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PAPER 4º SEMESTRE UNIASSELVI GESTÃO HOSPITALAR

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5
O PERFIL IDEAL DE UM GESTOR EM SAÚDE
Eu¹
Ele²
1. INTRODUÇÃO 
 O paper em questão tem como objetivo identificar o perfil ideal de um gestor em saúde, onde ele possa com sua habilidade, técnica, conhecimento e visão, atuar de maneira que suas estratégias antecipem e resolvam os problemas e também sirvam para facilitar as ações elaboradas para uma excelente gestão e programação para a vida da empresa ou da instituição de saúde onde esteja trabalhando e de todos os atores nela envolvido.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
 Um gestor necessita ser visionário para conseguir implantar uma programação eficiente e elaborar estratégias na prevenção da saúde. Ele precisa conhecer bem o território onde vai exercer seu trabalho. Desde a situação atual da saúde da população onde irá atuar, como todos problemas que eles estão passando, bem como o que ele tem e terá nas mãos, desde pessoal disponível, equipamentos, recursos, principalmente para manejar ações preventivas que possibilite a ausência e ou o controle de doenças futuras.” Um dos aspectos que merece destaque é o perfil dos profissionais de saúde para atender as necessidades do Sistema.”(BARBOSA, 2016, p.13).
 A principal dificuldade do sistema de saúde do país é de se sustentar e se manter firme e proporcionar o direito dos cidadãos à saúde e garantir os serviços mínimos necessários previstos na lei. “Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício”. (BRASIL, 1990). Com recursos limitados e demanda muito grande é necessário um programa bem feito e focado nas necessidades da população onde esse gestor usará suas habilidades e conhecimento. Esta programação seguirá um roteiro onde através de pesquisas de campo e mapas epidemiológicos, ele(o gestor) saberá definir o que este seu território de atuação precisa e precisará e ainda mapear as ações necessárias.
Conceitualmente, planejar é a arte de elaborar um plano de processo de mudança. Compreende um conjunto de conhecimentos práticos e teóricos ordenados de modo a possibilitar interagir com a realidade, programar as estratégias e ações necessárias e tudo o mais que seja delas decorrente, no sentido de tornar possível alcançar os objetivos e metas desejadas e neles estabelecidas. No setor saúde, o planejamento é o instrumento que permite melhorar o desempenho, otimizar a produção e elevar a eficácia e eficiência dos sistemas no desenvolvimento de suas funções de proteção, promoção, recuperação e reabilitação da saúde (CARNUT, 2012, p.55).
 Para Barbosa (2016) o gestor precisa ter proatividade, ter flexibilidade, ter instinto, ter liderança, ter organização, ter poder de analisar a situação, ter planejamento e principalmente do seu perfil técnico para ser um gestor bem sucedido. Todas essas qualidades apresentadas pelo autor será o divisor de águas para o seu sucesso ou seu fracasso, tomadas de decisão tanto preventivas com resolutivas dependerá da sua maneira de agir, onde se antecipar aos problemas antes que eles aconteçam, ou mesmo se vierem a acontecer o desfecho e a solução seja o mais breve para causar o mínimo prejuízo possível tanto financeiro, operacional e não atrasando o cronograma. 
 Sabe-se que da qualidade, do conhecimento, da capacitação, da habilidade e do perfil analítico do gestor estará o resultado final do bom funcionamento do sistema de saúde que está submetido pela sua responsabilidade. “Acredita-se que a capacitação na parte organizacional do setor de saúde pode ser um dos fatores que influenciam o funcionamento adequado do sistema, possibilitando seu êxito ou fracasso”. (MELO; ALCHIERI; NETO, 2013, p. 4671).
 Um dos problemas que o gestor em saúde, principalmente em saúde pública, terá que enfrentar são os recursos, ou melhor, a falta de recursos, por isso precisará usar a criatividade e o bom senso para definir estratégias para poder suprir essa deficiência, e possibilitar o melhor atendimento à população. “Deficiências e problemas na saúde pública brasileira são velhos conhecidos, especialmente os de infraestrutura”. (SOMASUS, 2013). O próprio governo confirma tal situação e expõe para todos esta realidade, deixando para os gestores a responsabilidade de conseguir tirar leite de pedra e tentar ao máximo suprir os recursos deficitários com medidas e ações que não são suficientes, e tendo que escolher entre uma ou outra opção, e todas as opções são essenciais, por não ter o recurso necessário.
