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Soros e Vacinas

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02.12.2020 – Prof. Andrea 
 
 
o Tipos de imunização 
→ Tornar imune 
 
Imunização passiva: receber anticorpos (ex: 
soro, antiofídico, leite materno). 
 
Imunização ativa: gerar anticorpos (ex: 
doença infeciosa, vacinas) 
 
→ A vacina não deixar que aquele patógeno 
causa em mim uma doença, ou seja, está 
imune ao vírus de alguma doença. 
 
→ Uma imunização passiva ocorre na gestação, 
na qual, o bebê recebe anticorpos prontos da 
mãe - a amamentação ocorre uma 
imunização passiva, onde o bebe recebe o 
anticorpo IgA. 
 
→ Quando contrai uma doença infecciosa você 
vai desenvolver anticorpos para determinada 
doença, isso é uma imunização ativa. 
 
A vacina é a mesma coisa que você pegar a 
doença, mas, de uma forma que não vai te 
causar a doença (antígeno já morto, 
enfraquecido, um pedaço desse vírus ou pode 
ser só o material genético) 
 
Imunização passiva 
→ Proteção imediata 
→ Desvantagens: curto período de tempo 
(degradação dos AC) – não tem memória. 
→ O organismo recebe anticorpos prontos 
(produzidos por outro organismo). 
→ Natural: amamentação 
→ Artificial: vacinas 
 
 
 
Imunização ativa 
→ Provocar imunidade protetora - memória 
imunológica 
→ Produção de Ac específicos 
→ O organismo é estimulado a produzir 
anticorpos (contato direto com o antígeno) 
→ Natural: doenças 
→ Artificial: vacinas 
 
Soros 
→ Substancias que contem anticorpos prontos 
para combater uma doença, toxinas ou 
venenos. 
→ Utilizado em casos em que o organismo não 
conseguiria produzir anticorpos específicos a 
tempo de combater o agente invasor - 
medidas curativas. 
 
→ Tratamento de picada de animais venenosos 
ou então para neutralizar substâncias tóxicas 
que causam doenças como raiva, tétano e 
difteria. 
 
Origem da vacina 
→ No século 18 estavam vivendo a grande 
epidemia da varíola e ninguém sabia o que 
fazer, então, um médico inglês observou que 
algumas vacas tinham feridas igual à da 
varíola e que as mulheres que faziam a 
Soros e Vacinas 
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ordenha da vaca não contrai a varíola. Então, 
o médico extraiu o pus da lesão de uma 
ordenhadeira que tinha contraído varíola 
bovina e colocou o pus em um menino 
saudável, ou seja, o menino contraiu a doença 
mais de uma forma branda e se curou, pois, 
não causava a doença de forma agressiva. 
→ Ele não satisfeito fez isso com a varíola 
humana e colocou o líquido no menino de novo 
e não contraiu a doença. 
→ Ou seja, algo que estava nas feridas das 
vacas estimula o organismo da pessoa e a 
protege contra a varíola humana. 
 
Resposta Imune 
 
• A vacina nada mais é que o próprio vírus 
injetado em você. 
 
Vacinas 
• Preparação de antígeno microbiano, 
frequentemente combinada com adjuvantes, 
que é administrada aos indivíduos para induzir 
imunidade protetora contra infecções 
microbianas. 
 
• Microrganismos atenuados: perda 
patogenicidade, manutenção capacidade de 
multiplicação. 
• Microrganismos inativados: inativação por 
calor ou meios químicos (inativa o vírus e mata 
ele). 
• Microrganismos purificados: frações 
purificadas do patógeno (proteínas “toxóides” 
– polissacarídeos “cápsula”) 
• Antígenos recombinantes: Sintetizar 
antígenos proteicos em laboratório (DNA 
recombinante). 
 
TIPOS DE VACINAS 
Microrganismos atenuados 
Ex.: BCG, Pólio (Sabin), Rubéola, Caxumba, Varicela, 
Sarampo, Febre amarela. 
 
Vantagens 
• Alta imunogenicidade 
• Resposta imunológica completa (inata e 
adaptativa) 
• Forte resposta celular (CTLs) 
• Memória imunológica (não necessita reforço) 
• Baixo custo 
 
Desvantagens 
• Reversão para forma virulenta 
• Conservação 
• Contaminantes (ex. ovo) 
• Complicações associadas à doença natural 
 
Microrganismos mortos / inativado 
Ex.: Hepatite A, Raiva, Cólera, Gripe, Pólio (Salk), 
Febre tifóide, Coqueluche 
 
Vantagens 
• Segurança 
• Antígenos na sua conformação nativa 
 
 
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Desvantagens 
• Necessidade reforços 
• Resposta humoral predominante 
• Falhas inativação 
 
Macromoléculas purificadas 
Ex.: Toxóides (difteria, tétano, antraz), 
Polissacarídeos de cápsula (pneumococo, 
Haemophilus influenzae). 
 
