrangedor. Nessa perspectiva, a conduta da emissora de televisão - ao exibir quadro que, 
potencialmente, poderia criar situações discriminatórias, vexatórias, humilhantes às crianças e aos 
adolescentes - traduz flagrante dissonância com a proteção universalmente conferida às pessoas 
em franco desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, donde se extraia evidente 
intolerabilidade da lesão ao direito transindividual da coletividade, configurando-se, portanto, 
hipótese de dano moral coletivo indenizável. 
(REsp 1.517.973-PE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, por unanimidade, julgado em 16/11/2017, DJe 
01/02/2018) 
 
20- NÃO configura hipótese de dano moral coletivo, segundo o STJ: 
a) A demora excessiva em filas. 
b) A dificuldade de acesso ao transporte por falta de adaptação técnica. 
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1517973
http://www.stj.jus.br/webstj/processo/justica/jurisprudencia.asp?origemPesquisa=informativo&tipo=num_pro&valor=REsp1517973
 
c) A cláusula de contrato de plano de saúde que excluiu a cobertura de próteses cardíacas 
indispensáveis a procedimentos cirúrgicos. 
d) O inadequado atendimento dos consumidores prioritários. 
 
Gabarito: C 
a) RECURSO ESPECIAL. CONSUMIDOR. TEMPO DE ATENDIMENTO PRESENCIAL EM AGÊNCIAS 
BANCÁRIAS. DEVER DE QUALIDADE, SEGURANÇA, DURABILIDADE E DESEMPENHO. ART. 4º, II, “D”, 
DO CDC. FUNÇÃO SOCIAL DA ATIVIDADE PRODUTIVA. MÁXIMO APROVEITAMENTO DOS 
RECURSOS PRODUTIVOS. TEORIA DO DESVIO PRODUTIVO DO CONSUMIDOR. DANO MORAL 
COLETIVO. OFENSA INJUSTA E INTOLERÁVEL. VALORES ESSENCIAIS DA SOCIEDADE. FUNÇÕES. 
PUNITIVA, REPRESSIVA E REDISTRIBUTIVA. 1. Cuida-se de coletiva de consumo, por meio da qual a 
recorrente requereu a condenação do recorrido ao cumprimento das regras de atendimento 
presencial em suas agências bancárias relacionadas ao tempo máximo de espera em filas, à 
disponibilização de sanitários e ao oferecimento de assentos a pessoas com dificuldades de 
locomoção, além da compensação dos danos morais coletivos causados pelo não cumprimento de 
referidas obrigações. (...). 3. O propósito recursal é determinar se o descumprimento de normas 
municipais e federais que estabelecem parâmetros para a adequada prestação do serviço de 
atendimento presencial em agências bancárias é capaz de configurar dano moral de natureza 
coletiva. 4. O dano moral coletivo é espécie autônoma de dano que está relacionada à integridade 
psico-física da coletividade, bem de natureza estritamente transindividual e que, portanto, não se 
identifica com aqueles tradicionais atributos da pessoa humana (dor, sofrimento ou abalo 
psíquico), amparados pelos danos morais individuais. 5. O dano moral coletivo não se confunde 
com o somatório das lesões extrapatrimoniais singulares, por isso não se submete ao princípio da 
reparação integral (art. 944, caput, do CC/02), cumprindo, ademais, funções específicas. 6. No 
dano moral coletivo, a função punitiva – sancionamento exemplar ao ofensor – é, aliada ao 
caráter preventivo – de inibição da reiteração da prática ilícita – e ao princípio da vedação do 
enriquecimento ilícito do agente, a fim de que o eventual proveito patrimonial obtido com a 
prática do ato irregular seja revertido em favor da sociedade. 7. O dever de qualidade, segurança, 
durabilidade e desempenho que é atribuído aos fornecedores de produtos e serviços pelo art. 4º, 
II, d, do CDC, tem um conteúdo coletivo implícito, uma função social, relacionada à otimização e 
ao máximo aproveitamento dos recursos produtivos disponíveis na sociedade, entre eles, o tempo. 
8. O desrespeito voluntário das garantias legais, com o nítido intuito de otimizar o lucro em 
prejuízo da qualidade do serviço, revela ofensa aos deveres anexos ao princípio boa-fé objetiva 
e configura lesão injusta e intolerável à função social da atividade produtiva e à proteção do 
tempo útil do consumidor. 9. Na hipótese concreta, a instituição financeira recorrida optou por 
não adequar seu serviço aos padrões de qualidade previstos em lei municipal e federal, 
impondo à sociedade o desperdício de tempo útil e acarretando violação injusta e intolerável ao 
interesse social de máximo aproveitamento dos recursos produtivos, o que é suficiente para a 
configuração do dano moral coletivo. 10. Recurso especial provido. (RECURSO ESPECIAL Nº 
1.737.412 - SE (2017/0067071-8) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI, j. 05 de fevereiro de 
2019. ) 
b) Trata-se na origem de Ação Civil Pública proposta em desfavor de empresa de transporte 
coletivo visando sua condenação em promover a adaptação dos terminais de acesso e de todos 
os veículos de transporte intramunicipal às pessoas com deficiência bem como a indenizá-las por 
danos morais sofridos decorrentes do impedimento ou da dificuldade de acesso ao transporte por 
falta de adaptação técnica. Inicialmente, cabe destacar que a Lei n. 10.048/2000, em seu art. 5º, § 
2º, prevê o prazo de 180 dias, a contar da sua regulamentação, para que os proprietários de 
 