 “Quanto aos estudos que enumeram as competências gerenciais, é possível mencionar as principais características: visão global, comunicação eficaz, coordenar, planejar, negociar, flexível, trabalhar em equipe”. (PAIVA et al., 2018, p.182). Com essas qualidades e características bem pontuados pelos autores acima, pode-se definir um excelente gestor em saúde, se ele conseguir colocar tudo isso em prática e juntamente com sua equipe, que é fundamental, certamente conseguirá êxito na sua gestão. 
 Outro fator importantíssimo para o gestor, segundo Pallarés (2007) é que suas idéias deem certo, não adianta só ser proativo e ter bastante destas idéias e essas não fluírem e não se concretizarem, o sucesso depende muito dos resultados dessas idéias que o gestor colocará em pratica.
 Realmente esta observação acima feita pela autora, tem muito fundamento, pois não adianta nada ter varias idéias, colocá-las em pratica e o resultado não aparecer, é necessário para o gestor conseguir alcançar o máximo desempenho possível, para que seu legado para a empresa seja excepcional.
 O gestor precisa ser um líder na acepção da palavra, tem que caminhar e trabalhar junto com seus subordinados, “A liderança tem uma dimensão mais ampla e alinha potencial, condições internas e externas e interesses pessoais com necessidades organizacionais [...]. (BRAGA; BRITO, 2009, p. 2, grifo do autor).
 A área de saúde é uma das mais complexas e difíceis de se lidar, pois envolve vida, morte, doenças, interesses, e por isso necessita de precisão. O erro tem que ser minimizado ao máximo, pois as conseqüências são catastróficas e muitas vezes irreversíveis. Há necessidade de o gestor estar alinhado a todas as possibilidades e ter uma visão geral e total de tudo que o rodeia, desde o sistema que administra até todos os atores (funcionários, fornecedores, clientes, pacientes, governo, etc) envolvidos no processo.
Fazer gestão em saúde é atuar em um campo complexo e permeado por conflitos, por isso dentre as competências e habilidades esperadas do gestor em saúde pode-se salientar as seguintes: ter habilidade de negociação, uma vez que participará de várias pactuações interfederativas e de contratualização com fornecedores e prestadores de serviços; perfil de liderança; conhecer os instrumentos de gestão do SUS e os instrumentos de gestão orçamentária; participação efetiva em atividades de planejamento, execução, controle e avaliação dos programas de governo conferindo eficácia, eficiência e efetividade na gestão de políticas públicas de saúde. (BARBOSA, 2016, P. 21).
FIGURA 1-Roda da Análise Estratégica da implementação do Projeto de Formação e Melhoria da Qualidade da Rede de Atenção à Saúde – QualiSUS-Rede, 2019
FONTE: Disponível em:<https://www.scielo.br/pdf/sdeb/v43n123/0103-1104-sdeb-43-123-0987.pdf > Acesso em: 25 abr 2020.
 Na figura acima, mostra a ação de gestores do Projeto de Formação e Melhoria da Qualidade da Rede de Atenção à Saúde, onde os gestores super envolvidos e super capacitados, criaram um programa que pode identificar os problemas, enumerá-los e a partir daí criar soluções.
 Como pode se ver é um ciclo de ações onde foi esquematizado de forma ordenada e normatizada. Primeiramente procuraram os problemas, priorizaram o problema principal a ser resolvido, mas não se esquecendo dos outros, traçaram objetivos estratégicos e deram um objetivo para o responsável pela integração dos mecanismos de governança e assim chegar a umfinal onde as Redes de Atenção à Saúde funcionem de maneira correta e eficaz, alcançando o seu papel corretamente, e a gestão seja feita de forma qualificada e normatizada.
