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2 Óleos Essenciais

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Aromaterapia
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Alessandra Safira Barbas
Prof. Me. Rodrigo Terrazas Sanzetenéa 
Revisão Textual:
Prof. Me. Claudio Brites 
Óleos Essenciais
Óleos Essenciais
 
 
• Introduzir o aluno nos conhecimentos iniciais sobre os óleos essenciais, nas formas de extra-
ção e composição química dos óleos essenciais como um todo.
OBJETIVO DE APRENDIZADO 
• Ramos de Atuação, Descrição, Ocorrência e Função dos Óleos Essenciais;
• Anatomia Olfativa;
• Processos de Extração dos Óleos Essenciais;
• Hidrolatos;
• Composição Química dos Óleos Essenciais em Geral;
• Geotipos;
• Óleos Naturais e Óleos Sintéticos.
UNIDADE Óleos Essenciais
Ramos de Atuação, Descrição, 
Ocorrência e Função dos Óleos Essenciais
Óleos essenciais são substâncias extraídas de plantas medicinais e aromáticas. 
Podemos dizer também que são grupos de princípios ativos naturais existentes em 
milhares de plantas, em especial nas aromáticas, que fazem parte da linha de frente 
das funções biológicas do vegetal do qual se originam, ou seja, o óleo essencial; 
na planta, é responsável pelo metabolismo, a proteção e a conservação da espécie 
 vegetal em que se encontra.
Figura 1 – Sinergias de óleos essenciais e plantas
Fonte: Pixabay
As plantas aromáticas, bem como os respectivos óleos essenciais, são utilizadas 
desde o início da história da humanidade para dar sabor a comidas e bebidas; empi­
ricamente usadas para disfarçar odores desagradáveis; atrair outros indivíduos e con­
trolar problemas sanitários, contribuindo também para a comunicação entre os indiví­
duos e influenciando o bem estar dos seres humanos e animais, demonstrando assim 
uma antiga tradição sociocultural e socioeconômica da utilização desses produtos 
(FRANZ, 2010). 
As plantas originárias dos óleos essenciais determinam o nome dado aos mesmos. 
Por exemplo, temos óleo essencial de eucalipto, óleo essencial de lavanda, óleo 
essencial de alecrim, de onde as plantas originárias são o eucalipto, a lavanda e o 
alecrim respectivamente.
Óleo essencial é um termo que designa substâncias aromáticas, geralmente de 
odor agradável e intenso, na maioria em forma líquida, encontradas em diferentes 
órgãos vegetais, solúveis em solventes polares, por exemplo, óleos fixos e com solu­
bilidade limitada em água – por isso as águas aromáticas (hidrolatos) apresentam o 
aroma da essência (SIMÕES; SPITZER,1999).
8
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Evaporam rapidamente quando expostos ao ar e à temperatura ambiente, por 
isso também são chamados de óleos voláteis ou etéreos. Apresentam sabor ácido e 
picante; quando extraídos recentemente, são incolores ou ligeiramente amarelados 
(poucos apresentam coloração, como o óleo essencial de camomila, que é azul, devido 
ao alto teor de azulenos); não são muito estáveis, alterando­se principalmente na pre­
sença de ar, luz, calor, umidade e metais. Frequentemente o aroma se modifica pela 
ação do ar e da luz, tornando­se menos agradável: nessa circunstância, a cor também 
se torna mais escura, a fluidez diminui, adquire reação ácida e, por vezes, chega a 
resinificar­se, alterando­se profundamente (FARM BRAS. II). Óleos essenciais (OE) 
são extraídos de plantas por meio da técnica de arraste a vapor, na grande maioria 
das vezes, e também pela prensagem do pericarpo de frutos cítricos, os quais, no 
Brasil, dominam o mercado de exportação. São compostos principalmente de mono 
e sesquiterpenos, e de fenilpropanoides, metabólitos, que conferem suas caracterís­
ticas organolépticas.
Flores, folhas, cascas, rizomas e frutos são matérias­primas para sua produção, a 
exemplo dos óleos essenciais de rosas, eucalipto, canela, gengibre e laranja, respec­
tivamente. Possuem grande aplicação na perfumaria, cosmética, alimentos e como 
coadjuvantes em medicamentos. São empregados principalmente como aromas, fra­
grâncias, fixadores de fragrâncias, em composições farmacêuticas e orais e comer­
cializados na sua forma bruta ou beneficiada, fornecendo substâncias purificadas como 
o limoneno, citral, citronelal, eugenol, mentol e safrol.
O óleo de copaíba e a essência de terebintina sofrem resinificação com o passar 
do tempo. Sua composição é complexa e seus constituintes variam desde hidrocar­
bonetos terpênicos, álcoois simples e terpênicos, aldeídos, cetonas, fenóis, ésteres, 
óxidos, peróxidos, furanos, ácidos orgânicos, cumarinas e até compostos com enxofre 
(SIMÕES; SPITZER, 1999).
Pesquisas demonstraram que o óleo essencial (constituído por um conjunto de 
substâncias) pode conter de dez a duzentos componentes e outros microelementos 
difíceis de serem analisados, mas tão importantes quanto aqueles encontrados em 
maior quantidade. Assim, não existe uma forma de produzir sinteticamente, com 
perfeição, esse produto natural na sua totalidade.
Segundo Alexander (2000), para que uma substância seja de natureza odorífera, 
são três elementos básicos:
• Volatilidade: implica em facilmente se evaporar a temperatura e pressão 
 atmosférica normais, de maneira que a substância possa ser carreada pelo ar, 
dentro das narinas ;
• Hidrossolubilidade: porque as moléculas precisam passar através do muco que 
reveste a superfície interior da cavidade nasal e alcançar as células olfatórias ;
• Lipossolubilidade: pelo fato das células olfatórias serem compostas primaria­
mente de lipídeos e a superfície da membrana celular olfatória conter também 
lipídeos. Entretanto, é necessária uma quantidade específica de substância para 
que o odor seja perceptível. A sensibilidade olfatória humana é considerada 
9
UNIDADE Óleos Essenciais
microsmática (de pouca sensibilidade), se comparada a outros animais, e ainda 
menor do que o paladar. Há pessoas consideradas macrosmáticas (altamente 
sensíveis) se comparadas a outras.