veículos de transporte coletivo procedam às adaptações necessárias ao acesso facilitado das 
pessoas portadoras de deficiência. Essa regulamentação se deu apenas com a edição do Decreto n. 
5.296/2004. Por outro lado, a Lei n. 10.098/2000 prevê expressamente que os veículos de 
transporte coletivo deverão cumprir os requisitos de acessibilidade estabelecidos nas normas 
técnicas específicas. Nesse contexto legislativo, discute-se o prazo para adaptação de veículos de 
transporte coletivo para pessoas deficientes. De fato, a regulamentação preceituada pelo art. 38, 
§ 3º, do referido Decreto dispõe que a frota de veículos de transporte coletivo rodoviário e a 
infraestrutura dos serviços deste transporte deverão estar totalmente acessíveis no prazo máximo 
de 120 meses a contar da data de sua publicação. Contudo, não há como acolher a tese de que 
embora a Lei n. 10.048/2000 tenha fixado prazo de 180 dias a contar de sua regulamentação, 
apenas em 3.12.2004, data da publicação do Decreto n. 5.296/2004, é que tal regulamentação 
ocorreu, com a fixação de prazo de 10 anos para efetivação de todas as adaptações de veículos de 
transporte coletivo para as pessoas com deficiência. Admitir esse entendimento significa aceitar 
que a lei fique subordinada a seu regulamento. Ademais, o Decreto, ao prorrogar, por dez anos, a 
efetividade da garantia de acessibilidade às pessoas com deficiência, concebida para produzir 
efeitos o quanto antes, mostra-se ilegal, e já frustra o escopo da norma. Além do mais, apesar do 
disposto nos arts. 5º, § 2º, da Lei n. 10.048/2000, e 38, §§ 2º, 3º e 5º, do Decreto n. 5.296/2004, o 
fato é que, com o advento da Lei n. 10.098/2000, a discussão sobre o prazo para adaptação dos 
veículos de transporte coletivo para pessoas deficientes perdeu a razão de ser, pois a citada lei, 
publicada em 20.12.2000, disciplinou a matéria em seu art. 16 – que remete aos requisitos de 
acessibilidade preceituados nas normas técnicas específicas. Nesse sentido, pode-se concluir que, 
muito antes do Decreto n. 5.296/2004, existiam diversas normas regulamentares sobre a 
acessibilidade dos transportes coletivos editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT). Especificamente acerca do transporte rodoviário, existia a NBR 14022/1997, 
posteriormente substituída da pela Portaria 260/2007 do Inmetro. Assim, a previsão do 
mencionado decreto é inócua ante a previsão do art. 16 da Lei n. 10.098/2000, não podendo ato 
normativo subordinado estabelecer prazo superior ao previsto em lei, ato normativo primário. 
Portanto, desde a edição da Lei n. 10.098/2000, a adaptação dos veículos de transporte coletivo 
foi suficientemente regulamentada – o que resulta na caracterização da mora da empresa em 
promover as adaptações necessárias, a partir da vigência da legislação supra. (REsp 1.292.875-PR, 
Rel. Min. Herman Benjamin, por unanimidade, julgado em 15/12/2016, DJe 7/3/2017.) 
c) Não cabe condenação a reparar dano moral coletivo quando, de cláusula de contrato de plano 
de saúde que excluiu a cobertura de próteses cardíacas indispensáveis a procedimentos 
cirúrgicos cobertos pelo plano, não tenham decorrido outros prejuízos além daqueles 
experimentados por quem, concretamente, teve o tratamento embaraçado ou teve de 
desembolsar os valores ilicitamentesonegados pelo plano. Como categoria autônoma de dano, a 
qual não se relaciona necessariamente com os tradicionais atributos da pessoa humana relativos à 
dor, sofrimento ou abalo psíquico, é possível afirmar-se cabível o dano moral coletivo. Além disso, 
embora o mesmo direito não pertença, a um só tempo, a mais de uma categoria de direito 
coletivo (direitos difusos, coletivos em sentido estrito e individuais homogêneos), isso não implica 
dizer que, no mesmo cenário fático ou jurídico conflituoso, violações simultâneas de direitos de 
mais de uma espécie não possam ocorrer. No entanto, na hipótese não se vislumbra dano de 
ordem coletiva, cujas vítimas seriam os atuais contratantes do plano de saúde, nem de ordem 
difusa, cujas vítimas seriam os indetermináveis futuros contratantes do plano. Os prejuízos, na 
hipótese, dizem respeito a direitos individuais homogêneos. Na verdade, a cláusula contratual 
restritiva permanece inoperante até que algum contratante venha a pleitear o serviço por ela 
excluído. Antes disso, é mera previsão contratual abstrata, incapaz de gerar qualquer efeito fora 
da idealização normativa avençada. Aplica-se a antiga - e cotidianamente repetida - ideia segundo 
a qual a responsabilidade civil requer, de regra, ilegalidade da conduta (salvo exceções de 
 
