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UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP
Pedagogia-licenciatura
MATILDE APARECIDA PAES DA SILVA
RA: 2380723807
projeto integrador ii
titulo: A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS
Osasco-SP
2020
matilde aparecida paes da silva
titulo: A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DA FAMÍLIA NA VIDA ESCOLAR DOS FILHOS
Projeto Integrador apresentado à UNIVERSIDADE ANHANGUERA - UNIDERP, como requisito parcial à conclusão do PROJETO INTEGRADOR II – Curso de Licenciatura em Pedagogia.
Coordenadora de Curso: Prof. Maria Claudia Tiveron Leme da Costa 
INTRODUÇÃO:
Ao longo do processo de aprendizagem, as crianças passam por diversas fases, visto que o desenvolvimento acontece o tempo inteiro de forma integral ao longo da vida, principalmente, em uma relação na qual se possibilita saberes por meio de experiências as quais entramos em contato.
Por essa razão, a educação vista como um processo de desenvolvimento, permeia todos os meios em que a criança convive.
Quando levamos em consideração que muitas crianças reproduzem na escola as atitudes que presenciaram em casa ou compartilham em casa o conhecimento adquirido na escola, é fundamental que a família e a escola andem de mãos dadas, para assim, promover uma educação de maior qualidade.
Essa integração entre família e escola é um processo em que todos saem ganhando. A família consegue alinhar a rotina, acompanhar o desenvolvimento da criança e ajudá-la melhor. Já a escola ao trazer para o diálogo os saberes, contradições, memórias e os valores das famílias e comunidade, reafirma a opção de adotar a perspectiva da educação e crescimento de um ser humano integral.
A aproximação dos responsáveis e da escola possibilita o aumento na qualidade das ações com as crianças, bem como, fortalece o vínculo e o respeito mútuo, tornando parceiros os responsáveis por esta educação.
Os pais têm suas expectativas geradas em relação da escola junto aos seus filhos e a escola com relação a participação dos pais no ambiente escolar. A família espera que a escola solucione as dificuldades de aprendizados dos filhos, e a escola conta com o suporte dos pais para as que as dificuldades apresentadas sejam resolvidas e que ter uma boa relação entre ambos, possa influenciar positivamente no desempenho do aluno.
De acordo com Nogueira (2006): 
“Tendo se tornado quase impossível a transmissão direta dos ofícios dos pais aos filhos, o processo de profissionalização passa cada vez mais por agências específicas, dentre as quais a mais importante é, sem dúvida, a escola” (p.161). A escola se torna o meio social mais considerável para a instrução educacional das crianças, deixando a família de ser a única instituição responsável por esta obrigação.
De acordo com Rego (2003), a família e a escola dividem funções sociais, políticas e educacionais, conforme colaboram e influenciam a formação do indivíduo. Conforme Dessen e Polonia (2007):
“Na instituição escolar, os conteúdos curriculares certificam o ensino e aprendizagem do conhecimento onde há uma maior preocupação por parte da escola. Na família, as preocupações principais já são outras, entre elas o processo de socialização da criança, como também a proteção, as condições básicas e também o desenvolvimento social, afetivo e cognitivo de seus componentes”
Com uma jornada dupla de trabalho, dentro e fora de casa, a estrutura familiar tem que ser repensada para que a criança tenha os devidos cuidados que necessita. Muitas mães que são os pilares de muitas famílias, são obrigadas a deixarem seus filhos em creche ou aos cuidados de terceiros, quando ao final do dia, cansada da rotina do dia a dia do trabalho, não conseguem conciliar todas as atividades dos afazeres domésticos e a presença nas atividades escolares dos filhos.
De acordo com Nogueira (2006);
Entretanto, não se trata, nem dos pais prestarem uma ajuda unilateral à escola, nem a escola repassar parte do seu trabalho para os pais. O que se pretende é uma extensão da função educativa (mas não doutrinada) da escola para os pais e adultos responsáveis pelos estudantes. É claro que a realização desse trabalho deverá implicar a ida dos pais à escola e seu envolvimento em atividades com as quais ele não está costumeiramente comprometido” (p.4)
JUSTIFICATIVA:
Ao nascer a criança já é inserida na sociedade pela influência das famílias, e assim, acaba por incorporar a cultura que a cerca, a qual engloba modelos de valores morais, crenças, religião e ideia que lhe serve como base de comportamento. É nestas transformações que ocorrem um processo de influências entre a instituição família e acaba por absorver essa influência externa, transformando e construindo a personalidade do indivíduo.
Segundo Polonia e Dessen (2005), a escola e a família destacam-se como duas instituições fundamentais cuja a importância só se compara à própria existência do Estado como fomentador dos processos evolutivos do ser humano, proporcionando ou inibindo seu crescimento físico, intelectual e social. 
A questão da participação dos pais na educação escolar dos filhos é de grande importância, devendo acontecer frequentemente, acompanhando todo o processo educativo. Para que isso aconteça é necessário que a escola e a família estejam em sintonia para exercer sua influência no desenvolvimento da criança. De acordo com Durkheim (1978) 
A educação é a ação exercida pelas gerações adultas sobre as gerações que não se encontrem ainda preparadas para a vida social: tem por objeto suscitar e desenvolver, na criança, certo número de estados físicos, intelectuais e moras, reclamados pela sociedade política, no seu conjunto, e pelo meio especial que a criança particularmente se destine. (p.41)
 
