Eletrotermofototerapia 4P

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Eletrotermofototerapia
Eletrogenêse
	Componentes básicos do átomo:
· Elétron (carga negativa)
· Próton (carga positiva)
· Nêutron
· Núcleo
Estados eletrofísicos
Um átomo contém o mesmo número de prótons e elétrons (neutro). Com a perda de equilibro ocorre a formação de íon.
Quando um átomo adquire um elétron é chamado de Ânion. Quando um átomo perde um elétron é chamado de Cátion.
	Princípios de atração das cargas elétricas: cargas opostas se atraem e cargas iguais se repelem.
	Lei de Coulomb: Esta lei, formulada por Charles Augustin Coulomb, refere-se às forças de interação (atração e repulsão) entre duas cargas elétricas puntiformes, ou seja, com dimensão e massa desprezível.
Lembrando que, pelo princípio de atração e repulsão, cargas com sinais opostos são atraídas e com sinais iguais são repelidas, mas estas forças de interação têm intensidade igual, independente do sentido para onde o vetor que as descreve aponta.
O que a Lei de Coulomb enuncia é que a intensidade da força elétrica de interação entre cargas puntiformes é diretamente proporcional ao produto dos módulos de cada carga e inversamente proporcional ao quadrado da distância que as separa.
	Campos elétricos:
Existe um campo elétrico ao redor de toda partícula de carga, esse campo é orientado em um vetor de direção e sentido, formando as linhas de força ou campo.
A diferença de potencial (d.d.p.) ou tensão elétrica ou voltagem representa a diferença do potencial elétrico de duas partículas ou pontos do campo elétrico. A diferencia de potencial gera uma força que movimenta os elétrons, denominada de eletromotriz.
O fluxo de elétrons gerado pela d.d.p. chama-se de corrente elétrica. 
Potencial elétrico: é a capacidade que um corpo energizado tem de realizar trabalho, atrair ou repelir outras cargas elétricas.
Corrente elétrica: é o fluxo ordenado de partículas carregadas geradas devido uma diferença de potencial.
· Sentido real: sentido oposto ao do campo elétrico (fluxo de elétrons é do polo negativo para o polo positivo)
· Sentido convencional: mesmo sentindo do campo elétrico (fluxo de elétrons é do polo positivo para o polo negativo)
· Contínua ou direta: mantém constante o sentido do fluxo de elétrons.
· Alternada: varia o sentido do fluxo de elétrons.
Resistência e 1ª lei de Joule: 
Efeito Joule: a passagem da corrente pelo condutor gera um aquecimento local. Parte da energia eletromotriz gerada durante a passagem da corrente elétrica é transformada em energia térmica, a quantidade de energia gerada depende do material e da potência. 
Trabalho: quantidade de energia para alterar a diferença de potencial (d.d.p.) entre cargas.
Potência: quantidade de trabalho realizado por unidade de tempo durante a passagem da corrente elétrica.
	Magnetismo
É a capacidade de atração entre objetos com características magnéticas. 
Eletromagnetismo: Lei do magnetismo (Maxwell): todo campo elétrico gera um campo magnético.
Eletroterapia clinica
Tipos de corrente: 
· Corrente Contínua: não há intervalo de propagação. EX: corrente galvânica.
· Corrente direta (CD): unidirecional.
· Corrente alternada (CA): bidirecional.
· Corrente pulsada: há intervalo de propagação.
· Corrente direta (CD): unidirecional.
· Corrente alternada (CA): bidirecional.
Frequência: mensurada em Hertz (Hz), refere-se à frequência com que os elétrons passam na corrente ou ao número de pulsos existentes durante um segundo.
1. Baixa frequência – na faixa de 1Hz a 1000Hz, EX: TENS, FES, diadinâmica, microcorrentes e eletrolipólise;
2. Média frequência – na faixa de 1000Hz a 100000Hz, EX: corrente russa, corrente aussie e corrente interferencial;
3. Alta frequência – na faixa de 100.000Hz a diante, EX: ondas curtas e micro-ondas (característica de produção de calor).
Forma de onda:
Monofásica: mesma direção e sentido de propagação.
Bifásica: inversão de polaridade, diferente sentido de propagação.
Simétrica: quando a corrente invertida é igual a corrente de origem.