responsabilização por ato lícito), dano e nexo causal. Se é certo que a cláusula contratual em 
apreço constitui reconhecida ilegalidade, não é menos certo que nem toda ilegalidade se mostra 
apta a gerar dano, circunstância essa que se faz presente no caso em exame. (REsp 1.293.606-MG, 
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 2/9/2014.) 
d) A Turma negou provimento ao apelo especial e manteve a condenação do banco, em ação civil 
pública ajuizada pelo Ministério Público, ao pagamento de indenização por danos morais 
coletivos em decorrência do inadequado atendimento dos consumidores prioritários. No caso, o 
atendimento às pessoas idosas, com deficiência física, bem como àquelas com dificuldade de 
locomoção era realizado somente no segundo andar da agência bancária, após a locomoção dos 
consumidores por três lances de escada. Inicialmente, registrou o Min. Relator que a dicção do art. 
6º, VI, do CDC é clara ao possibilitar o cabimento de indenização por danos morais aos 
consumidores tanto de ordem individual quanto coletivamente. Em seguida, observou que não é 
qualquer atentado aos interesses dos consumidores que pode acarretar dano moral difuso. É 
preciso que o fato transgressor seja de razoável significância e desborde dos limites da 
tolerabilidade. Ele deve ser grave o suficiente para produzir verdadeiros sofrimentos, 
intranquilidade social e alterações relevantes na ordem patrimonial coletiva. Na espécie, afirmou 
ser indubitável a ocorrência de dano moral coletivo apto a gerar indenização. Asseverou-se não 
ser razoável submeter aqueles que já possuem dificuldades de locomoção, seja pela idade seja por 
deficiência física seja por qualquer causa transitória, como as gestantes, à situação desgastante de 
subir escadas, exatos 23 degraus, em agência bancária que, inclusive, possui plena capacidade de 
propiciar melhor forma de atendimento aos consumidores prioritários. Destacou-se, ademais, o 
caráter propedêutico da indenização por dano moral, tendo como objetivo, além da reparação do 
dano, a pedagógica punição do infrator. Por fim, considerou-se adequado e proporcional o valor 
da indenização fixado (R$ 50.000,00). REsp 1.221.756-RJ, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 
2/2/2012. 
 
21- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – Os danos sociais são difusos, pois envolvem situações em que as vítimas são indeterminadas 
ou indetermináveis, cuja a indenização deve ser destinada para um fundo de proteção. 
II – A defesa coletiva será exercida quando se tratar de interesses ou direitos difusos, assim 
entendidos os transindividuais, de natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas 
indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato; 
III – A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das vítimas somente poderá ser 
exercida em juízo individualmente. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: B 
I – CORRETA. Pois bem, os danos sociais são difusos, pois envolvem situações em que as vítimas 
são indeterminadas ou indetermináveis, nos termos do art. 81, parágrafo único, inc. I, do CDC, 
 
segundo o qual são interesses ou direitos difusos os transindividuais, de natureza indivisível, de 
que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de fato. Como não é 
possível determinar quais são as vítimas, a indenização deve ser destinada para um fundo de 
proteção – de acordo com os direitos atingidos –, ou mesmo para uma instituição de caridade, a 
critério do juiz. 
Tartuce, Flávio Manual de direito do consumidor: direito material e processual / Flávio Tartuce, 
Daniel Amorim Assumpção Neves.– 5. ed. rev ., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: 
MÉTODO, 2016, p. 46. 
II – CORRETA. CDC. Art. 81, parágrafo único. A defesa coletiva será exercida quando se tratar de: I - 
interesses ou direitos difusos, assim entendidos, para efeitos deste código, os transindividuais, de 
natureza indivisível, de que sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas por circunstâncias de 
fato. 
 
III – INCORRETA. CDC, art. 81, caput. A defesa dos interesses e direitos dos consumidores e das 
vítimas poderá ser exercida em juízo individualmente, ou a título coletivo. 
 
22- Analise as assertivas abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I – A perda de uma chance está caracterizada quando a pessoa vê frustrada uma expectativa, 
uma oportunidade futura, que, dentro da lógica do razoável, ocorreria se as coisas seguissem o 
seu curso normal. 
II – A responsabilidade civil pela perda de chance não se limita à categoria de danos 
extrapatrimoniais, pois, conforme as circunstâncias do caso concreto, a chance perdida pode 
apresentar também a natureza jurídica de dano patrimonial. A chance deve ser séria e real, não 
ficando adstrita a percentuais apriorísticos. 
III – A teoria da perda de uma chance incide em situações de responsabilidade contratual e 
extracontratual, desde que séria e real a possibilidade de êxito, o que afasta qualquer reparação 
no caso de uma simples esperança subjetiva ou mera expectativa aleatória. 
a) Todas estão corretas. 
b) Apenas I e II estão corretas. 
c) Apenas I e III estão corretas. 
d) Apenas II e III estão corretas. 
e) Todas estão incorretas 
 
Gabarito: A 
I – CORRETA. A perda de uma chance está caracterizada quando a pessoa vê frustrada uma 
expectativa, uma oportunidade futura, que, dentro da lógica do razoável, ocorreria se as coisas 
seguissem o seu curso normal. 
Tartuce, Flávio Manual de direito do consumidor: direito material e processual / Flávio Tartuce, 
Daniel Amorim Assumpção Neves.– 5. ed. rev ., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: 
MÉTODO, 2016, p. 48. 
 