A família tem por obrigação, elaborar estratégias que assegure seus filhos para terem melhorias e condições de estudos. Os pais devem participar e ser ouvida pela escola, que deve auxiliar e instruí-los para que haja sucesso nesse processo. Esta parceria deve estar entrelaçada com a escola, com a comunidade, os professores, para que esses alunos se tornem futuros cidadãos mais competente e capaz de cumprir seu papel de acolher a diversidade como um todo. Contudo, as professoras observam que quando a criança tem a participação dos pais na escola seu rendimento escolar é bem mais satisfatório. O aprendizado da criança que tem o acompanhamento em casa é muito melhor, a criança tem interesse de estudar, quando a criança tem ajuda em casa e a orientação dos pais o processo de ensino e aprendizagem é bem mais elevado
A respeito dessa relação entre família e escola. Paro (2007) pontua que:
“O querer aprender” é também um valor cultivado historicamente pelo homem e, portanto, um conteúdo cultural que precisa ser apropriado pelas novas gerações, por meio do processo educativo. Por isso, não cabe à escola, na condição de agência encarregada da educação sistematizada, renunciar a essa tarefa. Por isso, é que não cabe à escola a responsabilidade por seu fracasso” (p.14).
PROBLEMA:
Como objetivos específicos, buscamos analisar a importância da família na educação dos filhos, verificar como a família e os professores podem contribuir na aprendizagem dos educandos, analisar o rendimento escolar dos alunos cuja família não é participativa na escola e levantar o porquê de alguns pais não acompanharem os estudos de seus filhos na escola. Podemos constatar através desse trabalho que muitos pais não estão participando da vida escolar dos filhos e que poucos participam de eventos que a escola proporciona. Os professores afirmaram que a não participação de algumas famílias tem afetado o desempenho escolar de vários alunos, pois os mesmos precisam do auxílio da família no processo educativo e muitas vezes não recebem a devida atenção. 
Conforme Rossini (2008), independente da família que a criança tem, seja ela nuclear ou monoparental, os responsáveis por ela, quase sempre desprovida de amor, afeto e segurança, devem assumir sua responsabilidade de educar e também contribuir com a escola, uma vez que, independentedo estado civil dos pais, os mesmos têm a obrigação de ser pai e mãe e ajudá-la em suas necessidades e ficar atentos às fases que ocorrem na sua vida, como primeira infância, adolescência, entre outras. 
Durante algumas décadas, presenciávamos crianças fora da escola, trabalhando e pedindo em faróis, pois eram forçadas a trabalhar para ajudar no sustento da casa. Porém, tudo mudou com relação aos direitos infantis e com a proibição do trabalho infantil.
Os pais que planejam o futuro de seus filhos, buscam diversas estratégias para que ele possa ter sucesso em suas escolas e assumem desta forma a responsabilidade pelos êxitos e pelos fracassos dos seus filhos. Nogueira (2006), ressalta que:
“Os pais tornam-se, assim, os responsáveis pelos êxitos e fracassos (escolares, profissionais) dos filhos, tomando para si a tarefa de instalá-los da melhor forma possível na sociedade. Para isso, mobilizam um conjunto de estratégias visando elevar ao máximo a competitividade e as chances de sucesso do filho, sobretudo face ao sistema escolar – o qual, por sua vez, ganha importância crescente como instância de legitimação individual e de definição dos destinos ocupacionais” (p.161 – 2006)
