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Apostilha de NR 33

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SEGURANÇA E SAÚDE NOS 
TRABALHOS EM ESPAÇO 
CONFINADO - PERIÓDICO
SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA - CNI
Robson Braga de Andrade
Presidente
Diretoria de Educação e Tecnologia - DIRET
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor de Educação e tecnologia
Serviço Social da Indústria - SESI
João Henrique de Almeida Souza
Presidente do Conselho Nacional
SESI - Departamento Nacional
Robson Braga de Andrade
Diretor
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor-Superintendente
Paulo Mol Júnior
Diretor de Operações
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI
Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Nacional
SENAI - Departamento Nacional
Rafael Esmeraldo Lucchesi Ramacciotti
Diretor Geral
Julio Sergio de Maya Pedrosa Moreira
Diretor-Adjunto
Gustavo Leal Sales Filho
Diretor de Operações
Instituto Euvaldo Lodi - IEL
Robson Braga de Andrade
Presidente do Conselho Superior
IEL - Núcleo Central
Paulo Afonso Ferreira
Diretor-Geral
Gianna Cardoso Sagazio
Superintendente
SEGURANÇA E SAÚDE NOS 
TRABALHOS EM ESPAÇO CON-
FINADO - PERIÓDICO
Campo Grande, MS
2020
2020 SESI – Departamento Nacional
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada a fonte.
SESI/DN
Unidade de Saúde e Segurança na Indústria (SSI)
FICHA CATALOGRÁFICA
SESI/MS
Serviço Social da Indústria
Departamento Regional de Mato Grosso do Sul
Sede
Setor Bancário Norte Quadra 1 – Bloco C
Edifício Roberto Simonsen 
7 0040-903 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3317-9000
Fax: (61) 3317-9994 
http://www.portaldaindustria.com.br/sesi/
CDU: 641.5
S491g
Serviço Social da Indústria. Departamento Regional do Mato Grosso do Sul.
Curso: NR33 Segurança e Saúde no Trabalho nos Trabalhos em Espaço Confi nado-Trabalhadores 
Autorizados e Vigias Periódico.
Campo Grande-MS: SESI/MS, 2020.
1 Livro digital
76 p.: il.
Serviço de Atendimento ao Cliente - SAC
Tels.: (61) 3317-9989 / 3317-9992
 sac@cni.org.br
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 –  Exemplos de espaços confi nados 32
Figura 2 – Sinalização para identifi cação de espaço confi nado 41
Figura 3 – Exemplos de tipos de bloqueio 53
Figura 4 – Equipamentos de Proteção Individual 58
Figura 5 – Sistema de ventilação 59
Figura 6 – Divisão dos equipamentos de proteção respiratória 64
LISTAS DE TABELAS
Tabela 1 – Classifi cação NIOSH para espaços confi nados  31
LISTAS DE QUADROS
Quadro 1 – Exemplos de espaços confi nados por setor econômico 39
SUMÁRIO
DEFINIÇÕES 28
CONCEITO DE ESPAÇO CONFINADO E LEGISLAÇÃO 29
 Defi nição de Riscos Ambientais e Perigos 33
OBJETIVO DA NORMA 34
RESPONSABILIDADES, DIREITOS E DEVERES 35
Responsabilidade dos Trabalhadores 35
Direitos do trabalhador 35
Responsabilidades e deveres do Supervisor de Entrada 36
Responsabilidades do Vigia 37
Responsabilidades do empregador 37
IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS 38
Possíveis locais defi nidos como espaço confi nado 39
Perigo/Fator de risco 41
GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS 42
Medidas técnicas de prevenção 42
Medidas administrativas 44
Medidas pessoais 45
TREINAMENTO 46
RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS 48
RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS 49
USO DE EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS PARA CONTROLE DE RISCOS 52
Dispositivos de bloqueio e controle dos riscos atmosféricos 52
Cartão de segurança 54
Conceitos de ventilação geral, insufl adora e exaustora 54
SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE SEGURANÇA DA ÁREA 54
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO 56
Equipamento de Proteção Coletiva - EPC 56
Equipamentos de Proteção Individual - EPI 57
MEDIDAS DE SEGURANÇA 58
 Sistema de ventilação e exaustão em espaços confi nados 58
Desligamento das fontes de energia, trava e sinalização/etiquetagem 60
Objetos proibidos 60
FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 62
FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 63
Equipamento de Proteção Respiratória (EPR) 63
Filtros 65
PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA 66
OUTROS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS EM ESPAÇOS CONFINADOS 67
APRESENTAÇÃO
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Seja bem-vindo ao Curso de NR33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confi nado - Tra-
balhadores Autorizados e Vigias, modalidade à distância – semipresencial. Este caderno tem por 
objetivo ser um importante material de suporte e apoio pedagógico possibilitando que se organi-
ze para estudar os conteúdos aqui apresentados. 
Alicerçado na tradição de qualidade de seus Cursos em Segurança e Saúde no trabalho na 
modalidade presencial, este treinamento foi desenvolvido pelo SESI na busca de alcançar aten-
der as demandas das indústrias por treinamentos exigidos pelas normas regulamentadoras, 
ampliando as possibilidades de preparar seus trabalhadores, superando barreiras geográfi cas e 
limitações de horários.
Este curso tem como objetivo geral preparar profi ssionais para desenvolver atividades de tra-
balho em espaços confi nados em conformidade com as especifi cidades da empresa, normas 
técnicas e as normas de segurança pertinentes, apresentando os requisitos mínimos e as medi-
das de proteção, envolvendo o planejamento, a organização e a execução, de forma a garantir a 
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos diretamente com esta atividade.
Seja bem-vindo (a) e ótimos estudos!
PLANO DE ESTUDOS
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CARGA HORÁRIA DO CURSO
O Curso de NR 33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confi nado - Trabalhadores Au-
torizados e Vigias, modalidade à distância semipresencial, tem carga horária de 08 (oito) horas, 
distribuídas em 4 horas à distância e 4 horas em encontros presenciais, conforme segue abaixo:
Módulo 1 (EAD)
• Defi nições - 02 horas.
• Reconhecimento, Avaliação e Controle de Riscos - 01 hora.
• Funcionamento de Equipamentos - 01 hora.
• Procedimentos e utilização da Permissão de Entrada de Trabalho (PET) - 01 hora.
• Noções de Resgate e Primeiros Socorros - 03 horas
Módulo 2 (PRESENCIAL)
• Encontro presencial: 04 horas.
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Conteúdo Programático
O Curso de NR 33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confinado - Trabalhadores Auto-
rizados e Vigias, modalidade semipresencial, apresenta conteúdo programático:
• Módulo EAD
AULA 1 - DEFINIÇÕES
1. Conceito de espaço confinado e legislação
• Definição de Riscos Ambientais e Perigos
2. Objetivo da norma
3. Responsabilidades, direitos e deveres
• Responsabilidade dos trabalhadores
• Direitos do trabalhador
• Responsabilidades e deveres do supervisor de entrada
• Responsabilidades do vigia
• Responsabilidades do empregador
4. Identificação dos espaços confinados
• Onde são encontrados os espaços confinados.
• Riscos potenciais
5. Gestão de segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados
• Medidas técnicas de prevenção
• Medidas administrativas
• Medidas pessoais
6. Treinamento
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AULA 2 - RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS 
1. Reconhecimento, avaliação e controle dos riscos
2. Uso de equipamentos e instrumentos para controle de riscos
• Dispositivos de bloqueio e controle de riscos atmosféricos
• Cartão de segurança
• Conceitos de ventilação geral, insufladora e exaustora
3. Sinalização e isolamento de segurança da área
4. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO
• Equipamento de Proteção Coletiva – EPC
• Equipamento de Proteção Individual – EPI
5. Medidas de segurança
• Sistemas de ventilação e exaustão em espaços confinados
• Desligamento das fontes de energia, trava e sinalização/etiquetagem
• Objetos proibidos
AULA 3 - FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS
1. Funcionamento de equipamentos utilizados 
• Equipamentos de Proteção Respiratória (EPR)
• Filtros
2. Programa de proteção respiratória
3. Outros equipamentos utilizados em espaços confinados
• Módulo presencial
Procedimentos e utilização da permissão de entrada de 
trabalho (PET)
1. OrientaçõesGerais da Instrutoria: 10 minutos
Observações:
• Nessa etapa serão utilizados dos equipamentos e recursos pertinentes ao cenário da 
empresa.
• Recursos utilizados: disponibilizados pela empresa para simulação.
2. Elaboração: preenchimento e simulação de procedimentos e check list de ações para o 
trabalho em espaços confinados.
• Objetivo: analisar o desempenho e as habilidades cognitivas/prática no preenchimento e 
aplicação prática de documentos de segurança, conforme cenário da empresa;
• Técnica: trabalho em equipes.
• Recursos: NR 33 atualizada; Anexo II da Norma; folha A4; caneta esferográfica; check list 
adaptado.
• Tarefa: elaboração do fluxo de procedimentos com os seguintes conteúdos
• Procedimentos e utilização da permissão de entrada de trabalho (PET)
• Permissão de entrada de trabalho em espaços confinados
• Emitente, Executante e Emissão da PET
• Tempo para execução e demonstração prática: 30 minutos.
• Mediação da aprendizagem e esclarecimentos dos pontos de atenção: 10 minutos.
Auto avaliação e Feedback da instrutoria: 10 minutos.
Primeiros socorros e ações socorristas
1. Orientações Gerais da Instrutoria – 10 minutos
Observações:
• Nessa etapa serão utilizados os equipamentos e recursos pertinentes ao cenário da 
empresa.