II – CORRETA. Enunciado n. 444, da V Jornada de Direito Civil, proposto por Rafael Peteffi: “A 
responsabilidade civil pela perda de chance não se limita à categoria de danos extrapatrimoniais, 
pois, conforme as circunstâncias do caso concreto, a chance perdida pode apresentar também a 
natureza jurídica de dano patrimonial. A chance deve ser séria e real, não ficando adstrita a 
percentuais apriorísticos”. 
III – CORRETA. (REsp 614.266/MG, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, 
julgado em 18/12/2012, DJe 02/08/2013) 
 
23- Assinale a alternativa INCORRETA. 
a) A perda de uma chance não tem previsão expressa no nosso ordenamento jurídico, tratando-se 
de instituto originário do direito francês, recepcionado pela doutrina e Jurisprudência brasileiras, e 
que traz em si a ideia de que o ato ilícito que tolhe de alguém a oportunidade de obter umasituação futura melhor gera o dever de indenizar. 
b) O princípio da reparação integral de danos gera a responsabilidade objetiva de fornecedores e 
prestadores como regra das relações de consumo, cuja responsabilidade independe de culpa. 
c) O caso fortuito e a força maior somente serão considerados como excludentes da 
responsabilidade civil quando o fato gerador do dano for conexo à atividade desenvolvida. 
d) Segundo o STJ, a pessoa jurídica de direito público não é titular de direito à indenização por 
dano moral relacionado à ofensa de sua honra ou imagem, porquanto, tratando-se de direito 
fundamental, seu titular imediato é o particular. 
e) É nula, por configurar julgamento extra petita, a decisão que condena a parte ré, de ofício, em 
ação individual, ao pagamento de indenização a título de danos sociais em favor de terceiro 
estranho à lide. 
 
Gabarito: C 
a) CORRETA. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C INDENIZAÇÃO POR 
PERDAS E DANOS. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. AUSÊNCIA. CONDENAÇÃO EM 
LUCROS CESSANTES. LIQUIDAÇÃO POR ARBITRAMENTO. FIXAÇÃO DO VALOR DEVIDO PELA PERDA 
DA CHANCE. VIOLAÇÃO DA COISA JULGADA. PESSOA JURÍDICA QUE NUNCA EXERCEU ATIVIDADE 
EMPRESARIAL. LAUDO PERICIAL BASEADO EM DANO HIPOTÉTICO. LUCROS CESSANTES NÃO 
COMPROVADOS. JULGAMENTO: CPC/15. (...) 5. A perda de uma chance não tem previsão expressa 
no nosso ordenamento jurídico, tratando-se de instituto originário do direito francês, recepcionado 
pela doutrina e jurisprudência brasileiras, e que traz em si a ideia de que o ato ilícito que tolhe de 
alguém a oportunidade de obter uma situação futura melhor gera o dever de indenizar. 6. Nos 
lucros cessantes há certeza da vantagem perdida, enquanto na perda de uma chance há (...) 9. 
Recurso especial de OPTICAL SUNGLASSES LTDA conhecido e desprovido. Recurso especial de 
VERPARINVEST S/A conhecido e provido. (REsp 1750233/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, 
TERCEIRA TURMA, julgado em 05/02/2019, DJe 08/02/2019) 
b) CORRETA. Superada a análise dos danos reparáveis na órbita das relações de consumo, o 
princípio da reparação integral de danos gera a responsabilidade objetiva de fornecedores e 
prestadores como regra das relações de consumo. Consigne-se que essa responsabilidade 
independentemente de culpa visa à facilitação das demandas em prol dos consumidores, 
representando um aspecto material do acesso à justiça. A responsabilidade objetiva dos 
fornecedores ou prestadores beneficia tanto o consumidor padrão (stander) quanto o consumidor 
 
