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Apostila de estudos linguagens

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1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. Variações linguísticas; 
2. Língua estrangeira no cotidiano; 
3. Linguagem verbal e não verbal; 
4. Composição das palavras (afixo, sufixo, radical, desinência); 
5. Organização e estruturas dos gêneros textuais. 
 
2 
 
Variações linguísticas 
 
As variações linguísticas reúnem as variantes da língua que foram criadas 
pelos homens e são reinventadas a cada dia. 
Dessas reinvenções surgem as variações que envolvem diversos aspectos 
históricos, sociais, culturais, geográficos, entre outros. 
No Brasil, é possível encontrar muitas variações linguísticas, por exemplo, na 
linguagem regional. 
 
Tipos e exemplos de variações linguísticas 
 
Há diversos tipos de variações linguísticas segundo o campo de atuação: 
Variação geográfica ou diatópica 
 
Está relacionada com o local em que é desenvolvida, tal como as variações 
entre o português do Brasil e de Portugal, chamadas de regionalismo. 
 
Exemplo de regionalismo 
 
 
 
3 
 
Variação histórica ou diacrônica 
 
Ela ocorre com o desenvolvimento da história, tal como o português medieval 
e o atual. 
Exemplo de português arcaico 
 
 
 
Variação social ou diastrática 
 
É percebida segundo os grupos (ou classes) sociais envolvidos, tal como uma 
conversa entre um orador jurídico e um morador de rua. Exemplo desse tipo de 
variação são os socioletos. 
Exemplo de socioleto 
 
 
 
 
4 
 
Variação situacional ou diafásica 
 
Ocorre de acordo com o contexto, por exemplo, situações formais e informais. 
As gírias são expressões populares utilizadas por determinado grupo social. 
Exemplo de gíria 
 
Linguagem Formal e Informal 
 
Quanto aos níveis da fala, podemos considerar dois padrões de linguagem: 
a linguagem formal e informal. 
Certamente, quando falamos com pessoas próximas utilizamos a linguagem 
dita coloquial, ou seja, aquela espontânea, dinâmica e despretensiosa. 
No entanto, de acordo com o contexto no qual estamos inseridos, devemos 
seguir as regras e normas impostas pela gramática, seja quando elaboramos um 
texto (linguagem escrita) ou organizamos nossa fala numa palestra (linguagem 
oral). 
Em ambos os casos, utilizaremos a linguagem formal, que está de acordo 
com a normas gramaticais. 
Observe que as variações linguísticas são expressas geralmente nos 
discursos orais. Quando produzimos um texto escrito, seja em qual for o lugar do 
Brasil, seguimos as regras do mesmo idioma: a língua portuguesa. 
 
https://www.todamateria.com.br/linguagem-formal-e-informal/
https://www.todamateria.com.br/linguagem-coloquial/
5 
 
Preconceito Linguístico 
 
O preconceito linguístico está intimamente relacionado com as variações 
linguísticas, uma vez que ele surge para julgar as manifestações linguísticas ditas 
"superiores". 
Para pensarmos nele não precisamos ir muito longe, pois em nosso país, 
embora o mesmo idioma seja falado em todas as regiões, cada uma possui suas 
peculiaridades que envolvem diversos aspectos históricos e culturais. 
Sendo assim, a maneira de falar do norte é muito diferente da falada no sul do 
país. Isso ocorre porque nos atos comunicativos, os falantes da língua vão 
determinando expressões, sotaques e entonações de acordo com as necessidades 
linguísticas. 
De tal modo, o preconceito linguístico surge no tom de deboche, sendo a 
variação apontada de maneira pejorativa e estigmatizada. 
Quem comete esse tipo de preconceito, geralmente tem a ideia de que sua 
maneira de falar é correta e, ainda, superior à outra. 
Entretanto, devemos salientar que todas as variações são aceitas e nenhuma 
delas é superior, ou considerada a mais correta. 
QUESTÕES 
1. (Enem/2014) 
Em Bom Português 
No Brasil, as palavras envelhecem e caem como folhas secas. Não é somente 
pela gíria que a gente é apanhada (aliás, não se usa mais a primeira pessoa, tanto 
do singular como do plural: tudo é “a gente”). A própria linguagem corrente vai-se 
renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em desuso. 
Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas coisas, chamou minha atenção 
para os que falam assim: 
– Assisti a uma fita de cinema com um artista que representa muito bem. 
Os que acharam natural essa frase, cuidado! Não saber dizer que viram um 
filme que trabalha muito bem. E irão ao banho de mar em vez de ir à praia, vestido 
de roupa de banho em vez de biquíni, carregando guarda-sol em vez de barraca. 
Comprarão um automóvel em vez de comprar um carro, pegarão um defluxo em 
vez de um resfriado, vão andar no passeio em vez de passear na calçada. Viajarão 
de trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua senhora em vez de apresentar 
sua mulher. 
(SABINO, F. Folha de S. Paulo, 13 abr. 1984) 
6 
 
