Alterações do crescimento e da diferenciação celular

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Alterações do crescimento e da diferenciação celular 1
Alterações do crescimento e 
da diferenciação celular
Class Patologia Geral
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Type Anotações de aula
Nov 20, 2020 346 PM
Divisão, crescimento ou multiplicação celular
Diferenciação celular
Classificação das células baseada no tempo de vida
Adaptação 
Classificação das alterações do crescimento e da diferenciação celular
Hipotrofia
Hipertrofia
Hiperplasia
Hipoplasia
Metaplasia
Displasia
Neoplasia
Classificação
Quanto ao comportamento
Benigna
Maligno
Macroscopia
Histogênese
METÁSTASES
Vias de disseminação
Implantação direta
Disseminação linfática
Disseminação hematogênica
Disseminação neural
Processo
Outras alterações
Alterações do crescimento e da diferenciação celular 2
Divisão, crescimento ou multiplicação celular
Formação do conjunto de células que compõem os indivíduos. 
Processo → mitose
Diferenciação celular
Processo de especialização morfológica e funcional das células de as 
permite realizar diferentes funções.
Classificação das células baseada no tempo de vida
Lábeis: em constante renovação, alto índice mitótico. Ex: 
epitélios.
Estáveis: proliferam somente após estímulo (fisiológicos ou 
patológicos), baixo índice mitótico. Ex: fígado, glândulas 
salivares.
 Perenes: não se dividem após diferenciação, inexistência de 
mitose. Ex: neurônios.
� Agressão ou estímulo → morte ou adaptação 
Adaptação 
⇒ leva a alterações do crescimento e da diferenciação celular
Agenesia
Atresia
Estenose
Ectopia/heterotopias 
Hamartias e Hamartomas
Coristias
Alterações do crescimento e da diferenciação celular 3
Classificação das alterações do 
crescimento e da diferenciação celular
Alterações do VOLUME celular
Hipotrofia
Redução quantitativa dos 
componentes estruturais e das 
funções celulares
Redução do volume celular e do 
órgão
Fisiopatologia ⇒ Aumento da 
degradação de proteínas celulares; 
Redução de nutrição, metabolismo e 
síntese.
Fisiológica: idade (senilidade), sem 
grandes prejuízos funcionais. 
Patológica: variadas causas, 
ocorrendo diminuição da atividade e 
função do órgão.
Exemplos:
Inanição - deficiência 
nutricional → hipotrofia 
generalizada principalmente 
de fibras musculares.
Desuso - músculos 
esqueléticos imobilizados em 
condições de recuperação de 
fraturas ósseas; reversível. 
Compressão - lesão 
expansiva gera pressão 
(tumores, cistos, aneurismas).
Hipertrofia
Aumento quantitativo dos 
componentes estruturais e das 
funções celulares
Aumento do volume celular e do 
órgão
Associada a adaptação celular (maior
exigência de trabalho): intenso 
estímulo para síntese de 
constituintes básicos
Requisitos funcionais para 
hipertrofia:
 Aumento do suprimento de O2 e 
nutrientes
 Integridade celular
 Inervação preservada
 Responsividade a fatores de 
crescimento
Fisiológica: processos programados 
como a gravidez, na musculatura 
uterina.
Patológica: processos não 
programados como hipertrofia 
muscular por compensação de 
atividade prejudicada
Miocárdio
Sobrecarga cardíaca
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Obstrução vascular 
(isquemia) - baixa de O2 e 
nutrientes, o principal 
exemplo é o rim na obstrução 
arterial.
Substâncias tóxicas - 
bloqueio de enzimas por 
intoxicação por chumbo.
Perda de estimulação 
nervosa -poliomelite; músculo 
esquelético
Redução de hormônios: 
órgãos alvos não sofrem a 
ação hormonal e apresentam 
hipotrofia.
Macroscopia: órgão de tamanho 
reduzido e arquitetura normal
Microscopia: células diminuídas de 
tamanho
Obstáculo ao fluxo sanguíneo
Aumento do volume sanguíneo
Comum na hipertensão 
arterial
Músculo estriado esquelético
Academia, musculação, atletas
Músculo liso
Hipertrofia (espessamento) do 
músculo de bexiga no aumento 
da próstata
Macroscopia: aumento de peso e 
volume do órgão
Microscopia: células aumentadas de 
tamanho (núcleo e citoplasma) com 
limite celular de crescimento 
partindo para divisão ou apoptose.
A. Útero gravídico.
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Alterações de DIVISÃO OU CRESCIMENTO celular
Hiperplasia
Ocorre quando o estímulo sofrido 
cursa com o aumento do número de 
células de um órgão mas com 
diferenciação normal.
Condição adaptativa (aumento de 
demanda) e reversível.
Mecanismos:
Aumento da proliferação.
Diminuição da morte celular.
Ocorrência em células com 
capacidade replicativa (lábeis e 
estáveis)
Hipoplasia
Diminuição do número de células de 
um órgão ou parte do corpo.
Estrutura menor e menos pesada.