• Recursos utilizados: disponibilizados pela empresa para simulação.
Tarefa 1. Demonstração de técnicas socorristas, com ênfase nos Primeiros Socorros, consideran-
do as funções e responsabilidades do socorrista e as avaliações necessárias, incluindo estratégias 
de prevenção de acidentes.
• Objetivo: avaliar o desempenho e as habilidades operacionais em situações simuladas e 
controladas de acidentes de trabalho, considerando o cenário da empresa;
• Técnica: trabalho em equipes;
• Tarefa: Explicar os elementos gerais a partir dos seguintes conteúdos:
• Socorrista: função e responsabilidade
• Trabalhador e vigia: ações de prevenção e avaliação
• Avaliação do local do acidente
• Avaliação do acidentado
• Tempo para execução e demonstração prática: 20 minutos;
• Mediação da aprendizagem e esclarecimentos dos pontos de atenção: 10 minutos;
Auto avaliação e Feedback da instrutoria: 5 minutos.
Tarefa 2. Cada equipe deverá criar cenas do dia a dia de trabalho em que determinada situação 
ocorra um acidente de trabalho, considerando o cenário da empresa e os recursos necessários 
para ação de primeiros socorros, sendo que cada equipe ficará responsável por demonstrar:
• Equipe 1: Noções de resgate e primeiros socorros:
• Hemorragias
• Queimaduras
• Perda da consciência
• Crise convulsiva
• Tempo para planejamento e demonstração prática: 30 minutos;
• Mediação da aprendizagem e esclarecimentos dos pontos de atenção: 10 minutos;
Auto avaliação e Feedback da instrutoria: 5 minutos.
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• Equipe 2: Noções de resgate e primeiros socorros:
• Ferimento dos olhos, corpo estranho nos olhos
• Fraturas
• Intoxicações
• Choque elétrico
• Animais peçonhentos
• Tempo para planejamento e demonstração prática: 30 minutos;
• Mediação da aprendizagem e esclarecimentos dos pontos de atenção: 10 minutos;
• Auto avaliação e Feedback da instrutoria: 5 minutos.
• Equipes 1 e 2: Ações conjuntas
• Parada cardiorrespiratória
• Medidas de emergência e resgate
• Principais equipamentos para um resgate em espaço confinado
• Tempo para execução, demonstração prática, Auto avaliação e Feedback da instrutoria: 55 
minutos.
• Mediação da aprendizagem e esclarecimentos dos pontos de atenção: 10 minutos;
Auto avaliação e Feedback da instrutoria: 5 minutos;
Fechamentos e esclarecimentos finais: 10 minutos.
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GUIA DE ESTUDOS
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Cabe ao aluno/trabalhador o planejamento do tempo de dedicação para cada atividade a ser 
executada durante o curso. 
A participação em todas as atividades propostas, disponíveis no ambiente virtual (AVA), assim 
como nos fóruns de debates e chats complementará as avaliações, é necessária para o desenvol-
vimento das habilidades e conhecimentos apresentados no decorrer do curso para a maximiza-
ção aprendizado. 
As avaliações serão permanentes durante todos os momentos do treinamento. Os exercícios de 
fi xação terão conceitos complementares às avaliações aplicadas.
É fundamental que você, aluno, dedique tempo de estudo complementar para que haja pleno 
aproveitamento das atividades desenvolvidas.
INTRODUÇÃO
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INTRODUÇÃO ÀS NORMAS REGULAMENTADORAS 
O que são?
As Normas Regulamentadoras (NR), tratam-se de conjuntos de requisitos e procedimentos relati-
vos à saúde e segurança no trabalho, de cumprimento obrigatório pelas empresas privadas, pú-
blicas e órgãos do governo que possuam empregados do regime de trabalho CLT (Consolidação 
das Leis Trabalhistas).
Como surgiram as Normas Regulamentadoras?
As NR foram criadas a partir da lei nª 6.514 de 22 de dezembro de 1977. A lei alterou o Capítulo V, 
Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), relativo à Segurança e Medicina do Trabalho. 
Dessa forma, em 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho (hoje Ministério da Economia) 
aprovou a portaria nº 3214, e instituiu as normas regulamentadoras pertinentes à Segurança e 
Medicina do Trabalho. 
As NR foram criadas com o objetivo de fi nalizar e reorganizar a formatação da legislação voltada 
a Saúde e Segurança do Trabalho. Foram organizadas em capítulos, com o objetivo de facilitar, 
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normatizar e unificar as normas de segurança brasileiras. 
Quantas NR existem?
Atualmente, contamos com 37 NR, porém duas NR forma revogadas (NR 2 e NR 27), sendo assim 
temos 35 NR em vigor, aprovadas pelo Ministério da Economia (Secretaria de Inspeção do Traba-
lho)
Qual é a NR referente ao Trabalho em Espaço Confinado?
A Norma Regulamentadora que trata das condições de trabalhos em espaços confinados é a NR 
33.
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1. DEFINIÇÕES
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OBJETIVO DA AULA
Conceituar e apresentar as responsabilidades e identifi cação de espaços confi nados, assim como, 
as medidas de segurança nas atividades executadas nos mesmos.
1.1. CONCEITO DE ESPAÇO CONFINADO E LEGISLAÇÃO
De acordo com com a Norma Regulamentadora - NR 33, considera-se espaço confi nado, qualquer 
área ou ambiente que não foi projetado para ocupação humana, e que possuam meios limita-
dos de entrada e saída, sendo sua ventilação insufi ciente para remover contaminantes ou onde 
possa existir a defi ciência ou enriquecimento de oxigênio, onde consideramos como imediata-
mente perigoso a vida ou à saúde - IPVS.
Podemos caracterizar os espaços Confi nados da seguinte forma: 
• Um ambiente que é previsto para ocupação humana contínua, como interior de cilos de 
armazenamento de grãos, galerias em subestações, interior de equipamentos como turbi-
nas em hidroelétricas, interior de tanques, reservatórios etc.
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• As condições de de aberturas aberturas para entrada e saída são restritas pu limitadas, 
podem ser necessários dispositivos para entrada e saida e que contenham obstáculos 
impedindo a livre circulação dos trabalhadores;
• Em função da limitação do espaço, a movimentação no seu interior é muitas vezes restrita, 
com o risco de aprisionamento do trabalhador devido a devido a sua geometria, altura re-
lativamente pequenas, dificuldade de visualização , pisos escorregadios e irregulares, entre 
outras dificuldades de mobilidade interna.
• A ventilação natural é insatisfatória ou inexistente o que muitas das vezes dificulta a re-
moção dos contaminantes (gases, vapores, poeiras, névoas ou fumos), sendo necessário 
muitas vezes um sistema de pressurização negativa.
A FundaçãoJorge Duprat e Figueiredo – FUNDACENTRO, utiliza outra definições para espaço 
confinado de acordo com OSHA - Occupational Safety and Health Administration e pelo NIOSH - 
National Institute for Occupational Safety and Health, sendo ambas instituições situadas no Estados 
Unidos com vistas a segurança , saúde ocupacional, pesquisa de doença e prevenção de lesões 
dos trabalhadores.
Definição da OSHA
Espaço confinado é um espaço que:
• Ser grande o suficiente e possuir uma configuração que um trabalhador consiga entrar em 
seu interior e executar um trabalho designado.
• Possuir restrições ou limitações para entrada e saída de uma pessoa, como, por exemplo: 
Silos para armazenamento de grãos, vasos de pressão, porões Interior de caldeiras, dutos 
de ventilação e exaustão, túneis, valetas, tubulações etc.
• Não ser projetado para ocupação continua de trabalhadores.
Definição do NIOSH:
Com relação a definição da NIOSH, os espaços confinados são subdivididos em classe A, B ou C, 
que são levados em consideração as características do espaço, nível de oxigênio, a inflamabilida-
de e a toxicidade. Quando o espaço é considerado IPVS, o mesmo é caracterizado como classe A, 
pois indica uma condição mais severa de trabalho expondo o mesmo em uma condição de risco 
maior. Na classe B, temos de acordo com a avaliação de risco, a possibilidade de causar lesões e 
doenças, mas não é considerado IPVS. Para a classe C, refere-se a um local onde nenhuma ação 
especial deverá ser tomada para a execução das atividades. Abaixo temos como é caracterizado 
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cada classe conforme tabela 1 abaixo:
Tabela 1 – Classificação NIOSH para espaços confinados
Classificação NIOSH para espaços confinados 
Parâmetros Classe A Classe B Classe C
Oxigênio 16% ou menos, ou superior a 25%.
16,1% a 19,4 ou 
21,5% a 24% 19,5% a 21,4%
Inflamibilidade 20% ou mais de LFL 10% a 19% LFL 10% LFL ou menos
Toxicidade **IPVS Maior que o nível de contaminação
Menor que o nível de 
contaminação
**IPVS - como referenciado em NIOSH Registro e Substâncias Tóxicas e Químicas, folhas de dados de 
produção dos químicos, guias de higiene industrial e outras autoridades reconhecidas.
LFL – Limite Inferior de Inflamabilidade
Fonte: Adaptado de NIOSH,1979. Pg 12.
Um espaço confinado pode ser compreendido como um local que apresente uma ou mais das 
condições acima detalhadas. A existência simultânea de mais de uma ou todas as condições de 
risco muda a classificação (A, B ou C). No entanto, para que um espaço seja considerado como 
confinado, basta que permita a entrada de uma pessoa, apresente restrições de entrada e saída 
e não tenha sido projetado para ocupação continua de um trabalhador para se configurar como 
um espaço confinado, independentemente de apresentar de se ter ou não a presença de conta-
minantes, deficiência ou excesso de oxigênio, concentração de misturas combustíveis etc.
