Prévia do material em texto
Correlação entre os sistemas nervoso, endócrino e imune. Drogas psicotrópicas: São drogas que possuem afinidade pelo sistema nervoso, ou seja, vão exercer seus efeitos no sistema nervoso. ▪ Neurotransmissores associados ao controle do sistema nervoso ▪ Maconha: alteração da percepção de tempo ▪ Doença de Parkinson: diminuição da produção de dopamina CLASSIFICAÇÃO DO CEBRID ▪ Drogas depressoras: Álcool ▪ Drogas hipnóticas: Barbitúricos (anticonvulsivantes), benzodiazepínicos (ansiolíticos). ▪ Opióides ou narcóticos: Reduzem a dor ▪ Inalantes ou solventes: Drogas de abuso ▪ Estimulantes do sistema nervoso: Anorexígenos (anfetaminas, cafeína e derivados) ▪ Psicodislépticos: Perturbadores do sistema nervoso (cocaína, THC) CLASSIFICAÇÃO PELA CLASSE MEDICAMENTOSA ▪ Drogas anestésicas ▪ Analgésicos ▪ Antiepiléticos ou antiparkinsonianos ▪ Anticonvulsivantes ▪ Drogas psicolépticas (depressoras) ▪ Drogas psicoanalépticas (antidepressivos/ estimulantes) NEUROTRANSMISSORES Sistema dopaminérgico: Dopamina – está localizada no mesencéfalo. Os neurônios saem dessa região (conhecida como substância negra) para o núcleo estriado, constituindo a via nigro-estriatal. Essa via controla a parte motora do indivíduo pelo intermédio da dopamina. * Prejuízo no indivíduo idoso A dopamina regula funções relacionadas a: ▪ Raciocínio ▪ Cognição ▪ Memória de trabalho ▪ Recompensa e prazer (Via mesolímbica) Existem 5 subtipos de receptores para dopamina (D1, D2, D3, D4 e D5). D2 e D2 têm importância no cérebro. (Ex: medicamentos para tratar esquizofrenia atuam como antagonista dos receptores D2 da dopamina; na doença de Parkinson, pode-se usar drogas agonistas dos receptores D2, para aumentar a função da dopamina). São totalmente distribuídos na estrutura cerebral, principalmente no hipocampo. ▪ A dopamina é o verdadeiro maestro da função motora ▪ Efeitos comportamentais (comportamento do indivíduo, estados motivacionais) ▪ Controle neuroendócrino (inibição da prolactina) ▪ Atenção, alerta ▪ Autoestimulação e anedonia (sintoma principal da depressão) ▪ Potenciação de longo prazo, consolidação da memória (filtro) ▪ Doença de Parkinson, falta de dopamina na via nigroestriatal ▪ Esquizofrenia, excesso de dopamina na via mesolímbica ▪ Depressão ▪ Estresse, excesso de dopamina na amígdala ▪ Comportamento aversivo ▪ Transtorno bipolar ▪ Narcolepsia e THDA Norepinefrina: Corpos celulares noradrenérgicos localizados no “locus ceruleus” que atingem córtex, cerebelo e vias descendentes da medula espinhal. Ficam armazenadas em vesículas. Relacionada no nosso cérebro a: ▪ Atenção seletiva, vigilância ▪ Coordenação de respostas neuroendócrinas e autonômicas ▪ Controle da pressão arterial ▪ Controle do humor (bem-estar ou mal-estar), juntamente com a dopamina e a serotonina ▪ Memória (receptores β) A noradrenalina/ norepinefrina está relacionada a: ▪ Quadros de depressão (falta desse neurotransmissor) ▪ Ansiedade ▪ Medo ▪ Pouca importância no cérebro (núcleo do trato solitário) Neurogênese hipocampal: Formação de novos neurônios na região do hipocampo. Serotonina: É uma endolamina fortemente relacionada à depressão. Concentra- se nos núcleos da rafe. É formada a partir do aminoácido triptofano. É armazenada em vesícula, liberada de forma Ca2+-dependente e sua ação é reduzida quando ela é recaptada pelo sistema de captação (SET). ▪ Se transforma em melatonina, então, atua sobre os ritmos circadianos ▪ Melatonina: efeitos antioxidantes, coordenador da relação ciclo sono x vigília. É formada a partir da serotonina na glândula pineal. ▪ Apresenta 