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Farmacologia Básica pt 2

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Correlação entre os sistemas nervoso, endócrino e imune. 
Drogas psicotrópicas: São drogas que possuem afinidade pelo sistema nervoso, ou 
seja, vão exercer seus efeitos no sistema nervoso. 
▪ Neurotransmissores associados ao controle do sistema nervoso 
▪ Maconha: alteração da percepção de tempo 
▪ Doença de Parkinson: diminuição da produção de dopamina 
 
CLASSIFICAÇÃO DO CEBRID 
▪ Drogas depressoras: Álcool 
▪ Drogas hipnóticas: Barbitúricos (anticonvulsivantes), benzodiazepínicos 
(ansiolíticos). 
▪ Opióides ou narcóticos: Reduzem a dor 
▪ Inalantes ou solventes: Drogas de abuso 
▪ Estimulantes do sistema nervoso: Anorexígenos (anfetaminas, cafeína e 
derivados) 
▪ Psicodislépticos: Perturbadores do sistema nervoso (cocaína, THC) 
 
CLASSIFICAÇÃO PELA CLASSE MEDICAMENTOSA 
▪ Drogas anestésicas 
▪ Analgésicos 
▪ Antiepiléticos ou antiparkinsonianos 
▪ Anticonvulsivantes 
▪ Drogas psicolépticas (depressoras) 
▪ Drogas psicoanalépticas (antidepressivos/ estimulantes) 
 
NEUROTRANSMISSORES 
Sistema dopaminérgico: Dopamina – está localizada no mesencéfalo. Os 
neurônios saem dessa região (conhecida como substância negra) para o núcleo 
estriado, constituindo a via nigro-estriatal. Essa via controla a parte motora do 
indivíduo pelo intermédio da dopamina. 
* Prejuízo no indivíduo idoso 
A dopamina regula funções relacionadas a: 
▪ Raciocínio 
▪ Cognição 
▪ Memória de trabalho 
▪ Recompensa e prazer (Via mesolímbica) 
 
 
 
Existem 5 subtipos de receptores para dopamina (D1, D2, D3, D4 e D5). D2 e D2 têm 
importância no cérebro. (Ex: medicamentos para tratar esquizofrenia atuam como 
antagonista dos receptores D2 da dopamina; na doença de Parkinson, pode-se usar 
drogas agonistas dos receptores D2, para aumentar a função da dopamina). 
São totalmente distribuídos na estrutura cerebral, principalmente no hipocampo. 
▪ A dopamina é o verdadeiro maestro da função motora 
▪ Efeitos comportamentais (comportamento do indivíduo, estados motivacionais) 
▪ Controle neuroendócrino (inibição da prolactina) 
▪ Atenção, alerta 
▪ Autoestimulação e anedonia (sintoma principal da depressão) 
▪ Potenciação de longo prazo, consolidação da memória (filtro) 
▪ Doença de Parkinson, falta de dopamina na via nigroestriatal 
▪ Esquizofrenia, excesso de dopamina na via mesolímbica 
▪ Depressão 
▪ Estresse, excesso de dopamina na amígdala 
▪ Comportamento aversivo 
▪ Transtorno bipolar 
▪ Narcolepsia e THDA 
 
Norepinefrina: Corpos celulares noradrenérgicos localizados no “locus ceruleus” que 
atingem córtex, cerebelo e vias descendentes da medula espinhal. 
 
Ficam armazenadas em vesículas. 
Relacionada no nosso cérebro a: 
▪ Atenção seletiva, vigilância 
▪ Coordenação de respostas neuroendócrinas e autonômicas 
▪ Controle da pressão arterial 
▪ Controle do humor (bem-estar ou mal-estar), juntamente com a dopamina e a 
serotonina 
▪ Memória (receptores β) 
 
 
A noradrenalina/ norepinefrina está relacionada a: 
▪ Quadros de depressão (falta desse neurotransmissor) 
▪ Ansiedade 
▪ Medo 
▪ Pouca importância no cérebro (núcleo do trato solitário) 
 
 
 
Neurogênese hipocampal: Formação de novos neurônios na região do 
hipocampo. 
 
Serotonina: É uma endolamina fortemente relacionada à depressão. Concentra-
se nos núcleos da rafe. É formada a partir do aminoácido triptofano. 
 
É armazenada em vesícula, liberada de forma Ca2+-dependente e sua ação é reduzida 
quando ela é recaptada pelo sistema de captação (SET). 
 