Como exemplo, consideremos um evaporador de caldo de cana, que dificilmente haverá defi-
ciência ou excesso de oxigênio e/ou presença de gases ou vapores tóxicos ou inflamáveis, mas, 
haverá sempre a dificuldade de entrada e saída, além do risco evidente de entrada de caldo quen-
te , vapor vegetal choque elétrico e outro tipo de risco, sem contar que o interior de um evapora-
dor não foi projetado para ocupação humana contínua será considerado como espaço confinado 
onde deveremos utilizar todas as recomendações da norma NR 33 para espaços confinados.
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Figura 1 – Exemplos de espaços confinados
Adaptado de: Espaços confi nados - Livreto do Trabalhador – FUNDACENTRO, 2009. 
Os trabalhos em áreas confi nadas são uma das maiores causas de acidentes graves em fun-
cionários. Seja por ocorrência de explosão, por incêndio ou asfi xia, esses acidentes em muitos 
casos têm consequências fatais. Pesquisas realizadas pela OSHA ( Departamento de Trabalho dos 
Estados Unidos) o número de vítimas fatais em acidentes dentro de espaço confi nado é de aproxi-
madamente 50, enquanto cerca de 5000 trabalhadores sofrem lesões incapacitantes (UNIVERSITY 
OF ARIZONA, 2015).
Dentre algumas ações realizadas no Brasil com um o intuito de minimizar os acidentes de tra-
balho em áreas confi nadas, foi normatizado através da ABNT 14.787 que, algumas orientações 
muito importantes para ventilação dos espaços confi nados. 
A condição de estabelecer uma pressão positiva ou negativa, ( exaustão e/ou insufl amento) dos 
ambientes confi nados tem como objetivo principal reduzir a concentração de substâncias tóxicas 
e/ou perigosas presentes na atmosfera do ambiente confi nado seja antes do início dos trabalhos. 
A legislação para os espaços confi nados no Brasil de acordo com Portaria MTE n.º 202, 22 de de-
zembro de 2006, sendo apoiada por algumas normas técnicas descritas abaixo: 
• Norma Brasileira - NB 1318 – Prevenção de Acidentes em Espaços Confi nados;
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Fique sabendo
Norma atualizada em 2013 para ABNT NBR 14606:2013 - Armazenamento de líquidos inflamáveis 
combustível: Entrada em espaço confinado em tanques subterrâneos e em tanques de superfície.
• NBR 14606 – Postos de Serviços: Entrada em Espaço Confinado (estabelece os procedimen-
tos de segurança para entrada em espaço confinado em postos de serviços).
• NBR 14787 – Espaço Confinado - Prevenção de Acidentes, Procedimentos e Medidas de 
Proteção; 
Fique sabendo
Norma substituída pela ABNT NBR 16577:2017 - Espaços confinados: Prevenção de acidentes, 
procedimentos e medidas de proteção.
Com relação as atualizações, segue a conologia das alterações /publicações :
• Portaria MTE n.º 1.409, 29 de agosto de 2012 31/08/12 
• Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019 31/07/19
1.1.1. Definição de Riscos Ambientais e Perigos
De acordo com a NR 01 – DISPOSIÇÕES GERAIS, a mesma descreve perigo ou fator de risco, como 
sendo, fonte com o potencial para causar lesão ou problema de saúde.
Segundo a NR 9 – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS, os riscos ambientais são 
os agentes FÍSICOS, QUÍMICOS, BIOLÓGICOS existentes no ambiente de trabalho que, em função 
de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar da-
nos à saúde dos trabalhadores. Ou seja, de acordo com a referida norma, um agente ambiental 
será considerado um risco ambiental, sempre que, em função de sua natureza, concentração ou 
intensidade e tempo de exposição, for capaz de causar danos à saúde dos trabalhadores. Ressal-
ta-se que quando falamos em concentração, estamos nos referindo a agentes químicos, e quando 
mencionamos intensidade, fazemos alusão a agentes físicos e biológicos.
No ambiente de trabalho podem existir vários agentes físicos, químicos e biológicos. Esses agen-
tes podem causar danos em função:
• Da sua natureza: o agente, causa dano pelo simples fato de existir no ambiente de 
trabalho.
• Da sua concentração ou intensidade: o agente causa dano se sua concentração 
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ou intensidade ultrapassar determinado limite, chamado de limite de exposição.
• Do tempo de exposição do trabalhador a esse agente: a agente causa dano por-
que o trabalhador ficou exposto a ele durante um período de tempo maior que o 
período de tempo-limite.
• Agentes físicos: Qualquer forma de energia que, em função de sua natureza, inten-
sidade e exposição, é capaz de lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: 
ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, 
radiações não ionizantes.
• Agentes químicos: Substâncias químicas, por si só ou em misturas, quer seja em 
seu estado natural, quer seja produzida, utilizada ou gerada no processo de traba-
lho, que em função de sua natureza, concentração e exposição, é capaz de causar 
lesão sílica cristalina, vapores de tolueno, névoas de ácidosulfúrico. Resumindo, os 
agentes químicos são substâncias, produtos ou compostos químicos que penetram 
no organismo pela inalação, ingestão ou contato com a pele.
• Agentes biológicos: Microrganismos, parasitas ou materiais originais do organis-
mos que, em função de sua natureza e do tipo de exposição, são capazes de acarre-
tar lesão ou agravo à saúde do trabalhador. Exemplos: bactérias Bacillus anthracis, 
vírus linfotrópico de célula T humana, príon agente de doença de Creutzfeldt-Jakob, 
fungo Coccidioides immitis.
1.2. OBJETIVO DA NORMA 
Estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, 
avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemen-
te a segurança e saúde dos trabalhadores que interagem direta ou indiretamente nestes espaços.
Sendo seu papel fundamental de garantir permanentemente a segurança e saúde dos trabalha-
dores que interagem direta ou indiretamente nesse locais, esclarecer requisitos mínimos para 
Identificação de espaços confinados juntamente com reconhecimento, avaliação, monitoramento 
e controle dos riscos existentes nesses espaços.
Vale a pena ressaltar, que a norma em se não identifica espaços confinados. Ela estabelece os 
parâmetros de referência para que o empregador faça o reconhecimento e identificação dos es-
paços confinados existentes e também daqueles desativados.
Por isso a gestão de segurança e saúde deve se organizar entre medidas técnicas de prevenção, 
medias administrativas e medidas pessoais. De acordo com as premissas estabelecidas pela nor-
ma NR 33, a mesma define que todos os trabalhadores devem ser capacitados para o trabalho em 
espaço confinado, sendo especificada cada função detalhadamente. O número de trabalhadores 
envolvidos na execução dos trabalhos em espaços deverá ser determinado por meio do estudo 
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da análise de risco. Para melhor efetividade das medidas de segurança, a norma recomenda que 
sejam três trabalhadores (trabalhador autorizado, vigia e supervisor), no entanto, não sendo pos-
sível, é permitido ao supervisor de entrada exercer também a função de vigia.
1.3. RESPONSABILIDADES, DIREITOS E DEVERES
1.3.1. Responsabilidade dos Trabalhadores
Cabe aos trabalhadores: 
• Colaborar com a empresa no cumprimento desta NR;
• Uso adequado dos equipamentos fornecidos pela empresa;
• Sempre comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações de risco para sua segu-
rança e saúde ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento; 
• Cumprir rigorosamente os procedimentos e orientações recebidos nos treinamentos com 
relação aos espaços confinados.
• Realizar os exames médicos.
• Participar dos treinamentos e seguir as informações de segurança.
Além disso, devem seguir os procedimentos de entrada e trabalho, executando apenas as ativida-
des para as quais foram designados e capacitados. As orientações recebidas nos treinamentos de 
segurança para trabalhos em espaços confinados, e as informações transmitidas antes do acesso 
ao espaço confinado, também precisam ser obedecidas. Entradas e saídas desnecessárias do 
espaço confinado podem criar riscos adicionais, e devem ser evitadas.
Cabem também aos empregados durante a execução, comunicar aos Vigias e Supervisores de 
Entrada todo tipo de vazamento, contaminação, presença de energias potencialmente nocivas, 
rompimento de tubulações, variações climáticas e outras situações de risco. Assim, será possível 
adotar medidas de proteção ou interromper a atividade.
1.3.2. Direitos do trabalhador
É direito do trabalhador entrar em espaço confinado somente após o supervisor de entrada re-
alizar todos os testes e adotar as medidas de controle necessárias. Devido a algumas situações 
específicas, os trabalhadores que irão atuar em um espaço confinado devem obedecer a regras 
específicas, e também possuem direitos diferentes de outros tipos de trabalhos.
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Dentre os direitos dos trabalhadores, podemos citar: 
• Os trabalhadores só devem entrar em ambiente de espaço confinado após ter recebido 
todas as orientações e detalhes sobre o local.
• O trabalhador só pode entrar no espaço confinado após autorização do supervisor de en-
trada, que por sua vez deve fazer medidas, teste e preenchimento da PET antes da entrada 
do trabalhador.
• Estar ciente dos riscos que vai correr.
• Saber, em detalhes, o que ele deverá e o que não deverá fazer no espaço confinado.
• Receber todo o material necessário para realizar sua função da maneira mais segura 
possível.
• Saber a função e a correta utilização de cada um de seus equipamentos de segurança.
• Caso o trabalhador perceba algum risco, ele pode e deve informar aos seus superiores, e só 
deve continuar sua função após estes detalhes serem totalmente esclarecidos.