Assimétrica: quando a onda invertida é diferente da onda de propagação.
Corrente galvânica
· Corrente contínua
· Não possui frequência
· Corrente mais antiga
· Unidirecional
· Monofásica
Técnicas:
· Iontoforese: transporte de íons/substâncias/princípios ativos pela passagem da corrente galvânica. Indicado no transporte de substâncias.
· Vantagem: efeito local.
· Desvantagem: risco de queimaduras.
· Galvanopuntura: utilização de agulhas de acupuntura para promoção do transporte da corrente galvânica para os tecidos.
O efeito polar produz uma inflamação controlada. É usado para promover a regeneração do tecido, utilizado no tratamento de rugas e estrias.
Existem três formas de aplicação:
Punturação: método mais utilizado, pois inflama mais porque passa mais tempo sobre o tecido (3 à 5s no tecido).
Deslizamento (“Costurando” o tecido).
Escarificação (arranhando o tecido).
· Desvantagem: o paciente não pode estar tomando anti-inflamatórios, se não o tratamento não faz efeito.
· Eletrólise percutânea (MEP)
Utilização de uma microcorrente galvânica, inserida em uma agulha de acupuntura percutânea. Indicado no tratamento de tendinopatias (processo degenerativo dos tendões), lesões musculares, alivio de dor, ponto gatilho, rugas e estrias. 
Correntes pulsadas: TENS (neuroestimulação elétrica transcutânea)
Técnica de neuroestimulação sensorial não invasiva e não lesiva cujo principal objetivo é controle da dor.
O TENS pode ser monofásico ou bifásico.
Indicações: dores agudas e crônicas.
Contraindicações: dores não diagnosticadas, epilepsia, gestação, pacientes com marca-passos cardíacos.
Parâmetros bioelétricos: 
Frequência: quantidade de pulsos por segundo, medida em Hertz (Hz).
Duração de pulso ou largura do pulso: tempo que o pulso passa no tecido, medida em milissegundos (ms) ou microssegundos (us).
Amplitude: intensidade do pulso, medida em ampere, microampère ou miliampere.
	Tipos de TENS:
TENS convencional:
· Frequência: alta, 100Hz.
· Largura de pulso: 80ms
· Intensidade: alta, porém confortável.
· Tempo de tratamento de 20 a 50 minutos.
· Atua pela teoria da comporta da dor (ativa fibras AB, fibras táteis).
· Duração do alivio: 20min a 2 horas.
· Sensação: paciente terá que relatar leve formigamento ou parestesia sem contração muscular.
· Utilizado em dores agudas.
TENS burst:
· Frequência: alta, 250Hz;
· Largura de pulso: 200ms;
· Intensidade: alta, no limite suportável. (30-80mA)
· Tempo de tratamento de 15 a 20 minutos (não ultrapassar 30min.)
· Atua pela teoria dos opióides endógenos.
· Duração do alivio: 2 a 6 horas.
· Sensação: fasciculações musculares não rítmicas ou contrações tetânicas.
TENS acupuntural:
· Frequência: baixa, 1-4Hz;
· Largura de pulso: 200ms;
· Intensidade: alta, no limite suportável. (30-80mA)
· Tempo de tratamento de 45 minutos.
· Atua pela teoria dos opióides endógenos.
· Duração de alivio: 2 a 12 horas.
· Sensação: contrações musculares rítmicas visivei.
· Utilizado em dores crônicas.
Tens breve e intenso:
· Frequência: alta, 100Hz;
· Largura de pulso: 150-250us;
· Intensidade: variável, de forte a fraco (30-60mA)
· Varia a frequência e a largura de pulso para que não haja adaptação.
· Tempo de tratamento de 40 minutos.
· Duração do alivio: 20min a 6 horas.
· Sensação: contrações musculares rítmicas acompanhadas de formigamento.
· Utilizado em casos subagudos e crônicos ou estimulação muscular.
Tipos de eletrodos:
· Siliconizadas: barato e pode ser reutilizado.
· Auto-adesivos: melhor fixação, porém é descartável e mais caro.
Para permitir a passagem da corrente utiliza-se gel para diminuir a impedância (dificuldade da passagem da corrente elétrica em determinados tecidos).