A língua varia no tempo, no espaço e em diferentes classes socioculturais. O 
texto exemplifica essa característica da língua, evidenciando que 
a) o uso de palavras novas deve ser incentivado em detrimento das antigas. 
b) a utilização de inovações do léxico é percebida na comparação de gerações. 
c) o emprego de palavras com sentidos diferentes caracteriza diversidade 
geográfica. 
d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos identificadores da classe social a que 
pertence o falante. 
e) o modo de falar específico de pessoas de diferentes faixas etárias é frequente 
em todas as regiões. 
 
2. (Enem/2014) 
Óia eu aqui de novo xaxando 
Óia eu aqui de novo pra xaxar 
Vou mostrar pr’esses cabras 
Que eu ainda dou no couro 
Isso é um desaforo 
Que eu não posso levar 
Que eu aqui de novo cantando 
Que eu aqui de novo xaxando 
Óia eu aqui de novo mostrando 
Como se deve xaxar. 
Vem cá morena linda 
Vestida de chita 
Você é a mais bonita 
Desse meu lugar 
Vai, chama Maria, chama Luzia 
Vai, chama Zabé, chama Raque 
Diz que tou aqui com alegria. 
(BARROS, A. Óia eu aqui de novo. Disponível em Acesso em 5 maio 2013) 
A letra da canção de Antônio Barros manifesta aspectos do repertório 
linguístico e cultural do Brasil. O verso que singulariza uma forma do falar popular 
regional é: 
a) “Isso é um desaforo” 
b) “Diz que eu tou aqui com alegria” 
c) “Vou mostrar pr’esses cabras” 
d) “Vai, chama Maria, chama Luzia” 
e) “Vem cá, morena linda, vestida de chita” 
 
7 
 
RESPOSTAS 
1) Alternativa correta: b) a utilização de inovações do léxico é percebida na 
comparação de gerações. 
a) ERRADA. Em nenhum momento, o autor incentiva o uso das palavras novas. Ele 
simplesmente identifica a variação histórica, quando menciona que "A própria 
linguagem corrente vai-se renovando e a cada dia uma parte do léxico cai em 
desuso.". 
b) CORRETA. Vários exemplos de variação histórica ou diacrônica são dados ao 
longo do texto, que compara as formas de falar de tempos diferentes: "pegarão um 
defluxo em vez de um resfriado". 
c) ERRADA. As palavras usadas não têm sentido diferente, mas sim, o mesmo 
sentido, em épocas diferentes. 
d) ERRADA. Não há qualquer referência feita à pronúncia, bem como o texto não 
apresenta linguagem específica de uma classe social. Logo no início do texto, o 
autor deixa claro que tratará do aspecto histórico da variação linguística: "No Brasil, 
as palavras envelhecem e caem como folhas secas.". 
e) ERRADA. A questão temporal abordada nesse texto não está relacionada com 
faixas etárias, mas sim com o desenvolvimento histórico da língua. Além disso, em 
nenhum momento é feita qualquer referência a aspectos regionais. 
 