• Deverá, frequentemente, fazer exames médicos para saber se sua saúde não foi prejudica-
da de alguma maneira durante a execução de seu trabalho em ambiente confinado.
1.3.3. Responsabilidades e deveres do Supervisor de Entrada
• Emitir a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) antes do início das atividades;
• Executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão 
de Entrada e Trabalho – (PET);
• Verificar, pela checagem, que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a Permis-
são de Entrada e que todos os testes especificados na permissão tenham sido executados;
• Assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os meios 
para os acionar estejam operantes;
• Cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; 
• Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) após o término dos serviços.
Além das responsabilidades supracitadas anteriormente, o supervisor de entrada, deve conhecer 
os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informação sobre o modo, 
sinais ou sintomas e consequências da exposição.
Também deve remover as pessoas não autorizadas que entram ou que tentam entrar no espaço 
confinado durante as operações de entrada. No caso de troca de turno do Vigia, a responsabili-
dade pela operação de entrada no espaço confinado deve ser transferida para o próximo vigia. 
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1.3.4. Responsabilidades do Vigia
De acordo com a NR 33, o Supervisor de Entrada pode desempenhar a função de Vigia. Porém o 
vigia não poderá realizar outras tarefas que possam comprometer o dever principal que é moni-
torar e proteger os trabalhadores autorizados. 
O vigia deve:
• Manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no 
espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade.
• Permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os 
trabalhadores autorizados.
• Adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública ou 
privada, quando necessário.
• Operar os movimentadores de pessoas.
• Ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de alarme, 
perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando não 
puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia. 
Caso o Vigia não possa desempenhar efetivamente suas tarefas e não for possível a sua substitui-
ção por outro Vigia, ele deverá ordenar o abandono do espaço confinado. 
1.3.5. Responsabilidades do empregador
Cabe ao empregador:
• Indicar formalmente o responsável técnico pelo cumprimento desta norma;
• Identificar os espaços confinados existentes no estabelecimento;
• Identificar os riscos específicos de cada espaço confinado;
• Implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em espaços confinados, por me-
didas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de emergência e salvamento, de 
forma a garantir permanentementeambientes com condições adequadas de trabalho;
• Garantir a capacitação continuada dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de con-
trole, de emergência e salvamento em espaços confinados;
• Garantir que o acesso ao espaço confinado somente ocorra após a emissão, por escrito, da 
Permissão de Entrada e Trabalho, conforme modelo constante no anexo II da NR33;
• Fornecer às empresas contratadas informações sobre os riscos nas áreas onde desenvol-
verão suas atividades e exigir a capacitação de seus trabalhadores;
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• Acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos trabalhadores das 
empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam atuar em 
conformidade com esta NR;
• Interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de suspeição de condição de risco 
grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local; 
• Garantir informações atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada aces-
so aos espaços confinados.
O empregador deve garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e aban-
donar o local de trabalho, sempre que suspeitarem da existência de risco grave e iminente para 
sua segurança e saúde ou a de terceiros. 
Fique sabendo
Considera-se risco grave e iminente, toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente 
ou doença com lesão grave ao trabalhador.
A empresa deve providenciar:
• Treinamento: para todos trabalhadores;
• Inspeção: prévia no local;
• Elaboração da APR – análise preliminar de risco (a NR 33 traz um modelo no Anexo II);
• Exames médicos;
• Sinalização e isolamento da área;
• Supervisor de entrada e vigia;
• Equipamentos medidores de oxigênio, gases, vapores tóxicos e inflamáveis;
• Equipamentos de ventilação;
• Equipamentos de proteção individual;
• Equipamentos de comunicação, iluminação;
• Equipamentos de resgate.
1.4. IDENTIFICAÇÃO DOS ESPAÇOS CONFINADOS
Os espaços confinados devem ser identificados pelo empregador, sendo estabelecido dentro do 
programa para trabalho em espaços confinados, por meio de cadastro, plantas e/ou croquis, e 
sinalizadas nas aberturas dos espaços confinados, através de números ou códigos apropriados. 
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Os espaços confinados desativados também devem ser identificados, sinalizados e devidamente 
bloqueados. É necessário conter na identificação dados básicos, entre eles, dimensões e geome-
tria do espaço confinado, além da quantidade, tamanho e localização das aberturas de acesso, 
todos devidamente registrados.
1.4.1. Possíveis locais definidos como espaço confinado
Os espaços confinados são encontrados nas mais variadas atividades econômicas, o quadro 1 
apresenta a relação de espaços confinados típicos por atividade econômica.
Quadro 1 – Exemplos de espaços confinados por setor econômico
SETOR ECONÔMICO ESPAÇOS CONFINADOS TÍPICOS
Agricultura
Biodigestores, silos, moegas, tremonhas, tanques, 
transportadores enclausurados, elevadores de 
caneca, poços, cisterna, esgotos, vala, trincheiras e 
dutos.
Construção civil
Poços, valas, trincheiras, esgotos, escavações, 
caixas, caixões, shafts (passa dutos), forros, espaços 
limitados ou reduzidos e dutos.
Alimentos
Retortas, tubos, bacias, panelões, fornos, depósitos, 
silos, tanques, misturadores, secadores, lavadores 
de ar, tonéis e dutos.
Têxtil Caixas, recipientes de tingimento, caldeiras, tanques e prensas.
Papel e poupa Depósitos, torres, colunas, digestores, batedores, misturadores, tanques, fornos e silos.
Editoras e Impressão Gráfica Tanques
Indústrias do petróleo e Indústrias Químicas
Reatores, vasos de reação ou processos, colunas de 
destilação, tanques, torres de resfriamento, áreas de 
diques, filtros coletores, precipitadores, lavadores de 
ar, secadores e dutos.
Borracha Tanques, fornos e misturadores.
Couro Tonéis, tanques e poços
Tabacos Secadores e tonéis
Concreto, argila, pedras, cerâmica e vidro Fornos, depósitos, silos, tremonhas, moinhos e secadores.
Metalurgia Depósitos, dutos, tubulação, silos, poços, tanques, desengraxadores, coletores e cabines.
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SETOR ECONÔMICO ESPAÇOS CONFINADOS TÍPICOS
Eletrônica Desengraxadores, cabines e tanques.
Transporte
Tanque nas asas dos aviões, caminhões-tanque, 
vagões tanque ferroviários, tanques e navios-
tanque.
Serviços sanitários, de águas e de esgoto. Serviços 
de gás, eletricidade e telefonia.
Poços de válvula, galerias, tanques sépticos, poços, 
poços químicos, reguladores, poços de lama, poços 
de água, caixas de gordura, estações elevatórias, 
esgotos e drenos, digestores, incineradores, 
estações de bombas, dutos, caixas, caixões e 
enclausuramentos.
Equipamentos e máquinas Caldeiras, transportadores, coletores e túneis.
Operações marítimas Porões, contêiner, caldeiras, tanques de combustível e de água, compartimentos e dutos.
Fonte: Piattelli, (2013).
Os espaços confinados devem ser considerados como ambientes inseguros para entrada, até 
que sejam providos de condições mínimas de segurança e saúde. Nestes locais só será permitida 
a entrada após emissão de uma permissão de trabalho (PT), devidamente assinada pelo respon-
sável. Deve ser previsto com antecedência o treinamento para os trabalhadores em relação aos 
riscos a que estarão submetidos, bem como a forma de preveni-los e os procedimentos a serem 
adotado em situação de risco, conforme norma ABNT NBR 14787. 
Deverá ser previsto uma sinalização (placa de advertência) com informação clara e permanente, 
proibindo a entrada de pessoas não autorizadas no interior do espaço confinado. Quando os 
trabalhos estiverem paralisados ou forem interronpidos, além da sinalização de advertência, de-
verão ser previstos dispositivos para impedimento da entrada no espaço confinado. Os trabalhos 
devem sempre permanecer de maneira segura, e para isso, torna-se impressindivel o uso da APR 
(análise preliminar de riscos) que dará subsídio para a emissão da PET (permissão de Entrada e 
Trabalho) em espaços confinados. 
É sempre recomendado que se utilizem as normas técnicas com fonte de informação com a já 
citada anteriormente como a NBR 14787 mencionada anteriomente que trata do assunto de es-
paço confinado e a NBR 14606 que define orientações relacionadas a Postos de Serviço-Entrada 
em Espaço Confinado.
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Figura 2 – Sinalização para identificação de espaço confinado
PERIGO
PROIBIDA A ENTRADA
RISCO DE MORTE
ESPAÇO CONFINADO
Adaptado de: BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego – NR33 SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM ESPAÇOS CONFINADOS, 2006.
1.4.2. Perigo/Fator de risco
Em se tratando de espaços confinados, os riscos existentes ou gerados por uma determinada 
atividade são potencializados pela sua configuração, dificuldade para movimentação, trabalho 
no seu interior, dificuldade de ventilação, aberturas para entradas e saída restritas ou limitadas. 
Todos os fatores devem ser avaliados de forma granular, levando-se em conta o efeito de efeitos 
combinados. Dentre os riscos podemos citar:
• Falta ou excesso de oxigênio, equivalente a atmosfera contendo menos de 19,5% de oxigê-
nio em volume ou acima de 23%;
• Condições que favoreçam o incêndio ou explosão, pela presença de vapores e gases 
inflamáveis.
• Inalação de substâncias Tóxicas.
• Infecções por agentes biológicos.
• Engolfamento - Condição em que uma substância na condição sólida ou líquida, finamente 
dividida e flutuante na atmosfera, possa envolver uma pessoa e no processo de inalação, 
causar inconsciência ou morte por asfixia.