O uso de óleos essenciais tem duas grandes áreas de atuação: a fisiológica, uma 
vez que as substâncias constituintes são absorvidas pelo organismo principalmente 
por via oral, cutânea, respiratória e injetável (aplicada somente por profissionais de 
saúde graduados); e a psicológica, onde os óleos atuam sobre o estado emocional e 
mental trazendo equilíbrio.
Em termos de ação farmacológica, segundo Triska (2003), os óleos essenciais 
podem atuar no organismo de inúmeras formas, tais como: estimulantes (do sistema 
nervoso, da musculatura lisa), calmantes, analgésicos, mucolíticos, expectorantes, 
imunoestimulantes, cicatrizantes, rubefacientes, hormonais, antissépticos, bactericidas, 
virucidas, fungicidas, anti­helmínticos etc. 
O uso de óleos essenciais e a aromaterapia caminham juntos em um crescimento 
constante desde 1980, data essa que marcou o renascimento da aromaterapia. É quando 
se verifica o auge do conhecimento fármaco­químico focado no aprimoramento, aperfei­
çoamento e na expansão de atividades com os óleos essenciais. No Brasil, a aromatera­
pia iniciou a sua popularização a partir de 1995, momento esse em que se consolidava 
as empresas e os profissionais que atuam com esse setor no país.
A Aromaterapia vem sendo um conjunto de técnicas naturais terapêuticas que uti­
lizam os óleos essenciais para obter efeitos físicos ou emocionais. Dentre as técnicas 
utilizadas, pode­se citar: massagem, banhos, aplicação em cabelos etc.; para com 
elas alcançar relaxamento, diminuição da ansiedade, liberação das vias aéreas, entre 
outros efeitos importantes.
A aromaterapia clínica aborda esses efeitos, visando restabelecer o reequilíbrio 
orgânico. Essa abordagem fitoterápica dos óleos essenciais também é vista como 
complementar em relação à medicina ortodoxa. Inúmeras pesquisas têm sido condu­
zidas confirmando esses efeitos no organismo, porém, ao se considerar as possíveis 
conexões dos óleos essenciais em relação aos pensamentos, sentimentos, status imu­
nológico, pode­se constatar uma habilidade que confere o caráter holístico dessa tera­
pia, atuando de forma integrada no físico, mental e emocional, e promovendo saúde.
Podemos dividir a Aromaterapia em três grandes ramos de atuação, são eles:• Fisiológica: Trabalha com as propriedades químicas dos óleos essenciais, apli­
cando­os para atuar como anti­inflamatórias, antifúngicas, analgésicos, seda­
tivos etc. Normalmente é feito o uso dos óleos para tratar desses problemas 
através de massagens, banhos, compressas, inalação, sua ingestão e pelo uso 
de produtos que os contenha;
• Psicológica: Onde se trabalha, através da inalação dos aromas, a mente e as 
emoções humanas. Esse trabalho se dá a partir de sensações que são estimula­
das pelos característicos aromas de cada óleo. Todas as formas de uso desenca­
deiam essas reações por acabarmos tendo contato com seus cheiros, contudo, a 
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inalação exerce uma ação mais direta nesse sentido. Esse processo na verdade 
é interativo, pois tais aromas captados pelo cérebro elaboram processos no sis­
tema límbico, responsável pela regulação de vários processos emocionais ;
• Energética: O efeito sobre a energia do nosso corpo e sua frequência que acaba 
se alterando pela memória energética trazida pelo óleo da planta. Isso acaba 
afetando­nos mental, física e emocionalmente.
De certa forma, acabamos por lidar com as três formas, pois uma maneira de 
atuação acaba por interferir na outra.
Anatomia Olfativa 
Os óleos essenciais são voláteis, o que significa que evaporam logo que entram 
em contato com o ar. Seja qual for o método de aplicação, sabe­se que parte dos 
óleos essenciais sempre será inalado. Os pulmões e a pele são primordiais para que 
o corpo absorva os óleos essenciais e assim eles comecem a atuar no organismo.
Figura 2 – Anatomia olfativa ilustrada
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
• Nos Pulmões: Ao inalar o ar durante uma sessão de aromaterapia em uma mas­
sagem aromática, um banho ou em outro tratamento que utilize aromas, nesse 
momento, são inaladas partículas de óleo essencial. A mistura do ar com as 
partículas de óleo essencial desce pela traqueia, segue pelos brônquios e chega 
até os pulmões, onde encontram­se os alvéolos pulmonares e aonde localizam­
­se vasinhos sanguíneos que realizam as trocas gasosas. Ou seja, os resíduos, 
principalmente dióxido de carbono, são trocados por oxigênio e partículas de 
óleo essencial;
• Na Pele: A aplicação na pele pode ser feita através de uma massagem, aplica­
ção simples por borrifada ou toque manual e através do banho. Durante essas 
11
UNIDADE Óleos Essenciais
aplicações, a pele fica coberta por um óleo carreador contendo uma pequena 
quantia de óleo essencial. Sendo a pele semipermeável, ou seja, a pele absorve 
e excreta substâncias que tenham estrutura molecular mínima, por esse motivo, 
os óleos são absorvidos pelo corpo através da pele;
• Dentro do Corpo: Uma vez dentro do corpo, as partículas dos óleos essenciais 
circulam pela corrente sanguínea e assim chegam a diversos órgãos e sistemas 
do organismo. A grande maioria dos óleos essenciais tem afinidade terapêutica 
com determinados órgãos e sistemas do corpo. Um exemplo bom disso é o fato 
de o óleo essencial de rosas tonificar, purificar e regular o útero. No momento 
em que o corpo absorve o óleo de rosas, as partículas desse óleo se deslocam 
até o útero, tendo um efeito benéfico sobre ele;
• Na mente: Os óleos essenciais atuam de forma muito forte também sobre a 
mente, as emoções e a psique. Podemos exemplificar com o óleo essencial de 
bergamota, que é um antiansiolítico, antidepressivo, tônico para mente, como 
também é antisséptico e antifúngico. Portanto, um aromaterapeuta provavel­
mente incluirá óleo de bergamota em uma combinação de massagem para uma 
mulher que estiver com problemas de cistite e ou candidíase, pois esse atua 
 diretamente no corpo para amenizar os sintomas dessas patologias. A bergamota 
tem um efeito benéfico geral sobre o físico, emocional e psicológico da pessoa.