Congênita → Ocorre na 
embriogênese
Adquirida → Diminuição da 
renovação celular ou aumento da 
morte celular
Fisiológica: idade (senilidade), ex: 
involução do timo.
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Fisiológica: são compensadoras ou 
decorrentes de estimulação 
hormonal. Ex: período menstrual, 
amamentação (hiperplasia das 
glândulas mamárias), hepatectomia 
(retirada parcial do órgão).
Patológicas: decorrentes de 
hiperestimulação hormonal. Ex: 
hiperfunção da hipófise → 
hiperplasia de órgãos alvo do 
hormônio; alta do TSH → aumento 
do tamanho da tireóide; alta de 
estrógenos → hiperplasia de mamas 
e endométrio.
Patológica: agentes tóxicos ou 
infecções da medula óssea, órgãos 
linfóides na AIDS.
Involução do timo.
Hipoplasia de linfócitos.
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Alterações de DIFERENCIAÇÃO celular
Metaplasia
Mudança de um tipo de tecido já diferenciado em um outro da mesma 
linhagem. 
Ex: epitelial ou mesenquimal → outro tipo epitelial ou mesenquimal de mesma 
linhagem; 
Mecanismos: inativação de alguns genes e desrepressão de outros.
É uma resposta à agressão.
=/= de transdiferenciação: este é um processo de reparo e regeneração, ou 
seja, substituição por tecido conjuntivo.
Exemplos:
Epitélio não queratinizado em 
queratinizado (boca e esôfago): 
suporta maior calor
Epitélio pseudo-estratificado 
ciliado em epitélio estratificado 
pavimentoso queratinizado ou 
não (brônquios): tabagismo, 
agressão celular, processo 
inflamatório crônico.
Tec conjuntivo em cartilagem ou 
osso
Tec cartilaginoso em osso
Epitélio glandular em 
estratificado pavimentoso 
(endocérvix): ação viral
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Metaplasia intestinal: Gastrite, H. 
pylori. Epitélio estratificado 
pavimentoso por epitélio colunar 
especializado com células 
caliciformes.
Pulmão normal.
Pulmão com metaplasia.
Epitélio plano estratificado não 
queratinizado - normal
Metaplasia escamosa ou leucoplasia: 
Epitélio musossecretor em epitélio 
pavimentoso queratinizado, lesão 
branca, linhas rosadas (camadas de 
queratina com núcleo retido).
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Alterações da DIFERENCIAÇÃO e DIVISÃO ou 
CRESCIMENTO celular
Displasia
Condição adquirida
São alterações do crescimento e da 
diferenciação celular
Aumento da taxa de crescimento e 
da não diferenciação
Alteração na expressão de genes.
São lesões pré-neoplásicas.
As mais comuns são as epiteliais.
Características:
Perda da arquitetura e 
uniformidade
Presença de atipias celulares 
(fuga do padrão morfológico 
esperado), principalmente 
nucleares
Mitoses típicas múltiplas
Nucléolo evidente
Ectocérvix normal
Camada mais externa de citoplasma 
branco e núcleo basofílico, periférico, 
lâmina basal criviforme (criptas). Não 
queratinizado.
1. Perda da arquitetura tecidual.
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Displasia congênita: células que não evoluíram para diferenciação, não houve 
evolução para maturidade, células permanecem imaturas ou primitivas, 
obtendo prejuízo funcional de órgãos. 
Perda do padrão de organização, grande 
quantidade de núcleos, indicando 
proliferação intensa. 
2. Núcleos de formatos alterados 
(alongados, ovalados, maiores, menores) → 
atipia nuclear. 3. Presença de mitoses 
(núcleos contraídos/condensados). 4. 
Nucléolos evidentes.
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Neoplasia
Proliferação celular anormal, descontrolada e autônoma, no qual as células 
reduzem ou perdem o controle da diferenciação, em consequência da 
alteração nos genes que regulam o crescimento e diferenciação celular.
Aumentos de volume localizados.
Relevância social, econômica e médica ⇒ alto custo de tratamento
=/= de tumor, que é toda região de aumento de volume localizado, não 
necessariamente sendo um processo neoplásico. 
Exemplo de displasia congênita renal (fig 1 e alteração policistica (fig 2.
Má formação de glomérulos e túbulos.
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Neoplasma: lesão específica em um indivíduo.
Oncologia: estudo de lesões expansivas ou intumescimentos localizados.
Cancerígeno ou oncogênico: estímulo ou agente causador.
Nomenclatura - Neoplasia Benigna
Origem epitelial ⇒ órgão + sufixo 
"oma"
Ex: adenoma (glândula - adeno) 
sebáceo.
Origem mesenquimal ⇒ órgão + 
sufixo "oma"
Ex: osteoma.
Nomenclatura - Neoplasia Maligna
Origem epitelial ⇒ sufixo 
"carcinoma" ou "adenocarcinoma".
Ex: adenocarcinoma (glândula - 
adeno) sebáceo.
Origem mesenquimal ⇒ sufixo 
"sarcoma".
Ex: osteosarcoma.