7 tipos de receptores (5HT1-a, 5HT1-b...) ▪ Único canal ionotrópico: 5HT3 (drogas antieméticas e quimioterápicos) ▪ Sibutramina: desenvolvida como antidepressivo, mas tinha potencial efeito anorexígeno ▪ Em casos de depressão, os níveis de serotonina decaem. Acetilcolina: O núcleo medial septal abriga os neurônios colinérgicos que produzem acetilcolina. Ela é formada a partir da glicose, formando acetil-coA + colina, advinda da alimentação (transformação pela ação da enzima Acetilcolinesterase). É liberada de forma Ca2+-dependente, mas não é ativada por recaptação. ▪ Toxina Botulínica: Bloqueio da junção neuromuscular, impedindo a liberação da Acetilcolina sobre essa estrutura. Receptores nicotínicos e muscarínicos (M1, M2, M3 e M4, ligados a proteína G ▪ Alzheimer está relacionado a esses receptores ▪ Ligada à inflamação periférica via N. Vago (X par) ▪ Conceito geral: Estado reversível da perda da consciência e deve ser induzido por drogas que permitem a realização de procedimentos cirúrgicos. ▪ Antigamente, utilizava-se ópio, álcool...Éter e óxido nitroso – inalatórios ▪ Princípio básico de um anestésico geral: Relaxamento muscular, analgesia, hipnose e ausência dos reflexos autônomos. ▪ Associações de medicamentos para produzir efeitos juntos. ▪ Fases da anestesia: sedação – hipnose – anestesia – coma (depressão respiratória e posteriormente cardíaca) ▪ Anestésico ideal: Indução e recuperação anestésica rápida, produção de um estado de inconsciência, amnésia, bloquear vários reflexos, produzir relaxamento na musculatura esquelética (mas não no Sistema Respiratório), produzir analgesia, recuperação suave, rápida e sem efeitos adversos de recuperação, ausência de efeitos tóxicos ou colaterais e não ser inflamável. ▪ Indução – manutenção – recuperação ▪ 1: Consciência, com menor resposta à dor ▪ 2: Excitação, padrão respiratório irregular, com possibilidade de ocorrência de emese, desmaio ▪ 3: Anestesia cirúrgica, padrão respiratório regular e profundo e relaxamento muscular Indução Manutenção Coma (?) ▪ 4: Paralisia respiratória, perda do controle da respiração, colapso vasomotor e morte ▪ O anestésico inalatório é mais facilmente revertido. ▪ Anestésico inalatório + anestésico injetável: associação CLASSIFICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS ▪ Anestésicos Inalatórios: líquidos voláteis ou gases (Halotano, isoflurano, cetofurano, óxido nitroso (odontologia)) ▪ Anestésicos injetáveis (propofol, tiopental, etomidato, anfetamina) ▪ Coadjuvantes da anestesia: drogas tranquilizantes, como antimuscarínicos (parassimpatolíticos, ex: atropina), opioides, etc. ▪ A maioria são halogenados (flúor, cloro...) DROGAS INALATÓRIAS ▪ Requisitos: Administrados na forma de vapor, apresentam controle da saída de oxigênio, mínima irritação inalatória, rápida indução da anestesia, efeitos colaterais mínimos, metabolismo mínimo. ▪ O Halotano é o anestésico volátil que induz a anestesia mais rapidamente ▪ Moléculas hidrossolúveis atravessam a barreira alveolar mais facilmente e induzem efeito mais rapidamente sobre o aparelho respiratório ▪ Mecanismo de ação: Teoria da lipossolubilidade, teoria da permeabilidade celular, teoria da ocupação da membrana. ▪ Os efeitos inalatórios produzem efeito de inibição dos receptores excitatórios, causando uma depressão do SNC e potencializam os receptores como GABA-a. *** ▪ Cálculo de dose: CAN concentração alveolar mínima, que a 1 atm de pressão que produz imobilidade em 50% dos seres humanos ou animais submetidos a estímulos dolorosos. ▪ Quanto menos eu precisar, mais potente ele é!!! ▪ Fatores que interferem na velocidade de indução de um anestésico inalatório: - aumento na concentração de anestésico inalatório na mistura da gases expirada pode aumentar essa velocidade - aumento na ventilação alveolar - aumento da solubilidade do anestésico no sangue diminui a velocidade de indução/ distribuição ▪ Coeficiente sangue x gás: Indica a solubilidade do anestésico no sangue; determina a velocidade de distribuição e indução de um anestésico inalatório. ▪ A lipossolubilidade pode ser uma vantagem porque induza anestesia rapidamente, mas ao mesmo tempo, uma desvantagem, porque retarda sua eliminação. ▪ São mais distribuídos em alguns tecidos: cérebro, coração, rins, ossos, tecido adiposo, cartilagem. Efeitos clínicos dos anestésicos inalatórios (Geral: depressão cardiorrespiratória) ▪ Óxido nitroso: Gás hilariante. Vantagens: Não inflamável, não irritante, indução e recuperação rápida. Pode atuar como sedativo e analgésico e pode causar depressão de medula óssea. Ideal em procedimentos odontológicos, primeiro estágio do parto. Desvantagens: causa pouco relaxamento muscular, pode gerar hipóxia. ▪ Enflurano: Vantagens: Menor metabolismo que o Halotano, tem maior risco de hepatoxicidade, indução e recuperação mais rápidas. Desvantagens: pode causar sintomas semelhantes à epilepsia, depressão respiratória, insuficiência renal em pacientes pré-dispostos. ▪ Isoflurano: Vantagem: Semelhante ao enflurano, mas não apresenta a propriedade que causa ataque epilético, não é hepatotóxico ou neurotóxico. Desvantagem: É mais irritante sobre o aparelho respiratório, pode causar hipotensão, hemorragia. ▪ Sevofurano: Semelhante ao isoflurano. Pouco metabolizado e com preço acessível. ▪ Desfurano: Menos acessível, semelhante ao sevofurano. ▪ Halotano*: Vantagens: Não é inflamável, não irritante. Desvantagens: alta lipossolubilidade, índice terapêutico (DL50 baixa). ▪ Éter: Irritante. Não se usa mais, assim como o clorofórmio. Associação dos Anestésicos ▪ Tanto a indução como a recuperação são significativamente mais rápidas, quando se faz associação com vários medicamentos – “coquetel” ▪ Exemplo: Romitidina como medicação pré-anestésica (tranquilizante) + indução com Tiletamina e Zolazepan + manutenção com Halotano. ▪ Também é possível utilizar Acepran como droga indutora, o que causa bloqueio dos receptores dopaminérgicos. DROGAS INJETÁVEIS ▪ Barbitúricos eram utilizados antigamente, porém hoje em dia não são mais por se acumularem no tecido adiposo. ▪ Ácido barbitúrico atua como anestésico quando apresenta um radical na molécula (S, O). ▪ O maior problema dele é seu acúmulo nos tecidos. ▪ Causam efeitos de sedação, letargia, anestesia geral, podem induzir o relaxamento muscular. ▪ Atuam sobre canais iônicos e receptores gabaérgicos ▪ O tiopental é um dos mais usados, por apresentar ação rápida. Em termos cirúrgicos essa droga é de ultra-curta duração, adequado para procedimentos rápidos. ▪ Pentobarbital ▪ Fenobarbital (gardenal), utilizado em animais com epilepsia, com ação tranquilizante. ▪ Derivados da fenciclidina: tiletamina, quetamina, causam anestesia dissociativa. Apresentam ação rápida, biotransformação hepática ou renal, o metabólito ativo é a norquetamina. Atravessa a barreira placentária. Possuem ação mais efetiva do que os derivados de barbitúricos. Diminuem a excitação, diminuindo a passagem do impulso nervoso. ▪ Propofol: Excelente anestésico lipofílico, utilizado para indução e manutenção anestésica. Recuperação rápida, excreção renal de metabólitos. Bloqueia a transmissão sobre os receptores GABAérgicos. Pobre analgesia