Ao planejar suas aulas, os professores “devem incluir e considerar a participação dos pais nas atividades, uma vez que o aluno, ao sair da escola, é responsabilidade dos pais auxiliar seus filhos nestes deveres para que a aprendizagem se concretize”, como propôs Lopez (2009, p. 77). 
METODOLOGIA
Vimos que a relação família e escola é, sem dúvida, um dos temas mais discutidos na contemporaneidade, seja por pesquisadores, ou gestores dos sistemas e unidades de ensino em quase todo o mundo.
Porém, temos observado que nos últimos anos a família está deixando para a escola a responsabilidade da educação das crianças, não está havendo de fato, uma integração entre esses dois sistemas no que concernem as tarefas relativas ao aprendizado das crianças.
Ao desconhecer as pessoas, suas formas de vida, seus motivos, suas concepções, a escola não percebe as diferenças que existem entre o eu e o outro perdendo a chance de dialogar com quem a freqüenta. Com base em Todorov (1983) pode-se dizer que o que a escola faz, por meio de seus professores, é uma projeção do sujeito enunciante sobre o universo, uma identificação entre meus valores e os valores. A escola não fala diretamente ao outro, mas para o outro, portanto, não reconhece nele uma qualidade de sujeito. (GARCIA, 2006)
A parceria entre a família e a escola é de suma importância para o sucesso no desenvolvimento intelectual, moral e na formação do indivíduo na faixa etária escolar.
Afinal, por que até hoje em pleno século XXI a escola reclama da pouca ou insignificante participação da família na escola, na vida escolar de seus filhos? Seria uma confusão de papéis? Onde estaria escondido o ponto central desse dilema que se arrastam anos e anos? (GARCIA, 2006, p. 12)
Para Garcia (apud Bianchinni, 2005, p.271). 
“O pensamento de lançar fora todo o passado configura-se como uma solução mágica e ao mesmo tempo assustadora”
Hoje em dia, é impossível imaginar qualquer projeto de inovação e de mudança que não passe pelo investimento positivo dos poderes da família e das comunidades. É preciso pensar a escola como um todo inserido na sociedade, pensar na democratização do sucesso (dela e de todos os sujeitos) que passa pela participação de todos os agentes sociais, dentre eles os parceiros.
E especialmente o protagonismo juvenil, tendo o jovem como principal fonte de mobilização das ações da escola, conhecendo e reconhecendo-se, saindo dos limites estreitos da sala de aula e indo além dos muros escolares, eliminando os rótulos e preconceitos existentes, abrindo-se para as novas possibilidades de ser do outro e de ser com o outro.
Em nossa pesquisa vimos que não cabe à escola e à família perpetrarem justiça social, participação política consciente e justa distribuição de bens simbólico-culturais, entre eles os epistêmicos, onde a economia não se faz justa, onde a política não é ancorada na soberania do povo e onde a cultura simbólica e os diversos conhecimentos humanos não são concretamente produzidos, disponibilizados e apropriados segundo os critérios equânimes da igualdade nas diferenças e da liberdade responsável.
CRONOGRAMA
	Atividades
	Agosto
	Setembro
	Outubro
	Novembro
	Dezembro
	1. Observar orientações
	X
	X
	