• Afogamentos.
• Soterramentos, muito comum em silos de armazenagem de grãos.
• Aprisionamento
• Quedas.
• Contato com eletricidade (choques elétricos).
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1.5. GESTÃO DE SEGURANÇA E SAÚDE NOS TRABALHOS EM 
ESPAÇOS CONFINADOSA Gestão de Segurança e Saúde deve ocorrer de forma planejada, executada e sempre verificada 
de forma a padronizar todos os procedimentos criados, sendo constituída de medidas técnicas 
de prevenção, medidas administrativas, medidas pessoais e capacitação para trabalhos em es-
paços confinados promovendo o aprendizado constante. Para a melhoria contínua da gestão de 
segurança e saúde, as medidas implantadas devem sempre reavaliadas e as inconformidades 
sanadas. Um plano de comunicação efetivo ajuda bastante na comunicação entre as áreas e com 
isso a eficiência da gestão poderá obter melhores resultados.
1.5.1. Medidas técnicas de prevenção
Através das ações e/ou medidas técnicas de prevenção de acidentes nos espaços confinados, 
alguns pontos têm destaque especial, para:
a. Identificar, isolar e sinalizar os espaços confinados para evitar a entrada de pessoas 
não autorizadas: Fixar no corpo, estrutura ou paredes externas, próximo à entrada do es-
paço confinado, placa com sua identificação. Os espaços confinados desativados também 
devem estar sinalizados. As sinalizações devem tomar como referência o modelo contido 
no Anexo I da NR 33;
b. Antecipar e reconhecer os riscos nos espaços confinados: Quando possível deve ser 
evitada a entrada no espaço confinado. Priorizar a realização de tarefas para os traba-
lhadores fora do espaço confinado, com auxílio de equipamentos para inspeção (vídeo), 
manutenção (robótica) e limpeza (vácuo ou hidrojato). Quando for inevitável a entrada e 
trabalho no espaço confinado devem ser realizada a antecipação e reconhecimento dos 
riscos mediante a Análise Preliminar de Riscos, Procedimentos de Entrada e Trabalho, e 
Permissão de Entrada e Trabalho.
c. Proceder à avaliação e controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos 
e mecânicos: Todos os fatores devem ser avaliados detalhadamente, levando-se em conta 
inclusive, seus efeitos sinérgicos, ou seja, seus efeitos combinados.
d. Implementar travas, bloqueios, alívio, lacre e etiquetagem: Restringir o acesso e impe-
dir manobras não autorizadas.
e. Implementar medidas necessárias para eliminação ou controle dos riscos atmosféri-
cos em espaços confinados: A concentração de contaminantes, a presença de inflamáveis 
e o percentual inadequado de oxigênio, seja por deficiência ou enriquecimento, são riscos 
atmosféricos que podem provocar intoxicação e asfixia dos trabalhadores ou a formação 
de uma atmosfera inflamável/explosiva.
f. Verificar se o interior é seguro por meio de avaliação da atmosfera nos espaços con-
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finados, antes da entrada de trabalhadores: Antes de entrar no interior do espaço confi-
nado, é necessário determinar a concentração de oxigênio e a presença de agentes tóxicos 
no seu interior. As avaliações iniciais deverão ser realizadas fora do espaço confinado, por 
meio de sonda ou mangueira inserida no seu interior. A utilização de mangueiras com 
comprimento e diâmetro diferentes dos recomendados pelo fabricante pode alterar signi-
ficativamente os resultados das avaliações. Segundo o Guia Técnico da NR33, não é seguro 
utilizar uma corda para baixar o equipamento e efetuar avaliações no interior de espaço 
confinado com abertura vertical. Essa prática não permite a leitura dos resultados em tem-
po real e pode levar a conclusões erradas.
g. Manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização 
dos trabalhos, monitorando, ventilando, purgando, lavando ou inertizando o espaço 
confinado: Caso as avaliações iniciais indiquem a presença de riscos atmosféricos, o espa-
ço confinado deve ser ventilado, purgado, lavado ou tornado inerte. A purga e a inertização 
são processos onde uma atmosfera perigosa é substituída por outra, com ar, vapor ou gás 
inerte. É importante destacar que a inertização implica a formação de uma atmosfera IPVS 
– (Atmosfera) Imediatamente Perigosa à Vida e a Saúde.
h. Monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os 
trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar 
se as condições de acesso e permanência são seguras: A atmosfera do espaço confinado 
deverá ser constantemente monitorada por meio de detectores portáteis instalados juntos 
aos trabalhadores autorizados e/ou por meio de detectores fixos, instalados próximos às 
tubulações, válvulas e demais locais onde possam ocorrer vazamentos ou formação de 
contaminantes durante a execução da tarefa. O monitor deve ter capacidade de detectar 
todos os gases e vapores existentes no espaço confinado. 
i. Impedir a ventilação com oxigênio puro: Apesar do oxigênio não ser inflamável, ele al-
tera a inflamabilidade de algumas substâncias, fazendo com que elas entrem em ignição 
a uma temperatura mais baixa e queimem mais rapidamente, aumentando significativa-
mente o risco de incêndio e explosão.
j. Testar os equipamentos de medição antes de cada utilização: As configurações dos 
equipamentos devem ser ajustadas, bem como verificada a carga das pilhas ou baterias. 
Também devem ser observadas as instruções do manual de operação. O prazo de garantia 
e a vida útil dos sensores, detectores ou células devem ser verificados periodicamente.
k. Priorizar a utilização de equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, pro-
vido de alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou inter-
ferências de radiofrequência: A empresa deve manter o Certificado de Calibração dis-
ponível para a fiscalização, as calibrações devem ser executadas por um Organismo de 
Certificação Credenciado ao INMETRO. 
l. Equipamentos fixos e portáteis: Devem ser adequados aos riscos dos espaços confina-
dos. Na escolha dos equipamentos para realizar a movimentação vertical ou horizontal dos 
trabalhadores devem ser consideradas a geometria do espaço confinado, assim como as 
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dimensões e o tamanho das aberturas.
m. Áreas classificadas: Os equipamentos utilizados nas áreas classificadas devem pos-
suir documentação em conformidade no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da 
Conformidade.
Também devem ser adotadas medidas para minimizar ou manter os riscos de inundação, soter-
ramento, engolfamento, incêndio, choques elétricos, eletricidade estática, queimaduras, quedas, 
esmagamentos e amputações que tenham algum impacto na segurança e saúde dos trabalhado-
res. 
1.5.2. Medidas administrativas 
O Quadro abaixo ilustra as principais medidas administrativas segundo a NR-33 voltadas a segu-
rança dos espaços confinados são:
• Manter os cadastros atualizados dos espaços confinados inclusive os desativados e seus riscos, 
• Definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço confinado, 
• Manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o Anexo I da NR 33, 
• Implementar procedimento para trabalho em espaço confinado,
• Adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II da NR 33, às 
peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados, 
• Preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do ingresso de 
trabalhadores em espaços confinados;
• Possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de Entrada e Trabalho;
• Entregar para um dos trabalhadores autorização e ao Vigia cópia da Permissão de Entrada e 
Trabalho;
• Encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem completadas, quando 
ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos trabalhos;
• Manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco anos;
• Disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o conhecimento dos 
trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização do trabalho;
• Designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificandoos deveres de cada 
trabalhador e providenciando a capacitação requerida;
• Estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior dos espaços confinados;
• Assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja iniciado com acompanhamento e 
autorização de supervisão capacitada;
• Garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle existentes 
no local de trabalho;
• Implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco, considerando 
o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.
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Fonte: ENIT, 2019.
As medidas de controle administrativas citadas na norma possuem como principais determina-
ções a elaboração de um procedimento de segurança para entrada e trabalho. Os procedimentos 
para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e Trabalho (PET) devem ser avalia-
dos no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver alteração dos riscos, e deve contar 
com a participação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT e da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
Importante saber 
33.3.3.1 A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada.
Fonte: ENIT, 2019.
Os procedimentos de entrada em espaços confinados devem ser revistos quando da ocorrência 
de qualquer uma das circunstâncias abaixo: 
a. entrada não autorizada num espaço confinado; 
b. identificação de riscos não descritos na Permissão de Entrada e Trabalho; 
c. acidente, incidente ou condição não prevista durante a entrada; 
d. qualquer mudança na atividade desenvolvida ou na configuração do espaço confinado; 
e. solicitação do SESMT ou da CIPA; e 
f. identificação de condição de trabalho mais segura.
Fonte: ENIT, 2019.
1.5.3. Medidas pessoais 
Todo trabalhador que irá executar alguma atividade em espaço confinado deve ser submetido 
a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem a NR 
7 e a NR 33, inclusive os fatores psicossociais com a devida emissão do ASO (Atestado de Saúde 
Ocupacional).
A NR 33 foi pioneira ao incluir a obrigatoriedade de inclusão dos fatores de riscos psicossociais 
nos exames médicos dos trabalhadores designados para trabalhos em espaços confinados. São 
chamados riscos psicossociais àqueles que causam algum tipo de consequência na saúde mental 
do trabalho, sendo causado por excesso de tensões entre outros fatores adversos.
Complementar aos exames todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os 
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espaços confinados, devem ser capacitados sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de 
controle.
O empregador deve fornecer e garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaços 
confinados disponham de todos os equipamentos para controle de risco, previstos na Permissão 
de Entrada e Trabalho.