2) Alternativa correta :c) “Vou mostrar pr’esses cabras”. 
a) ERRADA. "Desaforo" não é um exemplo de regionalismo, pois não é utilizada em 
um local específico. 
b) ERRADA. "Tou" é usado em situações informais, no lugar de "estou". Assim, 
estamos diante de um exemplo de variação situacional ou diafásica, e não 
geográfica ou diatópica, como é o caso dos regionalismos. 
c) CORRETA. A frase “Vou mostrar pr’esses cabras” tem o mesmo sentido de “Vou 
mostrar pr’esses sujeitos”. Em determinadas regiões do Brasil, a palavra "cabra" é 
utilizada para se referir a alguém a quem se desconheceo nome, ou também a um 
capanga ou camponês. 
d) ERRADA. Na frase “Vai, chama Maria, chama Luzia” não há qualquer vocábulo 
em que se identifica a presença de regionalismo. 
e) ERRADA.A frase “Vem cá, morena linda, vestida de chita” não é marcada por 
qualquer variação regional ou geográficas. 
 
8 
 
Lingua estrangeira no cotidiano 
 
A língua inglesa é imprescindível nos dias atuais, pois a globalização faz 
com que se torne algo fundamental. O inglês é a língua internacional, a língua 
dos estudos, das viagens, dos negócios, a língua da comunicação com todo o 
mundo. 
Todos os dias nós convivemos com uma série de palavras em inglês, daí 
percebemos a importância e a influência que exerce sobre a nossa cultura. Note 
quantas palavras em inglês que usamos em nosso cotidiano: 
Jeans, shopping center, pet shop, lan house, pit stop, pen drive, notebook, 
laptop, palmtop, internet, web site, windows, word, download, big, delivery, baby, 
look, fast food, fashion, e-mail, messenger, outdoor, hot dog, milkshake, light, 
hamburger, drink, happy hour, diet, light, fitness, crazy, show, rock, design. 
No mercado de trabalho, o inglês virou atributo essencial para a conquista 
da maioria das vagas de nível universitário. Quantas vezes você já ouviu alguém 
dizer: “perdi a oportunidade, pois não sei inglês”. Pois é, mesmo que o candidato 
não vá utilizar o inglês ou vá utilizar muito pouco em seu novo emprego, somente 
o fato de saber inglês, já é um diferencial em seu currículo. Pesquisas salariais 
revelam que o salário de uma pessoa que tem um segundo idioma é de 30% a 
mais em relação ao salário de outra que tenha apenas um idioma. 
Com a globalização, muitos brasileiros têm ido ao exterior para estudos, 
negócios e férias. Da mesma forma muitos estrangeiros também têm vindo para o 
Brasil com as mesmas finalidades. Nestas horas qual a língua mais comum que 
utilizamos para comunicar-nos com os estrangeiros? O inglês. 
Apesar de haver muitos profissionais com inglês no currículo, a maioria se 
enquadra no nível básico para o intermediário, portanto ter fluência nesta língua 
ainda é um diferencial bastante competitivo para conseguir postos mais altos. Por 
isso se você quer entrar no mercado de trabalho e ganhar bem, dedique-se a 
aprender o inglês ou outra língua estrangeira. Devido ao MERCOSUL, o espanhol 
também tem ganhado bastante importância nos últimos anos. 
Não existem métodos milagrosos nem escolas excepcionais que o tornarão 
num “expert” em inglês em pouco tempo. Na realidade, é um estudo longo que 
dependerá apenas de seu esforço e vontade de querer aprender cada vez mais. 
Minha dica é utilizar diferentes métodos para estudar outro idioma, como filmes, 
músicas e livros que sejam de seu interesse, ou seja, algo que você goste e que 
dê prazer em estudar, pois somente uma sala de aula com livro didático e um 
professor, apesar de extremamente necessários, não é o suficiente. 
 
9 
 
 
 
Linguagem verbal e não verbal 
 
A linguagem verbal é aquela expressa por meio de palavras escritas ou falada, 
ou seja, a linguagem verbalizada, enquanto a linguagem não- verbal, utiliza dos 
signos visuais para ser efetivada, por exemplo, as imagens nas placas e as cores 
na sinalização de trânsito. 
 