 
▪ Se transforma em melatonina, então, atua sobre os ritmos circadianos 
▪ Melatonina: efeitos antioxidantes, coordenador da relação ciclo sono x vigília. É 
formada a partir da serotonina na glândula pineal. 
▪ Apresenta 7 tipos de receptores (5HT1-a, 5HT1-b...) 
▪ Único canal ionotrópico: 5HT3 (drogas antieméticas e quimioterápicos) 
▪ Sibutramina: desenvolvida como antidepressivo, mas tinha potencial efeito 
anorexígeno 
▪ Em casos de depressão, os níveis de serotonina decaem. 
 
Acetilcolina: O núcleo medial septal abriga os neurônios colinérgicos que produzem 
acetilcolina. Ela é formada a partir da glicose, formando acetil-coA + colina, advinda da 
alimentação (transformação pela ação da enzima Acetilcolinesterase). É liberada de 
forma Ca2+-dependente, mas não é ativada por recaptação. 
▪ Toxina Botulínica: Bloqueio da junção neuromuscular, impedindo a liberação 
da Acetilcolina sobre essa estrutura. 
Receptores nicotínicos e muscarínicos (M1, M2, M3 e M4, ligados a proteína G 
▪ Alzheimer está relacionado a esses receptores 
▪ Ligada à inflamação periférica via N. Vago (X par) 
 
▪ Conceito geral: Estado reversível da perda da consciência e deve ser induzido por 
drogas que permitem a realização de procedimentos cirúrgicos. 
▪ Antigamente, utilizava-se ópio, álcool...Éter e óxido nitroso – inalatórios 
▪ Princípio básico de um anestésico geral: Relaxamento muscular, analgesia, 
hipnose e ausência dos reflexos autônomos. 
▪ Associações de medicamentos para produzir efeitos juntos. 
▪ Fases da anestesia: sedação – hipnose – anestesia – coma (depressão respiratória e 
posteriormente cardíaca) 
▪ Anestésico ideal: Indução e recuperação anestésica rápida, produção de um 
estado de inconsciência, amnésia, bloquear vários reflexos, produzir relaxamento na 
musculatura esquelética (mas não no Sistema Respiratório), produzir analgesia, 
recuperação suave, rápida e sem efeitos adversos de recuperação, ausência de 
efeitos tóxicos ou colaterais e não ser inflamável. 
▪ Indução – manutenção – recuperação 
▪ 1: Consciência, com menor resposta à dor 
▪ 2: Excitação, padrão respiratório irregular, com possibilidade de ocorrência de 
emese, desmaio 
▪ 3: Anestesia cirúrgica, padrão respiratório regular e profundo e relaxamento 
muscular 
Indução 
Manutenção 
Coma (?) 
 
 
▪ 4: Paralisia respiratória, perda do controle da respiração, colapso vasomotor e 
morte 
 
 
▪ O anestésico inalatório é mais facilmente revertido. 
▪ Anestésico inalatório + anestésico injetável: associação 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS ANESTÉSICOS GERAIS 
▪ Anestésicos Inalatórios: líquidos voláteis ou gases (Halotano, isoflurano, 
cetofurano, óxido nitroso (odontologia)) 
▪ Anestésicos injetáveis (propofol, tiopental, etomidato, anfetamina) 
▪ Coadjuvantes da anestesia: drogas tranquilizantes, como antimuscarínicos 
(parassimpatolíticos, ex: atropina), opioides, etc. 
▪ A maioria são halogenados (flúor, cloro...) 
 
