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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro de Tecnologia e Ciências Faculdade de Engenharia Laboratório de Circuitos Elétricos I Turma 1 Aluno: Renan Larrieu de Abreu Mourão Matrícula: 201810061211 Relatório 8 Transitórios de Circuitos de 2ª Ordem AVALIAÇÃO PADRONIZAÇÃO E APRESENTAÇÃO VALOR:1,0 CLAREZA E LINGUAGEM ADEQUADA VALOR:1,0 TRABALHO RELATÓRIO/SIMULAÇÃO VALOR:2,5 MEDIÇÕES EFETUADAS VALOR:2,5 TABELAS E GRÁFICOS VALOR:1,0 COMPARAÇÃO DOS RESULTADOS VALOR:1,0 CONCLUSÕES VALOR:1,0 Professor: João Colucci Fragozo Data da Experiência: 26/11/2020 Data de Entrega do Relatório: 03/12/2020 1. Introdução Teórica Os circuitos de segunda ordem são circuitos elétricos que possuem dois elementos armazenadores de energia. Estes circuitos são formados pela associação de um ou mais resistores e de dois elementos armazenadores de energia, os quais podem ser de tipos diferentes ou simplesmente não (desde que não possam ser reduzidos a um só elemento equivalente). Entre as várias possibilidades de circuitos de segunda ordem, alguns exemplos são constituídos por: 1. Dois capacitores; 2. Dois indutores; 3. Um resistor, um capacitor e um indutor associados em série; 4. Um resistor, um capacitor e um indutor associados em paralelo, entre outros. Com isso, ressalta-se que na configuração RLC série, tem-se: Evidencia-se que a corrente que circula por cada elemento é a mesma, pois estão ligados em série. No entanto, a tensão de cada um deles é diferente. Com isso, 2. Objetivo Este experimento tem o objetivo de familiarização com circuitos de segunda ordem, bem como circuitos contendo dois elementos armazenadores de energia. Com isso, objetiva-se entender as respostas de amortecimento geradas na saída a partir da variação dos parâmetros de entrada. 3. Memorial de Cálculo Circuito RLC série Partindo da LKT, temos: 𝒗𝑪(𝒕) + 𝒗𝑹(𝒕)+𝒗 𝑳(𝒕) = 𝑽𝒊𝒏(𝒕) Sabe-se que a entrada é uma função degrau de tensão: 𝑽𝒊𝒏(𝒕) = 𝑽𝒐 · 𝒖−𝟏(𝒕) Uma vez que busca-se formar uma equação diferencial ordinária contendo somente 𝒗𝒄(𝒕), com isso, como todos os elementos do circuito estão em série, sabe-se que a corrente 𝒊(𝒕) é a mesma para todos eles, com isso, usa-se a corrente do capacitor, para isso precisa-se seguir com o seguinte processo. Dado que a tensão do capacitor é dada por: 𝒗𝒄(𝒕) = 𝒒 𝑪 Derivando os dois lados da equação, obtém-se: 𝒊(𝒕) = 𝑪 𝒅𝒗𝒄(𝒕) 𝒅𝒕 Substitui-se 𝒊(𝒕) na equação abaixo produzida pela LKT do circuito RLC em série: 𝑽𝒊𝒏(𝒕) = 𝑹𝒊(𝒕) − 𝒗𝒄(𝒕) − 𝒗𝑳(𝒕) Com isso, chega-se na EDO: 𝒅𝟐𝒗𝒄(𝒕) 𝒅𝒕𝟐 + 𝑹 𝑳 𝒅𝒗𝒄(𝒕) 𝒅𝒕 + 𝟏 𝑳𝑪 𝒗𝒄(𝒕) = 𝟏 𝑳𝑪 𝒅𝑽𝒊𝒏(𝒕) 𝒅𝒕 Comparando-se com a equação de segunda ordem: 𝒅𝟐𝒗𝒄(𝒕) 𝒅𝒕𝟐 + 𝟐𝒂 · 𝒅𝒗𝒄(𝒕) 𝒅𝒕 + 𝝎𝒐 𝟐 · 𝒗𝒄(𝒕) = 𝒇(𝒕) Com isso, sabe-se que: 𝒂 = 𝑹 𝟐𝑳 𝝎𝒐 = 𝟏 √𝑳𝑪 Dado: 𝑳 = 𝟏𝑯 𝑪 = 𝟏𝒏𝑭 𝝎𝒐 = 𝟑𝟏. 𝟔𝟔𝟐𝒌𝑯𝒛 𝜺 = 𝒂 𝝎𝒐 = 𝟏𝟓. 𝟖𝟏 · 𝟏𝟎−𝟑 𝒘𝒅 = 𝒘𝒐√𝟏 − 𝜺 𝟐 = 𝟑𝟏. 𝟓𝟕𝒌𝑯𝒛 4. Procedimentos Experimentais Circuito RLC 4.1) Alimentamos o circuito com a fonte de 5V como é visto na imagem. 4.2.a) Obtemos o sistema subamortecido para 𝑹 < 𝟔𝟑. 𝟐𝟒𝟓𝒌Ω: Saída Observa-se que a tensão no capacitor tende a tensão de entrada. 4.2.b) Obtemos o sistema criticamente para 𝑹 = 𝟔𝟑. 𝟐𝟒𝟓𝒌Ω: Saída 4.2.c) Obtemos o sistema criticamente amortecido para 𝑹 > 𝟔𝟑. 𝟐𝟒𝟓𝒌Ω: Saída 4.3) 𝑅 = 63.245𝑘Ω 4.4-I) para 𝑅 = 1𝑘Ω obtém-se 𝑀𝑝 = 4.66𝑉 4.4-II) Mendindo-se no gráfico, obtém-se 𝑻𝒅 = 𝟐𝟎𝟎𝒖𝑺 4.4-III) Medindo a distância de 0 até o instante em que ocorre o primeiro pico, obtém-se 𝒕𝒑 = 𝟏𝟎𝟎𝒖𝑺 4.4-IV) A oscilação tende ao valor de entrada 𝑽 = 𝟓𝑽 4.4-V) Neste caso em que a frequência utilizada é de 60Hz, o regime permanente acontece em 𝑻 = 𝟏𝟔. 