	
	
	1. Pesquisa bibliográfica
	
	X
	X
	
	
	1. Pesquisa documental
	
	X
	X
	
	
	1. Pesquisa de campo
	
	
	X
	X
	
	1. Análise do material coletado
	
	
	X
	X
	
	1. Redação do artigo
	
	
	X
	X
	
	1. Finalização do artigo
	
	
	
	X
	
	1. Postagem do artigo no AVA
	
	
	
	X
	
BIBLIOGRAFIA
www.escoladainteligencia.com.br/qual-e-a-responsabilidade-dos-pais-de-estudar-com-o-filho
www.fadc.org.br/noticias/a-importancia-da-familia-na-escola-para-o-desenvolvimento-da-crianca
www.jusbrasil.com.br/artigos/busca/Art.27daLeideDiretrizese basesLei+9394/96
www.meuartigo.brasilescola.uol.com.br/pedagogia/relacao-familia-escola-uma-parceria-importante-no-processo.htm
MITTLER, Peter. Educação Inclusiva: Porto Alegre: Ed. ARIMED, 2003
www.pedagogiaaopedaletra.com/importancia-do-meio-familiar-no-processo-de-aprendizagem-da-crianca/
TÍTULO DO ARTIGO CIENTÍFICO
COMO FORTALECER A PARCERIA COM AS FAMÍLIAS PODE AJUDAR A MELHORAR NOS RESULTADOS DA ESCOLA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...............................................................................................pg.16/19
DESENVOLVIMENTO........................................................................................pg.20
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................pg.20/22
MATERIAL E MÉTODOS...............................................................................pg.22/23
RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................pg.23/24
CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................pg. 25
REFERÊNCIAS..................................................................................................pg.26
INTRODUÇÃO
O texto pretende contribuir com as discussões sobre a relação entre a escola e a família, analisando a forma como a temática das relações entre essas duas instituições, ESCOLA X FAMÍLIA, é, sobretudo nos dias de hoje, uma das mais palpitantes questões discutidas por pesquisadores e/ou gestores dos sistemas e unidades de ensino em quase todo o mundo. Este fato é evidenciado, por um lado, pelo expressivo número de pesquisas e publicações especializadas sobre o assunto, e, por outro, pela preocupação manifestada nos mais diversos fóruns (de reuniões escolares a fóruns nacionais e internacionais) pelos profissionais responsáveis por gerir simples unidades escolares ou complexos sistemas nacionais de ensino. No campo das pesquisas acadêmicas, talvez a área que mais tem se voltado para o estudo e entendimento das relações entre escola e família seja, não por acaso, a Sociologia e, subalternamente, os estudos de políticas de educação. Discutindo seja temas clássicos, como o fracasso escolar, seja questões recentemente incorporadas, como as trajetórias escolares, os sociólogos da educação têm continuamente chamado a atenção para a implicação da instituição familiar com a escola. 
Ao observar a instituição escola e a família, considerando suas diferenças e semelhanças, compreendendo-as sob o olhar denso da cultura, levam-se em consideração os cidadãos, homens e mulheres, enquanto sujeitos sociais e históricos, presentes e atuantes na história da sociedade, tão arraigada de divisores de classes, que separam constantemente os homens da natural condição de igualdade. Diante de tal realidade, a escola, enquanto instrumento da educação, enfrenta grandes desafios, quanto às ações que promove.
Vimos uma relação escola-família, desenvolvida de maneira responsável e comprometida com o avanço da sociedade, é crucial para a evolução da educaçãode um país. Muitas vezes nos perguntamos, por que pais e professores ainda não conseguem se entender? Por que os pais não correspondem às expectativas da escola no que se refere à relação dia de: escola x família?
Hoje a escola reclama da ausência da família no acompanhamento do desempenho escolar da criança, da falta de pulso dos pais para dar limites aos filhos, da dificuldade que muitos deles encontram em transmitir valores éticos e morais importantíssimos para a convivência em sociedade. Por outro lado, a família reclama da excessiva cobrança da escola para que os pais se responsabilizem mais pela aprendizagem da criança, da ausência de um currículo voltado para a transmissão de valores e da preparação do aluno para os desafios não acadêmicos da sociedade e do mundo do trabalho.
É preciso compreender a família como um fenômeno historicamente situado, sujeito as alterações, de acordo com as mudanças das relações de produção estabelecidas entre os homens [...] É evidente que as funções da família vão depender do lugar que ela ocupa na organização social e na economia. (ARANHA, 1989, p. 75).
Segundo o disposto na Constituição Federal, a educação é um direito de todos, bem como dever do Estado e da própria família, devendo ser promovida e incentivada com a colaboração de toda a sociedade, para o desenvolvimento pleno da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (CF, art.205), sendo que é competência privativa da União legislar sobre diretrizes e bases da Educação Nacional, consoante o disposto no artigo 22, XXIV, do texto constitucional.