Quando temos uma situação Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde (IPVS), pela evada con-
centração de contaminantes ou pela deficiência de oxigênio é proibido o uso de respiradores 
purificadores de ar. Nesses casos, o espaço confinado somente pode ser adentrado com a utili-
zação de máscara autônoma de demanda com pressão positiva ou com respirador de linha de ar 
comprimido com cilindro auxiliar para escape.
1.6. TREINAMENTO
Segundo Marinho (2015), a capacitação das pessoas que acessam os ambientes confinados é de 
suma importância, para garantir as mesmas, maior segurança e eficiência. O objetivo da capacita-
ção consiste em tornar as pessoas de modo geral, habilitadas para acessar ou desempenhar uma 
ou várias funções ou atividades, em espaços confinados.
É imperativo que os trabalhadores recebam capacitação de segurança para trabalhos em espaços 
confinados antes de serem designados para o trabalho.
A norma deixa claro a carga horária sobre o treinamento dos trabalhadores autorizados e vi-
gias devendo ser de no mínimo dezesseis horas, para supervisores de entrada de quarenta 
horas, devendo ser realizada durante horário de trabalho. Os trabalhadores autorizados, Vigias 
e Supervisores de Entrada devem passar por reciclagem periódica a cada 12 meses, sendo a 
carga horária mínima para ambos de 8 horas.
Concluindo a Aula 1:
Terminamos aqui nossa primeira aula de estudo. Nesta Unidade Curricular você aprendeu o con-
ceito de espaço confinado e legislação, objetivos da NR 33, conheceu as responsabilidades, di-
reitos e deveres dos trabalhadores, aprendeu a reconhecer e identificar os riscos presentes nas 
atividades em espaços confinados e as principais medidas de segurança para a prevenção de 
acidentes.
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Próximos passos:
Parabéns, você concluiu a aula 1. Agora que você já conhece os principais conceitos e definições 
de espaço confinado e as responsabilidades e deveres da empresa e dos trabalhadores envolvi-
dos, está preparado para iniciar o segundo módulo do curso. Caso ainda tenha dúvidas, agora é 
uma boa hora para revisar o aprendizado antes de iniciar o próximo módulo.
2. RECONHECIMENTO, 
AVALIAÇÃO E CONTROLE 
DE RISCOS
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OBJETIVOS DA AULA:
Compreender a importância da antecipação, reconhecimento e avalição dos riscos para o devido 
e correto controle dos mesmos.
2.1. RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE DE RISCOS 
Ao realizarmos a avaliação dos riscos em espaços confi nados, devemos considerar que os riscos 
existentes ou gerados pela atividade são potencializados devido as características do local con-
fi nado , tais como : problemas para movimentação e realização do trabalho no seu interior, ven-
tilação natural com defi ciencia ou inexistente e aberturas para entrada e saída limitadas. Dessa 
forma todos os fatores devem ser avaliados detalhadamente antes de adentrar no ambiente e 
durante as atividades em seu interior, levando-se em conta o efeito de um sobre o outro.
Vamos agora fazer um estudo aprofundado dos riscos interpretando os itens da Norma Regula-
mentadora 33.
A NR 33 em seu item 33.3.2 explica sobre a necessidade de promover a avaliação e consequente 
controle dos riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e mecânicos existentes no ambiente 
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de trabalho.
• Agentes Físicos: Ruído, calor, umidade são encontrados com frequência nos am-
bientes confinados. Medidas de Controle: Utilização de EPI adequados aos riscos, 
tais como protetores auriculares, luvas, botas, óculos de segurança, máscara, roupas 
impermeáveis, etc.
• Agentes Químicos: A presença de contaminantes tais como monóxido de carbono 
(CO), dióxido de carbono (CO2), acido sulfídrico ( H2S) assim como a deficiência de 
oxigênio podem provocar a intoxicação, asfixia e eventualmente a morte dos tra-
balhadores. Os contaminantes podem ser gerados pelas substâncias armazenadas, 
pela decomposição de matéria orgânica, por vazamentos, ou pela atividade desen-
volvida em seu interior. Medidas de Controle: A descontaminação do espaço con-
finado é crucial para a liberação dos trabalhos no seu interior; Monitoramento cons-
tante da atomosfera; Utilização de EPI adequados ao risco;
• Agentes Biológicos: Os Espaços confinados possuem condições propícias para a 
proliferação de microrganismos devido suas caracteristicas de umidade alta, ilumi-
nação deficiente, água parada e presença de nutrientes. Diversos animais e insetos 
utilizam como abrigo contra seus predadores e podem ser vetores de doenças trans-
missíveis ou hospedeiros intermediários. Medidas de Controle: a vacinação, a ma-
nutenção da limpeza no entorno e no interior do espaço confinado e a utilização de 
EPI (luvas, botas de PVC, óculos de segurança, máscara, roupas impermeáveis etc.).
• Agentes Ergonômicos: Normalmente, os problemas ergonômicos, estão associados 
às dimensões reduzidasno acesso aos ambientes confinado (exigindo contorções 
do corpo, o uso das mãos e dificultando o resgate em caso de acidente). Medidas de 
controle: mudanças na postura minimizando impactos, adequação de ferramentas 
e instrumentos utilizados, diminuição de movimentos repetitivos e vigorosos, dentre 
outros.
• Agentes Mecânicos/Acidentes: Incluem trabalho em altura, instalações elétricas 
inadequadas, contato com superfícies aquecidas, maquinário sem proteção, partes 
móveis, peças cortantes, impacto de ferramentas e materiais, superfícies inclinadas, 
desabamento, dentre outras. Medida de controle: travamento, bloqueio e etiqueta-
gem impedindo a operação acidental de energias potencialmente nocivas, tais como 
energização acidental de sistemas elétricos, mecânicos, hidráulicos, pneumáticos e 
o acionamento não previsto de equipamentos.
• Atmosfera de risco ou risco atmosférico: Condição em que a atmosfera, em um 
espaço confinado, possa oferecer riscos de morte, incapacitação, restrição de habi-
lidades para auto resgate, lesões ou doenças agudas aos trabalhadores expostos.
Os Riscos Atmosféricos podem ser classificados de quatro formas distintas, podemos obter am-
bientes com atmosferas inflamáveis, tóxicas, enriquecida de O2 e deficiente de O2.
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Os riscos atmosféricos que podem provocar intoxicação e asfixia dos trabalhadores ou a forma-
ção de uma atmosfera inflamável/explosiva ocorrem devido a concentração de contaminantes, 
a presença de inflamáveis e o percentual inadequado de oxigênio (seja por deficiência ou 
enriquecimento).
Realizar as medidas de controle cabíveis para os riscos atmosféricos é saber avaliar adequa-
damente as condições do espaço confinado, e para tanto é necessário conhecer: 
• A classificação da ação fisiológica da substância;
• O Limite de Exposição (L.E.);
• O Valor Imediatamente Perigoso à Vida e à Saúde (IPVS);
• O limiar de odor; 
• Os Limites Inferior e Superior de Explosividade (LIE e LSE); 
• O ponto de fulgor; 
• A temperatura de autoignição; e,
• A Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
A avaliação inicial da atmosfera é importante etapa para reconhecer os riscos atmosféricos 
existentes no espaço confinado, quando da sua abertura ou para se detectar vazamentos ocorri-
dos durante períodos em que o espaço confinado permaneceu aberto sem trabalhadores no seu 
interior.
Quando as avaliações indicarem a presença de riscos atmosféricos o espaço confinado deve ser 
ventilado, purgado (purificar através da eliminação de impurezas), lavado ou tornado inerte 
(quando a atmosfera não reage quimicamente com outras substâncias em condições normais de 
temperatura e pressão).
A atmosfera do espaço confinado deverá ser monitorada continuamente por meio de detec-
tores portáteis transportados junto aos trabalhadores autorizados e/ ou por meio de detectores 
fixos, instalados próximos às tubulações, válvulas e demais ambientes onde exista a possibilidade 
de ocorrer vazamentos ou criação de substâncias contaminantes durante a tarefa.
O oxigênio não é inflamável, mas pode alterar a inflamabilidade de algumas substâncias, fazendo 
com que elas entrem em ignição a uma temperatura mais baixa e queimem mais rapidamente, 
aumentando significativamente o risco de incêndio e explosão.
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Fique sabendo
IPVS - condição imediatamente perigosa à vida ou à saúde: Qualquer condição que cause uma ameaça 
imediata à vida ou que possa causar efeitos adversos irreversíveis à saúde ou que interfira com a 
habilidade dos indivíduos para escapar de um espaço confinado sem ajuda (também conhecido como 
IDLH - Immediately dangerous to health and life).
2.2. USO DE EQUIPAMENTOS E INSTRUMENTOS PARA 
CONTROLE DE RISCOS
2.2.1. Dispositivos de bloqueio e controle dos riscos 
atmosféricos
Dentre os dispositivos de bloqueio podemos citar: dispositivos de travas, bloqueios, alívio, la-
cre e etiquetagem. 
Com relação aos sistemas de bloqueio e etiquetagem, previstos no item 33.3.2 da NR 33, é im-
portante destacar que devem ter o mínimo de planejamento para garantir que funcionem. Para 
tanto é necessário realizar:
• O reconhecimento dos pontos de bloqueio, aqueles que serão isolados em cada espaço 
confinado, sejam na forma de válvulas, chaves, disjuntores, comportas, entre outros.
• Conhecimento prévio do modo de falha de cada bloqueio, contendo a previsão e aplicação 
dos meios físicos ou procedimentos de trabalho;
• Classificação dos tipos e quantidades dos cadeados e etiquetas disponíveis;
• Compra dos cadeados e etiquetas, de forma que seu uso inicial seja suprido e mais um 
percentual seja mantido para garantia das reposições;
• Adequação dos pontos de instalação dos cadeados nas chaves, válvulas, painéis elétricos 
e etc.;
• Confecção de procedimento para instalação, desativação ou violação dos cadeados e 
etiquetas. 