e médio relaxamento muscular. Alto custo. ▪ Etomidato: Utilizado em animais de grande porte e cardiopatas. Não apresenta ação anestésica e miorrelaxante boa, e possui um alto custo. ▪ Não é bom administrar o anestésico local quando o tecido está muito inflamado ▪ Sensações dolorosas exacerbadas (hiperalgesia), incisão, tecido inflamado, nociceptores ativados ▪ Hiperalgesia: Estímulo pronunciado dos nociceptores sobre situação de inflamação. ▪ Halogenia: Percepção dolorosa a um estímulo inócuo. Exemplo: temos uma mesma lesão, mas alguém toca o local lesionado. ANALGESIA x ANESTESIA ▪ Os analgésicos são inibidores específicos das vias de dor (analgésicos opioides, paracetamol, dipirona). ▪ Os anestésicos são inibidores inespecíficos. Inibem tanto as vias sensoriais (dolorosas), quanto as motoras e autônomas, pois no nervo periférico se encontram todos os tipos dessas fibras. ▪ Os anestésicos locais serão administrados próximos ao nervo periférico e deverão ter uma lipossolubilidade interessante para atravessarem todas as membranas (epineuro, perineuro, endoneuro, até alcançarem as fibras). ▪ Especificamente, os anestésicos locais vão impedir a geração de impulsos nervosos → a informação sensorial não chega ao SNC. ▪ Impedem a geração do potencial de ação e a condução do estímulo nocivo, de maneira que o cérebro não percebe essa sensação dolorosa, motora e autônoma – INIBIDORES INESPECÍFICOS ▪ As fibras presentes no nervo periférico podem ser de maior ou menor calibre. ▪ Todas elas são sensíveis, por exemplo, à lidocaína. ▪ Essa sensibilidade depende da concentração de anestésico local e da via de administração da droga. ▪ Anestésico local ideal: bloqueio inicial das fibras da via de sensibilidade dolorosa – fibras de menor calibre (Fibras C), fibras de médio calibre (A-δ), responsáveis pela condução dos estímulos dolorosos. ▪ Também existem fibras do tipo A-β, responsáveis pela atividade motora e de propriocepção (sensação de choque) MECANISMOS DE AÇÃO E PROPRIEDADES GERAIS ▪ O sítio de ação dos anestésicos locais se encontra no espaço intracelular ▪ Eles se ligam aos canais de Na+ voltagem dependentes, ou seja, impedem a entrada de sódio, e consequentemente bloqueando a geração do potencial de ação ▪ A molécula não-ionizada se liga ao sítio de ação e exercer sua função efetiva ▪ Lipossolubilidade moderada, para que não fiquem retidos na membrana celular ▪ São bases fracas, que se agrupam com um sal ▪ Estão ligados a proteínas plasmáticas, como albumina ▪ Se acumulam no tecido adiposo (cuidar com efeitos tóxicos), o que faz com que eles sejam liberados e eliminados lentamente ▪ A toxicidade está unicamente relacionada à porção livre do fármaco ▪ Por que não é bom administrá-los em tecidos muito inflamados? Quando o tecido está inflamado, ocorre uma acidificação do meio, pela presença de células imunes. Isso faz com que a droga permaneça no seu estado ionizado, por conseguinte, não atravesse a barreira celular. Portanto, nesse caso, se a droga for administrada, não terá efeito, pois não se ligará ao seu sítio de ação ▪ Estrutura química: Em linhas gerais, todos eles apresentam um anel aromático e uma amina terciária + Ligação éster / Ligação tipo amida ▪ A ligação entre esses dois grupamentos pode ser do tipo éster (ex: trocaína; são metabolizados e hidrolisados por esterases plasmáticas) ou do tipo amida (ex: lidocaína; metabolismo hepático principalmente pela CYPs) ▪ Canais de Na+ voltagem dependentes: Estão localizados em todas as membranas excitáveis, pois sua ativação permitirá a abertura dos canais e consequente geração