Processo de Absorção dos Óleos Essenciais
Vias de Atuação Vias de Atuação
Vias de Atuação
ABSORÇÃO
ABSORÇÃO
ABSORÇÃO
ESTÍMULO
REMETE A
Óleo Essencial
Cutânea Ingestão
Intestinos
Inalatória
Sistema
Respiratório
Sistema Límbico
Sentimentos
Memórias
Emoções
Corrente
Sanguínea
ORGÃOS e TECIDOS
CORPORAIS
• Olfato
• Nervos olfativos
Figura 3 – Fluxograma referente aos tipos de absorção 
dos óleos essenciais pelo corpo humano
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Como os óleos essenciais penetram no corpo, existem três caminhos pelos quais 
esses podem entrar:
• Absorção através da superfície da pele;
• Inalação através do sistema olfativo;
• Tomadas internamente – Uso Oral.
A forma ideal para o corpo absorver as qualidades terapêuticas dos óleos essen­
ciais é através de uma combinação de inalação e absorção dérmica, que pode ser 
alcançada através de massagens e banhos. 
Inalação
Quando as moléculas dos óleos essenciais são inaladas, as moléculas sobem 
até a parte superior do nariz e entram na mucosa olfativa. A membrana olfativa 
tem milhares de receptores que identificam as informações e enviam para o bulbo 
olfativo, o qual atua como um amplificador, através do nervo olfativo no sistema 
límbico do cérebro. Ele lida com as respostas emocionais e psicológicas. O sistema 
límbico é desencadeado por impulsos nervosos.
Figura 4 – Sistema Límbico
Fonte: Wikimedia Commons
Os aromas são semelhantes a um perfume, são comparados, rotulados e asso­
ciados a memórias com as informações desses aromas, assim reagindo emocional e 
fisicamente através do nosso sistema nervoso autônomo. As respostas são validadas 
pela qualidade do óleo essencial específico utilizado, podendo variar do relaxamento 
ou atuar como estimulante. 
O impulso nervoso no sistema límbico transmitirá a informação a outras áreas 
do cérebro, responsáveis pela secreção de hormônios que regulam as funções cor­
porais. O processo inteiro a partir da inalação inicial do óleo à secreção da glândula 
correspondente é uma questão de segundos, ou seja, é muito rápida, onde o corpo 
13
UNIDADE Óleos Essenciais
pode reagir com mudanças de funcionamento ou com a estimulação no sistema imu­
nológico, o qual pode desencadear no sistema digestivo com uma simples inalação.
Os pulmões são responsáveis pela respiração primária e pela interação imediata 
com o ambiente. A absorção dos óleos essenciais através do sistema respiratório é 
mais rápida do que a absorção através da via dermal (pele) ou mesmo da aplicação 
por via oral. Por meio da inalação ou absorção, o óleo essencial promove um tra­
tamento natural e têm um rico potencial terapêutico, beneficiando a saúde tanto 
em níveis físicos quanto emocionais. Quando inalados, os sinais aromáticos alcan­
çam diversas regiões cerebrais, dentre elas, como dito, o sistema límbico (do Latim, 
limbus, que quer dizer fronteira), localizado no centro do cérebro, responsável pela 
memória olfativa e pelas emoções como: medo, raiva, prazer, alegria, afeto e outros. 
Atua também como centro despertador e controlador do desejo sexual e da fome.
O sistema límbico lida com a parte do cérebro responsável por regular os senti­
mentos, as emoções, a memória, aprendizagem e as energias físicas, a absorção dos 
óleos essenciais através do sistema límbico dispara neuroquímicos que podem ser 
sedativos, relaxantes, estimulantes ou de efeito eufórico.
Absorção Dérmica
A pele é relativamente permeável para as substâncias solúveis em gordura e rela­
tivamente impermeável às substâncias solúveis em água. Moléculas dos óleos essen­
ciais são tão diminutas que, quando são aplicadas na pele, mostram­se capazes de 
passar através da córnea (a camada exterior da epiderme). A partir daqui, a molécula 
de óleo passa através da derme e para os capilares, e então para a corrente sanguínea. 
A absorção também ocorre através dos folículos pilosos e ductos de suor. 
Figura 5 – Imagem da anatomia da pele humana
Fonte: Adaptado de Wikimedia Commons
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Uma vez absorvidos pela epiderme, os óleos são gradualmente liberados para a 
derme. Na derme, as moléculas de óleo essencial penetram nos vasos sanguíneos 
e são transportados para todo o organismo promovendo cura, equilíbrioe ajuda na 
manutenção da homeostasia do corpo – processo de regulação pelo qual o corpo 
mantém­se equilibrado proporcionando assim bem­estar geral.
Existem muitos fatores que influenciam o efeito de absorção de uma molécula de 
óleo. Tanto a taxa de circulação e o calor do corpo aumentam do fluxo sanguíneo da 
pele para a superfície, aumentando assim a capacidade da pele para absorver o óleo. 
Circulação e calor podem ser aumentados pela massagem. Quanto maior for a 
área da pele que está coberta pelos óleos essenciais, mais esse será absorvido. 
A permeabilidade da pele também é um fator. A pele atrás das orelhas e no inte­
rior dos pulsos são muito permeáveis. As palmas das mãos e dos pés, axilas e couro 
cabeludo absorverão mais facilmente as moléculas de óleo do que braços, pernas, 
barriga, costas etc. 
Óleos também são facilmente absorvidos por meio de cortes, escoriações, quei­
maduras, eczemas etc. Ter a pele limpa é também benéfico, bem como os poros 
serão limpos e estarão livres de sujeira, auxiliando assim a absorção.
O outro fator a considerar na aplicação de óleos essenciais para a pele é a viscosi­
dade do óleo carreador no qual o óleo é diluído. Amêndoas doce e óleo de semente 
de uva são menos viscosos e penetram na pele com mais facilidade do que os óleos 
de oliva ou abacate, que são mais grossos.
