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Aluna: Mônica Lopes Ferraz. Matrícula: 201702423603. Campus R9/Taquara. EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ... DIEGO (NOME COMPLETO), nacionalidade, profissão, estado civil, portador do documento de identidade Registro Geral (RG) n° ..., inscrito no Cadastro de Pessoas físicas (CPF) sob o n° ..., residente e domiciliado no endereço (endereço completo) ..., endereço eletrônico ..., vem por meio de seu advogado, PAULO ANDRÉ (NOME COMPLETO), inscrito na OAB/UF, sob n° 123456, que esta subscreve (procuração anexa), com endereço profissional (endereço completo), local indicado para receber intimações, endereço eletrônico ..., com fulcro no art. 77, inc. V, do CPC, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, propor: AÇÃO MONITÓRIA COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA Pelo rito especial, com fulcro nos Arts. 700 e seguintes do CPC, em face de LUIZ (NOME COMPLETO), nacionalidade, profissão, estado civil, portador do documento de identidade Registro Geral (RG) n° ..., inscrito no Cadastro de Pessoas físicas (CPF) sob o n° ..., residente e domiciliado no endereço (endereço completo) ..., endereço eletrônico ..., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos: I – DOS FATOS O Autor e o Réu são amigos de infância e por possuírem uma solida relação de confiança, realizaram negócio jurídico, pautado na boa-fé dessa amizade. O Réu, querendo investir num pequeno comércio solicitou ao Autor um empréstimo no valor de R$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). Como garantia, o Réu deu ao Autor uma nota promissória no mesmo valor para pagamento em dois anos. Decorrido os dois anos acordado, o Autor procurou o Réu para devolver a nota promissória e pegar o valor que fora emprestado. Porém, o Réu alegou que ainda não tinha o valor para devolver, mas, que assim que tivesse o montante, honraria com o pagamento da dívida. Baseado na relação de amizade, o Autor não cobrou em juízo o Réu, na presunção que o mesmo, voluntariamente, quitaria a dívida sem necessidade de litigância. Para sua surpresa do autor, após dois anos da primeira cobrança, ao encontrar outro amigo de infância, em comum, foi informado que o Réu tinha constituído um grande patrimônio Aluna: Mônica Lopes Ferraz. Matrícula: 201702423603. Campus R9/Taquara. oriundo de investimentos em imóveis e por essa razão estaria se mudando para a França e já estava vendendo o que conquistou aqui no Brasil. II – DO RECOLHIMENTO DAS CUSTAS Conforme o Art. 84 do Código de Processo Civil, as despesas abrangendo às Custas dos Atos do processo, a indenização de viagens, a remuneração do assistente técnico e a diária da testemunha. Para constar, o recolhimento das Custas deste processo foi efetuado. III – DA TUTELA DE URGÊNCIA Os fatos narrados demonstram que a propositura da demanda se faz necessaríssima e urgentíssima, uma vez que o autor tentou de forma amigável equacionar a lide entre as partes, porém, sem sucesso. Resta claro que o FUMUS BONI IURIS e o PERICULUM IN MORA, remetem este juízo a um procedimento antecipatório de tutela de urgência, com fulcro no Art. 300 do CPC, para arresto dos bens, por conta da dilapidação do patrimônio, feito pela parte Ré. Há o perigo de dano ao resultado útil do processo, se não houver ação imediata deste juízo, pois o Réu é um dilapidador, reduzindo à insolvência, pois com a demora processual, não existirão mais bens suscetíveis de penhora para satisfazer a presente ação Monitória, remetendo o autor a uma situação de completa injustiça. IV – DO CABIMENTO Fica qualificado pelo crivo do Art. 700, caput e inc. I, do CPC e Art. 1.102, “a”, do CPC, em razão dos documentos em que funda a presente ação, resta demostrado o cabimento do procedimento monitório, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, pagamento de soma em dinheiro, conforme descritos nos fatos. V – DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS A presente ação versa sobre Nota Promissória prescrita, visto