É importante saber que cabe ao Supervisor de Entrada verificar a funcionalidade dos equi-
pamentos de medição, configurando seus parâmetros de acordo com as recomendações do 
fabricante ou em relação as condições de trabalho.
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Os equipamentos utilizados devem possuir algumas características específi cas, tais como:
• Alarme audiovisual e vibratório,
• Visor de leitura rápida (instantânea), 
• Corpo resistente a penetração de corpos sólidos e líquidos e apropriados a atmosferas 
explosivas.
A calibração dos equipamentos deve ser executada por empresa certifi cada pelo INMETRO (OCC-
-Organismo de Certifi cação Credenciado).
Qual a função dos dispositivos de bloqueio?
Os dispositivos de bloqueio têm por objetivo impedir a liberação de energias perigosas tais como: 
pressão, vapor, fl uidos, combustíveis, água e outros visando à contenção de energias perigosas 
para trabalho seguro em espaços confi nados, como também proceder com sua identifi cação. 
São fontes de energia que necessitam de dispositivos de bloqueio: 
• Fluídos hidráulicos sob pressão;
• Gases comprimidos; 
• Vapor; 
• Energia elétrica;
• Produtos químicos.
Figura 3 – Exemplos de tipos de bloqueio
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Adaptado de: NR33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados: supervisor de entrada - SENAI/MS, 2013.
2.2.2. Cartão de segurança 
Cartão de segurança (Sistema de cartões de bloqueio): Proporciona maior segurança nas ativida-
des de limpeza, inspeção e manutenção em equipamentos (rotativos, de fluxo, vasos, tanques 
e sistemas mecânicos, hidráulicos, pneumáticos, com fontes radioativas e elétricas). É produzido 
na cor vermelha, numerado sequencialmente, contendo três partes:
• “A” denominada “Cartão de Bloqueio”,
• “B” denominada “Comprovante de Liberação” e 
• “C” denominada “Controle da operação”.
2.2.3. Conceitos de ventilação geral, insufladora e exaustora
Ventilação pode ser definida como a movimentação intencional do ar podendo ser por meios 
naturais ou mecânicos, de forma planejada, com o intuito de atingir um determinado objetivo. 
Podem ser classificados em Ventilação Geral Insufladora e Ventilação Local Exaustora.
• Ventilação Geral Insufladora: indicada para situações cuja as substâncias apresen-
tam baixa toxicidade, o volume gerado for pequeno, a geração for uniforme próxima 
à saída, o trabalhador estiver longe o bastante da fonte e se o ar da sala seja mistu-
rado facilmente ao ar de diluição. Funciona na diluição da substância, respeitando 
algumas condições e restrições, pois os trabalhadores de qualquer forma irão respi-
rar contaminantes mesmo que diluídos, caso o trabalho esteja próximo da fonte, de 
tal forma que não ocorra tempo para diluição não haverá efetividade no processo.
• Ventilação Local Exaustora: indicada para produtos químicos tóxicos, perigosos, 
inflamáveis ou explosivos que são emitidos por processos, equipamentos ou ope-
rações industriaispodendo estar presentes no ar em quantidades suficientes para 
causar acidentes, doenças ou até a morte dos trabalhadores. Recomenda-se sua uti-
lização preferencialmente no controle ambiental. A Ventilação Geral pode ser utiliza-
da para reposição do ar exaurido, no controle de calor, diluição de odores e agentes 
químicos menos tóxicos.
2.3. SINALIZAÇÃO E ISOLAMENTO DE SEGURANÇA DA ÁREA 
Sinalização é uma medida de segurança simples, porém muito eficiente para prevenir acidentes. 
A área deve ser isolada e sinalizada para que o trabalho seja realizado em segurança, servindo 
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também como medida adotada para impedir que trabalhadores não autorizados tenham acesso 
a esses espaços.
A sinalização de segurança é de extrema importância, pois irá alertar e informar aos trabalhado-
res quanto aos riscos da área.
Dentre os instrumentos utilizados para a sinalização da área encontram-se:
• Adesivos;
• Cartões;
• Placas;
• Luminosos;
• Faixas;
• Cavaletes;
• Fita de sinalização e corrente plástica;
• Tela (cerquite) limitadora de acesso a áreas de risco;
• Cone reflexivo;
• Grade metálica dobrável
Dos instrumentos relacionados acima destacamos os mais utilizados a seguir: 
Cone de sinalização
Utilizado em ambientes internos e externos, obras, vias públicas para sinalização da área que 
será executado a tarefa. Pode ser utilizado em conjunto com a fita zebrada, sinalizador strobo, 
bandeirola, entre outros.
Fita de sinalização e corrente plástica
Aplicada para delimitar áreas de risco, orientação e sinalização diurna e noturna do local de traba-
lho. A corrente e fita de sinalização podem ser amarradas ou encaixadas nas estruturas cavaletes, 
cones e outros equipamentos.
Grade metálica dobrável
A grade desempenha duas finalidades: isolamento e sinalização. Bastante utilizadas em poços de 
inspeção, entrada de galerias subterrâneas e entre outras situações semelhantes.
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Iluminação 
A iluminação geral deve ser efetuada por equipamentos apropriados ao espaço confinado e todo 
o sistema de iluminação deve ser a prova de explosão e tensão extra baixa.
Se no local for instalado uma iluminação temporária, a fiação dessa extensão deverá ser conter 
conectores e interruptores aprovados para utilização em locais de risco, nesse caso sendo total-
mente protegidos para o uso. 
2.4. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
Os equipamentos de proteção individual quanto os coletivos vem sendo alvo de preocupação em 
todas as empresas no mundo inteiro. A NR 6 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL, trata 
sobre esses equipamentos de extrema importância para a preservação da integridade física das 
pessoas em atividades que ofereçam qualquer tipo de risco. Quando se trata de espaços confi-
nado onde os riscos são constantes, o uso ou não desses equipamentos pode representar uma 
questão de vida ou morte para os trabalhadores. (Marinho, 2015)
2.4.1. Equipamento de Proteção Coletiva - EPC 
Os EPC são dispositivos, utilizados nos ambientes de trabalho, cujo objetivo é proteger os traba-
lhadores dos eventuais riscos inerentes ao processo.
Deve se ter rigor na cobrança da utilização dos EPC, sendo prioritária sua implementação em 
relação aos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), que por vez o EPC não depende da boa 
vontade e consciência do trabalhador para atender suas finalidades. Sendo assim o EPI será obri-
gatório somente se o EPC não eliminar ou reduzir os riscos a níveis que não ofereçam dano ao 
trabalhador.
Quando se trata de espaços confinados, temos uma grande diversidade de e uma infinita gama 
de tarefas que são executadas nestes locais, os equipamentos de proteção coletiva, torna funda-
mental e impensável para reduzir a os riscos de acidentes. 
A seguir apresentaremos alguns exemplos EPC utilizados em espaços confinados:
• Ventilador/ Insuflador de ar;
• Detectores fixo de incêndio, gases tóxicos e de outras substâncias químicas;
• Filtro para impedir passagem de gás;
• Sinalização de segurança;
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• Coifa;
• Tela de proteção;
• Fita de demarcação;
• Cones de sinalização de obstáculos;
• Ar condicionado;
• Aparelhos de comunicação;
• Tripés/ Monopés;
• Equipamentos de resgate;
• Cadeira para acesso sem escada;
• Linha de vida;
• Detectores de gases portáteis;
• Extintores de incêndio.
2.4.2. Equipamentos de Proteção Individual - EPI
Os equipamentos de proteção individual – EPI - devem ser fornecidos gratuitamente pela em-
presa, e utilizados adequadamente para cada situação de risco existente. O trabalhador deve ser 
treinado quanto ao uso adequado do EPI (NR 6).
Os principais equipamentos usados em um ambiente de espaço confinado são:
• Capacete;
• Luvas de segurança;
• Calçado de proteção;
• Óculos de segurança;
• Respirador purificadores de ar descartável/com filtro/máscara autônoma;
• Colete, cordas e suspensórios;
• Lanternas específicas;
• Viseiras;
• Cinturão de segurança tipo paraquedista;
• Talabarte de segurança tipo regulável/tipo Y com absorvedor de energia;
• Dispositivo trava-quedas;
• Outros EPIs especiais.
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Figura 4 – Equipamentos de Proteção Individual
CALÇADO
LUVAS
RÁDIO INTRINSICAMENTE SEGURO
PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
LANTERNA INTRINSICAMENTE SEGURA CAPACETE
PROTETOR AUDITIVO
OXÍNETRO DE LAPELA
ROUPA PROTEÇÃO QUÍMICA
CINTO DE SEGURANÇA
Adaptado de: NR33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confi nados: supervisor de entrada - SENAI/MS, 2013.
2.5. MEDIDAS DE SEGURANÇA
2.5.1. Sistema de ventilação e exaustão em espaços 
confi nados
Geralmente ambientes confi nados não possuem ventilação adequada, impedindo a circulação do 
ar. Para garantir remoção dos contaminantes e alívio térmico aos trabalhadores, são utilizados 
como método de controle os sistemas de insufl amento e exaustão. 
• Exaustão: captura do ar contaminado diretamente do espaço confi nado, realizando 
a descarga no ambiente externo através de mangueiras.
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• Insufl amento: insufl amento do espaço confi nado com ar limpo, permitindo a reno-
vação do ar do ambiente.