Vantagens 
• Sem riscos de patogenicidade 
• Macromoléculas específicas purificadas 
 
Desvantagens 
• Desenvolver grandes quantidades (custo 
elevado) 
• Resposta humoral predominante 
• Necessidade de adjuvantes 
 
Independente de T → baixa imunogenicidade. 
Vacinas conjugadas 
 
Antígenos recombinantes 
Ex.: Vacina da Hepatite B, HPV, meningococo, 
pneumococo. 
 
Vantagens 
• Sem riscos e eficiente 
 
Desvantagens 
• Necessidade de adjuvantes 
 
Vacinas de DNA 
• Vacinas de DNA → Plasmídeo bacteriano 
contendo um DNA complementar codificando 
um antígeno proteico do microrganismo de 
interesse APCs incorporam o plasmídeo e 
passam a expressar o antígeno via MHC. 
Vantagens 
• Estabilidade 
• Resposta imune humoral e celular 
• Memória imunológica 
• Possibilidade de utilização de vários genes 
simultaneamente 
• Busca de candidatos a vacinas (rapidez) 
• Efeito adjuvante (motivos CpG) 
• Sem risco infeccioso 
• Fácil preparo, menor custo 
 
Desvantagens 
• Balanço entre as respostas de Th1 e Th2 
• Disfunções devido à concentração de 
citocinas e moléculas co-estimulatórias 
• Doença autoimune (anticorpos antiDNA e 
anti-núcleo) 
• Tolerância 
 
Imunização ativa – Vacinas 
→ Efeitos adversos 
Reações Locais (inflamação) 
Reações Sistêmicas (febre, mal-estar, rash 
cutânea, mialgias, cefaleia e anorexia). 
Reações Alérgicas (raras) 
 
Vacinação Simultânea 
→ Aplicação de 2 ou mais vacinas em diferentes 
sítios anatômicos. Não intensifica a 
ocorrência de eventos adversos pós-vacinais 
e não prejudica a resposta imunológica. 
→ As vacinas podem ser administradas 
simultaneamente, exceto a vacina febre 
amarela e tríplice viral em crianças < 2 anos. 
Neste caso, estas vacinas devem ser 
administradas com intervalo mínimo de 30 
dias. 
 
 
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Adiar a Vacinação 
→ Presença de febre moderada à grave – 
evitar associação de um possível EAPV; 
→ Uso de corticoide: superior a 2 semanas – 
aguardar 1 mês após o término da 
corticoterapia. 
 
Movimentos Antivacinas 
o Motivos filosóficos 
o Motivos religiosos 
o Medo de reações adversas 
 
o ARGUMENTOS: 
o Superioridade da imunidade natural pela 
doença X 
o Indução de autoimunidade pelas vacinas X 
o Sobrecarga antigênica dos esquemas 
atuais X 
 
 
Timerosal: autismo, esclerose múltipla, 
morte súbita? 
 
o MITO. O mercúrio é um dos componentes do 
timerosal (conservante mais utilizado em 
vacinas multidoses). Ele é empregado desde 
1930 em concentrações muito baixas e os 
estudos mostram que não há risco para a 
saúde, pois é expelido rapidamente do 
organismo. 
o Inúmeros estudos têm sido conduzidos 
para verificar a relação entre a vacina e 
as doenças sugeridas e nenhum 
encontrou qualquer evidência. 
 
Um dos maiores foi divulgado em 2015 e avaliou 
95.727 crianças nos EUA entre 2001 e 2012 → 
não associou risco aumentado de Transtorno do 
Espectro Autista (TEA) em qualquer idade. 
 
Vacina da gripe causa gripe? 
o MITO. A vacina da gripe usa vírus inativado 
em sua composição, portanto, NÃO é possível 
que provoque a doença. 
o Se a pessoa que foi vacinada já estiver 
infectada, vai desenvolver a doença → 
é tão importante se vacinar antes do 
início da temporada da gripe. 
o Os eventos adversos mais comuns após 
essa vacinação são: dor, vermelhidão e 
inchaço no local da aplicação. Febre baixa, 
dor de cabeça e muscular também 
podem acontecer (PRÓDROMO). 
Gestante não pode se vacinar? 
o MITO. Algumas vacinas, como a da gripe, da 
hepatite B e da difteria, tétano e coqueluche 
são especialmente indicadas a gestantes, 
para a proteção delas e também do feto e 
do bebê após o nascimento. 
o A aplicação de outras vacinas inativadas 
deve ser avaliada pelo médico, 
considerando cada caso (riscos 
individuais, moradia em região endêmica 
para determinadasdoenças, ocorrência 
de epidemias, etc.). 
o As vacinas atenuadas (febre amarela, 
tríplice viral, varicela, herpes zóster) em 
geral estão contraindicadas. É importante 
lembrar que a gestante deve sempre 
consultar seu obstetra antes de se 
vacinar. 
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Consequências de não vacinar 
 