DROGAS INALATÓRIAS 
▪ Requisitos: Administrados na forma de vapor, apresentam controle da saída 
de oxigênio, mínima irritação inalatória, rápida indução da anestesia, efeitos 
colaterais mínimos, metabolismo mínimo. 
▪ O Halotano é o anestésico volátil que induz a anestesia mais rapidamente 
▪ Moléculas hidrossolúveis atravessam a barreira alveolar mais facilmente e 
induzem efeito mais rapidamente sobre o aparelho respiratório 
▪ Mecanismo de ação: Teoria da lipossolubilidade, teoria da permeabilidade 
celular, teoria da ocupação da membrana. 
▪ Os efeitos inalatórios produzem efeito de inibição dos receptores 
excitatórios, causando uma depressão do SNC e potencializam os 
receptores como GABA-a. *** 
▪ Cálculo de dose: CAN concentração alveolar mínima, que a 1 atm de 
pressão que produz imobilidade em 50% dos seres humanos ou animais 
submetidos a estímulos dolorosos. 
▪ Quanto menos eu precisar, mais potente ele é!!! 
▪ Fatores que interferem na velocidade de indução de um anestésico 
inalatório: 
- aumento na concentração de anestésico inalatório na mistura da gases 
expirada pode aumentar essa velocidade 
- aumento na ventilação alveolar 
- aumento da solubilidade do anestésico no sangue diminui a velocidade de 
indução/ distribuição 
▪ Coeficiente sangue x gás: Indica a solubilidade do anestésico no sangue; 
determina a velocidade de distribuição e indução de um anestésico 
inalatório. 
▪ A lipossolubilidade pode ser uma vantagem porque induza anestesia 
rapidamente, mas ao mesmo tempo, uma desvantagem, porque retarda sua 
eliminação. 
 
 
▪ São mais distribuídos em alguns tecidos: cérebro, coração, rins, ossos, tecido 
adiposo, cartilagem. 
Efeitos clínicos dos anestésicos inalatórios (Geral: depressão 
cardiorrespiratória) 
▪ Óxido nitroso: Gás hilariante. Vantagens: Não inflamável, não irritante, 
indução e recuperação rápida. Pode atuar como sedativo e analgésico e 
pode causar depressão de medula óssea. Ideal em procedimentos 
odontológicos, primeiro estágio do parto. Desvantagens: causa pouco 
relaxamento muscular, pode gerar hipóxia. 
▪ Enflurano: Vantagens: Menor metabolismo que o Halotano, tem maior 
risco de hepatoxicidade, indução e recuperação mais rápidas. 
Desvantagens: pode causar sintomas semelhantes à epilepsia, depressão 
respiratória, insuficiência renal em pacientes pré-dispostos. 
▪ Isoflurano: Vantagem: Semelhante ao enflurano, mas não apresenta a 
propriedade que causa ataque epilético, não é hepatotóxico ou 
neurotóxico. Desvantagem: É mais irritante sobre o aparelho 
respiratório, pode causar hipotensão, hemorragia. 
▪ Sevofurano: Semelhante ao isoflurano. Pouco metabolizado e com 
preço acessível. 
▪ Desfurano: Menos acessível, semelhante ao sevofurano. 
▪ Halotano*: Vantagens: Não é inflamável, não irritante. Desvantagens: 
alta lipossolubilidade, índice terapêutico (DL50 baixa). 
▪ Éter: Irritante. Não se usa mais, assim como o clorofórmio. 
 
Associação dos Anestésicos 
▪ Tanto a indução como a recuperação são significativamente mais 
rápidas, quando se faz associação com vários medicamentos – 
“coquetel” 
▪ Exemplo: Romitidina como medicação pré-anestésica (tranquilizante) 
+ indução com Tiletamina e Zolazepan + manutenção com Halotano. 
▪ Também é possível utilizar Acepran como droga indutora, o que causa 
bloqueio dos receptores dopaminérgicos. 
 
DROGAS INJETÁVEIS 
▪ Barbitúricos eram utilizados antigamente, porém hoje em dia não 
são mais por se acumularem no tecido adiposo. 
▪ Ácido barbitúrico atua como anestésico quando apresenta um 
radical na molécula (S, O). 
▪ O maior problema dele é seu acúmulo nos tecidos. 
 
 
▪ Causam efeitos de sedação, letargia, anestesia geral, podem induzir 
o relaxamento muscular. 
▪ Atuam sobre canais iônicos e receptores gabaérgicos 
▪ O tiopental é um dos mais usados, por apresentar ação rápida. Em 
termos cirúrgicos essa droga é de ultra-curta duração, adequado 
para procedimentos rápidos. 
▪ Pentobarbital 
▪ Fenobarbital (gardenal), utilizado em animais com epilepsia, com 
ação tranquilizante. 
▪ Derivados da fenciclidina: tiletamina, quetamina, causam anestesia 
dissociativa. Apresentam ação rápida, biotransformação hepática ou 
renal, o metabólito ativo é a norquetamina. Atravessa a barreira 
placentária. Possuem ação mais efetiva do que os derivados de 
barbitúricos. Diminuem a excitação, diminuindo a passagem do 
impulso nervoso. 
▪ Propofol: Excelente anestésico lipofílico, utilizado para indução e 
manutenção anestésica. Recuperação rápida, excreção renal de 
metabólitos. Bloqueia a transmissão sobre os receptores 
GABAérgicos. Pobre analgesia e médio relaxamento muscular. Alto 
custo. 
▪ Etomidato: Utilizado em animais de grande porte e cardiopatas. 
Não apresenta ação anestésica e miorrelaxante boa, e possui um alto 
custo. 
 
