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Trabalho_Condutores - Jefferson_Leonardo_Cruz

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TÉCNICO EM ELETROTÉCNICA
JEFFERSON LEONARDO CRUZ
CONDUTORES ELÉTRICOS UTILIZADOS NAS INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
BAIXA TENSÃO
CRICIÚMA
2018
JEFFERSON LEONARDO CRUZ
CONDUTORES ELÉTRICOS UTILIZADOS NAS INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
BAIXA TENSÃO
Trabalho apresentado à disciplina Projetos elétricos II, solicitado pela Prof. Janaina Quarti.
CRICIÚMA
2018
Isolação do condutor
A isolação dos cabos elétricos deve ser constituída por material plástico, podendo ser do tipo termoplástico ou termofixo.
Os termoplásticos são compostos que não curam ou amolecem com a alta temperatura. Os termofixos possuem uma estrutura rígida mesmo a altas temperaturas e após processados não voltam mais ao seu estado original
Os materiais plásticos mais utilizados na isolação dos cabos de baixa tensão são:
PVC - Composto termoplástico à base de policloreto de vinila.
LSHF/A - Composto poliolefínico termoplástico não halogenado.
HEPR - Composto termofixo à base de etilenopropileno de alto módulo.
XLPE - Composto termofixo à base de polietileno reticulado. 
Para a escolha do condutor adequado para cada projeto, é importante conhecer os limites térmicos dos materiais da isolação:
	Limites térmicos dos condutores em função dos materiais da isolação
	Material de isolação
	Temperatura máxima
em regime permanente
	Temperatura máxima
em regime de sobrecarga
	Temperatura máxima
em regime de curto-circuito
	PVC
	70°C
	100°C
	160°C
	LSHF/A
	70°C
	100°C
	160°C
	HEPR
	90°C
	130°C
	250°C
	XLPE
	90°C
	130°C
	250°C
Regime permanente: Temperatura de operação normal do condutor.
Regime de sobrecarga: O cabo quando submetido ao regime de sobrecarga tem sua vida útil reduzida. Nas temperaturas acima, não pode superar 100 horas em 12 meses consecutivos, nem 500 horas durante a vida do cabo. 
Regime de curto-circuito: Nessas temperaturas a duração máxima do curto-circuito deve ser e 5 segundos.
O limite térmico da isolação é uma variável importante para determinar a capacidade de condução de corrente elétrica de um condutor. Param uma mesma seção nominal, o condutor isolado em HEPR possui capacidade de condução de corrente maior do que o isolado em PVC, por exemplo. Essa característica pode ser verificada comparando os valores das tabelas de capacidade de condução de corrente dos cabos com isolação 70°C e 90°C.
Classe de Encordoamento
Uma questão formulada pelos profissionais da área com grande frequência é sobre quais as diferenças básicas, além do aspecto construtivo, entre os condutores rígidos e flexíveis. Em princípio, sem abordarmos muitos detalhes, a única diferença entre tais condutores está no grau de flexibilidade final do cabo. Nos demais aspectos, como tensão de operação, capacidade de corrente, queda de tensão, suportabilidade às sobrecargas e curtos-circuitos não há nenhuma diferença. Dessa forma, os cabos flexíveis são utilizados nas mesmas aplicações que os rígidos, com a vantagem de uma maior facilidade no seu manuseio. Graças a isso, o tempo necessário para instalar os cabos flexíveis é menor do que para os cabos não-flexíveis, o que implica uma redução na mão de obra de instalação. Atualmente, economizar nos custos de instalação é um bom negócio para todos: clientes e fornecedores.
Um condutor elétrico pode ser constituído por uma quantidade variável de fios de cobre, desde um único fio até centenas deles. Essa quantidade de fios determina a flexibilidade do cabo. Quanto mais fios, mais flexível o condutor e vice-versa. Para identificar corretamente o grau de flexibilidade de um condutor, é definida pelas normas técnicas da ABNT a chamada classe de encordoamento. De acordo com essa classificação apresentada pela NBR 6880, são estabelecidas seis classes de encordoamento, numeradas de 1 a 6, seguindo uma ordem crescente de flexibilidade. A norma define ainda, como caracterizar cada uma das classes, em função do número de fios, diâmetro e resistência elétrica máxima. A NBR 6880 estabelece valores de resistência elétrica máxima, número mínimo e diâmetro máximo dos fios que compõem um dado condutor. Isso, na prática, resulta que diferentes fabricantes possuam diferentes construções de condutores para uma mesma seção nominal (por exemplo, 10mm2). A garantia de que o valor da resistência elétrica máxima não seja ultrapassado está diretamente relacionada a qualidade e a pureza do cobre utilizado na confecção do condutor.
A classe de encordoamento dos cabos flexíveis está relacionada com o diâmetro dos fios elementares. Quanto menor o diâmetro dos fios, maior será a classe e consequentemente maior será a flexibilidade do condutor.
A norma que especifica os tipos de encordoamento é a NBR NM 280 – Condutores de Cabos Isolados, e todas as classes desde que produzidas conforme esta norma, possuem capacidade de condução de corrente elétrica similar para uma mesma seção nominal.
A escolha da classe de encordoamento dos condutores para uma instalação é feita de acordo com o tipo da aplicação. Normalmente em instalações aéreas são utilizados cabos rígidos (classe 2) e em eletrodutos são utilizados cabos flexíveis (classe 4 ou 5). É recomendado que o dimensionamento das bitolas dos cabos deve estar conforme NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão, e sempre realizado por um profissional capacitado.
Classificação quanto ao número de Condutores
Dependendo da quantidade de condutores que podem trabalhar em forma independente, estes se classificam em:
Unipolar: É o condutor elétrico que tem uma só alma condutora com isolação e
com ou sem cobertura.
Multipolar: É o condutor elétrico que tem duas ou mais almas condutoras, envolvidas cada uma com sua respectiva isolação e com uma cobertura comum.
Bibliografia
Leonardo Energy, Condutores apostila. Disponível em: <https://www.leonardo-energy.org.br/wp-content/uploads/2018/02/Doc-19-1-Cap-1_Condutores_apostila.pdf>. Acesso em 5 de outubro de 2018.
Corfio, Material Informativo. Disponível em: < https://www.corfio.com.br/pt/informativo/6>. Acesso em 5 de outubro de 2018.
Primus Materiais Elétricos, entenda melhor as classes de encordoamento dos fios. Disponível em: http://www.primusmateriaiseletricos.com.br/93-blg-entenda-melhor-as-classes-de-encordoamento-dos-fios>. Acesso em 5 de outubro de 2018.

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