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Plano de Aula - ENSINO MÉDIO DOCENCIA - Cópia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
PLANO DE AULA
1. IDENTIFICAÇÃO
Estagiária: Elaine Rodrigues Moreti Vogt
Disciplina/curso: Língua Portuguesa
Turma: 2° ano – Ensino Médio 
2. CONTEÚDO
Variação linguística e preconceito linguístico.
3. COMPETÊNCIAS:
Empregar, nas interações sociais, a variedade e o estilo de língua adequados à situação comunicativa, ao(s) interlocutor(es) e ao gênero do discurso, respeitando os usos das línguas por esse(s) interlocutor(es) e sem preconceito linguístico. (EM13LGG402)
Utilizar as diversas linguagens (artísticas, corporais e verbais) em diferentes contextos, valorizando-as como fenômeno social, cultural, histórico, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso. (EM13LGG201)
Posicionar-se criticamente diante de diversas visões de mundo presentes nos discursos em diferentes linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de circulação. (EM13LGG302)
Analisar criticamente textos de modo a compreender e caracterizar as línguas como fenômeno (geo)político, histórico, social, cultural, variável, heterogêneo e sensível aos contextos de uso. (EM13LGG401)
4. OBJETIVOS:
- Compreender a heterogeneidade que marca a utilização da língua, sendo esta, um fenômeno variável;
- Utilizar a língua, de maneira adequada ao contexto de uso;
-Entender a língua como fator que expressa identidade pessoal ou de um determinado grupo; 
- Combater o preconceito linguístico, através da aquisição do conhecimento sobre o tema; 
- Compreender a importância das línguas culta e coloquial, entendendo que uma não menospreza a outra.
 5. SÍNTESE DO ASSUNTO
Em um país tão diversificado como o Brasil, a abordagem da variação presente também na língua, é muito importante, porém o que se percebe dentro do contexto escolar é a exaltação da norma padrão e o seu ensino como uma forma de reproduzir um “português correto”, em detrimento do uso coloquial da língua, que muitas é caracterizado como errado ou até mesmo menosprezado. 
[...] como o objeto desta ciência constitui uma atividade humana, é grande a tentação de abandonar o domínio da observação imparcial para recomendar determinado comportamento, de deixar de notar o que realmente se diz para passar a recomendar o que deve dizer-se. (MARTINET, 1971, p. 3 apud CAMACHO, 2009)
A prática profissional do professor deve valorizar seu aluno e com isso, vem a certeza de que a língua coloquial está muito mais relacionada ao dia-dia do aluno e dos falantes geral e portanto deveria também ter seu espaço de ensino nas salas de aula por parte dos professores. A diversidade está presente na vida de todo ser humano e a construção da linguagem se dá exatamente nesse cenário diversificado e miscigenado. 
A diversidade na utilização do uso de uma mesma língua (a fala) pelo conjunto dos falantes é decorrente de inúmeros fatores, entre as quais destacamos os seguintes:
a) Fatores regionais: Você já deve ter percebido que o português falado no sul do país difere do falado no norte. Ainda dentro de uma mesma região, encontram-se variações do uso da língua...
b) Fatores culturais: o grau de escolarização e a formação cultural do indivíduo são também fatores que determinam usos diferentes da língua. Uma pessoa culta, escolarizada utiliza a língua de maneira diversa da pessoa inculta ou com baixo grau de escolarização.
c) Fatores contextuais: um mesmo falante altera o registro de sua fala de acordo com a situação em que se encontra...
d) Fatores naturais: a utilização da língua pelo falante sofre influência de fatores naturais, tais como a idade e o sexo. (TERRA, 1997, p. 61)
Segundo Bagno (2002), não existe língua certa ou errada, existem sim forma adequada e inadequada de se utilizá-la. Se assim fosse, as variedades também seriam postas de forma mais natural e como resultado de construção social pessoal e coletiva.
Segundo as concepções teóricas que embasam os estudos atuais sobre as relações entre pensamento e linguagem, o pensamento é estruturado como linguagem e formado a partir da relação do indivíduo com o meio social no qual se insere. Desde criança, o sujeito tem sua estrutura psíquica desenvolvida na relação com o outro. Nos primeiros momentos da vida, os pais e a família são os elos entre o eu e o mundo; mais tarde, esses elos se ampliam para os amigos, a escola etc. Portanto, nosso pensamento e nossas linguagens estão modificando e sendo modificados pela relação com o pensamento e a linguagem do outro. Há uma inter-relação e interdependência constante. (DIAFÉRIA; PINTO, 2006, p. 3)
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Língua Portuguesa reconhecem a importância da temática e também abordam a questão do preconceito linguístico causado principalmente pela desinformação, ou mesmo a informação errada. O maior problema é que esse preconceito pode ser muitas vezes maior devido ao posicionamento do professor em sala de aula. 