3- METODOLOGIA
 O trabalho aqui apresentado foi elaborado usando uma pesquisa básica e bibliográfica, onde sua grande parte pesquisada originou-se de trabalhos e artigos científicos, alem de sites, revistas e livros on line . Foi pesquisado o perfil de vários gestores na área de saúde e de varias funções, como enfermeiros, médicos, dentistas, farmacêuticos, secretários de saúde entre outros. E na quase totalidade percebeu-se que todos estão se preparando e se reciclando para uma melhor atuação na gestão de seus segmentos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
 O que se percebe aqui no Brasil é que o sistema de saúde é falho, ineficiente, burocrático, elitizado e precário, onde quem tem condições de ter acesso a saúde suplementar é bem atendido e não passa por dificuldades ao acesso aos serviços de saúde. Mas a grande parte da população depende do sistema de saúde público, através do SUS, onde sabe-se que a demanda é muito grande e as instalações, os recursos e o contingente de profissionais na área são mínimos, acarretando um déficit absurdo e uma espera gigantesca no atendimento.
 Assim, cada vez mais iremos precisar de gestores na área de saúde preparados, capacitados, inovadores e capazes de sanar com suas habilidades e conhecimentosa falta de recursos e o desinteresse por parte do governo em resolver os problemas, ou pelo menos amenizá-los.
 Os gestores de saúde precisarão criar estratégias e ações que solucionem, normatizem, simplifiquem e tenham uma maior eficiência nos atendimentos à população. Foram visto muitos trabalhos e artigos onde vários gestores criaram soluções pontuais e ajudaram muito o processo. No Sus mesmo, houve o aperfeiçoamento e a melhoria nos programas da Rede de Atenção a Saúde e o Programa de Saúde da Família, onde soluções e idéias novas melhoraram muito o atendimentos destes programas, melhorando sua eficácia.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, César Martins: Perfil do gestor em saúde no estado do Tocantins: Formação, conhecimento e desafios. 2016. 73 f. Dissertação ( Mestrado profissional em saúde coletiva). Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016. Disponível em: <https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/21671/1/DISS%20CESAR%20MARTINS%20BARBOSA.%20MP%202016.pdf>. Acesso em: 01 fev 2020.
BRAGA, José Luciano; BRITO, Lydia, Maria Pinto. Perfil Ideal De Competência Profissional De Gestores Da Área De Saúde. 2009. Disponível em:<http://www.anpad.org.br/admin/pdf/EnGPR313.pdf>. Acesso em: 01 maio 2020.
BRASIL. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Diário Oficial da União. Brasília, DF, 19 de set. 1990. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm>. Acesso em: 04 fev. 2020.
CARNUT, Leonardo. Planejamento e programação de ações em saúde: conceitos, importância e suas influências na organizaçãodos serviços de saúde bucal. 2012. 9. F. Tese (Doutorado em saúde pública). Faculdade de Saúde Pública (FSP) – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2012. Disponível em: <http://www.jmphc.com.br/jmphc/article/view/118/119>. Acesso em: 04 mar 2020.
MELO, Cynthia de Freitas; ALCHIERI, João Carlos; ARAÚJO, João Lins de. Avaliação do perfil técnico-profissional de gestores do sistema único de saúde (SUS). Revista de Enfermagem UFPE on line. Recife, v. 7, p. 4670-4680, 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistaenfermagem/article/viewFile/11717/13938>. Acesso em: 03 maio 2020.
OLIVEIRA, Margarete Martins de et al. Análise estratégica do Projeto QualiSUS-Rede: contribuições para avaliação em saúde pública. Rio de Janeiro, v. 43, n. 123, p. 987-1002, 2019. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/sdeb/v43n123/0103-1104-sdeb-43-123-0987.pdf>. Acesso em: 25 abr 2020.
PAIVA, Rosilene Aparecida et al. O papel do gestor de serviços de saúde: revisão de literatura. Revista Médica de Minas Gerais, Minas Gerais, v. 28, supl. 5, p. 181-184, 2018. Disponível em: <http://rmmg.org/artigo/detalhes/2455>. Acesso em: 01 maio 2020.
PALLARÉS, Maria. Proatividade e sucesso profissional. 2007. Disponível em: <http://www.arearh.com/coaching/proactividad.htm>. Acesso em: 15 jan 2020.
SOMASUS na alocação de recursos. Saude.gov.br, 2013. Disponível em: <https://www.saude.gov.br/gestao-do-sus/economia-da-saude/alocacao-de-recursos/somasus>. Acesso em : 15 mar 2020.

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