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Disciplina: História da África no século XX Aluna: Carolinne R.B. Carvalho Matrícula: 201608163725. LIMA, Ivaldo Marciano de França. Todos os negros são africanos?. O Pan-Africanismo e suas ressonâncias no Brasil contemporâneo. Anais do XXVI Simpósio Nacional de História – ANPUH. São Paulo, julho 2011. O Pan-Africanismo surgiu no fim do século XIX a partir de contatos entre negros da Grã- Bretanha, Antilhas, EUA, lideranças do continente africano, indivíduos na diáspora americana descendentes de africanos escravizados e pessoas nascidas na África, na diáspora, propondo o despertar de todo (pan) o povo africano, para a importância de ações concretas a fim de superar o atraso consequente dos séculos de colonização e suas ações genocidas. No texto do autor Ivaldo, pude perceber a critica os pan africanistas, relatando que essa ideologia inventou uma África uma, homogênea e singular, esquecendo das realidades distinta. Ou seja, em outras palavras, pan- africanismo inventa uma África para os africanos e propicia a idéia de que este continente é sinônimo de negro, formada só por um povo, os africanos, além de dispor dos negros da diáspora como parte do continente, daí, o fato de terem sido os pan- africanistas um dos responsáveis pelos movimentos de “retorno” dos negros recém emancipados, ou já livres e vivendo há algumas gerações nas Américas para o continente africano (HARRIS; ZWGHIDOUR, 2010; SOUZA, 2008; M’BOKOLO, 2007). Temos como representante desse movimento alguns nomes importantes como: Garvey, Blyden e Turner e Abidias Nascimento (no Brasil). Garvey, jamaicano, funda a Associação Universal para o Progresso Negro (AUPN), também conhecido popularmente como o movimento “Volta Para a África”. Os principais objetivos da AUPN era: Protestar contra o preconceito e a perda dos valores africanos. Estabelecer instituições de ensino para negros, onde se ensinasse a cultura africana. O desenvolvimento da África, livrando-a do domínio colonial e transformando-a numa potência e auxiliar as pessoas vulneráveis em todo o mundo, além disso Garvey foi inspiração para composição da música “Reption song” do Bob Marley, inspirada em seu discurso e é autor da famosa frase “África para os africanos”, também criou a bandeira do Pan africanismo, o vermelho simboliza o sangue que une todas as pessoas de ascendência africana e o sacrifício feito para a libertação, o preto simboliza o orgulho do Povo Africano, sua história e cultura e o verde simboliza a abundante riqueza natural da África. Importante afirmar que enquanto movimento de ideias foi fundamental para a constituição de consciências nas elites culturais africanas em relação as questões econômicas, sociais, politicas e culturais do continente, contribuindo para a construçã da ideia de nação entre os africanos, esse movimento de ideias que tem um período longo de duração, porém a partir do século XX não consegue sofrer solução de continuidade e de implementação, sobretudo após golpe em Gana, a derrubada de Nkrumah da presidência deste país. Apesar de toda essa movimentação para valorização da África, ainda percebemos a visão desse continente como uno, causando dificuldade para a percepção do que é África por sí. No Brasil foi implementada a Lei 10639/2003, que visa o ensino sobre a Africa nas escolas brasileiras, porém o texto da lei abre margem para o erro, fazendo com que o aluno pense que o Brasil e África são uma junção: afro-brasileira. Artigo 26 – Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre história e cultura afro-brasileira. Nesse texto podemos perceber que é tratada ali as movimentações culturais, práticas e costumes dos povos da diáspora, juntamente com os povos indígenas e costumes europeus, e não tratando da África na sai essência como continente. Inciso 1° O conteúdo programático a que se nesse o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e politica pertinentes à História do Brasil. Este inciso, define as diferenças daquilo que foi tornado obrigatório, já no inciso 2° desconstrói as diferenças estabelecidas no inciso 1°. Inciso 2° Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasileira, serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e Literatura e História brasileiras. Além desse problema de estruturação de uma lei, que deixa brechas para desentendimento ainda tempos uma literatura rasa nessa sentido, havendo livros que essencializam a relação entre cultura afro-brasileira. Nas ultimas décadas do século XIX e do XX a maioria dos textos e escritos levavam a construção de sinônimos entre negro e africano, tal invenção de um continente como “a pátria dos negros”, corroborou para a consolidação de um imaginário fortemente existente em nosso país de que os negros são diretamente descendentes dos africanos, em uma perspectiva biológica, por isso muitos defendem uma história linear dos negros, pondo o continente africano como suposto passado dos negros e negras brasileiros, nas escolas é dada muita enm fase Nas escola trabalha muito a questão de escravidão mas existe muita coisa por traz “Quando as pessoas pensam em África, lembram de escravidão, mas queremos mostrar que há historia antes da escravidão e após” Fontes: https://www.youtube.com/watch?v=Moiuwbuf_yc&t=679s https://www.youtube.com/watch?v=0TqHZLJXJNI https://www.youtube.com/watch?v=-MHtL5wOjVQ https://www.youtube.com/watch?v=Moiuwbuf_yc&t=679s https://www.youtube.com/watch?v=0TqHZLJXJNI https://www.youtube.com/watch?v=-MHtL5wOjVQ
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