do potencial de ação. ▪ Anestésicos locais bloqueiam todos os canais de sódio voltagem dependentes. ▪ Por isso os anestésicos locais devem ser administrados próximos ao nervo periférico de interesse ▪ Constituídos de 4 subunidades com 6 domínios transmembrana, que vão se agrupar formando um core. ▪ Vários estados de ativação e inativação e vão ciclando ao longo do tempo para gerar esses potenciais de ação ▪ Quando o canal está aberto, há entrada de sódio, gerando então essa despolarização da membrana. Consequentemente, ele passa para uma fase de inativação, onde a comporta de inativação fecha e ele mesmo estando aberto, acaba inativado, de forma que o sódio não consegue entrar (repolarização da membrana) ▪ Posteriormente, ele passa por uma fase em que ele fica fechado e inativado e logo, será possível uma ativação do canal. COMO OS ANESTÉSICOS LOCAIS ATUAM NESSE TIPO DE CANAL? ▪ Eles possuem uma maior afinidade pela conformação inativada ▪ Vão atravessar a membrana e atingir o sítio intracelular ▪ Dessa forma, vão estabilizar o canal sob a formainativada (aumentam período refratário do canal) ▪ Impossibilidade de o canal ser ativado UTILIZAÇÃO ▪ Procedimentos cirúrgicos (lidocaína, cocaína), ação anticonvulsivante e antiarrítmica ▪ Vias de administração: anestesia superficial ou tópica (cremes, géis, colírios, sprays); adm. por infiltração (subcutânea, intramuscular, intradérmica, intraligamentar); perineural; espinhal (subaracnóidea, epidural); intravenosa; intra-articular ▪ Associação com um vasoconstritor: Geralmente adrenalina. Potencializam o efeito do anestésico local, pois são inativados por esterases plasmáticas. Em outras palavras, aumentam o tempo de ação dos anestésicos locais e diminuem a dose necessária para induzir o efeito desejado. ▪ São muito efetivos e potentes. ▪ A administração deve ser evitada na circulação terminal (extremidades, focinho do animal), pois isso vai demandar uma maior oxigenação e a vasoconstrição vai impedir esse tipo de oxigenação, produzindo maior toxicidade, edema, etc ▪ Podem acabar ativando outros receptores, produzindo taquicardia TIPOS DE ANESTÉSICOS LOCAIS ▪ A lidocaína é do tipo amida e é o mais utilizado (2x mais eficiente do que a procaína). Atravessa a barreira placentária. Deve-se evitar a associação com outros depressores do SNC, como fenobarbital. ▪ A tetracaína também é do tipo éster (é 10x mais potente do que a procaína) ▪ A bupivacaína é do tipo amida (mais potente do que a lidocaína), permite o bloqueio nervoso epidural. ▪ A prilocaína possui uma potência similar à da lidocaína, mas pode produzir meta-hemoglobina, gerando hipóxia (reversão com oxigenoterapia e azul de metileno) ▪ A ropivacaína é importante em relação a toxicidade EFEITOS ADVERSOS ▪ De modo geral, os anestésicos de grupo amida são menos tóxicos do que os de grupo éster, ainda que todos eles sejam depressores do SNC, podendo causar quadros de convulsões ▪ Evitar associação com outros depressores do SNC (ex: fenobarbital) ▪ Produzem vasodilatação, pelo relaxamento da musculatura lisa (hipotensão arterial) ▪ Toxicidade cardíaca, levando a arritmia e alterações cardiovasculares QUESTÕES 1. Por que os anestésicos locais bloqueiam a sensação de dor? Porque eles bloqueiam os canais de Na+, impedindo que o potencial de ação gerador do estímulo doloroso seja desencadeado. 2. Por que produzem perda das funções autônomas e motoras? Pois eles são inespecíficos, bloqueando todas as fibras do nervo periférico (para lembrar disso é só pensar em uma situação de extração dentária. Quando você é anestesiado, tem a sensação de que a boca está torta, justamente porque o estímulo motor e autônomo está defasado) 3. Por que eles precisam ter uma lipossolubilidade moderada? Porque o sítio de ação é intracelular. 