 
 
 
 
 
Exemplos de Linguagem Verbal e Não Verbal 
 
Vale ressaltar que ambas são tipos de modalidades comunicativas, sendo a 
comunicação definida pela troca de informações entre o emissor e o receptor com 
a finalidade de transmitir uma mensagem (conteúdo). Nesse sentido, a linguagem 
representa o uso da língua em diversas situações comunicativas. 
10 
 
As duas modalidades são muito importantes e utilizadas no dia a dia, no entanto, a 
linguagem verbal é a mais empregada, por exemplo, quando escrevemos um e-
mail, utilizamos a linguagem verbal, expressa pela escrita; ou quando observamos 
as cores do semáforo, expressa pela linguagem visual (não-verbal). 
Em resumo, se a transmissão de informações na mensagem é realizada mediante 
o uso de palavras, trata-se de um discurso verbal, por outro lado, se a mensagem 
não é produzida pela escrita, estamos utilizando um discurso com linguagem não-
verbal. 
Questões 
Qual o tipo de linguagem utilizada abaixo: 
 
 
1. Linguagem verbal 
2. Linguagem não verbal 
3. Linguagem mista 
4. Linguagem conotativa 
 
Quando assistimos um jogo de futebol, as linguagens verbal e não verbal estão 
envolvidas. Qual delas abaixo representa a linguagem verbal usadas nas partidas 
de futebol: 
1. Bandeiras de impedimento 
2. Cartões vermelho e amarelo 
3. Locutor do Futebol 
4. O apito do juiz 
 
11 
 
RESPOSTAS: 
 
1) Resposta correta: 3. Linguagem mista 
Nas histórias em quadrinhos, a linguagem mista é a mais utilizada, ou seja, é 
aquela em que envolve a linguagem verbal e não verbal. 
 
2) Resposta: 3. Locutor do Futebol 
 
Dentre as alternativas acima, o locutor de futebol utiliza a linguagem verbal, ou 
seja, expressa por meio de palavras, enquanto as outras opções são expressar 
pela linguagem não-verba. 
 
12 
 
Composições das palavras 
 
Uma palavra é formada por unidades mínimas que possuem significado. A essas 
chamamos de elementos mórficos ou morfemas. 
 
A palavra menininhos, por exemplo, é formada por quatro morfemas: 
 
 Menin inh o s 
 Base do indica o grau indica o gênero indica o número 
significado diminutivo masculino plural 
 
Os morfemas que constituem as palavras são os seguintes: radical, desinência, 
vogal temática, afixos, vogais e consoantes de ligação. 
 
Radical 
 
O radical é a parte fundamental da palavra, esse contém seu sentido básico, é 
comum a um grupo de palavras do idioma. 
 
Exemplos: 
Pastel pasteleiro pastelaria 
 
 
Desinência 
 
Em Português, as desinências são de dois tipos: 
 
- nominal: a desinência nominal indica o gênero (masculino/feminino) e o número 
(singular/plural) dos substantivos, adjetivos e alguns pronomes. 
Exemplo: noss-os, mania-s, absurd-as. 
 
- verbal: a desinência verbal indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número 
(singular/plural), o tempo e o modo (indicativo...., presente...). 
Exemplo: cant – radical 
 á – vogal temática 
 sse – desinência que marca tempo imperfeito e modo subjuntivo 
 mos – desinência que marca 1ª pessoa, número plural. 
13 
 
 
Vogal temática 
 
É a vogal que torna possível a ligação entre o radical e a desinência. 
Observe o verbo cantar: 
 
Cant: radical 
A: vogal temática 
R: desinência de infinitivo. 
 
A junção do radical cant- com a desinência –r no português é impossível, é a vogal 
temática “a” que torna possível essa ligação. 
 
- Vogais temáticas nominais: são –a, -e e –o, quando átonas finais, como em 
escola, dente, livro, essas vogais ligam as desinências indicadoras de plural, como 
escolas, dentes, livros. Os nomes terminados em vogais tônicas não apresentam 
vogal temática, como café, cipó, caju, saci. 
 