Os óleos essenciais penetram na pele através dos dutos das glândulas sudoríparas. 
A maioria dos componentes de um óleo essencial é lipossolúvel, o que facilita a pene­
tração do óleo pelo organismo.
Se a área sobre a qual o óleo essencial foi aplicado é massageada, a absorção 
aumenta pelo efeito do fluxo sanguíneo que é aumentado pela massagem. Através 
da inalação ou absorção, o óleo essencial promove um tratamento natural e têm um 
rico potencial terapêutico, beneficiando a saúde a níveis físicos e emocionais. 
Ingestão Oral
Estudos mostram que tomar óleos essenciais internamente é a maneira menos 
eficaz para absorver suas propriedades terapêuticas. O óleo acaba no trato digestivo, 
onde tem de passar através do estômago e do intestino delgado antes de atingir a 
circulação sanguínea.
15
UNIDADE Óleos Essenciais
Figura 6 – Método de ingestão via oral dos óleos essenciais
Fonte: Getty Images
A partir daí, as moléculas de hidrocarbonetos, que até agora foram quimicamente 
alteradas pelos materiais que tenham estado em contato, no estômago e no intestino, 
atingirão o fígado, o pâncreas, os órgãos reprodutores e, eventualmente, serão excre­
tadas através dos rins, da bexiga e do intestino grosso.
Não é aconselhável sempre tomar óleos essenciais internamente, a menos que sob a 
assessoria direta de um médico que também seja um conhecedor das propriedades 
dos óleos essenciais.
Processos de Extração dos Óleos Essenciais
Os métodos para extrair óleos essenciais eram bem simplificados e os produtos 
obtidos nem sempre eram óleos 100% puros. Atualmente e com a tecnologia, somos 
capazes de extrair óleos essenciais extremamente puros e concentrados idênticos ao 
perfume presente na planta. 
Figura 7 – Método de extração de óleos essenciais chamada enflourage
Fonte: Pixabay
Lembrando que, conforme a técnica de extração do óleo essencial empregada, 
as características químicas do produto podem ser completamente alteradas, fazendo 
com isso que seus efeitos terapêuticos fiquem comprometidos. Logo, conforme a 
16
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localização do óleo volátil na planta, o método de extração pode variar, tendo em 
vista a efetividade da terapia aplicada. 
Atualmente, os métodos mais utilizados para a extração dos óleos essenciais são: 
a destilação a vapor, hidrodestilação, enfloragem, extração com solventes voláteis, 
fresagem a frio e CO2 hipercrítico.
Destilação à Vapor
• Método usado em: Folhas, ervas, sementes, raízes e madeiras;
• Qualidade do produto final: Satisfatória, para óleos essenciais que não sofrem 
modificações com altas temperaturas e pressões;
• Tempo de Extração: Apresenta bom rendimento em menos tempo de extração ;
• Descrição do Método: O processo consiste na utilização de uma caldeira que 
gera o vapor d água, uma doma onde são depositados partes das plantas secas ou 
frescas, e o condensador que serve para resfriar o vapor e o óleo essencial obtidos.
O vapor gerado circula através da planta na doma, obtendo­se daí o óleo essen­
cial da quebra da estrutura intercelular das partes da planta.
Com o passar do vapor, as moléculas de óleos são também transportadas juntas 
até a um tubo no alto do destilador. Em seguida, são resfriadas com o uso 
de uma serpentina e se condensam junto com a água. A separação do óleo 
essen cial é feita pelo processo de decantação, enquanto o material que restou, 
chamado de água floral, também é separado e não desperdiçado, pois possui 
muitas propriedades terapêuticas para o uso dermatológico ou para uso oral. 
Hidro Destilação
• Método usado em: Folhas, ervas, sementes e flores. Contudo, nem sempre é 
indicado para extrair­se o óleo essencial de raízes e madeiras porque, devido ao 
tempo demorado de destilação desses materiais, a água pode evaporar­se toda 
do destilador e a planta queimar­se;
• Qualidade do produto final: Satisfatória, mas mais demorado conforme a 
maté ria prima utilizada;
• Tempo de Extração: Apresenta bom rendimento, em menos tempo de extração;
• Descrição do Método: É o processo mais tradicional de destilação e com um 
excelente resultado na extração devido à versatilidade dele, à relação custo e 
benefício, quanto ao investimento inicial, com relativa vantagem. 
O processo consiste na utilização de imersão das partes da planta na água, 
onde essas são fervidas até a temperatura que não pode ultrapassar os 100 0C 
(temperatura limite da ebulição da água), pois, caso contrário, parte dos com­
postos terapêuticos da planta podem ser perdidos devido à sensibilidade desses 
a altas temperaturas.
Método muito utilizado para extração do óleo essencial de algumas flores, como 
a rosa e neroli, como para raízes, madeiras e cascas. 
17
UNIDADE Óleos Essenciais
Enfloragem
• Método usado em: Pétalas de flores que têm compostos sensíveis demais para 
usar outros métodos e que têm uma quantidade pequena de óleos essenciais;
• Qualidade do produto final: Satisfatória;
• Tempo de Extração: Extremamente baixa;
• Descrição do Método: Este método é voltado especificamente para as péta­
las das flores, pois essas são excessivamente delicadas, de tal maneira que, em 
processo de vapor de água, não seria possível obter o óleo no processo de 
 extração, por isso recomenda­se o uso de flores frescas. Algumas flores têm 
tempo de produção de perfume muito curto depois de retiradas da planta – 
como o Jasmim, no caso, de até 24 horas.
É o processo mais oneroso, pois leva muito tempo. Atualmente já não é mais pra­
ticado. Na enfloragem, são utilizadas flores frescas, as quais apresentam baixo teor 
de óleos essenciais e que são extremamente delicadas, ao ponto de não pode rem 
ser usados outros métodos mais práticos, como araste por vapor d’água. Algumas 
dessas flores, como é caso do jasmim, podem continuar a produzir seu perfume até 
24 horas depois de retiradas da planta.
Consiste em colocar tais pétalas em uma armação com placa de vidro recoberta 
de gordura e compostos preservativos por ambos os lados. A gordura tem a fun­
ção de agir como esponja receptora, que acaba absorvendo o aroma. As placas 
são postas umas sobre as outras, de modo a evitar o contato direto com o ar 
atmosférico. As pétalas são substituídas por outras frescas periodicamente, com 
intervalos que não ultrapassam 24 horas, como geralmente é recomendado.