4. Por que não se pode administrar um anestésico local em um tecido muito inflamado? Pois o tecido inflamado apresenta um pH acidificado, o que faz com que a droga permaneça na sua forma ionizada (aprisionamento iônico) e não seja capaz de atravessar as barreiras e atingir seu sítio de ligação dentro da célula. 5. Qual é o estado dos canais de Na+ voltagem-dependentes no qual o anestésico local tem maior afinidade? O estado inativado, que prolonga o período refratário, de maneira a impedir a geração do potencial de ação. 6. Por que a administração de adrenalina permite administrar doses menores do anestésico local? Pois a adrenalina é um importante vasoconstritor. Vasoconstritores potencializam a ação do anestésico local pois diminuem a metabolização do anestésico local, aumentando o tempo de duração do efeito e reduzindo a dose. ▪ Drogas tranquilizantes ▪ O álcool pode ser tanto depressor quanto estimulante do SNC ▪ Agentes psicotrópicos ▪ Acepromazina, cloropromazina, prometazina, aloperidol... ▪ Leve sedação – associação com outros depressores: potencialização do efeito ▪ Sedação – hipnose – analgesia – anestesia – coma – morte ▪ Overdose absoluta x Overdose relativa (ao indivíduo, em caso de hepatopatias) ▪ São drogas utilizadas para sedação e contenção química (produzem indiferença afetiva, lentidão psicomotora, inibição da agressividade e da ansiedade) ▪ Não induzem dependência, como os opiáceos ▪ Produzem catatonia (permanecem do modo que os deixamos) ▪ Tranquilizantes maiores: Empregados no tratamento de transtornos psicológicos (neuroléptico, ataráxico e antipsicótico) ▪ Tranquilizantes menores: Utilizados para controlar ansiedade TRANQUILIZANTES MAIORES ▪ Derivados fenotiazínicos ✓ Cloropromazina ✓ Acepromazina ✓ Levomepromazina ▪ Derivados butirofenônicos ✓ Azaperona ✓ Droperidol Farmacocinética: Absorvidos por via oral ou parenteral, distribuído e metabolizado via hepática. Atravessam a barreira hematoencefálica e placentária. Eliminado pela urina, fezes e leite. ▪ Atuam alterando na neurotransmissão dopaminérgica (noradrenalina, dopamina, serotonina) ▪ Se ligam nos receptores pós-sinápticos impedindo que a noradrenalina se ligue no receptor. Fazem um bloqueio da ligação Noradrenalina / receptor ▪ Depressão: sedação e fechamento das pálpebras, diminuição das respostas condicionadas, potencializa a ação de outros fármacos depressores, diminuição dos reflexos vasomotores, diminuição da agressividade, etc ▪ Utilização como droga pré-anestésica (assim como a xilazina) ACEPROMAZINA (Acepran) TRANQUILIZANTES MENORES Empregados no tratamento de ansiedade: ▪ Derivados benzodiazepínicos ✓ Diazepam ✓ Clonazepam (Rivotril) ✓ Midazolam ✓ Alprazolam Farmacocinética: Absorção via oral ou intravenosa, distribuição hepática. Atravessa barreiras hematoencefálica e placentária. Biotransformação hepática e eliminação pela urina. ▪ Benzodiazepínicos atuam sobre receptores GABAérgicos no cérebro ▪ Efeitos relaxantes sobre a musculatura, ansiolítico sobre o sistema límbico, sedativo. ▪ Causam ataxia e efeitos teratogênicos. ▪ Leve excitação – média excitação – grande excitação – convulsão – morte ▪ Estimulantes gerais que podem estimular o córtex, a medula oblonga (bulbo) ou a medula ▪ Bulbo: Doxapran (analéptico, utilizado em casos de anóxia) ▪ Estricnina ▪ Xantinas ▪ Maconha ▪ Metil-xantinas ▪ Aumentam a sensibilidade a algumas coisas e a atividade