equiparado (bystander). Em um sentido de ampliação, o art. 17 da Lei 8.078/1990 considera 
consumidor qualquer vítima da relação de consumo, o que faz com que a grande maioria das 
relações de responsabilidade seja enquadrada no contexto do Código Consumerista. Todos esses 
aspectos relativos ao dever de indenizar serão aprofundados no Capítulo 4 desta obra. 
Tartuce, Flávio Manual de direito do consumidor: direito material e processual / Flávio Tartuce, 
Daniel Amorim Assumpção Neves.– 5. ed. rev ., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: 
MÉTODO, 2016, p. 50. 
c) INCORRETA. Enunciado n. 443, da V Jornada de Direito Civil: O caso fortuito e a força maior 
somente serão considerados como excludentes da responsabilidade civil quando o fato gerador do 
dano não for conexo à atividade desenvolvida. 
d) CORRETA. O STJ entende que a pessoa jurídica de direito público não é titular de direito à 
indenização por dano moral relacionado à ofensa de sua honra ou imagem, porquanto, tratando-
se de direito fundamental, seu titular imediato é o particular. (REsp 1731782/MS, Rel. Ministra 
REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 04/12/2018, DJe 11/12/2018) 
Informações adicionais, disponível em: 
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=DANO+PESSOA+JURIDICA&b=ACOR&the
saurus=JURIDICO&p=true 
e) CORRETA. Tese Jurídica, STJ, na Rcl 12.062/GO, Rel. Ministro RAUL ARAÚJO, SEGUNDA SEÇÃO, 
julgado em 12/11/2014, DJe 20/11/2014. É nula, por configurar julgamento extra petita, a decisão 
que condena a parte ré, de ofício, em ação individual, ao pagamento de indenização a título de 
danos sociais em favor de terceiro estranho à lide. 
Disponível em: 
http://www.stj.jus.br/SCON/jurisprudencia/toc.jsp?livre=DANO+SOCIAL&repetitivos=REPETITIVOS
&b=ACOR&thesaurus=JURIDICO&p=true 
 
24- Sobre o instituto da desconsideração da personalidade jurídica, assinale a alternativa 
INCORRETA: 
a) A desconsideração da personalidade jurídica permite considerar os efeitos da personificação da 
sociedade para atingir e vincular responsabilidades dos sócios e administradores, com intuito de 
impedir a consumação de fraudes e abusos por eles cometidos, desde que causem prejuízos e 
danos a terceiros, principalmente a credores da empresa. 
b) A Teoria Maior da Desconsideração da Personalidade Jurídica prevê que em caso de abuso da 
personalidade jurídica caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode 
o Juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no 
processo, que os feitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos 
bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica. 
c) O Código de Defesa do Consumidor adota a Teoria Menor da Desconsideração da Personalidade 
Jurídica, enquanto que o Código Civil, adota a Teoria Maior da Desconsideração. 
d) Poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade for, de alguma 
forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. 
e) A Teoria Menor da Desconsideração da Personalidade Jurídica entende que o Juiz poderá 
desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, 
houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos 
estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, 
 
estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má 
administração. 
 
Gabarito: C 
a) CORRETA. O instituto em análise permite ao juiz não mais considerar os efeitos da 
personificação da sociedade para atingir e vincular responsabilidades dos sócios e 
administradores, com intuito de impedir a consumação de fraudes e abusos por eles cometidos, 
desde que causem prejuízos e danos a terceiros, principalmente a credores da empresa. 
Tartuce, Flávio Manual de direito do consumidor: direito material e processual / Flávio Tartuce, 
Daniel Amorim Assumpção Neves.– 5. ed. rev ., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: 
MÉTODO, 2016, p. 531. 
b) CORRETA. Art. 50, Código Civil. Em caso de abuso da personalidade jurídica caracterizado pelo 
desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o Juiz decidir, a requerimento da parte, 
ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os feitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores 
ou sócios da pessoa jurídica. 
c) INCORRETA. Aprofundando o tema, a melhor doutrina aponta a existência de duas grandes 
teorias fundamentais acerca da desconsideração da personalidade jurídica: Teoria maior ou 
subjetiva – a desconsideração, para ser deferida, exige a presença de dois requisitos: o abuso da 
personalidade jurídica + o prejuízo ao credor. Essa teoria foi adotada pelo art. 50 do CC/2002. 
Teoria menor ou objetiva – a desconsideração da personalidade jurídica exige um único elemento, 
qual seja o prejuízo ao credor. Essa teoria foi adotada pela Lei 9.605/1998, para os danos 
ambientais, e supostamente pelo art. 28 do Código de Defesa do Consumidor. 
Tartuce, Flávio Manual de direito do consumidor: direito material e processual / Flávio Tartuce, 
Daniel Amorim Assumpção Neves.– 5. ed. rev ., atual. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense: São Paulo: 
MÉTODO, 2016, p. 532. 
d) CORRETA. CDC. Art. 28. §5° Também poderá ser desconsiderada