Após 8 a 10 semanas, a gordura já com o aroma das pétalas chega a seu ponto 
de saturação em relação aos óleos das flores. Com isso, essa é removida e, adi­
cionando álcool à mistura, é possível separar o óleo essencial da gordura, pois 
o óleo essencial é mais solúvel no álcool; aí então teremos o absoluto. 
Extração com Solventes Voláteis
• Método usado em: Delicadas plantas paraóleos usados em perfumaria 
e cosméticos;
• Qualidade do produto final: Apresenta maior rendimento do que outros 
processos e produtos que não podem ser obtidos por qualquer outro método. 
 Contudo, o óleo extraído contém resquícios do solvente utilizado;
• Tempo de Extração: Apresenta bom rendimento;
• Descrição do Método: Este método é indicado para determinados tipos de 
óleos que sejam muito instáveis e não suportem o aumento de temperatura.
Consiste na imersão das plantas. Essas são imersas em um solvente químico 
 dedicado (pode ser utilizado qualquer derivado do petróleo com a cetona, hexano) 
para extrair os compostos aromáticos da planta.
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Obtendo como produto o denominado concreto. O concreto pode ser dissolvido 
em álcool de cereais para remoção dos solventes. Com a evaporação do álcool, 
obtemos o absoluto.
O processo é muito caro, apesar do rendimento ser bem superior ao da enflourage. 
Os óleos obtidos por extração podem apresentar resíduos de solvente no final do 
seu processo e apresentar efeitos colaterais, dependendo do solvente empregado.
Prensagem a frio
• Método usado em: Extração de óleos essenciais de frutas cítricas como berga­
mota, laranja, limão e grapefruit;
• Qualidade do produto final: Apresenta boa qualidade;
• Tempo de Extração: Apresenta bom rendimento;
• Descrição do Método: Consiste na prensa das frutas, é quando delas são ex­
traídas tanto o óleo essencial quanto o suco.
A seguir, a mistura passa por centrifugação, onde a separação do óleo essencial 
puro é obtida. 
Podemos salientar que, para os óleos cítricos, o processo pode ser a destilação 
para eliminar as furanocumarias que podem ocasionar manchas na pele. Essa 
destilação pode causar alteração no aroma.
Esse método de extração também pode se aplicar para o óleo de oleaginosas, 
como amêndoas, castanhas, nozes, germe de trigo, oliva etc. 
CO2 Hipercrítico
• Método usado em: Extração de óleos essenciais de frutas, raízes, sementes, 
flores, madeiras e folhas;
• Qualidade do produto final: Ótima qualidade. Os óleos obtidos por esse mé­
todo se assemelham muito aos aromas da planta viva;
• Tempo de Extração: É um processo rápido e eficiente;
• Descrição do Método: Consiste na aplicação da injeção dióxido de carbono 
supercrítico em um tanque no qual são colocas as partes da planta, submetidos 
a uma forte pressão de 200 atmosferas e temperaturas superiores a 31 0C.
Com essas pressão e temperatura, o CO2 atinge o que seria um quarto estado 
 físico, no qual a sua viscosidade é semelhante a de um gás, mas a sua capacidade 
de solubilidade é elevada como se fosse um liquido.
Dessa forma, a extração é realizada, fazendo com que a pressão diminua e o gás 
carbônico retorne ao estado gasoso, sem qualquer resíduo de solvente. 
Por isso que a grande solubilidade e a eficiência na separação tornam o CO2
 supercrítico, sendo assim o solvente orgânico mais utilizado na indústria desse ramo.
Estudos comprovam que os óleos essenciais extraídos por esse método têm 
completa integridade em seus compostos ativos. Esse método resulta em uma 
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UNIDADE Óleos Essenciais
qualidade superior e a melhor possível, e em maior potência terapêutica para os 
óleos oriundos desse processo. 
O aroma de um ylang ylang extraído por destilação a vapor não se iguala em 
eficiência terapêutica se comparado a um ylang ylang extraído por CO2, assim 
podemos confirmar para todos os outros óleos essenciais.
Hidrolatos
Os hidrolatos também são conhecidos como águas florais ou hidrossóis, são pro­
dutos que contêm muitas propriedades terapêuticas e substâncias aromáticas utilizadas 
pelas indústrias de cosméticos, perfumaria e aromaterapia.
Imagem da obtenção final do hidrolato após a extração dos óleos essenciais.
Disponível em: https://bit.ly/3hRxlsT
O hidrolato apresenta pH levemente ácido, na faixa de 5 a 6, tornando o meio 
pouco propício ao desenvolvimento de bactérias. Para que suas propriedades sejam 
conservadas, deve ser mantido em local fresco e vidro bem fechado.
Os hidrolatos são o subproduto obtido a partir do processo de destilação na extra­
ção dos óleos essenciais. Esse processo consiste em submeter o material vegetal 
(folhas, flores, sementes, raízes etc.) à ação de vapor d›água no momento em que o 
óleo essencial é extraído.
Composição Química dos 
Óleos Essenciais em Geral
Pesquisas afirmam que através dos séculos e milênios as plantas sofreram mu­
tações e adaptações até chegar a um determinado momento em que começaram a 
desenvolver substâncias específicas em suas folhas, flores, talos e troncos, conforme 
as adaptações que tinham que lidar para sobrevivência. 
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Hidrogênio
Oxigênio
Carbono
C3H8O3
Glicerol
Figura 8 – Molécula de glicerol
Fonte: Getty Images
Porém, mudanças climáticas bruscas podem ocasionar uma espécie de estresse 
nos vegetais. Por exemplo, o forte calor nas florestas de eucalipto na Austrália devido 
aos desmatamentos, os quais levaram as árvores a criarem compostos que roubam 
calor com grande facilidade ao evaporar, como o cineol, resfriando rapidamente as 
folhas antes que os raios e o calor do Sol as queimasse e liquidasse a espécie . 
Outras plantas desenvolveram compostos antifúngicos em suas folhas para resistir 
ao ataque de fungos, como foi com o cravo­da­Índia e outras que criaram antibióticos. 