As de origem no sangue ou nos 
órgãos linfóides são sempre 
malignas.
Classificação
Quanto ao comportamento
Benigna
Crescimento lento e expansivo (crescimento e expansão das células de forma 
unida)
Neoplasmas pequenos e bem delimitados
Depende da capacidade de compressão de estruturas adjacentes
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Alterações hormonais
Normalmente sem degeneração, necrose ou hemorragias
Desenvolvimento de vasos bem formados, maduros.
Células bem diferenciadas (semelhantes às células normais funcional e 
morfologicamente), com atipias celulares e arquiteturais discretas. 
As células proliferam unidas entre si.
Não infiltrativo, células altamente unidas → lesão bem delimitada.
Formação de cápsula fibrosa, estimulada por compressão e hipóxia. 
📢 Essas são características mais frequentes, mas não são exclusivas 
das lesões benignas.
Adenoma intestinal.
Adenoma.
Esquema: neoplasia benigna.
Condroma.
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Maligno
Crescimento rápido e infiltrativo 
(limites indefinidos)
Neoplasmas maiores e pouco 
delimitados
Não apresenta cápsula
Normalmente com degeneração, 
necrose e hemorragias 
(ulcerações)
Muitos vasos sanguíneos imaturos
Células anaplásicas, pouco 
diferenciadas, com atipias celulares 
(anisocitose) e arquiteturais 
acentuadas
Perda da adesão celular → 
movimentação celular, metástase
Intensa proliferação e figuras de 
mitose
Alterações nucleares e nucleolares 
(anisocariose)
Propriedades bioquímicas, morfológicas e funcionais diferentes
Maior captação de aminoácidos e atividade glicolítica (espoliadora)
Podem causar síndromes paraneoplásicas, pela produção de substâncias 
análogas, que causam alterações sistêmicas.
💡 Pleomorfismo celular = formatos celulares diferentes
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Características microscópicas.
Alinhamento inadequado dos fusos.
Células altamente anaplásicas e com 
pleomorfismo: células gigantes, 
multinucleadas, sem núcleo, sem 
citoplasma, alongadas, deformidades 
acentuadas, cromatina condensada, 
nucléolos evidentes, separação entre as 
células pela perda de adesão celular.
Imunologia tumoral.
Observação macroscópica
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💡 A imunohistoquímica é 
muito utilizada na 
confirmação de lesões 
neoplásicas
Macroscopia
Vegetante: aspecto granular, 
projeções. Comum no papiloma.
Nodular: lesão tumoral nodular, 
arredondada, de superfície lisa e 
bem delimitada. Geralmente menos 
agressivas.
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Ulcerado: área depressiva de fundo 
avermelhado ou escurecido 
(necrose), aspecto ulcerado 
(exposição de vasos sanguíneos). 
Associado a lesões malignas.
Infiltrativo: infiltração ou 
deslocamento celular para outras 
camadas do tecido.
Histogênese
Origem da neoplasia (tecido)
METÁSTASES
Evolução mais grave das neoplasias malignas.
💡 Conceito: formação de uma nova lesão tumoral a partir da primeira, 
mas sem continuidade entre as duas
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Vias de disseminação
Implantação direta
A célula de um tumor primário é colocada em outro local por objetos ou pela 
invasão de órgãos ultrapassando cápsulas e membranas
Disseminação linfática
Formação de um novo tumor em um linfonodo
Disseminação hematogênica
Utiliza-se de vasos sanguíneos para migração para outro local/tecido
Disseminação neural
Utiliza-se de uma terminação nervosa periférica para migração para outro 
local
Processo
 Destacamento das células da massa tumoral original
 Deslocamento dessa células através da MEC
 Invasão de vasos linfáticos ou sanguíneos
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4. Sobrevivência das células na circulação (fazem as modificações 
necessárias)
5. Adesão ao endotélio vascular do órgão em que irão se instalar - 
quimiotaxia
6. Saída dos vasos nesse órgão (diapedese); o órgão alvo já está preparado 
para a sua chegada pelas próprias células metastáticas ⇒ micrometástases
Capacidade de deslocamento; Liberação 
de enzimas que quebrem as barreiras 
(fibras, proteínas de ligação, membranas, 
cápsulas).
Formação do êmbolo metastático
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7. Proliferação no órgão invadido
8. Indução de vasos para o suprimento sanguíneo da nova colônia
Área de micrometástase Área de micrometástase
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Outras alterações
Agenesia
Atrofia de um órgão ou tecido por parada do desenvolvimento na fase 
embrionária.
Atresia
É uma condição na qual um órgão ou orifício condutor do corpo é 
anormalmente fechado ou ausente.
Estenose
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É um estreitamento anormal de um vaso sanguíneo, outro órgão ou estrutura 
tubular do corpo
Ectopia/heterotopias 
Localização inadequada de órgãos
Hamartias e Hamartomas
Localização ou proliferação inadequada de tecidos ou celulas
Coristias
Presença de um tecido num órgão onde a sua existência não é habitual, devido 
ao deslocamento de um esboço embrionário ou devido a um processo de 
metaplasia.