▪ Não é bom administrar o anestésico local quando o tecido está muito 
inflamado 
▪ Sensações dolorosas exacerbadas (hiperalgesia), incisão, tecido inflamado, 
nociceptores ativados 
▪ Hiperalgesia: Estímulo pronunciado dos nociceptores sobre situação de 
inflamação. 
▪ Halogenia: Percepção dolorosa a um estímulo inócuo. Exemplo: temos uma 
mesma lesão, mas alguém toca o local lesionado. 
 
ANALGESIA x ANESTESIA 
▪ Os analgésicos são inibidores específicos das vias de dor (analgésicos opioides, 
paracetamol, dipirona). 
▪ Os anestésicos são inibidores inespecíficos. Inibem tanto as vias sensoriais 
(dolorosas), quanto as motoras e autônomas, pois no nervo periférico se 
encontram todos os tipos dessas fibras. 
 
 
▪ Os anestésicos locais serão administrados próximos ao nervo periférico e 
deverão ter uma lipossolubilidade interessante para atravessarem todas as 
membranas (epineuro, perineuro, endoneuro, até alcançarem as fibras). 
▪ Especificamente, os anestésicos locais vão impedir a geração de impulsos 
nervosos → a informação sensorial não chega ao SNC. 
▪ Impedem a geração do potencial de ação e a condução do estímulo nocivo, de 
maneira que o cérebro não percebe essa sensação dolorosa, motora e 
autônoma – INIBIDORES INESPECÍFICOS 
▪ As fibras presentes no nervo periférico podem ser de maior ou menor calibre. 
▪ Todas elas são sensíveis, por exemplo, à lidocaína. 
▪ Essa sensibilidade depende da concentração de anestésico local e da via de 
administração da droga. 
▪ Anestésico local ideal: bloqueio inicial das fibras da via de sensibilidade 
dolorosa – fibras de menor calibre (Fibras C), fibras de médio calibre (A-δ), 
responsáveis pela condução dos estímulos dolorosos. 
▪ Também existem fibras do tipo A-β, responsáveis pela atividade motora e de 
propriocepção (sensação de choque) 
 
MECANISMOS DE AÇÃO E PROPRIEDADES GERAIS 
▪ O sítio de ação dos anestésicos locais se encontra no espaço intracelular 
▪ Eles se ligam aos canais de Na+ voltagem dependentes, ou seja, impedem a 
entrada de sódio, e consequentemente bloqueando a geração do potencial de 
ação 
▪ A molécula não-ionizada se liga ao sítio de ação e exercer sua função efetiva 
▪ Lipossolubilidade moderada, para que não fiquem retidos na membrana celular 
▪ São bases fracas, que se agrupam com um sal 
▪ Estão ligados a proteínas plasmáticas, como albumina 
▪ Se acumulam no tecido adiposo (cuidar com efeitos tóxicos), o que faz com que 
eles sejam liberados e eliminados lentamente 
▪ A toxicidade está unicamente relacionada à porção livre do fármaco 
▪ Por que não é bom administrá-los em tecidos muito inflamados? Quando o 
tecido está inflamado, ocorre uma acidificação do meio, pela presença de 
células imunes. Isso faz com que a droga permaneça no seu estado ionizado, 
por conseguinte, não atravesse a barreira celular. Portanto, nesse caso, se a 
droga for administrada, não terá efeito, pois não se ligará ao seu sítio de ação 
 
▪ Estrutura química: Em linhas gerais, todos eles apresentam um anel aromático 
e uma amina terciária + Ligação éster / Ligação tipo amida 
▪ A ligação entre esses dois grupamentos pode ser do tipo éster (ex: trocaína; são 
metabolizados e hidrolisados por esterases plasmáticas) ou do tipo amida (ex: 
lidocaína; metabolismo hepático principalmente pela CYPs) 
▪ Canais de Na+ voltagem dependentes: Estão localizados em todas as 
membranas excitáveis, pois sua ativação permitirá a abertura dos canais e 
consequente geração do potencial de ação. 
 