Algumas plantas desenvolveram substâncias fortíssimas para resistir aos raios UV 
e à baixa umidade relativa nos cerrados e caatingas. Outras criaram repelentes para 
insetos, como cochonilhas e pulgões, e algumas que passaram a fabricar compostos 
regeneradores e de atividade hormonal para que, quando desidratadas pela falta de 
chuva, queimadas ou cortadas, pudessem se regenerar.
Na natureza, alguns insetos fazem uso dos óleos voláteis sequestrados de plantas 
para se defenderem de seus predadores. Portanto, existe uma vasta capacidade 
adaptativa no reino vegetal, o que, por sua vez, causa o surgimento de subespécies 
de muitas plantas. 
Ao nascerem em áreas com clima, luz, chuva e solo diferentes, também possibili­
tam a modificação nas constituições químicas para se adaptarem aos novos fatores 
de stress. Isso é no reino vegetal o que chamamos de raças químicas, ou quimiotipos.
Dentro da aromatologia, é necessário estudar bem os princípios ativos e as variá­
veis químicas das plantas, tornando assim possível o uso correto dos óleos essenciais. 
Por exemplo, o alecrim, o tomilho ou o manjericão são plantas que podem mudar 
drasticamente a composição química de seu óleo essencial, de acordo com a subes­
pécie, o que implica decisivamente na finalidade terapêutica de seus óleos. 
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UNIDADE Óleos Essenciais
A composição química dos óleos e a porcentagem de seus princípios ativos é dada 
pela análise por cromatografia.
Tabela 1 – Alecrins – Quimiotipos, propriedades e espécies
Quimiotipo Ação no corpo Espécies
QT1 (cânfora) Estimulante do SNC, antifadiga, cardiotônico Rosmarinus officinalis var. canforiferum
QT2 (cineol) Expectorante, mucolítico, moderado estimulante Rosmarinus officinalis var. cineoliferum
QT3 (verbenona) Regenerador e descongestionante hepático Rosmarinus officinalis var. verbenoliferum
QT4 (borneol) Expectorante, mucolítico, analgésico muscular Rosmarinus officinalis var. borneoliferum
QT5 (pineno) Má circulação, problemas linfáticos, abcessos Rosmarinus officinalis var. pinoliferum
Tabela 2 – Tomilhos – Quimiotipos, propriedades e espécies
Quimiotipo Ação no corpo Espécies
QT1 (Linalol) Antibacteriano, anti-inflamatório, cicatrizante Thymus vulgaris; T. quinquecostatus;
QT2 (Geraniol) Antibacteriano médio, regenerador da pele Thymus vulgaris; T. quinquecostatus;
QT3 (Thujanol-4) Fortemente antibacteriano e antiviral Thymus vulgaris
QT4 (Acetato 
terpenílico)
Antibacteriano Thymus vulgaris
QT5 (Timol) Queratólico, anticancerígeno e antitumoralantibiótico forte
T. vulgaris; T. szygis; T. sibthorpii; T. pulegioides; 
T. syriacus; T. mongolicus
QT6 (Carvacrol) Queratólico, anticancerígeno e antitumoral,antibióticoforte
T. vulgaris; T. serpyllum; T. riatarum;
T. quinquecostatus; T. mongolicus
QT7 (Citral) Antifúngico e antibacteriano, vasodilatador Thymus vulgaris
QT8 (Borneol) Meio antibacterianol, analgésico, expectorante Thymus satureoides; T. villosus
QT9 (Cineol) Expectorante e analgésico, antibacteriano Thymus camphoratus; T. capitellatus;T. glabrescens; T. funkii
Tabela 3 – Manjericões – Quimiotipos, propriedades e espécies
Quimiotipo Ação no corpo Espécies
QT1 (estragol) Tônico, antiespasmódico, descongestionante circulatório Ocimum basilicum var. estragoliferum
QT2 (linalol) Antidepressivo, antiespasmódico, ansiolítico Ocimum basilicum var. linaloliferum
QT3 (cânfora) Estimulante, tônico, antifadiga Ocimum canum
QT4 (citral) Antiviral, vasodilatador, tônico circulatório Ocimum citriodorum
QT5 (timol) Anti-infeccioso, estimulante, anticancerígeno Ocimum gratissimum var. timoliferum
QT6 (eugenol) Anti-infeccioso, antifúngico, estimulante Ocimum gratissimum var. eugenoliferum
QT7 (cinamato 
metílico)
Analgésico muscular, anti-inflamatório, sedativo Ocimum kilimanjarum, Ocimum cinamom
QT8 (anetol) Anti-espasmódico, anticólicas, estrogênico, calmante Ocimum selloi, Ocimum anisatum
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Geotipos
Plantas da mesma subespécie são conhecidos como geotipos mutáveis, em outras 
palavras, raças químicas ligadas por influência do clima ou geográfica ou pelas for­
mas de cultivo. 
Figura 9 – Imagem de especiarias que formam óleos essenciais
Fonte: Getty Images
A temperatura, a umidade, o tempo de exposição ao Sol e o regime de ventos 
exercem uma importante influência, ainda mais nas espécies que possuem estruturas 
histológicas de estocagem na superfície. Nos vegetais, essa localização, dessas estru­
turas, é mais profunda e a qualidade dos óleos voláteis é mais presente. 
Por exemplo: a hortelã­pimenta (Mentha piperita), quando cultivada em épocas 
cujos dias são mais longos e as noites são mais curtas, apresenta maior rendimento 
de óleo. 
Ao contrário, em noites que favorecem a formação de mentol, no caso as noites 
mais frias. Portanto, deve­se, preferencialmente, coletar plantas ricas em óleos volá­
teis bem cedo pela manhã ou à noite, pois o tempo de exposição solar pode provo­
car uma perda importante de óleo existente no vegetal.
O grau de umidade do solo e a presença de micronutrientes (N, P, K) também 
influenciam na qualidade dos óleos voláteis. De fato, é difícil prever ou padronizar um 
critério; já que cada espécie reage de forma diferenciada.