Teorias do uso do TENS:
Teoria da comporta da dor: A meta da TENS convencional é ativar seletivamente as fibras táteis (fibras AB) sem ativar concorrentemente as fibras da dor (fibras AC) ou eferentes musculaturas. Fazendo com que as respostas das fibras táteis cheguem mais rápido ao sistema nervoso central que a resposta das fibras da dor. (TENS CONVENCIONAL)
Teoria dos opióides endógenos: o TENS atua sobre as fibrasAC que estão relacionadas com a dor, promovendo a liberação de endorfina (substância que produz analgesia). (TENS BURST E ACUPUNTURAL)
Microcorrentes
Como o nome sugere, microcorrente é uma corrente aplicada a uma intensidade muito baixa. Trata-se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa de microampères e são de baixa frequência, podendo apresentar correntes contínuas (com definição de pólo positivo e negativo) ou alternadas (inversão de polaridade). Levando em conta as diversas considerações clinicas, uma efetividade máxima em aparelhos de microcorrente deveria provavelmente incluir estimulação monofásica com catodo e anodo, com trens de pulso com ondas que trocam de polaridades de dois a quatro segundos para permitir que ambas as polaridades possam ser aproveitadas e permitir que as células selecionem a polaridade desejada.
O modo normal de aplicação dos aparelhos de microcorrentes ocorre em níveis que não se consegue ativar as fibras nervosas sensoriais subcutâneas e como resultado, os pacientes não tem nenhuma percepção da sensação de formigamento tão comumente associada com procedimentos eletroterapêuticos.
· Corrente de baixa frequência.
· Diferentes tipos de ondas podem ser geradas.
· Continuas ou alternadas.
· Monofásicas ou bifásicas.
· Retangular ou trapezoidal.
· Com ou sem rampas de subida e descida
Parâmetros:
· Frequência: 0,5 a 900Hz (geralmente é padronizada no próprio equipamento).
· Largura de pulso: 0,5s (2.500 vezes maior que a largura de pulso do tens).
· Intensidade: muito baixa, 10 a 900mA.
· Atua pela teoria da bioeletricidade.
Teoria da bioeletricidade: pesquisas mostraram que um trauma afetaria o potencial elétrico das células do tecido lesado. Inicialmente o local atingido teria uma resistência maior do que os tecidos próximos da lesão.
A correta aplicação das microcorrentes em um local lesionado pode aumentar o fluxo da corrente endógena. Isto permite à área traumatizada recuperar sua capacitância (quantidade de energia elétrica que pode ser acumulada em si por uma determinada tensão). A resistência deste tecido lesionado é, então, reduzida, permitindo a bioeletricidade entrar para a área para reestabelecer a homeostase.
Após uma lesão no corpo e rompimento de sua atividade elétrica normal, a terapia por microcorrente pode restaurar a corrente endógena, sinais elétricos semelhantes aos que acontecem no corpo humano quando este estiver recuperando tecidos lesionados. 
Efeitos fisiológicos:
· Aumento do metabolismo.
· Aumento da síntese de ATP.
· Aumento da síntese proteica.
· Aumento da síntese de fibroblastos.
Indicações: feridas ou ulceras, rejuvenescimento e dor.
Contraindicações: sobre útero gravídico, neoplasias e infecção.
Eletrolipolise ou eletrolipoforese
É o emprego de correntes polarizadas ou não, de baixa frequência, em forma transcutânea (mediante eletrodos) ou percutânea (utilizando agulhas de acupuntura) para o tratamento de adiposidade.
	Mecanismo de ação:
Produz-se uma estimulação artificial do sistema nervoso simpático, e como consequência, ocorre a liberação de catecolaminas com o aumento do AMP cíclico intradipocitário e aumento da hidrolise dos triglicerídeos.
Cada adipócito contém grandes quantidades da enzima digestiva de gordura, em sua forma inativa, a lipase. Alguns hormônios, em especial o cortisol, do córtex suprarenal, e a epinefrina, da medula supra-renal, podem ativar a lipase. O sistema neuro-hormonal influi sobre a lipólise: a estimulação do sistema simpático a ativa, enquanto a estimulação parassimpática diminui.
O Sistema Nervoso Simpático atua por mediação das catecolaminas (adrenalina e noradrenalina): a ativação destas últimas se efetua por intermédio do AMP cíclico, que estimula certas proteinquinases, o que determina a ativação de lipase tissular.