Os sistemas de exaustão e insulfamento nos ambientes confi nados, pretendem reduzir a concen-
tração das substâncias tóxicas e perigosas que estejam presentes na atmosfera desse ambiente, 
de modo que ocorra antes do início dos trabalhos e também no decorrer desses. Sendo que como 
função secundária, o insufl amento é melhorar o conforto térmico no espaço confi nado.
Figura 5 – Sistema de ventilação
Sistema de ventilação por insuflação com aberturas adicionais:
O uso de dutos ajuda a prevenir 
curto-circuito e recirculação de 
ar, mas aberturas adicionais 
também ajudam a ventilar com 
mais e�ciência o espaço 
con�nado.
Ventilação local exaustora em espaços confinados - controle de 
fumos melálicos na fonte geradora:
Ar de admissão 
ou reposição
Ventilador 
Exaustor
Captor - Quanto mais 
próximo da zona de 
poluição melhor
Ventilador local 
exaustora
Ventilação 
Geral
Adaptado de: NR33 - Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confi nados: supervisor de entrada - SENAI/MS, 2013.
Algumas considerações e procedimentos quanto à ventilação do espaço confi nado:
• Conforme as condições para que a entrada do trabalhador no espaço confi nado seja aten-
dida, é necessário que sejam monitoras constantemente para garantir da conformidade do 
ambiente durante toda execução do trabalho;
• Para realização desse controle devem ser utilizados aparelhos e técnicas específi cas;
• É imprescindível que os equipamentos utilizados nesses monitoramentos sejam calibrados 
antes do uso;
• É necessário que estes equipamentos estejam em bom estado de conservação e uso.
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Fique Alerta!
 É Proibido utilizar Oxigênio puro para ventilar (Riscode incêndio e explosão).
2.5.2. Desligamento das fontes de energia, trava e sinalização/
etiquetagem
Para que as atividades no interior do espaço confinado ocorram de forma segura, o supervisor 
de entrada deverá desligar a energia elétrica, assim como trancar e sinalizar os quadros elétricos 
para que não ocorra de forma acidental de movimentação de máquinas ou choques elétricos 
durante a execução do trabalho.
2.5.3. Objetos proibidos 
Na NR 33, em seu item 33.3.2.4 aponta sobre a necessidade de aplicar medidas para eliminar ou 
minimizar os riscos de incêndio ou explosão em trabalhos quentes, como por exemplo solda, 
aquecimento, esmerilhamento, corte ou outros que liberem algum tipo de calor. Alguns pontos 
importantes que precisam ser lembrados:
• Nunca se deve fumar em espaços confinados;
• Telefone celular também pode provocar faíscas em seu funcionamento, portanto não deve 
ser utilizado neste tipo de ambiente;
• Velas, fósforos e isqueiros ou outros geradores de calor são muito perigosos nesse tipo de 
atmosfera;
• Objetos que precisam ser utilizados na realização do trabalho que produzam calor, chamas 
ou faíscas devem ser previstos na permissão de entrada e trabalho (PET).
Concluindo a Aula 2:
Terminamos aqui nossa segunda aula de estudo. Nesta Unidade Curricular você aprendeu os 
conceitos sobre o reconhecimento, avaliação e controle dos riscos, os sistemas de bloqueio de 
energias perigosas, os principais métodos de controle do ar atmosférico no espaço confinado e a 
funcionalidade dos EPI necessários a realização de sua atividade. 
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Próximos passos:
Parabéns, você concluiu a aula 2. Agora que você já conhece os principais conceitos sobre o reco-
nhecimento, avaliação e controle dos riscos, e a funcionalidade dos equipamentos de proteção 
necessários à realização de sua atividade, está preparado para iniciar o terceiro módulo do curso. 
Caso ainda tenha dúvidas, agora é uma boa hora para revisar o aprendizado antes de iniciar o 
próximo módulo.
3. FUNCIONAMENTO 
DE EQUIPAMENTOS 
UTILIZADOS
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OBJETIVOS DA AULA:
Nesta unidade curricular você aprenderá os conceitos sobre EPR (Equipamento de Proteção Res-
piratória) e PPR (Programa de Proteção Respiratória), os principais tipos de fi ltros utilizados em 
atividades em espaços confi nados, bem como seu tempo de uso e saturação, e a armazenagem 
adequada dos mesmos. Também serão abordados outros tipos de equipamentos normalmente 
utilizados em trabalhos em espaço confi nados.
1.1. FUNCIONAMENTO DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS 
1.1.1. Equipamento de Proteção Respiratória (EPR)
De acordo com a Portaria número 1 de 11 de Abril de 1994, emitida pelo Ministério do Traba-
lho, cujo conteúdo estabelece um regulamento técnico sobre uso de equipamentos de prote-
ção respiratória, é necessário que o empregador deverá adote um conjunto de medidas que 
pretendam adequar a utilização de equipamentos de proteção respiratória - EPR, ou com 
a fi nalidade de garantir uma completa proteção ao trabalhador contra os riscos existentes nos 
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ambientes de trabalho.
Conforme ilustrado na figura 06, os respiradores podem ser classificados em dois grandes gru-
pos, sendo eles os purificadores de ar e os de adução de ar. Sendo que os respiradores purificado-
res de ar são dependentes do ar do ambiente, ou seja, o oxigênio que vai ser inalado é o que está 
presente no ambiente, porém antes de ser inalado o ar passa através de um filtro que remove os 
seus contaminantes. Já os respiradores de adução de ar são independentes do ar ambiente, for-
necem ao usuário ar ou outro gás respirável vindo de uma atmosfera independente do ambiente 
em que se encontra.
Figura 6 – Divisão dos equipamentos de proteção respiratória
Dependendo da 
atmosfera ambiente: 
respiradores purifi-
cadores de ar
Independentes da 
atmosfera ambiente: 
respiradores de 
adução de ar
Não motorizado
Motorizado
Peça semifacial filtrante
para partículas
Com filtro químico
Com filtro para partículas
Com filtro combinado
Fluxo contínuo
Sem ventoinha
Com ventoinha manual
Com ventoinha motorizada
Respirador de linha
de ar comprimido
Respirador de linha
de ar comprimido 
com cilindro auxiliar
Máscara autônoma
Respirador de ar
natural
Circuito aberto
Demanda sem
pressão positiva
Demanda com
pressão positiva
Circuito fechado
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Demanda com pressão positiva
Demanda sem pressão positiva
Adaptado de: Programa de proteção respiratória: recomendações, seleção e uso de respiradores. Fundacentro, 2016
• Respiradores purificadores de ar: é constituído, no mínimo, por cobertura das vias res-
piratórias, sendo que os filtros podem ser parte inseparável da cobertura ou substituível. 
Nos respiradores purificadores de ar não motorizados o ar atravessa o filtro durante a ins-
piração pela ação pulmonar do usuário. Nos motorizados, o ar atravessa continuamente o 
filtro devido a ação de um motor movido a bateria elétrica.
• Respiradores de adução de ar: esta classe alimenta o usuário, com outro gás respirável 
proveniente de uma atmosfera que não depende do ar ambiente em que ele se encontra. 
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Conforme ilustrado na figura 06, constitui essa classe a máscara autônoma, os respirado-
res de linha de ar comprimido, os respiradores de linha de ar comprimido com cilindro 
auxiliar para fuga e os respiradores de ar natural.
• Respiradores combinados: são respiradores de adução de ar com filtros incorporados. 
São projetados para serem usados em dois modos, sendo, purificador de ar ou ade adução 
de ar, porém não em é possível a utilização simultaneamente dos dois modos.
1.1.2. Filtros 
Sobre os filtros de respiração, estes possuem a função de reter os poluentes do ar, porém não 
possuem a capacidade de fornecer oxigênio, por conta disso só podem ser utilizados em atmos-
feras que possuam no mínimo 19,5% do volume em oxigênio. 
No caso de ambientes que existem a deficiência de oxigênio ou elevada concentração de conta-
minantes, é imprescindível o uso de equipamentos que são independentes do meio atmosférico 
ambiental.
Filtros contra gases: 
• Filtros utilizados para proteção contra gases são revestidos de carvão ativo;
• O funcionamento desse tipo de filtro se dá através da retenção das partículas do contami-
nante na parede do carvão ativo;
• Para determinados tipos de gases, a retenção das partículas no filtro pode ser aprimorada 
com o envolvimento do cartão ativado com determinados produtos químicos que possuem 
o papel de reter essas partículas, como por exemplo elementos de sais minerais e alcalinos.
Filtros contra aerodispersóides: 
Filtros para aerodispersóides são constituídos de material fibroso muito fino. Desse modo as par-
tículas sólidas e líquidas são retidas nessa superfície com bastante eficiência.
Filtros combinados: 
São chamados de filtros combinados aqueles que possuem funcionalidade de filtro contra gases 
e também contra aerodispesóides em uma mesma unidade. Desse modo fornecem proteção 
contra gases e aerodispesóides em um ambiente que oferece simultaneamente esses riscos.
Tempo de uso e saturação: 
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De acordo com o tamanho e as condições de uso dos filtros, estes irão apresentar tempos de 
saturação diferentes. Por exemplo, os filtros de aerodispersóides em geral tendem a possuir uma 
vida útil mais curta, apresentando uma resistência respiratória mais rapidamente. 
Quando ocorre a saturação dos filtros contra gases, é possível notar pelo odor característico do 
gás impregnado no equipamento ou ocorrência de irritação na mucosa do usuário.
No caso dos filtros combinados, poderá ocorrer saturação do equipamento pelo entupimento 
dos aerodispersóides e assim seria possível perceber uma dificuldade

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