física ▪ Córtex: Estimulantes corticais (psicotrópicos, como anfetaminas, metil-xantinas) ▪ Medula espinhal: Estimulantes espinhais ▪ Bulbo ou medula oblonga: Estimulantes bulbares (doxapran, utilizado para estimular o centro respiratório) ESTIMULANTES CORTICAIS: Podem alterar a função motora, redução da sensação de fadigas. Aumentam o trabalho muscular. ✓ Metil-xantinas (cafeína, teofilina, teobromina, mateína, xantina), que aumentam a excitabilidade do córtex e a ansiedade. São inibidores competitivos da adenosina. ✓ Cafeína: aumentar a excitabilidade do córtex sensorial, diminuição da fadiga e aumento da capacidade de realizar trabalho muscular, diurese, estimulação do músculo cardíaco. Diminui a apatia. ✓ Teofilina: maior potência sobre o SNC (cardiovascular, respiratório e renal). Provoca broncodilatação e é utilizada como antiasmático. Causa leve excitação, tremores, agitação. ✓ Aminofilina: Ação curta e potente, atua sobre as artérias coronárias, provocando dilatação e diurese. Prevenção e alívio do espasmo brônquico. ✓ Teobromina: Causa intoxicação nos animais. Está presente no cacau. Causam diarreia, vômito, hiperatividade, tremores, cianose, sialorreia, coma e morte. Monitorar e acompanhar as funções vitais, fluidoterapia (estimular emese), água oxigenada, carvão ativado, tranquilizantes (Diazepam). ESTIMULANTES BULBARES: Principalmente Doxapram, que reverte a depressão respiratória por anestésicos, antagoniza os efeitos da xilazina (Acepran) e combate a anóxia de neonatos. ▪ Doxapram: aumento da frequência respiratória.Reversão de depressão por barbitúricos. ESTIMULANTES MEDULARES: Principalmente a Estricnina, que atua inibindo seletivamente a neurotransmissão inibitória dos receptores GABAérgicos. Inibem o GABA (neurotransmissor inibitório) e causa uma superestimulação. (convulsão: falta de GABA). Causam dores intensas e asfixia. Se possível, reversão com Diazepam. PSICOESTIMULANTES: Principalmente maconha. O THC atua sobre os receptores canabinoides, Efeitos psíquicos dependentes da dose. Animais → ingestão acidental → indução de vômito. ▪ Ação central: Para espasmos musculares agudos ou crônicos ▪ Ação periférica: Bloqueadores neuromusculares ▪ Baclofeno: Miorrelaxante principal (agonista dos receptores GABA-b) ▪ Inibição pré-sináptica e inibição do potencial de ação ▪ Ação regular, adm apenas por via oral ▪ Aplicação: tratamento de retenção urinária em cães Farmacocinética: Absorvido por via oral, são lipofílicos e atravessam a barreira hematoencefálica. Atuam sobre a medula espinhal e podem produzir alucinações e convulsões. ▪ Diazepam: Age sobre os receptores GABA-a, sendo um agonista dos receptores GABAérgicos; disfunção muscular e espamos musculares. São empregados no controle de convulsões (anticonvulsivantes) ▪ Xilazina: Agonista dos receptores α-2 adrenérgicos. Efeito quase imediato por via IV. Excreção renal; pode ser utilizado na contenção de animais, analgesia e pré-anestésico. EFEITOS ADVERSOS ▪ Hiperglicemia ▪ Bradicardia ▪ Redução da frequência respiratória ▪ A musculatura esquelética não é autonômica, ou seja, podemos ter controle sobre ela. Enquanto a musculatura lisa é controlada pelo sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático (acetilcolina e noradrenalina) ▪ A musculatura esquelética é inervada pelo SN Somático, junto com o SNAS e SNAP compõem o SN periférico. ▪ Junção neuromuscular: Apenas acetilcolina mediando sinapse, que possui receptores muscarínicos e nicotínicos. ▪ Na musculatura esquelética, há somente receptores nicotínicos! ▪ O receptor nicotínico é um receptor do