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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE SANTARÉM DO ESTADO DO PARÁ.
RENATA, brasileira, solteira, desempregada, portadora da cédula de identidade RG nº xxxx e inscrito no CPF nº xxx, por intermédio de seu advogado infra-assinado, cuja procuração com poderes especiais nos moldes do artigo 44 do CPP se apresenta, com fundamento nos artigos 30 e 41 do Código de Processo Penal, conjuntamente com o art. 100, §2º, do Código Penal, oferecer, tempestivamente, a presente 
QUEIXA-CRIME
Em face de REYNALDO (qualificação completa), pelos motivos que a seguir passa a expor.
I – DOS FATOS
No dia 24 de janeiro de 2013, a autora se dirigiu a uma festa com seus amigos, afim de relaxar mediante aos cansativos métodos de estudos para ser aprovada na prova da OAB, já que cursara referido curso de Direito, como não saia muito, seus amigos a incentivaram a ir, mas o acusado, do qual é pai da autora, desaprovou de todas as formas a sua ida a festa, mesmo ela precisando descansar porque não teria proveito se estivesse com a mente cansada.
O acusado se dirigiu na madrugada para o local da festa, em um hotel praiano, ocasionando tumulto e desordem para parar a música e interromper a festa que ali tinha, a autora estava rodeada de amigos e inclusive de advogados, que gostaram de seus conhecimentos e deram dicas de como passar na prova da ordem, e alguns inclusive, ofereceram empregos caso ela fosse bem sucedida na referida prova.
Todavia, sem hesitar, o acusado desferiu palavras de baixo calão contra a autora dizendo a seguinte frase que se sobrepõe até hoje na mente da autora lhe causando vergonha perante a sociedade e insegurança sobre si mesma. A frase foi a seguinte: “Renata, sua vagabunda, você não trabalha, eu te sustento, você depende de mim, eu que mando em você”, e continua; “... essa infeliz só quer saber de badalar, ficar no facebook e comprar maquiagem, chega bêbada em casa, ela chega transtornada em casa e no dia seguinte fica o dia inteiro na cama dormindo e reclamando de dor de cabeça”. Perante a essa situação, a autora se vê muito abalada psicologicamente e vira motivo de risos dentro da festa que logo se espalham perante a sociedade, os advogados que a ofereceram empregos e dicas, ao ouvirem tal afirmação, argumentam desconsiderar tais oferecimentos tendo em vista as alegações do acusado por ela ser procrastinadora e bêbada, ferindo assim sua honra objetiva e subjetiva, no qual começara a ser vista pejorativamente perante a sociedade, culminando na perda de vontade de realizar a sua tão sonhada prova.
II – DO DIREITO
Quão nobre é nosso Código Penal, ele preceitua em seu artigo 139 sobre a Difamação, que é a imputação de fato ofensivo à sua reputação, que no caso em análise, ocorre na aferição de procrastinar em redes sociais, viver bêbada e dormindo, fatos estes inverídicos comprovados perante testemunhas, e que feriram sua honra e sua boa visão perante a sociedade, já que sempre tinha sido vista como uma excelente pessoa e que viria a ser um dia uma excelente profissional, se não fosse o acusado estragar sua imagem perante a sociedade, retirando sua boa imagem que demorara anos para construir, pela falta de respeito e cultura do acusado controlador e que não media suas palavras nunca, sempre a insultando e desferindo palavras de baixo calão.
Outrossim, além da presente Difamação, há de se falar no crime de Injúria, uma vez que com xingamentos e palavras de baixo calão para a autora, a chamando de vagabunda e bêbada, feriu sua honra subjetiva, uma vez que se viu desamparada perante os insultos da pessoa que deveria zelar pela imagem da autora, o que não o fez, fazendo ela perder a moralidade perante a sociedade, virar motivos de risos, deboches e brincadeiras frente as pessoas que estavam na festa e a perca de oportunidades que poderia conseguir com sua boa imagem perante a tais aferições errôneas, causando danos morais a autora.
III – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, tendo o acusado infringido os artigos 139 e 140 do Código Penal Brasileiro, requer a Vossa Excelência:
a) Recebimento da presente ação;
b) Que o querelado seja citado para oferecimento de resposta, sendo processado e ao final condenado criminalmente com base nos artigos 139 e 140 do CP;
c) Que se determine a indenização a título do art. 387, IV, do CPP;
d) Notificação das testemunhas abaixo arroladas;
e) Bem como o pagamento dos honorários advocatícios, custas e despesas processuais.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, especialmente pela oitiva de testemunhas, bem como provas abaixo arroladas em vídeo, mostrando os insultos e alegações esdrúxulas que foram proferidas pelo acusado.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.

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