Observando a definição de que a educação, “[...] é um direito de todos e dever do Estado e da Família” (BRASIL, 1988), vê-se que a Lei Maior procura registrar em seu texto, a garantia de que as instituições ligadas ao ato educacional – Poder Público (União, Estado e Municípios) e a Família – têm a corresponsabilidade social de inserir e cuidar da educação de seus membros.
A família não é o único canal pelo qual se pode tratar a questão da socialização, mas é, sem dúvida, um âmbito privilegiado, uma vez que este tende a ser o primeiro grupo responsável pela tarefa socializadora. A família constitui uma das mediações entre o homem e a sociedade. Sob este prisma, a família não só interioriza aspectos ideológicos dominantes na sociedade, como projeta, ainda, em outros grupos os modelos de relação criados e recriados dentro do próprio grupo.(CARVALHO,M.B.,2006,p.90).
Compreende-se que, o papel a ser exercido pela escola, ultrapassa o ensino pedagógico presencial da sala de aula, e o da família, vai muito além do simples sustento (alimentação, moradia, vestuário e etc) para com os filhos que a freqüentam.
Diante de tais defesas, a análise da ligação entre as instituições, escola e família, paralelamente às diferenciações existentes entre elas, ou seja, os pontos relevantes considerados as peculiaridades e as transformações histórico-sociais, abrem espaço para questões a respeito de qual seria a real e atual relação existente entre elas, bem como estaria se dando tal relacionamento na contemporaneidade.
Di Santo (2006, p. 2), em seu artigo Família e Escola: uma relação de ajuda relata que: Atualmente, a família tem passado para a escola a responsabilidade de instruir e educar seus filhos e espera que os professores transmitam valores morais, princípios éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene pessoal. Justificam alegando que trabalham cada vez mais, não dispondo de tempo para cuidar dos filhos. Além disso, acreditam que educar em sentido amplo é função da escola. E, contraditoriamente, as famílias, sobretudo as desprivilegiadas, não valorizam a escola e o estudo, que antigamente era visto como um meio de ascensão social.
DESENVOLVIMENTO
1.1 - FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
A importância da participação da família na escola gira em torno de três pontos: a relação entre a comunidade e a escola fica mais estreita, há uma confiança mútua entre as duas instituições e o aluno passa a se interessar mais pela escola e ter um melhor rendimento. Nas escolas da rede pública há uma série de programas e atividades que visam trazer os pais para dentro da escola. A família participa de diversas formas, atravez de projeto voltados para escola e comunidade, já que sabemos que a escola e para todos(a).
A eficácia do professor aumenta quando a criança já chega à escola com bons hábitos. As crianças aprendem melhor com esses estímulos vindos da família. Isso independente do nível socioeconômico da família.
Se sua escola usa um aplicativo de comunicação, pode e deve compartilhar sempre essas dicas com as famílias. As reuniões de pais também podem ser boas oportunidades para conscientizarem sobre o papel que eles têm na educação.
1.2 - MATERIAL E MÉTODOS
Nessa pesquisa foi constatado que ultimamente as famílias muitas das vezes, estão perdendo a noção da sua importância e estão deixando toda a responsabilidade de educar para a escola, sendo que a verdadeira educação se dá no seio da família, principalmente através dos exemplos vivenciados pelos pais e familiares próximos, exemplos estes responsáveis pela conduta das crianças, como por exemplo: De nada adiantaria falar para o filho não fumar, não falar palavrões, não falar da vida dos outros se eles próprios o fazem como nós pudemos presenciar em nossa caminhada.
A educação familiar é à base de todo cidadão, a escola sozinha não faz milagres, até porque ele permanece na escola apenas por quatro horas e as outras vinte horas do dia, são com a família.
O que vemos hoje, por conta da correria atual, é que os pais estão delegando a outra essa tarefa tão importante que é EDUCAR, sendo esta tarefa de responsabilidade exclusiva dos pais e não de babás, tias, avós, sendo estas pessoas muito importantes, como apoio desse processo educativo quando seguem a mesma linha de educação.
Os pais precisam entender que o filho será amanhã o que eles 'pais', fizerem hoje por seus filhos. Muitas vezes a escola é responsabilizada, mas, não depende apenas dela a tarefa de educar.
Para haver realmente parceria entre a família e a escola, é preciso que cada um saiba exatamente quais as suas atribuições, ou seja, o que é responsabilidade da escola e o que é responsabilidade da família. Nesta parceria é importantíssimo que a família "vista a camisa" da escola escolhida para colocar seu filho e a partir daí caminhar junto sem ter atitudes adversárias, como por exemplo: Quando o filho comenta em casa que o professor chamou sua atenção por causa de comportamento inadequado, a mãe precipitadamente diz que o professor que é enjoado, chato, não tem o que fazer....