que já se passaram mais de 04 anos da data do vencimento e, a data da solicitação de cobrança judicial. Súmula 504 do STJ, trata da matéria em discussão, e diz que o prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte do vencimento do título. Como esclarece Garcia (2015), quando cabível a ação monitória é considerada uma via processual facultativa ao autor, dotada de maior celeridade do que o ajuizamento de demanda simplesmente condenatória, uma vez que autoriza se evidente o direito do autor, o deferimento Aluna: Mônica Lopes Ferraz. Matrícula: 201702423603. Campus R9/Taquara. pelo juiz da expedição de mandado de pagamento, de entrega da coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer. DA PRESCRIÇÃO Diante dos fatos narrados, necessário se faz, alusão ao instituto da prescrição, tendo em vista que à luz do Art. 70 do Decreto n° 57.663/1966 – Lei Uniforme de Genebra – LUG, é aplicável às notas promissórias o prazo de 03 (três anos) para a propositura da ação por falta de pagamento, em face do aceitante, contados do vencimento da cártula. No entanto, tal fato não impede ao credor propor a presente ação monitória, com fulcro no Art. 700, inc. I, do CPC, com a prevenção do pagamento da quantia em pecúnia, com o cumprimento da obrigação em dinheiro, tendo em vista que o objetivo do credor é ter admitido o título executivo, bem como a correção monetária e juros. DA TEMPESTIVIDADE Conforme exposto, o título executivo perdeu sua força executiva, face a ocorrência da prescrição, contudo, isso não equivale dizer que a presente ação é intempestiva, fatos que elucidaremos adiante. O Art. 206, § 5°, Inc. I, do Código Civil, determina que prescreve em 05 (cinco) anos a pretensão de cobrança de dívidas líquidas, constante de instrumento público ou particular. Outrossim, a Nota Promissória é Título Executivo Extrajudicial, que no presente caso perdeu sua força executiva pela prescrição, doravante, ainda possui características de dívida líquida exigível, onde o credor deverá utilizar-se da presente Ação Monitória, como meio eficaz de ter adimplida a obrigação. DO CONTEÚDO PATRIMONIAL A Cártula foi emitida pelo promitente, em razão de empréstimo, para investimento em um pequeno negócio. O crédito no valor de R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais) está explícito na Cártula, restando este como incontroverso, considerando que o próprio devedor estipulou valor e data de cumprimento da obrigação, restando ao promitente recebe-la no modo, valor e local estipulados na Nota Promissória. VI – DOS PEDIDOS Diante do exposto requer: Aluna: Mônica Lopes Ferraz. Matrícula: 201702423603. Campus R9/Taquara. a. Que seja julgado procedente o pedido de liminar uma vez que está havendo dilapidação de patrimônio, podendo causar danos irreversíveis ao Autor; b. Que seja expedido o mandado de citação por qualquer dos meios admitidos no procedimento comum, com fulcro no Art. 700, § 7° do CPC e de pagamento contra o Réu, a ser cumprido no prazo de 15 dias, nos termos do Art. 701, caput do CPC. c. Que seja condicionado ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de 5% do valor de: R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais); d. Que seja julgado procedente o pedido autoral para decretar a constituição do título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados embargos ao pelo Réu, nos termos do Art. 701, § 2° do CPC; e. O Autor declara não possuir interesse na realização da audiência de conciliação, nos termos do Art. 334, § 5° do CPC. VII – DAS PROVAS O Autor instrui o alegado com a apresentação da Nota Promissória, sem eficácia de título Executivo, nos termos do Art. 700, Caput do CPC, bem como a memóriade cálculo que serviu de base para apuração da importância devida, conforme Art. 700, § 2°, inc. I, do CPC. VIII – DO VALOR DA CAUSA Dá-se à o valor da causa R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). Nestes Termos, Pede Deferimento. Local/Data PAULO ANDRÉ OAB/UF n° 123456
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