- Vogais temáticas verbais: são –a, -e e –i, essas caracterizam três grupos de 
verbos denominados conjugações. Os verbos cuja vogal temática é –a pertencem à 
primeira conjugação; aqueles cuja vogal temática é –e pertencem à segunda 
conjugação e por fim aqueles que tem vogal temática –i pertencem à terceira 
conjugação. 
 
Primeira conjugação Segunda conjugação Terceira conjugação 
Am-a-va beb-e-ssem fug-i-rem 
Atac-a-va estabelec-e-sse imped-i-sse 
 
 
Afixos 
 
São morfemas que se colocam antes ou depois do radical alterando sua 
significação básica. São divididos em: 
 
- Prefixos: antepostos ao radical. 
Exemplo: impossível, desleal. 
 
- Sufixos: pospostos ao radical. 
Exemplo: lealdade, felizmente.14 
 
 
 
Vogais ou consoantes de ligação 
 
As vogais ou consoantes de ligação ocorrem eventualmente entre um morfema e 
outro por motivos eufônicos, facilitando ou até possibilitando a leitura de uma 
palavra. 
Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro. 
QUESTÕES: 
 
Com relação à estrutura das palavras da Língua Portuguesa, assinale a 
alternativa INCORRETA: 
a) Os morfemas que indicam as flexões das palavras variáveis da língua são 
chamados de desinências nominais ou verbais. 
b) A vogal ou consoante de ligação é um morfema incapaz de facilitar a emissão 
do som das palavras. 
c) O radical é um morfema comum às palavras que pertencem ao mesmo 
campo semântico. 
d) O elemento que liga o radical às desinências é chamado de vogal temática. 
e) Afixos são morfemas que se colocam antes ou depois do radical, alterando 
sua significação básica. 
 
 
Relacione as listas e assinale a alternativa correta: 
 
1. Consoante de ligação 
2. Variação de vogal temática 
3. Vogal de ligação 
4. Vogal temática 
( ) dancei 
( ) sorveteria 
( ) geladeira 
( ) bares 
 
a) 4, 3, 1, 2 
b) 2, 1, 4, 3 
c) 2, 1, 3, 4 
d) 2, 1, 3, 4 
e) 1, 2, 3, 4 
 
 
 
15 
 
Organização e estrututas dos gêneros textuais 
Chamamos de tipos textuais o conjunto de enunciados organizados em uma 
estrutura bem definida, facilmente reconhecida por suas características 
preponderantes. Podem variar entre cinco e nove tipos, sendo que os mais 
estudados são a narração, a argumentação, a descrição, a injunção e 
a exposição. 
A tipologia textual, diferentemente do que acontece com os gêneros textuais, 
apresenta propriedades linguísticas intrínsecas, como o vocabulário, relações 
lógicas, tempos verbais, construções frasais e outras características que definem os 
gêneros. Estes, por sua vez, surgem do dinamismo das relações sociocomunicativas 
e da necessidade dos falantes em um dado contexto cultural, enquanto os tipos já 
estão definidos, prontos para receberem os diversos gêneros em sua estrutura. 
Observe a definição de cada um dos tipos e seus exemplos. Bons estudos! 
 
Narração: A principal característica de uma narração é contar uma história, ficcional 
ou não, geralmente contextualizada em um tempo e espaço, nos quais transitam 
personagens. Os gêneros que se apropriam da estrutura narrativa são: contos, 
crônicas, fábulas, romance, biografias etc. 
 
“[...] No dia seguinte fui à sua casa, literalmente 
correndo. Ela não morava num sobrado como eu, e 
sim numa casa. Não me mandou entrar. Olhando bem 
para meus olhos, disse-me que havia emprestado o 
livro a outra menina, e que eu voltasse no dia seguinte 
para buscá-lo. Boquiaberta, saí devagar, mas em 
breve a esperança de novo me tomava toda e eu 
recomeçava na rua a andar pulando, que era o meu 
modo estranho de andar pelas ruas de Recife. Dessa 
vez nem caí: guiava-me a promessa do livro, o dia 
seguinte viria, os dias seguintes seriam mais tarde a 
minha vida inteira, o amor pelo mundo me esperava, 
andei pulando pelas ruas como sempre e não caí 
nenhuma vez [...]”. (Fragmento do conto Felicidade 
clandestina, de Clarice Lispector). 
 