Com essa atitude estará motivando o filho a desrespeitar o professor, sendo que o ideal é se inteirar melhor sobre o acontecimento e fazer a intervenção correta, da mesma forma quando o filho não realiza uma atividade de casa por que esqueceu, ou preferiu ficar na Internet, ou sair com o colega, e ao ser cobrado pelo professor, a mãe ou o pai escreve um bilhete a pedido do filho, dando uma desculpa convincente como: ele (a) não estava passando bem, ou precisou sair com ele de última hora, enfim, abonando erradamente a falta, ou melhor, a irresponsabilidade do filho perdendo assim, a oportunidade de ensinar a responsabilidade, o compromisso, à verdade, valores fundamentais para a formação do seu caráter. Nessa parceria, ambos têm o mesmo objetivo que é EDUCAR a criança e ao adolescente num todo.
Percebemos também, que muitos pais se justificam que não estão aptos a ajudar nas realizações das tarefas, porque não conhece o conteúdo ou mesmo não se lembra mais dessas atividades que estudaram a muitos anos.
Cabe a família, apenas cobrá-los das responsabilidades e orientá-los, no caso de dúvidas tirá-las com o professor na escola e também orientá-los quanto à importância da escola e dos estudos para sua vida no futuro.
Muitos pais não têm tempo para seus filhos por causa do trabalho, como pude presenciar em nossa pesquisa, mas, com certezauma vida confortável também é importante, mas não pode ser exclusiva. A ausência da família traz no filho o sentimento de abandono e não adiantam tentar recompensar esta deficiência com presentes, roupas e coisas materiais, isto não tem o mesmo valor.
Augusto Cury em uma de suas obras ilustra muito bem este detalhe quando diz:
Seus filhos não precisam de gigantes, precisam de seres humanos. Não precisam de executivos, médicos, empresários, administradores de empresa, mas de você, do jeito que você é. Adquira o hábito de abrir o seu coração para os seus filhos e deixá-los registrar uma imagem excelente de sua personalidade. (Cury 2003, pág. 26).
A própria escola tem de mostrar coesão e transparência, trabalhando em equipe, entre si, e em relação à família de seus alunos. É muito importante que haja coerência (...) entre o que os pais e a escola fazem na educação de crianças e adolescentes, principalmente nas questões que podem prejudicar a construção do cidadão ético, feliz e competente que vai assumir o Brasil que estamos lhe deixando. (Tiba 2006, pág. 148).
Assim com o resultado desta pesquisa, é compreensível a importância de pais e professores, ambos ensinam e educam, mas cada um com seu desempenho e juntos formando um todo onde se divide responsabilidade e se multiplica soluções. Este pode ser um recurso para a educação de crianças e jovens.
1.3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO
A interação entre família e escola ajuda na redução de conflitos, se os pais e escola interagem de forma contínua e buscam resolver os problemas imediatamente, considerando sempre as causas dos conflitos e dificuldades, certamente eles encontrarão juntos as soluções que favoreçam a família, os educadores, a instituição escolar e, principalmente, os alunos.
Essa é a razão de ser da parceria entre a escola e a família.
Estimular essa cultura pode ajudar a escola a melhorar os resultados. Uma boa comunicação escolar que ajudará no crescimento da sua instituição.
Pais que enxergam os professores como aliados e professores que veem os pais como potencializadores do rendimento escolar têm mais possibilidades de conversar abertamente sobre os problemas dos alunos.
Fica mais simples identificar deficiências de aprendizagem e reprogramar o processo de ensino de maneira personalizada e eficaz. Vale destacar que o contexto de comunicação ativa, frequente, sensata e sincera é muito importante quando se trata de educação.
Estratégias para o desenvolvimento de parcerias entre pais e escola
Reuniões de conselho, apresentações de trabalhos abertas à família, deliberações coletivas, festinhas, eventos na comunidade, voluntariado dos pais e muitas outras ações resultantes da união de forças entre a família e a instituição escolar tornam o espaço mais útil e dinâmico.
Como foi dito anteriormente, uma frustração comum para professores é a apatia e a falta de participação de muitos pais nas atividades da escola. Normalmente, a falta de participação ocorre porque durante o planejamento destas atividades, as necessidades e interesses das famílias dos alunos não são consideradas (Krasnow, 1990). Assim, quando planejar uma atividade, a escola deve se certificar de que os pais e os alunos sejam ouvidos, dando-lhes oportunidades de expressarem seus desejos e percepções. Além disso, a escola deve se acautelar para não tomar decisões baseadas em estereótipos. Para isto, a escola deve ter uma mentalidade aberta procurando conhecer e entender as necessidades e interesses reais de seus alunos e suas famílias.
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A substituição da família por outra instituição pode provocar uma insegurança emocional na criança. Na escola, por ser um ambiente diferente da família a criança estabelece relações com outras crianças e com adultos, é aí que ela recebe o auxílio dos professores na busca de conhecimentos, assim cabe aos professores além de agregar suportes teóricos à formação do indivíduo, a função de apoiar as dificuldades apresentadas pelos educandos através da afetividade, função está também fundamental no convívio familiar. Nesse sentido Freddo diz que: 
		