· Utiliza-se correntes de baixa frequência:
Corrente A: promove analgesia.
Corrente B: promove aumento da circulação.
Corrente C: promove aumento da lipólise.
Corrente D: promove trofismo.
	Indicações:
· Tratamento da obesidade localizada.
· Celulite.
· Diminuição do perímetro do abdômen, coxa e quadril.
· Melhora da circulação local.
· Melhora da troficidade da pele tratada.
Contraindicações:
· Neoplasias.
· Gestação.
· Pinos ou placas no corpo, em áreas onde a corrente elétrica será aplicada.
Eletroestimulação neuromuscular
Consiste no processo de se produzir contrações musculares induzidas por correntes elétricas especificas, através da aplicação de eletrodos de superfície, podendo ser utilizada na estimulação da musculatura esquelética funcional ou em músculos desnervado. (Efeito que estimula o músculo através do nervo.
· Baixa frequência: FES.
· Média frequência: corrente russa ou Kots e Corrente aussie ou australiana.
Indicações: 
Deficit de ativação neuromuscular: maior recrutamento neural (recrutamento de unidades motoras, recrutamento primário de fibras do tipo ll ou rápida. 
Músculo saudável: não faz sentido ser utilizado no musculo saudável, pois a musculatura já está plenamente recrutada.
Hipotrofia ou imobilizações pós cirúrgicas: há ativação muscular e melhora da força maior do que no exercício isolado.
Músculo desnervado: utilizado para retardar a atrofia, porém seria necessário utilizar 24horas por dia. Efeito imediato: retardo da atrofia. Efeito tardio: incapacidade das placas motoras de ser reinervadas, devido a migração das mesmas.
	Objetivos da estimulação elétrica neuromuscular:
· Restabelecimento da sensação de contração muscular.
· Aumento da força muscular.
· Estabilização articular.
· Prevenção da atrofia.
· Potencialização da força muscular.
FES (estimulação elétrica funcional)
A técnica FES tem como base a produção da contração através da estimulação elétrica, que despolariza o motoneurônio, produzindo uma resposta sincrônica em todas as unidades motoras do músculo. Este sincronismo promove uma contração eficiente, mas é necessário treinamento específico, a fim de evitar a fadiga precoce que impediria a utilização funcional do método com o objetivo reabilitacionais.
FES é, portanto, uma corrente excito motora de baixa freqüência (10 a 1000 Hz), despolarizada, com pulsos quadráticos bifásicos, que visa promover uma contração muscular. Amplamente utilizado quando a meta do tratamento é favorecer ou produzir movimento funcional. Além disso, é utilizado para manutenção do trofismo muscular em pacientes com déficit de força, quando não é possível a realização de movimentos cinesioterápicos.
	Parâmetros:
· Frequência: 0 – 150HZ, dependendo do tipo da fibra
Fibra do tipo l ou lenta: 0-40Hz.
Fibra do tipo ll ou rápida: 60-120Hz.
· Largura de pulso: 0-150ms.
· Intensidade: variável com a sensibilidade do paciente.
· Tempo de ataque = tempo de subida.
· Ciclo: ON/OFF. (1:1,1:2,1:3,1:4,1:5).
Tempo on: é o período que a corrente circula pelo eletrodo durante cada ciclo de estimulação.
Tempo off: ajuste do período de tempo que a corrente não circula pelo eletrodo. 
Indicações
·  Reabilitação muscular
· Prevenção de atrofia (imobilização)
·  Hipotrofia, contraturas
·  Paralisia cerebral
·  Pacientes paraplégicos
·  Pacientes com lesão medular incompleta
Contra-indicações
·  Usuários de marcapasso cardíaco
· Cardiopatas
·  Utilização sobre vasos sanguíneos trombóticos ou embolíticos
·  Vasos vulneráveis à hemorragia
·  Área abdominal de gestantes
·  Sobre seios carotídeos
·  Alterações de sensibilidade sem estratégias seguras
·  Indivíduos com dermatite e sobre pele danificada
·  Tecidos neoplásicos
·  Estado febril
·  Infecções em geral
·  Dor não-diagnosticada (a menos que seja recomendada por profissional).