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/narracao.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/o-lugarcomum-um-recurso-dispensavel-argumentacao.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/descricao.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/textos-injuntivos.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/texto-expositivo.htm
https://mundoeducacao.uol.com.br/redacao/genero-textual.htm
16 
 
 
 
Dissertação: O texto dissertativo-argumentativo é um texto opinativo, cujas 
ideias são desenvolvidas através de estratégias argumentativas que têm 
por finalidade convencer o interlocutor. Os gêneros que se apropriam da 
estrutura dissertativa são: ensaio, carta argumentativa, dissertação-
argumentativa, editorial etc. 
 
“[...] A súbita louvação do nosso Judiciário 
serve para encobrir a verdade factual, a 
começar pelo emprego de pesos e medidas 
opostos no julgamento dos mais diversos 
gêneros de corrupção política. Até o mundo 
mineral sabe desta singular situação, pela 
qual a casa-grande goza da leniência da 
Justiça, em todos os níveis de atividade [...]” 
. (Fragmento de um editorial publicado na 
revista Carta Capital). 
 
Exposição: Tem por finalidade apresentar informações sobre um objeto ou fato específico, 
enumerando suas características através de uma linguagem clara e concisa. Os gêneros 
que se apropriam da estrutura expositiva são: reportagem, resumo, fichamento, artigo 
científico, seminário etc. 
“[...] Em Poá, região metropolitana de São Paulo, quatro 
mulheres desenvolvem a difícil e honrosa missão de 
comandar, cada uma, uma casa com nove crianças. 
Chamadas de mães-sociais, elas são cuidadoras 
permanentes de crianças que foram destituídas de seus 
lares por causa de maus-tratos, abuso ou falta de 
cuidados [...]”. (Fragmento de uma reportagem 
publicada na revista Carta Capital). 
 
Injunção: Os textos injuntivos têm por finalidade instruir o interlocutor, utilizando verbos no 
imperativo para atingir seu intuito. Os gêneros que se apropriam da estrutura injuntiva são: 
manual de instruções, receitas culinárias, bulas, regulamentos, editais etc. 
“[...] Não instale nem use o computador em locais muito 
quentes, frios, empoeirados, úmidos ou que estejam 
sujeitos a vibrações. Não exponha o computador a 
choques, pancadas ou vibrações, e evite que ele caia, 
para não prejudicar as peças internas [...]”. (Manual de 
instruções de um computador). 
 
Descrição: Os textos descritivos têm por objetivo descrever objetivamente ou 
subjetivamente coisas, pessoas ou situações. Os gêneros que se apropriam da estrutura 
descritiva são: laudo, relatório, ata, guia de viagem etc. Também podem ser encontrados 
em textos literários através da descrição subjetiva: 
17 
 
“[...] Ela era gorda, baixa, sardenta e de cabelos 
excessivamente crespos, meio arruivados. Tinha um busto 
enorme, enquanto nós todas ainda éramos achatadas. 
Como se não bastasse enchia os dois bolsos da blusa, por 
cima do busto, com balas. Mas possuía o que qualquer 
criança devoradora de histórias gostaria de ter: um pai 
dono de livraria. [...]”. (Fragmento do conto Felicidade 
clandestina, de Clarice Lispector). 
 
“[...] É na parte alta que fica o colorido Pelourinho, bairro 
histórico e tombado pela Unesco como Patrimônio da 
Humanidade. Em suas ruas e vielas estão centenas 
de casarões dos séculos 17 e 18 que abrigam de museus 
a terreiros de candomblé, além de templos católicos que 
atraem estudiosos do mundo todo – é o caso da igreja de 
São Francisco, considerada a obra barroca mais rica do 
país [...]”. (Descrição objetiva de um guia de viagem).

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