“Apego, família e educação constituem os pilares sobre os quais a criança configura sua estrutura emocional, bem como características e peculiaridades importantes de sua personalidade e de seu modo pessoal de estar no mundo. É muito provável que se de certa continuidade entre o apego, o estilo educativo e as estruturas que caracterizam as respectivas famílias. Isso quer dizer que o modo como se configuram as estruturas familiares possivelmente depende do estilo de apego existente entre pais e filhos e do modo como a criança e o adulto se relacionam. (FREDDO, 2004, p.56).
Toda a criança precisa de um suporte de uma base para formar seus conceitos e a família é a principal responsável por isso, assim a certeza de ser amada e respeitada constrói o sentimento de segurança que irá influenciar a sua criatividade, integridade, estabilidade e, até mesmo, a possibilidade de ser um líder ou apenas um seguidor. (HUMPHREYS apud FREDDO, 2004, p.57). Na mesma linha, a influência da família sobre a criança representará o seu desempenho escolar mais tarde. Se por exemplo, a família valoriza programas de TV, filmes, passeios e shoppings ao invés de ler livros, revistas, jornais e conhecer lugares que agreguem algum tipo de cultura como museus e bibliotecas, a criança adotará também em determinada medida, esses valores para a sua conduta. Lembrando que as famílias de baixa renda não estão sendo excluídas por não ter condições de fornecer uma qualidade de vida satisfatória (alimentação, cinema, teatro, passeios), mas sim que as mesmas podem oferecer e facilitar a boa convivência procedendo assim em resultados também satisfatórios, mesmo não tendo condições econômicas tão favoráveis. A importância agregada pelos pais à educação dos filhos, o tempo gasto ao incentivar as crianças a estudar, a valorização de seus trabalhos e a participação ativa da família na escola motiva muito o educando para que este melhore o seu rendimento escolar. A literatura defende que as crianças que tem o acompanhamento familiar – boa convivência, relacionamento, regras, limites, entre outros – têm bom rendimento, não apresentando dificuldades quanto às normas e rotinas 
REFERÊNCIAS CIENTÍFICAS
	AUTOR
	BIOGRAFIA
	ARANHA (2006)
	Dewey segue a linha desse teórico que considera o aluno como o centro do processo de aprendizagem, o que exigiria método ativos e criativos de ensino, rejeitando a memorização e a repetição de conteúdo como na pedagogia tradicional. ARANHA, M. L. de A. História da educação e da pedagogia: geral e Brasil. São Paulo
	CARVALHO, Maria Eulina Pessoa de
	Relações entre família e escola e suas implicações de gênero. Cad. Pesqui. [online]. 2000, n.110, pp.143-155. ISSN 1980-5314.  https://doi.org/10.1590/S0100-15742000000200006.
	CAVALCANTE, Roseli Schultz Chiovitti
	Colaboração entre pais e escola: educação abrangente. Psicologia Escolar e Educacional, Campinas. Disponível em https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85571998000200009&lng=pt&tlng=pt
	FARIA FILHO, Luciano Mendes
	Para entender a relação escola-família: uma contribuição da história da educação. São Paulo em Perspectiva, São Paulo, p.44-50, 14 fev.2000.
26

Outros materiais