tipo canal iônico, que promove uma resposta muito rápida. ▪ Depende da abertura do canal, entrada de sódio, e então, entrada de cálcio. ▪ O SN somático não apresenta gânglios e controla os músculos esqueléticos. ▪ A Ach é sintetizada a partir de Acetil-coA + colina, e é armazenada em vesículas. Quando há estímulo desse neurônio há a liberação de acetilcolina na fenda sináptica. Ali, ela pode ser degradada pela enzima Acetilcolinesterase. ▪ Diferentes alvos farmacológicos ▪ Miorrelaxantes de ação periférica: Pré-sinapse, atuam na inibição da síntese de acetilcolina (ex: toxina botulínica), podem inibir a síntese ou liberação da Ach. Os de liberação possuem um uso clínico mais expressivo (utilizados em procedimentos ortopédicos, emergências, intubações) ▪ Usando a toxina botulínica diretamente sobre o músculo, a musculatura para, provocando relaxamento. ▪ VET: tratamento de cinomose e osteoartrite. ▪ Bloqueadores neuromusculares: diminuir o tônus da musculatura, bloquear a contração. São utilizados como adjuvantes de anestesias (relaxar a musculatura esquelética durante procedimentos cirúrgicos) ▪ CUMARINAS: Plantas que induzem alcaloides com capacidade miorrelaxante. RELAXANTES MUSCULARES NÃO-DESPOLARIZANTES (bloqueadores competitivos) ▪ Atuam na junção neuromuscular. Bloqueiam receptores da acetilcolina na JNM. Competem com a acetilcolina pelos receptores nicotínicos (antagonistas competitivos dos receptores nicotínicos de Ach). ▪ Tubocurarina: Peso molecular alto, o que faz com que não entre na célula. Concentra-se bastante na junção neuromuscular. ▪ Galamina: Produto sintético, é uma molécula grande com vários radicais, o que confere grande lipossolubilidade. Tem ação mais prolongada do que a tubocurarina. Atua também sobre receptores muscarínicos e receptores β-adrenérgicos (aumenta a frequência cardíaca). ▪ Atracúrio: Não provoca efeitos cardíacos, não depende de enzimas hepáticas pois realiza autobiotransformação. RELAXANTES MUSCULARES DESPOLARIZANTES ▪ Succinil-colina ▪ Decametônio ▪ CONCEA: Conselho de Ética ▪ CEUA ▪ Teste de dose única (DL50): dose letal; índice terapêutico baixo, ou seja, alta toxicidade. Administração via oral de uma única dose para gerar o índice terapêutico da droga. ▪ Cálculo da dose letal, cujo valor representa a morte de 50% dos animais da amostra. ▪ Dose eficaz: cálculo cujo valor resultante representa o efeito desejado em 50% dos animais da amostra. ▪ IT: Índice terapêutico – quanto maior o IT, mais longe estará a DL da DE. Todas as drogas que tiverem o IT abaixo de 10 são drogas de risco. A partir desse índice, é possível aferir uma classificação de toxicidade de uma droga, além de estabelecer uma margem de segurança para a utilização das mesmas. ▪ ▪ NOAEL dose: Maior dose que não causa efeito adverso ▪ IDA (ingestão diária aceitável): NOAEL/ fator de segurança (dose/10) ▪ Sinergismo ▪ Antagonismo parcial ou total ▪ Ação alterada ▪ Não sofrer alteração ▪ Animais jovens, idosos, nefropatas, hepatopatas e obesos estão mais susceptíveis ▪ Atenção a drogas com baixo IT (altamente tóxicas) ▪ Interações farmacêuticas: incompatibilidade medicamentosa (antes da administração, com reações físico-químicas fora do organismo) ex: gentamicina + penicilina ▪ Interações farmacocinéticas: alterações na distribuição, absorção, metabolização e excreção das drogas (aumento ou diminuição da [droga] no sítio de ação) ▪ Interações farmacodinâmicas: no mesmo receptor (competição) ▪ Interações de efeitos: nos mesmos receptores (fármacos diferentes produzindo efeitos similares ou opostos, sem interferirem um no outro)