A Língua Portuguesa, no Brasil, possui muitas variedades dialetais. Identificam-se geográficas e socialmente as pessoas pela forma como falam. Mas há muitos preconceitos decorrentes do valor social relativo que é atribuído aos diferentes modos de falar: é muito comum considerar as variedades linguísticas de menor prestígio como inferiores ou erradas. O problema do preconceito disseminado na sociedade em relação às falas dialetais deve ser enfrentado, na escola, como parte do objetivo educacional mais amplo de educação para o respeito à diferença. Para isso, e, também, para poder ensinar Língua Portuguesa, a escola precisa livrar-se de alguns mitos: o de que existe uma forma “certa” de falar _ a que se parece com a escrita _ e o de que a escrita é o espelho da fala _ e, sendo assim, seria preciso “consertar” a fala do aluno para evitar que ele escreva errado. Essas duas crenças produziram uma prática de mutilação cultural que, além de desvalorizar a forma de falar do aluno, tratando sua comunidade como se fosse formada por incapazes, denota desconhecimento de que a escrita de uma língua não corresponde inteiramente a nenhum de seus dialetos, por mais prestígio que um deles tenha em um dado momento histórico. (BRASIL, 1998, p.26)
Em relação ao preconceito abordado, podemos dizer que quando o ensino da língua nesse aspecto, se torna eficaz em combate-lo, vivenciamos a vitória da essência dela. A discriminação na verdade se mostra como sendo sinal do quanto a língua pode ser utilizada erroneamente, como símbolo de dominação e superioridade social, se ela menosprezar as suas variantes.
O preconceito linguístico fica bastante claro numa série de afirmações que fazem parte da imagem (negativa) que o brasileiro tem de si mesmo e da língua falada por aqui. Outras afirmações são até bem intencionadas, mas mesmo assim compõe uma espécie de " preconceito positivo” que também se afasta da realidade. (BAGNO, 1999, p. 13).
Por fim, na prática, a aquisição do conhecimento didático nos torna capazes de exercer nosso papel em relação à cidadania, como nenhum outro meio é capaz. Aprender a norma culta é essencial para o falante, já que a apropriação do conhecimento também a inclui, mas valorizar a construção da língua nos traz aceitação e igualdade.
Parece haver cada vez mais, nos dias de hoje, uma forte tendência a lutar contra as variadas formas de preconceito, a mostrar que eles não têm nenhum fundamento racional, nenhuma justificativa, e que são apenas o resultado da ignorância, da intolerância ou da manipulação ideológica. Infelizmente, porém, essa tendência não tem atingido um tipo de preconceito muito comum na sociedade brasileira: o preconceito linguístico. Muito pelo contrário, o que vemos é esse preconceito ser alimentado diariamente em programas de televisão e de rádio, em colunas de jornal e revistas, em livros e manuais que pretendem ensinar o que é “certo” e o que é “errado”, sem falar, é claro, nos instrumentos tradicionais de ensino da língua: a gramática normativa e os livros didáticos. (BAGNO, 2002, p. 13)
6. DESENVOLVIMENTO DA AULA 
A aula desenvolvida no youtube ocorrerá de formaexpositiva, com recursos simples. No primeiro momento, será realizada uma breve exemplificação de como a língua pode variar, usando como ponto de partida o nome da mandioca, que em alguns lugares pode ser conhecida como aipim, maniva, pão de pobre, dentre outros. Depois, ocorrerá a ampliação do tema para outras variações no vocabulário utilizado. A partir daí, levando em conta que o aluno foi capaz de perceber essas alterações, os tipos de alteração serão abordadas separadamente.
A primeira variação apresentada, é a variação diafásica, com as possibilidades formal e informal da língua. Depois temos a variação histórica, usando a “evolução” da palavra você para exemplificar como a língua realmente se alterou com o passar do tempo. A próxima variação a ser apresentada, é a regional, com o regionalismo alterando a língua através de sotaques e vocabulários tão diversificados. Por fim, temos a variação diastrática, referente aos grupos sociais e uma abordagem também a respeito do “internetês”, ou seja, a linguagem utilizada na internet pelos usuários e que também possui suas particularidades. 
No final da aula, ocorre a apresentação do preconceito e o incentivo de que ele seja combatido, como resultado do aluno ter entendido que o fato da língua ser totalmente diversificada, não é um erro e sim um processo natural que envolve a fala e os falantes. O vídeo em si apresenta os cartazes e tudo é exemplificado para esclarecer ao aluno.
Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=Sq17j8JgrtY&t=342s>
7. RECURSOS:
Folhas de ofício, pincel atômico e lápis de cor para confecção de cartazes.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BAGNO, Marcos. Dramática da língua portuguesa: tradição gramatical, mídia & exclusão social. Loyola: São Paulo, 2003. 
BAGNO, Marcos. Preconceito linguístico – o que é, como se faz. 15 ed. Loyola: São Paulo, 2002. 
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a Base. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2017. Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC-EI-EF-110518-versaofinal-site.pdf>. Acesso em: 23 de Abril de 2020
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclo do Ensino Fundamental _ Língua Portuguesa. Volume: Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: MEC/SEB, 1998. BRASIL.
CAMACHO, Roberto Gomes. Uma reflexão crítica sobre a teoria sociolinguística. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44502010000100006> Acesso em: 23 de Abril de 2020.
DIAFÉRIA, Celina. PINTO, Mayra. Construindo Consciências: português, 6ª série. Assessoria Pedagógica. 1 ed. Scipione: São Paulo, 2006.
TERRA, E. Linguagem, língua e fala. Scipione: São Paulo, 1997.
UNINTER. Centro Universitário. MANUAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: Ensino Fundamental – Planejamento de aulas e Docência. Carga horária: 100h. Curitiba-PR, 2018.

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