 
▪ Anestésicos locais bloqueiam todos os canais de sódio voltagem dependentes. 
▪ Por isso os anestésicos locais devem ser administrados próximos ao nervo 
periférico de interesse 
▪ Constituídos de 4 subunidades com 6 domínios transmembrana, que vão se 
agrupar formando um core. 
▪ Vários estados de ativação e inativação e vão ciclando ao longo do tempo para 
gerar esses potenciais de ação 
▪ Quando o canal está aberto, há entrada de sódio, gerando então essa 
despolarização da membrana. Consequentemente, ele passa para uma fase de 
inativação, onde a comporta de inativação fecha e ele mesmo estando aberto, 
acaba inativado, de forma que o sódio não consegue entrar (repolarização da 
membrana) 
▪ Posteriormente, ele passa por uma fase em que ele fica fechado e inativado e 
logo, será possível uma ativação do canal. 
COMO OS ANESTÉSICOS LOCAIS ATUAM NESSE TIPO DE CANAL? 
▪ Eles possuem uma maior afinidade pela conformação inativada 
▪ Vão atravessar a membrana e atingir o sítio intracelular 
▪ Dessa forma, vão estabilizar o canal sob a formainativada (aumentam 
período refratário do canal) 
▪ Impossibilidade de o canal ser ativado 
 
UTILIZAÇÃO 
▪ Procedimentos cirúrgicos (lidocaína, cocaína), ação anticonvulsivante e 
antiarrítmica 
▪ Vias de administração: anestesia superficial ou tópica (cremes, géis, 
colírios, sprays); adm. por infiltração (subcutânea, intramuscular, 
intradérmica, intraligamentar); perineural; espinhal (subaracnóidea, 
epidural); intravenosa; intra-articular 
▪ Associação com um vasoconstritor: Geralmente adrenalina. Potencializam 
o efeito do anestésico local, pois são inativados por esterases plasmáticas. 
Em outras palavras, aumentam o tempo de ação dos anestésicos locais e 
diminuem a dose necessária para induzir o efeito desejado. 
▪ São muito efetivos e potentes. 
▪ A administração deve ser evitada na circulação terminal (extremidades, 
focinho do animal), pois isso vai demandar uma maior oxigenação e a 
vasoconstrição vai impedir esse tipo de oxigenação, produzindo maior 
toxicidade, edema, etc 
▪ Podem acabar ativando outros receptores, produzindo taquicardia 
 
 
 
 
TIPOS DE ANESTÉSICOS LOCAIS 
▪ A lidocaína é do tipo amida e é o mais utilizado (2x mais eficiente do 
que a procaína). Atravessa a barreira placentária. Deve-se evitar a 
associação com outros depressores do SNC, como fenobarbital. 
▪ A tetracaína também é do tipo éster (é 10x mais potente do que a 
procaína) 
▪ A bupivacaína é do tipo amida (mais potente do que a lidocaína), 
permite o bloqueio nervoso epidural. 
▪ A prilocaína possui uma potência similar à da lidocaína, mas pode 
produzir meta-hemoglobina, gerando hipóxia (reversão com 
oxigenoterapia e azul de metileno) 
▪ A ropivacaína é importante em relação a toxicidade 
 
EFEITOS ADVERSOS 
▪ De modo geral, os anestésicos de grupo amida são menos tóxicos 
do que os de grupo éster, ainda que todos eles sejam depressores 
do SNC, podendo causar quadros de convulsões 
▪ Evitar associação com outros depressores do SNC (ex: fenobarbital) 
▪ Produzem vasodilatação, pelo relaxamento da musculatura lisa 
(hipotensão arterial) 
▪ Toxicidade cardíaca, levando a arritmia e alterações cardiovasculares 
 
QUESTÕES 
1. Por que os anestésicos locais bloqueiam a sensação de dor? Porque eles 
bloqueiam os canais de Na+, impedindo que o potencial de ação gerador do 
estímulo doloroso seja desencadeado. 
2. Por que produzem perda das funções autônomas e motoras? Pois eles são 
inespecíficos, bloqueando todas as fibras do nervo periférico (para lembrar 
disso é só pensar em uma situação de extração dentária. Quando você é 
anestesiado, tem a sensação de que a boca está torta, justamente porque o 
estímulo motor e autônomo está defasado) 
3. Por que eles precisam ter uma lipossolubilidade moderada? Porque o sítio 
de ação é intracelular. 
4. Por que não se pode administrar um anestésico local em um tecido muito 
inflamado? Pois o tecido inflamado apresenta um pH acidificado, o que faz 
com que a droga permaneça na sua forma ionizada (aprisionamento iônico) e 
não seja capaz de atravessar as barreiras e atingir seu sítio de ligação dentro da 
célula. 
 