 
Calendário vacinal – Criança 
Ao nascer: BCG e hepatite B. (BCG: 
pode ser realizada até 4 
anos / Hepatite B 
monovalente pode ser 
realizada até 30 dias de 
vida da criança) 
Aos 2 meses de vida: D1 de Penta, Polio 
Inativada (VIP), Pneumo 10 
e Rotavírus. (A Penta 
poderá ser administrada 
até menores de 7 anos. / 
Polio e pneumo até 
menores de 5 anos) 
Aos 3 meses de vida: D1 de meningo C. (Pode 
ser administrada até até 
menores de 5 anos). 
Aos 4 meses de vida: Aos 4 meses de vida: 
Aos 5 meses de vida: D2 de meningo C 
Aos 6 meses: D3 de Penta e Polio 
Inativada (VIP). 
Aos 9 meses: Febre Amarela (DOSE 
PADRÃO) - (Esta vacina 
está prevista para 
população até 59 anos de 
idade). 
Aos 12 meses: D1 de tríplice viral e 
REFORÇO de pneumo 10 e 
meningo C. (A vacina 
tríplice viral está prevista 
para população até 49 
anos de idade) 
Aos 15 meses: Dose única de hepatite A, 
1º Reforço com DTP, 
Tetraviral e 1º Reforço 
com Polio Oral (VOP). (A 
DTP pode ser realizada 
em crianças < 7 anos / 
Polio Oral, Tetraviral e 
Hepatite A < 5 anos) 
Aos 4 anos: 2º Reforço de DTP, Polio 
Oral (VOP) e Reforço 
Varicela Monovalente 
 
ATENÇÃO: CRIANÇAS MENORES 2 ANOS DE 
VIDA PRIMOVACINADAS, REALIZAR F.A. E APÓS 
NO MÍNIMO 30 DIAS, REALIZAR 
TRIVIRAL/TETRAVIRAL. NESTE CASO, 
OBRIGATORIAMENTE, A CRIANÇA DEVERÁ 
RECEBER F.A. SEPARADA DE 
TRIVIRAL/TETRAVIRAL A Varicela monovalente: 
pode ser realizada na idade entre 5 a < 7 anos. 
Duas doses com intervalo de 30 dias 
 
Calendário vacinal – 
Adolescente 
Hepatite B: 3 doses – 0, 1 e 6 
meses. Esquema 
completo anterior = NÃO 
REVACINAR 
HPV quadrivalente: 2 doses, intervalo de 6 
meses / *meninas de 9 a 
14 anos e *meninos de 11 
a 14 anos 
Dupla adulto (toxoide): 3 doses com intervalo de 
60 dias entre as doses. 
Esquema completo 
anterior = NÃO 
REVACINAR. Reforço de 
10 em 10 anos. 
Meningocócica C 
(inativada): 
dose única ou Reforço. * 
meninos e meninas de 11 
a 14 anos 
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Tríplice viral - SCR 
(atenuada): 
Esquema completo 
anterior com 2 doses = 
NÃO REVACINAR 
 
A vacina HPV está indicada em 3 doses 
(esquema 0, 2 e 6) para quem vive com HIV na 
faixa etária de 09 a 26 anos de idade, 
necessitando de prescrição médica para ser 
vacinado. 
 
Calendário Vacinal – Adulto 
Hepatite B: 3 doses – 0, 1 e 6 
meses. Esquema 
completo na infância = 
NÃO REVACINAR 
Dupla adulto: 3 doses com intervalo de 
60 dias entre as doses. 
Esquema completo 
anterior = NÃO 
REVACINAR. Reforço de 
10 em 10 anos 
Tríplice viral - SCR. Esquema completo 
anterior = NÃO 
REVACINAR. Até 29 anos: 
2 doses com intervalo de 
30 dias / De 30 a 49 
anos: Dose única / 
Profissional de Saúde 2 
doses com intervalo de 
30 dias 
Febre Amarela: Dose Fracionada 
(campanha) ou Dose 
Padrão. Esta vacina pode 
ser administrada de 9 
meses de vida até 59 
anos de idade.

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