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A CRUZADA CONTRA OS CÁTAROS

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A CRUZADA CONTRA OS CÁTAROS
Em 1208, enquanto as cruzadas na Terra Santa (Jerusalém) ainda prosseguiam e o Reino Franco de Jerusalém lutava pela sobrevivência, o Papa Inocêncio III proclamou uma nova Cruzada. O inimigo desta vez não seriam os infieis mulçumanos, do outro lado do Mediterrâneo, mas os adeptos de uma heresia no sul da França. Os hereges em questão eram às vezes chamados de cátaros, que significava purificados ou aperfeiçoados. Por outros, incluindo os inimigos, eram chamados de albigensianos ou albigenses, designação derivada de um primeiro centro de suas atividades, a cidade sulista francesa de Albi.
Os Cátaros pdem até ser chamados de cristãos (eles atribuíam um significado teológico a Jesus), no entanto, iam contra Roma e à Igreja Romana. Como iriam fazer religiões protestantes posteriores, viam em Roma a encarnação do mal, a bíblica "Prostituta da Babilônia". Entre as congregações cristãs estabelecidas da época, achavam–se mais próximos em suas doutrinas da Igreja Bizantina ou Ortodoxa Grega. Em alguns aspectos na crença na reencarnação, por exemplo tinham elementos em comum com tradições ainda mais ao leste, como o hinduísmo e o budismo. Eles viviam mais próximos de como Jesus e seus discípulos viviam que os líderes da Igreja. Muitos relatos da época diziam que os cátaros eram os verdadeiros cristãos; os únicos que seguiam o caminho da justiça; consegue-se ver melhor a salvação nesses hereges que nos padres e bispos da igreja.
Em contraponto aos cátaros, a Igreja passava por uma fase de descrença em toda a Europa. Um relato dito ser de um Papa (desconhecido) dizia os líderes clero viviam pior que animais. Na Alemanha diziam que os padres eram na verdade pescadores de dinheiro e não de almas. Os membros do clero alemão viviam no luxo, gulodice e corrupção. No sul da França existiam igrejas que fá 30 anos não se pregava uma missa. E foi nessa falta religiosa no sul da França que a população começou a abraçar os cátaros.
A quantidade de adeptos do catarismo chegou a um número tão alto, que em 1207 o Papa Inocêncio III ordenou que se utilizassem da força militar para conter os hereges. No entanto os líderes das igrejas francesas e os lideres de terras não queriam ver o derramar do próprio povo em uma guerra, e um acordo foi proposto. O Legado Papal Pierre de Castelnau foi mandado para uma reunião com o conde de Toulouse, terra onde se concentrava a massa cártaro. A reunião não teve o resultado desejado acabando em briga e Pierre ao se dirigir para fora das terras de Toulouse, foi morto por um cavaleiro à mando do Fidalgo. O Papa furioso com a atitude do fidalgo o acusou de abraçar e proteger os hereges. Uma bula papal foi emitida exortando o fidalgo de todas as igrejas e autorizando a qualquer católico matar e tomar as terras de Toulouse.
Sem apoio dos fidalgos e do rei da França, os cátaros continuaram na região de Toulouse e pregando sua fé. Foi então que o Papa montou um exército sob a liderança militar de Simon de Montfort, e liderança espiritual do Legado Papal Arnaud Amaury. Os exércitos marcharam conta as cidades do sul da França em 1209, e em pouco mais de um ano dizimaram a população. A cruzada ficou conhecida como Cruzada Albgense e foi a primeira em terras cristãs e contra cristãos.