 
5. Qual é o estado dos canais de Na+ voltagem-dependentes no qual o 
anestésico local tem maior afinidade? O estado inativado, que prolonga o 
período refratário, de maneira a impedir a geração do potencial de ação. 
6. Por que a administração de adrenalina permite administrar doses menores 
do anestésico local? Pois a adrenalina é um importante vasoconstritor. 
Vasoconstritores potencializam a ação do anestésico local pois diminuem a 
metabolização do anestésico local, aumentando o tempo de duração do efeito 
e reduzindo a dose. 
 
 
 
▪ Drogas tranquilizantes 
▪ O álcool pode ser tanto depressor quanto estimulante do SNC 
▪ Agentes psicotrópicos 
▪ Acepromazina, cloropromazina, prometazina, aloperidol... 
▪ Leve sedação – associação com outros depressores: potencialização do efeito 
▪ Sedação – hipnose – analgesia – anestesia – coma – morte 
▪ Overdose absoluta x Overdose relativa (ao indivíduo, em caso de hepatopatias) 
▪ São drogas utilizadas para sedação e contenção química (produzem indiferença 
afetiva, lentidão psicomotora, inibição da agressividade e da ansiedade) 
▪ Não induzem dependência, como os opiáceos 
▪ Produzem catatonia (permanecem do modo que os deixamos) 
▪ Tranquilizantes maiores: Empregados no tratamento de transtornos 
psicológicos (neuroléptico, ataráxico e antipsicótico) 
▪ Tranquilizantes menores: Utilizados para controlar ansiedade 
TRANQUILIZANTES MAIORES 
▪ Derivados fenotiazínicos 
✓ Cloropromazina 
✓ Acepromazina 
✓ Levomepromazina 
 
▪ Derivados butirofenônicos 
✓ Azaperona 
✓ Droperidol 
Farmacocinética: Absorvidos por via oral ou parenteral, distribuído e metabolizado via 
hepática. Atravessam a barreira hematoencefálica e placentária. Eliminado pela urina, 
fezes e leite. 
▪ Atuam alterando na neurotransmissão dopaminérgica (noradrenalina, 
dopamina, serotonina) 
 
 
▪ Se ligam nos receptores pós-sinápticos impedindo que a noradrenalina se ligue 
no receptor. Fazem um bloqueio da ligação Noradrenalina / receptor 
▪ Depressão: sedação e fechamento das pálpebras, diminuição das respostas 
condicionadas, potencializa a ação de outros fármacos depressores, diminuição 
dos reflexos vasomotores, diminuição da agressividade, etc 
▪ Utilização como droga pré-anestésica (assim como a xilazina) 
 
ACEPROMAZINA (Acepran)
 
 
TRANQUILIZANTES MENORES 
Empregados no tratamento de ansiedade: 
▪ Derivados benzodiazepínicos 
✓ Diazepam 
✓ Clonazepam (Rivotril) 
✓ Midazolam 
✓ Alprazolam 
Farmacocinética: Absorção via oral ou intravenosa, distribuição hepática. Atravessa 
barreiras hematoencefálica e placentária. Biotransformação hepática e eliminação pela 
urina. 
▪ Benzodiazepínicos atuam sobre receptores GABAérgicos no cérebro 
▪ Efeitos relaxantes sobre a musculatura, ansiolítico sobre o sistema límbico, 
sedativo. 
 
 
▪ Causam ataxia e efeitos teratogênicos. 
 