Corrente russa ou corrente de Kotz
A corrente russa é uma corrente de média frequência (2.500Hz), retangular simétrica, balanceada, despolarizada e modulada.
Usada para otimizar a contração muscular voluntaria máxima, que reconhecidamente leva a bons resultados de fortalecimento muscular.
Geralmente mais confortável que o TENS.
	Parâmetros:
Apresenta os mesmos parâmetros do FES, a diferença é que a corrente russaapresenta uma frequência portadora de 2.500Hz.
Essa frequência portadora é a frequência que já vem no aparelho que varia de 2.500 a 10.000Hz, essa frequência modulada é compactada em “pacotes” de 2.500Hz e 100Hz são a quantidade de “pacotes” liberados (se são 100Hz, são 100 pacotes de 2.500Hz).
· Frequência portadora: 2.500Hz a 10.000Hz.
· Frequência moduladora: 0-150Hz, depende da fibra que quer ser estimulada.
· Largura de pulso: 0-150ms.
· Intensidade: depende do paciente.
· Tempo de tratamento:
Fibras vermelhas (lenta): 14 minutos, contrações intensas, modulação 50hz, tempo de contração 10s, tempo de repouso 50s, totalizando 14 contrações.
Fibras brancas (rápida): 6 minutos, contrações intensas, modulação 90Hz, tempo de contração 7s, tempo de repouso 50s, totalizando 6 contrações.
	Indicações:
· Fortalecimento muscular
· Reeducação do controle muscular
· Manutenção da ADM
· Melhora da resistência muscular
Contraindicações:
· Lesões musculares, ligamentares, fáscias ou tendinosas
· Inflamação aguda
· Marcapasso cardíaco
· Fraturas não consolidadas
· Neoplasias
Corrente aussie ou corrente australiana
Ao contrário da corrente russa, a frequência portadora da corrente aussie pode ser alterada.
	Parâmetros:
· Frequência portadora:
1.000Hz para promover a contração muscular.
4.00Hz para promover analgesia e drenagem.
· Frequência moduladora: 0-150Hz.
· Largura de pulso: 0-150ms.
· Intensidade: depende do paciente.
Indicações:
· Facilitação neuromuscular;
· Fortalecimento muscular
· Analgesia
· Ganhar ou manter ADM
· Controlar contraturas e espasticidade
· Aumento do retorno venoso e linfático
Contraindicações:
· Pacientes portadores de dores musculares de etiologia desconhecida
· Pacientes portadores de lesões musculares agudas
· Pacientes com alterações cognitivas importantes e incapaz de fornecer feedback de intensidade de corrente prescrita durante o tratamento
· Portadores de marcapassos
· Útero gravídico
Corrente interferencial
É o emprego de duas correntes alternadas de média frequência, com frequências diferentes, que interagem entre si.
	Técnicas de aplicação:
Bipolar: são necessários dois eletrodos (1 canal). O equipamento libera duas correntes alternadas moduladas. O gerador de correntes já está programado a fazer a modulação das correntes de média frequência.
Quadripolar: são necessários quatro eletrodos (dois canais). O equipamento libera duas correntes alternadas não moduladas em circuitos separados. Consiste na modulação externa da corrente utilizando os eletrodos gerando duas correntes. Cruzamento das correntes e formação do trevo de quatro folhas.
· Intensidade: corrente forte, porém confortável. Ajustado de acordo com cada paciente.
· Tempo de aplicação: 10-20min.
Indicações:
· Alivio da dor
· Relaxamento muscular
· Aumento da circulação
Contraindicações:
· Trombose venosa
· Útero gravídico
· Marcapassos cardíacos
· Infecções
Termoterapia: calor superficial e profundo
Adição de calor com fins terapêuticos nos tecidos biológicos.
	Calor superficial x calor profundo
Calor superficial: a fonte térmica é externa, o calor vem de fora para dentro do tecido.
Calor profundo: a fonte térmica é interna, o calor vem de dentro para fora.
	Temperatura x calor
Temperatura: é uma grandeza física que mensura a energia cinética das partículas (Cº)
Calor: é o termo associado à transferência. É a energia térmica em transito.
· Condução: partículas com mais energia térmica transfere energia para partículas com menos energia térmica.