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UNIDADE Óleos Essenciais
A seguir, é mostrado exemplos de geotipos encontrados no: 
Tabela 4 – Tea tree (Melaleuca alternifolia) 
Geotipo Ação no corpo
GT1 (terpinen-4-ol) Antimicrobial poderoso, anti-inflamatório
GT2 (cineol) Antibacteriano médio, expectorante
GT3 (terpinoleno) Antibacteriano, mais irritante
Tabela 5 – Manuka (Leptospermum scoparium)
Geotipo Ação no corpo
GT1 (leptospermonas) Antimicrobial poderoso
GT2 (sesquiterpenos) Anti-inflamatório, fraco antibiótico
GT3 (monoterpenos) Solvente, útil em problemas circulatórios
Os óleos essenciais obtidos de diferentes órgãos de uma mesma planta podem 
também apresentar composição química, caracteres físico­químicos e odores também 
bem distintos. Um exemplo seria a canela do Ceilão (Cinnamomum zeylanicum):
Tabela 6
Parte da planta Ação no corpo
Folhas Antimicrobial, analgésico e anestésico
Cascas Antimicrobial, anti-inflamatório, vasodilatador
Tendo como base esse conhecimento, com relação a qual tipo de óleo essencial a 
ser utilizado, não adianta ele ser 100% puro e natural, precisa­se levar em conta que 
a planta possui quimiotipos diferenciados, conforme região de cultivo ou método de 
extração, ou seja, seus valores ativos jamais poderão ser os mesmos. 
Uma das maiores falhas da aromaterapia na atualidade é o uso dos óleos essenciais 
baseando­se somente em seus nomes populares. Comprar um óleo para tratamento 
de fígado só pelo nome “alecrim” sem saber se ele possui verbenona, por exemplo, 
pode ser um erro, pois, se ele não contiver esse composto, o alecrim (Rosmarinus 
officinalis) não será tão eficaz para tratamento hepático. Também se o alecrim com­
prado for ser utilizado para inalação como estimulante e não contiver alto teor de 
cânfora, não dará muito efeito sobre o sistema nervoso e daí apresentará resultados 
decepcionantes para fadiga. E assim por diante.
O orégano produz óleos com teores de carvacrol com diferentes princípios ativos, 
devido às espécies e subespécies. Conforme relação: 
• Origanum vulgare (0.5­71%);
• Origanum smyrnaeum (83%); 
• Origanum gracile (9%);
• Origanum maru (44%); 
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• Origanum onites (68%);
• Origanum dubium (71%);
• Origanum dubium var. linalol (linalol 65% e carvacrol 12%);
• Origanum vulgare subsp. hirtum (3­84%) e Thymus capitatus (44­75%).
Cada espécie desses óleos é cultivada em países diferentes. Contudo, algumas 
empresas insistem erroneamente em dar o nome botânico de Origanum vulgare
para todas as espécies. Pesquisadores na Turquia têm comprovado o potencial tera­
pêutico do óleo de orégano no tratamento de câncer de pulmão.
O alecrim (Rosmarinus officinalis) possui três quimiotipos principais:
• QT1, normalmente vindo da Espanha e que possui alto teor em cânfora;
• QT2, produzido na França, Inglaterra e Índia e de maior teor em cineol (eucaliptol);
• QT3, produzido somente na França e que possui predominância da cetona
verbenona.
No Brasil, o óleo essencial é extraído da planta conhecida como alecrim do campo, 
sabe­se que existem dois tipos, uma encontrada no interior de Minas e outra no 
Nordeste brasileiro. O alecrim é indicado, como dito, para problemas hepáticos e da 
vesícula. O problema é que tais indicações são restritas somente ao QT3 verbenona, 
pois essa cetona é seu maior princípio ativo. 
Os outros quimiotipos não têm a mesma efetividade no tratamento. Infelizmente 
são poucos livros que falam disso ou professores que alertam essas diferenças. Utilizar 
um óleo de alecrim sem verbenona tem pouca eficiência na terapia do tratamento de 
distúrbios hepáticos.
O óleo de sálvia esclareia (Salvia sclarea) é outro exemplo. Tomemos por exemplo 
às suas principais indicações, para o tratamento de desordens menstruais, menopausa 
e mioma. O princípio ativo da esclareia é o esclareol, é esse que fornece efetividade 
para tal tratamento.
A Bulgária é o maior produtor de óleo de sálvia esclaréea, a qual é cultivada 
também na França, Índia, EUA e ainda em outros países. Existem e são produzidos 
vários tipos de óleos de esclareia, os quais são diferentes conforme local de cultivo, 
extração e fatores do meio ambiente. 
Temos os óleos mais caros devido à alta proporção de esclareol ( 3%­3,5%); e 
óleos mais baratos, mas com baixa proporção desse composto (menos de 1%). 
Muitos distribuidores e revendedores de óleos essenciais preferem os óleos mais 
baratos, por não conhecerem ou por ignorarem os valores terapêuticos do esclareol. 
Infelizmente, isso faz com que muitos terapeutas tenham resultados nas terapias decep­
cionantes com a sálvia ao tentarem empregá­la no tratamento de distúrbios femininos. 
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UNIDADE Óleos Essenciais
Óleos Naturais e Óleos Sintéticos
No disputado mercado dos óleos, situamos que existem os óleos voláteis obtidos 
das plantas (fitogênicos) e os produtos sintéticos produzidos para que sejam imita­
ções dos naturais, os quais costumam ser muitas vezes rotulados como “essências”. 
Por isso recomenda­se que, para uso farmacêutico e na Aromaterapia, somente 
os naturais, deve­se evitar o uso dos elementos sintéticos. Como um caso de exce­
ção, o óleo volátil de baunilha (que contém vanilina).