▪ Leve excitação – média excitação – grande excitação – convulsão – morte 
▪ Estimulantes gerais que podem estimular o córtex, a medula oblonga (bulbo) ou 
a medula 
▪ Bulbo: Doxapran (analéptico, utilizado em casos de anóxia) 
▪ Estricnina 
▪ Xantinas 
▪ Maconha 
▪ Metil-xantinas 
▪ Aumentam a sensibilidade a algumas coisas e a atividade física 
▪ Córtex: Estimulantes corticais (psicotrópicos, como anfetaminas, metil-xantinas) 
▪ Medula espinhal: Estimulantes espinhais 
▪ Bulbo ou medula oblonga: Estimulantes bulbares (doxapran, utilizado para 
estimular o centro respiratório) 
ESTIMULANTES CORTICAIS: Podem alterar a função motora, redução da sensação 
de fadigas. Aumentam o trabalho muscular. 
✓ Metil-xantinas (cafeína, teofilina, teobromina, mateína, xantina), que 
aumentam a excitabilidade do córtex e a ansiedade. São inibidores 
competitivos da adenosina. 
✓ Cafeína: aumentar a excitabilidade do córtex sensorial, diminuição da fadiga 
e aumento da capacidade de realizar trabalho muscular, diurese, 
estimulação do músculo cardíaco. Diminui a apatia. 
✓ Teofilina: maior potência sobre o SNC (cardiovascular, respiratório e renal). 
Provoca broncodilatação e é utilizada como antiasmático. Causa leve 
excitação, tremores, agitação. 
✓ Aminofilina: Ação curta e potente, atua sobre as artérias coronárias, 
provocando dilatação e diurese. Prevenção e alívio do espasmo brônquico. 
✓ Teobromina: Causa intoxicação nos animais. Está presente no cacau. Causam 
diarreia, vômito, hiperatividade, tremores, cianose, sialorreia, coma e morte. 
Monitorar e acompanhar as funções vitais, fluidoterapia (estimular emese), 
água oxigenada, carvão ativado, tranquilizantes (Diazepam). 
 
ESTIMULANTES BULBARES: Principalmente Doxapram, que reverte a 
depressão respiratória por anestésicos, antagoniza os efeitos da xilazina 
(Acepran) e combate a anóxia de neonatos. 
▪ Doxapram: aumento da frequência respiratória.Reversão de depressão 
por barbitúricos. 
 
 
ESTIMULANTES MEDULARES: Principalmente a Estricnina, que atua inibindo 
seletivamente a neurotransmissão inibitória dos receptores GABAérgicos. 
Inibem o GABA (neurotransmissor inibitório) e causa uma superestimulação. 
(convulsão: falta de GABA). 
Causam dores intensas e asfixia. Se possível, reversão com Diazepam. 
 
PSICOESTIMULANTES: Principalmente maconha. O THC atua sobre os 
receptores canabinoides, Efeitos psíquicos dependentes da dose. Animais → 
ingestão acidental → indução de vômito. 
 
▪ Ação central: Para espasmos musculares agudos ou crônicos 
▪ Ação periférica: Bloqueadores neuromusculares 
▪ Baclofeno: Miorrelaxante principal (agonista dos receptores GABA-b) 
▪ Inibição pré-sináptica e inibição do potencial de ação 
▪ Ação regular, adm apenas por via oral 
▪ Aplicação: tratamento de retenção urinária em cães 
Farmacocinética: Absorvido por via oral, são lipofílicos e atravessam a barreira 
hematoencefálica. Atuam sobre a medula espinhal e podem produzir alucinações e 
convulsões. 
▪ Diazepam: Age sobre os receptores GABA-a, sendo um agonista dos 
receptores GABAérgicos; disfunção muscular e espamos musculares. São 
empregados no controle de convulsões (anticonvulsivantes) 
▪ Xilazina: Agonista dos receptores α-2 adrenérgicos. Efeito quase imediato 
por via IV. Excreção renal; pode ser utilizado na contenção de animais, 
analgesia e pré-anestésico. 
EFEITOS ADVERSOS 
▪ Hiperglicemia 
▪ Bradicardia 
▪ Redução da frequência respiratória 
 
 
▪ A musculatura esquelética não é autonômica, ou seja, podemos ter 
controle sobre ela. Enquanto a musculatura lisa é controlada pelo 
 