𝟔𝟕𝒎𝑺 4.4-VI) Item desconsiderado!! 4.4-VII) Item desconsiderado!!! 4.4-VIII) 𝒘𝒅 = 𝒘𝒐√𝟏 − 𝜺 𝟐 = 𝟑𝟏. 𝟓𝟗𝒌𝑯𝒛 𝑲 = − 𝒘𝒐 𝒘𝒅 = − 𝟏 √𝟏 − 𝜺𝟐 = − 𝟏 √𝟏 − (𝟏𝟓. 𝟖𝟐𝟐 · 𝟏𝟎−𝟑)𝟐 = −𝟏. 𝟎𝟖𝟗 𝝓 = 𝒂𝒓𝒄𝒕𝒈 𝒘𝒅 𝜺 · 𝒘𝒐 = 𝟖𝟗° 4.4-IX) O aumento da resistência implica num aumento da constante alpha, 𝒂 = 𝐑 𝟐𝐋 que por sua vez implica em uma diminuição de 𝐰𝐝. Dessa forma, podemos observar que menor 𝐰𝐝, maior será o valor de intervalo de tempo 𝒕𝒑que é a diferença entre os instantes de tensão no início da curva de carga do capacitor e o instante do primeiro pico na curva do capacitor. Além disso, também é possível visualizar que quanto maior 𝒂, menor será então o intervalo de tempo 𝐓𝐝 que corresponde a diferença de instantes do primeiro pico ao segundo pico da onda de tensão 𝐯𝐂(𝐭) representada no gráfico. Esses dois fenômenos apontados acontecem porque a resistência 𝑹 é inversamente proporcional à constante 𝐰𝐝 que por sua vez é inversamente proporcional às constantes 𝐓𝐝 e 𝐭𝐩. Com isso, obtemos que 𝑹 é diretamente proporcional a 𝐓𝐝 e 𝐭𝐩, então ao aumentar a resistência, aumentamos este intervalo, e ao diminuí-la, diminuímos este intervalo. 5. Conclusões Analisa-se que as condições de sub-amortecimento, amortecimento crítico e super-amortecimento foram verificadas com êxito, pois obteve-se convergência entre valores teóricos e simulados. Dessa forma, ressalta-se que para a frequência utilizada de 60Hz, tem-se duas situações de amortecimento para cada período de onda da entrada. Além disso, evidencia-se que ao analisar com mais profundidade cada tipo de amortecimento, visualiza-se que no Circuito Subamortecido a forma de onda de uma senóide decrescente. Isso acontece, porque as soluções da equação diferencial ordinária (EDO) para esse circuito resultam em números complexos com parte reais negativas. Com isso, a tensão sobre o capacitor, varia de maneira senoidal decrescente até que, em um instante 𝑡, a exponencial negativa acabe com a oscilação. Além disso, analisa-se o Circuito Criticamente Amortecido. Ao observar a forma de onda no capacitor, pode- se ver que a tensão atinge o valor da tensão de entrada, através de uma exponencial. A causa para esse fato é que as raízes da EDO nesse circuito, são reais, negativas e idênticas, sendo assim, o potencial do capacitor varia de acordo com duas exponenciais negativas de mesmo valor, porém uma é multiplicada pelo tempo. Com isso, a onda atinge o patamar de entrada em um tempo relativamente pequeno. Finalmente, analisa-se o Circuito Superamortecido. A solução da EDO para esse tipo de circuito são duas raízes reais, negativas e diferentes. Dessa maneira, o sinal de tensão do capacitor varia de acordo com a soma de duas exponenciais negativas. Por isso, como pode ser visto no gráfico, o potencial do capacitor aproxima-se ao valor da tensão da fonte, porém nunca atinge tal valor. 6. Referências Bibliográficas 1) Charles M. Close - Circuitos Lineares LTC - 2ª Edição 2) Documento de experiência 8 de laboratório de circuitos 1 3) Boylestad, Robert L. Introdução à Análise de Circuitos. 12ª Ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2012. 4) https://pt.wikipedia.org/wiki/Filtro_eletr%C3%B4nico https://pt.wikipedia.org/wiki/Filtro_eletr%C3%B4nico