Contudo, lembre­se que há marcantes diferenças entre o que é natural e um mate­
rial sintético, como algumas apresentadas a seguir:
• Pode­se afirmar que é dificil, através de uma recriação humana, reproduzir com 
perfeição o aroma de um óleo natural. As diferenças entre um sintético e um 
 natural já estão marcadas na composição elementar químicados óleos naturais e 
dos sintéticos. Com isso, já seria suficiente o fato de impedir o uso quando se 
tratar de doenças físi cas e, se por exemplo, esse produto for ingerido, isso pode 
ocasionar a intoxicação sem resolver o problema do consultante;
• Na homeopatia, o produto de origem sintética não transporta neste a energia 
da planta, com isso abstrai­se o uso terapêutico dentro da aromaterapia em um 
nível psicoterapêutico. Pois, dos óleos essenciais, muitos dos efeitos energéti­
cos se dão não s omente no aroma, mas também pela frequência energética e 
 memória que eles possuem;
• Pessoas que relatam reclamando de alergias respiratórias pelo uso de essências 
de origem sintéticas sem saber com exatidão se são ou não naturais. Porém, ao 
passarem a usar os óleos de origem natural, percebem a diferença marcante nos 
 resultados e o desaparecimento das alergias. Portanto, é importante saber dife­
renciar o produto que você está comprando para ter garantia de seus benefícios, 
e não correr o risco de intoxicar seu cliente.
Devido à importância desse item, agora veremos algumas formas de se distinguir um 
produto natural de um sintético, bem como um bom produto de um de má qualidade.
Primeiro passo, é compreender, e infelizmente ter que aceitar que, no Brasil, cerca de 
90% dos óleos que estão no mercado não apresentam mais a sua composição original. 
Um outro fato importante é a origem ou a correta identificação da planta, pro­
dência, origem geográfica, elementos que podem possibiltar a identificação botânica 
e determinar a composição, pois temos que considerar os quimiotipos diversos dos 
óleos, que surgem de acordo com o solo, clima e habitat na qual a planta foi cultivada. 
Um exemplo é o alecrim, que só na França possui dois quimiotipos diferentes: um 
cultivado no Sul e outro, no Norte.
Outro fator importante está na colheita da planta e o processo de extração do 
óleo, como foi apresentado no item 3, métodos de extração dos óleos essenciais, que 
 interferem expressivamente na composição química final do produto. A adulteração ou 
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 falsificação ocorre já há muito tempo. A fraude pode acarretar consequências negativas 
para a saúde do usuário e, portanto, merece especial atenção esse tipo de problema. 
A seguir, os principais procedimentos de falsificar óleos voláteis:
• Adição de compostos sintéticos, de baixo preço, tais como álcool benzílico ou 
octílico (de cereais);
• Mistura do óleo volátil de qualidade com outros óleos de menor valor para 
 aumentar o rendimento;
• Falsificação completa do óleo através de misturas de substâncias sintéticas dis­
solvidas em um veículo inerte.
Na hora de adquirir um óleo essencial, deve­se atentar às seguintes observações:
• Um óleo essencial não é vendido em vidro transparente, pois é sensível em sua 
constituição, logo, quando em contato com a luz solar, oxida­se com facilidade, 
perdendo então suas propriedades terapêuticas. Ao ser adquirido, deve estar 
conservado em frascos de cor âmbar ou azul cobalto;
• Os óleos essenciais não possuem cores extravagantes, como roxo, lilás etc. 
 Somente o óleo de camomila e poucos outros apresentarão a coloração azu­
lada, pois, em sua composição, encontra­se o camazuleno, o que lhe confere 
o tom azulado. Já a tangerina, laranja e orégano terão a cor alaranjada; o 
p atchouli, a casca de canela e o vetiver, a cor marrom; e o cedro de Himalaia e 
a bergamota, a cor esverdeada;
• Nos outros casos, não se encontra óleos com cores que vão além do transparente 
e do amarelo claro. Normalmente produtos coloridos o são pela adição de anilinas.
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UNIDADE Óleos Essenciais
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Portal Óleos Essenciais
https://bit.ly/3hN3fH2
 Leitura
Introdução à Aromatologia
FLÉGNER, F. L. Introdução à Aromatologia. São José do Rio Preto: Ed. Laszlo 
(em prelo). 
Guia de óleos essenciais de todo o mundo
FLÉGNER, F. L. Guia de óleos essenciais de todo o mundo. São José do Rio 
Preto: Ed. Laszlo (em prelo).
Guia completo dos óleos essenciais: como usar os óleos essenciais para a saúde, a beleza e o bem-estar
GARRES, H. Guia completo dos óleos essenciais: como usar os óleos essenciais 
para a saúde, a beleza e o bem­estar. 1. ed. São Paulo: Pensamento, 2018.
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Referências
ANJOS, T. dos. Aromaterapia, terapia aplicada através dos óleos essenciais. 
Rio de Janeiro: Roka, 1996.
BIRABÉN, V. Aromaterapia. São Paulo: Gente, 1997.
CORAZZA, S. R. Aromacologia, uma ciência de muitos cheiros. São Paulo: 
Editora Senac, 2002.
DAVIS, P. Aromaterapia. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
FARRER­HALLS, G. A Bíblia da Aromaterapia: o guia definitivo para o uso tera­
pêutico dos óleos essenciais. 1. ed. São Paulo: Pensamento, 2016.
GASPAR, E. D. Aromaterapia. 1. ed. São Paulo: Pallas, 2006.
HOARE, J. Guia completo de aromaterapia: um curso estruturado para alcançar 
a excelência profissional. São Paulo: Pensamento, 2011.
ROSE, J. O Livro da Aromaterapia. São Paulo: ed. Campus, 1995. 
SANTOS, A. C. F.; EL’AOUAR, I. S. Romaterapia: uma nova tecnologia de cuidado, 
prevenção e promoção da saúde. Revista Cientefico, v. 19, n. 39, 2019. Disponí­
vel em: <https://revistacientefico.adtalembrasil.com.br/cientefico/article/view/679>. 
Acesso em: 15/09/2020.
SILVA, A. R. Tudo sobre Aromaterapia. Rio de Janeiro: Roka, 1998.
SILVA, M. A. N.; COELHO, O. P.; NEVES, P. R.; SOUZA, A. R. L.; GRAZIELA, 
B. da S.; LAMARCA, E. V. Acerca de pesquisas em aromaterapia: usos e benefícios 
à saúde. Rev. Ibirapuera, São Paulo, n. 19, p. 32­40, jan./jun. 2020. Disponível 
em: <http://seer.unib.br/index.php/rev/article/download/224/173>. Acesso em: 
15/09/2020.
TISSERAND, R. A arte da Aromaterapia. Rio de Janeiro: Roka, 1993.
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