 
sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático (acetilcolina e 
noradrenalina) 
▪ A musculatura esquelética é inervada pelo SN Somático, junto com o 
SNAS e SNAP compõem o SN periférico. 
▪ Junção neuromuscular: Apenas acetilcolina mediando sinapse, que 
possui receptores muscarínicos e nicotínicos. 
▪ Na musculatura esquelética, há somente receptores nicotínicos! 
▪ O receptor nicotínico é um receptor do tipo canal iônico, que promove 
uma resposta muito rápida. 
▪ Depende da abertura do canal, entrada de sódio, e então, entrada de 
cálcio. 
▪ O SN somático não apresenta gânglios e controla os músculos 
esqueléticos. 
▪ A Ach é sintetizada a partir de Acetil-coA + colina, e é armazenada em 
vesículas. Quando há estímulo desse neurônio há a liberação de 
acetilcolina na fenda sináptica. Ali, ela pode ser degradada pela enzima 
Acetilcolinesterase. 
▪ Diferentes alvos farmacológicos 
▪ Miorrelaxantes de ação periférica: Pré-sinapse, atuam na inibição da 
síntese de acetilcolina (ex: toxina botulínica), podem inibir a síntese ou 
liberação da Ach. Os de liberação possuem um uso clínico mais 
expressivo (utilizados em procedimentos ortopédicos, emergências, 
intubações) 
▪ Usando a toxina botulínica diretamente sobre o músculo, a musculatura 
para, provocando relaxamento. 
▪ VET: tratamento de cinomose e osteoartrite. 
▪ Bloqueadores neuromusculares: diminuir o tônus da musculatura, 
bloquear a contração. São utilizados como adjuvantes de anestesias 
(relaxar a musculatura esquelética durante procedimentos cirúrgicos) 
▪ CUMARINAS: Plantas que induzem alcaloides com capacidade 
miorrelaxante. 
RELAXANTES MUSCULARES NÃO-DESPOLARIZANTES (bloqueadores 
competitivos) 
▪ Atuam na junção neuromuscular. Bloqueiam receptores da acetilcolina 
na JNM. Competem com a acetilcolina pelos receptores nicotínicos 
(antagonistas competitivos dos receptores nicotínicos de Ach). 
▪ Tubocurarina: Peso molecular alto, o que faz com que não entre na 
célula. Concentra-se bastante na junção neuromuscular. 
▪ Galamina: Produto sintético, é uma molécula grande com vários 
radicais, o que confere grande lipossolubilidade. Tem ação mais 
prolongada do que a tubocurarina. Atua também sobre receptores 
muscarínicos e receptores β-adrenérgicos (aumenta a frequência 
cardíaca). 
 
 
▪ Atracúrio: Não provoca efeitos cardíacos, não depende de enzimas 
hepáticas pois realiza autobiotransformação. 
 
RELAXANTES MUSCULARES DESPOLARIZANTES 
▪ Succinil-colina 
▪ Decametônio 
▪ CONCEA: Conselho de Ética 
▪ CEUA 
▪ Teste de dose única (DL50): dose letal; índice terapêutico baixo, ou seja, alta 
toxicidade. Administração via oral de uma única dose para gerar o índice 
terapêutico da droga. 
▪ Cálculo da dose letal, cujo valor representa a morte de 50% dos animais da 
amostra. 
▪ Dose eficaz: cálculo cujo valor resultante representa o efeito desejado em 50% 
dos animais da amostra. 
▪ IT: Índice terapêutico – quanto maior o IT, mais longe estará a DL da DE. Todas 
as drogas que tiverem o IT abaixo de 10 são drogas de risco. A partir desse 
índice, é possível aferir uma classificação de toxicidade de uma droga, além de 
estabelecer uma margem de segurança para a utilização das mesmas. 
 
▪ 
▪ NOAEL dose: Maior dose que não causa efeito adverso 
▪ IDA (ingestão diária aceitável): NOAEL/ fator de segurança 
(dose/10) 
 
 
 
 
▪ Sinergismo 
▪ Antagonismo parcial ou total 
▪ Ação alterada 
▪ Não sofrer alteração 
▪ Animais jovens, idosos, nefropatas, hepatopatas e obesos estão mais 
susceptíveis 
▪ Atenção a drogas com baixo IT (altamente tóxicas) 
▪ Interações farmacêuticas: incompatibilidade medicamentosa (antes da 
administração, com reações físico-químicas fora do organismo) ex: gentamicina 
+ penicilina 
▪ Interações farmacocinéticas: alterações na distribuição, absorção, 
metabolização e excreção das drogas (aumento ou diminuição da [droga] no 
sítio de ação) 
▪ Interações farmacodinâmicas: no mesmo receptor (competição) 
▪ Interações de efeitos: nos mesmos receptores (fármacos diferentes produzindo 
efeitos similares ou opostos, sem interferirem um no outro)

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