· Convecção: partículas com maior agitação tendem a subir e moléculas com menos agitação tendem a descer. EX: líquidos e gases.
· Irradiação: não necessita de um meio material para se propagar.
Efeitos da termoterapia (calor):
· Aumento do metabolismo.
· Aumento da circulação.
· Redução da cronaxia (tempo mínimo para se obter uma contração neuromuscular) nervosa.
· Diminuição da resistência viscoelástica dos músculos e tendões.
· Aumento da produção de liquido sinovial.
· Aumento da frequência cardíaca e do ritmo respiratório.
Precauções:
· Regiões com alteração de sensibilidade.
· Pacientes inconscientes.
· Patologias isquêmicas.
· Regiões hemorrágicas.
· Neoplasias.
· Próximo ao útero gravídico.
· Próximo aos testículos.
· Regiões com placas metálicas.
Calor superficial:
· Compressas
· Envolturas
· Almofadas elétricas
· Bolsas quentes
· Areia quente
· Forno de bier e parafina
Efeitos:
· Aplicação de 20 à 30 minutos.
· Relaxamento muscular
· Alivio de dor
· Preparação para cinesioterapia (alongamento, exercícios)
· Mobilização osteomioarticular
Indicações: lombalgia, dor crônica, rigidez articular e espasmo muscular.
Infravermelho
	Efeitos fisiológicos:
· Produção de calor nos tecidos
· Vasodilatação
· Hiperemia
· Incremento na circulação
· Aumento do metabolismo
· Redução da viscosidade sanguínea
· Sudorese
· Efeito sedante nas terminações nervosas periféricas
Efeitos terapêuticos:
· Analgesia
· Relaxamento muscular
· Regeneração tecidual
Indicações:
· Alivio de dor
· Redução do espasmo muscular
· Aceleração da cicatrização
· Aceleração do reparo tecidual
Contraindicações:
· Alterações circulatórias
· Dermatites (aguda)
· Neoplasias
· Infecções superficiais
· Alterações de sensibilidade
Técnica de aplicação:
A intensidade do aquecimento é determinada pela distância da lâmpada no local a ser tratado.
· Distancia: 30-60 até 90cm
· Tempo: 10-30min
· Monitorização: à cada 5-8min
Deve ser colocadas toalhas em locais adjacentes não tratados.
Ondas curtas
Atua pelo método da diatermia (método terapêutico que consiste na elevação da temperatura no interior dos tecidos através da aplicação externa de um campo de alta frequência).
· Frequência: 27,12Mhz (27.200Hz) – as partículas se movimentam 27.200 vezes por segundo.
Inversão de polaridade: as partículas ficam em constante movimento.
	Ondas curtas continuo: a temperatura vai aumentando progressivamente, porém esse aumento é perceptível. Usado em inflamações crônicas, rigidez e tensão muscular.
	Ondas curtas pulsado: há intervalos de repouso durante o tempo do aumento de temperatura, porém o aumento dessa temperatura não é perceptível. Usado em lesões agudas ou subagudas.
	Indicações:
· Dor muscular
· Rigidez articular
· Espasmo
Cuidados: a dose utilizada e o tempo de uso.
Microondas
O comprimento da onda é 12cm menor que o ondas curtas, frequência maior, menor poder de penetração, quando maior o volume de H20 maior o efeito do micro-ondas, camada adiposa maior que 2cm tende a aquecer mais que o músculo. 
Frequência: 2.450 Mhz.
Modo continuo: efeito térmico.
Modo pulsado: aquecimento leves em tecidos profundos.
Indicações: rigidez articular, espasmo muscular, restrição do aporte sanguíneo, processos inflamatórios crônicos e dor.
Crioterapia
Uso de baixas temperaturas para resfriamento do tecido com finalidade terapêutica. Utilizado na fase inflamatória aguda.
	Métodos de aplicação:
· Imersão em água
· Massagem com gelo
· Bolsa de gelo
· Sprays de evaporação
· Toalhas geladas
Mecanismo de uma lesão aguda (entorse):
A crioterapia age reduzindo as fases desse ciclo.
Efeitos fisiológicos:
· Diminuição da atividade celular
· Redução do metabolismo
· Redução da velocidade de transmissão do impulso nervoso
Indicações:
· Alivio da dor
· Diminuição do edema
Precauções:
· Lesões por queimaduras (raras, porém, possível.)
· Lesão neural
· Aumento da vasoconstricção
· Lesão tecidual
· Disfunção do sistema nervoso simpático
· Rigidez articular
Contraindicações:
· Doença febril aguda
· Crioglobulinemia
· Urticaria fria
· Feridas na pele
· Hipossensibilidade cutânea
· Fatores psicológicos
Laser
	Características:
· Monocromaticidade: mesmo comprimento de onda (mesma cor).
· Coerência: tem o mesmo comprimento de onda e mesma direção (mesma fase).
· Colimação: como consequência da coerência, a radiação não diverge sua energia e se propaga a longa distancias
.
· Age diretamente na camada interna da mitocôndria, onde ocorre a cadeia respiratória.
Efeito anti-inflamatório:
· Aumento da quantidade de macrófagos.
· Aumento do fluxo sanguíneo.
· Diminuiçãodas citocinas inflamatórias.
· Inibição das prostaglandinas e TNF-alfa.
· Ativação de linfócitos T e B.
Efeito cicatrizante:
· Aumento do fluxo sanguíneo.
· Neoformação vascular.
· Aumento do metabolismo e da síntese de ATP.
· Aumento da divisão celular (mitose).
· Aumento da produção de colágeno (fechamento da lesão).
Efeito analgésico: 
· Normalização do potencial da membrana.
· Aumento do fluxo sanguíneo.
· Liberação de substancias algogênicas.
· Diminuição dos mediadores inflamatórios.
Efeito anti-edematoso:
· Neoformação e dilatação linfática.
· Drenagem de proteínas do liquido instersticial.
Dosimetria:
	1-3 J/cm²
	Anti-inflamatório e fase aguda
	2-4 J/cm²
	Analgésico
	3-4 J/cm²
	Fase subaguda
	3-6 J/cm²
	Cicatrizante
	5-7 J/cm²
	Fase crônica
	Contraindicações e precauções:
· Neoplasias;
· Não expor aos olhos;
· Sobre útero gravídico;
· Hemorragias;
· Tecidos infectados;
· Tireoides;
· Zonas e pacientes fotossensíveis;
· Superfícies com reflexo (joias, azulejos, vidros e espelhos).
Radiação ultravioleta
	Radiação
	Comprimento de onda
	Efeito
	UVA
	400-316nm
	Biótica
	UVB
	315-280nm
	Eritematoso
	UVC
	280-100nm
	Germicida
A radiação UVA é indicada principalmente no bronzeamento da pele e no tratamento da psoríase.
A radiação UVB também é indicado no tratamento da psoríase.
A radiação UVC é indicada para a esterilização de matérias, no tratamento de micoses fúngicas e ulceras de decúbito.
	Efeitos inflamatórios agudos e subagudos:
· Vermelhidão e eritema;
· Espessamento da pele;
· Produção de vitamina D;
· Resposta inflamatória (imunossupressão);
· Irritação ocular (conjuntivite)
· Pigmentação (melanização dos queratinócitos);
Efeitos fisiológicos crônicos:
· Aumento do número de melanócitos;
· Fotoenvelhecimento da pele;
· Manchas na pele;
· Câncer de pele;
Indicações: psoríase, acne, eczema, infecção crônica, vitiligo, deficiências de cálcio e osteoporose. 
Contraindicações: lesões agudas na pele, câncer de pele, peelings químicos ou físicos, enxertos recentes e fotoalegia.
Ultrassom terapêutico
Frequência: 
1Mhz: utilizada na fisioterapia ortopédica. Intensidade mais profunda, atinge músculos e tendões.
3Mhz: utilizada na fisioterapia dermatofuncional. Intensidade mais superficial, atinge a pele e o tecido adiposo.
	Dosimetria:
	0,0 – 0,2
	Fase aguda
	0,2 – 0,6
	Fase subaguda
	0,6 – 0,8
	Fase crônica
	0,8 – 1,0
	Cicatrização, quebra de fibrose e aderência.
	1,0 – 1,5
	Tecido adiposo
↑ metabolismo 
↑ consumo O2
Falta O2
Hipoxia secundária
Morte celular
Inflamação
Necrose